UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO A INTERVERSÃO DO CARÁTER DA POSSE NAS AÇÕES DE USUCAPIÃO DE BEM IMÓVEL

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1 UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO Patrícia de Oliveira A INTERVERSÃO DO CARÁTER DA POSSE NAS AÇÕES DE USUCAPIÃO DE BEM IMÓVEL São Paulo 2011

2 Patrícia de Oliveira R.A A INTERVERSÃO DO CARÁTER DA POSSE NAS AÇÕES DE USUCAPIÃO DE BEM IMÓVEL Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Coordenação do Curso de Direito da Universidade São Francisco, como requisito parcial para a obtenção do Título de Bacharel em Direito, orientado pelo Professor Me. Ivan de Oliveira Silva. São Paulo 2011

3 Patrícia de Oliveira R.A A INTERVERSÃO DO CARÁTER DA POSSE NAS AÇÕES DE USUCAPIÃO DE BEM IMÓVEL Trabalho de Conclusão de Curso aprovado no Curso de Direito. da Universidade São Francisco como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Direito. Data da Aprovação / / Banca Examinadora... Prof. Me. Ivan de Oliveira Silva Universidade São Francisco....Prof. Me.Cícero Germano da Costa Universidade São Francisco... Profª. Mª Silmara Faro Ribeiro Universidade São Francisco

4 Dedico este trabalho primeiramente àquele que é criador e mantenedor de todas as coisas: Deus; à minha filha Sophia que é o meu bem maior; ao meu companheiro Ronaldo; aos meus pais e aos professores da Universidade São Francisco pela dedicação e apoio.

5 Agradeço: Àquele que é digno de toda honra, glória e louvor, ao meu Deus por ter me sustentado até aqui. E aos professores da Universidade São Francisco pela dedicação e apoio.

6 Não Sabendo que era impossível, foi lá e fez. (Jean Cocteau)

7 OLIVEIRA, Patrícia, A Interversão do Caráter da Posse nas Ações de Usucapião de Bem Imóvel, nº. de pp. TCC, Curso de Direito, São Paulo: USF, RESUMO A interversão no caráter da posse é uma problemática que vem sendo discutido há varias décadas, sendo que é possível encontrar grandes juristas e estudiosos que já defendia sua possibilidade desde tempos passados. Apesar de não haver previsão especifica que indique de forma clara sua aplicabilidade, no decorrer dos anos, esse instituto vem ganhando mais adeptos. Mas foi com a promulgação da Constituição Federal de 1988, que o presente instituto vem se firmando entre os grandes doutrinadores, e, por conseguinte vem embasando vários julgados por parte de magistrados, isto porque a Constituição Cidadã se revestiu de princípios fundamentais, dando um novo caráter ao direito de propriedade e reconhecendo a moradia como um direito fundamental. O que permite que os possuidores de bem imóvel que de inicio não exerciam a posse sobre o bem imóvel com animo de dono, em determinado momento do exercício da posse, revista sua posse com elementos que caracterize esse animus e o legitime para usucapir o imóvel. Provando assim que, considerando que a sociedade evolui de forma constante e rápida, o direito deve efetivamente acompanhar essa evolução, para que possa se adequar a nova realidade social. Palavras - chaves: Posse. Caráter. Interversão. Usucapião. Imóvel.

8 SUMÁRIO INTRODUÇÃO...10 SEÇÃO 1 - TEORIA GERAL DA POSSE Conceito e Natureza Jurídica Origem e Evolução Histórica Teoria Objetiva e Subjetiva...15 SEÇÃO 2 - CLASSIFICAÇÃO DA POSSE Posse originária e derivada Composse Posse Direta e Indireta Posse própria e imprópria Posse justa e injusta Posse nova e posse velha Posse civil e posse natural Do Caráter da posse Posse mansa, pacífica, sem oposição e ininterrupta Posse de boa fé e Posse de má fé Posse com animus tenende e posse com animus domini Posse ad interdicta e posse ad usucapionem Dos efeitos da posse Efeitos de ordem material e processual...24 SEÇÃO 3 - DA USUCAPIÃO DE BEM IMÓVEL Origem e evolução histórica Conceito Natureza Jurídica Modalidades e requisitos:extraordinário;ordinário;urbano;rural e Coletivo...29 SEÇÃO IV DA INTERVERSÃO DO CARÁTER DA POSSE NAS AÇÕES DE USUCAPIÃO DE BEM IMÓVEL Conceito e natureza jurídica Origem Ausência de Amparo Legal...41 Colisão de direitos fundamentais...42

9 4.5 Aplicação no mundo real Posicionamento doutrinário...46 CONCLUSÃO...49 REFERÊNCIAS...51 ANEXOS...55

10 10 INTRODUÇÃO Foi escolhida a área de Direito Civil e será objeto deste trabalho a problemática da aplicabilidade da interversão no caráter da posse nas ações de usucapião de bem imóvel, valorizando em especial, quais os fatos, atos que legitimam sua aplicabilidade, e seus efeitos para fins da usucapião. O objetivo é apontar as diferentes interpretações dadas aos dispositivos legais que norteiam o tema. Por tratar-se de um tema controverso, a pesquisa aponta que apesar de não ser um tema trazido à discussão nos dias contemporâneo, ainda persiste uma discussão quanto ao reconhecimento do presente instituto. No entanto, é objetivo do presente trabalho apresentar de forma sintetizada, em quais casos concretos, bem como quais os embasamentos jurídicos que o operador do direito pode se utilizar para defender a possibilidade e legitimidade da aplicabilidade da interversão no caráter da posse, especialmente à posse precária, pois é exatamente nessa espécie que há o maior impasse jurídico, de forma que o tema não se esgota. Também é objetivo demonstrar a influência da Constituição Federal vigente na defesa do presente instituto, pois a Carta Magna revestiu o Estado Brasileiro de princípios fundamentais, dando uma característica ao direito de propriedade e reconhecendo a moradia como um direito fundamental do ser humano. E, a fim de provar que a corrente que defende a questão trazida a reflexão por este trabalho vem se consolidando, foram colados impecáveis julgados de vários tribunais do Brasil,. Este tema foi escolhido por ter juntamente com a defensora pública assessorado vários assistidos em constantes casos vistos em atendimentos na Defensoria Pública Estadual, em que possuidores de bem imóvel, haviam sofrido com fatos que haviam afetado diretamente sua posse sobre o referido bem, de sorte que a partir de então se consideravam aptos para usucapir o imóvel. Na primeira Seção Apresenta-se a teoria geral da posse, sua natureza jurídica e origem. Na segunda Seção Distinções faz-se uma breve classificação das espécies de posse, os elementos que caracterizam cada uma delas, sua finalidade e efeitos. A terceira Seção Indicação- Indica as modalidades da Usucapião, pois é diretamente sobre este instituto que recai os efeitos da interversão do caráter da posse. A última seção, por sua vez Previsão Constitucional trata diretamente da problemática do tema, sobre o prisma

11 11 constitucional, procurando aplicar os princípios constitucionais para legitimar o instituto, bem como apresentar suas formas e, como pode ocorrer o seu reconhecimento em casos concretos. No que diz respeito à metodologia, foi realizada pesquisa bibliográfica baseando-se nas obras publicadas sobre posse, bem como foi colado julgados, a fim de demonstrar que os magistrados vêm embasando suas decisões sobre o tema em consonância com Constituição Federal.

12 12 SEÇÃO 1 TEORIA GERAL DA POSSE Considerando que a primeira seção é a porta que receberá o tema objeto do presente trabalho, necessário se faz iniciá-la apresentando o conceito que será a estrutura do objeto desta pesquisa. O conceito de posse é extremamente discutido pelos doutrinadores brasileiros, por tratar-se de um tema complexo, não será possível apresentar um conceito pacífico de posse. Contudo, será analisado pela corrente majoritária. 1.1 Conceito e natureza jurídica da posse A doutrina contemporânea encontra significante dificuldade em definir posse, pois o Código Civil em seu artigo define o que é possuidor e não posse, ademais o termo se mostra ambíguo pois poderá ser utilizado em sentido próprio, impróprio e técnico. Assim, quando se trata de conceituar posse e determinar sua natureza jurídica, não há consenso entre os grandes pensadores do direito, vejamos: A posse é o exercício de fato dos poderes constitutivos do domínio ou propriedade ou de algum deles. (BEVILACQUA,1956, p. 121). O professor RODRIGUES (1994, p. 16) define posse Como exercício de fato de alguns dos poderes peculiares a propriedade. Nesse sentido: Apesar dos diferentes entendimentos, o foco principal em todas as escolas é de que a posse é uma situação de fato em que uma pessoa, independentemente de ser ou não proprietária, exerce sobre uma coisa poderes ostensivos, conservando-a e defendendo-a. Assim, tal como faz o proprietário, o locatário, o comodatário, o usufrutuário, o administrador, o inventariante e o sindico. (PEREIRA, 2003, p. 17). Segundo MONTEIRO (2000, p. 23): Ora se a própria lei admite expressamente que a posse pode ser direito como objeto, sem distinguir entre reais e pessoais, ao intérprete não é lícito fazê-lo. Por fim, DINIZ (2004), afirma que embora seja uma terminologia que enseja inúmeros debates doutrinários, após analise dos aspectos do conceito de possuidor dada pelo Código Civil, é possível de forma analítica e extensiva conceituar posse como uma relação de fato. A posse não deve ser confundida com o domínio dado que este é em si um direito.

13 13 Quanto à natureza jurídica da posse ser um fato ou direito sustenta SAVIGNY que a posse é ao mesmo tempo um direito e um fato. E se considerada puramente em si é só um fato, contudo, considerando seus efeitos, isto é, usucapião e interditos ela se apresenta como um direito. (SAVIGNY apud GOMES, 2001, p. 18) Para IHERING Posse se resume em direito, sobre qual deve recair o interesse juridicamente protegido. (2001, p. 18) Acompanhando Ihering, MÁRIO define a natureza jurídica de posse: Sem embargo de opiniões em contrario, é um direito real, com todas as suas características: oponibilidade erga omnes, indeterminação do sujeito passivo, incidência em objeto obrigatoriamente determinado. (2005, p. 25). Por outro lado, defende o grande jurista (VENOSA (2006, p. 52) a natureza jurídica da posse como um estado de fato aparência. Apesar de polemica acerca da natureza jurídica da posse, o posicionamento majoritário e tradicional é que a posse é fato, se não vejamos: Já defendia MIRANDA (1971, p. 17) Segundo os artigos 485 a 523 do Código Civil de 1916, o que importa é a senhoria da coisa (pot sedere), o estado de fato, a situação real, o poder fático sobre a coisa. Nos tempos contemporâneos, a posse é tomada como fato e não como um direito real, considerando que os direitos reais estão previstos no artigo do Código Civil, e é regra taxativa e não exemplificativa, tratando-se de números clausulus. (RODRIGUES, 1994, p. 20). 1.2 Origem e evolução histórica Temerário precisar em que momento surgiu á noção de posse, pois em uma concepção primitiva é um vínculo estabelecido entre um individuo ou um grupo em determinado momento da vida. (CORREIA e SCLASCIA, 1961) Mesmo com os reduzidos conhecimentos sobre detalhes da organização destas primitivas sociedades, sobretudo pela falta de registros, ainda assim, está detectado que a posse é um fato natural enquanto que a propriedade é uma criação da lei. (CORREIA e SCLASCIA, 1961) Contudo, é possível afirmar que o surgimento de conceito de posse e de propriedade surgiu a partir da promulgação da lei das XII tábuas. Isto porque, foi a partir do triunfo da

14 14 plebe que se originou o parcelamento da propriedade pela distribuição e arrendamento das terras. O que se confirma com o advento da história registrada pelos escritos, sendo, portanto, possível reunir subsídios seguros para determinar como quando que possivelmente se originou o conceito de posse dentro da organização Romana, pois fora ela que organizou o direito, sendo que foi se desenvolvendo e aprimorando-se de forma gradativa, ao qual levou aproximadamente 12 séculos, sofrendo todos os efeitos econômicos e sociais de cada século, o que a tornou soberana entre os países Europeus, da África Setentrional e de parte da Ásia. (ALVES, 1983) Por efeito dessa expansão, o Estado passou a se tornar proprietário das terras conquistadas, e, com o interesse de povoar tais terras, passou a conferir o domínio aos particulares. Esse domínio se originava através das concessões que se faziam através da solicitação dos cidadãos, visando fundar uma nova colônia ou por venda se efetuava através de leilões. (JUNIOR, 1991, p. 429) Desta forma, pode-se afirmar que a posse era exercida de três formas: pelo exercício do domínio pela ocupação de terras devolutas por concessões que asseguravam a mera fruição, sem transferência de domínio. O exercício da posse sobre tais terras, não conferiam ao possuidor o direito da propriedade sobre as mesmas, podendo o Estado revogar a posse concedida a sua conveniência. Oferecendo, entretanto, proteção aos seus possuidores através dos interditos possessórios. (GONÇALVES, 2010, p ) Foram através das formas de loteamento das áreas ás pequenas glebas denominadas possessiones, atribuídas aos cidadãos a título precário que o Estado vislumbrou a necessidade de conceituar e especificar as formas de se exercer a posse sobre o bem imóvel. 1.3 Teoria objetiva e subjetiva As conceituações ora apresentadas permite apontar a presença de um elemento comum entre elas, a relação entre coisa e pessoa, o que é extremamente relevante e interessante essa observação, pois se trata de posicionamentos distintos. Os dois maiores doutrinadores, que influenciaram e ainda influenciam gerações de estudiosos, sobre a posse declinam para um elemento a relação de pessoa e coisa. As duas grandes teorias que o texto acima se refere são:

15 15 a) Teoria subjetiva Apresentada por Savigny que se posiciona: A posse é o poder de dispor fisicamente da coisa, com ânimo de considerá-la sua e defende-la contra a intervenção de outrem, devendo estar presentes dois elementos: elemento material, o corpus, que é representado pelo poder físico sobre a coisa; e, o elemento intelectual, o animus, ou seja, o propósito de ter a coisa como sua, isto é, o animus rem sibi habendi. (SAVIGNY apud RODRIGUES, 2003, p. 17 grifo nosso) Savigny ponderava que essa situação ocorre por conta de dois elementos essenciais: Corpus: elemento material que traduz no poder físico sobre a coisa ou na mera possibilidade de exercer esse contato, ou melhor, na detenção do bem, ou no ato de tê-lo a sua disposição. Animus: consiste na intenção de exercer sobre a coisa o direito de propriedade. Sustenta ainda que estes elementos sejam indispensáveis para que se caracterize a posse, pois se faltar o corpus inexiste a relação de fato entre a pessoa e a coisa e, se faltar o animus não existe a posse, mas mera detenção. A fim de não restar dúvidas quanto ao alcance de sua teoria Savigny especifica quem são os detentores: locatário, mandatário, comodatário, enfim todos os que por título análogo, tiverem poder físico sobre certos bens. Sendo que para ele tais pessoas não gozam de uma proteção direta. Assim, se forem turbados no uso ou no gozo da coisa que está em seu poder deverão dirigir-se à pessoa que lhes conferiu a detenção, para poder gozar dos interditos possessórios. (SAVIGNY apud ALVES, 1997, p. 43) b) Teoria objetiva Defendida por Ihering que lecionava a posse é o exercício da propriedade ou do direito real, a porta que conduz a propriedade. De sorte que para que haja a defesa da propriedade deve haver primeiro lugar a posse. (IHERING, TRADUTOR GAMA, 2005, p. 67) Para tanto, defendia que para se constituir a posse basta o corpus, dispensando assim o animus, que para ele está ínsito no poder de fato exercido sobre a coisa ou bem, dispensando assim a intenção de ser dono, já que naturalmente o animus está inserido no corpus e por isso Ihering critica Savigny.

16 16 O Código Civil Brasileiro adotou a teoria de Ihering quando em seu artigo 1.196, fornece os elementos para extrair-se o conceito legal de posse, vejamos: Art do Código Civil Brasileiro: Considera-se possuidor todo aquele que tem de fato o exercício, pleno, ou não, de algum dos poderes inerentes ao domínio, ou propriedade. Os conceitos acima apresentados apesar de distintos se somados permite que consideremos a posse como uma relação de pessoa e coisa, fundada na vontade do possuidor. Criando mera relação de fato, que reflete como direito de propriedade, já que a propriedade é a relação entre a pessoa e a coisa assentada na vontade objetiva da lei, implicando um poder jurídico e criando uma relação de direito.

17 17 SEÇÃO 2 CLASSIFICAÇÃO DA POSSE Após apresentar a discussão sobre o conceito de posse, esta seção servirá para que as espécies de posse sejam apresentadas, pois são essas espécies que determina o modo de aquisição da posse. 2.1 Posse originária e posse derivada A posse será originária quando não houver relação de causalidade entre a posse atual e a anterior, ou seja, aquela conquistada a titulo inaugural e, portanto, isenta de vícios. (PEREIRA, 2005, p. 47) O que não ocorre com a posse derivada, pois ela se dá contra um possuidor anterior, sendo assim uma cadeia causal de um ato de transferência. Sendo que, aquele que adquirir a posse irá recebe - lá com todos os vícios anteriores. (RODRIGUES, 1994, p. 41) A regra esta no artigo do Código Civil, que presume manter a posse o mesmo caráter com que foi adquirida ; e, aplicação prática dessa regra está no artigo do mesmo código, que encarando a sucessão especifica que os herdeiros, legatários do possuidor receberão o direito de posse com os mesmos caracteres. (CÓDIGO CIVIL) Para que se caracterize a derivação é necessário que existam dois envolvidos: Aquele que adquire. Aquele contra qual se efetiva a aquisição, isto é, aquele que perde a posse. Aplicando este entendimento conclui-se que todo Contrato de Compra e Venda gera posse derivada, pois enquanto um perde outro adquire a posse. 2.2 Composse Na composse tem-se uma só posse, uma só coisa, possuída indivisa e simultaneamente por vários possuidores, não devendo esta ser confundida com concorrência ou sobreposição de posses, pois esta se dá quando se desdobra a posse em direta e indireta, originando a existência de posses de natureza diversa sobre a mesma coisa, estando cada possuidor limitado ao âmbito específico da sua posse. (DINIZ, 2004, p ) A forma da composse no direito moderno não se alterou muito. No Código Civil vigente, por exemplo, em seu artigo determina: Se duas ou mais pessoas possuírem coisa indivisa ou estiverem no gozo do mesmo direito, poderá cada uma exercer sobre o

18 18 objeto comum atos possessórios, contanto que não excluam os dos outros compossuidores. (CÓDIGO CIVIL BRASILEIRO) Desta forma, os cônjuges no regime de comunhão de bens são compossuidores sobre o patrimônio comum, e, os condôminos que são compossuidores podem reclamar a proteção possessória caso sejam turbados, esbulhados, ou ameaçados em sua posse, contra terceiros ou mesmo seus consortes. (VENOSA, 2007, p ) A composse é, em regra, temporária, pois assim que se procede a divisão finda a composse. No entanto, a composse pode ser perpétua. Ex.: edifício de apartamentos; nesse caso há o direito de propriedade exclusiva sobre as unidades autônomas, bem como a composse sobre o solo e as partes de uso comum (hall de entrada, corredores, elevadores, teto), neste caso a composse torna-se perpétua, por não poder se extinguir enquanto existir o referido prédio. (MIRANDA, 1955, p. 111) Há duas espécies de composse: Composse Pro Indiviso, quando pessoas que possuem em conjunto um bem têm e tenha uma parte ideal apenas. Ou seja, cinco pessoas têm a posse de um imóvel, mas, como não está determinada qual a parcela que compete a cada uma, cada uma delas passa a ter 1/5 da parte ideal. (MIRANDA, 1955, p. 113) Composse Pro Diviso ocorre quando, ainda que não haja uma divisão de direito já existe uma repartição de fato, de forma que cada um dos compossuidores já possui a sua parte certa. (GONÇALVES, 2006, p. 66) Exemplos de hipótese que causa a extinção da composse: a) quando houver divisão de direito, amigável ou judicial da coisa comum. b) quando da partilha do processo de inventário, pois neste momento processual, cada herdeiro poderá receber seu quinhão. (VENOSA, 2007, p ) 2.3 Posse direta e posse indireta Consiste em posse direta aquela em que o possuidor tem a coisa diante de si, à sua mercê, e mantendo forma de contato físico, conforme disciplina o art do Código Civil. Nessa esteira, César Fiuza leciona: A posse será direta quando o possuidor exercer sobre a coisa poder físico imediato (FIUZA, 2006, p. 866) A posse direta tem o caráter temporário, pois há uma relação de transitória de direito, oriunda de uma relação jurídica, decorrente de um contrato ou um direito real, onde haja a entrega temporária de um bem a outrem. (MONTEIRO, 2000, p. 25)

19 19 O possuidor direto pode propor ação possessória contra o possuidor indireto, ou seja, o locador que tenta reapoderar da coisa locada, contra a vontade do locatário. Quanto à posse indireta, ela surge quando o proprietário por sua própria vontade concede a pessoa diversa o direito de posse da coisa que estava consigo isso poderá ser visto no contrato de locação, pois por força de um contrato de locação o locatário passará a exercer a posse direta da coisa, enquanto que o locador a posse indireta. (GOMES, 1944, p ) A lei reconhece o possuidor direto e o possuidor indireto, permitindo que ambos se socorram aos interditos (ações) para proteger sua posição ante terceiros, além de conceder tais remédios possessórios um contra o outro, se necessário for. 2.4 Posse própria e posse imprópria Poderá ser considerada posse própria aquela que conter um elemento essencial o animus domini, ou seja, a intenção de domínio, de ser proprietário do bem. Entretanto, também será considerada posse própria aquela que se originou pela tomada de posse alheia, ainda que injusta. (FARIAS e ROSENVALD, 2006, p. 60) Quanto à posse imprópria, está se caracteriza por subordinação, ou seja, o possuidor a exerce em subordinação a outro que assim determina. Esse tipo de posse pode ser notado nos contratos de aluguel, onde o locatário exercerá sobre a coisa a posse imprópria, ainda embora justa. (MIRANDA, 1971, p ) 2.5 Posse justa e posse injusta Por tratar-se de uma das espécies mais importante dentro da classificação da posse, relevante é seu estudo, pois diz respeito aos vícios objetivos da posse e, por conseguinte seus efeitos. O dispositivo legal é claro, ao determinar posse justa é aquela que não é violenta, clandestina ou precária. Esta regra está no artigo do Código Civil. Para Maria Helena Diniz: Será justa a posse quando for adquirida sem mácula de qualquer dos vícios objetivos da posse, ou seja, os apontados pelo artigo do Código Civil. Enquanto que a posse injusta carrega a mácula dos vícios objetivos da posse, pois serem atos ilícitos, defeitos que se encontram na origem da posse. (DINIZ, 2004, p )

20 20 Contudo, os vícios objetivos têm uma característica fundamental: são relativos e temporários. Relativos porque só podem ser alegados pela pessoa que sofreu a violência, clandestinidade ou precariedade; e, temporário porque pode convalescer com o tempo, assumindo a posse, neste caso, o papel de legitimidade na marcha para usucapião, ou seja, cessada a violência ou clandestinidade, a posse se instala, embora viciada, disparando tempo para a chamada prescrição aquisitiva. (GOMES, 1994, p ) 2.6 Posse nova e posse velha A legislação atual distingue ambas com intuito de consolidar a situação de fato, de forma que possibilite remir a posse dos vícios possessórios tais como, violência, clandestinidade, como já fora mostrado anteriormente. O prazo previsto no art. 924 do Código de Processo Civil, diz respeito ao rito especial de força nova, caso essa posse venha sofrer perturbação ou esbulho, sendo que para a utilização deste instrumento basta que a posse seja em relação ao oponente. Será considerada posse nova a que for exercida a menos de uma no e dia. No entanto, a posse será considerada velha quando ultrapassar este lapso de tempo, ou seja, ano e dia, neste caso o mesmo artigo já mencionado dá ao possuidor a manutenção de sua posse, sumariamente, até que seja convencido pelos meios ordinários. (JUNIOR, 2001, P. 120) 2.7 Posse civil e posse natural A posse poderá ser transmitida pela entrega (tradição) da coisa ou por documento. E é através deste meio que é possível determinar se a posse teve como origem a posse civil ou posse natural. Posse natural é aquela transmitida mediante tradição da coisa, isto é, aquela que se obtém pela apreensão física da coisa. É um direito que nasce exclusivamente da posse. (FARIAS e ROSENVALD, 2006) Enquanto que a posse civil é aquela transmitida por documentos que deverá conter expressamente clausula denominada clausula constituti (GONÇALVES, 2010, p grifo nosso) Segundo professor Márcio Cândido:

21 21 [...] esta clausula é aquela constante expressamente num contrato de transferência dominial de um bem em que se consigna que, ao mesmo tempo em que se transfere a propriedade da coisa, está se transferindo a sua posse. (CÂNDIDO, 2007, p. 104) Apesar de ter apresentado em uma apertada síntese como se origina a posse natural e a posse civil, ficaram demonstrado quais são os elementos que caracterizam, e quais os requisitos que cada uma deve preencher para ter o reconhecimento legal Do caráter da posse Primeiramente, cabe salientar que, os elementos que norteiam as espécies de posse já elencadas, se revestem de um caráter, que se referem aos aspectos subjetivos da posse, mais especificamente a posição psicológica do possuidor, tais elementos podem determinar a distinção entre uma espécie e outra, e, por conseguinte, provocar efeitos legais tais como: benfeitorias, frutos percebido, bem como a possibilidade de usucapir a coisa Posse mansa, pacífica, sem oposição e ininterrupta Segundo ao art do atual Código Civil adquire-se a posse desde o momento em que se torna possível o exercício em nome próprio de qualquer dos poderes inerentes à propriedade. Partindo deste pressuposto, que serão analisados os elementos de oponibilidade, ininterrupção e até mesmo de mansidão, pois são elementos que poderão estar presentes desde o inicio da posse ou podem surgir no exercício dela. A posse exercida com esses caracteres é determinante para a aquisição da propriedade da coisa pelo instrumento da usucapião. (SIMÃO e DEQUECH, 2003, p. 115) Nesse sentido, NEQUETE (1954, p.68-69), Caracteriza-se posse mansa pacífica e sem oposição, aquela posse exercida sem que tenha havido oposição por parte do proprietário ou de outros interessados; sem ter sido objeto de litígio, que se percebe através do ajuizamento de ação reivindicatória. Tanto os elementos de mansidão e ausência de oposição, bem como sua continuidade, ou seja, falta de interrupção, todos esses elementos são considerados como condição objetiva para dar a legitima característica a posse

22 22 Não podendo confundir inconformidade com oposição, como bem ressaltou o Egrégio Tribunal de Alçada do Rio Grande do Sul, em acórdão publicado pela RT 457/252: oposição, no sentido que lhe emprestou o legislador, não significa tentativa, ponderação ou parlamentação com a finalidade de convencer alguém a demitir de si a posse de determinada coisa. Antes, isto sim, traduz medidas efetivas e concretas, identificáveis na área judicial, visando a quebrar a continuidade da posse, opondo a vontade do possuidor outra vontade que lhe contesta o exercício daqueles poderes inerentes ao domínio qualificador da posse. No que tange a posse continua e ininterrupta antes de ser diretamente considerada deve se observar para qual fim a posse se presta. Se voltada para usucapião, deverá observar-se para qual modalidade ela se refere, visto que para cada espécie há um prazo prescricional aquisitivo. Assim, os quinze anos que alude o artigo do Código Civil, para a modalidade da Usucapião Extraordinária, por exemplo, deve ser contínuos e sem interrupção, muito embora o possuidor atual junte a sua posse a de seus antecessores. (SALLES, 2010, p. 63) Não é diferente o entendimento do grande PEREIRA (2005, p. 120) o possuidor não pode possuir a coisa em intervalos, intermitentemente, nem tê-la maculada de vícios ou defeitos. Diante do apresentado, conclui-se que para que o possuidor não poderá sofrer nenhuma reivindicação ou interromper a posse antes de completar o lapso temporal determinado em lei para cada modalidade de usucapião Posse boa e má fé O Código Civil em seu artigo dispõe sobre o aspecto subjetivo da posse: É de boa fé a posse, e o possuidor ignora o vício ou obstáculo que impede a aquisição da coisa. Não menos importante é o entendimento do grande civilista: Posse de boa fé: se dá quando aquele que está exercendo a posse sobre a coisa tem a convicção inabalável de que a coisa realmente lhe pertence. É a crença de que sua situação é legitima, desconhecendo qualquer causa que impeça a aquisição do exercício sobre a coisa. Nessa conceituação de posse de boa fé, o possuidor poderá gozar de dois efeitos legais, a aquisição da coisa por usucapião e a questão dos frutos e benfeitorias resultantes da coisa possuída. (PEREIRA, 2005, p. 30)

23 23 Em contra partida, o artigo do Código Civil aponta a hipótese de posse de má-fé: A posse de boa fé só perde este caráter no caso e desde o momento em que as circunstancias façam presumir que o possuidor não ignora que possui indevidamente Isto pode ficar demonstrado no caso em que o possuidor é citado em uma ação, é uma dessas circunstancias que demonstram a transformação da posse de boa fé em posse de má fé, pois em razão da referida citação, o possuidor recebe a cópia da petição inicial, o que da ciência dos vícios de sua posse (RTJ 99:804; RJTJRS 69:393) Cabe ressaltar que, a corrente dominante entende que havendo dúvida quanto á época em que a posse se tornou viciosa, o melhor critério é fixá-la a partir da data da propositura da ação Posse com animus domini e posse com animus tenende É considerada posse com animus tenende, a posse que apesar de revestida por cuidados e zelo pelo possuidor, este não o faz com o animo de dono, e sim, em nome de outrem. Nessa esteira, leciona, o grande jurista: Quem tem a posse de um terreno que lhe foi dado em comodato ou em locação, respeitando o domínio alheio do comodante ou locador, tem a posse mas, sem a intenção se ser dono, simplesmente affecttio tenendi, isto é, porta-se diante da coisa como proprietário se portaria, mas reconhece o domínio alheio. (NASCIMENTO, 1992, p. 210 grifos nosso) O que não ocorre com a posse exercida com o animo de dono, pois nesta o possuidor tem a livre convicção de ser dono da coisa, ele cuida, zela, exterioriza todos os atos de dono, como se realmente dono fosse. (GONÇALVES, 2010, p ) Posse ad interdicta e posse ad usucapionem Posse ad intedicta é a posse que em determinado momento recebe a proteção mediante os interditos possessórios, bastando que essa posse não seja violenta, clandestina ou precária perante o seu oponente (MONTEIRO, 2000, p. 30) Quanto à posse ad usucapionem é a posse exercida por alguém com intuito de adquirir a propriedade da coisa, pois esse tipo de posse permite que quem a exerça, adquira a propriedade da coisa por usucapião, desde que preenchidos os requisitos previstos em lei. (FARIAS e ROSENVALD, 2006, p. 108)

24 Dos efeitos da posse Após ter relatado as espécies de posse e os elementos que caracterizam cada uma, resta indicar quais os efeitos que alcançam o possuidor, bem como, quais os instrumentos jurídicos previstos em lei. Conforme aponta TARTUCE (2011, p. 772), o Código Civil atual, apontam quais as regras que norteiam os efeitos da posse, sendo que tais regras tem caráter material e processual Efeitos de ordem material Estão inseridos nos artigos a do Código Civil Brasileiro, os efeitos quantos aos frutos e as benfeitorias oriundas do exercício da posse Os efeitos da posse são as conseqüências jurídicas por ela produzidas. São eles: a proteção possessória; a percepção dos frutos; a responsabilidade pela perda ou deterioração da coisa; a indenização por benfeitorias e o direito de retenção para garantir seu pagamento; o usucapião Efeitos de ordem processual Configura-se efeitos processuais, os instrumentos legais que quando aplicados surte o efeito de proteção ao possuidor do bem imóvel, são eles: a) Jus Possidendi: direito à posse que resulta do direito de propriedade. O possuidor tem a posse e também é proprietário. O titular pode perder a posse e nem por isso deixará de ser o proprietário. b) Jus Possessionis: direito de posse que resulta da posse exclusivamente. Sendo que o possuidor não é o proprietário. c) Esbulho: Este ato fere a posse do possuidor, sendo que este fica injustamente privado da posse. Para recuperar a posse o mesmo deverá se valer dos meios interditórios, mas precisamente, propor uma ação de reintegração de posse. d) Turbação: ato que dificulta o exercício da posse, porém não a suprime, causando apenas um embaraço no exercício da posse. O possuidor permanece na posse da coisa, ficando apenas cerceado em seu exercício. Da mesma forma que no esbulho, neste caso

25 também o possuidor deverá recorrer dos interditos possessórios, através de uma ação de manutenção de posse. 25

26 26 SEÇÃO 3 DA USUCAPIÃO DE BEM IMÓVEL Considerando que a interversão do caráter da posse pode ser crucial para legitimar uma determinada pessoa a usucapir um bem imóvel, necessário se faz analisar o instituto da usucapião, suas modalidades e seus respectivos requisitos, pois isto permitirá que se identifiquem os efeitos de uma possível inversão em cada uma das modalidades previstas em lei. 3.1 Origem e evolução histórica Conforme palavras de Cunha Gonçalves: A prescrição começa desde que o direito podia ser, porém não foi exercido. (GONÇALVES apud NUNES, 1997, p. 4) Entretanto, é possível extrair dos registros históricos, que a origem da Uusucapião remonta às leis das XII tábuas, onde foi primeiramente regulado, sendo o prazo de um ano para os bens móveis e de dois anos os imóveis. (NUNES, 1997, p.4-5) Contudo, há uma segunda corrente de autores que afirmam que a prescrição denominada aquisitiva originou-se na Grécia e que Platão a mencionou em sua imortal obra A República, colocando-a como um instituto que poderia combater a desigualdade. (CORDEIRO,1995,p.17-18) No entanto, a doutrina majoritária e também atual, defende que o instituto da usucapião surgiu no direito romano com o fim de proteger a posse do adquirente imperfeito, ou seja, aquele que receberá a coisa sem as solenidades que a legislação vigente julgava necessária. (CHAMOUN, 1977, p. 253) Já no Direito romano a prescrição era usada como exceção, como meio ou forma de defesa, e seu fundamento apoiava-se no decurso do tempo, passando a palavra praescriptio a significar a exceção fundada no tempo. (PINTO e ARRUDA, 1992, p , grifo nosso) Por ser usada como instrumento de defesa, a prescrição se revestia de elementos próprios, elementos estes que sofreram variações de acordo com a interpretação jurídica de cada época do direito romano. Entre outras mudanças, importante citar a mudança em um elemento essencial, o prazo prescricional. Assumindo Justiniano como imperador de Roma tratou de elevar o prazo prescricional de bem imóvel, que até então era de dois anos para trinta anos. (PINTO e ARRUDA, 1992, p. 18) Justiniano fundiu num só instituto a usucapião primitiva e a prescrição de longo tempo, denominando-o usucapio e, estendeu-o aos estrangeiros e aos bens provinciais. Determinou que a usucapião dos imóveis se operasse em dez anos entre presentes, e em vinte anos entre

27 27 ausentes; que o dos móveis se verificasse em três anos. Criou a prescrição extraordinária (praescriptio longissimi temporis) que se consumava em trinta e quarenta anos: de trinta para móveis e imóveis em geral; e de quarenta para os bens do Estado ou do Imperador (a princípio imprescritíveis) os das igrejas e lugares vulneráveis. (NUNES, 1997, p. 5-6, grifos nosso) Os efeitos das mudanças feitas por Justiniano atravessou séculos e, ligou todas as leis. No Brasil não foi diferente, o legislador brasileiro, se baseou nos princípios do instituto da Usucapião do direito romano, para regular o prazo prescricional bem como sua aplicabilidade e efeitos. Essa conclusão se torna possível ao analisar as regras de cada modalidade existente no atual ordenamento jurídico brasileiro. 3.2 Conceito Assim como no conceito de posse, o conceito da usucapião bem como sua natureza jurídica, ainda não está pacificado, contudo, será considerada a corrente predominante. Segundo RIBEIRO (2010, p. 195) É uma das modalidades de aquisição da propriedade de bens móveis e imóveis pelo decurso do tempo estabelecido e com a observância dos requisitos instituídos em lei. Em outras palavras, é o meio de aquisição originária da propriedade ou de outro direito real, pela posse prolongada, aquisição esta que surtirá efeitos erga omenes após decretação de sentença judicial declaratória, cujos efeitos retroagem a data que o direito pleiteado se constituiu. (SALLES, 2010, p ) Um velho acórdão do Supremo Tribunal Federal, em um recurso extraordinário de Santa Catarina, disse que: o usucapião é a aquisição do domínio pela posse ininterrupta e prolongada, são condições para que ele se verifique a continuidade e a tranqüilidade. (RE 6287/SC) Assim como entre os magistrados, a melhor doutrina defende o conceito de posse como sendo uma das formas de aquisição originaria da propriedade, vejamos: Nessa esteira conceitua VENOSA (2009, p. 201) [...] deve ser considerada como modalidade originária da aquisição da propriedade. Por fim, MONTEIRO (2000, p. 118) conceitua a usucapião como aquisição originária, pois para o usucapiente a relação jurídica de que ele é o titular surge com o direito novo, independentemente da existência de qualquer vinculação com o seu predecessor, que se acaso existir não será o transmitente da coisa.

28 Natureza jurídica A origem jurídica do instituto se funda em duas correntes, que se dividem em subjetiva e a objetiva. A primeira fundamenta a usucapião na passividade do proprietário, na presunção de que há o ânimo da renúncia ao direito de propriedade, enquanto a segunda assenta-se na utilidade social, na conveniência de se dar segurança e estabilidade à propriedade, bem como consolidar as aquisições e facilitar a prova do domínio. (GOMES, 2004, p. 116 grifos nosso) É possível afirmar que a teoria que mais se aproxima dos princípios que norteiam o direito brasileiro contemporâneo é a teoria objetiva. Sendo qualificada como a melhor, mais completa, sendo esta citada por diversos juristas de renome e que oferece um conceito lógico como fundamento. (SALLES, 2010, p. 49) E mais, considerando que a teoria objetiva se funda na finalidade social ou no interesse da coletividade, que determina propriamente o fundamento básico do direito, natural é que este se infira como objetivo primordial da prescrição, tanto extintivo como aquisitivo. Julga Benedito Silvério (2010, p. 192) não deixar de haver na prescrição certa penalidade indireta à negligência do titular, e muito justificável essa pena, que o priva de seu direito, porque, com a sua inércia obstinada, ele faltou ao dever de cooperação social, permitindo que sua negligência concorresse para a procrastinação de um estado antijurídico, lesivo à harmonia social. Por fim, conforme expressa Platão em sua obra A República, que o instituto da usucapião nasceu em conseqüência daqueles que não possuíam bens, ou seja, não possuíam sequer lugar para habitar, desta feita, em detrimento aqueles, que possuem grandes escalas de bens e não usufruíam a usucapião surgiu para que pudesse diminuir a disparidade da desigualdade social. (PLATÃOP apud, CHAMOUN, 1977, p. 28, grifo nosso) No Brasil, a origem do instituto da usucapião, se deu com intuito de poder retirar da mão dos grandes proprietários, determinados espaços de terras que não eram utilizados, para que pudesse auferir a propriedade aqueles que tinham interesse em aproveitá-la de forma adequada e racional.

29 Modalidades e requisitos: a) usucapião extraordinária: O atual Código Civil brasileiro, disciplina em seu art , sobre essa espécie de usucapião: Art : Aquele que, por quinze anos, sem interrupção, nem oposição possuir como seu um imóvel, adquire-lhe a propriedade, independentemente de título e boa fé; podendo requerer ao juiz que assim o declare por sentença, a qual servirá de título para o registro no Cartório de Registro de Imóveis. Parágrafo único. O prazo estabelecido neste artigo reduzir-se-á para dez anos se o possuidor houver estabelecido no imóvel a sua moradia habitual, ou nele realizado obras ou serviços de caráter produtivo. Além dos elementos essências expressos no referido artigo, há outros elementos considerados pela melhor doutrina, como suplementares, estes apesar de não estarem expressos no corpo da lei, também devem ser preenchidos pelo possuidor que pretende usucapir o imóvel. Posse sem oposição; isto é, mansa e pacifica; Tempo, decurso do prazo de quinze anos, sem interrupção; Animus domini, ou seja, intenção de ser dono. Como se vê esta modalidade de usucapião não requer justo título, nem boa fé por parte do possuidor. A longa duração da posse supre a falta do justo título, podendo o possuidor adquirir a coisa em sua totalidade, ao contrário da modalidade ordinária, na qual a prescrição somente pode ocorrer dentro dos contornos contido no próprio título. (SALLES, 2010, p. 64) Conforme apontado pelo parágrafo único do referido artigo, nesta modalidade, se o possuidor, estabelecer no imóvel moradia habitual, ou nele houver realizado obras ou serviços de caráter produtivo, deverá o lapso temporal ser reduzido para dez anos. Apesar desta modalidade de usucapião dispensar o justo título e a boa fé, compete ao possuidor, também chamado prescribente ou usucapiente, cumprir os requisitos legais caracterizadores da usucapião extraordinária. (RIBEIRO, 2010, p ) b) usucapião ordinária

30 30 Nesta modalidade de usucapião também devem estar presentes os requisitos tidos como elementos essenciais para que o possuidor possa usucapir o bem imóvel, ou seja, posse e tempo. No entanto, ao contrario das outras modalidades, esta exige o justo título e boa fé. Além do justo titulo, também está expresso no artigo que legitima o usucapeinte da espécie ordinária, a expressão continua e incontestadamente, palavras essas, ausentes no artigo que fundamenta a usucapião extraordinária. (SALLES, 2010, p ) A continuidade advém do fato de não ser interrompida, podendo-se dizer que posse contínua e posse ininterrupta se equivalem, sendo palavras sinônimas, pois que indistintamente utilizadas pelo Código Civil de Posse incontestada é aquela que não sofre oposição, que é tranqüila, mansa e pacífica. (RIBEIRO, 2010, p ) Todo o exposto permite concluir que os requisitos indispensáveis à caracterização da usucapião ordinária consistem na coisa hábil (usucapível), na posse animo de dono no lapso de tempo, justo título e na boa-fé, conforme explicita o Art do Código Civil: Adquire também a propriedade do imóvel aquele que, contínua e incontestadamente, com justo título e boa-fé, o possuir por dez anos. O parágrafo único do art traz inovação, possibilitando redução do prazo prescricional para cinco anos, no caso de existência de título que tenha perdurado válido durante o lustro legal, mas que venha a ser cancelado posteriormente. Art , Parágrafo único do Código Civil. Será de cinco anos o prazo previsto neste artigo se o imóvel houver sido adquirido, onerosamente, com base no registro constante do respectivo cartório, cancelada posteriormente, desde que os possuidores nele tiverem estabelecido a sua moradia, ou realizado investimentos de interesse social e econômico. A legislação atual, até mesmo como medida preventiva e segurança, beneficia, através desta modalidade aquele que de boa-fé, adquira o imóvel garantido por registro. O parágrafo único do artigo 1.242, deixa claro que se o possuidor morar no imóvel ou desenvolver riquezas, fazendo a propriedade produzir, revestirá a sua posse de uma característica fundamental para a regularização dominical aplicando-se a prescrição pelo prazo reduzido. Também o imóvel utilizado para render alugueres ou cujo objeto arrendamento ou parceria também cumpre uma função econômica, bem como os usados para plantio pelo próprio possuidor direto é passível de gozar da usucapião ordinária. (NUNES, 1997, p ) c) usucapião constitucional urbana

31 31 A usucapião Constitucional Urbana é instituto novo no ordenamento jurídico, originouse com a Constituição de 1988, que trouxe em seu bojo os Direitos Fundamentais, inexistindo, portanto, correspondência com as formas usucapitórias anteriores, ou seja, a forma extraordinária e ordinária, pois para estas modalidades são exigidos prazos prescricionais maiores, ausência de limite de área, entre outros. Os requisitos para a aquisição da usucapião pela modalidade Constitucional Urbana estão expressos no art. 183 da Constituição Federal, in verbis: Art. 183 da Constituição Federal: Aquele que possuir como sua área urbana de até duzentos e cinqüenta metros quadrados, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, utilizando-a para sua moradia ou de sua família, adquirir-lhe-á o domínio, desde que não seja proprietário de outro imóvel urbano ou rural. Com efeito, da promulgação da Constituição Federal de 1988, houve recorrentes divergências doutrinárias e jurisprudenciais, no sentido da aplicação do artigo 183 da Constituição Federal, abrindo-se a discussão: o contido no referido artigo deveria ser aplicado, em todas as posses qüinqüenais, até mesmo naquelas iniciadas ainda que concluída depois. (FERREIRA, 2006, p. 171) No entanto, foi majoritário o entendimento de que somente podiam ser computadas posses iniciadas a partir da data da vigência do dispositivo Constitucional, o que foi endossado pelo Supremo Tribunal Federal. Ou seja, aquele que possuir, preenchendo os requisitos previstos no artigo 183 da Constituição Federal, será o beneficiário da aquisição da propriedade pela usucapião urbana. (RIBEIRO, 2010, p ) Prestado como um instrumento de normatização e de meio de alcance ao previsto disposto no artigo 183 da Constituição Federal a lei nº de 2001, chamada de Estatuto das Cidades, criou as chamadas usucapião urbana individual e usucapião urbana coletiva, com contornos próprios, e ainda estabeleceu que o direito à usucapião urbana não seja reconhecido ao mesmo possuidor mais de uma vez. A referida lei também tratou de distinguir o imóvel urbano do rural, atribuindo elementos para caracterização de cada um, como os da destinação, finalidade e localização. Especificando que se considera urbano se destinado, ou utilizado para a moradia, comércio ou industrial e rural se destinado à exploração agrícola, pecuária, extrativa vegetal ou agroindustrial. (SALLES, 2010, p ) Quanto ao elemento que reveste o imóvel pela característica da localização a mesma lei regula: considera-se imóvel urbano aquele localizado dentro do perímetro urbano, que será

32 32 fixado em razão dos interesses do Município, beneficiário da arrecadação do imposto predial e territorial urbano. (ESTATUTO DAS CIDADES) Nesse sentido pertinente a colocação do Enunciado nº 85 do CEJ- Centro de estudos judiciários do Conselho da Justiça Federal. Para efeitos do art caput, do novo Código Civil, entende-se por área urbana o imóvel edificado ou não, inclusive unidades autônomas vinculadas a condomínios edilícios. (conforme anexo) O Estatuto também corrobora o disposto no artigo 183 da Constituição Federal, confirmando que a área urbana deve ser utilizada para moradia do possuidor ou de sua família, logo, é necessário que exista uma casa no terreno usucapiendo, já construída desde o início da posse ou no exercício dela. Por fim, para a obtenção da usucapião, na modalidade urbana, a Constituição não exige que o possuidor comprove a boa-fé; ela, pois até prova em contrário, é presumida. O justo título também não é requisito face ao art. 183 da Carta Política. Nada impede, porém, que seja utilizado como meio de reforçar a pretensão aquisitiva. d) usucapião Constitucional rural ou laboral Conforme exposto por NUNES (1997, p. 87), o legislador Constituinte de 1934, ao criar essa espécie de usucapir, tinha uma intenção de proteger o pequeno lavrador, fixá-lo ao campo, evitar o êxodo dos rurícolas para os centros urbanos e incentivar a produção agrária. Desde então, essa norma vem sendo reproduzida na Constituição Federal e 1.937, mantido seu preceito no Estatuto Fundamental de 1946, entre outras até chegar à Constituição vigente. O artigo 191 da Constituição Federal de 1988 dispõe sobre essa modalidade de usucapião, vejamos: Art. 191: Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como seu, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra, em zona rural, não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Essa espécie de usucapião tem por finalidade prestigiar o possuidor que há mais de cinco anos lavra a terra e nela mora com a família, dando inequívoca finalidade social a terra. O código Civil de 2002, em seu artigo 1.239, corrobora a norma Constitucional. Art Aquele que, não sendo proprietário de imóvel rural ou urbano, possua como sua, por cinco anos ininterruptos, sem oposição, área de terra

33 33 em zona rural não superior a cinqüenta hectares, tornando-a produtiva por seu trabalho ou de sua família, tendo nela sua moradia, adquirir-lhe-á a propriedade. Com se vê os dispositivos legais são suficientemente claros, quanto aos requisitos que devem ser preenchidos pelo possuidor. Contudo, o enunciado nº 312 do CEJ Centro de Estudos Judiciários após debater a disposição do artigo do novo Código Civil, se posicionou quanto aos elementos que devem ser considerados quando da fixação da área. Observado o teto constitucional, a fixação da área máxima para fins de usucapião especial rural levará em consideração o módulo rural e a atividade agrária regionalizada. (conforme anexo) Considerando que o enunciado aprovado representa um indicativo para interpretação do Código Civil e representa entendimento majoritário, julgo ser de suma importância sua aplicação para a legítima demarcação da área pretendida a usucapião rural. e) usucapião coletivo Apesar desta espécie de usucapião encontrar fundamento nos artigos 182 e 183 da Constituição Federal, foi à lei 10527/200 que efetivamente criou essa modalidade. Diferente das demais espécies, esta é a única que não encontra amparo no Código Civil de Trata-se de uma inovação jurídica, considerada por toda doutrina como notável e revolucionária. A usucapião coletiva permite não só a regularização fundiária das favelas urbanas brasileiras, mas também a sua urbanização. (SILVA, 1995, p. 296) Como indicado acima foi à lei nº 10527/200 chamada de Estatuto da Cidade em seus artigos 9º a 13 que especificou os elementos que caracteriza a usucapião coletiva bem como determinou seus requisitos e legitimados para usucapir: Art. 10. As áreas urbanas com mais de duzentos e cinqüenta metros quadrados, ocupadas por população de baixa renda para sua moradia, por cinco anos, ininterruptamente e sem oposição, onde não for possível identificar os terrenos ocupados por cada possuidor, são susceptíveis de serem usucapidas coletivamente, desde que os possuidores não sejam proprietários de outro imóvel urbano ou rural.

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