GLOBALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO PRODUTIVA REGIONAL: UMA ABORDAGEM SOBRE O AGRONEGÓCIO CAFEEIRO NA REGIÃO COMPETITIVA DO SUL DE MINAS

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1 GLOBALIZAÇÃO E ESPECIALIZAÇÃO PRODUTIVA REGIONAL: UMA ABORDAGEM SOBRE O AGRONEGÓCIO CAFEEIRO NA REGIÃO COMPETITIVA DO SUL DE MINAS Henrique Faria dos Santos 1 Resumo: O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma abordagem sobre o desenvolvimento do agronegócio do café na região do Sul de Minas no atual cenário da globalização econômica e dos efeitos da especialização produtiva regional. A modernização da atividade agrícola fez com que este espaço se tornasse competitivo para a produção e exportação de café, tendo o agronegócio como expoente e destaque em sua economia. Tal fato ocorre juntamente com as recentes mudanças da agricultura brasileira, a partir da integração das atividades agrícolas com a indústria e com os capitais comerciais e financeiros, nos quais espaços rurais e urbanos tendem a ser estruturados ou reestruturados para se adaptarem a nova condição econômica. A constituição de municípios funcionais a produção moderna do café é um dos fatores mais evidentes, cujas mudanças históricas se processaram em virtude das novas relações campocidade resultantes da intensa tecnificação das atividades agrícolas. A partir de análises e discussões acerca das transformações da dinâmica territorial, o estudo contempla exemplos locais de alguns processos que vem ocorrendo com esta nova realidade produtiva. Palavras chaves: globalização; modernização da agricultura; especialização produtiva regional; região competitiva; circuito espacial produtivo do café. Introdução O presente trabalho tem como objetivo apresentar uma abordagem sobre o desenvolvimento do agronegócio do café na região do Sul de Minas no atual cenário da globalização econômica, a partir de alguns conceitos empregados na Geografia Econômica e Geografia Agrária. Os estudos se pautam nos principais impactos da modernização da agricultura e nas transformações verificadas a partir das novas dinâmicas territoriais dentro do atual período do meio técnico-científico-informacional (SANTOS, 2008b), que tem o poder de impor novos modelos de produção e promover a especialização produtiva de lugares ou regiões. 1 Licenciado em Geografia e graduando Geografia Bacharelado, Membro pesquisador do Grupo de Estudos Regionais e Socioespaciais GERES. Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL-MG) livehenriquefariasantos@hotmail.com

2 A partir do potencial dos lugares para determinada forma de produção agropecuária, grandes investimentos em capital e tecnologia são empregadas nas diversas atividades do segmento, resultando na modernização do arranjo produtivo local e tornando tal ponto do território comumente competitivo, com grande capacidade de atender as demandas de consumo do mercado internacional. Este fato ocorre explicitamente na região do Sul de Minas, cuja vocação se volta para a produção e exportação de café. Desde 1970, esta área do território vem sendo constantemente transformada, com a concentração de diversos sistemas técnicos e normativos que tem o intuito de tornar eficiente a produção e a logística do segmento cafeeiro. Assim, todas as etapas do circuito espacial produtivo do café, como a pesquisa, a produção e fornecimento de insumos e implementos agrícolas, produção da matéria prima, comercialização, beneficiamento, armazenagem, transporte, importação e exportação e consumo final, são profundamente organizadas e articuladas, tornando fluido os elementos materiais e imateriais da produção (SANTOS, 2012). Este contexto ocorre concomitantemente com as recentes mudanças da agricultura brasileira, a partir da integração das atividades agrícolas com indústria e com os capitais comerciais e financeiros, nos quais espaços rurais e urbanos tendem a ser estruturados ou reestruturados para se adaptarem a nova condição econômica (SILVEIRA, 2007). Tal fato faz surgir inúmeros municípios que se mostram funcionais à produção agrícola, com algumas características próprias, consideradas não como fator de regra, mas possível de serem analisadas a partir do contexto regional abordado. Neste sentido, é possível reconhecer vários municípios na região do Sul de Minas que servem de aporte produtivo e/ou logístico e comercial da produção cafeeira, como é o caso de Alfenas MG e Machado MG, exemplificados numa breve análise de suas características socioeconômicas vinculadas aos aspectos do agronegócio. A metodologia empregada para a elaboração dos trabalhos de pesquisas consistiram na realização de levantamento bibliográfico, leituras e fichamentos de textos (livros, artigos, dissertações e teses) relacionados a teorias da geografia agrária e regional, ao agronegócio do café, as desigualdades no espaço agrário, as cidades do agronegócio e as relações cidadecampo; tendo como fontes de pesquisa a biblioteca da UNIFAL - MG, bibliotecas virtuais de teses e dissertações de universidades brasileiras, especialmente as da USP, Unicamp e UNESP, e artigos disponíveis em sítios e revistas eletrônicas na internet. Além disso, se fez necessário, para melhor analisar as discussões, levantamento e interpretação de dados em diversos sites governamentais, como IBGE, Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Secretaria de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Ministério do Desenvolvimento, Indústria

3 e Comércio Exterior, Ministério do Trabalho de Emprego, Banco Central do Brasil, entre outros; à respeito sobre produção e comércio do café, dados demográficos e de mercado de trabalho, cursos de nível técnico e superior, etc. O trabalho contempla também a apresentação de alguns resultados de pesquisas de iniciação científica realizadas durante a graduação em Geografia, que tratou sobre as análises de Alfenas MG e Machado MG como importantes municípios produtores de café no Sul de Minas. A especialização produtiva regional no atual período técnico-científicoinformacional O processo de especialização dos lugares ou dos espaços tem se intensificado nos últimos anos devido às conseqüências do fenômeno da globalização, cujos atores desta nova época ocupam, usam e transformam os diversos espaços geográficos, principalmente em detrimento dos interesses do capital aplicado. Segundo Milton Santos e Maria Silveira (2001, p. 105), graças aos progressos da ciência e da técnica e à circulação de informações, geram-se as condições materiais e imateriais para aumentar a especialização do trabalho nos lugares. Cada ponto do território modernizado é chamado a oferecer aptidões específicas à produção. Essa nova condição dos espaços está inserida dentro da época na qual Milton Santos (1997b, p. 45) chama de período técnico-científico-informacional, a qual se caracteriza pela presença constante dos sistemas técnicos de produção, da ciência, que aprimoram as técnicas, e da informação, responsável pelo avanço das técnicas e da ciência e da maior fluidez e controle dos territórios por meio das ações. Tal fato precede na facilidade e necessidade de especializar territórios para a produção a fim de atender mais eficientemente as demandas do mercado mundial, ao mesmo tempo que determinadas regiões se tornam espaços internacionalizados. A natureza deste espaço funcional se baseia em elementos materiais e imateriais, que capacitam estes lugares a desenvolverem e a realizarem de forma eficiente os processos produtivos. Santos (1996a, p. 63) nos explica que o espaço é formado por um conjunto indissociável, solidário e também contraditório, de sistemas de objetos e sistemas de ações, não considerados isoladamente, mas como o quadro único no qual a história se dá. Os objetos como sendo parte dos elementos materiais, ou seja, objetos criados e fabricados pelo homem, fixados em cada lugar; enquanto ações como parte dos elementos imateriais, ou seja, o conjunto de normatizações e leis que controlam e criam novos objetos, através de fluxos materiais e informacionais diversos.

4 Tal realidade é bem vista nos espaços que desenvolvem a atividade do agronegócio, onde os objetos ou fixos são todos os meios de produção envolvidos, como as fazendas, armazéns, beneficiadoras, maquinários, implementos, insumos, sistemas de transportes e comunicação, sistema de eletrificação, empresas de assistência técnica e financeira, instituições de pesquisa, cidades adaptadas ao ramo agrícola, etc.; enquanto as ações dizem respeito a todo aporte normativo e regulatório desses meios de produção, constituídos por conteúdo informacional e científico existente, envolvendo os modos de produção, as atividades de comercialização e logística, as operações bancárias, as exigências e apoios de governos, empresas e consumidores, etc. Assim, na medida em que se intensificam as ocorrências destas dinâmicas, mais estes espaços vão se tornando fluídos e tecnicamente artificializados, dotados de grande potencial produtivo e comumente competitivo. E esta fluidez espacial é um dos fatores mais importantes para gerar competitividade a um lugar, pois como diz Milton Santos (1996a, p. 275), não basta, pois, produzir. É indispensável pôr a produção em movimento. Em realidade, não mais a produção que preside à circulação, mas é esta que conforma a produção. Neste sentido, Müller (1989) nos revela a importância e os efeitos desta condição dos lugares para a revolução do espaço agrícola ou rural: A circulação em geral, o comércio e as comunicações, revolucionadas pela acumulação de capital, aumentam a dependência da agricultura. A aplicação das conquistas da ciência moderna na agricultura provoca uma revolução na organização rural, suprimindo o divórcio entre agricultura e indústria. Em outras palavras, o capital se apodera da agricultura, inicialmente, pelas vias de circulação, e, posteriormente, revolucionando seu modo de produzir (MULLER, 1989, p. 27). Estas mudanças são afirmadas também, de modo contundente, por Silveira (2007) dentro do âmbito da agricultura no país, quando diz que a agricultura brasileira tem experimentado, nas últimas três décadas, um intenso processo de transformação, a partir da globalização da economia. Este fato tem sido um vetor importante de mudanças, na medida em que tem levado à reestruturação produtiva, especialmente daqueles cultivos direcionados à exportação. Sobre estas transformações, o autor nos menciona que: Essa reestruturação tem significado a fragmentação e a crescente especialização dos espaços agrícolas, a promoção de inúmeras inovações no processo produtivo e de alterações nas relações sociais de produção, bem como a adoção de um crescente e seletivo conteúdo técnico-científico, informacional e normativa nas atividades do setor. Essas mudanças têm sido possibilitadas, principalmente, por meio da ampliação da industrialização da agricultura e da

5 integração de capitais (agrário, comercial, industrial e financeiro), através da criação e consolidação, nesse período, dos chamados complexos agroindustriais (CAIs) 2 (SILVEIRA, 2007, p. 215). Esses novos espaços, qualificados ou requalificados, se constituem, segundo Ricardo Castilho (2008) como regiões competitivas. Apoiado em Santos (1997b), o autor nos menciona que o conceito de região competitiva deriva diretamente da idéia de coesão regional decorrente de vetores externos e fundamentados em arranjos organizacionais. Trata-se de um compartimento geográfico caracterizado pela especialização produtiva obediente a parâmetros externos (em geral internacionais) de qualidade e custos. Assim, a competitividade se estabelece na região por ser esta funcional aos mercados internacionais, na forma como bem explica Castilho: A competitividade deixa de ser apenas um atributo das empresas e passa também a se expressar em frações do espaço (através de intervenções materiais e densidades normativas), organizadas para produzir de forma obediente aos parâmetros de qualidade e custos estabelecidos pelos mercados internacionais. Essas regiões, preferencialmente, são as que atraem os investimentos públicos e privados, transformando grandes porções do território em áreas de exclusão (CASTILHO, 2008, p. 8). Nas regiões de produção especializada, a competitividade é possível por meio de uma eficiência imprescindível da logística, que passou a ser um dos pontos centrais do ordenamento dos movimentos que perpassam os diversos circuitos espaciais produtivos (FREDERICO, 2009a, p. 5). A logística, neste viés, é denominada por Castilho como: o conjunto de competências infra-estruturais (transportes, armazéns, terminais intermodais, portos secos, centros de distribuição, etc.), institucionais (normas, tributação, etc.) e estratégicas/operacionais (conhecimento especializado detido por prestadoras de serviços ou operadores logísticos), que reunidas numa dada região, conferem competitividade aos agentes econômicos e aos circuitos espaciais produtivos (CASTILHO, 2008, p 9). No Brasil, são várias as regiões especializadas na produção e exportação de café e, por tanto, competitivas no mercado. São áreas onde prevalecem fatores como o domínio de uma agricultura moderna e de um sistema logístico altamente eficiente, complementadas por um 2 De acordo com Müller (1989, p. 45), o conceito de CAI é semelhante ao do agronegócio (ou agribusiness) e, portanto, possui as mesmas atividades. Segundo ele, o complexo agroindustrial, CAI, pode ser definido como um conjunto formado pela sucessão de atividades vinculadas à produção e transformação de produtos agropecuários e florestais. Atividades tais como: a geração destes produtos, seu beneficiamento/transformação e a produção de bens de capital e de insumos industriais para as atividades agrícolas; ainda: a coleta, a armazenagem, o transporte, a distribuição dos produtos industriais e agrícolas; e ainda mais: o financiamento, pesquisa e a tecnologia, e a assistência técnica.

6 conjunto de fatores produtivos que são responsáveis pela constituição do agronegócio globalizado. De acordo com Frederico (2009): no território brasileiro existem diversos exemplos de constituição de regiões competitivas. Os casos mais emblemáticos são as grandes regiões produtoras de commodities agrícolas e minerais. O destino à exportação da maioria da produção, a presença de firmas transnacionais, a criação de sistemas técnicos e normativos com o intuito de viabilizar a produção, a especialização funcional das cidades locais são características comuns presentes na maioria dessas regiões (FREDERICO, 2009a, p. 5). No caso do café, várias regiões do Brasil são competitivas por serem altamente especializadas neste ramo de produção, contando desde a qualidade das lavouras, as formas de colheitas e beneficiamentos até as formas de escoamento, comercialização e melhoramento dos aportes que constituem o circuito produtivo, como é o caso da região do Sul de Minas. O seu potencial produtivo é justificado pela concentração de diversos sistemas técnicos e normativos com o intuito de tornar eficiente a produção e a logística do segmento cafeeiro, constituído de várias competências infraestruturais (sistemas de transporte, de armazenamento e de comunicação), institucionais (criação de Estações Aduaneiras do Interior, Recintos Exportadores, associações de produtores, selos de denominação de origem, cooperativas, incentivos fiscais, leis de desoneração das exportações, incentivos governamentais para produção, acordos e realização de pesquisas em instituições e empresas) e estratégicooperacionais (conhecimento técnico sobre a produção, presença de operadores logísticos e transportadores especializados no transporte do café) que dão competitividade ao circuito espacial produtivo do café e, conseqüentemente, aos seus principais agentes econômicos (FREDERICO, 2009, p. 2). Além dessa reunião de fatores importantes, as condições naturais para plantio da lavoura, relacionados ao clima, aos solos e ao relevo propício, se torna extremamente importante para determinar a especialização do Sul de Minas como a maior região produtora de café do país. Estudando o conceito de agronegócio, percebe-se que deriva de uma atividade de grande complexidade e que envolve diversos agentes, que atuam em vários setores econômicos. Segundo Pizzolatti (2004, p.1), agribusiness é um sistema integrado; uma cadeia de negócios, pesquisa, estudos, ciência, tecnologia, etc., desde a origem vegetal/animal até produtos finais com valor agregado, no setor de alimentos, fibras, energia, têxtil, bebidas, couro e outros. Sobre a origem do termo agribusiness, Silveira (2007) explica que: Uma primeira formulação conceitual é a idéia de agribusiness (ou agronegócio) elaborada pelos norte americanos Davis e Goldberg em 1957, no qual seria a

7 totalidade das atividades referentes o processamento e distribuição de insumos agrícolas, à produção agrícola realizada nas propriedades rurais e ao armazenamento, processamento e distribuição dos produtos agrícolas e seus derivados (SILVEIRA, 2007, p. 218). Segundo o mesmo autor (2007) o sistema agroindustrial é constituído por quatro segmentos: o segmento de produção de insumos e serviços à montante da atividade agropecuária (crédito, assistência técnica, máquinas e equipamentos, insumos); de produção agropecuária das matérias primas; de beneficiamento e de transformação industrial das matérias primas a jusante da sua produção; e o de comercialização e distribuição dos produtos finais. Assim, nos espaços aonde as atividades da cadeia produtiva se encontram sobremaneira organizada, articulada e modernizada, a competitividade econômica possibilita uma maior integração com o sistema exterior e abre portas para constantes investimentos do capital em setores como o de produção, industrialização e comercialização do café. Tal contexto pode ser bem observado na região competitiva do Sul de Minas, cujo segmento cafeeiro é estritamente vinculado aos ditames do mercado internacional, através de várias empresas do ramo. A importância do agronegócio do café para o Brasil e para a região do Sul de Minas O Brasil participa no mercado mundial como o maior produtor e exportador de café. Sua produção corresponde em média a 35% da produção mundial, produzindo anualmente pouco mais de 45 milhões de sacas de 60 Kg. Desse montante, 60% dos grãos são destinados à exportação, sendo o país responsável por 30% das exportações mundiais. Os maiores importadores do café brasileiro são principalmente os países desenvolvidos, como a os Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão, respectivamente (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2012a). Em 2011, o Brasil colheu 50,8 milhões sacas de 60 Kg (35,2% da produção mundial) e exportou mais de 28,7 milhões de sacas (27,2% das exportações mundiais do produto), ficando bem a frente da participação do segundo maior produtor e exportador do planeta, o Vietnan, que participou com aproximadamente 15% da produção e 17% do total das exportações mundiais de café. Além disso, o agronegócio cafeeiro participa com 6,7% das exportações totais de produtos agropecuários do país. Há 11 regiões e municípios envolvidos na cafeicultura brasileira, que ocupa 2 milhões de hectares plantados, com aproximadamente 8 bilhões de pés pouco mais da metade só no Estado de Minas Gerais (ANUÁRIO BRASILEIRO DO CAFÉ, 2012).

8 O desempenho da economia cafeeira pode ser medido através da expansão da produção e da produtividade de café no país e do aumento da participação das exportações brasileiras no mercado mundial nos últimos 12 anos. Em 2000, o Brasil só produzia 31,1 milhões de café, com uma produtividade de 15,7 sacas por hectare, contribuindo com 20,3% do total das exportações mundiais de café. Parte deste crescimento se deve, principalmente, pelo aumento do repasse de recursos oriundos do Funcafé (Fundo de Defesa da Economia Cafeeira) para custear despesas como o de financiamentos, pesquisas, publicidade e promoção dos cafés pelo país. O orçamento aprovado para este fim passou de 746 milhões de reais em 2000 para 2,8 bilhões em 2012, contribuindo, assim, para a expansão dos processos produtivos (plantação e manutenção de lavouras, colheitas, beneficiamentos, armazenamento e transporte); do comércio cafeeiro, das pesquisas e desenvolvimento do setor, entre outras atividades (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO, 2012b). Na região do Sul de Minas, o agronegócio cafeeiro é a principal atividade agropecuária e se destaca por produzir cafés de ótima qualidade e voltados para exportação. Desde a década de 1970, quando houve a decadência da produção de café no estado de São Paulo e Paraná, o estado de Minas Gerais passou a produzir a maior quantidade de café no Brasil, respondendo por mais de 50% de toda a produção e do parque cafeeiro nacional, e o Sul de Minas, se tornou a principal região brasileira produtora de café, representando a metade da produção mineira e um quarto da produção nacional (ANUÁRIO BRASILEIRO DO CAFÉ, 2012). Nas exportações do agronegócio brasileiro, Minas Gerais teve uma participação de 10%, gerando uma receita de U$ 9,7 bilhões, montante que representou 23,4% do total das exportações gerais do estado. Neste comércio, o café participou 60%, somando mais de US$ 5,8 bilhões de dólares em 2011 (66,5% do total das exportações brasileiras de café). Entretanto, a região do Sul de Minas, em comparação com as outras regiões mineiras, contribuiu com a maior parte das exportações agropecuárias do estado (participação de 50,7% e geração de US$ 4,7 bilhões), tendo o café e derivados como os principais produtos de comercialização, destinadas principalmente para Alemanha (22,4%), EUA (22,2%), Japão (9,9%), Itália (9,6%) e Bélgica (8,2%) (SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DE MINAS GERAIS, 2011). Em 2011, a região produziu mais de 13,7 milhões de sacas de café de 60 Kg (27% do total produzido no país), ou seja, metade da produção do estado de Minas Gerais (26,6 milhões de sacas) e mais que a produção do segundo maior estado produtor do país (Espírito Santo, com 12,5 milhões de sacas). O Sul de Minas conta também com a maior área de produção de café,

9 cujo parque cafeeiro totaliza ha de lavouras (26,6% do total de área cafeeira do país) como se pode observar na tabela 1. De acordo com dados do IBGE, a cultura de café ocupa mais da metade do total das lavouras agrícolas da região (figura 1), evidenciando a sobremacia da atividade para a economia do Sul de Minas. Tabela 1 - Produção de café e área plantada por regiões mineiras e principais estados produtores em UF/REGIÃO Produção (mil sacas beneficiadas) Área plantada (em hectares) Minas Gerais Sul e Centro-Oeste Cerrado Zona da Mata Espírito Santo São Paulo Paraná Bahia Rondônia Mato Grosso Goiás Pará Rio de Janeiro Outros BRASIL Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, 2012a.

10 Figura 1 - Participação das principais culturas na área das lavouras agrícolas na região do Sul de Minas em Fonte: SIDRA Sistema IBGE de Recuperação Automática, Constituição de municípios funcionais a produção cafeeira no Sul de Minas No Brasil, a reestruturação produtiva da agropecuária tem promovido profundos impactos socioespaciais, quer no campo, quer nas cidades. Isto explica em parte a reestruturação do território e a organização de um novo sistema urbano, muito mais complexo, resultado da difusão da agricultura científica e do agronegócio globalizado, que têm poder de impor especializações produtivas ao território. Como mencionado anteriormente, as regiões competitivas são dotadas de fatores e condições especiais que conferem às atividades produtivas, engajadas na modernidade, uma maior eficiência nas formas de produção e de circulação, por meio da inserção de atores que transformam os espaços com a aplicação de capital e seus respectivos produtos de desenvolvimento: técnica, ciência e informação. Com a existência desses novos fatores, ocorre

11 uma intensa estruturação de áreas recentemente ocupadas e utilizadas ou uma reestruturação de áreas que há algum tempo já desenvolvem alguma forma de uso. Este processo, então, ocorre tanto no meio rural, com a entrada de sofisticadas técnicas de produção, como maquinários, insumos e implementos agrícolas, tecnologia em produção de sementes e nas diversas etapas de plantio, colheita e beneficiamento, etc.; quanto no meio urbano, com a presença de uma rede de serviços e sistemas de armazenagem, de comercialização, de assistência técnica, de produção e vendas de insumos e implementos agrícolas, de financiamentos, etc. Características que beneficiam o arranjo produtivo local e que oferecem vantagens e maior eficiência à região a qual determinada atividade produtiva esta instalada. Assim, as relações que mais se alteram com a agricultura moderna são os vínculos, as funções e o uso do espaço urbano e do campo. Sobre isto, Santos (1997b) nos menciona que: Ciência, tecnologia e informação fazem parte dos afazeres cotidianos do campo modernizado, através das sementes especializadas, da correção e fertilização do solo, da proteção das plantas pelos inseticidas, da superimposição de um calendário agrícola inteiramente novo, fundado na informação, o que leva para as cidades médias do interior um coeficiente de modernidade. Não raro, maior que o da metrópole (SANTOS, 1997b, p. 41). Neste contexto, Denise Elias (2007) nos explica que o agronegócio globalizado promove o processo de urbanização e de crescimento das áreas urbanas, principalmente das cidades médias e locais, cujos vínculos principais se devem às inter-relações cada vez maiores entre o campo e a cidade, fortalecendo-as seja em termos demográficos ou econômicos. Assim, é na cidade que se realizam a regulação, a gestão e a normatização das transformações verificadas nos pontos luminosos do espaço agrícola (ELIAS, 2007, p. 115). A partir disto, Frederico (2009b, p. 4) nos aponta que quanto maior a especialização produtiva do campo e seu respectivo conteúdo em ciência e informação, maior serão a urbanização e a inter-relação entre o campo e a cidade. Os núcleos urbanos surgidos ou adaptados à demanda do campo moderno são denominados, por Elias (2007, p.120), de cidades do agronegócio. Estas são aquelas cujas funções de atendimento às demandas do agronegócio globalizado são hegemônicas sobre as demais funções. Sobre a constituição das cidades do agronegócio, a autora nos explica que: A produção agrícola e agroindustrial intensiva exige que as cidades próximas ao campo se adaptem para atender às suas principais demandas, convertendo-as no seu laboratório, em virtude de fornecerem a

12 grande maioria dos aportes técnicos, financeiros, jurídicos, de mão-de-obra e de todos os demais produtos e serviços necessários à sua realização. Quanto mais modernas se tornam essas atividades, mais urbana se torna sua regulação (ELIAS, 2007, p. 118). No caso da região do Sul de Minas, presenciamos que grande parte dos municípios produtores de café com meios urbanos adaptados ao campo moderno possuem como principais atividades econômicas uma complexa rede de serviços que servem tanto para o atendimento das demandas da cafeicultura quanto para outros setores da economia, nos quais incluem as várias funções associadas as necessidades da população local. Entretanto, quando analisamos o comércio destes municípios, bem como a circulação de cargas, movimentação de trabalhadores rurais e outros fatores, observamos a hegemonia do café como grande propulsora de desenvolvimento local, tornando-se em vários municípios como atividade de destaque. Alguns municípios se encarregam ou se especializam na produção. Outras tendem a realizar a parte da produção e/ou da comercialização, em razão da presença de empresas voltadas para exportação, como a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda.), a Outspam Brasil Importação e Exportação Ltda. e a Sara Lee Cafés do Brasil Ltda. As tabelas 2 e 3 mostram os principais municípios produtores de café no estado de Minas Gerais e na região do Sul de Minas. Tabela 2 - Ranking dos 20 maiores municípios produtores de café do estado de Minas Gerais em Posição Município Produção de café (em toneladas) 1º Patrocínio - MG º Três Pontas - MG º Manhuaçu - MG º Monte Carmelo - MG º Nepomuceno - MG º Carmo da Cachoeira - MG º Rio Paranaíba - MG º Campos Gerais - MG º Boa Esperança - MG º Araguari - MG º Espera Feliz - MG º Carmo do Paranaíba - MG

13 13º Piumhi - MG º Carmo do Rio Claro - MG º Machado - MG º Alfenas - MG º Coromandel - MG º Mutum - MG º Campos Altos - MG Santa Margarida - MG Fonte: SIDRA Sistema IBGE de Recuperação Automática, Tabela 3 - Ranking dos 20 maiores municípios produtores de café da região Sul/Sudoeste de Minas em Posição Município Produção de café (em toneladas) 1º Três Pontas - MG º Carmo da Cachoeira - MG º Campos Gerais - MG º Boa Esperança - MG º Carmo do Rio Claro - MG º Machado - MG º Alfenas - MG º Nova Resende - MG º Cabo Verde - MG º Elói Mendes - MG º Três Corações - MG º Campestre - MG º Poço Fundo - MG º São Sebastião do Paraíso - MG º Santana da Vargem - MG º Andradas - MG º São Gonçalo do Sapucaí - MG º Varginha - MG º Conceição da Aparecida - MG º Ibiraci - MG 8.565

14 Fonte: SIDRA Sistema IBGE de Recuperação Automática, De acordo com os dados do IBGE, 7 dos 20 maiores municípios produtores de café em Minas Gerais se localizam no Sul de Minas (Três Pontas, Carmo da Cachoeira, Campos Gerais, Boa Esperança, Carmo do Rio Claro, Machado e Alfenas), comprovando, portanto, mais um dado que revela o potencial da região para o agronegócio cafeeiro. Mas quando analisamos as atividades de comercialização, percebemos que não são todos os municípios que são os maiores exportadores de café no estado de Minas Gerais, exceto Machado. Isto por que estes municípios, junto com Varginha, Guaxupé e Poços de Caldas, são especializados dentro do contexto regional como importantes centros logísticos de escoamento e comércio da produção, em detrimento da presença de empresas e Estações Aduaneiras no interior, como o Porto Seco de Varginha, que possuem fortes vínculos internacionais. A tabela a seguir resume bem as características dos 10 maiores municípios exportadores de produtos agropecuários no estado de Minas Gerais, no qual metade tem como principal produto de comercialização o café e seus derivados. Tabela 4 - Ranking dos 10 maiores municípios exportadores do setor do agronegócio no estado de Minas Gerais em Municípios Região US$ FOB 2010 (MILHÕES) Part. % Principais Produtos 1º Varginha Sul de Minas 2.091,83 22,5% Café e derivados; complexo soja; grãos e cereais; produtos florestais; e frutas e derivados 2º Guaxupé Sul de Minas 872,54 9,4% Café e derivados. 3º Poços de Sul de Minas 777,04 8,3% Café e derivados; cacau e Caldas produtos de confeitaria e produtos florestais. 4º Belo Oriente Rio Doce 663,46 7,1% Produtos florestais. 5º Piumbí Centro-Oeste de Minas 530,59 5,7% Café e derivados; complexo sucroalcooleiro e complexo 6º Araguari Triângulo 322,79 3,5% Carnes; café e derivados; complexo de soja; grãos e cereais; rações para animais; soja.

15 bebidas; frutas e derivados e produtos têxteis. 7º Uberlândia Triângulo 307,51 3,3% Complexo soja; couros e peleteria; grãos e cereais; outros produtos de origem vegetal; ovos e seus derivados; açúcares (Exc. de cana); cacau e produtos de confeitaria; carnes e produtos florestais. 8º Ituiutaba Triângulo 249,71 2,7% Carnes; complexo soja; complexo sucroalcooleiro; grãos e cereais; outros produtos de origem animal e gorduras e óleos de origem animal. 9º Delta Triângulo 233,01 2,5% Complexo sucroalcooleiro e outros produtos de origem animal. 10º Machado Sul de Minas 220,85 2,4% Café e derivados; complexo soja e outros produtos de origem vegetal. Outros Estado MG 3.047,35 22,7% Agronegócio Total das Exportações do Agronegócio de MG 9.316,68 100% Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Comparando com as 10 maiores empresas exportadoras do agronegócio mineiro, percebemos que metade delas tiveram como principal produto de venda ao exterior, café e seus derivados, todas localizadas em municípios da região do Sul de Minas, sendo também que 3 dessas se localizam entre os principais municípios exportadores do agronegócio listadas na tabela anterior (Varginha, Guaxupé e Poços de Caldas). Tal fato nos denota então que a presença das grandes empresas influencia de maneira significativa para o desenvolvimento de um agronegócio voltado para o mercado internacional. São consideradas importantes agentes no circuito espacial produtivo do café, que determinam as regras de mercado e estabelecem forte domínio econômico nos espaços competitivos de agricultura moderna.

16 Tabela 5 - Ranking das 10 maiores empresas exportadoras do setor do agronegócio no estado de Minas Gerais em Empresas Município Produtos Exportados 1º Cooxupé - Cooperativa Regional de Guaxupé e Monte Café e derivados Cafeicultores em Guaxupé Ltda. Carmelo 2º Genibra Celulose Nipo-Brasileira S/A Belo Monte Produtos florestais 3º Terra Forte Exportação e Importação de Poços de Caldas Café e derivados Café Ltda 4º Sadia S/A Uberlândia Carnes 5º Usina Coruripe Açúcar e Álcool S/A Iturama e Campo Complexo Florido sucroalcooleiro 6º Sara Lee Cafés do Brasil Ltda. Piumbí, São Café e derivados Sebastião do Paraíso e Varginha 7º JBS S/A Ituitaba e Uberlândia Complexo sucroalcooleiro 8º Usina Caeté S/A Conceição das Complexo Alagoas e Delta sucroalcooleiro 9º Louis Dreyfus Commodities Brasil S/A Varginha Café e derivados 10º Unicafé Companhia de Comércio Varginha e Café e derivados Exterior Manhumirim Fonte: Secretaria de Estado de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Minas Gerais, Contudo, Segundo Elias (2007, p.125), para analisarmos as cidades funcionais ao campo moderno, denominadas Cidades do Agronegócio, devemos levar em consideração três eixos de temas e processos: 1) as novas relações cidade-campo, pautadas, sobretudo, na funcionalidade dos núcleos urbanos às demandas do campo moderno; 2) na identificação do mercado de trabalho agropecuário e na dinâmica populacional; 3) e o aprofundamento das desigualdades socioespaciais inerentes à modernização do modo de produção capitalista. Os eventos representativos dos três eixos se inter-relacionam e são ao mesmo tempo causa e conseqüência.

17 Para o agronegócio cafeeiro, é imprescindível a constituição de cidades funcionais ao campo moderno para ofertar toda uma rede de serviços e infraestruturas necessárias para a produção, logística, comercialização e consumo dos produtos agrícolas. Além disso, se torna importante analisar, além das empresas e instituições relacionadas direta ou indiretamente ao agronegócio do café, também identificar os fluxos financeiros destinados as atividades agrícolas, os fluxos de exportação de café, a logística de transporte, distribuição e armazenamento de café, os cursos superiores associados com o potencial de pesquisa agrícola e da execução de funções da cadeia produtiva e comercial do agronegócio, a dinâmica do mercado de trabalho agropecuário, o uso e distribuição das terras e propriedades agrícolas, os fatores demográficos e demais aspectos que revelem as desigualdades socioespaciais inerentes às conseqüências da modernização das atividades do campo. Exemplo de Alfenas e Machado Os municípios de Alfenas e Machado possuem vários atributos e características consideradas por Elias (2007) como municípios funcionais à produção e logística cafeeira. Embora a autora enfatize mais os aspectos e funcionalidades urbanas como referência a explicação das Cidades do Agronegócio, termo mais adequado aos municípios de expansão recente da agricultura moderna brasileira, como o complexo da soja no Centro-Oeste e no Nordeste, alguns parâmetros de análise nos servem como forma de contextualizar tal dinâmica para com os municípios em regiões de agricultura moderna consolidada, como é o caso do café no Sul de Minas. Alguns dados se fazem importante para indicar a importância da cafeicultura para estes municípios, apresentados na tabela a seguir.

18 Tabela 6 Algumas informações sobre a importância do agronegócio do café para os municípios de Alfenas e Machado. Informações Alfenas Machado Posição no ranking de produção de café no estado de Minas Gerais 16º 15º em 2011* Posição no ranking de produção de café na região do Sul de Minas em 7º 6º 2011* % do total das lavouras agrícolas com plantação de café em 2010* 47% 68,3% % da participação do comércio do café nas exportações totais do 98% 84% município em 2011** % da participação da agropecuária no PIB municipal em 2010*** 10,2% 16,5% *Fonte: SIDRA Sistema IBGE de Recuperação Automática, ** Fonte: Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior, Disponível em: *** Fonte: IBGE Cidades, A partir das considerações da autora, percebemos então que ambos os municípios possuem intensas relações campo-cidade em detrimento da modernização da cafeicultura. Com as novas demandas de consumo da agricultura cientificada, ou seja, processos produtivos dotados de conteúdo tecnológico, científico e informacional, representada pelas inovações nos cultivares, uso intensivo de insumos e implementos agrícolas de alta tecnologia (como agrotóxicos, fertilizantes, maquinários e demais equipamentos), conhecimento do terreno, do clima e das demais técnicas de rendimento e produtividade; houve uma adaptação do meio urbano para atender a essas novas necessidades. Nesta condição, a ampliação e a instalação de novas empresas associadas ao ramo produtivo são marcantes na dinâmica do agronegócio local, além daquelas que são responsáveis pela comercialização e logística da produção. Considerando as funcionalidades dentro do circuito espacial produtivo do café, é possível classificar as empresas e instituições enquadradas direta ou indiretamente ao agronegócio em pelo menos 5 categorias de sistema secundário e terciário: fornecimento de insumos e implementos agrícolas, assessoria técnica e administrativa, comercialização e logística, beneficiamento e processamento agroindustrial, e financeiro. Muitas empresas possuem destaque regional e nacional pelas atividades que realizam, como a Cooxupé (Cooperativa Regional de Cafeicultores em Guaxupé Ltda.), maior exportadora de café do mundo e que desde 1985 vem contribuindo também para a assistência técnica, financeira, de beneficiamento, armazenagem e comercialização de café de vários, senão a maioria, dos produtores; a Outspan Brasil Importação e Exportação Ltda., instalada desde 2006

19 em Alfenas; a Casa Nobre Comércio e Armazenagem de Grãos Ltda., instalada desde 2010 em Alfenas, que além de compra e exportação, trabalha com armazenagem, preparação e certificação de café; a Exportadora e Importadora Marubeni Colorado Ltda., 10º maior exportadora do agronegócio no estado em 2010 (SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DE MINAS GERAIS), localizada em Machado; e a Associação Brasileira de Cafés Especiais (BSCA - Brazil Specialty Coffee Association) instalada desde 1991 em Machado e tem como objetivo congregar produtores de cafés especiais, difundir sua produção e estimular o constante aprimoramento técnico e a maior eficiência nos serviços referentes à comercialização (Fonte: site da empresa BSCA). Dentre outros serviços funcionais ao agronegócio do café observados nos municípios de Alfenas e Machado são os fluxos financeiros, que podem ser considerados os mais importantes por anteceder e serem fundamentais à produção, ofertados tanto pelo Estado quanto pelos bancos, cooperativas de crédito e empresas privadas, cuja movimentação só fez crescer entre os anos observados de 2005 a 2010 (de 9 para 145 milhões e de 40 para 110 milhões, nos respectivos municípios) (BANCO CENTRAL DO BRASIL, 2012); a qualificação da mão-de-obra por meio de cursos de formação técnica e superior voltada à agropecuária moderna, vinculados direta e indiretamente ao agronegócio, por meio das instituições de ensino técnico e superior (UNIFAL MG e UNIFENAS em Alfenas e IFSULDEMINAS, FUMESC e CESEP em Machado); e as unidades armazenadoras de grãos, responsáveis pelo setor de transporte, armazenagem e comercialização de café (15 unidades em Alfenas e 19 em Machado) (CONAB Companhia Nacional de Abastecimento, 2012). Em relação a dinâmica do mercado de trabalho, percebe-se que nos dois municípios há uma grande movimentação de trabalhadores do café em épocas de safra, oriundos tanto do município, da região ou de outras localidades do país. O fluxo de admissões neste período é bem maior (março a julho) do que no restante do ano, caracterizado por demissões em massa de mão de obra com o fim das colheitas, de acordo com os dados da RAIS/CAGED do Ministério do Trabalho e Emprego. Já sobre a dinâmica populacional, os estudos revelam que tal fator está muito associado às desigualdades socioespaciais presenciadas em regiões de agricultura moderna. De acordo com dados do IBGE, nos dois municípios em questão houve uma redução drástica da população rural e um aumento da taxa de urbanização, sobretudo devido à modernização das atividades do circuito espacial produtivo do café. Em Alfenas, o percentual de população rural diminuiu de 25,6% em 1970 (7.264) para 6,2% em 2010 (4.595), considerando um aumento de quase 3 vezes

20 da população absoluta (de para habitantes) no período. Em Machado houve a redução de 46,6% em 1970 para 17,1% em 2010 da população do campo, sendo que o que a quantidade de habitantes quase dobrou nos últimos 40 anos (de para ). Tal fato se alia ao motivo de haver nos últimos anos uma intensa modernização da agricultura na região, no qual muitos camponeses acabam não conseguindo se modernizar como deveriam (para se tornarem competitivos no mercado) e sobreviver no novo padrão agrário. O campo aos poucos passa a ser dominado por médios e grandes fazendeiros dotadas de alta capacidade produtiva e a mecanização substitui a mão de obra rural, que passa a viver nas cidades em busca outras alternativas de trabalho e renda. Isso contribui para elevar o fluxo do êxodo rural e a concentração de terras. De acordo com dados do Censo Agropecuário do IBGE de 2006, 78% das áreas de produção de café são representadas por médios e grandes propriedades, ou seja, com estabelecimentos com acima de 100 hectares, enquanto que em Machado o valor é de 74%. Atualmente, os agricultores familiares possuem muitas dificuldades para continuarem a produzir café, por falta de recursos suficientes para modernizarem suas propriedades e competirem com os seus produtos no mercado. Descapitalizados pela impossibilidade de obterem maiores recursos junto às linhas de financiamento e a quitação das mesmas, em decorrência da baixa produtividade e lucratividade, esses produtores não conseguem investir em suas propriedades e lavouras (compra de insumos e implementos em quantidades adequadas) e vender o café a preços lucrativos no mercado, em detrimento da baixa qualidade do café e as épocas de oscilações de valores reduzidos de comercialização. Considerações finais De acordo com a abordagem adotada e as análises aferidas, é evidente que a região do Sul de Minas se constitua como um espaço aonde reina a especialização na produção e comercialização do café, dentro do contexto do modo de produção capitalista e da economia globalizada. A modernização agrícola se enquadra nas características atuais do meio técnicocientífico-informacional, cujo modo produção e as relações de trabalho são constantemente transformados. Nesta dinâmica territorial, é possível aferir a eminente competitividade e vocação regional quanto ao agronegócio cafeeiro, que atende os mercados distantes por meio de uma articulação moderna e eficiente da logística em meio ao circuito espacial produtivo do café.

21 Muitos agentes atuantes neste espaço, como as empresas, tem papel significativo na organização e ordenamento das atividades envolvidas no agronegócio, muitas vezes ditando regras nos modos de produção e ao mercado (de qualidade e custos). Tal fato contribui ainda mais para o aumento das exigências, vindas de ordem internacional, e conseqüentemente, da modernização dos processos produtivos, logísticos e de comercialização. Neste sentido, presencia-se uma reestruturação dos espaços rurais e urbanos como forma de adaptação ao novo padrão agrário de produção, intensificando ainda mais a especialização produtiva dos espaços locais e regional. A consolidação então de municípios funcionais à produção e comercialização de café é uma realidade, podendo tal fenômeno ser identificadas através de suas recentes transformações ocorridas nas atividades econômicas e nos aspectos sociais. Nos exemplos abordados sobre Alfenas e Machado, é indiscutível a idéia da cafeicultura ser a atividade tradicional e de destaque na economia desses municípios, acompanhando o mesmo contexto da dimensão regional. Estes são municípios que dependem em muito das atividades do agronegócio, cujo circuito espacial produtivo encontra empresas e instituições funcionais ao desenvolvimento do arranjo produtivo local. Portanto, o meio urbano é dotado de uma rede de serviços e infraestruturas que complementam direta ou indiretamente o setor. A concentração de terras e o êxodo rural observados revelam que a modernização do espaço nem sempre traz prosperidade, mas condiciona também a várias desigualdades socioeconômicas, representadas tanto por atores quanto por espaços marginalizados. Referências ANUÁRIO BRASILEIRO DO CAFÉ Santa Cruz do Sul RS: Ed. Gazeta. Anual. ISSN: BANCO CENTRAL DO BRASIL Anuário Estatístico do Crédito Rural 2012: Financiamentos Concedidos a Produtores e Cooperativas. Disponível em: Acesso em: 28 de abril de CASTILLO, Ricardo. A Região competitiva e logística: expressões geográficas da produção e da circulação no período atual. In: IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL SOBRE DESENVOLVIMENTO REGIONAL, Anais... Santa Cruz do Sul - RS: Unisc, v. 1. ELIAS, Denise Agricultura e produção de espaços urbanos não metropolitanos: notas teórico-metodológicas. In: SPOSITO, Maria Encarnação B. (Org.) Cidades médias: espaços em transição. São Paulo: Expressão Popular. FREDERICO, Samuel. 2009a. Montanhas do café: a constituição de uma região competitiva

22 no Sul de Minas. Projeto de pesquisa. 19f. Universidade Federal de Alfenas. Alfenas MG b. O novo tempo do cerrado: Expansão dos fronts agrícolas e controle do sistema de armazenamento de grãos. 273f. Tese de Doutorado, Programa de Pós-Graduação em Geografia Humana da Universidade de São Paulo. São Paulo. MINISTÉRIO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. 2012a. Informe Estatístico do Café Disponível em: Acesso em 05 de março de MINISTÉRIO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO. 2012b. Relatório de Atividades do FUNCAFÉ Brasília - DF: Secretaria de Produção e Agroenergia/Departamento do Café. Disponível em: Acesso em: 28 de abril de MÜLLER, Geraldo Complexo Agroindustrial e Modernização Agrária. São Paulo: Ed. Hucitec. PIZZOLATTI, Ives. J Visão e conceito de agribusiness. Monografia. 16f. Universidade do Oeste Catarinense. Tangará SC. SANTOS, Milton. 1996a. A natureza do espaço, técnica e tempo, razão e emoção. São Paulo: Hucitec b. A urbanização brasileira. São Paulo: Ed. Hucitec.. (1985) 1997a. Espaço e método. 3ª ed. São Paulo: Hucitec.. (1994) 1997b. Técnica, espaço, tempo; globalização e meio técnico-científicoinformacional. 5ª ed. São Paulo: Ed. Edusp. SANTOS, Milton.; SILVEIRA, Maria. L O Brasil, território e sociedade no inicio do século XXI. Rio de Janeiro & São Paulo: Ed. Record. SECRETARIA DE ESTADO DE AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO DE MINAS GERAIS Panorama do Comércio Exterior do Agronegócio de Minas Gerais Belo Horizonte: Central Exportaminas. Disponível em: Acesso em: 28 de abril de SILVEIRA, Rogério, L.L Complexo Agroindustrial, rede e território. In: DIAS, Leila; SILVEIRA, Rogério, L.L. Redes, Sociedades e Territórios. 2º ed. Santa Cruz do Sul: EDUNISC. P

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