O PERFIL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E A SUA JORNADA LABORAL
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- Amália da Fonseca Peres
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1 O PERFIL DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO E A SUA JORNADA LABORAL Acimarney Correia Silva Freitas¹, Ana Paula dos Santos Dias², Ana Paula Ferreira Barbosa³, Cristina Coelho 4, Flávia Araújo Conceição 5, Isabela Miranda Santos Oliveira 6. RESUMO Este trabalho apresenta um estudo sobre o perfil do Técnico de Segurança do Trabalho e sua jornada laboral. O objetivo é conhecer mais sobre a profissão, a sua formação e apresentar algumas competências desse profissional, como são desenvolvidas suas atividades e a sua importância na colaboração para um ambiente de trabalho salubre. A metodologia utilizada para desenvolver os temas principais foi o conhecimentos adquiridos no curso técnico pelos autores e os debates em equipe durante a elaboração deste artigo. Este trabalho possibilitou perceber a amplitude de atuação do profissional de Segurança do Trabalho e a importância da Saúde Ocupacional na vida do trabalhador e da empresa. Palavras-chave: Técnico de Segurança do Trabalho, Competência, Jornada. ABSTRACT This paper presents a study on the profile of the Technical Safety and your workday. The goal is to learn more about the profession, their training and skills to present some of this professional, as their activities are developed and their importance in the collaborative work environment for wholesome. The methodology used to develop the main themes was the knowledge acquired in the course by technical writers and staff discussions during the preparation of this article. This work enabled realize the breadth of the professional practice of Occupational Safety and Health Occupational importance in the life of the worker and the company. Keywords: Technical Safety, Competency, Journey. 1 1 Orientador deste Artigo e Professor de Direito IFBA - acimarney@gmail.com ² Dicente do curso Técnico de Segurança do Trabalho IFBA paulassaid@yahoo.com.br ³ Dicente do curso Técnico de Segurança do Trabalho IFBA - annabarbosa@globomail.com 4 Dicente do curso Técnico de Segurança do Trabalho IFBA - cris.rabbit@hotmail.com 5 Dicente do curso Técnico de Segurança do Trabalho IFBA - flavia_flavinha13@hotmail.com 6 Dicente do curso Técnico de Segurança do Trabalho IFBA - i.isabelamiranda@gmail.com
2 1 INTRODUÇÃO Após a Revolução Industrial inúmeros movimentos trabalhistas reivindicavam melhorias nas condições de trabalho. Aos poucos as conquistas trabalhistas foram sendo alcançadas, dentre elas a redução da jornada de trabalho e melhorias no ambiente laboral. Muitas conquistas se tornaram leis. A partir de então surgiram novos profissional destinados aos cuidados da saúde do trabalhador e do ambiente de trabalho. O ambiente competitivo e de produção acelerada tem exigido grande esforço dos empregados e uma visão estratégica das empresas para acompanhar as mudanças do cenário atual. Uma das exigências impostas às empresas é a contratação do profissional Técnico de Segurança do Trabalho, uma profissão em destaque nas escolas de Cursos Técnicos. Este profissional atua supervisionando e implementando as atividades relacionadas a Segurança do Trabalho e para atuar com eficácia deve buscar formação contínua. Além da formação profissional o TST deve estar apto a trabalhar em equipe, ter uma visão holística do cenário de trabalho e poder de negociação, pois constantemente deverá apresentar propostas de melhorias no ambiente de trabalho ao empregador. Essas propostas, porém, tem respaldo legal nas Normas Regulamentadoras e leis complementares. Com o objetivo de aprofundar os conhecimentos sobre o perfil do Técnico de Segurança do Trabalho e sua jornada laboral, foram realizadas pesquisas bibliográficas em literaturas e site informativos, além do debate entre autores deste artigo.
3 2 DESENVOLVIMENTO O profissional Técnico em Segurança do Trabalho está ganhando cada vez mais espaço no mercado. Para se formar TST o indivíduo pode ingressar no curso técnico após concluir o Ensino Médio. O curso tem duração de dois anos e, após a conclusão o profissional receberá do Ministério do Trabalho, conforme Lei 7.410/85, o registro oficial da profissão que está cadastrada na Classificação Brasileira de Ocupação - CBO Ao fim do curso o TST poderá especializar-se em alguma área da Saúde Ocupacional. A formação continuada dará ao TST um diferencial e lhe proporcionará maiores chances de ingressar no mercado de trabalho. Cada dia mais exigentes, as empresas buscam profissionais capacitados e holísticos, capazes de atender as necessidades das organizações que constantemente se mutam para acompanhar o cenário atual e exigem profissionais com competências técnicas e pessoais que acompanham estas mudanças. 2.1 COMPETÊNCIAS TÉCNICAS E PESSOAIS DO TÉCNICO DE SEGURANÇA DO TRABALHO. As competências técnicas do TST são adquiridas durante sua formação e aperfeiçoadas no exercício da função. Das atribuições do TST, algumas são: Elaborar laudos técnicos sobre os riscos identificados, das condições do ambiente de trabalho, relatar acidentes e apresentar medidas de eliminação ou redução dos riscos; Informar aos trabalhadores os riscos da função e do ambiente de trabalho, orientá-los no uso correto de EPI e na prevenção coletiva de acidentes; Encaminhar aos setores competentes documentação, dados estatísticos, materiais de apoio técnico, educacional, resultados de análises e avaliações; Levantar dados e organizar informações sobre acidentes de trabalho, investigando as condições de ocorrência; Inspecionar equipamentos, EPI s, extintores, placas de sinalização; Promover e acompanhar debates, orientação, palestras, informação sobre prevenção de acidentes e doenças ocupacionais.
4 As competências pessoais demonstram o valor do funcionário. Aplicando seus conhecimentos, habilidades e atitudes o TST promoverá um trabalho eficaz. Algumas competências pessoias que devem ser praticada no ambiente laboral são: Empatia Capacidade de observação Ética Discernimento Administrar conflitos Capacidade de negociação Visão holística Relacionar-se bem com outras pessoas e trabalhar em equipe Delegar atribuições Atitude. A interação harmônica de competências técnicas e pessoais transforma talentos. A atuação competente do TST contribuirá para a empresa alcançar a excelência na promoção do bem estar dos trabalhadores. Este é, porém, um trabalho árduo, contínuo e exige sinergia entre todos e setores e empregados da empresa, além de buscar parcerias que contribuam com o trabalho. 2.2 TRABALHO DE PARCERIA O TST trabalha em equipes como Comissão Interna de Prevenção de Acidente (CIPA), Serviço Especializado em Saúde e Medicina do Trabalho (SESMT), o setor de Recursos Humanos e toda a empresa. Além dessa equipe interna, a empresa firma parceria com órgão como SESI (Serviço Social da Indústria), SENAI (Sistema Nacional de Aprendizagem Industrial), SESC (Serviço Social do Comércio) e outras entidades que auxiliarão nos programas de educação e prevenção de acidentes, pois, de acordo PORTARIA N.º 3.275, DE 21 DE SETEMBRO DE 1989 compete ao Técnico de Segurança do Trabalho: promover debates, encontros, campanhas, seminários, palestras, reuniões, treinamentos e utilizar outros recursos de ordem didática e pedagógica com o objetivo de divulgar as normas de segurança e higiene do trabalho, assuntos técnicos, visando evitar acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho.
5 Desse modo os parceiros, dispondo profissionais especializados, ajudarão no trabalho de promoção da saúde ocupacional contribuindo com mais informações. A atuação desses parceiros ocorre principalmente em eventos como Semana Interna de Prevenção de Acidente (SIPAT), palestras sobre Doenças Sexualmente Transmissíveis (DST) e outras, mini cursos. Os parceiros internos são o empregador, os empregados e todos os setores da empresa. Caminhando juntos com os mesmos objetivos é possível realizar um trabalho eficaz e concretizar as ações planejadas após a avaliação. 2.3 AVALIAR, PLANEJAR, EXECUTAR E ACOMPANHAR É competência do TST, em parceria com a empresa, avaliar, planejar, executar e acompanhar ações para assegurar um ambiente de trabalho salubre observando e cumprindo as legislações que regulam o trabalho em Saúde Ocupacional. Avaliar qualitativa e quantitativamente todo o ambiente e atividades realizadas na empresa a fim de reconhecer os riscos e perigos existentes no local. Esta avaliação e fundamental para iniciar a elaboração do Programa de Prevenção de Risco Ambientais (PPRA). Após avaliar e reconhecer as necessidades de implantação e implementação de ações de segurança, deve ser planejado junto ao SESMT, CIPA, RH e gerências as atividades e estratégias de medidas de prevenção e controle a serem realizadas durante o ano corrente para alcançar as metas e objetivos da equipe de Saúde Ocupacional e da empresa. É importante que a execução do planejamento esteja em sintonia com as atividades já planejadas no plano de ação anual da instituição. Após cada atividade realizada o profissional deverá avaliar os resultados alcançados, coletar e armazenar dados, gerar informações para conhecer o ambiente de trabalho e continuar acompanhando as ações implementadas a fim de identificar a eficácia dos programas, definindo assim a continuidade e mudanças necessárias. IV - executar os procedimentos de segurança e higiene do trabalho e avaliar os resultantes alcançados, adequando-os às estratégias utilizadas de maneira a integrar o processo prevencionista em uma planificação, beneficiando o trabalhador; V - executar programas de prevenção de acidentes do trabalho, doenças profissionais e do trabalho nos ambientes de trabalho, com a participação
6 dos trabalhadores, acompanhando e avaliando seus resultados, bem como sugerindo constante atualização dos mesmos estabelecendo procedimentos a serem seguidos (PORTARIA N.º 3.275, DE 21 DE SETEMBRO DE 1989) Essas atribuições do TST norteiam as atividades a serem desenvolvidas e todas as ações devem ser regidas por Normas Regulamentadores que auxiliarão nas propostas de melhorias apresentadas ao empregador. As necessidades propostas surgem baseadas no trabalho em campo, observando o trabalhador em suas atividades, e essa observação acontece durante a jornada de trabalho do TST. 2.4 JORNADA LABORAL A jornada de trabalho é o tempo que o empregado permanece a disposição do seu empregador. De acordo Art. 58 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) A duração normal do trabalho, para os empregados em qualquer atividade privada, não excederá de 8 (oito) horas diárias, desde que não seja fixado expressamente outro limite que poderá ser negociado em acordo e convenções coletivas de trabalho. Para o Técnico de Segurança do Trabalho a Norma Regulamentadora (NR) 4, item 4.8, determina que este profissional deve dedicar-se 8 horas por dia para as atividades dos SESMT, de acordo com o estabelecido no Quadro ll anexo a norma. O quadro mostra a distribuição do SESMT e a jornada de trabalho dos profissionais que o compõe. Veja: Fonte: NR 4
7 Observa-se que apenas os médicos terão jornada reduzida. Os demais componentes do SESMT permanecerão por 8 horas, salvo haja acordo e convenções coletivas junto do sindicado que altere essa jornada. O TST poderá atuar também em consultoria como profissional autônomo. Prestar consultoria e assistência técnica especializada a empresas sem vínculo empregatício e poderá atender várias instituições determinando sua carga horária de acordo as necessidades levantadas durante a consultoria. Pode se concluir que é amplo o leque de atividades inerente a este profissional. Há espaço para TST qualificado que buscam formação continuada e trabalham com competência pois a contratação é obrigatória em empresas com determinado número de funcionários e de acordo o ramo de atividades e são sujeitas a fiscalização.
8 3 CONCLUSÃO Garantir a integridade da saúde do trabalhador é um trabalho contínuo que exige formação técnica especializada e competências para trabalhar em equipe. É possível concluir que o perfil do Técnico de Segurança do Trabalho contribui muito na prevenção de acidente no ambiente de trabalho. Realizar este estudo acrescentou muitas informações e conhecimento aos membros da equipe, além da gratificação da convivência e partilha de conhecimentos. Foi possível traçar melhor o perfil do TST e a sua atuação.
9 REFERÊNCAS Consolidação das Leis do Trabalho. Disponível em: < Acessado em: 03 out NORMAS REGULAMENTADORAS. Disponível em: < Acessado em: 03 out 2013 WERNECKA, Dorothea. Atividades do Técnico de Segurança do Trabalho. Disponível em: < _3275.pdf>. Acessado em: 01 out. 2013
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