DESENVOLVIMENTO E CONCEITO DO TURISMO DE HABITAÇÃO E DO TURISMO NO ESPAÇO RURAL
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- Bento Cipriano Taveira
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1 DESENVOLVIMENTO E CONCEITO DO TURISMO DE HABITAÇÃO E DO TURISMO NO ESPAÇO RURAL O Turismo de Habitação tem como conceito geral preservar as casas, a tradição, a cultura, a arquitectura quer erudita quer rústica e os modos de vida tradicionais. Proporciona alojamento para os turistas, nas regiões rurais e urbanas, onde, de outro modo, seria difícil pernoitar. O elemento significativo deste tipo de turismo é que as famílias ainda vivem nas casas, dando ao turista uma visão mais profunda dos costumes e modos de vida locais. As casas devem integrar se nos estilos arquitectónicos típicos locais, e os proprietários devem estar disponíveis para contar a história local, bem como a da casa; e dar informações, com entusiasmo, sobre a gastronomia local, festas, artesanato, tradições e locais de interesse próximos. O Turismo de Habitação foi o primeiro dos três géneros de alojamento do Turismo no Espaço Rural a ser introduzido (seguindo-se Turismo Rural e Agroturismo, em 1986/8). Começou há cerca de três décadas em quatro zonas piloto: Ponte de Lima, Vila Viçosa, Castelo de Vide e Vouzela. Contudo, está agora no seu estádio mais desenvolvido em Ponte de Lima, onde a Associação TURIHAB está sediada. As casas classificadas em Turismo de Habitação são, actualmente, identificadas como Casas Antigas - abrangem casas com arquitectura erudita de grandes dimensões. A legislação governamental impõe que as casas devem ter um máximo de quinze quartos, cada um com uma casa de banho privativa. A visita às Casas Antigas dá ao hóspede uma visão dos modos de vida das famílias e da cultura portuguesa. As casas de Turismo Rural e Casas de Campo (identificadas na TURIHAB como Casas Rústicas) são de estilo rústico. Há, actualmente, dezoito casas rústicas associadas na TURIHAB. A definição dada é: casa de tamanho adequado, mobiliário e decoração de qualidade, dando ao turista um serviço com qualidade e o contacto com os modos de vida da comunidade rural. Finalmente, o Agroturismo (identificadas na TURIHAB como Quintas e Herdades) tem como objectivo principal a preservação da agricultura e baseia-se na recuperação de casas localizadas em quintas. O alojamento turístico tem que estar inserido numa exploração agrícola e caracteriza-se pela participação dos hóspedes nas actividades da Quinta. O número máximo de quartos é quinze e casas de banho por cada dois quartos. Há, actualmente, trinta casas de Agroturismo a pertencer à TURIHAB. Embora para o Agroturismo e Turismo Rural não seja obrigatória Casa de Banho privativa em cada quarto, as casas associadas da TURIHAB cumprem todas com as mesmas exigências do Turismo de Habitação. A TURIHAB para o enquadramento na rede dos Solares de Portugal (criada em 1993) também contempla as seguintes características (aplicados aos diferentes grupos de acordo com a classificação das casas): - O estilo arquitectónico do edifício e a localização; - Decoração interior, mobiliário e preservação; - Valor histórico da casa;
2 - Infra-estruturas/facilidades, ex.: piscinas, courts de ténis, campos de golfe, pesca, etc. - Proprietários afáveis: conhecimentos locais, de línguas, etc; - Atmosfera, hospitalidade, tranquilidade; - Serviço: pessoal bem treinado; - Qualidade: refeições bem apresentadas, mudança diária de lençóis, toalhas, etc. O Turismo de Habitação foi criado pelo Decreto-Regulamentar n.º 14/78 de 12 de Maio, revogado pelo Decreto-Lei n.º 423/83 de 05 de Dezembro. Este decreto foi revogado pelo Decreto-Lei n.º 251/84 de 25 de Julho, que estabeleceu o conceito de recuperação de património criação e de alojamento em casas de família. O Turismo no Espaço Rural foi criado pelo Decreto-Lei 256/86 de 27 de Agosto que estabelecia as normas relativas ao desenvolvimento de três formas de turismo, Turismo de Habitação, Turismo Rural e Agroturismo. Este decreto foi revogado pelo Decreto-Lei n.º 327/95 de 05 de Dezembro e introduziu o conceito de Turismo de Aldeia. Este decreto foi revogado pelo Decreto Lei n.º 169/97 de 04 de Julho, que restabeleceu as modalidades de Turismo de Habitação, Turismo Rural e Agroturismo de natureza familiar, e introduziu o conceito de alojamento independente o Turismo de Aldeia e Casas de Campo. Neste decreto foi reformulada a legislação dos Hoteis-Rurais e Parques de Campismo Rurais. Este Decreto-Lei é revogado pelo Decreto- lei n.º 54/02, de 11 de Março, que estabelece um novo regime jurídico da instalação e funcionamento dos empreendimentos de Turismo no Espaço Rural. Este ano foi aprovado o novo Decreto-Lei nº 39/2008, 07 de Março, que não é mais do que o regresso às origens. Os dois conceitos, TH Turismo de Habitação e TER Turismo no Espaço Rural, estão novamente identificados como diferentes modalidades de alojamento. O Turismo de Habitação reafirma o cariz de alojamento familiar e aumenta as exigências dos requisitos de serviço; o Turismo no Espaço Rural retoma a vertente de animação turística no meio rural através do Agro-turismo e das casas de campo. No passado dia 20 de Agosto foi publicada a nova portaria nº 937/2008 que estabelece os requisitos mínimos de funcionamento dos empreendimentos de TH - Turismo de Habitação e TER Turismo no Espaço Rural: Noção de empreendimentos de turismo de habitação 1 São empreendimentos de turismo de habitação os estabelecimentos de natureza familiar instalados em imóveis antigos particulares que, pelo seu valor arquitectónico, histórico ou artístico, sejam representativos de uma determinada época, nomeadamente palácios e solares, podendo localizar -se em espaços rurais ou urbanos. 2 A natureza familiar é caracterizada pela residência do proprietário ou entidade exploradora ou do seu representante nos empreendimentos de turismo de habitação durante o período de funcionamento. Noção de empreendimentos de turismo no espaço rural. 1 São empreendimentos de turismo no espaço rural os estabelecimentos que se destinam a prestar, em espaços rurais, serviços de alojamento a turistas, dispondo para o seu funcionamento de um adequado conjunto de instalações, estruturas, equipamentos e serviços complementares, tendo em vista a oferta de um produto turístico completo e diversificado no espaço rural. 2 Os proprietários ou entidades exploradoras dos empreendimentos de turismo no espaço rural, bem como os seus representantes, podem ou não residir no empreendimento durante o respectivo período de funcionamento. 3 Os empreendimentos de turismo no espaço rural classificam -se nos seguintes grupos: a) Casas de campo; b) Agro -turismo; c) Hotéis rurais..
3 Agro-turismo (AG) São empreendimentos de agro -turismo os imóveis situados em explorações agrícolas que permitam aos hóspedes o acompanhamento e conhecimento da actividade agrícola, ou a participação nos trabalhos aí desenvolvidos, de acordo com as regras estabelecidas pelo seu responsável. Casas de Campo (CC) São casas de campo os imóveis situados em aldeias e espaços rurais que se integrem, pela sua traça, materiais de construção e demais características, na arquitectura típica local. CONCEITO E NATUREZA DA TURIHAB ASSOCIAÇÃO DO TURISMO DE HABITAÇÃO Durante as 1ª jornadas de Turismo de habitação, realizadas em Março de 1983 em Ponte de Lima, o Turismo de Habitação foi reconhecido como sendo uma actividade turística que daria um contributo importante para o crescimento do turismo na região e de apoio aos donos das casas concluindo-se a necessidade de formar uma cooperativa que defendesse os interesses comuns a TURIHAB. Com principal objectivo de fomentar a preservação dos magníficos Solares da região, bem como a sua tradição e cultura, o Presidente da TURIHAB, Eng.º Francisco de Calheiros, definiu-a como um meio importante para promover o espírito de associativismo identidade colectiva, reafirmando: Somos uma grande família, com interesses comuns. Com a TURIHAB beneficiaremos com a eliminação de competição entre nós, fomentaremos a máximo coesão e cooperação, concentrando-se, cada um de nós, em projectar uma imagem de qualidade. A TURIHAB como associação, para além da preservação e conservação do património, da qualificação dos alojamentos tem a missão de fomentar o marketing e principalmente a ocupação das casas suas associadas, decidindo por isso, desenvolver uma Central de Reservas, com os seguintes objectivos: - Facilitar a negociação com os operadores turísticos, na promoção de uma oferta global de, sensivelmente, 1250 camas; - Desempenha um papel coordenador em todo o processo, de organização do produto e dos preços no sentido de levar a cabo, com sucesso, as negociações entre operadores e as casas, dinamizando canais de distribuição, incentivando formas de promoção; - Criar para todos os intervenientes um ponto central de contacto para reservas e acções promocionais, servindo de interlocutor entre os turistas/hospedes e as casas, substituindoas na execução das reservas e na informação complementar das potencialidades existentes. Como o número de casas associadas à TURIHAB aumentou, era necessário diferenciar as casas em termos de preços, das características arquitectónicas e da classificação legislativa tendo sido agrupadas em Casas Antigas, Quintas e Herdades e Casas Rústicas. O desenvolvimento da TURIHAB tem contado com a cooperação da Câmara de Ponte de Lima, a ADRIL, da VALIMAR, do Turismo de Portugal, Adeturn, AICEP, CCDRN, e outras entidades com quem assinou protocolos, demonstrando a importância da colaboração entre os sectores público e privado, contribuindo para uma melhor qualidade de vida dos portugueses e incremento do conceito do Turismo de Habitação e do Turismo no Espaço Rural.
4 Estrutura da TURIHAB - ASSOCIAÇÃO DO TURISMO DE HABITAÇÃO A TURIHAB é constituída por Associados Fundadores; Efectivos e Honorários. Os três órgãos sociais da TURIHAB são compostos e votados pelos associados; assegurando, assim, um elevado nível de cooperação e representação das casas: 1. Direcção: este órgão é composto de 5 elementos: Presidente, Vice- Presidente, Tesoureiro, Secretário e Vogal. Este órgão é responsável por toda a gestão, planificação e organização da TURIHAB assim como de admissão e demissão associados. A Direcção reúne pelo menos uma vez por mês; 2. Assembleia Geral: este órgão estabelece as regras ás quais todas as casas estão submetidas. O Presidente, Vice-Presidente e Secretário, são também eleitos pelos membros da TURIHAB; 3. Conselho Fiscal: Composto por Presidente e dois Vogais. Órgão que controla e fiscaliza as contas da TURIHAB Regime Patrimonial e Financeiro Constituem receitas da Associação: O produto das jóias, quotas fixas e contribuições variáveis dos associados; Juros ou rendimentos de valores da Associação; Subsídios, donativos ou comparticipações provenientes de quaisquer entidades públicas ou privadas; Outros rendimentos não especificados, heranças e legados que eventualmente venham a ser atribuídos à Associação. A CENTER - Central Nacional de Turismo no Espaço Rural A TURIHAB conjuntamente com a ATA Associação de Turismo de Aldeia constituíram as duas a Central de Reservas CENTER que está estruturada da seguinte forma: 1. Departamento de Marketing: é responsável pelas reservas, promoção, inovação e desenvolvimento de produtos, Comunicação, distribuição, coordenação e Controlo de Qualidade. Constituído Director de Marketing, um Creativo, Técnicos de Comunicação e Turismo e Secretariado. 2. Departamento Administrativo, Financeiro e Jurídico: responsável pela gestão, organização, planificação interna e apoio jurídico aos Associados. Constituído por Gestor Financeiro, Jurista e Secretariado. 3. Gabinete de Apoio ao Investidor: responsável pela classificação, desenvolvimento do associativismo, contacto com as casas, informação dos diversos apoios existentes; Constituído um Coordenador e por Técnicos Especializados. 4. Departamento de Cooperação Externa: é responsável pelo desenvolvimento de parcerias, conceitos e criação de redes TER internacionais, nomeadamente através da Europa das Tradições. Constituído por um Coordenador e Técnicos Especializados e Secretariado. A CENTER tem por objectivo primordial a divulgação e comercialização das marcas das Associações - Solares de Portugal e as Aldeias de Portugal. Utiliza as mais modernas tecnologias; para a gestão das reservas com o sistema CENTERnet e para a divulgação da oferta com o novo Portal O objectivo passa por proporcionar aos turistas um produto de qualidade e prestar a mais alargada oferta de animação e interpretação turística no espaço rural.
5 TURIHAB: 25 ANOS A GARANTIR QUALIDADE Fundada em 1983, com sede em Ponte de Lima, a TURIHAB criou a marca Solares de Portugal dez anos depois, quando organizou o I Encontro Nacional de Turismo de Habitação. A TURIHAB criou um símbolo, que reflecte a hospitalidade e a forma de receber das casas, que incluiu o Faisão (simplicidade), a Rosa (beleza e segredo), o Ouro (justiça), a Prata (amizade), o Vermelho (valor) e o Verde (cortesia). A TURIHAB recebeu o Prémio do Ano Europeu do Turismo (1990), a Medalha de Ouro de Mérito Turístico e o Prémio Europeu Turismo e Ambiente, menção honrosa Herança Arquitectónica (1995). Recebeu a menção da Comissão Europeia : Towards Quality Rural Tourism Integrated Quality Management of Rural Tourist destination. (1999), recebeu da Associação de Jornalistas de Turismo, o prémio de personalidade turística (1999). Prémio da Federação de Jornalistas Europeus, pelo Projecto da Rede Europeia Europa das Tradições (2002). Em 2005, a TURIHAB Associação do Turismo de Habitação e a CENTER Central Nacional do Turismo no Espaço Rural foram certificadas com o ISO 9001/2000 pela APCER - Associação Portuguesa de Certificação. Em 2006, os Solares de Portugal foram certificados, pela APCER, com a ERS 3001 TER e receberam do AICEP Portugal a Certificação Marca Portugal. Participou na constituição do Europa Traditionae Consortium, sendo nomeada Manager desta organização que integra também as entidades congéneres Chateau Accueil (França), Erfgoed Logies (Holanda), Wolsey Lodges (Reino Unido) e The Hidden Ireland (Irlanda) (1996). Tendo dado origem à cooperação do Norte de Portugal com a Baviera (Alemanha), Ljubljana (Eslovénia) e Vas County (Hungria) e à candidatura do projecto: Europa das Tradições - Uma visão Transatlântica, com o Brasil integrando as Associação: AMETUR ( Minas Gerais), PRESERVALE ( Rio de Janeiro) e ACETER (Ceará), constituindo a rede Fazendas do Brasil. A TURIHAB para a salvaguarda da genuinidade do turismo de habitação, agro-turismo e turismo rural, candidatou-se ao PIQTUR n.º 117/DGT/03 para a Qualificação dos Solares de Portugal e certificação da qualidade da oferta dos Solares de Portugal. No âmbito deste projecto foram criadas e editadas a Especificação de Requisitos de Serviço do Turismo no Espaço Rural (ERS 3001) e o Manual de Boas Práticas para a certificação dos Solares de Portugal. Em 2008, a conjuntamente com a APCER - Associação Portuguesa de Certificação, promoveram a revisão da Especificação de Requisitos de Serviço do Turismo de Habitação e Turismo no Espaço Rural - ERS 3001 TH/TER. OS SOLARES DE PORTUGAL MARCA PORTUGAL Os Solares de Portugal dividem-se em três categorias de acordo com as características das casas, todas elas com elevado conforto e qualidade reconhecida a nível nacional e, sobretudo, internacional, já que cerca de 80 por cento dos seus clientes são estrangeiros.
6 A oferta dos Solares de Portugal divide-se em três categorias: Casas Antigas, Quintas e Herdades e Casas Rústicas, consoante a sua imponência, quer na dimensão, espaços envolventes e jardins, quer na decoração e peso histórico. As Casas Antigas caracterizam-se pela sua arquitectura erudita e muitas delas remontam aos séculos XVII e XVIII. Nas Quintas e Herdades, o acolhimento faz-se num ambiente mais rural, pois estas casas constituem o assento de lavoura, ainda vivo e palpitante, da propriedade agrícola em que se enquadram. Para quem preferir usufruir da calma da vida do campo, existem as Casas Rústicas, com grande valor etnográfico, na medida em que usam na sua arquitectura simples e de pequenas dimensões materiais e processos construtivos caracteristicamente locais. AS VIVÊNCIAS DOS SOLARES DE PORTUGAL Pernoitar num dos SOLARES DE PORTUGAL é usufruir da calorosa hospitalidade e boas vindas, que são uma arte das famílias portuguesas. È também conviver com um património rico em história e cultura e com uma secular tradição que os donos das casas partilham com os seus hóspedes, de modo cortês e simples. Os hóspedes dos SOLARES DE PORTUGAL têm á sua escolha um leque variado de animação desde a pesca, a caça, ao golfe, simples passeios a pé e acavalo, o ténis, a natação, a harmonia com a natureza. O jantar é símbolo de convívio em família, podendo ser partilhado com os donos das casas e outros convidados. O calor de uma fogueira, ou a ambiência de um vinho do Porto, poderão prolongar-se pela noite após apreciação da boa cozinha portuguesa, em companhia de um vinho verde ou maduro. Para os SOLARES DE PORTUGAL, esta é a maneira certa e a forma mais personalizada de conhecer as particularidades de cada região, as festas, a gastronomia, os costumes e as tradições. O símbolo TURIHAB reflecte isto mesmo, ao incluir o faisão (simplicidade), a rosa (beleza e segredo), o ouro (justiça), a prata (amizade), o vermelho (valor) e o verde (cortesia). A rede dos Solares de Portugal estende-se por todo o território nacional, totalizando 95 casa: 67 no Porto e Norte de Portugal, 12 no Centro, 7 em Lisboa e Vale do Tejo, 6 no Alentejo, 1 no Algarve e 2 nos Açores. Apesar da inovação introduzida no projecto dos Solares de Portugal, patente no recurso às novas tecnologias, há valores que se mantêm constantes e que importa preservar, como a tradição e a cultura portuguesas, que promovemos através dos novos itinerários e campanhas ( ). A PROCURA DOS SOLARES DE PORTUGAL LIDERADA PELO MERCADO INTERNACIONAL A procura dos SOLARES DE PORTUGAL por portugueses tem aumentado nos últimos anos de forma significativa, tendo passado de nove por cento em 1995 para 20 por cento em 2007, no entanto o mercado internacional representa ainda 80 por cento do total ocupação. O Reino Unido surge como primeiro mercado (27%), seguindo-se o Holandês (12%), a Alemanha (9%), França (7%), a Espanha (4%), a Itália (4%), EUA (4,%).
7 O Canadá, a Austrália, a Irlanda, a Suécia, a Dinamarca, o Brasil, a Noruega, a Finlândia, Rússia, Polónia encontram-se nos primeiros quinze mercados emissores. A maior procura regista-se nas Casas Rústicas e nas Casas Antigas, seguindo-se as Quintas e Herdades. Analisando a taxa de ocupação dos Solares de Portugal por Casas Antigas, Quintas e Herdades e Casas Rústicas verifica-se que o grupo das Casas Rústicas tem a melhor taxa de ocupação com cerca de 25%, seguindo-se as Casas Antigas com 17% e as Quintas e Herdades com 16%. Relativamente à sazonalidade verificou-se em 2007 uma diminuição, tendo-se conseguido melhores resultados nos meses de Março, Abril, Maio, Outubro, Novembro e Dezembro, tendencialmente com ocupação mais baixa, atingindo-se globalmente uma taxa anual de 18%. SOLARES DE PORTUGAL A Internacionalização através da Cooperação da Europa das Tradições A Rede Europeia Europa das Tradições, fundada em 1996 ETC Eurpa Traditionae Consortium, constitui oferta de 500 casas distribuídas pelos consorciados Solares de Portugal ( 97 casas) Portugal; Wolsey Lodges (250 casas) Reino Unido; Hidden Ireland ( 45 casas) Irlanda; Chateau Accueil (48 casas) França e Erfgoed Logies ( 60 casas) Holanda foi o ano d ouro para a internacionalização desta rede europeia. Concretizou-se o projecto INTERREG II C - "Um destino Turístico Atlântico na Europa das Tradições" que teve como objectivo principal o intercâmbio de conhecimentos entre os parceiros. Através deste projecto desenvolveram-se acções de levantamento dos principais motivos de interesse turístico, em articulação com a rede de alojamento da Europa das Tradições no Espaço Atlântico. Conjuntamente com os parceiros da Europa das Tradições, a TURIHAB participou nas reuniões anuais que se realizaram em Amesterdão, Ponte de Lima e Londres, produziu uma brochura conjunta de divulgação dos vários parceiros, e o site Também, em 2001, se concretizou o projecto, Europa das Tradições nos Países de Leste O exemplo da experiência portuguesa A TURIHAB através do programa Ecos-Ouverture, em conjugação com a CCRN - Comissão de Coordenação da Região Norte, colocou em prática a ampliação da rede Europa das Tradições com outras regiões da União Europeia e dos Países de Leste, nomeadamente a Alemanha (Baviera), Eslovénia ( Ljubljana), Hungria ( Vas County) tendo realizado várias reuniões, workshops com os parceiros para organização e criação de associações congéneres nestes Países. A TURIHAB participou nos workshops e nas visitas às regiões de Vas County, na Hungria, Ljubljana, na Eslovénia e Upper- Frankónia na Alemanha dando por concluído o projecto com a constituição das associações e apresentação do site Em 2004, a associação Hises Tradicijo (Eslovénia) integrou a rede europeia com 9 associados. Em 2004, concluiu o projecto, Europa das Tradições Uma Visão Transatlântica com a criação do consórcio Fazendas do Brasil. A TURIHAB conjuntamente com as associações AMETUR Associação Mineira da Empresa de Turismo Rural no Estado de Minas Gerais, o PRESERVALE Instituto de Preservação e Desenvolvimento do Vale do Paraíba no Estado do Rio de Janeiro e a ACETER Associação Cearense do Turismo no Espaço Rural no Estado do Ceará implementaram no Brasil um projecto de
8 cooperação para apoio à criação duma rede interna de turismo no espaço rural nos diferentes estados do Brasil, desenvolvendo para o efeito um referencial que culminou na criação da rede Fazendas do Brasil. Pretendeu-se fortalecer a interligação de parcerias entre associações, alargar a outras associações observadoras nos Estados do Brasil, no estado de Pernambuco a APETURR e no estado de Mato Grosso do Sul a APPAN, incrementando a rede transcontinental Fazendas do Brasil em articulação com a CENTER Central Nacional de Turismo no Espaço Rural e o reforço da imagem dos Solares de Portugal e da Europa das Tradições. e Em 2006, concluiu-se o projecto Eurotrad Europa das Tradições: uma ponte para as Euroregiões - co-financiado pelo INTERREG IIIC SUD. Neste projecto a TURIHAB foi parceira da ADRIL Associação de Desenvolvimento Integrado do Lima - Região Norte de Portugal; da Xunta da Galiza - Espanha; da Provincia de Belluno e Provincia de Venezia Região de Venetto Itália, da Provincia de Udine Região de Friuli Venezia Guilia - Itália, da Niederosterreich e Eco-Plus - Áustria, do Turismo de Ljubljana - Eslovénia, do Vas County - Hungria; teve como objectivos principais o alargamento e a consolidação da rede e a criação de novas parcerias. No âmbito deste projecto foi produzido um guia geral com todas as Associações criadas. Em Espanha foi criada a associação das Casas Grandes de Hispania. Em Itália criou-se a associação Case Della Tradizione. Na Áustria a associação Tradition Österreich e na Hungria implementou-se a Magyar Vendégváró Óden Házak Egyesület Houses of Tradition. Foram também produzidos mapas individuais dos países parceiros e desenvolvido o site Cronologia 1983 Fundação da TURIHAB, com sede em Ponte de Lima Adopção do símbolo da TURIHAB: O Faisão, simplicidade; a Rosa, beleza e segredo; o Ouro, justiça; a Prata, amizade; o Vermelho, valor; o Verde, cortesia. Protocolo com a RTAM (Região de Turismo do Alto-Minho) 1985 Apresentação da TURIHAB no World Travel Market - Londres e na feira de Gotemburgo Apresentação da TURIHAB na Brussels Travel Fair e na Fitur - Madrid Apresentação da TURIHAB na ITB - Berlim Constituição da Associação com âmbito nacional. Apresentação da TURIHAB na feira de Utrecht (Holanda) 1989 Organização conjuntamente com o Centro Nacional de Cultura dos Itinerários Culturais Prémio do Ano Europeu do Turismo A TURIHAB é Presidente da ADRIL (Associação de Desenvolvimento Rural Integrado do Vale do Lima). Assinatura do Protocolo com a Junta da Galiza (Lançamento do TER na Galiza) Protocolo com a Universidade de Bournemouth, Inglaterra.
9 Cooperação com a Vie de Château, França Sócia - Fundadora da Adeturn. Informatização da Central de Reservas. Personalidade Portugal Turismo actualidade - TURIHAB 1993 Organiza o I Encontro Nacional de Turismo de Habitação - cria a imagem dos Solares de Portugal. Apresentação na BTL e Norférias com stand próprio Solares de Portugal. Apresentação dos Solares de Portugal na BIT - Milão Organiza o II Encontro Nacional de Turismo de Habitação. Associado da Adriminho (Associação de Desenvolvimento do Vale do Minho). Protocolo com a Câmara Municipal de Ponte de Lima Organiza o III Encontro Nacional do Turismo de Habitação sob o tema Património e Ambiente. Medalha de Ouro de Mérito Turístico. Prémio Europeu do Turismo e Ambiente - Menção Honrosa Herança Arquitectónica Membro do Conselho Municipal de Ponte de Lima Membro do Conselho Nacional do Turismo Cooperação com a ADRIL na organização do I Encontro Nacional de Turismo de Aldeia. Constituição do consórcio europeu, Europa Traditionae Consortium, com as suas congéneres europeias, tendo sido nomeada Chairman do consórcio: Chateau Accueil, França; Wolsey Lodges, Reino Unido; The Hidden Ireland, Irlanda; Erfgoed Logies, Holanda 1997 Organização do Seminário Internacional da Europa das Tradições. Membro da Confederação Portuguesa do Turismo. Apresentação dos Solares de Portugal em Estocolmo e Helsínquia Apresentação dos Solares de Portugal e da Europa das Tradições no Parlamento Europeu. Protocolo de cooperação com o Porto Convention Bureau Protocolo com o Fundo do Turismo Protocolo com a Câmara Municipal de Ponte de Lima e a CCRN Protocolos institucionais com o ICEP - Investimentos, Comércio e Turismo de Portugal e a DGT 1999 Protocolo de cooperação com a Caixa Agrícola e a Rural Seguros Assinatura do protocolo de cooperação com a ATUASERRA (Associação de Turismo da Serra Nordeste) e SHRBS (Sindicato de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Serra do Nordeste) Assinatura do protocolo de cooperação com a SUTUR (Sociedad Uruguaya de Turismo Rural); Assinatura do protocolo de cooperação com o BES. Apresentação do Cartão VIP Solares de Portugal.
10 Protocolo de cooperação com o PRESERVALE (Instituto de Preservação e Desenvolvimento do Vale do Paraíba); Protocolo de cooperação com a AMETUR (Associação Mineira de Empresas de Turismo Rural); Protocolo com a ACETER (Associação Cearense de Turismo no Espaço Rural e Natural) e SETUR (Secretaria do Turismo do Estado do Ceará) Protocolo de cooperação com a AGATUR (Associação Gaúcha de Turismo Rural e Ecológico); Protocolo de cooperação com a AREALIMA (Agência Regional de Energia e ambiente do Vale do Lima); Presidente da TURIHAB Eng.º Francisco de Calheiros, Personalidade turística do ano de 1999, prémio atribuído pela Associação dos Jornalistas Portugueses de Turismo 2000 Apresentação no Mosteiro dos Jerónimos da Rede Europa das Tradições no âmbito da Europa um Património Comum. Assinatura de Protocolo com a Redunicre para divulgação dos Solares de Portugal. Constituição com a ATA da CENTER - Central Nacional do Turismo no Espaço Rural, para a comercialização e marketing do TER e das marcas Solares de Portugal e Aldeias de Portugal. Apresentação em Berlim a convite do Conselho Europeu DG IV, da rede Europa das Tradições: A Europa um Património Comum Conferência Internacional Sustainable tourism, Environment and Employment Apresentação dos Solares de Portugal na ABAV 2000, S. Salvador da Baía e Roadshow Brasil Protocolo com a Blue Sky Travel para a promoção na República Checa dos Solares de Portugal Edição conjunta com a Unibanco do Livro prestígio Solares de Portugal Protocolo com a VINITUR Empresa especializada em Turismo Cultural, Gastronomia e Vinhos para promoção do Eno-Turismo. Durante a BTL 2001, a TURIHAB apresentou o projecto Europa das Tradições Uma Visão Transatlântica com a presença dos Parceiros do Brasil, Preservale, Ametur e Aceter. Protocolo de Cooperação com o Porto 2001 Capital Europeia da Cultura. Apresentação em Bruxelas a convite do Presidente da Comissão Europeia da rede Europa das Tradições : The e-economy in Europe: its potential impact on EU enterprises and policies Cooperação com o IFAT para desenvolvimento do Gabinete de Apoio ao Investidor Apresentação dos Solares de Portugal e da Rede Europa das Tradições, no Recife e Fortaleza, no Workshop sobre Turismo Rural. Projecto de cooperação com os Países de Leste (Alemanha, Eslovénia; Hungria) Europa das Tradições -Ecos Ouverture, conjuntamente com a Comissão de Coordenação da Região Norte. Apresentação do site Os Solares de Portugal com as congéneres da Europe Traditionae um desenvolveram o novo cd-rom e site Prémio da Federação de Jornalistas Europeus, pelo Projecto da Rede Europeia Europa das Tradições.
11 Produção de uma Exposição fotográfica itinerante dos Solares de Portugal; Inicio do projecto Europa das Tradições: uma visão transatlântica ; Produção de uma Exposição fotográfica Itinerante dos Solares de Portugal; Lançamento em Vigo da exposição Solares de Portugal; 2003 Exposição Solares de Portugal no Instituto Camões, Lisboa; Organização do Encontro Nacional de Turismo de Habitação; Criação do Emblema de Mérito com três graus: Faisão de Ouro; Faisão de Prata e Faisão de Bronze; Atribuição do Faisão de Ouro ao Presidente da Assembleia, Dr. João Gomes de Abreu de Lima; Atribuição do Faisão de Prata aos Associados Fundadores e o Faisão de Bronze a todos os Associados Efectivos. A TURIHAB conjuntamente com a RITMOS promoveu as Itinerâncias Musicais nos Solares de Portugal. A TURIHAB apresentou os novos portais registo dos domínios ; e Presença na ABAV e Roadshow Portugal Caloroso por Natureza no Brasil e presença em Seminários com Agentes de Viagens nos EUA Aprovação do projecto PIQTUR para a Qualificação dos Solares de Portugal ; Constituição de uma Cúria Técnica para discussão e aprovação do Referencial Normativo do TER elaborado no âmbito do projecto PIQTUR n.º 117/DGT/03. Celebração de Protocolo entre TURIHAB e a ADRIL para a implementação do projecto INTERREG IIIC Europa das Tradições: uma Ponte entre as Euro-regiões : Assinatura de Protocolo com o ISAI -Instituto Superior de Assistentes e Interpretes; Assinatura de Protocolo com o Instituto Politécnico de Castelo Branco; Conclusão do projecto Europa das Tradições: uma visão transatlântica ; com a realização do Seminário Final, a criação do referencial normativo para a constituição do consórcio Fazendas do Brasil. Participação na Campanha Portugueses sem Fronteiras promovida pelo ICEP; Participação numa comitiva de acompanhamento de Sua Excelência o Presidente da República ao Luxemburgo; Participação no Seminário do Projecto INTERREG III C Europa das Tradições: uma Ponte entre as Euro-regiões realizado na Ljubljana - Eslovénia; Participação na Conferência Europa y la Calidad en los establecimientos turísticos ubicados en edificios históricos del ámbito rural. Modelos europeos, realizada em Lugo, Espanha; Participação no Fórum Mundial de Turismo que decorreu na Bahia no Brasil; Participação na feira Luxury Travel nos EUA; Workshops realizados nas cidades de San Francisco, Los Angeles, São Diego e Orange County nos EUA; 2005 Certificação da com o ISO 9001/2000, pela APCER;
12 Criação da Especificação de Requisitos de Serviço do Turismo no Espaço Rural (ERS 3001) e Manual de Boas Práticas para a certificação dos Solares de Portugal; Assinatura de Protocolo com a INATEL - Instituto Nacional para Aproveitamento dos Tempos Livres dos Trabalhadores; Participação numa comitiva de acompanhamento de Sua Excelência o Presidente da República à ao Paraguai, ao Chile e à Bélgica; Participação na feira Luxury Travel nos EUA, em Nova Iorque; Participação num workshop organizado pela European Historic Houses, realizado em Dresden, Alemanha; Participação no Fórum Mundial de Turismo que decorreu no Rio de Janeiro, Brasil; Participação no III Congresso Luso-Brasileiro das Câmaras do Comércio, realizado na Bahia, Brasil; Participação nas Jornadas Itinerários Culturales Y Bienes Históricos de Titularidad privada promovida pela Fundación de Casas Históricas y Singulares de Espanha; 2006 Certificação Marca Portugal da marca Solares de Portugal, pelo AICEP Certificação da rede Solares de Portugal com a ERS3001 TER, pela APCER Conclusão do projecto Eurotrad: Europa das Tradições: uma Ponte entre as Euroregiões : Assinatura do Protocolo de Cooperação com a Federação Portuguesa de Golfe Criação dos itinerários Vivências nos Solares de Portugal Cada casa uma vivência, cada visita uma experiência Assinatura do Protocolo de Cooperação com a Câmara do Comércio Luso-Alemã; Lançamento da Brochura de Cooperação Europa das Tradições; Concepção e Desenvolvimento do Mapa de Estradas com coordenadas GPS de todos os Solares de Portugal; Inicio do sub-projecto Solares de Portugal no âmbito do projecto VALIMAR DIGITAL - POS-Conhecimento. Implementação do projecto As Vivências dos Solares de Portugal Imagem de Marca do Vale do Lima, no âmbito do programa LEADER + do Vale do Lima. Protocolo de Cooperação com o Centro Equestre do Vale do Lima Membro da Comissão de Acompanhamento para o Turismo do Norte de Portugal 2008 Vigésimo quinto aniversário da TURIHAB Criação de uma exposição itinerante das Vivências dos Solares de Portugal Apresentação da Exposição Itinerante dos Solares de Portugal em Lisboa, Madrid, Bruxelas, Berlim, Roma e Milão. Lançamento do Livro de Prestigio Solares de Portugal com fotografia do Mestre António Homem Cardoso. Protocolo de cooperação com o Clube Náutico de Ponte de Lima Conclusão do projecto Solares de Portugal no âmbito do projecto VALIMAR DIGITAL
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