Dissertação de Mestrado. "Efeito da Taxa de Resfriamento e dos Tratamentos Térmicos sobre as Propriedades Mecânicas da Liga Al-Si-Mg (A356.
|
|
- Thereza Santiago Osório
- 8 Há anos
- Visualizações:
Transcrição
1 Dissertação de Mestrado "Efeito da Taxa de Resfriamento e dos Tratamentos Térmicos sobre as Propriedades Mecânicas da Liga Al-Si-Mg (A356.0) Fundida" Autor: Paulo Sérgio Moreira Orientador: Profº Dr. Adilson Rodrigues da Costa Co-Orientadora: Profª Dra. Maria Aparecida Pinto Dezembro de 2011
2 Paulo Sérgio Moreira Efeito da Taxa de Resfriamento e dos Tratamentos Térmicos sobre as Propriedades Mecânicas da Liga Al-Si-Mg (A356.0) fundida" Dissertação de Mestrado apresentada ao Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Materiais da REDEMAT, como parte integrante dos requisitos para a obtenção do título de Mestre em Engenharia de Materiais. Área de concentração: Processo de Fabricação. Orientador: Profº Dr. Adilson Rodrigues da Costa Co-Orientadora: Profª Dra. Maria Aparecida Pinto Ouro Preto, 15 de Dezembro de 2011.
3
4
5 AGRADECIMENTOS Agradeço primeiramente a DEUS, pela saúde, sabedoria e por propiciar mais essa conquista. Agradeço especialmente à minha Querida esposa Ana Paula e à minha Linda filha Mariana, fontes de esperança e alegria em minha vida. À Professora Maria Aparecida, pela paciência, pela disponibilidade, pelos ensinamentos e pela idealização deste Trabalho. Foi um grande aprendizado. A todos os Técnicos e colegas de trabalho do DEMET: Sr. Osvaldo, Sidney, Celso, Graciliano e José Procópio. Sem eles esse Trabalho não teria êxito. Em Especial, ao Amigo Reinaldo, Técnico do Departamento de Controle e Automação/EM/UFOP. Ao Amigo Luiz Mauro. Sempre me apoiando. Ao Professor Adilson Rodrigues, pelo apoio e pela confiança em meu Trabalho. Aos Professores Eloísio, Raimundo e Itavahn. Participantes e incentivadores nesta conquista. Muito Obrigado. Ao Professor Geraldo pela sua colaboração, que, realmente, repercutiu nos bons resultados deste Trabalho. Ao Departamento de Engenharia Metalúrgica e de Materiais/EM/UFOP. À Empresa ALCOA pela doação da liga. À Empresa NOVELIS pela realização da análise química. E a todos que me incentivaram neste Trabalho. I
6 ÍNDICE Agradecimentos... I Lista de Figuras... III Lista de Tabelas... X Lista de Notações... XI Resumo... XIII Abstract... XIV 1 Introdução Objetivos Objetivo Geral Objetivos Específicos Revisão Bibliográfica Ligas de Alumínio-Silício Liga Hipoeutética (A356.0) Refino de Grão Condições de Solidificação da Liga A Tratamento Térmico da Liga A Tratamento térmico de solubilização e envelhecimento Propriedades Mecânicas da Liga A Fraturas Materiais e Métodos Produção das amostras Tratamento Térmico Caracterização Microestrutural Avaliação do refino da estrutura Análise das propriedades mecânicas II
7 5 Apresentação e discussão dos resultados Perfil Térmico de Resfriamento e Espaçamento Dendrítico Perfis térmicos de resfriamento Espaçamento dendrítico Caracterização Microestrutural das Amostras Análise microestrutural das amostras no estado bruto de solidificação Análise microestrutural das amostras submetidas ao tratamento térmico T Análise microestrutural do constituinte Mg 2 Si Microdureza Vickers Avaliação das Propriedades Mecânicas Ensaio de tração Ensaio de impacto Charpy Dureza Brinell Avaliação dos resultados obtidos nos ensaios mecânicos Efeito das condições de solidificação Efeito do tratamento térmico (T6) Fractografia Conclusões Sugestões para trabalhos futuros Referências Bibliográficas Anexo A Anexo B III
8 LISTA DE FIGURAS Figura 3.1 Diagrama de fases Al-Si (MURRAY & MCALISTER, 1998) Figura 3.2 Microestruturas das ligas Al-Si (ROOY, 1998) Figura 3.3 Figura 3.4 Figura 3.5 Figura 3.6 Figura 3.7 Figura 3.8 Figura 3.9 Eficiências de titânio e boro no refino de ligas de alumínio (GARCIA, 2001) Nucleação do alumínio pela reação peritética Líquido + TiAl3 Al (FURLAN, 2008; GRUZLESKI & CLOSSET, 1990) Efeito da adição do refinador de grão Al-5Ti-1B: (a) sem adição, (b) com adição (ASM HANDBOOK, 1992) Modificação eutética observada por microscopia óptica de baixa resolução, (a) sem refinamento e (b) com refinamento (JIAN et al, 2006) Representação esquemática de uma microestrutura de solidificação (GARCIA, 2001) Rede dendrítica tridimensional para uma liga de alumínio hipoeutética 500x (CORRADI, 2006) Eutético Al-Si não modificado com o silício liderando o crescimento e cristais de silício interpenetrando os contornos de células eutéticas (FURLAN, 2008) Figura 3.10 Microestrutura de uma liga de Al-Si com solução sólida predominante (CORRADI, 2006) Figura 3.11 Microestrutura de uma liga de alumínio silício hipoeutética 100x (CORRADI, 2006) Figura 3.12 Influência da taxa de resfriamento sobre a microestrutura de solidificação (GARCIA, 2001) Figura 3.13 Microestrutura da liga A356 fundida em molde de cobre refrigerado a água (ZHANG et al., 2008) Figura 3.14 Microestrutura da liga A356 correspondente à solidificação em areia (PERES et al., 2005) Figura 3.15 Micrografia da liga A356.2 não-modificada e solidificada rapidamente (PERES et al., 2005) IV
9 Figura 3.16 Relação entre DAS e taxa de resfriamento para a liga A356 (ZHANG et al., 2008) Figura 3.17 Efeito das condições de solidificação e da adição de cobre sobre o espaçamento dendrítico da liga A356 (SHABESTARI & MOEMENI, 2004) Figura 3.18 Microestrutura de solidificação de uma amostra da liga A356 fundida e não modificada: (a) molde de areia, (b) molde metálico (SHIVKUMAR et al., 1994) Figura 3.19 Precipitados de Mg 2 Si (fase mais escura, indicada pelas setas) em uma liga Al-Si antes do tratamento térmico (FURLAN, 2008; GARAT & SCALLET, 1978) Figura 3.20 (a) Estrutura bruta de solidificação da liga A356, com o silício na forma de placas; (b) Estrutura da liga A356 após tratamento térmico de solubilização a 535 C, por 4 horas (200X), (FURLAN, 2008; GARAT & SCALLET, 1978) Figura 3.21 Diagrama de fase típico de sistemas que podem sofrer endurecimento por precipitação. A solubilidade de B em A diminui com a diminuição da temperatura, o que confere condição para ocorrer o endurecimento por precipitação (Adaptado de PARAY, 1992) Figura 3.22 Relação entre as microestruturas de amostras da liga A356, fundida em areia e tratada termicamente, em função do tempo de solubilização. Não modificada: (a) 4h, (b) 16h, (c) 168h. Modificada: (d) 4h, (e) 16h, (f) 168h (SHIVKUMAR et al.,1994) Figura 3.23 Micrografias obtidas por microscopia eletrônica de varredura (MEV), apresentando a influência do tempo de solubilização na evolução microestrutural da liga Al-Si-Mg- Cu (6,4%Si 3,02%Cu 0,59%Mg) tratada à 480 C. (a) após 4 horas, (b) após 12 horas, (c) após 30 horas, (d) após 72 horas, [1: partículas de silício eutético, 2: fase Al 2 Cu] (ALFONSO et al., 2006) Figura 3.24 Relação entre as microestruturas de amostras da liga A356, fundida em molde metálico e tratada termicamente, em função do tempo de solubilização. Não modificada: (a) 4h, (b) 16h, (c) 168h. Modificada: (d) 4h, (e) 16h, (f) 168h (SHIVKUMAR et al., 1994) Figura 3.25 Caracterização esquemática mostrando os principais estágios de mudança morfológica que ocorre com a fase silício eutético durante o tratamento térmico de solubilização, em ligas Al-Si não modificadas (Adaptado de SIGWORT, 1989) Figura 3.26 Diagrama de equilíbrio típico de sistemas que podem sofrer endurecimento por precipitação (Adaptado de PARAY, 1992) V
10 Figura 3.27 Propriedades mecânicas de estruturas brutas de solidificação em função do tamanho de grão: A) Al 4,5% Cu; e B) Al 7%Si: pontos em negrito modificada com sódio; e pontos claros estado normal sem modificação (GARCIA, 2001) Figura 3.28 Propriedades mecânicas da liga Al 7%Si em função do espaçamento dendrítico primário (GARCIA, 2001) Figura 3.29 Variação do limite de resistência à tração, da tensão limite de escoamento e do alongamento, em função do espaçamento dendrítico, para a liga A356 (GRUZLESKI & CLOSSET, 1990) Figura 3.30 Efeito da taxa de resfriamento sobre a microdureza (ZHANG et al., 2008) Figura 3.31 Variação nas propriedades mecânicas de acordo com a quantidade de dendritas da fase Al- α, presentes na liga Al- Si 11,6% Fe 0,15% (LIAO et al., 2002) Figura 3.32 Correlação entre as propriedades mecânicas e a quantidade de dendritas da fase Al- α na liga Al-Si 11,6% Fe 0,15% modificada completamente (LIAO et al., 2002) Figura 3.33 Curvas de envelhecimento artificial de amostras da liga Al-Si-Cu-Mg tratadas em diferentes temperaturas (LI et al., 2004) Figura 3.34 Limite de resistência à tração (LRT) e alongamento da liga Al-Si-Cu-Mg envelhecida a 175 C em diferentes tempos (LI et al., 2004) Figura 3.35 Fractografia de uma liga não modificada e tratada termicamente, 1000X (FURLAN, 2008) Figura 3.36 Fractografia de uma liga modificada e tratada termicamente, 1000X (FURLAN, 2008) Figura 4.1 Caixa e modelo em madeira, utilizados para a confecção do molde de areia Figura 4.2 Molde de areia aglomerada com silicato de 48 sódio/co 2... Figura 4.3 Molde metálico com sistema de refrigeração Figura 4.4 Desenho esquemático do molde metálico bipartido, apresentando o sistema de refrigeração Figura 4.5 Equipamento utilizado no monitoramento da extração de calor durante a solidificação VI
11 Figura 4.6 Destaque para o posicionamento dos termopares no molde metálico (a) e no molde de areia (b) Figura 4.7 Peça final (lingote) obtida pela solidificação em molde de areia (a), em molde metálico sem refrigeração (b) e em molde metálico refrigerado (c) Figura 4.8 Análise microestrutural por MEV e análise pela técnica EDS da amostra solubilizada por 5 horas Figura 4.9 Exemplo de medições do espaçamento dendrítico secundário de amostra do lingote obtido em molde metálico refrigerado Figura 4.10 Fabricação dos corpos de prova a partir do lingote solidificado: (a) corpo de prova para ensaio de impacto Charpy, (b) corpo de prova para ensaio de tração Figura 4.11 Esquema do corpo-de-prova confeccionado para o ensaio de tração, de acordo com a norma ASTM E 8M Figura 4.12 Esquema do corpo-de-prova Charpy utilizado no Ensaio de Impacto, de acordo com a norma ASTM E23 02 Tipo A Figura 5.1 Perfis térmicos de resfriamento obtidos no molde de areia, no molde metálico sem refrigeração e no molde metálico refrigerado Figura 5.2 Taxa de resfriamento ( C/s) em função do tempo (s) durante a solidificação em molde de areia, molde metálico sem refrigeração e molde metálico refrigerado Figura 5.3 Taxas de resfriamento ( C/s) em função da temperatura ( C) durante a solidificação em molde de areia, molde metálico sem refrigeração e molde metálico refrigerado Figura 5.4 Microestrutura das amostras da liga A356.0 obtidas em areia (a), em molde metálico refrigerado (b) e em molde metálico sem refrigeração (c), destacando as medições de algumas ramificações secundárias (λ 2 ) Figura 5.5 Silício eutético lamelar com placas finas e quase paralelas em algumas regiões Figura 5.6 Amostra A, fundida em areia Figura 5.7 Amostra SR, fundida em molde metálico sem refrigeração Figura 5.8 Amostra R, fundida em molde metálico refrigerado Figura 5.9 Amostra AT, fundida em areia e tratada termicamente VII
12 Figura 5.10 Amostra SRT, fundida em molde metálico sem refrigeração e tratada termicamente Figura 5.12 Figura 5.12: Amostra AT, fundida em areia e tratada termicamente Figura 5.13 Amostra SRT, fundida em molde metálico sem refrigeração e tratada termicamente Figura 5.11 Amostra RT, fundida em molde metálico refrigerado e tratada termicamente Figura 5.14 Amostra RT, fundida em molde metálico refrigerado e tratada termicamente Figura 5.15 Microestrutura de solidificação de amostra da liga A356.0 obtida em molde de areia Figura 5.16 Microestrutura de solidificação de amostra da liga A356.0 obtida em molde metálico sem refrigeração Figura 5.17 Mg 2 Si precipitado após tratamento térmico Figura 5.18 Destaque das indentações observadas na região da matriz (Al-α) de uma amostra da liga A356.0 solidificada em molde de areia Figura 5.19 Efeito das condições de solidificação e do tratamento térmico sobre a Energia Absorvida no ensaio de Impacto Charpy Figura 5.20 Porosidade (micro-rechupe) na amostra fundida em molde metálico refrigerado e tratada termicamente Figura 5.21 Mapas de Fluorescência de Raios-X da amostra RT Figura 5.22 Macrofratografia da amostra fundida em molde metálico sem refrigeração, rompida por tração, à temperatura ambiente (a) sem tratamento térmico; (b) tratada termicamente Figura 5.23 Microfratografia da amostra fundida em molde de areia, rompida por tração, à temperatura ambiente: (a) sem tratamento térmico; (b) tratada termicamente Figura 5.24 Microfratografia da amostra fundida em molde metálico sem refrigeração, rompida por tração, à temperatura ambiente: (a) sem tratamento térmico; (b) tratada termicamente Figura 5.25 Microfratografia da amostra fundida em molde metálico refrigerado, rompida por tração, à temperatura ambiente: (a) sem tratamento térmico; (b) tratada termicamente. 74 VIII
13 Figura 5.26 Macrofratografia da amostra fundida em molde metálico sem refrigeração, rompida por impacto, à temperatura ambiente (a) sem tratamento térmico; (b) tratada termicamente Figura 5.27 Microfratografia da amostra fundida em molde de areia, rompida por impacto, à temperatura ambiente: (a) sem tratamento térmico; (b) tratada termicamente Figura 5.28 Microfratografia da amostra fundida em molde metálico sem refrigeração, rompida por impacto, à temperatura ambiente: (a) sem tratamento térmico; (b) tratada termicamente Figura 5.29 Microfratografia da amostra fundida em molde metálico refrigerado, rompida por impacto, à temperatura ambiente: (a) sem tratamento térmico; (b) tratada termicamente IX
14 LISTA DE TABELAS Tabela 3.1 Composição química nominal (% em peso) da liga Al-Si - A356.0 (CAYLESS, 1997; ROOY, 1998)...08 Tabela 3.2 Propriedades Físicas da Liga A356.0 Fundida, Tratável Termicamente (Adaptado de ALCAN, 1993)...08 Tabela 3.3 Propriedades Mecânicas da Liga A356.0 Fundida, Tratável Termicamente (Adaptado de ALCAN, 1993)...08 Tabela 3.4 Valores médios de DAS e tamanho de grão de amostras da liga A356 fundida em molde de areia e molde metálico (molde de cobre) (SHIVKUMAR et al., 1994)...22 Tabela 4.1 Composição química nominal e real (% em peso) da liga Al-Si - A Tabela 4.2 Resultados da análise química (EDS) realizada na região da matriz...51 Tabela 4.3 Identificação das amostras...51 Tabela 5.1 Média dos valores do espaçamento dendrítico secundário (λ 2 ) medidos em amostras obtidas nas diferentes condições de resfriamento...58 Tabela 5.2 Média dos valores calculados da constante K...59 Tabela 5.3 Microdureza Vickers na região da matriz (Al α) das amostras analisadas...66 Tabela 5.4 Resultados obtidos no ensaio de tração...67 Tabela 5.5 Valores médios de Energia Absorvida (J) pelos corpos-de-prova no ensaio de Impacto Charpy...68 Tabela 5.6 Dureza Brinell das amostras no estado bruto de solidificação e tratadas termicamente...69 X
15 LISTA DE NOTAÇÕES ALCAN Alcan Alumínio do Brasil - SA ALCOA Aluminium Company of American ASM - American Society for Metals d - diâmetro do grão DAS Dendritic Arm Spacing / Espaçamento Inter Dendrítico (μm) DSC - Calorimetria de Varredura Diferencial EDS Espectroscopia de Energia Dispersiva EEO Espectrometria de Emissão Ótica GP - Zonas Guinier-Preston HV Microdureza Vickers K - Constante que apresenta uma medida da extensão do empilhamento de discordâncias LRT Limite de resistência à tração σ o - Tensão de Atrito que se opõe ao movimento das discordâncias M Liga Al-Si modificada XI
16 MEV Microscopia Eletrônica de Varredura Microlab - Laboratório de Microscopia e Microanálise MO Microscopia Óptica mv - Milivoltagem NM Liga Al-Si sem modificação SDAS - Espaçamento Interdendrítico Secundário T6 Tratamento Térmico de Solubilização e Envelhecimento Artificial UTS Limite de Resistência à Tração YS Limite de Escoamento α- Fase da liga Al-Si β Fase Estável β - Fase Intermediária λ 1 Espaçamento Dendrítico Primário λ 2 Espaçamento Dendrítico Secundário XII
17 RESUMO A liga A356.0 é muito utilizada na indústria aeroespacial, automotiva e em outras aplicações estruturais onde se requer resistência mecânica elevada. O controle da taxa de resfriamento na solidificação e os tratamentos térmicos são necessários para a obtenção de microestruturas adequadas resultando em melhoria de suas propriedades. Neste trabalho avaliou-se a influência da taxa de resfriamento imposta pela utilização de moldes de diferentes materiais e de tratamento térmico (T6), sobre as microestruturas formadas em amostras da liga A356.0 fundida e, posteriormente, a influência dessas alterações microestruturais sobre as propriedades mecânicas da liga. As amostras foram fundidas em molde de areia, em molde metálico sem refrigeração e em molde metálico refrigerado, sendo, posteriormente, tratadas termicamente. As estruturas das amostras produzidas nos moldes metálicos apresentaram um maior grau de refinamento em relação às amostras fundidas em areia, visto que a taxa de resfriamento é mais elevada. Nas amostras tratadas termicamente observou-se que a morfologia da matriz de Al-α não sofreu mudanças e que ocorreu uma fragmentação e esferoidização das partículas de silício de forma mais discreta nas amostras fundidas em areia e de forma mais acentuada nas amostras fundidas em molde metálico. As propriedades mecânicas foram medidas por meio de ensaios mecânicos de tração, de impacto Charpy e de dureza Brinell. Os lingotes produzidos no molde de areia apresentaram uma microestrutura mais grosseira, sendo este um fator determinante para a diminuição das propriedades mecânicas da liga. Em alguns lingotes produzidos no molde metálico refrigerado observou-se a presença de poros (micro-rechupe) que, provavelmente, foram responsáveis pela diminuição das propriedades mecânicas. Os lingotes produzidos nos molde metálicos (sem refrigeração e refrigerado), onde a taxa de extração de calor foi maior, apresentaram microestrutura mais refinada, com menores espaçamentos dendríticos. Tal microestrutura propiciou as melhores características mecânicas às amostras. O tratamento térmico T6 melhorou consideravelmente as propriedades mecânicas da liga. A precipitação do Mg 2 Si metaestável da solução supersaturada foi o principal fator que promoveu o aumento da resistência mecânica. Palavras-Chave: Liga A356.0, espaçamentos dendríticos, tratamento térmico T6, Mg 2 Si metaestável. XIII
18 ABSTRACT The A356.0 alloy is widely used in aerospace and automotive industry and other structural applications which require high mechanical strength. The control of solidification cooling rate and heat treatments are necessary to obtain more appropriate microstructures resulting in improvement of their properties. In this paper was evaluated the influence of cooling rate imposed by the different mold materials and heat treatment (T6) on the microstructures formed in samples of the alloy A In addition the influence of these microstructural changes on mechanical properties of alloy was evaluated. The samples were cast in sand mold, in metal mold without and with cooling cooled and then heat treated. The structure refinement was greater in the metallic mold cast than the sand cast sample, due to the higher cooling rate. The heat treated samples showed that the morphology of the Almatrix has not changed. The silicon particles undergo fewer fragmentations and spheroidization in the sand cast samples compared to the samples cast in metallic molds. The mechanical properties were measured by means of tensile test, Charpy impact and Brinell hardness. The ingots produced in the sand mold present a coarse microstructure, which is a determining factor for the decrease in mechanical properties of the alloy. In some ingots produced in the cooled metal mold the presence of micropores was observed probably, being responsible for the decrease in mechanical properties. The ingots produced in the metal mold (without cooling and cooled), where the heat extraction rate was higher, showed finer microstructure with smaller dendritic spacing. Such a microstructure provided the best mechanical characteristics of the samples. The T6 heat treatment significantly improved the mechanical properties of the alloy. The precipitation of the metastable supersaturated solution Mg 2 Si was the main factor promoting the increase of mechanical strength. Key-Words: A356.0 Alloy, dendritic spacings, T6 heat treatment, metastable Mg 2 Si. XIV
19 CAPÍTULO 1 - INTRODUÇÃO Buscando aumentar o campo de aplicação industrial das ligas de alumínio, faz-se necessário um estudo minucioso do desenvolvimento e controle de processos de produção destas ligas visando a melhoria de suas características de fundição e as propriedades físicas, químicas e mecânicas das ligas. O estudo das microestruturas dos materiais fundidos e tratados termicamente, mais especificamente da liga A356.0, é fundamental para o entendimento da influência dos parâmetros de processamento sobre as estruturas e propriedades da liga. A liga A356.0 (Si 7% e Mg 0,35%), objeto deste trabalho, é muito utilizada na indústria aeroespacial, indústria automotiva e outras aplicações estruturais onde é requerida resistência mecânica elevada. As ligas do sistema Al-Si são consideradas as mais importantes entre as ligas fundidas de alumínio, principalmente por sua alta fluidez, baixa contração de solidificação, elevada resistência à corrosão, boa soldabilidade, fácil brasagem e seu baixo coeficiente de expansão térmica (PERES, 2005, SHABESTARI & MOEMENI, 2004). A obtenção das melhores combinações de propriedades mecânicas de uma liga metálica depende do controle de fatores envolvidos no tratamento do metal líquido e na solidificação, tais como: grau de modificação do eutético, velocidade de solidificação e refino de grãos, bem como etapas posteriores de processamentos, tais como tratamentos térmicos (FURLAN, 2008). No processo de fundição, durante a solidificação, os metais e suas ligas formam estruturas cristalinas com complexidades diversas. As microestruturas, constituídas de cristais ou grãos cristalinos, que se formam à volta de núcleos de solidificação, podem apresentar morfologias e dimensões muito variáveis em função da taxa de resfriamento, influenciando diretamente as propriedades físicas, químicas e mecânicas do material. Neste sentido, Campos Filho (1978) ressalta a necessidade de controle do processo de solidificação de uma liga, uma vez que a frequência de nucleação é fator determinante no tamanho dos cristais. A estrutura formada imediatamente após a solidificação determina as propriedades dos produtos finais, não somente no caso de produtos fundidos, que são utilizados no estado bruto de solidificação, mas também quando esses produtos são trabalhados para a produção de barras, chapas e fios (OHNO, 1988; GARCIA, 2001). Geralmente procura-se obter uma 1
20 microestrutura mais homogênea, composta por grãos refinados e equiaxias, proporcionando ao material melhores propriedades mecânicas. Estudos mostram que a taxa de resfriamento é fator determinante no espaçamento entre os ramos dendríticos e, segundo Zhang et al. (2008), esses espaçamentos (DAS Dendritic Arm Spacing) diminuem com o aumento da taxa de resfriamento e, consequentemente, observa-se um acréscimo na resistência mecânica da liga. Uma condição operacional de alta taxa de resfriamento da liga, o que reflete em menor tempo de solidificação, pode levar à formação de uma microestrutura, granulometricamente, mais refinada, aumentando a solubilidade do(s) soluto(s) e a formação de fases metaestáveis ou de precipitados intergranulares. Além dos espaçamentos dendríticos, outros aspectos microestruturais têm forte influência sobre as características mecânicas do produto, tais como: heterogeneidades de composição química, tamanho, forma e distribuição espacial de inclusões não metálicas, porosidades oriundas do aprisionamento de bolhas durante o processo de solidificação, aspectos estes fortemente dependentes das condições de solidificação (GARCIA, 2001). O controle da taxa de resfriamento por meio das condições de fundição, bem como a aplicação de tratamentos térmicos específicos faz-se necessário, tendo em vista a obtenção de microestruturas mais adequadas repercutindo, dessa forma, na melhoria das propriedades do produto final, ampliando o seu campo de aplicação. Neste trabalho avaliou-se a influência da taxa de resfriamento, imposta pela utilização de moldes de diferentes materiais e dos tratamentos térmicos, sobre as microestruturas formadas em amostras da liga A356.0 fundida e a consequente alteração nas propriedades do material lingotado. As amostras foram fundidas em molde de areia, em molde metálico sem refrigeração e em molde metálico refrigerado, sendo, posteriormente, tratadas termicamente. A caracterização da liga metálica, após as etapas de solidificação e tratamentos térmicos, foi realizada por meio de microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura (MEV), além de ensaios mecânicos de tração, dureza e impacto para avaliar a influência das modificações microestruturais nas propriedades mecânicas. 2
21 CAPÍTULO 2 - OBJETIVOS 2.1 Objetivo Geral Avaliar a influência da taxa de resfriamento e do tratamento térmico T6 (solubilização e envelhecimento artificial) sobre as propriedades mecânicas da liga Al-Si-Mg - A356.0 fundida, tais como: dureza, resistência à tração, resistência ao impacto, visando encontrar um conjunto de parâmetros que otimize as propriedades do material. 2.2 Objetivos Específicos - Avaliar o efeito das condições de solidificação sobre a microestrutura por meio de microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura; - Avaliar o efeito do tratamento térmico T6 (solubilização e envelhecimento artificial) sobre a microestrutura por meio de microscopia óptica e microscopia eletrônica de varredura; - Avaliar o efeito das condições de solidificação e dos tratamentos térmicos sobre as propriedades mecânicas da liga, por meio de ensaio de tração, ensaio de impacto (Charpy) e dureza Brinell. 3
22 CAPÍTULO 3 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA 3.1 Ligas de Alumínio-Silício Quando se associa a crescente demanda por produtos de maior qualidade e durabilidade aos requisitos de redução de consumo de matérias-primas, o alumínio e suas ligas aparecem como alternativa bastante atrativa. O uso desses materiais, principalmente em substituição ao aço e ao ferro fundido, permite a redução de peso do componente, a redução das perdas por corrosão e o aumento do potencial de reciclagem. O considerável crescimento do consumo desses materiais ao longo dos últimos anos é um bom indicador dessa tendência. As principais limitações do alumínio referem-se à resistência mecânica e dureza, que são relativamente baixas, mas que podem ser melhoradas pela adição de elementos de liga e por meio de tratamentos térmicos específicos. Assim, justifica-se o crescimento do emprego das ligas de alumínio em um grande número de aplicações, inclusive naquelas sujeitas a severas solicitações mecânicas (INFOSOLDA, 2008). De acordo com a ABAL (2007), o sucesso comercial no desenvolvimento de ligas de alumínio data do descobrimento do fenômeno de envelhecimento de ligas metálicas, em O envelhecimento de ligas de alumínio que continham magnésio e silício como elementos de liga conduziu também, ao desenvolvimento das principais ligas estruturais para aplicações gerais de engenharia. As ligas fundidas de alumínio exibem vantagens decisivas que levaram ao seu uso geral e amplo. Dentre as vantagens das ligas de alumínio, destacam-se algumas tais como (ABIFA, 2008): redução de peso dos componentes; melhor absorção de vibração; boa resistência à fadiga, ductilidade, resistência à formação de trincas a quente; ausência de fragilização a temperaturas muito baixas; boa resistência ao desgaste; alta condutividade térmica, dentre outras. Segundo Garcia (2001) cerca de 50% das ligas de alumínio utilizadas na indústria de fundição consistem de ligas do sistema alumínio-silício. A ampla utilização de ligas desse sistema deve-se à combinação de diferentes características físicas e mecânicas, tais como: 4
23 elevada fluidez, pequena contração na solidificação, resistência à corrosão, soldabilidade e boa relação resistência/peso, dentre outras. É importante ressaltar que as ligas do sistema Al-Si, em virtude de suas propriedades físicas e mecânicas, são utilizadas para a fabricação de peças fundidas, como por exemplo, pistões para motores de automóveis e aviões. Entretanto elas também encontram algumas aplicações, tais como: produtos trabalhados, metais de adição para soldagem (caso da liga 4043), podendo também ser usadas para a fabricação de pistões forjados e em algumas aplicações arquitetônicas (INFOMET, 2008). De acordo com Moreira e Fuoco (2008), as principais aplicações dessas ligas envolvem peças de uso geral, coletores de admissão, cabeçotes e blocos de motor, pistões e rodas automotivas, peças estruturais para a indústria aeroespacial e componentes de suspensão. O amplo uso das ligas Al-Si, em aplicações nas quais a qualidade da estrutura resultante da solidificação é muito importante, está relacionado com as características que o seu principal elemento de liga, o silício, confere às primeiras. O silício propicia a redução da contração durante a solidificação, reduz a porosidade nas peças fundidas, reduz o coeficiente de expansão térmica e melhora a soldabilidade (INFOMET, 2008). Além destas características, pode-se citar o aumento da fluidez, da fundibilidade, da resistência mecânica e da resistência às trincas de solidificação (FURLAN, 2008). O diagrama de equilíbrio de fases do sistema Al-Si é um eutético simples, como apresentado na Figura 3.1. O sistema Al-Si, com solubilidade sólida limitada em ambas as extremidades, forma um eutético simples à temperatura de 577ºC para um teor de 12,6% em peso de silício. As ligas com menores teores de Si (5 a 7% Si) são normalmente empregadas para a fundição em moldes de areia, e ligas de maior teor (9 a 13% Si) são normalmente utilizadas em moldes permanentes ou sob pressão (HATCH, 1990). Figura 3.1: Diagrama de fases Al-Si (Murray & MCAlister, 1998). 5
24 De acordo com Rooy (1998), os componentes fundidos em ligas do sistema Al-Si apresentam uma microestrutura bruta de solidificação contendo partículas de Si com morfologia acicular, o que diminui a ductilidade. A Figura 3.2 apresenta diferentes microestruturas para as ligas Al-Si de acordo com o teor de silício. Figura 3.2: Microestruturas das ligas Al-Si (ROOY, 1998). Dependendo da quantidade de Si, as ligas são classificadas em: ligas hipoeutéticas (Si < 12,6%), ligas eutéticas (12,6% de Si) e ligas hipereutéticas (Si > 12,6%). Estas ligas são as mais usadas nos processos de fundição em areia, coquilha e fundição sob pressão (ROSSI, 2004). A maior parte das ligas de alumínio são polifásicas, isto é, formadas de uma matriz (solução sólida) e de fases precipitadas. A quantidade, tamanho, forma e distribuição destes precipitados dependem da composição química, do processo e técnica de fundição e dos tratamentos térmicos adotados (ROSSI, 2004). 6
25 3.2 Liga Hipoeutética (A356. 0) As ligas da série 300 são ligas que contêm o silício como elemento de liga principal, além de adições de outros elementos como o magnésio ou o cobre. Esta categoria de ligas de alumínio é a mais utilizada para fundição, com diversas aplicações na engenharia elétrica, naval, automotiva, aeroespacial, por apresentar elevada relação resistência/peso e excelente fundibilidade (JENG & CHEN; 1997; ZHANG et al, 2008; KORI et al, 2000). As ligas de Al- Si são endurecíveis por precipitação devido à presença de magnésio que forma o composto Mg 2 Si (siliceto de magnésio). Uma distribuição mais uniforme desse composto pode ser obtida através do tratamento térmico de solubilização, com resfriamento rápido e posterior tratamento de envelhecimento (PARAY, 1992). Além disso, essa adição melhora as propriedades mecânicas e físicas do material. Na liga A356.0 o teor de magnésio é de 0,35%. Esta liga apresenta baixas quantidades de impurezas e de fases intermetálicas, além de excelente soldabilidade, resistência à corrosão, estanqueidade, ótima fundibilidade, elevada relação resistência/peso e baixo custo (LIOU et al., 1997; ALFONSO et al, 2006). O cobre e o ferro são impurezas que devem ser controladas, pois formam compostos intermetálicos que fragilizam o material (FURLAN, 2008). Segundo Jian et al (2006) ligas da série 300, mais especificamente a liga A356, contêm aproximadamente 50% em volume de fases eutéticas, sendo que a microestrutura final é fortemente determinada pela reação eutética. Devido à sua estrutura cristalina romboédrica, o crescimento do silício ocorre preferencialmente nas direções <112> sobre planos (111), sendo esta fase facetada com crescimento fortemente anisotrópico. As ligas hipoeutéticas (teor de silício menor que 12,6%) são formadas por uma fase primária de alumínio com morfologia dendrítica e do eutético Al-Si. Os vazios entre esses ramos dendríticos são preenchidos por fases intermetálicas e pela estrutura eutética. O eutético Al-Si é do tipo anômalo, porque as características de crescimento do alumínio e do silício eutéticos são não-facetado e facetado, respectivamente (GRUGEL, 1993; ROSSI, 2004; PERES et al, 2005; MOREIRA e FUOCO, 2008; FURLAN, 2008). Para baixas taxas de crescimento dos cristais da fase pró-eutética (e baixos gradientes de temperatura), a fase silício facetada nucleia e cresce antes da fase rica em alumínio e assume sua morfologia de placas. Em taxas de resfriamento e gradientes de temperatura mais elevados, a cinética de super-resfriamento constitucional necessário para o crescimento da 7
26 fase silício aumenta de tal forma que a fase alumínio cresce à frente do silício, levando a fase silício a crescer em vazios ou cavidades, na frente de solidificação (FLEMINGS, 1974). A composição química nominal e algumas propriedades físicas e mecânicas da liga A356.0, foco do presente trabalho, são apresentadas nas Tabelas 3.1, 3.2 e 3.3, respectivamente. Tabela 3.1 -: - Composição química nominal (% em peso) da liga Al-Si - A356.0 (CAYLESS, 1997; ROOY, 1998). Si Fe máx Cu máx Mn Mg Zn Ti Outros máx. Al 6,5-7,5 0,20 0,20 0,10 0,25-0,45 0,10 0,20 0,15 Balanço Tabela 3.2 Propriedades Físicas da Liga A356.0 Fundida, Tratável Termicamente (Adaptado de ALCAN, 1993). Propriedades Físicas Liga Densidade (kg/m 3 ) Condutividade Térmica (W/m. C) Fundida no Molde de Areia Liga Fundida no Molde de Aço Condutividade Elétrica (% IACS) Liga Fundida no Molde de Areia Fundida no Molde de Aço Tabela Propriedades Mecânicas da Liga A356.0 Fundida, Tratável Termicamente (Adaptado de ALCAN, 1993). Propriedades Mecânicas Tratamento Térmico Limite de Resistência (MPa) Limite de Escoamento (MPa) Alongamento (%) (12,7mm diâmetro) Fadiga (MPa) Cisalhamento (MPa) Dureza Brinell (200kg) T X X 75 T Refino de Grão Na maioria das situações práticas é desejável que a estrutura de solidificação se apresente na forma de grãos equiaxiais, já que esse tipo de microestrutura caracteriza-se pela 8
27 isotropia de suas propriedades mecânicas. O tipo e o tamanho dos grãos formados são determinados pela composição química da liga, taxa de resfriamento e por interferências de natureza química na composição do líquido ou mecânica durante o processo de solidificação. Segundo Garcia (2001), o controle da nucleação através das condições de solidificação ou pelo uso de inoculantes e a utilização de métodos físicos que produzem movimento forçado no metal líquido (vibração, agitação mecânica, agitação eletromagnética etc.) são fatores que favorecem o desenvolvimento de estruturas equiaxiais, impedindo o crescimento colunar. A utilização de intervenções externas (agitação mecânica ou eletromagnética, por exemplo) age como instrumento de refino de grão pela fragmentação e ruptura de ramificações dendríticas, por refusão causada pela flutuação térmica no líquido, promovendo, portanto, crescimento equiaxial. O contato forçado do líquido com a parede do molde favorece o contato térmico e permite uma nucleação mais intensa de cristais junto ao molde. Ao mesmo tempo, o movimento do líquido, provocado pela agitação, distribui esses cristais no seio do metal líquido favorecendo o crescimento equiaxial mais extensivo (GARCIA, 2001). No caso do alumínio, não existem impurezas na liga que facilitem sua nucleação. Portanto, o uso de refinadores da fase alfa é uma prática comum: o refino de grãos melhora a capacidade de alimentação interdendrítica, garante propriedades mecânicas mais uniformes, diminui a tendência a trincas de solidificação e melhora a distribuição de segundas fases e de microporosidades (FURLAN, 2008; MOHANTY &GRUZLESKI, 1995). Alguns elementos de liga desempenham papel primordial no refino de grão das ligas Al- Si, podendo-se citar o boro e o titânio. Embora o titânio seja o elemento adotado mundialmente como refinador padrão na fundição de ligas de alumínio, mais recentemente verificou-se que o boro, individualmente, é um refinador muito mais eficiente do que o titânio no refino de ligas alumínio-silício, conforme apresentado na Figura 3.3 (GARCIA, 2001). 9
28 Figura 3.3: Eficiências de titânio e boro no refino de ligas de alumínio (GARCIA, 2001). A distribuição de agentes inoculantes para o refino deve ser feita uniformemente no metal líquido, de forma a atingir toda a extensão da peça fundida. Os inoculantes devem ser adicionados na forma simples ou combinada e em pequenas quantidades, sem que ocorra a modificação da microestrutura. O efeito máximo de refinadores é obtido após 5 a 10 minutos da adição no banho. Seu efeito não é permanente, ou seja, após 45 minutos o efeito diminui, sendo necessárias novas adições ou agitações para reativar as condições metalúrgicas do banho (MOREIRA e FUOCO, 2008). Ainda não há uma explicação completa para o fenômeno da perda do efeito do refinador de grão. Uma das teorias apresentadas mostra que, devido à maior densidade do refinador de grão em relação ao metal líquido, ocorre decantação a partir de certo tempo, em certas regiões da peça, dificultando sua ação sobre o metal (LIMMANEEVICHITR e EIDHED, 2003). Para refinadores químicos à base de Ti são realizadas adições mínimas em torno de 0,15% Ti ou de Ti+B com adições típicas de 0,01-0,03% Ti e 0,01% B. Acredita-se que o mecanismo de funcionamento dos refinadores à base de Ti seja a formação de partículas TiAl 3 que nucleiam o alumínio por meio da reação peritética: Líquido + TiAl 3 Al + TiAl 3. Um esquema da nucleação do alumínio através da reação peritética é apresentado na Figura 3.4 (FURLAN, 2008; GRUZLESKI & CLOSSET, 1990). 10
29 Figura 3.4: Nucleação do alumínio pela reação peritética Líquido + TiAl3 Al (FURLAN, 2008; GRUZLESKI & CLOSSET, 1990). O TiAl 3 constitui-se em um refinador eficiente de cristais de alumínio, principalmente pela semelhança nos parâmetros de rede (GARCIA, 2001). No caso do refino com Ti+B, ainda há muitas discussões a respeito do mecanismo de atuação. De acordo com Guzowski et al. (1987) existem diversas teorias que tentam explicar a influência do boro na nucleação, sendo as principais: (a) Partículas de TiB 2 têm baixa solubilidade nas ligas Al-Si e funcionariam como núcleos para o alumínio ou pré-núcleos, nucleando TiAl 3, que nuclearia alumínio pela reação peritética. (b) Com adição conjunta de Ti+B, poderia haver a formação de (Al/Ti)B 2, que é metaestável e agiria como nucleante. (c) A solubilidade do TiAl 3 diminuiria na presença do boro e, consequentemente, diminuiria sua taxa de dissolução. (d) Na presença de partículas duplex haveria a formação de partículas de TiAl 3 com partículas de (Al/Ti)B 2 agregadas à sua superfície, fazendo com que o refino seja mais eficiente e mais duradouro. No caso de peças resfriadas lentamente (molde de areia) ou peças de grandes dimensões, o refino de grão é realizado com a adição de refinadores à base de Al-Ti ou Al-Ti- B na liga líquida. A adição destes refinadores provoca a formação de partículas sólidas dispersas de TiAl 3 que atuam como núcleos para os primeiros grãos decorrentes da solidificação. (MOREIRA e FUOCO, 2008). A Figura 3.5 apresenta o efeito da adição de um refinador a base de titânio e boro em uma liga de Al-Si (ASM HANDBOOK, 1998). 11
30 Figura 3.5: Efeito da adição do refinador de grão Al-5Ti-1B: (a) sem adição, (b) com adição (ASM HANDBOOK, 1998). As Figuras 3.6(a) e 3.6(b) apresentam, respectivamente, as micrografias de amostras da liga A356 fundida sem refinamento e refinada pelo método ultrassônico de alta intensidade (JIAN et al; 2006). A microestrutura da amostra não refinada exibe uma estrutura grosseira do silício eutético, apresentando-se na forma acicular e disperso na matriz (fase primária α) de alumínio na forma de dendritas. Ao contrário, as amostras refinadas pelo método ultrasônico (Figura 3.6(b)) apresentam-se com uma microestrutura homogênea, sendo a fase eutética mais refinada, dispersa entre os grãos globulares de alumínio primário. De acordo com Jian et al (2006), a liga submetida ao processo de refinamento pode ser comparada a uma liga modificada pela presença de estrôncio, devido à formação de uma microestrutura bem refinada do silício eutético. Figura 3.6: Modificação eutética observada por microscopia óptica de baixa resolução, (a) sem refinamento e (b) com refinamento ultrassônico (JIAN et al, 2006). 12
31 O uso de refinadores da fase Al-α é uma prática comum. O refino de grão tem como objetivo principal a redução dos tamanhos das dendritas da fase α pró-eutética, melhorando as condições de alimentação (e, assim, a sanidade e estanqueidade das peças fundidas), as propriedades mecânicas (limites de escoamento e de resistência), bem como a tendência à formação de trincas a quente e a distribuição de segundas fases (MOHANTY e GRUZLESKI, 1995; MOREIRA e FUOCO; 2008). Além do limite de resistência, uma estrutura refinada, de grãos equiaxiais, melhora a tenacidade, usinabilidade e ductilidade dos produtos finais (KORI et al., 2000). O refino microestrutural é influenciado também pela taxa de extração de calor e, de acordo com Peres et al. (2005), a velocidade de resfriamento pode ser aumentada mediante processos de solidificação rápida, onde podem ser conseguidas taxas de resfriamento da ordem de K/s, contrariamente às peças fundidas convencionalmente, onde são conseguidas taxas da ordem de 10-2 a 10 2 K/s, obtendo-se, portanto, uma microestrutura mais refinada. 3.4 Condições de Solidificação da Liga Al-Si O princípio de formação das ligas está associado à dissolução de outros metais e substâncias no alumínio fundido. Na solidificação alguns elementos de liga podem ficar retidos em solução sólida, fazendo com que a estrutura cristalina do metal se torne mais rígida. Ainda no resfriamento, existe a tendência de ocorrer precipitação do excesso dos elementos de liga da solução na forma de compostos metálicos, promovendo o endurecimento da liga. Em processos comerciais de fundição, o metal solidifica dendriticamente na solução líquida. Nas ligas Al-Si, as dendritas formadas são ricas em alumínio e envolvidas pela estrutura de silício eutético. As dendritas formam a interface sólido-líquido durante a solidificação e, poças de líquido são isoladas com fases secundárias insolúveis, com inclusões não-metálicas, intermetálicos e cavidades formadas pelos gases que ficaram retidos. A microestrutura é resultado tanto da composição da liga, quanto do processo de fundição (PARAY, 1992). Durante a solidificação várias reações fora do equilíbrio podem ocorrer no líquido interdendrítico, dependendo da taxa de resfriamento e da quantidade de impurezas 13
32 (principalmente ferro e manganês) (PARAY, 1992). Backerud et al. (1990) fizeram um estudo abrangente que revelou as seguintes reações na solidificação da liga A356: A macroestrutura típica de materiais fundidos é caracterizada pela presença de três regiões distintas, ou seja, zonas com diferentes morfologias entre os grãos, sendo caracterizadas como zona colunar, zona coquilhada e zona equiaxial central. A zona coquilhada é constituída por grãos refinados que se formam antes da zona colunar. A zona colunar é formada por grãos alongados e na região central tem-se a zona equiaxial caracterizada por uma estrutura mais homogênea, com grãos de mesmo tamanho. De acordo com Flemings (1974) metais com estrutura cúbica apresentam orientação de crescimento de grãos ao acaso, sendo que o crescimento colunar se inicia a partir da zona coquilhada, onde os grãos avançam orientados favoravelmente, desenvolvendo rapidamente uma textura preferencial com os grãos vizinhos. A orientação mais favorável para o crescimento é, na maioria das vezes, a direção dendrítica preferencial, por exemplo, <100> para metais cúbicos. Um fator adicional na orientação dos grãos é o fluxo de calor na interface sólido-líquido. A granulometria da estrutura de ligas de alumínio fundidas pode ser definida através do controle da taxa de solidificação onde o tamanho da célula dendrítica ou espaçamento do ramo dendrítico, a formação e a distribuição das fases microestruturais e o tamanho de grão sofrem alterações (ASM HANDBOOK, 1998). Uma vez fixada a composição química da liga metálica, os parâmetros térmicos e cinéticos do processo de solidificação se encarregarão de determinar a microestrutura resultante. A temperatura de vazamento do metal líquido surge como primeira variável a ser 14
33 considerada no processo de solidificação, associada às correntes convectivas que são geradas durante o preenchimento do molde. O molde por sua vez absorve o calor do metal líquido e, dependendo da sua capacidade de extração de calor, têm-se diferentes taxas de resfriamento da peça. Dependendo da composição da liga, as condições termodinâmicas do processo de solidificação podem impor a rejeição de soluto ou solvente cuja movimentação está associada à transferência de calor. Essa associação de transferência de massa e calor impõe condições que determinarão a morfologia de crescimento e, consequentemente, o arranjo microestrutural. Essa microestrutura resultante associada à distribuição de defeitos e heterogeneidades químicas, conforme apresentado na Figura 3.7, é que definirá o perfil de características mecânicas e químicas do produto solidificado (GARCIA, 2001). Além disso, segundo Furlan (2008), na formação da microestrutura leva-se em consideração o superresfriamento constitucional na interface sólido-líquido, onde a temperatura liquidus é maior que a temperatura real da interface de crescimento. Essa zona de super-resfriamento é formada durante o crescimento do alumínio, onde o silício é rejeitado à frente da interface de solidificação, sendo segregado nesta região. A sequência de solidificação das ligas Al-Si hipoeutéticas se dá em dois estágios: formação das dendritas de alumínio e reações eutéticas. A reação eutética principal é a reação eutética binária Al-Si, seguida de uma quantidade relativamente pequena de reações eutéticas secundária e ternária, dependendo da quantidade de impurezas presentes na liga (FURLAN, 2008). De acordo com Corradi (2006), o crescimento dendrítico das ligas hipoeutéticas e eutéticas, durante o processo de solidificação, ocorrerá, formando a estrutura metalográfica das ligas conforme apresentado na Figura 3.8. Já o silício do eutético cresce na forma de placas, formando degraus. Esses degraus formam-se nas maclas e crescem na interface sólidolíquido (FURLAN, 2008). Na formação do eutético de ligas não modificadas quimicamente, o crescimento do silício se dá à frente da fase rica em alumínio. Pode-se notar a presença de cristais de silício interpenetrando os contornos de células eutéticas (Figura 3.9) (FURLAN, 2008). O silício, rejeitado na frente da interface de crescimento da célula eutética, se acumula em bolsas que retardam o crescimento do alumínio. O crescimento acoplado do silício e do alumínio no crescimento da fase eutética se dá por renucleação constante do alumínio próximo às pontas das placas de silício. Devido a esta renucleação do alumínio, é possível observar relações de orientação consistentes entre o alumínio e o silício. Caso contrário, como 15
34 o silício tem orientação de crescimento variável, o alumínio não deveria apresentar relações de orientação consistentes com o silício (FURLAN, 2008). Figura 3.7: Representação esquemática de uma microestrutura de solidificação (GARCIA, 2001). Figura 3.8: Rede dendrítica tridimensional para uma liga de alumínio hipoeutética 500x (CORRADI, 2006). Figura 3.9: Eutético Al-Si não modificado com o silício liderando o crescimento e cristais de silício interpenetrando os contornos de células eutéticas (FURLAN, 2008). 16
35 De acordo com Dobrzanski et al. (2007), as condições de solidificação da liga também têm forte influência sobre a estrutura eutética. Ligas com concentração de silício menor que 12,6% formam precipitados de alumínio como fases primárias, com morfologia dendrítica e, acima de 12,6%, formam partículas de silício primário. Ligas AlSiCu hipoeutéticas de alta pureza exibem três reações durante o processo de solidificação, iniciando com a formação de dendritas de alumínio, seguido pelo desenvolvimento de duas principais fases eutéticas. A presença de elementos de liga e impurezas tais como Cu, Mg, Mn e Fe, leva à formação de constituintes mais complexos (incluindo intermetálicos) (DOBRZANSKI et al., 2007). A microestrutura, apresentada na Figura 3.10, corresponde a uma liga hipoeutética com solução sólida predominante. O processo de solidificação conduz a uma estrutura constituída de dendritas grosseiras de solução sólida rica em alumínio e uma pequena quantidade de mistura eutética. As dendritas, após a solidificação, formam grãos, que apresentam em seu contorno uma mistura de compostos eutéticos, conforme pode ser visto na Figura Estes grãos e os compostos eutéticos formados serão os responsáveis pelas propriedades mecânicas desses materiais (CORRADI, 2006). Figura 3.10: Microestrutura de uma liga de Al-Si com solução sólida predominante (CORRADI, 2006). Figura 3.11: Microestrutura de uma liga de alumínio silício hipoeutética 100x (CORRADI, 2006). 17
Aula 04-a: Fundamentos da Solidificação dos Metais Parte 2
Professor: Guilherme O. Verran Dr. Eng. Metalúrgica Aula 04-a: Fundamentos da Solidificação dos Metais Parte 2 1. Crescimento da fase sólida - Introdução - Mecanismos (modelos) de crescimento - Crescimento
Leia maisAÇOS ESTRUTURAIS. Fabio Domingos Pannoni, M.Sc., Ph.D. 1
ESTRUTURAIS Fabio Domingos Pannoni, M.Sc., Ph.D. 1 INTRODUÇÃO Dentre os materiais encontrados no nosso dia-a-dia, muitos são reconhecidos como sendo metais, embora, em quase sua totalidade, eles sejam,
Leia maisTratamento Térmico. Profa. Dra. Daniela Becker
Tratamento Térmico Profa. Dra. Daniela Becker Diagrama de equilíbrio Fe-C Fe 3 C, Fe e grafita (carbono na forma lamelar) Ligas de aços 0 a 2,11 % de C Ligas de Ferros Fundidos acima de 2,11% a 6,7% de
Leia maisTECNOLOGIA MECÂNICA. Aula 08. Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas (Parte 2) Tratamentos Termo-Físicos e Termo-Químicos
Aula 08 Tratamentos Térmicos das Ligas Ferrosas (Parte 2) e Termo-Químicos Prof. Me. Dario de Almeida Jané Tratamentos Térmicos Parte 2 - Introdução - - Recozimento - Normalização - Têmpera - Revenido
Leia maisINFLUÊNCIA DO TEMPO DE SOLUBILIZAÇÃO NA RESISTÊNCIA A TRAÇÃO DE UM AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX. 1 UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá
INFLUÊNCIA DO TEMPO DE SOLUBILIZAÇÃO NA RESISTÊNCIA A TRAÇÃO DE UM AÇO INOXIDÁVEL DUPLEX G. S. Machado 1, M. L. N. M. Melo 1, C. A. Rodrigues 1. 1 UNIFEI - Universidade Federal de Itajubá gustavosouza_unifei@yahoo.com.br
Leia maisO FORNO A VÁCUO TIPOS E TENDÊNCIA 1
O FORNO A VÁCUO TIPOS E TENDÊNCIA 1 João Carmo Vendramim 2 Marco Antonio Manz 3 Thomas Heiliger 4 RESUMO O tratamento térmico de ligas ferrosas de média e alta liga já utiliza há muitos anos a tecnologia
Leia maisPropriedades Mecânicas. Prof. Hamilton M. Viana
Propriedades Mecânicas Prof. Hamilton M. Viana Propriedades Mecânicas Propriedades Mecânicas Definem a resposta do material à aplicação de forças (solicitação mecânica). Força (tensão) Deformação Principais
Leia mais1. Difusão. A difusão só ocorre quando houver gradiente de: Concentração; Potencial; Pressão.
1. Difusão Com frequência, materiais de todos os tipos são tratados termicamente para melhorar as suas propriedades. Os fenômenos que ocorrem durante um tratamento térmico envolvem quase sempre difusão
Leia maisUM ENSAIO DO PROCESSO DE RECOZIMENTO PLENO
UM ENSAIO DO PROCESSO DE RECOZIMENTO PLENO Anderson Fanchiotti da Silva, Deyvson Martins Fanti, Diego Serra, Everton Moreira Chaves, Fabiano Botassoli, Hedylani N. F. Corsini, Patrik Mantovani de Oliveira,
Leia maisTESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS
TESTES REFERENTES A PARTE 1 DA APOSTILA FUNDAMENTOS DA CORROSÃO INDIQUE SE AS AFIRMAÇÕES A SEGUIR ESTÃO CERTAS OU ERRADAS 1) Numa célula eletroquímica a solução tem que ser um eletrólito, mas os eletrodos
Leia maisMaterial para Produção Industrial. Ensaio de Compressão. Prof.: Sidney Melo 8 Período
Material para Produção Industrial Ensaio de Compressão Prof.: Sidney Melo 8 Período 1 Embora em alguns textos se trate o comportamento na compressão pelos parâmetros do ensaio de tração (e.g. na aplicação
Leia maisCurso de MIQ - Profa. Simone P. Taguchi Borges DEMAR/EEL/USP Titânio e suas ligas 1. Ligas de titânio: classificação, propriedades e
Curso de MIQ - Profa. Simone P. Taguchi Borges DEMAR/EEL/USP Titânio e suas ligas 1 Ligas de titânio: classificação, propriedades e aplicações práticas Curso de MIQ - Profa. Simone P. Taguchi Borges DEMAR/EEL/USP
Leia maisANÁLISE DE FALHA EM VIRABREQUIM DE MOTOR V8
ANÁLISE DE FALHA EM VIRABREQUIM DE MOTOR V8 Telmo Roberto Strohaecker UFRGS, PROFESSOR DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM Sandro Griza UFRGS, DOUTORANDO DO PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM Rodrigo André Hoppe
Leia maisESTUDO DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DA LIGA Cu-7%Al-10%Mn-3%Ag (m/m) *camilaandr@gmail.com
ESTUDO DO COMPORTAMENTO TÉRMICO DA LIGA Cu-7%Al-10%Mn-3%Ag (m/m) C. M. A. Santos (PG) 1*, R. A. G. Silva (PQ) 2, A.T. Adorno (PQ) 1 e T. M. Carvalho (PG) 1 1 IQ, Universidade Estadual Paulista, Campus
Leia maisUNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Campus RECIFE. Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Materiais para Produção Industrial
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Campus RECIFE Curso: Disciplina: Aula 1 PROPRIEDADES MECÂNICAS DOS METAIS POR QUÊ ESTUDAR? A determinação e/ou conhecimento das propriedades mecânicas é muito importante
Leia maisLingotes. Estrutura de solidificação dos lingotes
Lingotes Estrutura de solidificação dos lingotes Genericamente é possível identificar três regiões diferentes em um lingote após solidificação de uma liga metálica: - a região mais externa denominada zona
Leia maisEFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO DE SOLUBILIZAÇÃO E ENVELHECIMENTO NA LIGA AlSi7Mg OBTIDA EM MOLDE DE AREIA E COQUILHA
EFEITO DO TRATAMENTO TÉRMICO DE SOLUBILIZAÇÃO E ENVELHECIMENTO NA LIGA AlSi7Mg OBTIDA EM MOLDE DE AREIA E COQUILHA Iberê Roberto Duarte, MSc(1) Carlos Augusto Silva de Oliveira, DSc(2) (1)Sociedade Educacional
Leia maisEnsaios Mecânicos de Materiais. Aula 12 Ensaio de Impacto. Prof. MSc. Luiz Eduardo Miranda J. Rodrigues
Ensaios Mecânicos de Materiais Aula 12 Ensaio de Impacto Tópicos Abordados Nesta Aula Ensaio de Impacto. Propriedades Avaliadas do Ensaio. Tipos de Corpos de Prova. Definições O ensaio de impacto se caracteriza
Leia maisEFEITOS DA HOMOGENEIZAÇÃO E DO RESFRIAMENTO APÓS EXTRUSÃO SOBRE A MICROESTRUTURA DE GRÃOS E A RESPOSTA AO ENVELHECIMENTO DE BARRAS DA LIGA DE ALUMÍNIO
EFEITOS DA HOMOGENEIZAÇÃO E DO RESFRIAMENTO APÓS EXTRUSÃO SOBRE A MICROESTRUTURA DE GRÃOS E A RESPOSTA AO ENVELHECIMENTO DE BARRAS DA LIGA DE ALUMÍNIO 2014 Gisele Szilágyi (1, 2) *, Marcelo Gonçalves (1),
Leia maisCADERNO DE EXERCÍCIOS 2F
CADERNO DE EXERCÍCIOS 2F Ensino Médio Ciências da Natureza Questão 1. 2. Conteúdo Extração do ferro a partir do minério, representações químicas das substâncias e reações químicas Habilidade da Matriz
Leia maisSoldadura do cobre e suas ligas
Soldadura do cobre e suas ligas As principais ligas são os latões (Cu-Zn) e os bronze-alum alumínios (Cu-Al) A maior dificuldade que surge na soldadura dos cobres está relacionada com a presença de óxido
Leia mais7 Considerações finais
243 7 Considerações finais A utilização de outros tipos de materiais, como o aço inoxidável, na construção civil vem despertando interesse devido aos benefícios desse aço, e a tendência decrescente de
Leia mais2. Resultados. 2.1 A Deposição dos Filmes de Diamante
1. Introdução O presente relatório apresenta os resultados referentes ao trabalho experiemental desenvolvido no periodo de março a Junho de 29. O trabalho foi desenvolvido nos laboratórios do grupo DIMARE
Leia maisendurecíveis por precipitação.
Introdução Tipos de Aços Inoxidáveis Aço inoxidável é o nome dado à família de aços resistentes à corrosão e ao calor contendo no mínimo 10,5% de cromo. Enquanto há uma variedade de aços carbono estrutural
Leia maisEstudo da Viabilidade Técnica e Econômica do Calcário Britado na Substituição Parcial do Agregado Miúdo para Produção de Argamassas de Cimento
Estudo da Viabilidade Técnica e Econômica do Calcário Britado na Substituição Parcial do Agregado Miúdo para Produção de Argamassas de Cimento Rodrigo Cézar Kanning rckanning@yahoo.com.br Universidade
Leia maisADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie
1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância
Leia maisENSAIO DE DUREZA EM-641
ENSAIO DE DUREZA DEFINIÇÃO: O ensaio de dureza consiste na aplicação de uma carga na superfície do material empregando um penetrador padronizado, produzindo uma marca superficial ou impressão. É amplamente
Leia maisOTIMIZAÇÃO DE PARÂMETROS DE SOLDA POR DEPOSIÇÃO SUPERFICIALPOR FRICÇÃO EM LIGA DE ALUMÍNIO AL 7075
OTIMIZAÇÃO DE PARÂMETROS DE SOLDA POR DEPOSIÇÃO SUPERFICIALPOR FRICÇÃO EM LIGA DE ALUMÍNIO AL 7075 Autores: Gabriel Alvisio Wolfart; Ghisana Fedrigo;.Mario Wolfart Junior Apresentador por trabalho: Gabriel
Leia maisTRATAMENTOS TÉRMICOS E TERMO - QUÍMICOS
TRATAMENTOS TÉRMICOS E TERMO - QUÍMICOS Tratamentos térmicos e termo-químicos Recozimento Normalização Têmpera Revenimento Cementação Nitretação Tratamentos Térmicos Operações de aquecimento de um material
Leia maisINFLUÊNCIA DO TEOR DE COBRE NO TRATAMENTO TÉRMICO DE SOLUBILIZAÇÃO E ENVELHECIMENTO ARTIFICIAL DE LIGAS Al-Cu FUNDIDAS
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul FACULDADE DE ENGENHARIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM ENGENHARIA E TECNOLOGIA DE MATERIAIS INFLUÊNCIA DO TEOR DE COBRE NO TRATAMENTO TÉRMICO DE SOLUBILIZAÇÃO
Leia maisUNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Campus RECIFE. Curso: Engenharia de Produção Disciplina: Materiais para Produção Industrial
UNIVERSIDADE SALGADO DE OLIVEIRA Campus RECIFE Curso: Disciplina: Aula 5 Tratamento Térmico Tratamento Térmico O tratamento térmico pode ser definido de forma simples como um processo de aquecimento e/ou
Leia maisEnsaio de impacto. Os veículos brasileiros têm, em geral, suspensão
A UU L AL A Ensaio de impacto Os veículos brasileiros têm, em geral, suspensão mais reforçada do que a dos similares europeus. Não é à toa. As condições de nossas estradas e ruas requerem esse reforço,
Leia mais2.4-Aços inoxidáveis dúplex:
N (Nitrogênio): Juntamente com o cromo e molibdênio, é usado para dar maior resistência à corrosão. Adições de nitrogênio (0,1% a 0,3%) aumentam significativamente a resistência à corrosão por pite. Estudos
Leia maisTECNOLOGIA DOS MATERIAIS
TECNOLOGIA DOS MATERIAIS Aula 3: Diagrama de Fases Definições de Conceitos Básicos Diagrama de Equilíbrio Binário Definições de Conceitos Básicos A compreensão dos diagramas de fases para sistemas de ligas
Leia maisTubos mecânicos Vallourec. facilitam o seu trabalho e aumentam o seu retorno. www.vallourec.com/br
Tubos mecânicos Vallourec. facilitam o seu trabalho e aumentam o seu retorno. www.vallourec.com/br Tubos mecânicos: Aço VMec134AP Diferencial nas Condições de Fornecimento do VMec134AP. Análise Química
Leia maisTTT 2012 - VI Conferência Brasileira sobre Temas de Tratamento Térmico 17 a 20 de Junho de 2012, Atibaia, SP, Brasil
ESTRATÉGIAS DE CONTROLE PARA FORNO DE TRATAMENTO TÉRMICO A. A. Alcantara E. A. Tannuri (3) (1), (2) (1) Sun Metais Ltda. Rua Brasiliense, 79 Santo Amaro CEP 04729-110 - São Paulo - SP - alexaalcantara@gmail.com
Leia maisUSO DA INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA NO TRATAMENTO TÉRMICO DE FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO DE SOLOS: AUMENTO DO DESEMPENHO OPERACIONAL E DA DE DURABILIDADE
USO DA INDUÇÃO ELETROMAGNÉTICA NO TRATAMENTO TÉRMICO DE FERRAMENTAS DE PENETRAÇÃO DE SOLOS: AUMENTO DO DESEMPENHO OPERACIONAL E DA DE DURABILIDADE Ramos, Daniela Magalhães 1 Ferreira, Carlos Roberto 2
Leia maisPrevisão da vida em fadiga de aços inoxidáveis dúplex SAF 2205 e SAF 2507.
Projeto de iniciação científica Previsão da vida em fadiga de aços inoxidáveis dúplex SAF 2205 e SAF 2507. Relatório final. Bolsista: Gustavo H. B. Donato e-mail:superguga@uol.com.br Orientador: Prof.
Leia maisA INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE VÁCUO NAS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA.
28 de junho a 1º de julho de 2004 Curitiba-PR 1 A INFLUÊNCIA DO SISTEMA DE VÁCUO NAS PROPRIEDADES FÍSICAS DOS PRODUTOS DE CERÂMICA VERMELHA. Mello, Roberta Monteiro de (1) ; Oliveira, Amando Alves de (1)
Leia maisESTUDO DE ARGAMASSAS FUNCIONAIS PARA UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL
TECNOLOGIAS E SISTEMAS DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL - ITeCons, Coimbra 14.DEZEMBRO.2011 ESTUDO DE ARGAMASSAS FUNCIONAIS PARA UMA CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL Sandra Lucas, José B. Aguiar, Victor M. Ferreira* [Universidade
Leia maisAula 17 Projetos de Melhorias
Projetos de Melhorias de Equipamentos e Instalações: A competitividade crescente dos últimos anos do desenvolvimento industrial foi marcada pela grande evolução dos processos produtivos das indústrias.
Leia mais5 Caracterização por microscopia eletrônica de transmissão
5 Caracterização por microscopia eletrônica de transmissão Considerando o tamanho nanométrico dos produtos de síntese e que a caracterização por DRX e MEV não permitiram uma identificação da alumina dispersa
Leia maisAULA 6: MATERIAIS METÁLICOS
UNIVERSIDADE ESTADUAL DE FEIRA DE SANTANA CURSO DE ENGENHARIA CIVIL DEPARTAMENTO DE TECNOLOGIA MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO I E (TEC 156) AULA 6: MATERIAIS METÁLICOS Profª. Cintia Maria Ariani Fontes 1 MATERIAIS
Leia maisSoluções Químicas são misturas homogêneas de duas ou mais substâncias, onde o solvente aparece em maior quantidade e o soluto em menor quantidade. O estado de agregação do solvente é que determina o estado
Leia maisANÁLISE DA SENSITIZAÇÃO DE JUNTAS SOLDADAS EM AÇO INOXIDÁVEL AISI 409 PARA USO EM SISTEMA DE EXAUSTÃO VEICULAR
ANÁLISE DA SENSITIZAÇÃO DE JUNTAS SOLDADAS EM AÇO INOXIDÁVEL AISI 409 PARA USO EM SISTEMA DE EXAUSTÃO VEICULAR Giovanna Agarelli 1 ; Susana Marraccini Giampietri Lebrão 2 1 Aluno de Iniciação Científica
Leia mais3 Qualidade de Software
3 Qualidade de Software Este capítulo tem como objetivo esclarecer conceitos relacionados à qualidade de software; conceitos estes muito importantes para o entendimento do presente trabalho, cujo objetivo
Leia maisESTUDO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE UM AÇO SAE 4140 COM ESTRUTURA BIFÁSICA
ESTUDO DAS PROPRIEDADES MECÂNICAS DE UM AÇO SAE 4140 COM ESTRUTURA BIFÁSICA Marcos Antônio de Carvalho Rocha Sérgio Souto Maior Tavares Maria da Penha Cindra Fonseca Juan Manuel Pardal Viviane Florido
Leia mais1 Introdução simulação numérica termoacumulação
22 1 Introdução Atualmente o custo da energia é um dos fatores mais importantes no projeto, administração e manutenção de sistemas energéticos. Sendo assim, a economia de energia está recebendo maior atenção
Leia maisTM229 Introdução aos Materiais ENSAIOS MECÂNICOS Prof. Adriano Scheid Capítulos 6 e 8 - Callister
TM229 Introdução aos Materiais ENSAIOS MECÂNICOS Prof. Adriano Scheid Capítulos 6 e 8 - Callister Introdução: Propriedades mecânicas indicam o comportamento dos materiais quando sujeitos a esforços de
Leia maisEscola Politécnica de Pernambuco Departamento de Ensino Básico PROGRAMA
PROGRAMA Disciplina: MATERIAIS DE CONSTRUÇÃO MECÂNICA Código: MECN0039 Carga Horária Semestral: 45 HORAS Número de Créditos: TEÓRICOS: 00; PRÁTICOS: 03; TOTAL: 03 Pré-Requisito: MECN0004 CIÊNCIA DOS MATERIAIS
Leia maisBOLETIM TÉCNICO LAMINADOS
A BOLETIM TÉCNICO LAMINADOS Última atualização Maio/2011 CLASSIFICAÇÃO DAS FOLHAS DE ALUMÍNIO A folha de Alumínio é um produto resultante do processo de laminação a frio com secção transversal variando
Leia maisCurso de MIQ - Profa. Simone P. Taguchi Borges DEMAR/EEL/USP Proteção de superfícies 1
Curso de MIQ - Profa. Simone P. Taguchi Borges DEMAR/EEL/USP Proteção de superfícies 1 CORROSÃO METÁLICA: É a deterioração e a perda de material devido a ação química ou eletroquímica do meio ambiente,
Leia maisCurso de MIQ - Profa. Simone P. Taguchi Borges DEMAR/EEL/USP COBRE E SUAS LIGAS
Cobre e suas ligas 1 COBRE E SUAS LIGAS Cobre e suas ligas 2 PRINCIPAIS RESERVAS DE COBRE Encontram-se no Chile, EUA, Canadá,, antiga URSS, Peru, Zambia e Zaire CUSTO 3-4 vezes mais caro que o Al e 6-7
Leia maisEME405 Resistência dos Materiais I Laboratório Prof. José Célio
Universidade Federal de Itajubá Instituto de Engenharia Mecânica EME405 Resistência dos Materiais I Laboratório Prof. José Célio Ensaio 01 Impacto Matrícula: 14551 Nome: Cid Henrique Otoni de Carvalho
Leia maisPROPRIEDADES MECÂNICAS V
INSTITUTO MILITAR DE ENGENHARIA PROGRAMA DE CIÊNCIA DOS MATERIAIS PROPRIEDADES MECÂNICAS V Propriedades dos Materiais Ten Cel Sousa Lima, D. C. SUMÁRIO Dureza Fatores de projeto/segurança Durômetro Rockwell
Leia maisAspectos da Reometria
Aspectos da Reometria Aula 2 Prof. Hamilton Viana A lei básica A medida de viscosidade dos líquidos requer: definição dos parâmetros envolvidos no fluxo. Devem-se encontrar condições adequadas de teste
Leia maisLIGAS METÁLICAS IMPUREZAS NOS METAIS
LIGAS METÁLICAS 1 Os metais são geralmente utilizados na forma de ligas, ou seja; consistem em misturas de dois ou mais elementos químicos. Nas ligas metálicas, pelo menos um dos elementos é metal e a
Leia maisPROPRIEDADES ELÉTRICAS DOS MATERIAIS
UNIVERSIDADE FEDERAL DO ABC Centro de Engenharia, Modelagem e Ciências Sociais Aplicadas (CECS) BC-1105: MATERIAIS E SUAS PROPRIEDADES PROPRIEDADES ELÉTRICAS DOS MATERIAIS INTRODUÇÃO Resistência elétrica
Leia maisSOLDAGEM DOS METAIS CAPÍTULO 11 TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM SOLDAGEM
82 CAPÍTULO 11 TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM SOLDAGEM 83 TENSÕES E DEFORMAÇÕES EM SOLDAGEM Nas operações de soldagem, principalmente as que envolvem a fusão dos materiais, temos uma variação não uniforme e
Leia maisUNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA E DE MATERIAIS ENGENHARIA METALURGICA
UNIVERSIDADE FEDERAL DO CEARÁ CENTRO DE TECNOLOGIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA E DE MATERIAIS ENGENHARIA METALURGICA LUIS FERNANDO L. S. JÁCOME EFEITO DE TRATAMENTOS TÉRMICOS NAS PROPRIEDADES
Leia maisAÇOS. Construção Mecânica
AÇOS Construção Mecânica SÃO CERCA DE 10.000 TONELADAS EM AÇOS E METAIS A PRONTA ENTREGA GGD 10 Composição Química C Mn Si Cr Al P S 0,17 0,24 0,18 0,23 0, 0,60 0,60 0,90 0, máx 0,15 0, ----- --- 0, 0,
Leia mais6 Efeito do Tratamento Térmico nas Propriedades Supercondutoras e Microestruturas de Multicamadas Nb/Co
6 Efeito do Tratamento Térmico nas Propriedades Supercondutoras e Microestruturas de Multicamadas Nb/Co Com objetivo de observar a possibilidade da formação de nanopartículas de Co por tratamento térmico,
Leia maisAISI 420 Tratamento Térmico e Propriedades. InTec 012. 1. Introdução
1. Introdução Este texto tem por objetivo discutir importantes aspectos da seleção de temperaturas de têmpera e revenimento das diferentes marcas para o aço AISI 420 em função das propriedades mecânicas
Leia maisConsiderações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução
Considerações sobre redimensionamento de motores elétricos de indução Artigo publicado na revista Lumiere Electric edição nº 166 Aplicações de investimentos dentro das empresas sempre são questionadas
Leia maisINSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS PROCEDIMENTO DE INSTALAÇÃO DA CORRENTE
UNP-130408 1 de 6 INSTALAÇÃO, LUBRIFICAÇÃO E MANUTENÇÃO DAS CORRENTES TRANSPORTADORAS A vida útil das correntes transportadoras e elevadoras está diretamente ligada aos cuidados com a instalação, lubrificação
Leia maisDissertação de Mestrado. Wilson Luiz de Almeida
1 Dissertação de Mestrado Wilson Luiz de Almeida Análise do Comportamento Mecânico e dos Aspectos Macro e Microestruturais do Ferro Fundido Nodular Submetido a Ciclos Térmicos de Soldagem Maio de 2014
Leia maisEstudo Da Potencialidade De Redução Do Teor De Cromo Em Moinhos Do Tipo Rolo Sobre Pista Da Termoelétrica Jorge Lacerda
1 Estudo Da Potencialidade De Redução Do Teor De Cromo Em Moinhos Do Tipo Rolo Sobre Pista Da Termoelétrica Jorge Lacerda P. Ortega, UFSC; P. Bernardini, UFSC e L.A, Torres, TRACTEBEL Resumo- O presente
Leia maisINFORMAÇÕES TÉCNICAS
INFORMAÇÕES TÉCNICAS Luminotécnica - Conceitos Básicos Iluminância Símbolo E Unidade lux (lx) É o fluxo luminoso que incide sobre uma superfície situada a uma certa distância da fonte, ou seja, é a quantidade
Leia maisTRATAMENTOS TÉRMICOS DOS AÇOS
Tratamentos térmicos dos aços 1 TRATAMENTOS TÉRMICOS DOS AÇOS Os tratamentos térmicos empregados em metais ou ligas metálicas, são definidos como qualquer conjunto de operações de aquecimento e resfriamento,
Leia mais- CAPÍTULO 2 MATERIAIS CONDUTORES
MATERIAIS ELÉTRICOS Prof. Rodrigo Rimoldi - CAPÍTULO 2 MATERIAIS CONDUTORES (Aula 6) Metais Mercúrio (Hg) Metais Único metal líquido à temperatura ambiente; Resistividade relativamente elevada (95 10-8
Leia maisTratamentos térmicos. 1. Introdução
Universidade Estadual do Norte Fluminense Centro de Ciências e Tecnologias Agropecuárias Laboratório de Engenharia Agrícola EAG 3204 Mecânica Aplicada * Tratamentos térmicos 1. Introdução O tratamento
Leia maisCurso de Engenharia de Produção. Processos de Fabricação
Curso de Engenharia de Produção Processos de Fabricação Soldagem: - Grande aplicação nas atividades industriais que existem no mundo moderno: construção naval, ferroviária, aeronáutica e automobilística,
Leia maisTIJOLOS DO TIPO SOLO-CIMENTO INCORPORADOS COM RESIDUOS DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DO POLO MOVELEIRO DE UBA
TIJOLOS DO TIPO SOLO-CIMENTO INCORPORADOS COM RESIDUOS DE BORRA DE TINTA PROVENIENTE DO POLO MOVELEIRO DE UBA Sergio Celio Da Silva Lima (FIC/UNIS) serginhoblack1@hotmail.com Daniel Perez Bondi (FIC/UNIS)
Leia mais3 Transdutores de temperatura
3 Transdutores de temperatura Segundo o Vocabulário Internacional de Metrologia (VIM 2008), sensores são elementos de sistemas de medição que são diretamente afetados por um fenômeno, corpo ou substância
Leia maisTTT 2012 - VI Conferência Brasileira sobre Temas de Tratamento Térmico 17 a 20 de Junho de 2012, Atibaia, SP, Brasil
ESTUDO COMPARATIVO ENTRE O TRATAMENTO TÉRMICO A VÁCUO E O TRATAMENTO TÉRMICO POR BRASAGEM REALIZADO EM AÇO INOXIDÁVEL M340 APLICADO A INSTRUMENTAIS CIRÚRGICOS R. L. Ciuccio 1, V. Pastoukhov 2, M.D.D. NEVES
Leia maisMÓDULO DIDÁTICO PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO TÉRMICO DE SISTEMAS CONSTRUTIVOS
I CONFERÊNCIA LATINO-AMERICANA DE CONSTRUÇÃO SUSTENTÁVEL X ENCONTRO NACIONAL DE TECNOLOGIA DO AMBIENTE CONSTRUÍDO 18-21 julho 2004, São Paulo. ISBN 85-89478-08-4. MÓDULO DIDÁTICO PARA AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO
Leia maisESTUDO DA SUBSTITUIÇÃO DE AGREGADOS MIÚDOS NATURAIS POR AGREGADOS MIÚDOS BRITADOS EM CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND
GUILHERME TEODORO BUEST NETO ESTUDO DA SUBSTITUIÇÃO DE AGREGADOS MIÚDOS NATURAIS POR AGREGADOS MIÚDOS BRITADOS EM CONCRETOS DE CIMENTO PORTLAND Dissertação apresentada ao Programa de Pós - Graduação em
Leia maisASPECTOS TECNOLÓGICOS DOS AÇOS ESTRUTURAIS
Estruturas de aço. Aspectos tecnológicos e de concepção. Prof. Edson Lubas Silva Agradecimento ao Prof. Dr. Valdir Pignatta pelo material cedido ASPECTOS TECNOLÓGICOS DOS AÇOS ESTRUTURAIS 1 O que é o aço?
Leia maisUsinagem com Altíssima Velocidade de Corte
Capítulo 2 Revisão da Literatura Usinagem com Altíssima Velocidade de Corte 2.1. Aspecto Histórico A primeira sugestão de um trabalho com HSM foi feita por Salomon, em 1931, que propôs que existiria uma
Leia maisPONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA E MECATRÔNICA DIOGO PANDOLFO
PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DO RIO GRANDE DO SUL FACULDADE DE ENGENHARIA DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA MECÂNICA E MECATRÔNICA DIOGO PANDOLFO ESTUDO DA TENACIDADE AO IMPACTO DE UM AÇO SAE 1020 SUBMETIDO
Leia maisLIGAÇÕES INTERATÔMICAS
UNIDADE 2 - LIGAÇÕES INTERATÔMICAS 2.1. FORÇAS DE LIGAÇÃO FORTES Importante conhecer-se as atrações que mantêm os átomos unidos formando os materiais sólidos. Por exemplo, uma peça de cobre contém 8,4x10
Leia maisPROTEÇÃO DE EIXOS DE BOMBAS CENTRÍFUGAS PELO PROCESSO PTA
PROTEÇÃO DE EIXOS DE BOMBAS CENTRÍFUGAS PELO PROCESSO PTA Edson Hiromassa Takano 1 Ana Sofia C.M. D Oliveira 2 hiromassa@gmail.com 1 sofmat@ufpr.br 2 1, 2 Departamento de Engenharia Mecânica, Setor de
Leia maisMODELAGEM E SIMULAÇÃO DO FENÔMENO DE MICROSSEGREGAÇÃO DE SOLUTO DE UMA LIGA BINÁRIA ( AL- Cu) COM TAXA DE RESFRIAMENTO CONSTANTE.
MODELAGEM E SIMULAÇÃO DO FENÔMENO DE MICROSSEGREGAÇÃO DE SOLUTO DE UMA LIGA BINÁRIA ( AL- Cu) COM TAXA DE RESFRIAMENTO CONSTANTE. Késsia Gomes Paradela, kessiakgp@gmail.coml 1 Alexandre Furtado Ferreira,
Leia maisTratamentos térmicos dos aços
Tratamentos térmicos dos aços Recozimento Aquecimento a Trec., seguido de arrefecimento lento Rec. relaxação de tensões Rec. esferoizidação Rec. completo Normalização Rec. após deformação plástica Têmpera
Leia maisPeríodo de injeção. Período que decorre do início da pulverização no cilindro e o final do escoamento do bocal.
CAPÍTULO 9 - MOTORES DIESEL COMBUSTÃO EM MOTORES DIESEL Embora as reações químicas, durante a combustão, sejam indubitavelmente muito semelhantes nos motores de ignição por centelha e nos motores Diesel,
Leia maisAPROVEITAMENTO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS NATURAIS E DE MATERIAIS RECICLÁVEIS NA INOVAÇÃO QUÍMICA DE COMPÓSITOS POLIMÉRICOS
APROVEITAMENTO SUSTENTÁVEL DE RECURSOS NATURAIS E DE MATERIAIS RECICLÁVEIS NA INOVAÇÃO QUÍMICA DE COMPÓSITOS POLIMÉRICOS Rebecca Manesco Paixão 1 ; Natália Cavalini Paganini 2 ;José Eduardo Gonçalves 3
Leia maisESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS BRITADOR DE MANDÍBULAS - ZL EQUIPAMENTOS.
ESPECIFICAÇÕES TÉCNICAS BRITADOR DE MANDÍBULAS - ZL EQUIPAMENTOS. 1. DESCRIÇÃO. Os britadores de mandíbulas projetados e fabricados pela ZL Equipamentos são maquinas robustas confeccionadas com matéria-prima
Leia maisCapítulo 3 Circuitos Elétricos
Capítulo 3 Circuitos Elétricos 3.1 Circuito em Série O Circuito Série é aquele constituído por mais de uma carga, ligadas umas as outras, isto é, cada carga é ligada na extremidade de outra carga, diretamente
Leia maisUtilização do óleo vegetal em motores diesel
30 3 Utilização do óleo vegetal em motores diesel O óleo vegetal é uma alternativa de combustível para a substituição do óleo diesel na utilização de motores veiculares e também estacionários. Como é um
Leia maisEwaldo Luiz de Mattos Mehl Departamento de Engenharia Elétrica mehl@ufpr.br
Ewaldo Luiz de Mattos Mehl Departamento de Engenharia Elétrica mehl@ufpr.br 1 Ciência e Tecnologia dos Materiais faz parte do núcleo de conteúdos básicos obrigatórios para todos os cursos de Engenharia
Leia maisMATERIAIS SEMICONDUTORES. Prof.: Sheila Santisi Travessa
MATERIAIS SEMICONDUTORES Prof.: Sheila Santisi Travessa Introdução De acordo com sua facilidade de conduzir energia os materiais são classificados em: Condutores Semicondutores Isolantes Introdução A corrente
Leia maisGRUPO II GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO TÉRMICA E FONTES NÃO CONVENCIONAIS
SNPTEE SEMINÁRIO NACIONAL DE PRODUÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA GPT 26 14 a 17 Outubro de 2007 Rio de Janeiro - RJ GRUPO II GRUPO DE ESTUDO DE PROTEÇÃO TÉRMICA E FONTES NÃO CONVENCIONAIS MINIMIZAÇÃO
Leia maisFísica. Questão 1. Questão 2. Avaliação: Aluno: Data: Ano: Turma: Professor:
Avaliação: Aluno: Data: Ano: Turma: Professor: Física Questão 1 (Unirio 2000) Um aluno pegou um fina placa metálica e nela recortou um disco de raio r. Em seguida, fez um anel também de raio r com um fio
Leia maisVOSS ES-4 A conexão por vedação suave com quatro vezes mais vantagens
VOSS ES-4 A conexão por vedação suave com quatro vezes mais vantagens Experiência e Inovação Descrição das Funções VOSS ES-4: A vedação suave conforme DIN/ISO com 4 benefícios 1. Embasamento no anel de
Leia maisPortaria n.º 17, de 11 de janeiro de 2013.
Serviço Público Federal MINISTÉRIO DO DESENVOLVIMENTO, INDÚSTRIA E COMÉRCIO EXTERIOR INSTITUTO NACIONAL DE METROLOGIA, QUALIDADE E TECNOLOGIA - INMETRO Portaria n.º 17, de 11 de janeiro de 2013. O PRESIDENTE
Leia maisEvolução da fração volumétrica de ferrita durante a formação de fase sigma do aço SAF 2205.
Projeto de iniciação científica Evolução da fração volumétrica de ferrita durante a formação de fase sigma do aço SAF 2205. Relatório Final Bolsista: RODRIGO DI PIETRO GERZELY e-mail: rpietro@fei.edu.br
Leia mais2 Sistema de Lajes com Forma de Aço Incorporado
2 Sistema de Lajes com Forma de Aço Incorporado 2.1. Generalidades As vantagens de utilização de sistemas construtivos em aço são associadas à: redução do tempo de construção, racionalização no uso de
Leia maisPlanejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP
Planejamento - 7 Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos 1 O que é risco? Evento que representa uma ameaça ou uma oportunidade em potencial Plano de gerenciamento do risco Especifica
Leia mais3 Dimensionamento Clássico de Cordões de Solda
3 Dimensionamento Clássico de Cordões de Solda A união de placas em uma estrutura é conhecida como junta. Uma junta pode ser obtida utilizando-se os mais variados elementos de fixação: parafusos, rebites,
Leia maisDescrição do processo de priorização para tomada de tempos: Pesquisa ação em uma empresa job shop de usinados aeronáuticos.
Descrição do processo de priorização para tomada de tempos: Pesquisa ação em uma empresa job shop de usinados aeronáuticos. Tatiana Sakuyama Jorge Muniz Faculdade de Engenharia de Guaratingüetá - Unesp
Leia mais