República de Cabo Verde. Plano Estratégico Nacional de Luta contra SIDA
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- Clara Silveira
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1 República de Cabo Verde Plano Estratégico Nacional de Luta contra SIDA FEVEREIRO / 2002
2 INTRODUÇÃO...4 I PARTE Resumo da Análise da Situação e da Resposta O CONTEXTO DE DESENVOLVIMENTO Dados gerais sobre o país O Programa Nacional de luta contra a Pobreza JUSTIFICAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO Análise da situação da epidemia do VIH/SIDA em Cabo Verde Factores de vulnerabilidade e de risco face à VIH/SIDA Grupos vulneráveis e de maior risco Impacto actual da infecção VIH/SIDA Resposta nacional à epidemia do VIH/SIDA Vigilância epidemiológica Prevenção da transmissão da infecção por via sexual Luta contra as outras IST Prevenção da transmissão por via sanguínea Prevenção da transmissão vertical Aspectos jurídicos e éticos da problemática do VIH/SIDA Redução do impacto do VIH sobre o indivíduo, a família, a comunidade e a Sociedade Cuidados integrados ao seropositivo e doente Redução do impacto social nos seropositivos, doentes e suas famílias Redução do impacto sócio-económico da epidemia da SIDA Quadro institucional e gestão da luta contra o VIH/SIDA Estruturas e órgãos coordenadores da luta contra a SIDA em Cabo Verde Gestão do PNLS Gestão da Formação Gestão da pesquisa operacional Gestão das actividades de Prevenção Gestão financeira e logística Seguimento e avaliação do programa de luta contra o VIH/SIDA...21 II PARTE Orientações do Plano Estratégico QUADRO ESTRATÉGICO Quadro legal Quadro institucional Princípios directores Domínios de intervenção Vigilância epidemiológica e comportamental Infecções Sexualmente Transmissíveis Comportamentos sexuais de risco persistentes Cuidados integrados psico-social e médico das PVVIH Grupos Vulneráveis Gestão/Coordenação/Aspectos Institucionais Pesquisa Operacional Recursos humanos Outras formas de transmissão do VIH (que não a sexual) Transmissão Vertical Transmissão sanguínea Direitos das pessoas infectadas e afectadas pelo VIH/SIDA Domínios prioritários OBJECTIVOS E ESTRATÉGIAS Objectivo 1 : Assegurar a vigilância epidemiológica da infecção VIH, associada à vigilância comportamental Objectivo 2: Reduzir a prevalência das IST (outras que não o VIH/SIDA) Objectivo 3: Promover a adopção de comportamentos sexuais de menor risco Objectivo 4: Assegurar cuidados integrados psico-sociais e médicos às PVVIH Objectivo 5: Reduzir a vulnerabilidade dos grupos identificados vulneráveis Objectivo 6: Melhorar a capacidade institucional Objectivo 7: Desenvolver a investigação
3 4.8 Objectivo 8: Reforçar as competências das diferentes categorias do pessoal Objectivo 9: Reduzir a transmissão do VIH por outras vias (que não a sexual) Objectivo 10: Garantir a protecção dos direitos das pessoas infectadas e afectadas pelo VIH/SIDA IMPLEMENTAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL 2002/ Modalidades / Processo Financiamento do Plano Estratégico 2002/ Mobilização e gestão de recursos Seguimento e avaliação...36 ABREVIATURAS...37 GLOSSÁRIO...38 ANEXOS...40 Equipa Técnica para a elaboração do Plano Estratégico Nacional...41 de Luta contra a Sida, Lista de Participantes ao Atelier de Validação do Plano Estratégico Nacional de Luta Contra a Sida, 2002/ 2006 e do Plano de Acção de Referência...42 Bibliografia consultada
4 4 INTRODUÇÃO Desde o aparecimento do primeiro caso de Sida no mundo, em inícios da década de 80, o número de casos notificados à OMS não parou de aumentar, constituindo-se na primeira causa de mortalidade a nível do continente africano e na quarta causa a nível mundial, nos adultos. Desde então, muitos avanços já foram feitos no domínio da investigação e do tratamento. Contudo, são pouco visíveis os resultados dos esforços feitos na luta contra a Sida, sobretudo nos países em vias de desenvolvimento, onde a pobreza atinge a maioria da população. Também muito contribuiu a forte componente sexual e comportamental na via de transmissão do VIH. Em Cabo Verde, o primeiro caso de Sida foi declarado em Em 1987, o Ministério da Saúde nomeou um Grupo de Acção Anti-Sida (GAAS), que realizou as primeiras actividades de sensibilização e informação dos técnicos da saúde e da população. Foi, então, elaborado um plano a curto termo, executado até 1988, ano em que foi criado o Programa Nacional de Luta contra a Sida. As principais actividades realizadas foram o Inquérito Nacional de Seroprevalência, a implementação dos laboratórios para a garantia da segurança transfusional, a vigilância da infecção e a formação de animadores das organizações sociais de massa, comunicação social, entre outros. Em 1989, um plano a meio termo foi adoptado para os anos (PMT I). Em 1992, as IST foram integradas no Programa de Luta contra a Sida. Em Dezembro de 1993, foi elaborado o PMT II para o período , financiado pela OMS, a Cooperação Francesa e, sobretudo, pela União Europeia. O PMT II teve uma fraca taxa de realização financeira, com destaque para a componente IEC, financiada pela União Europeia, cujo prazo de realização foi alargado até 31 de Março de O PMT II não chegou a ser avaliado. Com o apoio da ONUSIDA, deu-se início ao processo de planificação estratégica para o próximo quinquénio. Em Junho de 2001, foi criada uma equipa técnica nacional que, assessorada por um consultor internacional, trabalhou na Análise da Situação e da Resposta. A partir desta data, representantes de ONGs, OBCs, municípios e parceiros das Nações Unidas e bilaterais participaram em acções visando a elaboração de um plano estratégico. O PLANO ESTRATÉGICO NACIONAL DE LUTA CONTRA A SIDA 2002/2006 e o Plano de Acção de Referência foram validados por representantes dos serviços públicos, igrejas e ONGs e OBCs, em representação da sociedade civil durante um atelier realizado na Praia, nos dias 14 e 15 de Janeiro de Os objectivos gerais do Plano Estratégico Nacional de Luta contra a Sida são: 1) A redução da prevalência da infecção pelo VIH; 2) Melhorar a qualidade de vida das pessoas infectadas e afectadas pelo VIH/SIDA; 3) Fortalecer a capacidade nacional de resposta à epidemia;
5 5 4) Ter um melhor conhecimento da epidemia, da sua dinâmica e dos seus impactos. O Plano Estratégico Nacional de Luta contra a Sida, aprovado pelo Governo de Cabo Verde no dia 28 de Fevereiro, por Deliberação do Concelho de Ministros, é o documento de referência de luta contra a Sida no país, pelos próximos cinco anos ( ), ao longo dos quais a sua implementação será objecto de avaliação regular, essencial à sua adequação às necessidades e aos avanços verificados. Deve orientar as iniciativas dos sectores público, privado e da sociedade civil, relativas à prevenção e ao combate ao VIH/SIDA.
6 6 I PARTE Resumo da Análise da Situação e da Resposta 1 O CONTEXTO DE DESENVOLVIMENTO 1.1 Dados gerais sobre o país Localização geográfica Com uma superfície de Km2, Cabo Verde é um arquipélago de origem vulcânica, formado por dez ilhas e oito ilhéus. Localiza-se no Oceano Atlântico a cerca de 455 km do cabo com o mesmo nome, no extremo ocidental africano. Geograficamente, o arquipélago está dividido nos grupos de Barlavento e Sotavento, de acordo com os ventos dominantes. Administrativamente o país está dividido em 17 concelhos Demografia, população e cultura De acordo com os dados do Censo 2000, a população residente é de habitantes. Ela é maioritariamente jovem, e as mulheres representam cerca de 51,6%. O tamanho médio dos agregados familiares é de 4,6 pessoas e o rácio de masculinidade é de 93,7 homens por cada 100 mulheres. A densidade populacional é de 109 habitantes por Km2, com extremos que atingem 410 habitantes por Km2, no concelho da Praia, e 6,8 habitantes por Km2, na Boa Vista. Cerca de 53,4% da população reside no meio urbano. A taxa de crescimento da população, dependente dos fluxos migratórios, situou-se, no decénio , em cerca de 2,4%.
7 Migração e mobilidade da população A cultura migratória é muito antiga, representando um elemento inerente ao processo de formação da própria sociedade cabo-verdiana. Além da forte componente internacional, exprime-se também entre as ilhas e no seu interior, sobretudo em direcção aos centros urbanos, com destaque para a capital, Praia. São grandes os efeitos do fenómeno migratório cabo-verdiano no processo de desenvolvimento, tanto na dimensão económica como na dimensão sócio-cultural. Podem, ainda, concorrer para a transmissão do VIH/SIDA, a proximidade da costa ocidental africana (uma zona de prevalência alta do VIH/SIDA) e o desenvolvimento do turismo Etnias e línguas de comunicação Nação mestiça, em Cabo Verde não existem etnias. As línguas de comunicação são o cabo-verdiano - crioulo falado com diferentes padrões em cada uma das ilhas - e o português, que é a língua oficial Religião A maioria dos cabo-verdianos é católica. A Igreja do Nazareno e a Igreja Adventista do Sétimo Dia gozam de uma grande implantação em todas as ilhas. Nos últimos anos, têm aparecido novos credos, exercidos livremente de acordo com a vontade de cada fiel Sistemas de saúde e serviços sociais Tanto a Constituição da República como a Lei de Bases sobre a Saúde garantem o direito à saúde a todos os cidadãos cabo-verdianos, independentemente da sua condição sócio-económica, sendo uma das prioridades da política nacional de saúde a implementação de um sistema operacional de cuidados primários de saúde. A política de saúde em Cabo Verde está assente nos princípios básicos da equidade na prestação dos cuidados de saúde e no acesso aos serviços; na priorização das zonas menos favorecidas geográfica e socialmente; e na coordenação entre as estratégias da saúde com as dos sectores afins, tendo em conta a interdependência dos níveis de saúde com o desenvolvimento de outros sectores sociais, económicos e culturais Sistema político Cabo Verde foi colónia portuguesa por cinco séculos. Ascendeu à independência nacional a 5 de Julho de 1975, e nos seguintes 15 anos o país conheceu importantes índices de crescimento económico e social, com relevantes conquistas na saúde e na educação. Nesse período vivia-se num regime monopartidário. Em Fevereiro de 1990, alterou-se a Constituição da República, abrindo caminho ao sistema multipartidário, tendo o país conhecido profundas mudanças em termos de democratização, alternância política, exercício da cidadania, liberalização da economia, legislação, descentralização e envolvimento da sociedade civil para a melhoria das condições de vida das populações cabo-verdianas Desenvolvimento económico e social O desenvolvimento de Cabo Verde baseia-se na rentabilização da sua posição geoestratégica e na valorização dos recursos e potencialidades naturais. A economia cabo-verdiana é essencialmente de serviços, com o sector terciário a ocupar 64% na composição do PIB, enquanto o sector primário só detém 13%, apesar de empregar 47% da mão-de-obra nacional.
8 8 De acordo com o Índice de Desenvolvimento Humano, o país, que em 1999 se classificava no 105 lugar entre 174 países, ascendeu, em 2000, ao 91 lugar em virtude dos indicadores sociais apresentados relativamente favoráveis. De acordo com o Censo 2000, a esperança média de vida era de 71 anos, sendo 67 anos para homens e 75 para as mulheres. Em 2000, a taxa de mortalidade infantil era de 23,1 por mil e a taxa bruta de mortalidade era de 5,6 por mil (Fonte: GEP- Ministério da Saúde, Emprego e Solidariedade). O nível de educação de base situava-se em 91,9% da população dos 6 aos 15 anos, dos quais 91,4% para as raparigas e 92,4% para os rapazes, assim como a alfabetização de adultos (64% para as mulheres e 81% para os homens) e o PIB por habitante estimado em 1.354USD em Todavia, esses dados não podem encobrir a realidade das condições sócio-económicas em que vive a grande maioria das populações cabo-verdianas, apesar das melhorias significativas que, de ano para ano, se vêm registando na luta contra a pobreza e a exclusão em todos os cantos do país. De realçar que, segundo dados de um estudo realizado pelo Instituto do Emprego e Formação Profissional, os níveis de pobreza são mais altos nos centros urbanos, onde passou de 17,9% em 1990 para 38,9%, em Já no ano 2000, o Censo regista uma taxa líquida de actividade de 68,9% (64,1% para as mulheres e 74,4% para os homens). 1.2 O Programa Nacional de luta contra a Pobreza Cabo Verde erigiu como uma das prioridades da sua governação a luta contra a pobreza, que afecta largas camadas da população (30% são pobres, dos quais 14% muito pobres Censo 2000) com grandes dificuldades de acesso a bens e serviços, tais como alimentação, água potável, saúde, saneamento básico, educação, habitação e instrução. O Programa Nacional de Luta contra a Pobreza (PNLP) contém: 1) Projecto de Desenvolvimento do Sector Social, financiado pelo fundo IDA, do Banco Mundial. Intervém em todos os Concelhos, principalmente com construção de infra-estruturas. Prolonga-se até Agosto de ) Programa de Luta contra a Pobreza no meio rural. Actividades de animação local, criação e formalização jurídica de associações comunitárias. Construção de infraestruturas sociais (cisternas, jardins infantis, habitação social e apoio à pesca artesanal). Prolonga-se até ) Projecto de Promoção Sócio-económica dos Grupos Desfavorecidos. Agirá em Santiago, S. Vicente e Santo Antão. As áreas de intervenção são: saúde, educação, água e saneamento, integração económica dos grupos-alvo e desenvolvimento das capacidades dos beneficiários e dos intervenientes. Os grupos-alvo são: mulheres, sobretudo as chefes de famílias, desempregados, nomeadamente os jovens desempregados, trabalhadores das FAIMO. Ainda não iniciado, durará cinco anos. Apesar de ainda não fazer menção expressa ao VIH/SIDA, o PNLP contribui, com as suas intervenções, para a redução da vulnerabilidade das populações mais carenciadas.
9 9 2 JUSTIFICAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO 2.1 Análise da situação da epidemia do VIH/SIDA em Cabo Verde O primeiro caso de SIDA foi reportado a Cabo Verde em 1986, quando, em Paris, foi isolado o vírus Lav2/VIH2 num paciente originário da ilha do Fogo. Foram realizados dois estudos de seroprevalência, um 1986, na Praia e no Sal e o outro em 1987, na Praia, Fogo e S. Vicente. O único inquérito de seroprevalência de abrangência nacional teve lugar em 1988 e foi publicado em Neste último foi detectada uma taxa de prevalência de 0.46% entre 5790 amostras de pessoas dos 15 aos 55 anos. O sistema de vigilância sentinela do VIH nas mulheres grávidas, identificou, taxas de prevalência da infecção por VIH compreendidas entre 0,37% e 1,37% (1995), na Praia, e de 0,23% a 2,1% (1996), no Mindelo. Em 1997, a prevalência foi inferior a 1,5% (Fonte: Relatório PNLS, 1998). Com o apoio do modelo de projecção demográfica demproj foi analisada a evolução da epidemia até De acordo com esse modelo, em 1995, a taxa de prevalência da infecção VIH/Sida em Cabo Verde seria de 1,3%. O número de novos casos seria de 79 em vez dos 24 casos notificados. Em 2000 esse valor atingiria os 216 casos. Em 2010 seria de 2451 casos. Desde 1986, até 31 de Dezembro do ano 2000, foram detectados, nos laboratórios ELISA da Praia e do Mindelo, e notificados ao PNLS 1, 775 pessoas portadoras do VIH, das quais 406 já evoluíram para SIDA (52,4%) e, destes, 205 faleceram. Com base nestes dados verifica-se que a taxa de incidência evoluiu de 17,2 por habitantes em 1997, para 28,6 no ano A taxa de prevalência (doentes) passou de 19,67, em 1997, para 35 por habitantes no ano A principal forma de transmissão é a sexual com mais de 90% dos casos. A transmissão vertical é responsável por 4,6% do total de casos diagnosticados (36/775). No ano 2000, 3,3% dos seropositivos detectados eram usuários de droga. 1 Boletim Epidemiológico Anual do VIH/Sida, PNLS, Ministério da Saúde, Emprego e Solidariedade.
10 10 CASOS DE SIDA DECLARADOS TAXA DE PREVALÊNCIA POR ANO CABO VERDE, por hab Evolução dos Casos e Óbitos de SIDA por ano casos óbitos nº de casos Fonte: PNLS\GEP\MSES
11 11 A taxa de seroprevalência nos candidatos à doação de sangue na Praia passou de 0,5 %, em 1998, para 1,2 %, no ano Por regiões, a de Sotavento é a mais afectada, com 81,1% dos casos. Por ilhas, Santiago, Fogo e S. Vicente são as que contam com maior número de casos. Constatase um aumento progressivo de casos nas zonas rurais, sexo feminino e idades mais jovens. NOVOS SEROPOSITIVOS NOTIFICADOS POR CONCELHO. CABO VERDE, nº de casos Praia S.Filipe Mosteiros Maio Tarrafal Calheta S.Catarina S.Cruz Brava S.Vicente Sal P.Novo Desconhecido CASOS DE SIDA POR CONCELHO nº de casos Praia S.Filipe Mosteiros Maio Tarrafal Calheta S.Catarina S.Cruz Brava S.Vicente Sal P.Novo Desconhecido 0 Fonte: Laboratórios ELISA, Praia e S.Vicente
12 12 Por tipo de vírus, desde o início da epidemia já se registaram 464 casos de seropositivos por VIH2, 257 casos por VIH1 e 18 casos por VIH1+2. Cumulativamente, para os seropositivos, o sexo ratio H/M é de 1,13 (399/353) e as idades mais afectadas são as compreendidas entre os 25 e 44 anos com 62,8 %. Dos casos de Sida, 51 % tinham idade compreendida entre os 30 e os 44 anos. TOTAL COMULATIVO DOS CASOS DE SIDA POR GRUPO ETÁRIO E SEXO. CABO VERDE, nº de casos e+ s/idade Masculino Feminino s/sexo TOTAL COMULATIVO DE SEROPOSITIVOS POR GRUPO ETÁRIO E SEXO. CABO VERDE, nº de casos e+ s/idade Masculino Feminino s/sexo Fonte: Laboratórios ELISA, Praia e S.Vicente
13 13 As infecções oportunistas mais frequentemente identificadas são a tuberculose pulmonar e outras pneumopatias, a diarreia infecciosa crónica, a candidíase oral e infecção herpética crónica. As Infecções Sexualmente Transmissíveis (IST), representam uma das principais causas de morbilidade entre os adultos jovens, de ambos sexos. Tanto as uretrites/vaginites como a Sífilis, a Hepatite B e outras IST têm vindo a aumentar nos últimos anos. Os concelhos com maior número de casos de todas as doenças de transmissão sexual notificados são a Praia e S. Vicente. Conclusões importantes: Nos últimos cinco anos, os dados disponíveis sobre a evolução da epidemia, por sexo, grupo etário e distribuição geográfica, permitem-nos tirar as seguintes conclusões: O único Inquérito Nacional de Seroprevalência data de mais de uma década (1988); O número de casos tem aumentado progressivamente, desde 1996; A transmissão sexual continua predominante para mais de 90% dos casos; Regista-se um aumento progressivo do número de casos nas zonas rurais, no sexo feminino e nos grupos etários mais jovens; Regista-se um aumento relativo do VIH1 a partir de 1996, contrariamente aos anos anteriores em que o VIH2 era mais frequente; Regista-se um aumento significativo do número de casos em S. Vicente desde 1998; Cumulativamente, o número de casos conhecidos é maior nas ilhas de Santiago, Fogo e S. Vicente; Factores de vulnerabilidade e de risco face à VIH/SIDA Em Cabo Verde, podem ser considerados como factores de vulnerabilidade e de risco os seguintes: Baixo nível sócio-económico e académico de grande parte da população. Conflito de valores que afectam o comportamento Um certo enfraquecimento do poder de controle e da pressão social Conhecimento incipiente sobre a sexualidade por parte da população Desemprego atingindo uma grande camada juvenil. Elevado índice de mães solteiras com múltiplos pai-de-filhos 2. A fragilidade sócio-económica da mulher. Mobilidade e migrações internas e externas. Existência de condições facilitadoras de consumo de bebidas alcoólicas. Práticas sexuais de alto risco (múltiplos parceiros e sexo sem protecção, na hetero, bi e/ou homosexualidade). Iniciação sexual precoce dos adolescentes (antes dos 16 anos de idade) Indícios de aumento de casos de consumo de drogas e da sua expansão geográfica. 2 Inquérito Demográfico e de Saúde Reprodutiva, 1998
14 14 Fraca percepção do risco de infecção VIH/SIDA e persistência de noções erróneas sobre as IST; A instabilidade e a infidelidade conjugais. Deficiente preparação dos pais na orientação dos filhos para as questões da sexualidade e para a adopção de comportamentos responsáveis; Carácter camuflado da prostituição e ausência de legislação concernente; Fraco envolvimento político e fraca capacidade do país em fazer face à epidemia Grupos vulneráveis e de maior risco Indivíduos que praticam a prostituição (masculina ou feminina) e sexualmente promíscuos; Jovens, sobretudo nos meios urbanos; População com baixo nível sócio-económico e de escolaridade, particularmente mulheres; Indivíduos em situação de frequente mobilidade; Crianças de e na rua; Consumidores de álcool e outras drogas, toxico-dependentes ou não; Reclusos; Profissionais da saúde e parteiras tradicionais Impacto actual da infecção VIH/SIDA Desconhece-se a verdadeira dimensão do impacto do VIH/SIDA a todos os níveis. A percepção actual do impacto da epidemia concentra-se, essencialmente, na pessoa infectada e seus familiares. Os infectados são, geralmente, homens e mulheres em idade produtiva, garante de rendimento e sustento para os agregados familiares. O diagnóstico da infecção tem sido feito tardiamente e a morte sobrevem rapidamente, ficando a família numa situação difícil em todos os aspectos. A pessoa vivendo com o VIH tem tendência para o auto-isolamento, receando a estigmatização social, a discriminação pelos serviços e a rejeição por parte da família. A fragilidade psicológica e física que se instala conduz ao abandono e ao desinteresse, aumentando a vulnerabilidade a doenças oportunistas. O infectado com VIH/SIDA não tem, ainda, acesso ao diagnóstico e tratamento de todas as infecções oportunistas nem ao tratamento com anti-retrovirais. A criança vítima da Sida, tanto a infectada, como a órfã, tem a sua situação agravada, sobretudo em se tratando de criança proveniente de família pobre. Conclusão Em Cabo Verde o conhecimento que se tem do impacto VIH/SIDA é pouco e concentra-se, neste momento, a nível do indivíduo.
15 Resposta nacional à epidemia do VIH/SIDA Vigilância epidemiológica Foram realizados vários estudos - inquéritos sobre a seroprevalência em grupos específicos em 1986 e 87; inquérito nacional de seroprevalência em 1988; estudo CACP em 1991/92 e, entre 1993 e 1997, funcionaram postos sentinela nas grávidas. A fraqueza institucional, as mudanças frequentes de direcção do PNLS e a falta de reagentes e consumíveis levaram à suspensão temporária dos postos sentinela, desde O sistema de detecção e notificação dos casos e óbitos inicialmente proposto, centrado na pessoa do Director do PNLS, funcionou com muitas deficiências nos últimos cinco anos, situação agravada com mudanças frequentes de direcção. Conclusão: A vigilância epidemiológica do VIH/SIDA é deficiente Prevenção da transmissão da infecção por via sexual Barreiras sócio-culturais de vária ordem sobretudo as relacionadas ao género dificultaram o sucesso das actividades IEC, uma das estratégias essenciais na prevenção. Visou-se promover comportamentos sexuais de menor risco, com o envolvimento dos sectores da comunicação social, educação, juventude e desporto, de ONGs/OBC, associações juvenis e comunitárias, rede de jornalistas (REJOP), sindicatos, municípios e outros. Dados do Inquérito Demográfico e de Saúde Reprodutiva (IDSR) revelam um elevado índice de conhecimento sobre Sida (97%) e ao mesmo tempo indicam a persistência de comportamentos de risco, nomeadamente a fraca utilização do preservativo (28,5 %). Nas escolas foi feita a integração da problemática nos curricula escolares, através da disciplina de Formação Pessoal e Social. Em colaboração com o Projecto Educação em Matéria de População e para a Vida Familiar (EMP/EVF) foi produzido material didáctico para sensibilização e informação dos alunos do Ensino Básico Integrado e Ensino Secundário. A coordenação entre as diversas instituições que intervêm no domínio de IEC para VIH/SIDA foi deficiente e conduziu a uma proliferação de mensagens sem qualquer uniformização Conclusões: Ineficácia das intervenções de IEC Não correspondência do conhecimento com a prática
16 Luta contra as outras IST A implementação de mecanismos para o início da integração das actividades IST/SIDA ao nível das estruturas de saúde não foi sistematizada. Um documento de estratégia contendo protocolos de diagnóstico-conduta para as IST foi discutido, em 1992, a nível central, não tendo sido oficialmente aprovado o que dificultou a sua implementação. Em 1999, enfermeiros e médicos receberam formação sobre a abordagem sindrómica das IST e aconselhamento em VIH/SIDA, actividade que não teve continuidade. Esta situação é agravada por hábitos de auto-medicação e a venda de medicamentos na rua. A nível da prevenção das IST tem sido feita a distribuição gratuita de preservativos masculinos. Conclusões: Ausência de uma política de integração efectiva das IST no programa de luta contra o VIH/SIDA; Hábito de Auto-medicação, facilitado pela venda de medicamentos nas ruas; Cuidados integrados das IST não organizada (abordagem sindrómica); Difícil acesso aos medicamentos Prevenção da transmissão por via sanguínea As actividades visaram, sobretudo, a redução do risco transfusional e o reforço das medidas de assepsia, de esterilização e de bio-segurança nas estruturas de prestação de cuidados de saúde. O país não tem, ainda, um documento aprovado de política nacional de transfusão sanguínea. A segurança transfusional é, contudo, garantida pelos dois únicos centros de transfusão funcionais, nos hospitais centrais da Praia e do Mindelo, que carece de mais pessoal capacitado. Apesar de ter havido problemas no fornecimento dos laboratórios em reagentes e consumíveis, todas as unidades de sangue transfundidas no país foram submetidas ao despiste do VIH. Foram elaboradas e distribuídas normas de assepsia e de esterilização a todas as estruturas sanitárias, que são, contudo aplicadas de forma deficiente. Relativamente à toxicodepedência e às práticas de beleza e estética, nenhuma acção específica foi envidada.
17 17 Conclusões: Ausência de uma política nacional de transfusão sanguínea. Déficit no número e na qualificação de técnicos de Banco de Sangue e no número de instalações (postos). Deficiente aprovisionamento dos laboratórios em reagentes Deficiente aplicação de normas de assepsia e de esterilização nas estruturas sanitárias. Desconhecimento da real situação sobre a toxicodepedência e as práticas de beleza e estética Prevenção da transmissão vertical A prevenção da transmissão vertical foi inserida nas medidas gerais de prevenção da transmissão por via sexual, assim como de aconselhamento e acompanhamento das grávidas seropositivas. No entanto, os serviços de aconselhamento, limitados aos concelhos da Praia e S. Vicente, funcionaram de forma deficiente. Algumas grávidas optaram pela interrupção voluntária da gravidez. A prevenção com ARV não foi introduzida. Conclusão: Ausência de medidas específicas de prevenção da transmissão vertical Aspectos jurídicos e éticos da problemática do VIH/SIDA A Constituição da República consagra o direito de todos os cidadãos à saúde, o dever de a defender e promover, bem como a protecção especial em caso de doença para a infância. Em Cabo Verde não existem, contudo, leis específicas que contemplem a problemática do VIH/SIDA, em particular no que tange à confidencialidade e à não discriminação. A legislação avulsa, em particular a Lei de Base da Saúde, tem servido de referência para garantir cuidados integrados, médico e psicossocial, às pessoas que vivem com o VIH/SIDA. Cabo Verde ratificou os principais instrumentos jurídicos internacionais, designadamente a Declaração Universal dos Direitos do Homem, a Carta Africana dos Direitos do Homem e dos Povos, a Convenção relativa aos Direitos da Criança, a Convenção de Luta contra todas as formas de discriminação em relação à mulher, a Plataforma de Beijing, entre outros. Entretanto, não há uma aplicação prática desses instrumentos. Constata-se um deficiente trabalho de sensibilização, informação e educação face aos comportamentos e atitudes baseados em preconceitos discriminatórios para com as PVVIH, assim como a inexistência de redes de solidariedade para com as PVVIH. A prostituição e o comportamento sexual irresponsável são uma realidade em Cabo Verde. A primeira, tendo no passado inspirado medidas de protecção da saúde pública, não é objecto de regulamentação e a segunda tem tido ambiente favorável à sua expansão.
18 18 Conclusões: Ausência de legislação específica para salvaguardar o direito à não discriminação e à privacidade das pessoas infectadas e afectadas; Estigmatização de PVVIH Fraca sensibilização dos decisores e da comunidade, em geral, para com as PVVIH/SIDA; Ausência de associações de PVVIH e de solidariedade para com as PVVIH; Ausência de instâncias de reflexão sobre questões ético-jurídicas do VIH/SIDA; Ausência de qualquer legislação que regule a prostituição Redução do impacto do VIH sobre o indivíduo, a família, a comunidade e a Sociedade Cuidados integrados ao seropositivo e doente Não existe uma política de cuidados integrados aos seropositivos e doentes. Estes basearam-se, essencialmente, no apoio psicológico e no tratamento das infecções oportunistas. Foram criadas e capacitadas, na Praia e no Mindelo, duas equipas de assistência e seguimento dos seropositivos e doentes, ambas constituídas por um clínico e um psicólogo, tendo ficado por implementar o seu alargamento às outras regiões do país e por melhorar as condições para o diagnóstico e o tratamento das infecções oportunistas. As pessoas infectadas com o VIH não tem, ainda, acesso ao tratamento com antiretrovirais. Conclusões : Ausência de uma política de cuidados integrados; Insuficiente atendimento psicológico e social em todo país; Insuficientes condições de diagnóstico e tratamento de todas as infecções oportunistas nas PVVIH. Inexistência de anti-retrovirais (ARV) Redução do impacto social nos seropositivos, doentes e suas famílias Os mecanismos de assistência previstos no PMT II às comunidades organizadas, ONG e associações para o desenvolvimento de acções de apoio aos seropositivos, doentes, famílias afectadas, sobretudo órfãos, não foram criados. No entanto, foram realizadas acções de sensibilização junto de algumas ONG e associações de cariz comunitário para esse efeito, tendo algumas prestado apoio domiciliar a doentes terminais e seus familiares. Conclusão: Insuficiente resposta para a redução do impacto social
19 Redução do impacto sócio-económico da epidemia da SIDA Embora previstos no PMT II, a sensibilização e a formação dos decisores e líderes de opinião, bem como a realização de estudos que permitissem apreciar os determinantes do impacto sócio-económico da epidemia da SIDA em Cabo Verde não foram efectivados. Conclusões: Desconhecimento do impacto sócio-económico do VIH/SIDA 2.3 Quadro institucional e gestão da luta contra o VIH/SIDA Estruturas e órgãos coordenadores da luta contra a SIDA em Cabo Verde A organização da luta contra a SIDA foi iniciada em 1988, tendo adoptado a seguinte estrutura de funcionamento: Programa Nacional de Luta contra SIDA, sob a tutela do Ministério da Saúde e na dependência directa da Direcção Geral da Saúde; Grupo Multisectorial de Luta contra a SIDA, coordenado pelo PNLS e constituído por Centro Nacional de Desenvolvimento Sanitário, Divisão de PMI/PF, Direcção Geral do Ensino, Direcção Geral da Educação Extraescolar, Secretaria de Estado da Juventude, Direcção Geral da Promoção Social, Instituto Cabo-Verdiano de Menores e Confederação dos Sindicatos; Estruturas descentralizadas do Ministério da Saúde (Delegacias de Saúde). A ineficácia dos mecanismos de coordenação criados, que se pretendia multi-sectorial, levou á concentração das responsabilidades na direcção do PNLS Gestão do PNLS Nível central O Ministério da Saúde, Emprego e Solidariedade, através do PNLS, é responsável pela implementação do Programa de luta contra a SIDA, pela coordenação multisectorial e pela mobilização de recursos. A nível central a gestão do programa é assumida apenas pelo Director, que não dispõe de staff e responde, também, pelos programas de luta das outras IST, Tuberculose e Lepra, situação agravada pela inconstância da direcção nos últimos cinco anos. Além disso, o quadro institucional demonstra-se inadequado, em particular relativamente à autonomia necessária ao funcionamento do programa.
20 20 Nível periférico As Delegacias de Saúde deveriam assumir a formação, seguimento, coordenação das actividades de IEC em matéria de prevenção do VIH/SIDA, inter e intrasectorial a nível Distrital/local. Contudo, problemas logísticos, instabilidade do pessoal e a falta de formação do pessoal em matéria de IEC/Aconselhamento, cuidados integrados e gestão foram pontos fracos. A estes juntou-se uma deficiente coordenação e supervisão, o que contribuiu para uma estagnação das realizações. De todas as vertentes relativas à problemática só o IEC, foi realizado, ainda que de forma descontínua. Previu-se a criação de um conselho de concertação formal ou informal ao nível municipal, que teria como função a pilotagem, coordenação de actividades e mobilização de recursos pelos parceiros, que, contudo, não se concretizou Gestão da Formação Foram realizadas acções de formação dirigidas a médicos, técnicos de laboratório, transfusionistas, animadores comunitários e enfermeiros, entre outros. Foi priorizada a formação de agentes comunitários em IEC/SIDA assim como de membros de grupos associativos em planificação e gestão de micro-projectos. Tais acções foram insuficientes e descontinuadas, afectando a qualidade do serviço prestado Gestão da pesquisa operacional Trata-se de um domínio pouco desenvolvido. Não foram realizados estudos de caracterização das consequências da epidemia aos níveis individual e/ou comunitário, sanitário, económico, etc. Desconhece-se, igualmente, o peso de alguns factores envolvidos na transmissão do VIH, como práticas de beleza e estética (tatuagem, piercing, manicure/pedicure, barbear, etc.). São também mal conhecidos os diversos motivos subjacentes à fraca utilização dos preservativos Gestão das actividades de Prevenção No sentido de reforçar a capacidade do PNLS e do CNDS na melhoria de produção de materiais IEC/SIDA foi estabelecido um quadro institucional definindo a colaboração entre estes dois serviços, que no entanto carece de uma melhor clarificação. As actividades de informação e de educação para a prevenção da transmissão do VIH foram realizadas com o envolvimento de ONGs, OBCs e outros sectores públicos. As acções IEC passaram a ser desenvolvidas de forma autónoma e expontânea pelas partes, sem coordenação e sem qualquer avaliação do seu impacto.
21 Gestão financeira e logística Ao nível central, a falta de recursos humanos e a deficiente coordenação contribuíram para atrasos no desbloqueamento das verbas, comprometendo a realização das actividades no tempo previsto. A diversidade e as exigências processuais de cada financiador, no tocante às modalidades de gestão dos projectos, constituíram uma dificuldade acrescida no processo de gestão Seguimento e avaliação do programa de luta contra o VIH/SIDA Relatórios semestrais e avaliação externa ao fim do primeiro e terceiro anos do programa permitiriam o seguimento e a avaliação. Nos últimos anos, contudo, não foram elaborados relatórios semestrais e a avaliação externa do PMT II não foi ainda efectuada. Conclusões: A fraqueza da estrutura e dos órgãos, centrados no Ministério da Saúde, Emprego e Solidariedade; Quadro institucional pouco claro entre o PNLS e o CNDS; Fraca capacidade de gestão e deficientes mecanismos de coordenação; Insuficiência de meios logísticos e de recursos humanos; Inconstância das chefias; Ineficácia da estrutura multi-sectorial nacional; Ausência de estruturas municipais multi-sectoriais; Diversidade de procedimentos de gestão dos financiadores; Insuficiência do seguimento e da avaliação; Deficiente coordenação e não uniformização das intervenções IEC e respectivas mensagens.
22 22 II PARTE Orientações do Plano Estratégico QUADRO ESTRATÉGICO Quadro legal A Constituição da República consagra o direito de todos os cidadãos à saúde, o dever de a defender e promover, bem como a protecção especial em caso de doença para a infância. A legislação ordinária, em particular a Lei de Bases da Saúde, vem servindo de referência para garantir cuidados integrados médicos e psicossociais às pessoas que vivem com o VIH/SIDA. O país ratificou os principais instrumentos jurídicos internacionais, designadamente a Declaração Universal dos Direitos do Homem, a Carta Africana do Homem e dos Povos, a Convenção relativa aos Direitos da Criança, a Convenção de Luta contra todas as formas de discriminação em relação à mulher e a Plataforma de Beijing, entre outros. Entretanto, não há uma aplicação prática desses instrumentos. O novo Código Penal de Cabo Verde, que ainda não entrou em vigor, contempla normas relacionadas com o VIH/SIDA, nos art.º. 160º - Exposição de outrem a doença por acto sexual -, art.º 161º - Perigo de contágio de doença grave - e artº 164º - Recusa de assistência por médico ou enfermeiro, bem como as normas que prevêem crimes como a difamação, injúria, calúnia, ofensa à memória de pessoa falecida. 3.2 Quadro institucional Um quadro institucional único, com um órgão de coordenação do combate ao VIH/SIDA, encabeçado ao mais alto nível. Este órgão é o Comité de Coordenação de Luta contra a SIDA-(CCS-SIDA), dirigido pelo Primeiro Ministro (Despacho n.º 50/2001, de 4 de Julho, B. O. N.º 23, de 30 de Julho de 2001). Com larga representação dos intervenientes-chave de todos os sectores, o CCS deverá coordenar a implementação da política global do Governo em matéria de luta contra a Sida e acompanhar todos os programas e projectos desenvolvidos no país nessa área. O CCS-SIDA reúne-se trimestralmente e, extraordinariamente, sempre que convocado pelo seu Presidente. Compõem o CCS-Sida, de acordo com o citado despacho, o Secretário de Estado da Juventude(Vice-Prisidente), o Director Geral da Saúde, o Director Geral do Ensino, Director Geral da Juventude, Director Geral da Comunicação Social, o Director do Programa Nacional de Luta Contra a Sida, o Presidente da CCCD, três representantes das organizações da juventude, três das organizações das mulheres, três das instituições religiosas, um representante da associação dos municípios cabo-verdianos, um do departamento governamental da cooperação internacional, um do sector dos desportos e um representante do sector das Forças Armadas. Um secretariado permanente será a estrutura funcional de apoio ao CCS-Sida, na implementação das actividades e na ligação do CCS-Sida com as entidades públicas (governamentais e municipais), entidades privadas e a sociedade civil organizada. Integrarão o Secretariado indivíduos cujos perfil e competências serão previamente definidos.
23 23 O secretariado é também responsável pela gestão dos recursos financeiros mobilizados. Deverá ter uma unidade de gestão administrativa e financeira (UA) permanente encarregue de gerir o financiamento de todas as fontes possíveis. Cada interveniente pode, também, mobilizar os seus próprios recursos, sobretudo junto dos seus parceiros tradicionais, para o financiamento do seu plano. Informará previamente o secretariado, que deverá pronunciar-se sobre a compatibilidade da acção. Cada Ministério implementará o seu plano de acção VIH/SIDA e informará regularmente o CCS-SIDA e terá o seu ponto-focal para a Sida. Em toda a extensão da sua área de competências o Ministério da Saúde, Emprego e Solidariedade assegurará o apoio técnico e definirá os protocolos referentes aos cuidados integrados ao seropositivo e doente, à abordagem sindrómica das outras IST, à segurança transfusional, vigilância epidemiológica, à prevenção das IST, à prevenção da transmissão vertical e investigação. O órgão descentralizado do CCS-Sida, em cada município, será um comité municipal cuja composição deverá ser definida brevemente. Este comité irá garantir a coordenação das actividades conduzidas pelos vários intervenientes no município, incluindo as ONGs e OBCs. CCS-Sida Secretariado Sector Público Sector Privado Sociedade Civil organizada 3.3 Princípios directores O engajamento político ao mais alto nível é fundamental para uma tomada de decisões e a sua aplicação efectiva. A luta contra a Sida é uma questão multi-dimensional que exige uma abordagem multisectorial. O desenvolvimento de parcerias para a mobilização de recursos e partilha de responsabilidades reforça as sinergias. A descentralização a todos os níveis (municipal, local e comunitário) de órgãos de coordenação, das actividades e dos recursos (humanos, materiais e financeiros) é fundamental para o alcance dos resultados preconizados.
24 24 A coordenação e articulação intra-sectorial a nível do MSES constitui um factor de reforço da capacidade de resposta do sector saúde em geral e do PNLS, em particular. O Envolvimento e a participação efectiva da sociedade civil e das ONG deverão ser alargados e reforçados A implicação das pessoas que vivem com o VIH/SIDA para uma maior conscientização da sociedade da existência do problema em Cabo Verde. A promoção e o respeito dos direitos das pessoas infectadas e afectadas pelo VIH/SIDA é um dever de todos os cidadãos e devem ser consagrados na lei. O envolvimento do sector empresarial (público e privado) é importante tanto para a garantia da segurança social dos trabalhadores como também para o desenvolvimento de parcerias nacionais para uma melhor resposta, em particular no domínio da prevenção. O apoio da cooperação internacional na luta contra a Sida é imprescindível devido aos custos elevados, os quais o país não poderá, por si só, suportar. O reforço institucional e desenvolvimento dos Recursos Humanos são fundamentais para uma melhor capacidade de gestão e implementação das actividades. Garantia de cuidados integrados específicos às pessoas que vivem com o VIH/SIDA com vista à melhoria da sua qualidade de vida. O forte poder de mobilização e de educação dos leaders religiosos, comunitários, sindicais e outros deverá ser aproveitado para a adopção de comportamentos responsáveis A elaboração de uma estratégia nacional de comunicação que tenha em conta a combinação de comunicação de massa e inter-pessoal e as necessidades e expectativas dos diferentes grupos alvo para uma maior interiorização das mensagens. Promoção da solidariedade civil em torno da problemática da infecção VIH/SIDA, para com os órfãos, seropositivos e doentes, através da criação de associações, clubes, grupos, etc. 3.4 Domínios de intervenção Para fazer face à epidemia do VIH/SIDA em Cabo Verde, para o período , as intervenções deverão ser focalizadas nos domínios seguintes, tendo em atenção os problemas identificados.
25 Vigilância epidemiológica e comportamental Problemas identificados: Situação real nacional da prevalência da infecção por VIH desconhecida; Dinâmica e distribuição da infecção pouco conhecida; Sistema de detecção e notificação dos casos e óbitos não está organizado; Deficiente monitorização da evolução dos comportamentos face ao VIH/SIDA; Infecções Sexualmente Transmissíveis Problemas identificados: Dados disponíveis apontam para uma elevada incidência; Fraco conhecimento das IST por parte da população; Fraca percepção das mulheres dos sintomas das IST; Auto-medicação Medicamentos vendidos nas ruas e outros locais não autorizados; Falta de confidencialidade; Cuidados integrados das IST não organizados (abordagem sindrómica); Ausência de política a respeito e disponibilidade e acesso a medicamentos para as IST insuficientes Comportamentos sexuais de risco persistentes Problemas identificados: Não correspondência dos conhecimentos com a prática; Ineficácia das estratégias de IEC; Ausência de marketing social do preservativo; Insuficiência de utilização da comunicação interpessoal; Acção de informação não contínua Cuidados integrados psico-social e médico das PVVIH Problemas identificados: Ausência de uma política de cuidados integrados; Ausência de protocolo de cuidados e insuficientes condições de diagnóstico e tratamento de todas as infecções oportunistas nas PVVIH; Ausência de anti-retrovirais e inadequação dos laboratórios e dos serviços clínicos para o seguimento do tratamento com ARV; Sistema de referência e contra referência deficiente; Serviços de apoio psico-social limitados a Praia e S. Vicente por falta de pessoal formado; Existência de apenas um centro de aconselhamento e despistagem voluntário, anónimo e gratuito, pouco divulgado.
26 Grupos Vulneráveis Problemas identificados: Jovens, sobretudo nos meios urbanos; Indivíduos que praticam a prostituição (masculina ou feminina) e sexualmente promíscuos; População com baixo nível sócio-económico e de escolaridade, particularmente mulheres; Indivíduos em situação de frequente mobilidade; Crianças de e na rua; Consumidores de álcool e outras drogas, toxico-dependentes ou não; Reclusos; Profissionais de saúde e parteiras tradicionais Gestão/Coordenação/Aspectos Institucionais Problemas identificados: Sobrecarga do director do PNLS; Insuficiência de meios logísticos e de recursos humanos; Fraqueza da estrutura e dos órgãos, centrados no Ministério da Saúde, Emprego e Solidariedade; Fraca capacidade de gestão e deficientes mecanismos de coordenação; Deficiente descentralização das actividades e dos recursos; Ineficácia da estrutura multi-sectorial nacional; Ausência de estruturas municipais multi-sectoriais; Quadro institucional pouco claro entre o PNLS e o CNDS; Mudanças frequentes de Direcção; Diversidade de procedimentos de gestão dos projectos financiados pela cooperação bilateral e multi-lateral; Insuficiência do seguimento e da avaliação Pesquisa Operacional Problemas identificados: Fraca capacidade de pesquisa. Desconhecimento do impacto da epidemia a todos os níveis. Desconhecimento do peso de alguns factores envolvidos na transmissão do VIH, como práticas de beleza e estética (tatuagem, piercing, manicure/pedicure, barbear, etc.). Conhecimento insuficiente dos motivos subjacentes à fraca utilização dos preservativos Recursos humanos Problemas identificados: Déficit de pessoal com formação específica, a nível central e descentralizado; Falta de motivação do pessoal; Condições de trabalho difíceis; Ausência de uma política de formação contínua.
27 Outras formas de transmissão do VIH (que não a sexual) Transmissão Vertical Problemas identificados: Ausência de medidas específicas de prevenção da transmissão vertical Transmissão sanguínea Problemas identificados: Ausência de um documento aprovado de política de segurança transfusional, embora, na prática, estejam asseguradas medidas de segurança nas transfusões; Ausência de actualização e aplicação das normas de assépsia; Indícios de aumento do consumo de drogas pela via intravenosa; Práticas de beleza estética de risco Direitos das pessoas infectadas e afectadas pelo VIH/SIDA Problemas identificados: Estigmatização de PVVIH; Fraca sensibilização dos decisores e da comunidade, em geral, para com as PVVIH/SIDA; Ausência de instâncias de reflexão sobre questões ético-jurídicas do VIH/SIDA; Ausência de legislação específica para salvaguardar o direito à não discriminação e à privacidade das pessoas infectadas e afectadas Domínios prioritários De todos estes domínios de intervenção, são prioritárias, designadamente: Vigilância epidemiológica e comportamental; Infecções sexualmente transmissíveis; Transmissão vertical; Cuidados integrados psico-social e médico das PVVIH; Grupos vulneráveis.
28 28 4 OBJECTIVOS E ESTRATÉGIAS Os objectivos gerais do Plano Estratégico Nacional de Luta contra a Sida são a redução da prevalência da infecção pelo VIH, melhorar a qualidade de vida das pessoas infectadas e afectadas pelo VIH/SIDA, fortalecer a capacidade nacional de resposta à epidemia e ter um melhor conhecimento da mesma, da sua dinâmica e dos seus impactos. Estes objectivos gerais serão atingidos pela satisfação dos dez objectivos específicos aqui formulados: 4.1 Objectivo 1 : Assegurar a vigilância epidemiológica da infecção VIH, associada à vigilância comportamental Estratégias: Realização de inquéritos nacionais de seroprevalência e sócio-comportamental da infecção VIH; Reactivação, alargamento e sustentabilidade dos postos sentinela; Criação e adequação de um banco de dados a nível nacional; Divulgação periódica da informação. Indicadores do processo 2 inquéritos de seroprevalência e comportamental (um em 2002 e outro em 2006) realizados; Até 2003, 6 postos sentinela implementados; Até 2003, banco de dados implementado e funcional. Indicadores de resultado Até 2004, existência de dados epidemiológicos fiáveis e divulgados. Intervenientes-chave: PNLS; Epidemiologia; PNSR; Laboratórios e INE. 4.2 Objectivo 2: Reduzir a prevalência das IST (outras que não o VIH/SIDA) Estratégias: Informação, sensibilização e educação da população (IEC-IST/VIH/SIDA); Promoção do uso do preservativo (Ver Objectivo 3); Organização dos cuidados integrados das IST e facilitação do acesso à medicação. Indicadores do processo Até 2003, todos os organismos, públicos e privados, e as ONGs e OBCs terão pessoal capacitado em IEC-IST/VIH/SIDA e estarão a desenvolver actividades relacionadas; Até 2003, os centros de saúde e sociais, ONGs e OBCs estarão a distribuir preservativos;
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