A REINVENÇÃO DO MARACATU EM ALAGOAS NO SÉCULO XXI

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1 III Seminário de estudos Culturais, Identidades e Relações Interétnicas GT 1 Expressões urbanas, estilos de vida e identidades A REINVENÇÃO DO MARACATU EM ALAGOAS NO SÉCULO XXI Carlos Eduardo Ávila Casado de Lima (Cadu Ávila)

2 A REINVENÇÃO DO MARACATU EM ALAGOAS NO SÉCULO XXI Cadu Ávila Universidade Federal de Sergipe UFS Música e dança. Desta forma busquei entender a manifestação cultural que conhecemos como maracatu. O maracatu é construído entre a dança e a música (ritmo). Como ritmo, é uma das manifestações artísticas e culturais mais ricas do país, com uma diversidade infindável de baques, podendo ser desenvolvido como Maracatu de Orquestra 1 (rural ou baque solto) e Maracatu de Baque Virado (nação), além dos vários grupos percussivos que trabalham com o ritmo e sem falar nas bandas, tal qual Nação Zumbi, que se utiliza da influência direta do maracatu em composições modernas embaladas pela distorção das guitarras e suas performances nos grandes palcos do Brasil. Nesse sentido, é possível encontrá-lo em diversos estados e com diferentes formações, ritmos e danças. A dança, no maracatu nação, representada pela calunga boneca de caráter religioso, que compõem o corpo de dançantes do Maracatu é parte integrante do cortejo real que desfila para mostrar a cidade e ao carnaval a beleza desta manifestação. Seu Ritmo feito pelos batuqueiros 2 e/ou maracatuzeiros utilizam-se de Agogôs, Gongês, Xequerês e ou Abê, Alfaias e Caixas, contagiando a todos em longos e animados cortejos carnavalescos. A Reinvenção do Maracatu em Alagoas no Século XXI está focado no momento atual do maracatu em Alagoas, observando a reinvenção depois da oficina ofertada por Wilson Santos 3 em 2007, até a coroação do Maracatu Nação Acorte de Airá, que aconteceu em novembro de Os três maiores grupos de Maracatu que surgiram depois desta oficina, foram: Maracatu Baque Alagoano; Coletivo AfroCaeté e Maracatu Nação Acorte de Airá. Resolutamente existe um traço sócio-histórico do maracatu em Alagoas onde defino três importantes momentos apontados pelos 1 Existe uma diferenciação entre os conceitos de Maracatu Rural e Maracatu de Orquestra apresentados por Guerra Peixe (1952), onde Katarina Real a criadora do perto Maracatu Rural é apresentada como ideia nascida dos intelectuais, em paralelo ao chamado pelos agentes do maracatu local, identificados com o nome de Maracatu de Orquestra. Pelo mes mo motivo de Ivaldo Marciano (2009) os marcatuzeiros da zona da mata definiram suas atividades com o nome de Maracatu de orquestra, em respeito a eles chamarei o que conhecemos como Maracatu Rural, de Maracatu de Orquestra. 2 Termo local (Alagoas) para se referir aos percussionistas que tocam Maracatu. 3 Wilson Santos é o primeiro a realizar uma atividade do ritmo do Maracatu em Alagoas no século XXI. 2

3 documentos e textos que tive acesso até o fim desta pesquisa. O primeiro é a existência do maracatu em Alagoas antes do Quebra de Xangô de 1912, com base nos estudos de Ulisses Neves 4, Théo Brandão 5 e Abelardo Duarte 6, levantando a hipótese que o maracatu teve forte constituição e desenvolvimento em Alagoas por meio dos descendentes de africanos que aqui se encontravam e organizavam suas festas e manifestações culturais, sobretudo, nos terreiros de candomblé. O maracatu apareceu pela primeira vez em Alagoas, no final do século XIX e início do século XX. 7 Após o quebra de 1912, desaparecem os registros de grupos autênticos de maracatu, ficando apenas informações sobre brincantes fantasiados de maracatu 8 em carnavais do interior alagoano. O desaparecimento do maracatu em Alagoas no início do século XX foi conseqüência do quebra de O segundo momento do maracatu em Alagoas aparece nos meados de 1950 até o fim dos anos 70. Quando Theo Brandão e Abelardo Duarte, que observaram em suas infâncias muitas apresentações de maracatus pela cidade de Maceió, e descreveram o fim destas no final dos anos 70. Em meados do século XX, surgem outros grupos de maracatu, Théo Brandão chega a desenvolver ações para criar e estruturar um grupo de Maracatu no momento da 4º Semana Nacional do Folclore, mas sem sucesso, pois as baianas de Alagoas não se adaptaram a dança do maracatu 9. E, por fim, o terceiro momento é o que identifico como reinvenção do maracatu em Alagoas no século XXI refere-se ao processo de surgimento do maracatu no século XXI a partir de A reinvenção do maracatu em Alagoas diferente do que se pensava a movimentação do maracatu em Alagoas não foi por influência direta de Pernambuco, o que permitiu o primeiro passo do Novo Maracatu em Alagoas no século XXI, foi o convite que Wilson Santos recebe para facilitar uma oficina de percussão no Festival de Música do Ceará, atividade em nível de nordeste. A estadia em Fortaleza permitiu a Wilson quebrar com o que ele chama de bairrismo local, voltando para Maceió inicia as atividades necessárias para a realizar a oficina de percussão com o ritmo do maracatu, intitulada Oficina de Maracatu. 4 RAFAEL, Ulisses Neves, BRANDÃO, DUARTE, 1975, p Nas referências de Abelardo Duarte sobre Maracatu no texto de Entenda-se por esses brincantes fantasiados como grupos familiares que saem durante o carnaval com fantasias de populares, e não como autênticos grupos de cultura popular. 9 DUARTE,

4 A movimentação desta manifestação de cultura popular em Alagoas chama a atenção pela diversidade de origens sociais e pela sua capacidade de se reinventar, bem como de criar novas formas de se relacionar com o meio cultural. Desde as realizações das oficinas ofertadas pelos grupos do novo maracatu, até os cortejos e festas animadas pelas fortes batidas das alfaias. Conjuntura de dispersão cultural entre aqueles que fazem a percussão em Alagoas era a fotografia social da organização de grupos em 2007, por tanto, é natural que esses grupos estejam ainda em formação inicial com menos de dez anos de existência. Uma identidade em definição aumenta as buscas de quais objetivos serão percorridos, processam-se assim a formação de suas bases culturais e sociais com os agentes culturais do tempo de hoje. Essa busca de significados e identidades define diferenças e pontos em comum entre os grupos que formam o novo maracatu Alagoano. A intenção desse estudo não estar em prever o ponto de chegada dos grupos ou do maracatu alagoano, nem tão pouco definir segmentações entre esses grupos de percussão e dança. Apenas tentamos sistematizar as ideias, concepções, identidades e novas formas de ação que envolvem os agentes da cena contribuindo em linhas gerais para estudos antropológicos sobre maracatu em Alagoas. Circularidade e Reinvenção Peter Burke (2010) contribui significativamente para o debate a cerca da cultura popular, apontando a circularidade cultural como um mecanismo antigo da humanidade. Ao analisar a cultura popular no início da Europa moderna define cultura como um sistema de significados que atribuímos ao mundo, vejamos: cultura é uma palavra imprecisa, com muitas definições concorrentes; a minha definição é a de um sistema de significados, atitudes e valores partilhados e as formas simbólicas (apresentações, objetos artesanais) em que eles são expressos ou encarnados. A cultura nesta acepção faz parte de todo um modo de vida, mas não é idêntica a ele. (2010: 15) A cultura sendo parte de um modo de vida e que conta com objetos em si utilizados para expressar o que pensamos as formas simbólicas sobre esse modo de vida, não pode ser nunca estática. Estas formas passam a ser associadas às significações que atribuímos ao mundo em que vivemos, expressas ou encarnadas e subtende-se que as significações que imputamos ao mundo definem as expressões materiais do modo de vida que nos inserimos. Portanto, a cultura é dinâmica e mutável, e validamente os 4

5 homens quem definem seu significado de acordo com os seus interesses históricos, culturais e políticos. Partindo desta ideia de cultura, encontramos mais dois importantes conceitos: o de interação e circularidade cultural, também desenvolvido por Burke. Interpreto estas ideias como fundamentais para entender o processo de reinvenção do Maracatu contemporâneo em Alagoas, pois este tem apresenta uma circularidade social importante no processo de reinvenção. Ao assumir o conceito de interação recorremos a uma concepção moderna de cultura, que permitirá um olhar mais detalhado aos pequenos acontecimentos e ações que se desenvolvem no interior dos cenários culturais. Assim, como entre as culturas populares e de elite 10 / erudita, existe uma interação entre essas culturas desde o início da utilização do termo cultura popular/folclore. Para Burke as elites participaram das manifestações de cultura popular na Europa no início da idade moderna. O termo, cultura popular e folclore, originou-se quando a elite deixa de participar das festas públicas das grandes cidades Europa. Daí em diante, o que era para o grande público, envolvendo elite e povo, torna-se popular, apenas do povo. A elite passa a produzir a sua cultura em locais fechados, utilizandose dos aparatos formais de espaços lúdicos como, teatros, casas de autoridades políticas, etc. Levando a ideia de uma biculturalidade da elite onde, as interações entre as duas culturas (em suas múltiplas variedades) foram discutidas em vários momentos na primeira edição deste livro, mais especialmente nas sessões que tratavam do que chamei de biculturalidade das elites, suas tentativas de reformar a cultura popular, sua retirada e finalmente sua descoberta, ou mais exatamente sua redescoberta da cultura do povo, especialmente os camponeses. (2010: 21) Observa-se um interesse grande de setores da classe média alta e dos intelectuais pela manifestação, caracterizando certo tipo de biculturalidade desses seguimentos mais favorecidos economicamente. Esse processo não acontece de forma isolada, é um dado que as movimentações de maracatu apresentam em várias partes do país 11. Encontro um sentimento de redescoberta de parte da cultura alagoana, que parecia está apagada ou esquecida. Ou seja, nesse processo encontraremos classes populares fazendo maracatu e classe média ou alta, e ainda elite também fazendo maracatu, se 10 Para o caso referido, tratando-se de um recorte histórico da Europa, refiro-me a elites dos tempos da revolução industrial, onde a dicotomia era clara entre elite e povo e se demonstrava nas festas publicas onde os dois seguimentos apareciam compartilhando o mesmo espaço. 11 CARVALHO,

6 encontrando nos palcos ou até tocando num mesmo grupo musical. O que reforçar a ideia da reinvenção da manifestação. Para estudar as especificidades do Maracatu em Alagoas se fez necessária à leitura do conceito de Eric Hobsbawn 12 sobre a Invenção das Tradições. Vejamos: Por tradição inventada entende-se um conjunto de práticas, normalmente reguladas por regras tácitas ou abertamente aceitas; tais práticas, de natureza ritual ou simbólica, visam inculcar certos valores e normas de comportamentos através da repetição, o que implica, automaticamente, uma continuidade em relação ao passado. (1984: 12) Não é possível o ressurgimento literal do maracatu alagoano, como um resgate do mesmo do início e meados do século XX. O maracatu em Alagoas está sendo reinventado pelos agentes do tempo de agora, com novas formas do fazer cultural, com novas tradições surgindo e com uma nova realidade, porém como já existiu só podemos chamá-lo de reinvenção. A ideia de invenção das tradições de Eric Hobsbawm demonstra, claramente, que por mais tradicional que pareça uma instituição, seja ela política, econômica, cultural, esta teve seu momento de invenção, de criação por parte de algumas pessoas, e que com o passar do tempo, torna-se aceita pela maioria da população e/ou comunidade como tradicional. A Reinvenção do Maracatu em Alagoas pode ser entendida por esse aspecto de interações e articulações que têm acontecido desde a proposição de um autodidata - Wilson Santos - a aceitação da classe média Maracatu Baque Alagoano por intelectuais e estudantes o Coletivo AfroCaeté e o re-interesse popular Maracatu Nação Acorte de Airá. Claro que esse processo não acontece de forma simples e linear como um esquema teórico segmentado, aqui trata-se apenas de facilitar a compreensão do processo. O Primeiro Grupo do Novo Maracatu Alagoano Passada a oficina de maracatu deu-se a organização do 1º grupo do estado que teve como primeiro nome Grupo Percussivo Baque Alagoano. Rômulo Fernandes Silva, de 38 anos, advogado, e membro do Maracatu Baque Alagoano, nos conta em entrevista, que a formação do grupo aconteceu a partir da oficina de maracatu em HOBSBAWN,

7 O grupo começou a partir de uma oficina que foi ministrada pelo Wilson Santos no cenarte. Pelo que eu me recordo a maioria das pessoas que estavam lá eram curiosos que nunca haviam se envolvido com qualquer tipo de manifestação folclórica 13 (Fernandes, 2010, p. 01). Iniciando com pessoas que não tiveram ou participaram de nenhum outro grupo cultural, percebe-se o quanto foi participativa essa atividade e chamou atenção de pessoas que não tocavam percussão como atividade cotidiana. Nota-se também, que a ideia de maracatu é associada ao termo folclore. Este preso a história e ao tempo como uma tradição nostálgica que o nome carrega. Outros grupos, que hoje tocam o ritmo, não se identificam com esse termo. Já a ideia de movimentação e cultura popular também é difundida pelos grupos. Rômulo, ressalva que já tinha um interesse em formar um grupo de Maracatu, pois havia pesquisado sobre o tema, visto maracatus em Recife e procurado em Maceió, porém sem êxito. Logo a oficina apareceu como uma oportunidade para dar vazão a este desejo. Ele afirma que, o interessante é que nessa oficina eu particularmente fui com a intenção de conhecer pessoas pra criar um Maracatu aqui porque já vinha pesquisando, já vinha procurando maracatus aqui em Maceió e não havia encontrado nenhum. E por coincidência esse meu interesse casou com o interesse de várias pessoas que estavam fazendo parte da oficina. A idéia inicial de se criar um Maracatu era pra diversão, por lazer. (2010) No processo de realização da oficina, os próprios participantes já se movimentavam na perspectiva de criar um grupo de maracatu, pois sabiam que em Maceió não existia. Wilson relatou que no primeiro dia já haviam falado em criar um grupo, como sabemos, ele foi o mestre do grupo por um ano, e a primeira apresentação do grupo aconteceu no centro de convenções. Exatamente, ele 14 era o mestre. Então a gente continuou com ele, e continuamos ensaiando ali aos poucos aprendendo, ai surgiu o primeiro convite pra uma apresentação. Porque você fica ensaiando, vai ensaiando, vai ensaiando ai o pessoal começa mas e ai, a gente não vai tocar não é? ou então as pessoas que sabem da existência daquele grupo ai como é que faz pra vocês se apresentarem? então a gente foi pra primeira apresentação, todo mundo tenso, sem saber como era que seria a receptividade, e se não me engano, a primeira apresentação que a gente fez foi numa feira do centro de convenções (2010). 13 Trecho da entrevista com Rômulo Fernandes Silva, Wilson Santos. 7

8 Passada a primeira apresentação, o grupo em pouco tempo estava conhecido como o primeiro grupo de percussão a executar a música do maracatu em Alagoas. Uma novidade para a cena cultural local, mais apresentações foram acontecendo, em pouco tempo era uma referência de maracatu no Estado. O que iniciou como uma brincadeira passava a se tornar sério, com atividades e responsabilidades. A mudança de nome Uma curiosidade é a questão do nome do grupo, que no início era Grupo Percussivo Baque Alagoano, e, depois se modificou para, Maracatu Baque Alagoano. A decisão de mudança do nome não foi um momento fácil, levantando muita polêmica. Parte dos membros defenderam a inexistência de legitimidade do grupo para assumir o nome de maracatu, pois ter este nome, traria, paralelamente inúmeras responsabilidades e polêmicas para o grupo, tanto internamente, como com as relações externas ao grupo. Outro ponto, foi que esta decisão afastaria do movimento os grupos da periferia e terreiros que estavam se aproximando, perdendo, a legitimidade que conquistara até então. E, por outro lado, o grupo não tinha características para se proclamar como maracatu, a não ser utilizar os instrumentos do maracatu como base percussiva. Portanto, não poderia se chamar de tal maneira. O outro posicionamento afirmava que não existiria motivos para não ter o nome de maracatu, já que se toca o ritmo, nada mais justo que carregar o nome do ritmo que se faz, afirmava-se que se importava com o posicionamento dos demais grupos e mestres alagoanos. Além de ser o primeiro grupo a tocar maracatu em Alagoas no século XXI. O posicionamento vitorioso foi o segundo, e, hoje, o grupo se chama Maracatu Baque Alagoano. Se entendemos que a cultura é dinâmica e mutável não existe problema com o nome de maracatu, mesmo sendo uma autodenominação. Se fizermos um paralelo com o conceito de reinvenção das tradições, não existe problema algum no grupo se chamar Maracatu Baque Alagoano, afinal, se esta tradição está sendo reinventada, ela pode ter o nome que o grupo que está reinventado queira, não representando um problema de legitimidade de legitimidade. Não é o nome que define o conteúdo de formação do grupo, e sim a sua atuação. Por outro lado, o texto de divulgação da oficina que derivou todos os grupos que trabalham com o maracatu não era Oficina para formar um grupo percussivo, e sim oficina de maracatu. O que motivou as pessoas a participação foi o maracatu, também não houve questionamento se Wilson era mestre de Maracatu, ou não, quando da realização da 8

9 oficina, nem que Mestre Geraldo que deveria ofertar a oficina, um processo normal nos moldes da reinvenção. Para essa discussão, acredito que o Recife resolveu bem o problema, todos são maracatus, mas existem aqueles, que têm uma ligação direta, e construída historicamente, com os terreiros de religião afro, e a estes chamamos de Maracatu Nação e outro que não têm essa ligação, chamam apenas de Maracatu. A relação com os mestres de cultura popular O grupo Maracatu Baque Alagoano traz outra característica dos Novos Maracatus Alagoanos: a busca por parcerias com os mestres de cultura popular do estado. Esta relação apresenta uma nova característica na reinvenção do maracatu em Alagoas, onde os grupos se encontram com mestres consagrados da cultura popular e desenvolvem atividades, eventos, visitas, conversa, troca de experiências, etc. Rômulo afirma, como o grupo ainda é muito novo... então assim... nós nutrimos uma relação muito boa com o mestre Benon do guerreiro treme terra, tivemos o prazer de conhecer o mestre Verdelinho ainda esse ano. 15 Esses encontros representam um novo elemento histórico a ser estudado, que tem, posso afirmar ainda superficialmente, contribuído positivamente com a cena cultural alagoana. Não restando duvida que os grupos do Novo Maracatu trazem uma linha de tramitação entre o poder local (secretarias de cultura estadual e municipal, Governo, etc.) maior que os mestres da cultura popular. Isso acontece, em parte, pelo domínio da técnica e dos processos acadêmicos possibilitando mais condições de aprovar um projeto, ou conseguir apoio para suas atividades. Outra característica dos Novos Maracatus é a necessidade de fazer algum tipo de trabalho social. O Maracatu Baque Alagoano sente esta necessidade. Eu diria que além das apresentações o grupo ele desenvolve alguns trabalhos, o grupo poderia fazer mais, mas ele encontra uma certa dificuldade pelo fato de ele não ter uma sede própria. 16 Desenvolver outros trabalhos, sociais e culturais, abrange uma nova frente de trabalho do grupo, o que exige muita energia e esforço. Em consequência disto, os trabalhos do Maracatu Baque Alagoano ainda são pequenos. Vejamos: Eu diria que o 15 Trecho da entrevista, Trecho da entrevista,

10 trabalho que ele realiza é muito mais cultural, é de difundir o folclore, de difundir os folguedos, tanto o maracatu quanto os outros folguedos alagoanos. 17 Seja cultural ou social, o fato é que o grupo apresenta uma disposição para além da música percussiva. Esta é uma característica dos grupos de maracatu em Alagoas do século XXI, onde a intelectualidade de classe média tem a preocupação de contribuir com a melhora do mundo. De toda, não é negativa a realização das ações, pelo contrário, ações como estas é que modificam nossos hábitos no enternecedor mundo das tecnologias e na sociedade da informação. Assim está acontecendo à reinvenção desta tradição, com as características do seu tempo e assumindo a roupagem dos seus agentes sociais. Sejam eles de classe média alta, pobres ou intelectuais. O surgimento do 2º grupo do Novo Maracatu Alagoano Como elenquei acima, a reinvenção do Maracatu em Alagoas está associada à oficina e, a criação do segundo grupo, a Coletivo AfroCaeté não foge a essa regra. E para contar melhor esta história, me fiz valer da entrevista que Christiano Barros, membro fundador do Coletivo AfroCaeté cedeu-nos 18. O contato de Christiano Barros com Wilson Santos é precedente a oficina. Barros, por ocasião do carnaval de 2005, se envolveu com a organização de um pólo afro em Maceió, no Bairro do Jaraguá. Este por sua vez teve como atração principal o histórico grupo de percussão Afro-Mandela 19. A partir daí, se interessou pelas questões afro e queria aprender a tocar algum instrumento, até para ajudar na capoeira. Em contato com Wilson veio o convite para participar de uma oficina de maracatu, em Desde então está participando da cena cultural percussiva de Alagoas. Christiano fala sobre o surgimento do Maracatu Baque Alagoano que aconteceu logo após a oficina. O curso durou cerca de um mês e um pouco quando terminou ficou claro que ninguém queria parar de batucar. Ficou bem claro isso, o curso acabou hoje e ninguém queria parar. Então, foi o curso acabando e a gente resolvendo montar um grupo. As pessoas que ficaram houve alguma desistência, algumas poucas desistências e as pessoas que ficaram resolveram montar um 17 Trecho da entrevista, Entrevista realizada com Christiano Barros em O grupo AfroMandela tem 27 anos de carreira (2011) e foi o primeiro grupo a trabalhar abertamente com a cultura afrobrasileira e m Alagoas. Desenvolveu muitas atividades musicais, sociais e é tido como uma das maiores referências da Percussão no Estado. Tem como líder o experiente Mestre Cesar. Esta voltando a articular suas atividades neste ano. 10

11 grupo e a partir daí começaram os conflitos. A partir do momento que a gente decidiu montar um grupo começaram os conflitos. (Barros, 2010) Não é desarticulado que os conflitos aparecem no inicio da história do grupo. São esses conflitos que se iniciaram com o nascer do Baque Alagoano que gestarão o nascimento do 2º grupo do Novo Maracatu Alagoano: o Coletivo AfroCaeté. Com o passar de dois anos de atividades e de uma disputa interna muito grande, as divergências se tornaram insustentáveis e cada dia mais evidentes. Os conflitos já existiam e se tornaram evidentes nesse momento em que a gente resolveu montar o grupo, porque as pessoas tinham... Como é que a gente começou a perceber esses conflitos? Em situações simples, como dar nome ao grupo. Qual o nome que se daria ao grupo? O que efetivamente o grupo iria tocar? Maracatu ou outro ritmo? E também ao aprofundar a história do Maracatu, (né?). Começaram-se os conflitos. Bom, enfim. Vários conflitos surgiram, estou falando desses conflitos agora, pra poder chegar na formação do AfroCaeté e ai está relacionado a minha inserção nesse processo. (Barros, 2010) A formação do AfroCaeté acontece a partir destas divergências, quando no Carnaval de 2009, o Maracatu Baque Alagoano realiza o seu primeiro cortejo nas prévias de carnaval em Maceió. Três membros do grupo já não desfilam por problemas de convivência ocasionados uma semana antes da prévia em uma apresentação de lançamento do bloco de carnaval para as prévias Maracatu Baque Alagoano. Já durante o cortejo de prévia uma batuqueira sai do cortejo no meio do desfile por problemas com o Mestre e uma liderança do grupo. O que aconteceu é que naquele momento já estava claro a divisão dentro do Baque Alagoano e consequentemente a existência de dois grupos bem delimitados. Christiano define um pouco a fundação do grupo como a união de um grupo de amigos e pessoas próximas que desejavam continuar o trabalho já desenvolvido, porém com menos conflito. Como, um grupo de amigos, de pessoas próximas, de formar algo que a gente pudesse dar continuidade ao que a gente vinha fazendo no antigo grupo da gente. Só que nesse antigo grupo nós tínhamos alguns problemas. Com relação a problemas políticos e pessoais com os membros. Então a gente resolveu se juntar em determinado momento e formar um outro grupo. Então o Coletivo AfroCaeté já surgiu com nome de cara (Barros, 2010, p. 01). Uma semana antes da prévia de carnaval havia acontecido a reunião que definirá pela organização e fundação do novo grupo. Foi em 10 de fevereiro de 2009 que nasceu o Coletivo AfroCaeté. Porém não se iniciaram de imediato as atividades. 11

12 Como o processo era lento e complexo, esperou-se terminar as atividades das prévias de carnaval para iniciar as atividades do grupo. No total 16 membros do Baque Alagoano saíram para fundar o Coletivo AfroCaeté. No início de seus trabalhos, o grupo não tinha instrumentos suficientes nem verba para comprá-los. Recorreu-se a estrutura do cenarte para a confecção de suas Alfaias. Os primeiros instrumentos do Coletivo AfroCaeté As primeiras oito alfaias do grupo foram feita pelos seus membros e levou quase quatro meses para ficarem prontas. Esse tempo foi demasiado longo pela falta de prática na confecção dos instrumentos. Passado o momento de confecção, iniciaram-se os ensaios do grupo, no estacionamento do Teatro Deodoro. Ainda sem mestre definido, os ensaios duraram quase seis meses até a chegada de Sandro Santana, atual mestre do grupo. Na época Sandro era membro da Orquestra de Tambores de Alagoas, grupo percussivo coordenado por Wilson Santos, o qual Dalmo Santos, mestre do Maracatu Baque Alagoano, também faz parte. O núcleo que estruturou o nascimento dos grupos do Novo Maracatu Alagoano estava diretamente ligado a Wilson Santos e a orquestra de tambores. Sandro Santana experiente percussionista de Alagoas desenvolve trabalhos de percussão dentro do Grupo União Espírita Santa Bárbara GUESB, Santa Fé, além de ter sido percussionista do grupo Afro Mandela. Idéia sobre a história do Maracatu em Alagoas Existe uma ideia sobre a história do maracatu em Alagoas contida dentro de cada grupo. Talvez esta noção apareça para ajudar a localizar uma tradição nas atividades desenvolvidas nos dias de hoje, como uma busca pela legitimidade perdida com tempo. No entanto, o depoimento de Christiano Barros demonstra que o Coletivo AfroCaeté ruma para outra perspectiva. Seu entendimento aparece muito mais corroborando o conceito de reinvenção das tradições do que a busca de uma cristalização de ações culturais feitas no passado para respaldar-se no século XXI. Uma coisa importante que a gente vem sempre enfatizando isso no grupo, é o que agente faz aqui é diferente ao que era feito no passado. Agente (ta) fazendo cultura popular 20, mas contemporaneamente, claro que existe uma ligação com o passado, só que não existe uma linha que ligue esse passado e 20 O grifo é meu. Quero enfatizar a ideia presente no grupo de que se faz cultura popular, separando este fazer da ideia mais tradicional de folclore. 12

13 esse presente. E a gente procura não ter essa preocupação, pelo menos não é minha preocupação como é a preocupação de muita gente do grupo e ai acaba sendo do grupo. Então não ter essa preocupação de ligar o que a gente faz hoje com passado, então no passado a gente sabe que existia manifestação que se chamava maracatu, que era diferente desse maracatu que tem em Pernambuco, diferente mas que tinha em comum o nome maracatu, o nome e a associação de pessoas. (Barros, 2010) A ideia de se fazer cultura popular demonstra o quanto a realidade do grupo é dinâmica e paralelamente reflete no pensamento social que gera o sentimento de pertencimento coletivo. Um elemento forte a ser refletido no Coletivo AfroCaeté é a formação social do grupo - composta por estudantes e professores da Universidade alagoana. Seria preciso uma ligação com o passado para se ter legitimidade hoje? Christiano Barros responde esta questão da seguinte forma: E não precisa uma ligação histórica que ligue a gente com o passado pra legitimar o que a gente faz. Existe ligações simbólicas importantes e isso pra gente talvez seja mais significativo (Barro, 2010) A relação com os grupos de cultura popular e os terreiros O Coletivo AfroCaeté mantém uma relação de parceria com os terreiros em Maceió e com os grupos de desenvolvem atividades de manifestação de cultura afro em Alagoas. Esta ligação, segundo Christiano Barros, vem da necessidade desde a fundação do grupo, onde se sentiu a obrigação de pesquisar sobre o passado do maracatu em Alagoas. Este passado por sua vez demonstra que os grupos tinham ligações com os terreiros. Um evento que podemos citar foi o Seminário Múltiplos Olhares Sobre a Cultura Popular e Afro Alagoana que a aconteceu em parceria com mais quatro grupos do movimento de cultura negra de Alagoas. O que demonstrou a possibilidade de articulação do grupo e as parcerias firmadas com as organizações culturais da periferia de Maceió que desenvolvem trabalhos de cultura afro. O Coletivo AfroCaeté não se define como um grupo de maracatu tradicional, um maracatu Nação. Sua identidade é definida internamente como um grupo social e artístico, percussivo em essência, que também trabalha principalmente com o ritmo do Maracatu. Como o nome já diz Coletivo, o grupo busca trabalhar em conjunto com outros grupos. Não necessariamente de maracatu, apesar de trabalhar e desenvolver projetos com o Maracatu Nação Acorte de Airá. O Coletivo AfroCaeté tem como princípio o trabalho coletivo para o crescimento de todos que fazem cultura popular alagoana. Vejamos mais um trecho da entrevista com o grupo. 13

14 Então, a gente decidiu nunca fazer ou evitar fazer as coisas só. Agente tá sempre procurando parceria com outros grupos. Agente acredita que se amadurecer vai ser em conjunto, agente não vai contribuir amadurecendo só ou fazendo as coisas só. Então, por isso que toda trajetória está associada a parcerias com outros grupos, agente nunca tá só, agente nunca está fazendo algo só. Errado, pode acontecer, mas isso é muito raro (Ibidem, 2010, p. 11 e 12). Esta consciência de trabalho coletivo é expressa por um dos membros do grupo que é professor de antropologia, e não está dissociada da concepção de intelectual engajado nas atividades de cultura popular presente na figura de Christiano Barros. O que chama atenção em Christiano é que ele se caracteriza mais como um militante da cultura alagoana, do que como um intelectual da universidade que decide um dia estudar os grupos de cultura popular. O que é um dado importante para ser estudado quando falamos do Novo Maracatu Alagoano, afinal, temos três grupos atuando com características muito diferentes, essa é uma delas, que está presente de forma significativa no Coletivo AfroCaeté, a presença de intelectuais e estudantes como membros e apoiadores do grupo. Existe um papel para o maracatu dentro do cenário cultural alagoano. Este, por sua vez não está óbvio e claramente definido. Para responder esta questão poderíamos ter possibilidades de análises diferenciadas sobre a mesma pergunta ou ter outras interpretações para entender o papel do maracatu em Alagoas: um deles seria o de modificar as pessoas que se envolve com o batuque, no sentido de começar a trabalhar o coletivo, o solidário, etc. Vejamos a opinião de Christiano sobre isto: o Maracatu, o tambor, a percussão ela tem um chamamento ancestral, você envolve as pessoas que muitas vezes não tem nenhuma ligação direta com o batuque, com cultura tradicional, com cultura popular, não tem nenhuma ligação. [...] Uma vez que você atrai, você acaba modificando um pouco aquela pessoa, [...] Então aquele batuque modifica aquela pessoa, que vai modificar outra. Então a percussão coletiva, o Maracatu tem essa característica... (Barros, 2010) O envolvimento da juventude aparece quanto se fala da tradição. Seria outra função do Maracatu alagoano? Bem, posso afirmar que tem sido um papel que todos os grupos hoje cumprem de forma satisfatória envolver a juventude com a batucada. O engajamento da juventude também aparece como um tipo de combate ao preconceito que a cultura negra ainda sofre. 14

15 minimizar o preconceito contra as práticas populares, práticas tradicionais, [...] fato de ter no batuque hoje pessoas mais novas, mais jovens que valorizem e se interessa pela tradição, isso contribui pra que o jovem atual se volte pra tradição, isso contribui pra que o jovem atual, valorize e respeite a tradição. (Barros, 2010) Contudo, acredito, pode-se responder esta questão de várias formas diferentes, e que não necessariamente uma esteja certa e a outra errada. Afinal, estamos trabalhando com a reinvenção de uma cultura popular tradicional. O surgimento do 3º grupo do Novo Maracatu Alagoano Em Junho de 2009, foi fundado o Maracatu Nação Acorte de Airá, por Pai Elias, líder religioso de uma casa de axé localizada no São Jorge Grota do Arroz, Maceió. Mesmo ano de fundação do Coletivo AfroCaeté. O Maracatu Nação Acorte de Airá foi o primeiro Maracatu Nação da geração do Novo Maracatu Alagoano. Em outras palavras foi o primeiro maracatu ligado diretamente as atividades de religiosidade afroalagoana. Nasceu em parceria com o Coletivo AfroCaeté, sendo o Mestre da corte o mesmo do Coletivo. Com menos de um ano de existência, em fevereiro de 2010, o Maracatu Nação Acorte de Airá saiu na prévia de carnaval junto com o Coletivo AfroCaeté. Formaram uma grande percussão de maracatu em um importante momento histórico do maracatu alagoano, afinal era o primeiro ano que um Maracatu Nação voltava às ruas para o Carnaval do Jaraguá trazendo as calungas e a corte em cortejo aberto na cidade de Maceió, um corte real de um maracatu. O pouco que irei relatar aqui sobre a história deste grupo está baseada na entrevista que realizamos com o próprio Pai Elias. Everaldo Geraldo de Melo, conhecido como Pai Elias de Airá e dentro da Nação, religiosa do candomblé, me chamam Alairá Inan. 21 É o responsável espiritual do Maracatu Nação Acorte de Airá. Na busca de entender este Maracatu é preciso se permitir, dentro das ideias da reinvenção cultural, estar aberto às concepções religiosas que circundam a vida deste grupo nação. Suas obrigações, sua fé, a certeza da realização das atividades, o buscar de forças nos santos e, sobretudo, a obediência ao guia espiritual do grupo, o seu orixá. 21 Trecho da entrevista com o babalorixá Pai Elias,

16 O nascimento do 1º Maracatu Nação em Alagoas Pai Elias, o responsável espiritual do Maracatu Nação Acorte de Airá e também o Rei do mesmo, explica como se deu o nascimento do Maracatu Nação Acorte de Airá em O que só aconteceu pela permissão de seu orixá, que além de apontar o caminho, o abençoou para a realização de todos os procedimentos sagrados de fundação do grupo. O que chama atenção desse grupo, entre os outros do Novo Maracatu Alagoano, é a sua característica de sagrado e sua relação com o mesmo. Este Maracatu não realiza atividades sem consultar seu santo, em outras palavras, os orixás responsáveis espiritualmente pelo grupo. Vejamos: [...] joguei muito pro orixá, entrei em contato pra ele me dar caminho de como e qual as armas que eu ia estar utilizando para contribuir. E ai veio o Maracatu, e eu fiquei mas Maracatu, meu rei.... E tinha tudo a ver quando o orixá veio me trazer a essa Nação. E eu fiquei mas Maracatu.... Depois eu caí na real porque eu sou filho de Airá, meu orixá é Airá e Airá é um vodum que tem a suacorte em outras casas, compara-se com Xangô. Deus do fogo, deus da justiça, com a característica de Xangô. E ai veio o Maracatu e ai eu fiquei naquela expectativa mas como seria o nome do Maracatu? E nisso eu joguei e um belo dia o orixá me trouxe essa Nação: Acorte de Airá 22. (Elias, 2010) Para montar a Nação Pai Elias desenvolveu um projeto e procurou secretarias de governo na tentativa de conseguir a estrutura mínima do maracatu. Também uma outra característica dos novos maracatus a sua relação com Estado. O mesmo Estado em depois de 1912 perseguiu e oprimiu os terreiros e maracatus, as relações sempre se modificam e se reconstroem com novas bases de sustentação. Mesmo com o caráter social, Pai Elias guarda o sentimento que para ser nação é preciso ter uma ligação direta com o religioso. Vejamos o que ele fala sobre o assunto. E ai utilizamos o útil ao agradável 23, mas assim, a Nação pra ser Nação tem que ter a parte religiosa, e como eu ia buscar esses seguidores da Nação? E ai foi quando a gente correu atrás, mas ai as portas foram fechadas em Foram fechadas, é, eu fiquei triste, eu fiquei assim um ano e aí quando chegou em Eu disse a meu rei, meu orixá, aliás meu vodum na verdade, porque na Nação falamos de vodum, meu vodum e agora? Vou desistir e ai foi quando com dois dias, três dias, meu rei voltou e disse não, prossiga, que eu vou dar caminho, e assim eu fiquei muito emocionado, quando eu falo assim eu fico um pouco emocionado, sabe? Porque foi muito bonita a 22 Trecho da entrevista com Pai Elias, utilizamos o útil ao agradável aparece como referência ao religioso e ao social, características do Maracatu Nação Acorte de Airá. 16

17 história. E disse: vá que eu estou na sua frente. E ai eu sei que eu fui ai veio a idéia de Igrejas Católicas que apóiam projeto social, e eu disse será que vão apoiar esse projeto? [...] E ai eu sei que foi essa luta, conseguimos o professor, mas pra conseguirmos tronar legítima, eu teria que ter as calungas e ai a princípio as nossas calungas, a primeira apresentação que foi no Mirante cultural e na FITS, foi à calunga foi de plástico, aquelas bonecas grandonas, e eu disse, a princípio, a gente vai... vamos levar dessa forma enquanto a gente não conseguir as de madeira e fazer o ritual como deve ser feito. (Elias, 2010) Assim o Maracatu Nação Acorte de Airá inicia suas atividades e surge como o primeiro Maracatu Nação após a oficina de Maracatu no século XXI. Existe uma relação também com a oficina. Pais Elias relata que antes da oficina ele o procurou Wilson contando que seus guias tinham lhe dado o caminho de criar um maracatu e que ele precisaria de ajuda para fazer o mesmo. Elias afirma que a conversa foi boa e ficou no aguardo de contatos. Um tempo depois houve a oficina, por obrigações religiosas de sua casa não pode estar presente e não conseguiu iniciar as atividades de seu maracatu. A Coroação do Maracatu Nação Acorte de Airá A Coroação do Maracatu Nação Acorte de Airá aconteceu nos dia 18 e 19 de novembro em um evento chamado Tambores de Xangô Rezado Baixo. Atividade organizada pelo Palácio de Airá no dia 18 contou pela manhã com a cerimônia da coroação e o dia 19 com a festa da coroação. A coroação aconteceu na Igreja Nossa Senhora Mãe do Povo, no bairro do Jaraguá. Curiosamente esta estava de portas fechadas para a atividade, houve a procura do Pai Elias para que a igreja participasse da Coroação, algo muito simbólico para o maracatu, porém a resposta foi negativa. Sendo possível apenas a utilização das calçadas como palco da atividade e iniciou do cortejo real. Essa igreja celebrou muitas atividades negras na cidade no inicio do século XX, por isso a procura da mesma para a coroação. A Coroação do Primeiro Maracatu Nação de Alagoas no Século XXI, fecha um ciclo iniciado com a oficina de E inicia-se um novo, onde o Maracatu Nação completa as suas tradições com a coroação em frente à igreja escolhida pelo Orixá, consolidando essa manifestação de cultura popular. Estiveram presentes várias personalidades que estudam e trabalham com o tema da cultura negra em Alagoas, além de todos os grupos que fazem maracatu em Alagoas, como: Maracatu mirim/ Ponto de Cultura AMAJAR; Maracatu Baque Alagoano; 17

18 Maracatu Raiz da Tradição; Afoxé Omorewá; Airê Iorubá/ Núcleo de Cultura da Zona Sul; Maracatu Coroa Imperial; Malungos do Ilê; Maracatu Axé Zumbi / Núcleo Cultural da Zona Sul; Maracatu Nação Acorte de Aira e Coletivo AfroCaeté. Esta foi a ordem de apresentação da festa da Coroação no Jaraguá. O surgimento do 3º grupo do Novo Maracatu Alagoano - Abassá de Angola O quarto maracatu criado após a oficina foi o Maracatu Abassá de Angola, ligado ao terreiro da casa de Mãe Vera. Seu projeto inicial propõe a criação de um maracatu de crianças. O grupo chegou a se apresentar no II LEME 24, acontecido no MISA. Apresentou-se junto com o Maracatu Nação Acorte de Airá e com o Coletivo AfroCaeté no Mini-Festival de Cultura Popular após o Seminário Múltiplos Olhares sobre a Cultura Afro e Popular do Estado de Alagoas, na Praça Santa Tereza do Vergel. Atualmente o Grupo existe como performático da dança do maracatu feito por crianças, regido por Mãe Vera e o Ogãn Junior, seu filho biológico. O Maracatu Abassá de Angola passou um tempo sem se apresentar, desde a realização do LEME em 2009, houveram poucas apresentações. Apareceu novamente com mais força na Coroação da Corte de Airá. Inda com poucos percussionistas, mas já com crianças dançando o maracatu, o grupo de Mãe Vera apresenta vitalidade e muita energia para o crescimento. Infelizmente como não tive o foco nos grupos menores que não fazem ainda o cortejo de carnaval, por isso não houve entrevistas ou observação mais aprofundada sobre este grupo. Também surgiram outros grupos menores de Maracatu no decorrer do trabalho e pelo avançar do tempo e da pesquisa já não dava para voltar e reiniciar um trabalho etnográfico com os mesmos. Ficará para um próximo estudo o registro detalhado desses grupos ainda pequenos de maracatu em Alagoas. Considerações O Maracatu em Alagoas, ao mesmo tempo em que é antigo é novo, e ao mesmo tempo que é tradicional é moderno. No caminhar dos três grupos que hoje o fazem aqui, ele é religioso e laico. Finalizo este texto certo que estamos vivenciando um momento histórico para o Maracatu em Alagoas, a Reinvenção desta tradição no século XXI, com novas formas, ideias, pessoas, estruturas, etc. Este mesmo Maracatu reinventado 24 II seminário do Laboratório de Estudos de Movimentos Étnicos da UFAL. 18

19 perpassa de uma circularidade particular e interessante que nos mostra o quanto, pode-se, criar coisas novas sem está diretamente preso ao passado de forma cristalizada algum tipo de tradição. A reinvenção do maracatu em Alagoas não está relacionada com existência dos maracatus da primeira fase alagoana (1890 a 1912) ou da segunda fase alagoana (1950 a 1975), ela reconhece a existência de grupos no passado e tem a consciência de que o momento histórico vivenciado é outro, com outros atores sociais, políticos e econômicos. O que elimina a intenção de resgatar algo perdido o tempo e no espaço da cultura popular alagoana. Referências ALMEIDA, Luiz Sávio. A Nega Jujú e o Moleque namorador uma notícia ultra preliminar, in ALMEIDA, L. Sávio de; CABRAL, Otávio e ARAÚJO, Zezito. O Negro e a Construção do Carnaval no Nordeste. Maceió: Edufal, Série Didática nº4, 1996b, pp Festas públicas e carnavais, in ARAÚJO, R. Cássia Barbosa de Araújo. ALMEIDA, L. Sávio de; CABRAL, Otávio e ARAÚJO, Zezito. O Negro e a Construção do Carnaval no Nordeste. Maceió: Edufal, Série Didática nº4, 1996b, pp BRANDÃO, Carlos Rodrigues. O é que Folclore. Coleção Primeiros Passos. São Paulo: Editora Brasiliense, BRANDÃO, Théo. Folguedos Natalinos. Maceió: publicação do departamento de assuntos culturais em convênio com o conselho federal de cultura, Folclore de Alagoas II. Maceió: Edufal, BURKE, Peter. A cultura popular na idade moderna: Europa, Rio de Janeiro: Editora Companhia das Letras, CASCUDO, Luiz Câmara. Coleção dicionários especializados. Dicionário do Folclore Brasileiro (J-Z) Instituto Nacional do Livro. 3º Edição: Ministério da Educação, Brasília, CAVALCANTI, Bruno César. Bons e sacudidos: o carnaval negro e seus impasses em Maceió. In BARROS, Rachel R; CAVANCANTI, Bruno C; FERNANDES, Clara S (Orgs) Kulé Kulé visibilidades negras. Maceió AL: Edufal, 2006, pp CAVANCANTI, Maria Laura Viveiro de Castro. Cultura e saber do povo: uma perspectiva antropológica. Revista Tempo Brasileiro. Patrimônio Imaterial, out/dez, nº 147. Rio de Janeiro, 2001, pp Entendendo o Folclore. Artigo UFRJ, 2002, pp

20 DUARTE, Abelardo. Folclore Negro das Alagoas: Áreas de cana-de-açúcar, pesquisa e interpretação. Maceió AL: Edufal, 2º Ed. 2010, pp Catálogo Ilustrado da Coleção Perseverança. Maceió AL: Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL), Revista do Instituto Histórico e Geográfico. Anos de 1975/1976. Maceió AL: IHGAL, FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Novo Dicionário Aurélio da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro RJ: Editora Nova Fronteira, 2 ed. Revisada e Ampliada, HOBSBAWN, Eric. A Invenção das Tradições. Organização de Eric Hobsbawn e Terence Ranger; Tradução de Celina Cardim Cavalcanti Rio de Janeiro: Paz e Terra, LIMA, Ivaldo Marciano de França. Entre Pernambuco e a África. História dos Maracatus-nação do Recife e a espetacularização da cultura popular ( ). Tese Programa de Pós graduação em História da Universidade Federal Fluminense UFF, apresentada para obtenção do título de doutor. Rio de Janeiro, Identidade Negra no Recife: Maracatus e Afoxés. Refice: Bagaço, Maracatus e Maracatuzeiros: desconstruindo certezas, batendo afayas e fazendo história. Recife Recife: Bagaço, Maracatus-Nação: Ressignificando Velhas História. Recife: Bagaço, LODY, Raul. Coleção Perseverança: um documento do Xangô Alagoano. Maceió: Universidade Federal de Alagoas: Rio de Janeiro: FUNARTE/Instituto Nacional do Folclore, OLIVEIRA, Roberto Cardoso de. O Trabalho do Antropólogo. Brasília/ São Paulo: Paralelo Quinze/Editora da Unesp, PEIXE, Guerra. Maracatus do Recifes. São Paulo SP: Irmãos Vitale S/A. ind. e Comércio, RAFAEL, Ulisses Neves. Xangô Rezado Baixo: Religião e Política na Primeira República. São Cristovão: Editora UFS, VELHO, Gilberto. "Observando o familiar". In: NUNES, Edson de Oliveira (org). A aventura sociológica: objetividade, paixão, improviso e método na pesquisa social. Rio de Janeiro, Zahar,

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