Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS)
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- Mirela Antunes Campelo
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1 Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS) (PROPOSTA) Plano de Trabalho 10º Termo de Cooperação e AssistênciaTécnica MS Opas/OMS Brasília, maio de
2 1. Introdução A necessidade de organização de um sistema de planejamento do Sistema Único de Saúde SUS ficou explicitada durante o processo de formulação do Plano Nacional de Saúde (PNS) , mais especificamente por ocasião da discussão de sua gestão, monitoramento e avaliação, por um grupo consultivo ad hoc, mobilizado pela Secretaria Técnica da Rede Interagencial de Informação para a Saúde (Ripsa). Após a aprovação do PNS, o Ministério da Saúde decidiu trabalhar essa necessidade mediante a construção de uma proposta com profissionais que atuam na área de planejamento dos estados e municípios. Promoveu, então, em outubro e novembro de 2005, oficinas macrorregionais destinadas a identificar bases para a organização e o funcionamento do Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS). A estratégia indicada para tal foi a apresentação, por parte do MS e dos Conselhos Nacionais de Secretários Estaduais e Municipais de Saúde - - Conass e Conasems de subsídios às discussões nos referidos eventos. As oficinas reuniram, além dos órgãos e entidades do próprio MS, quatro representantes de cada Unidade Federada: dois de todas as Secretarias Estaduais e dois de Secretarias Municipais (um de todas as capitais e um de município com até 50 mil habitantes), cuja indicação foi solicitada aos Cosems, conforme sugerido pelo Conasems. O PlanejaSUS é, pois, resultado das idéias e indicações que se constituíram maioria nessas oficinas, geradas em grupos de trabalho e nos encaminhamentos aprovados nas respectivas plenárias. Trata-se de uma construção coletiva que está se dando na prática de sua operacionalização. É importante ressaltar que essas oficinas passaram a se constituir fóruns essenciais de discussão acerca do PlanejaSUS, nas quais busca-se manter os mesmos participantes, agregando novos, de modo a ampliar a sua capilaridade e agilizar o processo de consolidação. Um dos objetivos permanentes das OM é avaliar o desenvolvimento do PlanejaSUS e programar as suas atividades anuais. Em 2006, foram realizadas duas oficinas de cada macrorregional (Nordeste, Sul e Sudeste, Centro-Oeste e Norte), que tiveram como objetivos principais: elaborar os respectivos programas de trabalho regionais do Sistema, aperfeiçoar o documento do PlanejaSUS, avaliar o cumprimento da programação de 2006 e definir as ações em Conceito e objetivos Na conformidade das proposições indicadas nas oficinas macrorregionais anteriormente referidas, define-se como Sistema de Planejamento do Sistema Único de Saúde PlanejaSUS a atuação contínua, articulada, integrada e solidária das áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS. Para o seu funcionamento, são claramente definidos os objetivos e as responsabilidades de cada uma dessas esferas, de forma a conferir efetiva direcionalidade ao processo de planejamento no âmbito do SUS, neste compreendido o monitoramento e a avaliação. Na condição de sistema, e consoante à diretriz relativa à direção única do SUS em cada esfera de gestão, o PlanejaSUS não envolve nenhuma forma de hierarquização entre as respectivas áreas de planejamento. Nesse sentido, a sua organização e operacionalização baseiam-se em processos que 2
3 permitam o seu funcionamento harmônico entre todas as esferas do SUS. Para tanto, tais processos deverão ser objeto de pactos objetivamente definidos, com estrita observância dos papéis específicos de cada um, assim como das respectivas peculiaridades, necessidades e realidades sanitárias. O desenvolvimento de papéis específicos visa, principalmente, potencializar e conferir celeridade ao PlanejaSUS, tanto na sua implantação, quanto no seu funcionamento contínuo. O PlanejaSUS tem por objetivo geral coordenar o processo de planejamento no âmbito do SUS, tendo em conta as diversidades existentes nas três esferas de governo, de modo a contribuir oportuna e efetivamente para a sua consolidação e, conseqüentemente, para a resolubilidade e qualidade da gestão, das ações e dos serviços prestados à população brasileira. Inicialmente, a atuação do PlanejaSUS terá expressão concreta na formulação dos instrumentos assumidos como comuns às três esferas de gestão, conforme conceitos, estrutura básica e processos mínimos definidos Operacionalização O processo de implantação do PlanejaSUS teve início em janeiro de 2006, com a instalação de seu Comitê de Operacionalização, instituído pela Portaria Nº. 251, de 6 de fevereiro de 2006, proposto nas primeiras oficinas macrorregionais, realizadas em outubro e novembro de As propostas desse Comitê são submetidas à deliberação da CIT. Nesse sentido, foi criado o Grupo de Planejamento, vinculado à Câmara Técnica da CIT. Cabe a esse Grupo, integrado por representantes da SPO/SE/MS, do Conass e do Conasems analisar as propostas e promover o encaminhamento devido, com vistas à tomada de decisão por parte da CIT, tendo em conta, em especial, o Pacto pela Saúde. Já o Comitê de Operacionalização é integrado por dirigentes e técnicos das áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS, sendo: 15 representantes titulares, dos quais 10 são oriundos das SES e SMS e cinco da esfera federal (todos com os respectivos suplentes). Cabe ao Comitê elaborar a proposta de programa de trabalho do PlanejaSUS; propor a pauta e apoiar a organização das OM anuais; e promover e acompanhar a implementação do PlanejaSUS no âmbito nacional e das respectivas regiões. As representações estaduais e municipais, por regiões, são indicadas pelas plenárias das OM. Como referido, o funcionamento do PlanejaSUS, em âmbito nacional, é pautado em programa de trabalho anual, formulado a partir da avaliação de desempenho e desenvolvimento deste Sistema. A partir da programação nacional do PlanejaSUS, devem ser formulados os programas regionais e/ou estaduais e municipais, tendo em conta as diversidades, necessidades e desenvolvimento do Sistema de Planejamento em cada região. O Sistema de Planejamento do SUS está regulamentado pela Portaria Nº , de 1º de dezembro de 2006 (ANEXO 1), na qual estão estabelecidos os instrumentos básicos, que dão expressão concreta à atuação deste Sistema (Plano de Saúde, Programação Anual em Saúde e Relatório Anual de Gestão). As orientações gerais acerca desses instrumentos foram aprovadas pela Portaria Nº , de 29 de dezembro de 2007 (ANEXO 2). 3
4 1.3. Perspectivas e desafios Como parte integrante do ciclo de gestão, o PlanejaSUS deve estar próximo dos níveis de decisão do SUS, buscando, além da pactuação tripartite de bases funcionais de planejamento, monitoramento e avaliação do SUS, a participação social e a integração intra e intersetorial, considerando os determinantes e condicionantes de saúde. Para o alcance dos objetivos esperados, estão identificadas algumas condições e medidas importantes. Tais condições e medidas ou eixos norteadores podem gerar duplo benefício: de um lado, a celeridade no atendimento de necessidades importantes da gestão do SUS, de que são exemplos instrumentos estratégicos decorrentes do processo de planejamento e, de outro, a conformação ágil do PlanejaSUS, tendo em vista o caráter concreto de algumas medidas indicadas no presente documento. Entre as condições necessárias, estão o apoio ao PlanejaSUS, sobretudo por parte dos gestores, incorporando o planejamento como instrumento efetivo para a gestão do SUS. Esse apoio deve ser buscado principalmente junto às Comissões Intergestores (CIB e CIT), ao Conass, ao Conasems e aos Conselhos de Secretários Municipais de Saúde (Cosems). Trata-se de tarefa a ser assumida, inicialmente, por todos os profissionais que atuam em planejamento no SUS, para o que deve também ser buscada a contribuição da academia, de organismos internacionais como as Organizações Pan-Americana e Mundial da Saúde Opas/OMS, e das associações envolvidas com a questão, como a Escola Nacional de Saúde Pública da Fundação Oswaldo Cruz e a Associação Brasileira de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (Abrasco). Outra condição importante é a adesão institucional, operacionalizada por meio da oficialização do PlanejaSUS, como foi o caso da edição das citadas Portarias Nº e Nº , que, respectivamente, regulamenta e aprova orientações gerais de funcionamento deste Sistema; pactuação das iniciativas entre as três esferas de gestão do SUS; capacitação de recursos humanos para o processo de planejamento no SUS; geração de informações gerenciais para a tomada de decisão; adequação do arcabouço legal relativo ao planejamento; cooperação técnica e financeira para o planejamento no SUS; provimento de estrutura e infra-estrutura para o desenvolvimento da atividade de planejamento. Para o enfrentamento dessas questões, estão sendo adotadas algumas medidas estratégicas que visam dotar as três esferas de gestão de condições básicas para a implementação do PlanejaSUS em seus respectivos âmbitos. Uma dessas medidas foi a criação de incentivo financeiro para a organização das ações de planejamento nos estados e municípios Portaria Nº. 376, de 16 de fevereiro de 2007, a ser repassado em parcela única, do Fundo Nacional de Saúde aos Fundos de Saúde, segundo plano de trabalho aprovado nas Comissões Intergestores Bipartite (CIB). Outra iniciativa importante diz respeito à instituição da série de cadernos de planejamento, que têm por objetivos divulgar, informar e fornecer subsídios aos profissionais que atuam nesta área no SUS. Até então, já foram produzidos e distribuídos dois cadernos: o primeiro trata da Organização e funcionamento do PlanejaSUS e, o outro, dos Instrumentos Básicos comuns às três esferas de gestão Plano de Saúde, Programação Anual e Relatório Anual de Gestão, com a definição, estruturas básicas e processos mínimos de formulação. 4
5 É importante assinalar que se encontra em desenvolvimento o programa de trabalho nacional voltado à implementação do PlanejaSUS em 2007, elaborado a partir das ações propostas nas oficinas macrorregionais realizadas nos meses de outubro e novembro de A seguir, as ações programadas para a) Consolidar, analisar e divulgar os resultados da pesquisa nacional, tornando-os subsídios para a construção dos programas de trabalho do PlanejaSUS. b) Elaborar material informativo (releases, folders etc.) para intensificar a divulgação do PlanejaSUS. c) Participar e promover ampla divulgação do PlanejaSUS e resultados alcançados nos colegiados de gestão, nos eventos da saúde e afins. d) Elaborar e implementar plano nacional de capacitação que contemple cursos de atualização e especialização na área de planejamento e gestão, considerando as necessidades apontadas nos âmbitos nacional, estadual e municipal. e) Prestar apoio técnico, financeiro e logístico para estruturação dos setores de planejamento estaduais e municipais, como na elaboração dos programas de trabalho estaduais. f) Criar uma rede de intercâmbio e cooperação entre as três esferas, para divulgação de informações, experiências bem sucedidas de planejamento e troca de informações. g) Efetivar a implementação da página do PlanejaSUS no site do MS. h) Construir e institucionalizar os instrumentos de monitoramento e avaliação para o PlanejaSUS. i) Produzir e tornar disponível software, relacionado aos instrumentos do PlanejaSUS, como ferramenta de apoio às áreas de planejamento das SES e das SMS. j) Propor a criação da câmara técnica de planejamento no Conass e no Conasems. Desse programa para 2007, cabe destacar a pesquisa, iniciada no segundo semestre do ano passado, destinada a traçar o perfil do planejamento no SUS, que abrange todas as Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde. Assinale-se que foi feita uma análise preliminar dos dados coletados até 26 de janeiro do corrente ano, com o objetivo de fornecer alguns indicativos para subsidiar a elaboração dos planos de trabalho estaduais, a ser aprovado pela CIB, que se constitui critério para o repasse do incentivo financeiro mencionado anteriormente. Essa pesquisa continua em fase de coleta de dados em alguns estados em que se faz necessária a complementação da amostra mínima exigida 5
6 para inferências e projeções. Após a complementação da amostra, a proposta é de que se dê continuidade de forma que essa coleta de dados abranja todos os municípios. Registre-se, ainda que, desde o dia 1º de fevereiro passado, se encontra disponível na internet o sítio do PlanejaSUS ( Nele estão reunidos todos os documentos e agenda de eventos, estando em fase de levantamento, junto aos participantes do PlanejaSUS, informações acerca de experiências bem sucedidas em planejamento para divulgação nesse sítio. A despeito dessas medidas estratégicas já adotadas, são grandes os desafios para a implementação e consolidação do PlanejaSUS em todo o País. Entre os desafios a serem enfrentados nos próximos anos, estão a: difusão de uma cultura de planejamento que integre e qualifique as ações do SUS nas três esferas de governo; mobilização dos gestores para a adoção do planejamento como instrumento estratégico de gestão do SUS; mobilização da academia na legitimação e qualificação do PlanejaSUS; implementação de um programa de capacitação de profissionais que atuam em planejamento em todos os estados e municípios do País, centrado no PlanejaSUS e nos seus instrumentos básicos; promoção do processo ascendente de planejamento; ampliação da capilaridade do PlanejaSUS e da celeridade do processo de sua implementação; identificação, definição e difusão de instrumentos que possibilitem o desenvolvimento efetivo do monitoramento e da avaliação nas três esferas de governo. 2. Cooperação técnica Na 11ª Oficina de Trabalho Interagencial (OTI) da Ripsa, realizada em 20 e 21 de maio de 2004, a Subsecretaria de Planejamento e Orçamento da Secretaria Executiva do Ministério da Saúde (SPO/SE/MS) apresentou o Plano Nacional de Saúde (PNS) que, na ocasião, estava em processo de elaboração com características inovadoras, pela ampla participação dos atores envolvidos na implementação do SUS. No debate que se seguiu à apresentação, foi destacada a relevância da iniciativa, o mérito do processo participativo adotado e o interesse demonstrado pelo MS em se valer da experiência da Ripsa no desenvolvimento do PNS. Nesse sentido, a OTI recomendou à Secretaria Técnica da Ripsa discutir mecanismos que viabilizassem essa participação. Assim, em 23 de julho de 2004, como assinalado no item 1 precedente, a Secretaria Técnica da Ripsa reuniu na Opas um grupo consultivo ad hoc convidado para dar contribuições ao documento preliminar elaborado pela SPO, sobretudo com referência aos aspectos de gestão, monitoramento e avaliação do PNS. Participaram profissionais de grande experiência no tema e identificados com os trabalhos da Ripsa. Em síntese, o grupo constatou que a sistemática adotada na construção do Plano reproduzia a organização interna do Ministério da Saúde, 6
7 dificultando a visualização de problemas prioritários a serem trabalhados e, conseqüentemente, as funções de gestão, monitoramento e avaliação do processo e de seus resultados. No entanto, considerou de grande alcance o trabalho iniciado pela SPO/SE, com relevância estratégica para o desenvolvimento do SUS. Houve grande disposição do grupo de contribuir para a sua continuidade e aperfeiçoamento, mediante análise minuciosa do conteúdo do PNS. Nesse sentido, a Secretaria Técnica da Ripsa aprovou a constituição de Comitê Temático Interdisciplinar (CTI) para tratar de Informação para a gestão do Plano Nacional de Saúde (CTI-PNS-Ripsa), cuja primeira reunião foi realizada em 28 de setembro 2005, na qual se definiu a versão final do esquema básico de funcionamento e a operacionalização deste Comitê. Os resultados do trabalho do CTI/Ripsa foram apresentados ao primeiro escalão do Ministério da Saúde e aos coordenadores da área de planejamento em reunião realizada no dia 18 de outubro de O trabalho desenvolvido permitiu ao CTI identificar um conjunto de recomendações voltadas ao desenvolvimento futuro desse processo de acompanhamento em especial do PNS e do Sistema de Planejamento do SUS (PlanejaSUS) e da relação da Ripsa para com o fornecimento de informações que auxiliem os processos de gestão. No tocante ao desenvolvimento do próximo Plano, propôs um novo recorte de análise situacional, que considere pelo menos três eixos: (i) as condições de saúde da população e a organização de serviços (e aí incluídas as responsabilidades e competências); (ii) os processos e as condições de gestão do SUS; e os (iii) determinantes e condicionantes das condições de saúde (as responsabilidades compartilhadas). Isso significa, entre outras medidas, uma revisão dos cinco recortes do PNS Entendeu o CTI que a formulação de objetivos e diretrizes deve ser feita de forma mais agregada, segundo a proposição de novos recortes, de tal maneira que se possa definir metas compatíveis com o desenvolvimento do Plano. A proposição de metas pelas áreas técnicas deve levar em conta indicadores que sejam aplicáveis ao processo de monitoramento. Nesse âmbito, observou que não há, aparentemente, dificuldade para qualquer área técnica fornecer os dados correspondentes para auxiliar a avaliação, o cumprimento e o acompanhamento do Plano. Embora nem todos esses dados estejam nos sistemas de informação, os mecanismos de gestão de cada área ou setor se encontram hoje de tal forma que é possível oferecê-los no tempo oportuno ao acompanhamento do Plano, o que é um avanço significativo. Particularmente em relação a metas para o próximo Plano, todavia, é imprescindível que se tenha em conta o seu monitoramento, quais serão as fontes de dados ou estudos que possibilitarão o cálculo de indicadores e que, portanto, permitirão o processo de acompanhamento. Nesse sentido, sugeriu que a proposição de novos indicadores sejam orientados pelo modelo que a Ripsa adota, já há algum tempo, chamado de ficha de qualificação, que apresenta, de forma padronizada, desde a conceituação, até a fonte de dados e a base de cálculo. Essa padronização é fundamental para que se garanta certa unidade de apreciação ou de análise no processo de acompanhamento do Plano. Uma outra questão importante, a partir do novo plano elaborado, é a programação anual, com a definição de ações, metas, indicadores e recursos. 7
8 Em relação ao Sistema de Planejamento do SUS PlanejaSUS, o CTI reconheceu a grande relevância dessa iniciativa para orientar as ações de saúde. Considera que deve estar organicamente associada àquilo que foi estabelecido no Pacto pela Saúde O PlanejaSUS requer o engajamento de todas as esferas de gestão e a adoção, com as adaptações correspondentes, das mesmas linhas gerais que se estabelecem no PNS, sob o entendimento de que esse é um plano nacional e, portanto, resultado de uma pactuação nacional entre gestores. Considerando as recomendações feitas, na 14ª Oficina de Trabalho Interagencial (OTI)/Ripsa, realizada nos dias 20 e 21 de novembro de 2006, a SPO/SE/MS propôs, e obteve a aprovação, de continuidade do CTI, com os seguintes propósitos: avaliação final do cumprimento do PNS ; acompanhamento do processo de construção do PNS ; e acompanhamento do processo de implementação do PlanejaSUS. Embora a análise feita constitua um modelo básico para o monitoramento e avaliação do desenvolvimento do Plano Nacional de Saúde objeto básico do trabalho do Comitê, a proposta da SPO é que o CTI apóie a avaliação final do PNS, haja vista o resíduo que o acompanhamento realizado identificou e apontou as possíveis causas e alternativas. Por outro lado, as áreas de planejamento do MS, dos estados e de municípios têm concentrado esforços na construção do PlanejaSUS, cuja regulamentação foi pactuada na Comissão Intergestores Tripartite no dia 9 de novembro As perspectivas são muito boas, tanto em relação à construção do PNS para o próximo período, quanto para o processo de planejamento no âmbito do SUS. Todas as recomendações em relação ao PNS estão sendo incorporadas. A demanda de acompanhamento do próprio desenvolvimento do PlanejaSUS, por parte do CTI, deve-se ao caráter inovador e inédito desta iniciativa estruturante, com potencial para possibilitar um salto de qualidade, em termos de planejamento e informação para a saúde. Trata-se, portanto, de um aprendizado que está se dando na prática e de forma coletiva, num País com uma enorme diversidade. Além disso, as áreas de planejamento no SUS apresentam grande carência de recursos, de toda natureza. Dessa maneira, o PlanejaSUS precisa desse olhar crítico de avaliação e de toda a experiência que o CTI tinha e teve também por conta dos problemas que foram identificados. 3. Termo de Ajuste Em decorrência dos importantes resultados alcançados com a cooperação técnica estabelecida com a Ripsa, foi proposta a formalização desta cooperação, visando assegurar a sua continuidade e propiciar os meios necessários ao desenvolvimento de ações estratégicas identificadas. Considerando que o Sistema de Planejamento do SUS PlanejaSUS e os instrumentos resultantes de seu processo entre os quais plano de saúde e relatório de gestão são estratégicos para conferir capacidade resolutiva à gestão, foi proposto um termo de ajuste ao Termo de Cooperação 15 8
9 (TC 15), estabelecido entre a Opas/OMS e o Ministério da Saúde em Entre os objetivos específicos do TC 15, que tem por objeto a implementação do Programa de Reestruturação Estratégica e Melhoria da Gestão, destacam-se a: concepção de modelos de gestão, instrumentalização, monitoramento e avaliação das etapas do processo de reeestruturação ; apoio ao desenvolvimento de modelo para o levantamento de informações relativas ao processo de mudança ; e participação e acompanhamento do processo de discussão interna e da institucionalização do modelo de gestão baseados nos princípios da qualidade, da administração gerencial e do planejamento estratégico. Nesse sentido, em outubro de 2006, a Opas/OMS e o MS firmaram o 10º Termo de Ajuste ao TC 15, cujo objeto, em síntese, é o fortalecimento de estruturas organizacionais que priorizem um novo modelo de gestão coerente com as diretrizes do SUS, mediante a implementação e consolidação do PlanejaSUS e dos instrumentos resultantes do seu processo, quais sejam o Plano de Saúde, a Programação Anual de Saúde e o Relatório Anual de Gestão, conforme as Portarias Nº e Nº , ambas editadas em O 10º TA está concebido para propiciar a necessária cooperação e assistência técnica à referida implementação e consolidação do PlanejaSUS, no período , envolvendo recursos no montante de R$ ,00 (oito milhões, sessenta e seis mil e cem reais), que serão transferidos à Opas/OMS em parcelas anuais, estabelecidas no mencionado Termo. A implementação do 10º TA será baseada em um conjunto de ações, identificadas no item seguinte deste Plano, destinadas a viabilizar o cumprimento dos Programas Nacionais de Trabalho do PlanejaSUS, estabelecido anualmente em oficinas específicas para tal, das quais participam profissionais que atuam em planejamento nas três esferas de gestão do SUS. A execução do plano de trabalho estabelecido é de responsabilidade da Secretaria de Planejamento e Orçamento do Ministério da Saúde, que, além de suas atribuições técnicas e gerenciais, detém o papel fundamental de coordenador e dinamizador do PlanejaSUS, em nível nacional, e de fomento e disseminação das atividades de planejamento desenvolvidas no âmbito do SUS. Durante todas as fases de implementação do Plano de Trabalho, será desenvolvido, em caráter permanente, o processo de monitoramento e avaliação, de modo a permitir, oportunamente, o redirecionamento das ações. O acompanhamento da implementação do PlanejaSUS contará também com o apoio do seu Comitê de Operacionalização, integrado por dirigentes e técnicos das áreas de planejamento das três esferas de gestão do SUS e do Grupo de Planejamento, vinculado à Câmara Técnica da Comissão Intergestores Tripartite-CIT. Cabe a esse Grupo, integrado por representantes da SPO/SE/MS, do Conass e do Conasems analisar as propostas e promover o encaminhamento devido, com vistas à tomada de decisão por parte da CIT. O gerenciamento e monitoramento dos recursos consignados no TA serão realizados pelo MS e pela Opas/OMS, por intermédio, respectivamente, da Subsecretaria de Planejamento e Orçamento da Secretaria Executiva (SPO/SE) do Ministério da Saúde e da Unidade Técnica de Informação para Decisão de Políticas de Saúde, da Opas/OMS. 9
10 4. Implementação A seguir, são apresentadas as ações prioritárias do Plano de Trabalho do 10º TA ao TC 15, para o biênio , com o correspondente montante de recursos financeiros necessários. Ações prioritárias em 2007/ Capacitação de profissionais que atuam em planejamento das esferas federal, estadual e municipal na implementação do PlanejaSUS e coordenação dos processos de formulação dos seus instrumentos básicos (Plano de Saúde, Programação Anual e Relatório Anual de Gestão). Capacitar profissionais das esferas federal, estadual e municipal em 2007e em 2008, em cursos de curta duração. Promover a realização de 5 cursos de especialização de planejamento em saúde, regionalizados, em Subtotal Formulação, edição, impressão e distribuição dos cadernos 3, 4, 5, 6, 7 e 8, 9 10 e 11 da série Planejamento. s Produzir dois 10 mil exemplares do caderno 3 (análise do arcabouço legal relativo ao planejamento). Produzir 5 mil exemplares do caderno 4 (relatório das atividades do CTI-PNS 2006) Produzir 10 mil exemplares do caderno 5 (o planejamento e a superação da peça orçamentária) Produzir 7 mil exemplares do caderno 6 (Plano Pluarianual da saúde ) Produzir 10 mil exemplares do caderno 7 (Plano Nacional de Saúde )
11 Produzir 15 mil exemplares do caderno (Monitoramento e avaliação) Produzir a reimpressão dos cadernos 1 e mil exemplares cada. Produzir 10 mil exemplares do caderno 9 (Perfil da áreas de planejamento dos Estados e municípios) Produzir 10 mil exemplares do caderno (avaliação final do PNS ) Subtotal Realização das oficinas macrorregionais de avaliação e programação do PlanejaSUS. Recurso Financeiro(R$1,00) Realizar 6 oficinas macrorregionais ao ano. Subtotal Apoio técnico e financeiro a Estados para a realização de oficinas de trabalho para a organização e a implementação do sistema de planejamento no âmbito dos estados. Apoiar a realização de 27 oficinas de trabalho nos estados e Distrito Federal em Subtotal Realização de reuniões do Comitê de Assessoramento na implementação do PlanejaSUS. Realizar 3 reuniões ao ano Subtotal
12 6. Cooperação técnica aos estados e municípios na implementação do PlanejaSUS e no desenvolvimento de processos de formulação/adequação dos planos de saúde. Prestar cooperação técnica aos 26 estados e ao Distrito Federal Subtotal Elaboração e monitoramento do Plano Nacional de Saúde (PNS) Realizar 4 oficinas de trabalho para a elaboração PNS Apoiar a realização e participar de 3 reuniões do CTI/ Ripsa ao ano para monitoramento e avaliação do PNS Subtotal Realizar levantamento sobre Perfil das áreas de planejamento das secretarias estaduais e municipais de saúde. Assessorar 26 estados e o Distrito Federal na aplicação dos questionários de pesquisa. Elaborar relatório final e divulgá-lo em eventos promovidos pelos estados. Recurso Financeiro(R$1,00) Subtotal Contratação de consultores para apoiar a implementação do PlanejaSUS. Contratar 6 consultores ao ano para apoiar o desenvolvimento das ações de implementação do PlanejaSUS e de formulação do PNS e do PPA Subtotal
13 10. Elaboração e distribuição de material de divulgação do PlanejaSUS Elaborar e distribuir banners, cartazes, folders, blocos, pastas e outros materiais de divulgação Subtotal TOTAL 2007/2008 AÇÃO Recursos financeiros (R$1,00) Total
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