SEMANA DE PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEL 2015 COMPETÊNCIAS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL LEI COMPLEMENTAR Nº 140/2011. Ricardo Carneiro Junho/2015
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- Luciano Aquino Sequeira
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1 SEMANA DE PRODUÇÃO E CONSUMO SUSTENTÁVEL 2015 COMPETÊNCIAS PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL LEI COMPLEMENTAR Nº 140/2011 Ricardo Carneiro Junho/2015
2 DUELO A GARROTAZOS ALEXANDRE Francisco DA MACEDÔNIA de Goya ( ) (O GRANDE), CORTA O NÓ GÓRDIO EM PINTURA DO SÉCULO XIX As coisas de interesse de todos quase sempre não interessam a ninguém. Millôr Fernandes
3 Constituição da República Art. 23. É competência comum da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios: (...) III - proteger os documentos, as obras e outros bens de valor histórico, artístico e cultural, os monumentos, as paisagens naturais notáveis e os sítios arqueológicos; (...) COMO? POR QUE? VI - proteger o meio ambiente e combater a poluição em qualquer de suas formas; VII - preservar as florestas, a fauna e a flora; (...) Parágrafo único. Leis complementares fixarão normas para a cooperação entre a União e os Estados, o Distrito Federal e os Municípios, tendo em vista o equilíbrio do desenvolvimento e do bem-estar em âmbito nacional. (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 53, de )
4 Histórico da Regulamentação Apresentada Proposta de Lei Complementar (PLC) nº 12/2003, pelo Deputado Sarney Filho; Iniciado debate, em Seminário promovido pelo MMA no Rio de Janeiro: REPARTIÇÃO DE COMPETÊNCIAS: A REGULAMENTAÇÃO DO ART. 23 DA CONSTITUIÇÃO FEDERAL E O FORTALECIMENTO DO SISNAMA Dez./04 GT criado, com participação do MMA, IBAMA, ABEMA, ANAMMA, CNM, ANA, Conselheiros do CONAMA e etc., para tratar da regulamentação do art. 23; Jul./05 Aprovada minuta de PLC pelo GT; Câmara aprova Substitutivo ao PLC nº 12/2003; SENADO APROVA O PLC 01/2010
5 ADI Nº 4757 Min. Rosa Weber ASIBAMA NACIONAL INCONSTITUCINALIDADES FORMAIS E MATERIAIS EMENDA NO SENADO QUE ALTEROU A REDAÇÃO DO ART. 17, 3º ART. 65, PARÁGRAFO ÚNICO DA CR/1988 Sendo o projeto emendado, voltará à Casa iniciadora
6 Competência para licenciar ANTES da LC nº 140/2011 Lei nº 6.938, de Resolução CONAMA nº 237, de ÓRGÃO ESTADUAL INTEGRANTE DO SISNAMA IBAMA MUNICÍPIO EM REGRA LICENCIAVA LICENCIAVA ATIVIDADES E OBRAS COM SIGNIFICATIVO IMPACTO AMBIENTAL, DE ÂMBITO NACIONAL OU REGIONAL LICENCIAVA EMPREENDIMENTOS CUJO IMPACTO DIRETO LOCAL NÃO EXTRAPOLAVA OS LIMITES DO MUNICÍPIO
7 Competência para licenciar DEPOIS da LC nº 140/2011 ÓRGÃO ESTADUAL INTEGRANTE DO SISNAMA MUNICÍPIO IBAMA TODOS SÃO RESPONSÁVEIS PELO LICENCIAMENTO AMBIENTAL
8 CRITÉRIOS PARA DEFINIÇÃO Localização do empreendimento Tipo de atividade (militar, material radioativo, energia nuclear) Porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento A razão da excepcionalidade do critério da APA
9 Ações Administrativas da União (Art. 7º LC nº 140/2011) Exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida à União; Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: conjuntamente no Brasil e em país limítrofe no mar territorial, na plataforma continental ou na zona econômica exclusiva Localizados ou desenvolvidos em terras indígenas em UCs instituídas pela União, exceto em APAs em 2 (dois) ou mais Estados
10 Ações Administrativas da União Promover o licenciamento ambiental de empreendimentos e atividades: de caráter militar, excetuando-se do licenciamento ambiental destinados a pesquisar, lavrar, produzir, beneficiar, transportar, armazenar e dispor material radioativo ou que utilizem energia nuclear que atendam tipologia estabelecida por ato do Poder Executivo, a partir de proposição da Comissão Tripartite Nacional, assegurada a participação de um membro do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), e considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade ou empreendimento
11 Ações Administrativas do Estado Atuação Residual (Art. 8º LC nº 140/2011) Exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, não for cometida à União ou aos Municípios: Promover o licenciamento ambiental de atividades ou empreendimentos utilizadores de recursos ambientais, efetiva ou potencialmente poluidores ou capazes, sob qualquer forma, de causar degradação ambiental, ressalvado o disposto nos arts. 7 o e 9 o ; localizados ou desenvolvidos em UCs instituídas pelo Estado, exceto em APAs;
12 Ações Administrativas do Município (Art. 9º LC nº 140/2011) Exercer o controle e fiscalizar as atividades e empreendimentos cuja atribuição para licenciar ou autorizar, ambientalmente, for cometida ao Município; CONFORME TIPOLOGIA ESTABELECIDA PELOS ÓRGÃOS ESTADUAIS DE MEIO AMBIENTE Observadas as atribuições dos demais entes federativos previstas nesta Lei Complementar, promover o licenciamento ambiental das atividades ou empreendimentos: a) que causem ou possam causar impacto ambiental de âmbito local, conforme tipologia definida pelos respectivos Conselhos Estaduais de Meio Ambiente, considerados os critérios de porte, potencial poluidor e natureza da atividade; a) localizados em UCs instituídas pelo Município, exceto em APAs;
13 Os empreendimentos e atividades são licenciados ou autorizados por um único ente federativo, em conformidade com as atribuições estabelecidas na LC. Os demais entes federativos interessados podem manifestar-se ao órgão responsável pela licença ou autorização, de maneira não vinculante, respeitados os prazos e procedimentos do licenciamento ambiental.
14 Forma de Cooperação entre os entres federados Atuação Supletiva Ação do ente da Federação que se substitui ao ente federativo originariamente detentor das atribuições, nas hipóteses definidas na LC Atuação Subsidiária Ação do ente da Federação que visa a auxiliar no desempenho das atribuições decorrentes das competências comuns, quando solicitado pelo ente federativo originariamente detentor das atribuições definidas na LC
15 Atuação Supletiva Art. 5 o O ente federativo poderá delegar, mediante convênio, a execução de ações administrativas a ele atribuídas nesta Lei Complementar, desde que o ente destinatário da delegação disponha de órgão ambiental capacitado a executar as ações administrativas a serem delegadas e de conselho de meio ambiente. Parágrafo único. Considera-se órgão ambiental capacitado, para os efeitos do disposto no caput, aquele que possui técnicos próprios ou em consórcio, devidamente habilitados e em número compatível com a demanda das ações administrativas a serem delegadas.
16 Atuação Supletiva Art. 15. Os entes federativos devem atuar em caráter supletivo nas ações administrativas de licenciamento e na autorização ambiental, nas seguintes hipóteses: I - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado ou no Distrito Federal, a União deve desempenhar as ações administrativas estaduais ou distritais até a sua criação; II - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Município, o Estado deve desempenhar as ações administrativas municipais até a sua criação; e III - inexistindo órgão ambiental capacitado ou conselho de meio ambiente no Estado e no Município, a União deve desempenhar as ações administrativas até a sua criação em um daqueles entes federativos. O QUE É ÓRGÃO AMBIENTAL CAPACITADO PARA FINS DE APLICAÇÃO DESTE ARTIGO?
17 Atuação Supletiva Art. 14. Os órgãos licenciadores devem observar os prazos estabelecidos para tramitação dos processos de licenciamento. 3 o O decurso dos prazos de licenciamento, sem a emissão da licença ambiental, não implica emissão tácita nem autoriza a prática de ato que dela dependa ou decorra, mas instaura a competência supletiva referida no art. 15. E SE O UNIÃO NÃO CUMPRIR SEUS PRAZOS?
18 Atuação Subsidiária Art. 16. A ação administrativa subsidiária dos entes federativos dar-se-á por meio de apoio técnico, científico, administrativo ou financeiro, sem prejuízo de outras formas de cooperação. Parágrafo único. A ação subsidiária deve ser solicitada pelo ente originariamente detentor da atribuição nos termos desta Lei Complementar.
19 COMPETÊNCIA LICENCIATÓRIA DA UNIÃO DECRETO Nº 8.437, DE DECRETO Nº 8.437/2015 SERÃO LICENCIADOS PELA UNIÃO, ALÉM DAS HIPÓTESES JÁ PREVISTAS NA LC Nº 140/2011, OS SEGUINTES EMPREENDIMENTOS OU ATIVIDADE RODOVIAS FEDERAIS Implantação; Pavimentação e ampliação de capacidade com extensão igual ou superior a 200 Km; Regularização ambiental de rodovias pavimentadas; Atividades de manutenção, conservação, recuperação, restauração e melhoramento de rodovias federais regularizadas.
20 COMPETÊNCIA LICENCIATÓRIA DA UNIÃO DECRETO Nº 8.437, DE DECRETO Nº 8.437/2015 SERÃO LICENCIADOS PELA UNIÃO, ALÉM DAS HIPÓTESES JÁ PREVISTAS NA LC Nº 140/2011, OS SEGUINTES EMPREENDIMENTOS OU ATIVIDADE FERROVIAS FEDERAIS Implantação; Ampliação de capacidade; Regularização ambiental de ferrovias federais. Incluem-se na ampliação de capacidade de linhas férreas, as obras ou intervenções que visam a melhorar a segurança e o nível de serviço da ferrovia, tais como, sua duplicação e a implantação e ampliação de pátio ferroviário.
21 FERROVIAS FEDERAIS IMPLANTAÇÃO DE PÁTIO DUPLICAÇÃO DE VIA COMPETÊNCIA DO IBAMA AMPLIAÇÃO DE CAPACIDADE AMPLIAÇÃO DE PÁTIO A regra não se aplica nos casos de implantação e ampliação de pátios ferroviários, melhoramentos de ferrovias, implantação e ampliação de estruturas de apoio de ferrovias, ramais e contornos ferroviários
22 COMPETÊNCIA LICENCIATÓRIA DA UNIÃO DECRETO Nº 8.437, DE DECRETO Nº 8.437/2015 SERÃO LICENCIADOS PELA UNIÃO, ALÉM DAS HIPÓTESES JÁ PREVISTAS NA LC Nº 140/2011, OS SEGUINTES EMPREENDIMENTOS OU ATIVIDADE HIDROVIAS FEDERAIS HIDROVIA FEDERAL É O MESMO QUE EXECUTADA EM RIO DE DOMÍNIO DA UNIÃO? Implantação; Ampliação de capacidade, cujo somatório dos trechos de intervenções seja igual ou superior a 200 Km de extensão. Implantação de hidrovias - obras e serviços de engenharia para implantação de canal de navegação em rios com potencial hidroviário com o objetivo de integração intermodal Cabe à União prestar os serviços de transporte ferroviário e aquaviário entre portos brasileiros e fronteiras nacionais, ou que transponham os limites de Estado ou Território;
23 COMPETÊNCIA LICENCIATÓRIA DA UNIÃO DECRETO Nº 8.437, DE DECRETO Nº 8.437/2015 SERÃO LICENCIADOS PELA UNIÃO, ALÉM DAS HIPÓTESES JÁ PREVISTAS NA LC Nº 140/2011, OS SEGUINTES EMPREENDIMENTOS OU ATIVIDADE PORTOS ORGANIZADOS, exceto as instalações portuárias que movimentem carga em volume inferior a TEU/ano ou a ton/ano; TERMINAIS DE USO PRIVADO E INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS que movimentem carga em volume superior a TEU/ano ou a ton/ano; TEU - Twenty-foot Equivalent Units (Unidades Equivalentes a Vinte Pés) - unidade utilizada para conversão da capacidade de contêineres de diversos tamanhos ao tipo padrão International Organization for Standardization - ISO de vinte pés;
24 COMPETÊNCIA LICENCIATÓRIA DA UNIÃO DECRETO Nº 8.437, DE DECRETO Nº 8.437/2015 SERÃO LICENCIADOS PELA UNIÃO, ALÉM DAS HIPÓTESES JÁ PREVISTAS NA LC Nº 140/2011, OS SEGUINTES EMPREENDIMENTOS OU ATIVIDADE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO, GÁS NATURAL E OUTROS HIDROCARBONETOS FLUIDOS: a) exploração e avaliação de jazidas, compreendendo as atividades de aquisição sísmica, coleta de dados de fundo (piston core), perfuração de poços e teste de longa duração quando realizadas no ambiente marinho e em zona de transição terra-mar (offshore); b) produção, compreendendo as atividades de perfuração de poços, implantação de sistemas de produção e escoamento, quando realizada no ambiente marinho e em zona de transição terra-mar (offshore); e c) produção, quando realizada a partir de recurso não convencional de petróleo e gás natural, em ambiente marinho e em zona de transição terra-mar (offshore) ou terrestre (onshore), compreendendo as atividades de perfuração de poços, fraturamento hidráulico e implantação de sistemas de produção e escoamento; e
25 PETRÓLEO, GÁS E OUTROS HIDROCARBONETOS FLUIDOS Recurso não convencional de petróleo e gás natural recurso cuja produção não atinge taxas de fluxo econômico viável ou que não produzem volumes econômicos de petróleo e gás sem a ajuda de tratamentos de estimulação maciça ou de tecnologias e processos especiais de recuperação, como as areias betuminosas - oilsands, o gás e o óleo de folhelho - shalegas e shale-oil, o metano em camadas de carvão - coalbed methane, os hidratos de metano e os arenitos de baixa permeabilidade - tightsandstones
26 COMPETÊNCIA LICENCIATÓRIA DA UNIÃO DECRETO Nº 8.437, DE DECRETO Nº 8.437/2015 SERÃO LICENCIADOS PELA UNIÃO, ALÉM DAS HIPÓTESES JÁ PREVISTAS NA LC Nº 140/2011, OS SEGUINTES EMPREENDIMENTOS OU ATIVIDADE SISTEMAS DE GERAÇÃO E TRANSMISSÃO DE ENERGIA ELÉTRICA: a) usinas hidrelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos megawatt; b) usinas termelétricas com capacidade instalada igual ou superior a trezentos megawatt; e c) usinas eólicas, no caso de empreendimentos e atividades offshore e zona de transição terra-mar.
27 DECRETO Nº 8.437/2015 A competência para o licenciamento será da União quando caracterizadas situações que comprometam a continuidade e a segurança do suprimento eletroenergético, reconhecidas pelo Comitê de Monitoramento do Setor Elétrico - CMSE, ou a necessidade de sistemas de transmissão de energia elétrica associados a empreendimentos estratégicos, indicada pelo Conselho Nacional de Política Energética - CNPE. COMPETÊNCIA DE OCASIÃO?
28 DECRETO Nº 8.437/2015 HIPÓTESES DO ART. 3º LICENCIAMENTO OU AUTORIZAÇÃO INICIADOS EM DATA ANTERIOR AO DECRETO TRAMITAÇÃO MANTIDA NOS ÓRGÃOS ORIGINÁRIOS ATÉ O TÉRMINO DA VIGÊNCIA DA LO RENOVAÇÃO DA LO SERÁ PELO ÓRGÃO FEDERAL SE O PEDIDO DE RENOVAÇÃO ESTAVA NO ORGINÁRIO ATÉ O DECRETO, ELE RENOVA RENVAÇÕES SUBSEQUENTES PELO ÓRGÃO COMPETENTE, SEGUNDO O DECRETO
29 DECRETO Nº 8.437/2015 O processo de licenciamento ambiental de trechos de rodovias e ferrovias federais que se iniciar em órgão ambiental estadual ou municipal de acordo com as disposições deste Decreto será assumido pelo órgão ambiental federal na licença de operação pertinente, mediante comprovação do atendimento das condicionantes da licença ambiental concedida pelo ente federativo MUDANÇA DE CRITÉRIO? O QUE SIGNIFICA ASSUMIDO NA LO PERTINENTE?
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