Ambiente macroeconômico e financeiro

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1 Ambiente macroeconômico e financeiro Introdução No primeiro semestre de, as políticas monetárias permaneceram acomodatícias nas economias avançadas, condicionadas por seus diferentes posicionamentos no ciclo econômico. Simultaneamente, os Estados Unidos da América (EUA) se aproximaram do início da normalização de sua política monetária, e outros bancos centrais de economias maduras sinalizaram a manutenção de taxas de juros nominais próximas de zero por tempo prolongado e a continuidade de seus programas de compra de ativos 1. As economias emergentes, em particular a da China, continuaram em transição para um padrão de expansão econômica mais moderada. Nesse cenário, novos desafios associados ao declínio nos preços das matérias-primas e à valorização do dólar dos EUA podem exacerbar vulnerabilidades financeiras, em especial à medida que se aproxima o início da normalização da política monetária dos EUA. O ambiente de taxas de juros internacionais muito reduzidas fortaleceu as preocupações associadas à tomada excessiva de risco e ao aumento do grau de alavancagem. Aumentou a volatilidade nos mercados de bônus, nos quais a redução da liquidez favoreceu a propagação de choques para outras classes de ativos. Nesse ambiente, a atuação dos bancos centrais seguiu pautada pela contenção dos riscos à estabilidade nos mercados financeiros e seus eventuais impactos sobre o processo de retomada do crescimento econômico. 1.2 Mercados financeiros internacionais Os mercados financeiros internacionais reagiram a realinhamentos episódicos das expectativas sobre o início da elevação das taxas de juros nos EUA, com impactos generalizados sobre a precificação de ativos, em especial nos mercados de bônus e cambiais. De forma distinta, o Banco Central Europeu (BCE) e o Banco do Japão (BoJ) mantiveram políticas de expansão de ativos, evidenciando a dependência de estímulos monetários adicionais para consolidação da recuperação econômica. Títulos soberanos, de forma geral, apresentaram evolução desfavorável até abril, registrando-se rendimentos negativos para papéis de menor maturidade, entre os quais os Bunds alemães. Em julho, depois de prolongado impasse, a Grécia firmou acordo com a União Europeia, referente ao terceiro programa de ajuda financeira, com duração de três anos e condicionado à implementação de reformas estruturais. O agravamento da crise grega ampliou a volatilidade nos mercados europeus, sem, contudo, acarretar impacto sistêmico importante, permanecendo contidos os indicadores de risco soberano e corporativo do continente. Na China, em meados de junho, uma onda de vendas nas bolsas de valores provocou forte recuo dos principais índices do mercado acionário, motivando a adoção de medidas pelo governo, com vistas a conter a venda desordenada de ações. 1/ Na Área do Euro, o BCE se comprometeu a manter o programa de compras de ativos pelo menos até setembro de No Japão, o BoJ não definiu uma data para encerramento do programa, mas explicitou a intenção de continuá-lo até que seja alcançada, de forma estável, sua meta de estabilidade de preços (variação anual do Índice de Preços ao Consumidor IPC de 2%). Outubro Relatório de Estabilidade Financeira 8

2 Nesse contexto, os rendimentos anuais dos títulos de 10 anos dos EUA, do Reino Unido, da Alemanha e do Japão elevaram-se 18 p.b., 27 p.b., 22 p.b. e 14 p.b., respectivamente, no semestre, situando-se em 2,35%, 2,02%, 0,76% e 0,47% em 30 de junho 2 (Gráfico 1.2.1). Gráfico Rendimento de títulos soberanos (10 anos) Ucrânia e a recuperação parcial nos preços do petróleo, os prêmios dos CDS da Rússia recuaram de 476 para 342 (-28%) (Gráfico 1.2.3). Gráfico CDS soberanos (5 anos) Economias emergentes p.b. 650 % a.a. 3, , , ,40 0, ,00 África do Sul Rússia Turquia Brasil México Chile EUA Alemanha Reino Unido Japão Os prêmios dos Credit Default Swaps (CDS) de cinco anos das economias da Área do Euro foram pouco afetados pelo ambiente de maior aversão ao risco e pelas incertezas quanto à solvência da dívida soberana da Grécia. Nesse cenário, destacou-se a elevação dos prêmios dos títulos espanhóis, que aumentaram de 96,9 p.b. para 110 p.b. no semestre (Gráfico 1.2.2). Gráfico CDS soberanos (5 anos) Economias avançadas 0 Alemanha França Espanha Itália Na mesma base de comparação, observaram-se elevações nos prêmios dos CDS de economias emergentes relevantes, destacando-se as altas registradas para o Brasil, de 201 para 260; Turquia, de 184 para 225; África do Sul, de 192 para 209; e México, de 103 para 131. Ressalte-se que, com o arrefecimento do conflito na p.b No mercado de câmbio, o dólar dos EUA prosseguiu com a tendência altista iniciada no segundo semestre de. Nesse sentido, o Dollar Index Major 3 subiu 5,8% no primeiro semestre de (19,7% em 12 meses). O dólar apreciou 8,6% perante o euro e 2,3% ante o iene, depreciando 0,8% em relação à libra esterlina. Ressalvese que, no período de doze meses, o dólar acumula altas respectivas de 22,9%, 20,9% e 8,9% em relação a essas mesmas moedas (Gráfico 1.2.4). Gráfico Taxas de câmbio de economias avançadas Euro/dólar Libra/dólar Iene/dólar = Em relação às moedas de economias emergentes e/ou exportadoras de matérias-primas, o movimento do dólar refletiu, por um lado, a expectativa de alta nos juros básicos dos EUA, por outro, a redução nos preços internacionais Índice dólar (major) / Destaque-se que os retornos anuais de títulos correspondentes das chamadas economias periféricas da Área do Euro, Espanha e Itália, elevaram-se 0,69 p.b. e 0,57 p.b., respectivamente, para 2,30% e 2,14%. 3/ O Dollar Index Major, índice calculado pela Intercontinental Exchange (ICE), expressa o dólar dos EUA em relação a uma cesta de seis moedas: euro, iene, libra esterlina, dólar canadense, franco suíço e coroa sueca. Outubro Relatório de Estabilidade Financeira 9

3 daqueles produtos. No semestre, destacou-se a apreciação do dólar dos EUA ante o real brasileiro (16,8%), o dólar neozelandês (15,3%), a lira turca (14,8%), o peso mexicano (6,7%) e o peso chileno (5,4%). Ante o rublo russo, o dólar desvalorizou-se 8,9% no semestre, mas, em 12 meses, a moeda russa foi a que acumulou a maior depreciação entre as principais economias emergentes, recuando 38,6% perante o dólar (Gráfico 1.2.5). Gráfico Taxas de câmbio EMEs e/ou países exportadores de commodities versus dólar dos EUA Real brasileiro Dólar neozelandês Lira turca Peso mexicano Rublo russo Peso chileno 80 Nos mercados acionários, os índices do Japão (Nikkei-225), da França (CAC 40) e da Alemanha (DAX) seguiram valorizando-se no primeiro semestre, registrando altas respectivas de 16%, 12,1% e 11,6%. No mesmo período, os índices das bolsas dos EUA (Standard & Poor s S&P 500) e do Reino Unido (FTSE 100) apresentaram variações, na ordem, de 0,2% e -0,7% (Gráfico 1.2.6). Gráfico Bolsas de valores Economias desenvolvidas = 100 Entre as economias emergentes, o mercado acionário chinês acumulou valorização de 59,7% entre 31 de dezembro de e 12 de junho último, refletindo, entre outros fatores, incentivos governamentais ao = 100 EUA S&P 500 Reino Unido FTSE 100 Alemanha DAX Japão Nikkei investimento em ações e medidas de afrouxamento monetário. Esse quadro, então, reverteu-se com vendas expressivas de ações que resultaram em recuo de 17% até o final de junho e valorização de 32,2% no semestre. A despeito das medidas editadas para conter as perdas dos investidores e mitigar os riscos para o sistema financeiro, a bolsa chinesa se manteve volátil em julho. Ainda que os impactos sobre o crescimento econômico permaneçam limitados, a fragilização de bancos e corretoras Gráfico envolvidos para apresentação em transações do Diretor de maior risco pode comprometer a confiança dos agentes na economia chinesa e acentuar a sua desaceleração. Em outros mercados, destacou-se a elevação nos principais índices do Brasil, 6,1%; do México, 4,4%; e da África do Sul, 4,1%. Foi observada retração nos índices da Indonésia, 6,1%; e da Turquia, 4,0% (Gráfico 1.2.7). Gráfico Bolsas de valores Economias emergentes 70 O índice Chicago Board Options Volatility Index (VIX), que mede a volatilidade implícita de curto prazo dos preços das opções do índice S&P 500, manteve trajetória declinante na maior parte do semestre. Contudo, a partir de meados de maio, o índice apresentou elevação, refletindo o acirramento do impasse entre a Grécia e seus credores, a instabilidade nos mercados financeiros chineses e a incerteza quanto ao início da alta das taxas de juros nos EUA. No final de junho, 75 o índice alcançou 18,2 pontos, comparativamente a 19,2 15 pontos no final de (Gráfico 1.2.8). Os índices Morgan Stanley Capital International (MSCI) 4, referentes à valoração das ações de bancos dos EUA e da Europa, elevaram-se 2,3% e 11,6%, respectivamente, no primeiro semestre de, em comparação a 7,5% e -0,9% no semestre anterior. As ações que compõem os índices 4/ Os índices refletem médias ponderadas dos preços das ações das respectivas indústrias bancárias. Brasil África do Sul China = 100 Indonésia México Turquia Outubro Relatório de Estabilidade Financeira 10

4 foram favorecidas pelos sinais de recuperação econômica, especialmente na Área do Euro, onde a concessão de crédito apresentou trajetória positiva. O MSCI referente a mercados emergentes recuou -1,5%, reforçando a retração observada no segundo semestre de (-4%), em linha com a desaceleração econômica (Gráfico 1.2.9). Gráfico CBOE Volatility Index VIX Índice de volatilidade Gráfico Índice acionário MSCI bancos 10 O CDS dos bancos 5 aumentaram no Reino Unido (54,9%), Espanha (45,1%), Alemanha (24,6%), Itália (22,1%), EUA (11,9%) e França (9,4%), refletindo incertezas quanto à permanência da Grécia na Área do Euro (Gráfico ). No entanto, os prêmios dos CDS permaneceram em patamares significativamente inferiores aos registrados em episódios recentes de tensão no continente, sinalizando maior resiliência do sistema bancário. O crescimento econômico global permanece contido e desigual. Nos EUA, a recuperação econômica apresenta sinais de maior sustentabilidade, em especial no mercado de trabalho, ao passo que na Área do Euro e no Japão estímulos monetários adicionais ainda são empregados. O 5/ Média aritmética dos dois maiores bancos de cada país pelo critério de capitalização de mercado. pontos = 100 EUA Europa Economias emergentes elevado endividamento público permanece como entrave para a recuperação econômica, principalmente na Área do Euro, onde a debilidade do nível de atividade tem afetado negativamente a dinâmica da dívida pública 6. Há, porém, crescente percepção de que a política monetária expansionista vem contribuindo positivamente para a recuperação da economia bem como das expectativas. gráfico para apresentação do diretor Gráfico CDS de 5 anos Bancos Prêmios médios de países selecionados 1/ 0 As economias emergentes, por sua vez, impactadas pela desaceleração da economia chinesa, seguem em transição para um ritmo de crescimento econômico mais moderado, com destaque negativo para as exportadoras de commodities, desfavorecidas pela redução dos preços internacionais. A cotação do petróleo, que vinha se recuperando entre janeiro e maio, voltou a recuar desde então, em cenário de oferta global abundante e arrefecimento da demanda, e segue como fonte de incertezas para o risco de crédito soberano de países exportadores e de empresas do setor energético. Nesse ambiente de recuperação econômica nas economias avançadas, de desaceleração nas economias emergentes, de redução de preços das commodities e de provável início do ciclo de alta nas taxas de juros dos EUA, com a consequente valorização do dólar, aumentou o risco de exacerbação das vulnerabilidades financeiras das economias emergentes. Por outro lado, os realinhamentos cambiais em andamento tendem, no médio prazo, a impulsionar a atividade econômica das economias que registraram desvalorização importante em suas moedas. 6/ O processo de consolidação fiscal avançou nos últimos anos, e o custo de emissão de novos papéis se reduziu substancialmente. Porém, o Fundo Monetário Internacional (FMI) (Fiscal Monitor, de abril de ) estimou que o ritmo da consolidação fiscal de economias avançadas recuou de 1% do Produto Interno Bruto (PIB) ao ano, de 2011-, para 0,5% do PIB em. Espanha França Alemanha Reino Unido EUA Itália 1/ Calculados pela média aritmética dos prêmios de CDS dos dois maiores bancos pelo critério de capitalização de mercado de cada país. Exceção nos EUA: JPM Chase e Bank of America. p.b Outubro Relatório de Estabilidade Financeira 11

5 Ainda que os riscos para as economias emergentes estejam mais evidentes, o fortalecimento dos fundamentos econômicos nas últimas duas décadas elevou a resiliência desses mercados a choques externos, tendo em vista a presença de sistemas financeiros mais robustos, com regulação prudencial mais severa e supervisão mais efetiva; mercados domésticos de títulos mais profundos e com mais instrumentos de hedge; e elevados volumes de reservas internacionais. Adicionalmente, regimes cambiais mais flexíveis em importantes mercados emergentes favorecem a mitigação de eventuais desequilíbrios nas contas externas. Embora seja relativamente baixa a probabilidade de ocorrência de eventos extremos nos mercados financeiros internacionais, os riscos para a estabilidade financeira global permanecem elevados, com destaque para os derivados de mudanças na inclinação da curva de juros em economias maduras. De forma geral, a postura gradualista do Fed em seus comunicados tende a atenuar os riscos associados a correções de preços na sequência do início da elevação da taxa de juros. No mesmo sentido, a continuidade da política acomodatícia do BCE e do BoJ contribui para limitar os impactos sobre a parte longa da curva de juros dos EUA. Persiste, contudo, o risco de aumentos ocasionais da aversão ao risco com intensificação da volatilidade em mercados de ativos mais sensíveis a alterações nas taxas de juros internacionais, tais como os mercados de bônus e de câmbio. Nesse sentido, o Bank for International Settlements (BIS) tem alertado sobre a evidência de fragilidades nos mercados financeiros, dados os surtos recorrentes de volatilidade e os indícios de escassez de liquidez em mercados de renda fixa Mercado financeiro nacional O Banco Central do Brasil (BCB) prosseguiu com o ciclo de aperto monetário retomado ao final de outubro de 8 e voltou a elevar a meta para a taxa básica de juros em 0,50 ponto percentual (p.p.) em cada uma das quatro reuniões do Comitê de Política Monetária (Copom) realizadas entre janeiro e junho, quando, então, a meta para a taxa Selic alcançou 13,75%. A intensificação do realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais e a concentração do reajuste dos preços administrados tornaram o balanço de riscos para a inflação menos 7/ Relatório Anual do BIS /, junho de, Capítulo II. Disponível em < 8/ Após manter a meta para a taxa Selic em 11,0% desde abril de, seguindo o aumento de 3,75 p.p., o Copom elevou-a em 0,25 p.p. em outubro e em 0,50 p.p. em dezembro. favorável. Diante disso, a postura firme do BCB objetivou impedir que esses reajustes contaminassem as expectativas inflacionárias para 2016, reafirmando o compromisso com o atingimento da meta de inflação de 4,5% 9 ao final de A despeito de as elevadas taxas mensais de inflação acumularem 6,17% no semestre (Índice de Preços ao Consumidor Amplo IPCA) e a acumulada em doze meses continuar em trajetória de ascensão 10, as expectativas para a inflação 11 entraram em trajetória decrescente. No mercado futuro de taxas de juros, as taxas mantiveram a trajetória ascendente registrada no semestre anterior. Apesar do ambiente de redução do nível de atividade 12 e de moderação na expansão do crédito, as taxas referentes aos prazos mais curtos seguiram a alta da taxa básica e o discurso mais enfático do BCB de perseguir a meta de inflação para As taxas para prazos mais longos, por sua vez, acompanharam as oscilações das expectativas quanto ao início do ciclo de elevação das taxas de juros pelo Fed e as dificuldades surgidas para aprovação e implementação das medidas de ajuste fiscal anunciadas pelo governo federal. As oscilações das taxas de juros dos prazos mais curtos foram ainda maiores, o que se refletiu em alterações expressivas na inclinação da curva de juros, particularmente ao final do semestre (Gráfico 1.3.1). Gráfico Evolução das taxas de juros Taxa Selic e swap de 3 e 6 meses, 1 ano, 2 e 5 anos Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Mai Taxa Selic 3 meses 6 meses 1 ano 2 anos 5 anos Fontes: BM&FBovespa e BCB % a.a. 9/ As Resoluções nº 4.237, de 28 de junho de, e nº 4.345, de 25 de junho de, do Conselho Monetário Nacional (CMN), fixaram, respectivamente, as metas de inflação para e 2016 em 4,5%, com intervalo de tolerância em 2,0 p.p. abaixo e acima da meta. A Resolução nº 4.419, de 25 de junho de, também fixou a meta de inflação de 2017 em 4,5%, mas reduziu os intervalos de tolerância para 1,5 p.p. abaixo e acima da meta. 10/ O IPCA acumulado em doze meses subiu monotonicamente de 6,41% em dezembro de para 8,89% em junho de. 11/ Segundo o relatório Focus, a mediana das expectativas de inflação (IPCA) acumulada para os próximos doze meses (suavizada) caiu de 6,61% ao final de dezembro de para 5,92% ao final de junho. Da mesma forma, a mediana das expectativas de inflação para 2016, no mesmo período, caiu de 5,70% para 5,50%. 12/ O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br) registrou queda de 2,37% no primeiro semestre, na série dessazonalizada. 14,5 13,7 12,9 12,1 11,3 10,5 Outubro Relatório de Estabilidade Financeira 12

6 Ao longo do primeiro trimestre do ano, o movimento das taxas para os prazos mais longos apresentou maior correlação com o da taxa de câmbio (R$/US$), e, dada a ancoragem das taxas curtas à gradual subida da meta para a taxa Selic, isso se refletiu em alterações na inclinação da curva de juros. Ainda assim, a declividade se manteve negativa para prazos acima de um ano. No início de, o real apresentava valorização em relação ao dólar norte-americano, e a nova equipe econômica reforçara o compromisso do governo com o ajuste fiscal, ao aumentar o contingenciamento de 1/12 para 1/18 para o montante de gastos mensais autorizados até a aprovação do orçamento pelo Congresso Nacional. A queda das taxas dos treasuries e o anúncio do programa de quantitative easing pelo BCE em janeiro também contribuíram para que, no Brasil, as taxas de juros de prazos mais longos recuassem. Entretanto, já ao final desse mês, uma conjunção de fatores levou à reversão desse movimento, que perdurou até meados de março: a crescente preocupação com a situação do sistema elétrico nacional e o risco de racionamento de água e de energia; a divulgação do resultado fiscal de abaixo do esperado e as crescentes dúvidas quanto à aprovação das medidas de ajuste fiscal e ao cumprimento da meta de superavit primário anunciada 13 ; o aumento da aversão ao risco Brasil 14 ; e a expressiva desvalorização da moeda nacional ante o dólar, que foi decorrente também do movimento ascendente das treasuries. A partir da segunda quinzena de março, entretanto, essas taxas voltaram a ceder com a expectativa de ajuste mais lento das taxas de juros de referência do Fed. Além disso, não só o BCB reafirmou que a política monetária permaneceria vigilante, mas também o dólar recuou, fatores que contribuíram para que o segmento mais longo da curva de juros fizesse o mesmo. As expectativas de inflação para seguiram sendo revistas para cima, apesar do aumento da distensão no mercado de trabalho 15. A partir de maio, em razão do discurso mais enfático da autoridade monetária de se manter vigilante para assegurar a convergência da inflação à meta no final de 2016, a perspectiva sobre o aperto monetário foi revista para um ciclo maior e mais prolongado, o que levou ao aumento do trecho curto da curva de juros. A desaceleração do nível de 13/ Meta de superavit primário de 1,1% do PIB em e de 2,0% em / Nesse período ocorreu o rebaixamento da nota de crédito da Petróleo do Brasil S.A. (Petrobras) pela agência de classificação de risco Moody s. 15/ A taxa de desemprego, consideradas as seis regiões metropolitanas abrangidas pela Pesquisa Mensal do Emprego (PME-IBGE), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), subiu monotonicamente de 4,3% em dezembro para 6,9% em junho. No semestre, enquanto que a População Economicamente Ativa (PEA) subiu 0,7%, a população ocupada (PO) caiu 2,0%, reforçando a pressão sobre a taxa de desemprego. atividade, a aprovação de medidas do ajuste fiscal 16, a perspectiva de postergação do início da normalização da política monetária norte-americana e o influxo de capital estrangeiro levaram a curva de juros a ficar mais negativamente inclinada. Em junho, no cenário externo, incertezas quanto ao início da normalização da política monetária norte-americana pelo Fed, aumento da aversão ao risco com a situação da Grécia e, no cenário doméstico, dificuldades para a aprovação de medidas do ajuste fiscal, levaram a curva a ficar menos negativamente inclinada. A volatilidade das taxas de juros domésticas apresentou leve queda em relação ao semestre anterior. No início do ano, até o final de janeiro, a volatilidade das taxas longas e a das taxas de médio prazo mantiveram a trajetória de queda registrada desde outubro. No entanto, a partir de fevereiro e, principalmente, em março, a volatilidade das taxas de juros subiu, tendo a de prazo intermediário ultrapassado o pico do semestre anterior. Esse aumento refletiu os movimentos das taxas de juros ante o cenário interno mais adverso e a depreciação da taxa de câmbio 17. A partir de abril, com o câmbio mais estável e uma percepção dos agentes de mercado de maior compromisso do BCB com a meta de 4,5% para 2016, a volatilidade dessas taxas diminuiu, com pequena oscilação ao final de junho, acompanhando a maior incerteza do cenário externo. Quanto à volatilidade das taxas de juros de prazo mais curto, embora tenha se mantido baixa, o discurso mais enfático do BCB levou os agentes de mercado a postergarem sucessivamente sua expectativa de encerramento da política monetária contracionista, o que impediu o recuo aos níveis registrados em meados do ano anterior (Gráfico 1.3.2). Gráfico Volatilidade das taxas de juros Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fontes: BM&FBovespa e BCB Fev Mar Mai Curto Médio Longo % a.a. 16/ Destaque-se a aprovação das Medidas Provisórias nº 664 (alterou as regras de acesso aos benefícios de pensão por morte e auxílio-doença) e nº 665 (alterou as regras de acesso ao abono salarial e ao seguro-desemprego), ambas de 30 de dezembro de, aprovadas pelo Senado em 27 e 26 de maio de, respectivamente. 17/ De 22 de janeiro a 19 de março a taxa de câmbio apresentou depreciação de 26,7%. 4,0 3,2 2,4 1,6 0,8 0,0 Outubro Relatório de Estabilidade Financeira 13

7 O comportamento da taxa de câmbio apresentou os seguintes padrões no semestre: iniciou com ligeira apreciação e, já ao final de janeiro, apresentou forte depreciação, que perdurou até o início da segunda quinzena de março; em abril, devido à depreciação do dólar norteamericano no mercado internacional, o real acompanhou a tendência das demais moedas e se apreciou; ao final de maio, já havia atingido um patamar intermediário, prosseguindo com relativa estabilidade até o final de junho. A taxa de câmbio subiu 16,8% em dólar e 7,2% em euro, encerrando o semestre em R$3,10/US$ 18 e R$3,46/Euro. As principais fontes de incerteza que influenciaram a taxa de câmbio no período referem-se ao início da normalização da política monetária nos EUA e à capacidade do governo em cumprir a meta de superávit fiscal. Em março, não só a trajetória da taxa de câmbio, mas também sua volatilidade, continuavam em elevação 19. Além dos fatores já citados, as dúvidas sobre o futuro do programa de swaps do BCB contribuíram para a oscilação das cotações. Em 24 de março, o BCB anunciou a não renovação do programa de swaps, porém confirmou a disposição de renovar integralmente os swaps vincendos a partir de 1º de maio de, levando em consideração a demanda pelo instrumento e as condições de mercado. A partir do final de março observou-se redução da volatilidade da moeda local, embora tenha se mantido em patamares historicamente elevados. Somente em junho, com a captação da Petrobras no mercado internacional, seguida pela de outras empresas, o real voltou a se apreciar. (Gráfico 1.3.3). Gráfico Taxa de câmbio R$/US$ 3,35 3,11 2,87 2,63 2,39 2,15 Jul Ago Set Out Nov Dez Jan R$/US$ Fev Mar Mai EUR/US$ EUR/US$ 18/ Cotação da taxa de câmbio R$/US$ divulgada pelo BCB (PTAX) calculada segundo metodologia divulgada pela Circular BCB n 3.506, de 23 de setembro de 2010, e atualizada conforme Circular BCB n 3.537, de 25 de maio de / Em 17 de março a cotação da moeda alcançou R$3,27/US$. 0,96 0,91 0,86 0,82 0,77 0,72 No semestre, o BCB efetuou leilões de swap cambial tradicional 20 no valor nocional equivalente a US$58 bilhões (incluídas as rolagens de vencimentos), terminando o período com uma posição líquida (em swap) passiva em câmbio de US$110,8 bilhões 21, ante US$109,6 bilhões em dezembro de. O saldo de câmbio contratado registrou fluxo positivo de US$11,1 bilhões no primeiro semestre de e foi composto por entradas de US$9,8 bilhões no comercial e de US$1,3 bilhão no financeiro. O volume líquido de Investimento Direto no País (IDP) 22 foi de US$30,9 bilhões. Já as reservas internacionais, no conceito de caixa, encerraram o semestre em US$368,7 bilhões, com acréscimo de 1,4% em relação ao final de dezembro de. No mercado acionário, a partir de fevereiro, o Índice da Bolsa de Valores de São Paulo (Ibovespa) encerrou a trajetória de baixa iniciada em setembro de e fechou o primeiro semestre de com alta de 6,1% (Gráfico 1.3.4). A elevação do índice deveu-se, principalmente, à apreciação do dólar que tornou o preço das ações brasileiras atraente, favorecendo o fluxo de entrada. De fato, somente em abril, o ingresso líquido dos investimentos estrangeiros somou R$7,6 bilhões. Assim, do início do ano até 5 de maio, o Ibovespa havia acumulado alta de 16,1%. A partir de então, o índice voltou a cair, influenciado pelas incertezas quanto ao cenário internacional e ao cenário fiscal doméstico. Ainda assim, no semestre, o ingresso líquido dos investimentos estrangeiros foi de R$21,5 bilhões. Ao longo do semestre, as incertezas quanto ao início do ciclo de elevação das taxas de juros pelo Fed e a queda no nível de atividade da economia brasileira influenciaram o mercado financeiro nacional. A concentração do reajuste dos preços administrados e a intensificação do realinhamento dos preços domésticos em relação aos internacionais tornou menos favorável o balanço 20/ Operação de swap cambial em que o Banco Central assume posição passiva em câmbio mais cupom cambial e posição ativa na taxa de juros doméstica (taxa Selic). 21/ Esse valor inclui a rolagem parcial do vencimento de junho, mas já em 1º de julho deve apresentar queda de US$2,6 bilhões devido à rolagem parcial do vencimento desta data. 22/ Desde abril de, o Banco Central do Brasil (BCB) passou a publicar as estatísticas do setor externo da economia brasileira em conformidade com o a sexta edição do Manual de Balanço de Pagamentos e Posição Internacional de Investimento do Fundo Monetário Internacional (BPM6). Anteriormente, essas estatísticas eram divulgadas pelo BCB de acordo com a quinta edição do Manual de Balanço de Pagamentos (BPM5). Assim, o Investimento Direto Estrangeiro (IED BPM5) passou a ser denominado de Investimento Direto no País (IDP BPM6). Outubro Relatório de Estabilidade Financeira 14

8 de riscos para a inflação. A postura vigilante do BCB, entretanto, impediu que o realinhamento de preços relativos contaminasse as expectativas inflacionárias para 2016, a despeito das dificuldades surgidas para aprovação e implementação das medidas de ajuste fiscal. Nesse cenário, as taxas de juros domésticas prosseguiram em trajetória ascendente e o real depreciou-se ao longo do período, enquanto o Ibovespa recuperou-se da queda registrada no semestre anterior. Gráfico Índice Bovespa Pontos (mil) Jul Ago Set Out Nov Dez Jan Fev Mar Mai 46 Fonte: BM&Bovespa Adicionalmente, o BCB, por meio de seu Teste de Estresse Macroeconômico, identificou que choques adversos associados à trajetória da taxa de juros dos EUA não geram efeitos significativos no sistema financeiro brasileiro em um horizonte de seis trimestres, mesmo considerando-se que o ritmo e a transparência do processo de normalização da política monetária americana podem afetar o comportamento do Risco Brasil. Outubro Relatório de Estabilidade Financeira 15

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