Gove convida bancos italianos
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- Roberto Desconhecida Caminha
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1 Publicado em Italianos avaliam negócios no país Uma missão empresarial da Itália estará em Maputo de 19 a 21 de Maio para estudar as várias possibilidades de investimentos que Moçambique oferece. A missão é a primeira iniciativa do Plano África, elaborado pelos Ministérios italianos do Desenvolvimento Económico e dos Negócios Estrangeiros, devendo ser acompanhada pelo viceministro do Desenvolvimento Económico, Carlo Calenda. Segundo um comunicado recebido na nossa Redacção, serão três dias de contactos com empresários e instituições moçambicanas das mais diversas áreas, destacando-se os dos sectores da agro-indústria, construção civil, banca, petróleo e gás, energias renováveis, pesca, saúde e ambiente. No quadro da visita, a Agência para o Comércio Externo (ICE) de Itália, a Embaixada da Itália, e a Confindustria (Confederação da Indústria Italiana) organizam no dia 20 de Maio uma série de encontros business-to-business entre empresas italianas e moçambicanas. De acordo com a mesma fonte, o governo italiano colocou Moçambique no topo da sua estratégia de internacionalização das empresas, dadas as potencialidades e a confiança que o país oferece. A Itália definiu Moçambique como um país prioritário, seguindo a longa história de cooperação e amizade que vem desenvolvendo com ele desde a luta de libertação nacional tendo-se intensificado depois da independência, lê-se no comunicado. Em 2013, as exportações italianas para Moçambique foram de 60 milhões de euros, mais de 28 % em relação ao ano anterior. As importações aumentaram 28 % para 354 milhões de euros. A missão acontece depois de Moçambique ter participado no Fórum Económico Itália - África, no passado mês de Março em Roma, em que este país africano apresentou o seu apetecível quadro económico. Na ocasião foi celebrado um memorando de entendimento entre a Confindustria e CTA (Confederação das Associações Económicas), CPI (Centro de Promoção do Investimento), IGEPE (Instituto da Gestão de Participações do Estado); IPEME (Instituto para Promoção das Pequenas e Médias Empresas). Publicado em Gove convida bancos italianos 1
2 O GOVERNADOR do Banco de Moçambique (BM), Ernesto Gove, convidou ontem representantes de instituições financeiras italianas a estabelecerem suas subsidiárias no nosso País. Gove, falava numa mesa redonda em Maputo, promovida pela Associação Moçambicana de Bancos, Associação Bancária Italiana e pelo BM, no âmbito de uma visita que uma delegação daquele País europeu efectua a Moçambique. A delegação é liderada pelo vice-ministro italiano para o Desenvolvimento Económico e integra para além de representantes da Associação Bancária Italiana, dirigentes semiores de quatro maiores bancos italianos, nomeadamente Unicredit, Banca Intesa, UBI e Banca Popolare di Vicenza. Queremos que a relação com a Itália não se limite apenas a declarações de vontades ou então à diposição, apenas de possibilidades de estender linhas de créditos para projectos em Moçambique, mas que se considere também a possibilidade de estabelecimento no pais de subsidiárias italianas ou de bancos com accionistas italianos e moçambicanos. Esta será, de facto, a expressão mais importante da cooperação. Essa será a expressão de que a Itália não vem para um projecto, mas sim para uma relação duradoura de cooperação, disse o governador do Banco de Moçambique. Ernesto Gove afirmou ainda que a visita da missão italiana acontece num momento em que Moçambique atravessa um dos mais interessantes momentos da sua história económica recente com grandes investimentos fluindo. É um País que ao longo das últimas décadas tem conhecido uma estabilidade macroeconómica bastante assinalável, medido pela inflação baixa que se tem registado de forma sistemática, pela estabilidade da moeda e também pelas finanças públicas respeitando os critérios de boa gestão orçamenta e fiscal. Por causa desse esforço ao nível supraestrutural, podemos dizer que estamos num país com estabilidade macroeconómica e num país como um verdadeiro destino para o investimento tanto nacional como estrangeiro, disse. Por seu turno, Carlo Calenda afirmou que a presente missão não nasce do nada. Nasce da ideia de que Moçambique é um país prioritário para investimentos e cooperação nos próximos tempos. Aquela que hoje é a maior missão, em termos de dimensão e de qualidade das empresas presentes que o nosso País jamais fez para Moçambique, nasce de uma relação antiga, cultural e económica que tem as suas raízes no passado, muito antes da independência de Moçambique, disse. Segundo ele, a ENI que é uma das maiores empresas italianas está aqui presente e o Governo italiano considera esta missão, não como ponto de chegada, mas como ponto de partida e que cada vez mais empresas italianas de dimensão diversa virão aqui para Moçambique. queremos empresas italianas a virem construir a sua base produtiva em Moçambique. Ainda ontem, Carlo Calenda, acompanhado por empresários italianos e representantes de associações económicas e confederações daquele País foi recebido em audiência pelo ministro da Indústria e Comércio, Armando Inroga. 2
3 Publicado em Estilistas nacionais desfilam na Itália DOIS estilistas nacionais vão representar o Mozambique Fashion Week (MFW) num festival de moda em Ricerca, Itália, entre os dias 14 e 20 de Julho próximo. A participação dos moçambicanos surge no âmbito de um acordo assinado ontem pela DDB Moçambique, organizadora do MFW, através do seu director Vasco Rocha, e pela empresa italiana CNA Federmoda RMI (Ricerca Moda Innovazione), representada por Antonio Francheschini e Roberto Corbelli. O acordo entre estas instituições foi assinado à margem da reunião da missão empresarial italiana que desde segunda-feira se encontra na capital, onde já reuniu com representantes do Governo, empresários nacionais e outras entidades interessadas. Não se trata de uma nova parceria, mas de um entendimento que data de há cinco anos e permitiu que até ao momento estilistas como Marinela Rodrigues, Wacélia Zacarias, Taússe Daniel e Alexandre Tique Alexandre representassem o MFW em Bologna, Espanha, fazendo desfilar as suas colecções neste evento de moda dedicado aos novos talentos. Esta iniciativa tem como objectivo criar oportunidades aos estilistas moçambicanos de se poderem afirmar no mundo da moda, ajudando o seu desenvolvimento e promovendo a troca de experiências com estilistas de todo o mundo. Para além de desfiles, o festival de moda de Ricerca promove workshops que ajudam para a formação e desenvolvimento de quem quer ir além, os estilistas que têm a oportunidade de conhecer de perto as mais recentes tendências, assim como tecidos, acessórios e acabamentos. Este ano o festival também dará oportunidade aos estilistas de participarem na área da formação de moda, juntando sinergias entre a DDB Moçambique, a CNA Federmoda e institutos de formação superior, com o intuito de activar a partilha de conhecimentos entre jovens estilistas e empreendedores. A troca de experiências vai envolver ainda pesquisadores, professores e profissionais para a cooperação académica e técnica, ajudando a formar as classes mais jovens que pretendam seguir uma carreira profissional ligada à área da moda. Os assinantes do acordo entendem que ao assumir a postura de desenvolvimento este será com certeza o passo que vai fazer a diferença na formação dos estilistas mais novos. 3
4 A assinatura do acordo de parceria entre a DDB Moçambique Mozambique Fashion Week e a CNA Federmoda RMI (Ricerca Moda Innovazione) vem assim oficializar mais um ano de intercâmbio entre Publicado em Itália apoia PME`s O governo italiano pretende continuar a contribuir para o desenvolvimento da economia moçambicana, através da implementação de um modelo que permite às Pequenas e Médias Empresas (PMEs) se juntarem e investirem no sector da agricultura, bem como na distribuição comercial da produção do sector. O modelo poderá ser executado por um grupo italiano de associações de cooperativas que, para além de impulsionar o desenvolvimento, permitirá transmitir a experiência do saber fazer aos agricultores nacionais. A garantia foi dada pelo vice-ministro do Desenvolvimento Económico italiano, Carlo Calenda, que falava numa conferência de imprensa no âmbito da visita de dois dias que vinha efectuando até ontem ao nosso país. Entretanto, ainda ontem, perto de 200 agentes económicos de mais de 100 empresas italianas participaram em Maputo no Fórum Económico Itália-Moçambique, organizado pela CTA- Confederação das Associações Económicas de Moçambique e a Agência para a Internacionalização das Empresas Italianas. O encontro enquadrava-se no âmbito da Missão Política e Empresarial italiana em Moçambique, promovida entre os dias 19 e 21 do corrente mês pelo Ministério italiano do Desenvolvimento Económico em colaboração com o Ministério italiano dos Negócios Estrangeiros, com o objectivo de investir e criar parcerias com o Governo moçambicano e o empresariado local. Intervindo no decurso do fórum, o Ministro moçambicano da Indústria e Comércio, Armando Inroga, disse que Moçambique e Itália têm relações comerciais na área de exportação e importação, que têm o seu foco de exportação para Itália de alumínio, granito, basalto, mariscos, castanha de caju processada e algodão. Da Itália, acrescentou, Moçambique importa essencialmente viaturas, equipamento eléctrico, maquinaria para a construção civil, para a indústria alimentar, sendo áreas emergentes a indústria do vestuário e a indústria de equipamento de orientação estratégica para o sector do gás e petróleo. No âmbito da cooperação entre ambos os países, Moçambique beneficiou de financiamento do Governo italiano, através do Programa de Assistência às pequenas e médias empresas, indicou o governante, realçando que o valor da ajuda italiana em espécie é de cerca de 19 milhões de euros, tendo já sido desembolsados perto de 12 milhões, disse Inroga. Entretanto, Carlo Calenda disse também que o seu país pretende trazer cooperativas para que venham operar no sector de agricultura. Trazemos aqui este modelo e vamos estudar em conjunto se há uma possibilidade de implementar em Moçambique, sublinhou Calenda, que liderava a delegação empresarial do seu país. 4
5 Publicado em Transferência de conhecimento: ENH Logistics acorda parceria AEMPRESA moçambicana ENH Logistics (ENHL) e a italiana Bonatti acabam de estabelecer uma parceria que visa a transferência, para Moçambique, da experiência desta multinacional italiana na área de prestação de serviços à indústria de hidrocarbonetos. Trata-se da ENHL BONATTI, LDA, que tem como objecto a prestação de serviços de procurement, construção, operação e manutenção de infra-estruturas bem como na área de electricidade e automação. Igualmente, esta parceria pretende explorar as oportunidades de negócios que surgem em Moçambique com investimentos das multinacionais do sector de hidrocarbonetos e servir como um dos provedores de serviços nesta indústria. Esta parceria foi formalizada na terça-feira, em Maputo, com a assinatura de uma manifestação de interesse pelo director executivo da ENHL e administrador da ENHL BONATTI, LDA, Eduardo Naiene, e pelo director comercial da Bonatti e administrador da ENHL BONATTI, LDA, Stefano Protogene, durante uma cerimónia inserida no encontro bilateral entre empresários moçambicanos e italianos. Este evento está inserido no programa de visita do ministro italiano do Desenvolvimento Económico da Itália, Carlos Calenda, que se encontra em Moçambique desde esta segunda-feira. Falando na ocasião, Eduardo Naiene disse que esta parceria enquadra-se no conjunto de actividades da ENHL e permitirá trazer a experiência da Bonatti para Moçambique. Esta parceria tem a mais-valia de poder trazer uma maior qualidade na prestação de serviços sobretudo no core-business da ENHL, incluindo na engenharia, construção e gestão de acampamentos remotos, permitindo o desenvolvimento da área de prestação de apoio logístico, disse Naiene, momentos após a assinatura do documento. Por seu turno, Stefano Protogene disse que a Bonatti congratula-se em acrescentar Moçambique na lista dos seus mercados tradicionais do norte de África, Médio Oriente, Europa e Ásia. A Bonatti está em Moçambique para a transferência de capacidades em procurement e engenharia na área de petróleo e gás de modo a apoiar o desenvolvimento local através de uma parceria fiável, formação de trabalhadores locais e desenvolvimento da comunidade. A missão da Bonatti visa contribuir no desenvolvimento de competências na área de petróleo e gás no país em todas as actividades multidisciplinares através da maximização do conteúdo local, acrescentou Protogene. As duas empresas acreditam que irão desenvolver sinergias fortes, onde a Bonatti é reconhecida como um principal empreiteiro internacional e a ENHL tem um forte conhecimento sobre a realidade do país. A parceria está comprometida a dar uma grande contribuição para o desenvolvimento do conteúdo local, através da criação de oportunidades de emprego para moçambicanos, desenvolvimento de competências através de formação no local de trabalho e melhoria das competências locais sobre o sector de hidrocarbonetos. 5
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