PLANO COREOGRÁFICO TEMA: O SERTÃO E O CANGAÇO
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- Mafalda Alcaide Braga
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1 INSTITUTO FEDERAL DE EDUCAÇÃO, CIÊNCIA E TECNOLOGIA DE SANTA CATARINA IFSC - CAMPUS JOINVILLE CURSO DE ASSISTENTE EM PRODUÇÃO CULTURAL PRONATEC TURMA PLANO COREOGRÁFICO TEMA: O SERTÃO E O CANGAÇO CLAUDIA MARIA MESADRI JOSÉ EDGAR TEIXEIRA MIRANDA PROFESSORA: DANIELA CRISTINA VIANA JOINVILLE, 2013.
2 APRESENTAÇÃO Entre os séculos 19 e 20, um tipo específico de banditismo se desenvolveu no sertão nordestino: o cangaço. (OLIVIERI, 2013). Os cangaceiros - bandos de malfeitores, ladrões, assassinos, bem armados, conhecedores da região - saqueavam fazendas, povoados e cidades, impunemente, ou, pior, impondo sua própria lei à região em que atuavam. (OLIVIERI, 2013). Para isso, contavam com o isolamento do sertão, com o tradicional descaso e a incompetência das autoridades constituídas, bem como com a conivência ou proteção de vários chefes políticos locais, os grandes proprietários rurais, conhecidos como "coroneis". (OLIVIERI, 2013). O cangaceiro - um deles, em especial, Lampião tornou-se personagem do imaginário nacional, ora caracterizado como uma espécie de Robin Hood, que roubava dos ricos para dar aos pobres, ora caracterizado como uma figura pré-revolucionária, que questionava e subvertia a ordem social de sua época e região. (OLIVIERI, 2013). Existiram diversos bandos de cangaceiros. Porém, o mais conhecido e temido da época foi o comandado por Lampião (Virgulino Ferreira da Silva), também conhecido pelo apelido de Rei do Cangaço. O bando de Lampião atuou pelo sertão nordestino durante as décadas de 1920 e Morreu numa emboscada armada por uma volante, junto com a mulher Maria Bonita e outros cangaceiros, em 29 de julho de Tiveram suas cabeças decepadas e expostas em locais públicos, pois o governo queria assustar e desestimular esta prática na região. (O CANGAÇO, 2013). Depois do fim do bando de Lampião, os outros grupos de cangaceiros, já enfraquecidos, foram se desarticulando até terminarem de vez,no final da década de (O CANGAÇO, 2013). O Sertão A palavra Sertão teve origem durante a colonização do Brasil pelos
3 portugueses. Ao saírem do litoral brasileiro e se interiorizarem, perceberam uma grande diferença climática nessa região semi-árida. Por isso a chamavam de "desertão", ocasionado pelo clima quente e seco. Logo, essa denominação foi sendo entendida como "de sertão", ficando apenas a palavra Sertão. (O SERTÃO BRASILEIRO, 2013). Figura 1: O sertão brasileiro. O sertão compete com a Zona da Mata pelos melhores carnavais da região, enquanto a zona da mata possui os maiores. O mesmo ocorre com o São João, já que o Agreste possui os maiores, porém o sertão compete com muitos dos melhores festivais, dentre os quais se destacam o de Patos, Mossoró. No litoral semi-árido também encontramos a cultura do jangadeiro setentrional, tido como o arquétipo do cearense, mas que não reflete tanto o sertanejo meridional, sem litoral. O sertão por ser a zona geográfica mais extensa, mesmo que não a mais povoada, mas já ter sido talvez a mais populosa em meados do século XVIII e XIX. O principal ritmo nativo do Sertão é o forró. Muito embora, não seja divulgado na grande mídia, a região do sertão é farta no tocante a cultura da poesia popular. É imensa a quantidade de pessoas com habilidade na arte da rima e no improvisar de versos. Através desses repentista, algumas canções tornaram-se conhecidas nacionalmente, como exemplo, a música "Mulher nova bonita e carinhosa", conhecida na interpretação de Amelinha e Zé Ramalho é de autoria do cantador repentista pernambucano, Otacílio Batista. Outro exemplo é a música "A volta da asa branca" de autoria de Zé Dantas, outro sertanejo pernambucano, da cidade de Carnaíba. (O SERTÃO BRASILEIRO, 2013).
4 RELEASE Entre os séculos 19 e meados do século 20, um tipo específico de banditismo se desenvolveu no sertão nordestino: o cangaço, que mudou o estilo de vida daquela região. Os cangaceiros malfeitores, ladrões, assassinos armados e conhecedores da região saqueavam fazendas, povoados e cidades, impunham sua própria lei à região.
5 PLANO Nome da Coreografia: Modalidade: Duração: Quantidade de Bailarino: O CANGAÇO FORRÓ, FREVO, XAXADO 5 minutos De 14 a 20 Bailarinos para formar Casais! FIGURINO Figurino Feminino: Figura 2: Maria Bonita. Figura 3: Maria Bonita e Lampião. Descrição: Vestido cor marrom e bege, cor palha, cor terra, "sujeira" com botões grandes, detalhe no abotoado. Cinta na cintura. Lenço no pescoço amarrado na frente. Meia Fina. Sapato baixo. Cabelo preso, Chapéu. Cantil de água na cinta. Facão.
6 Figurino Masculino Figura 4: Cangaceiro. Figura 5: Cangaceiros do sertão brasileiro. Descrição: Chapéu inspirado em Napolião, adornado de botões, broches e detalhes. Camisa de mangas compridas cor marrom. Colete de couro. Lenço no pescoço amarrado na frente. Cinta na cintura e em volta da peito. Bolsa para transportar objetos pessoais. Calça de tecido cor marrom e bege, cor palha, cor terra, "sujeira". Espingarda à mão. Bota de Couro. CENOGRAFIA LUZ SOM AMARELA, VERMELHA, BRANCA. 1 - Nome: O Rei do Cangaço Autor: Grupo Z'África Brasil participação do Zeca Baleiro; 2 Nome: Lampião Rei do Cangaço Autor: Júnior Vieira; 3 Nome: Maria Bonita Autor: Rui Grudi; 4 Nome: Canga Autor: Laercio Beethoven; 5 Nome: Forró no claro Autor: Trio Nordestino; 6 Nome: Candeeiro Encatado Autor: Lenine; 7 Nome: O Xote das Meninas Autor: Luiz Gonzaga. APOIO TÉCNICO 6 APOIOS 2 EM CADA CANTO DO PALCO. 1 PARA LUZ E 1 PARA SOM. CENÁRIO Cenário 1: Uma árvore seca. 3 Gaiolas de passarinho. Painel de fundo com uma imagem apliada de uma terra semi-árida rachada e vegetação seca;
7 INTRODUÇÃO COREOGRÁFICA Cenário 2: Casa de pau a pique (Bambu e Barro), Casa seccionada ao meio, de cômodo único, com um quadro de família na parede, mesa no centro, objetos de barro em cima da mesa. A coreografia iniciará com os bailarinos posicionados no palco sem luz, ou com penumbra. Canhões lançarão gelo seco e a luz acenderá, dará visão aos baialrinos trajados à caráter conforme a época de pesquisa. PAUTA 1 Todos começam a dançar e os homens e mulheres se apresentam em cumprimento uns aos outros dando início ao ritual de apresentação para a dança, homens com espingardas e mulheres com facões. PAUTA 2 (Troca de música) Saem as mulheres da cena e a luz baixa, os bailarinos então deitam no chão com a arma em destaque para atirar (Ouve-se o som dos tiros). Ocorre um tipo de peleja entre os homens. Neste momento surge em destaque um bailarino em especial que será o personagem histórico Lampião, este irá riscar o chão com um facão, delimitando o espaço de dança. PAUTA 3 Voltarão as bailarinas, Marias Bonitas, estas entrarão dançando com os bailarinos homens que permaneceram no palco com as armas penduradas (transpassadas no peito). FINALIZAÇÃO As Marias Bonitas se insinuam mostrando suas pernas e chamando os cangaceiros para dançar; as melhulheres irão buscar os homens para dançar; eles se comportarão com feição de malfeitores, de mal e olhar desconfiado de algo; hesitarão, porém, sairão com rebolado de dar inveja as bailarinas. Por fim os bailarinos (Cangaceiros) se posicionarão parte agachado com as pernas em posição para que as bailarinas (Marias) se sentem em seu colo, eles
8 a chamarão apontando a espingarda e depois com carinho e as bailarinas irão se senter no colo e fazer carinho no rosto dos homens. A coreografia se encerra com as Marias Bonitas jogando o chapéu dos homens para o alto.
9 CONSIDERAÇÕES FINAIS Este projeto de plano coreográfico almaje construir um trabalho de dança que alcançe o gosto do público em geral, despertando alegria e apreensão, levando o público a vivenciar a época do século XIX e XX no sertão brasileiro. Como coreográfo espera-se que todo o processo ocorra em tempo devido para que todas as correções, ajustes e imperfeições sejam sanadas conforme o cronograma de produção do espetáculo (luz, som, coreografia, cenário, figurino, etc.). Este projeto define que as maiores dificuldades para a sua real execução estarão pautadas no fator investimento devido aos figurinos, cenário e adornos serem complexos e caros para montagem, porém, o processo também contará com a dedicação de uma equipe profissional de bailarinos e apoios técnicos para o sucesso do espetáculo. Este espetáculo baseado no Sertão espera que a mensagem seja contagiante para o público, bailarinos e todos os envolvidos, evidenciando um pedaço da cultura nordestina que jamais deverá ser esquecida.
10 BIBLIOGRAFIA O SERTÃO BRASILEIRO. Disponível em: < %C3%A3o_brasileiro>. Acesso em: 3 dez O CANGAÇO. Disponível em: < Acesso em: 3 dez OLIVIERI, Antonio Carlos. Cangaço: banditismo no sertão nordestino. Disponível em: < Acesso em: 3 dez
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