Reflexões sobre o associativismo étnico em Dourados-MS 1 Ellen Cristina de Almeida (UFGD/MS) 2
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1 Reflexões sobre o associativismo étnico em Dourados-MS 1 Ellen Cristina de Almeida (UFGD/MS) 2 O associativismo étnico tem despontado, desde o final da década de 1980, como mais uma alternativa de organização política em que os grupos étnicos tem se mobilizado para acessar políticas públicas. Essa categoria de participação é marcada pelo paradigma da autonomia e do protagonismo indígena garantido pela Constituição de 1988, pelos Artigos 231 e 232. Neste sentido, os povos indígenas e suas associações constituem novos sujeitos que buscam tanto reconhecimento, quanto melhores condições nas Terras Indígenas. Diante do fato de que essas organizações articuladoras são reconhecidas pelo Estado nacional brasileiro, através do regulamento cartorial, este trabalho tem por objetivo refletir sobre os impactos, os desafios e as potencialidades desse tipo de organização, como também apresentar reflexões sobre a relação dessas organizações com instituições estatais e não-governamentais. Palavras-chave: 1- Associações indígenas, 2- Reserva Francisco Horta Barbosa, 3- Dourados-MS. Introdução O trabalho que se segue faz parte da minha pesquisa de mestrado no PPGAnt/UFGD, cujo tema é o associativismo étnico na Terra Indígena Francisco Horta Barbosa, em Dourados-MS. Como anuncio no resumo, as associações indígenas surgem como mais um referencial para a organização política da população indígena, no sentido tanto de reconhecimento, quanto de atendimento das demandas nas Terras Indígenas em território brasileiro. Mas falar de associações indígenas implica pensar em várias questões, como por exemplo, a contextualização a partir do Movimento Indígena e também refletir sobre os desafios desse tipo de organização. Max Weber contribui com a definição de conceitos sociológicos importantes para pensar as categorias presentes na sociedade ocidental, entre elas as associações. Diferenciando a relação comunitária da associativa, Weber destaca: quando e na medida em que a atitude na ação social repousa num ajuste ou numa união de interesses racionalmente motivados (com referência a valores ou afins) (...) (WEBER, 1999, p.25). Essa relação associativa quando apresentada em um tipo de relação social fechada, segundo Weber, implica pensar uma organização com base em fundamentos específicos a partir de uma estrutura formada pelo dirigente e pelo quadro 1 Trabalho apresentado na 29ª Reunião Brasileira de Antropologia, realizada entre os dias 03 e 06 de agosto de 2014, Natal/RN. 2 Bolsita da Fundect (Fundação de Apoio ao Desenvolvimento do Ensino, Ciência e Tecnologia do Estado de Mato Grosso do Sul) mais especificamente pelo edital FUNDECT/CAPES n 010/2013 Mestrado. 1
2 administrativo 3. Neste sentido, a ordem que legitima essa associação pode ser atribuída à afetividade, à religião ou à racionalidade. Nesse último sentido, Weber destaca o direito como um fator de coação, que por fim é legitimado pelos participantes da associação. No caso das organizações/associações regulamentadas em território nacional têm sua formulação a partir do Código Civil Brasileiro de 2002, na parte das Pessoas Jurídicas, no Art.53 mais especificamente, que define a associação da seguinte maneira: constituem-se as associações pela união de pessoas que se organizem para fins não econômicos (BRASIL, 2014). Além disso, é a mesma legislação que orienta o conteúdo que deve estar presente no estatuto de sua fundação. Sendo assim, a não adequação da associação conforme a lei, acarreta no não reconhecimento da mesma pelo Estado brasileiro. A coação específica para as associações é a negação do acesso às das políticas públicas de incentivo a realização de projetos nas aldeias, no caso indígena. Neste sentido, a antropóloga Mariza Peirano, faz uma reflexão sobre o significado dos de que documentos no Brasil enquanto emblemas de identidade cívica (PEIRANO, 2006, p.123) que separam os marginais dos cidadãos. Assim, o registro cartorial legitima quais organizações podem participar das relações políticas e, consequentemente, quais podem executar projetos financiados por órgãos e instituições nacionais e internacionais. Para discutir sobre essa forma de organização entre populações indígenas, Sidnei Peres contribui com a reflexão de que as associações indígenas são novos atores políticos que atuam no enfrentamento das desigualdades, buscando o atendimento e a criação de políticas públicas: É neste sentido que entendo o fenômeno associativo indígena como um desenho participativo, horizontal e descentralizado de implementação de políticas étnicas de mobilização coletiva, mas também altamente formalizado (diretoria, conselho fiscal, assembléia) e dependente mesmo de uma base cartorial (registro no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas/CNPJ), enquanto modalidade de reconhecimento oficial, e de assessoria profissional como condições de acesso a redes de cooperação internacional. A associação indígena é uma forma voluntária de engajamento, com diferentes níveis de adesão, baseada na livre decisão em assumir publicamente uma ancestralidade pré-colombiana ou précolonial, nos esforços altamente reflexivos de gestão da tradição e da identidade étnica num campo de 3 Para Weber, essa formação pode ser localizada em uma única organização ou uma organização apresentar uma das duas formas. 2
3 produção da indianidade marcado por estratégias de politização da cultura e formação de alianças nas esferas públicas não-estatais globalizadas (PERES, 2003, p.37) Para além de apresentar questões pertinentes que perpassam o tema do associativismo étnico, trago para o debate especificidades que surgiram durante o trabalho de campo que fazem parte da realidade das associações indígenas. Refiro-me ao processo de regulamentação de uma associação em que qualquer grupo, seja indígena ou não, passa para se ter o reconhecimento do Estado brasileiro, bem como a necessidade de pensar o papel das instituições que trabalham com as associações indígenas. Tais discussões ficaram evidentes quando iniciei o trabalho de campo com a expectativa de mapear a rede de apoio das associações indígenas. Vale destacar que desde o ano de 2009 venho refletindo sobre o tema do associativismo étnico, quando iniciei um PIBIC (Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica) na Associação de Mulheres Indígenas de Dourados/AMID, com a orientação da antropóloga Cíntia Müller. Portanto, meus dados estão relacionados ao tempo de observação que antecede o projeto de mestrado, como também, meus interlocutores vêm sendo encontrados nessa trajetória. Ainda destaco o fato de que morar em Dourados faz com que eu tenha acesso a várias informações no cotidiano. Estas, coletadas nos mais variados espaços, desde eventos na universidade, encontros informais em supermercados, órgãos públicos e encontros com outros pesquisadores. Neste sentido, telefonemas, caronas, s, fazem parte desse campo amplo de intensas relações interétnicas travadas cotidianamente por quem mora nessa cidade. Tendo apresentado os temas de discussão deste trabalho, sigo com uma breve apresentação dos momentos históricos que foram fundamentais para incentivar as populações indígenas a se organizarem em associações. Do Movimento Indígena ao associativismo étnico Os estudos sobre movimentos sociais ganham espaço nas discussões acadêmicas, principalmente a partir da década de Para a socióloga Kauchakje movimento social representa: (...) formas de ação coletiva com algum grau de organização e representam o conflito ou a contradição entre setores da população pela conquista e/ou administração de recursos e bens econômicos, culturais e políticos e, também, para promover modificações e transformações das relações instituídas de uma sociedade (...) emergem das contradições fundamentais da sociedade e/ou de 3
4 demandas conjunturais decorrentes de carências econômico-culturais (KAUCHAKJE, 2008, p.275). Conceitualmente, a primeira ideia de movimento social estava ligada aos movimentos socialistas e trabalhistas pós Revolução Industrial. Neste sentido, pensadores acreditavam na constituição de um movimento social a partir das lutas de classe, das reivindicações trabalhistas. Para Kauchakje, a mudança conceitual do que se entende por movimento social ocorre conforme avança a segunda metade do século XX, o campo teórico dos movimentos sociais foi se alterando, sob a influência de novas e profundas modificações socioculturais e político-econômicas (IDEM, 2008, p.671). Ou seja, a autora refere-se à incorporação de novos temas no debate dos movimentos sociais. Eram os movimentos de matriz étnica, de gênero e outros que entravam na cena política mundial no final do século XX configurando o que é chamado de Novos Movimentos Sociais. Kauchakje fala de um período em que os movimentos tiveram que se apoiar para alcançarem seus objetivos e destaca algo que é inerente às mobilizações no Brasil, a luta pela terra. Afinal, essa foi e é uma pauta não só dos grupos étnicos como também é objetivo de vários setores da sociedade brasileira (movimentos por reforma agrária). Por essa centralidade da questão da terra, se deu em determinados momentos, a união entre o movimento indígena e outros movimentos sociais (SANT ANA, 2010, p.96). Paralelamente à mobilização de vários segmentos no Brasil, o Movimento Indígena 4 agiu apresentando as especificidades das populações indígenas. O pesquisador Gersem Luciano caracteriza o movimento a partir de um conjunto de estratégias e ações que as comunidades e organizações indígenas desenvolvem em defesa de seus direitos e interesses coletivos (LUCIANO, 2006, p. 58). Segundo o autor essas ações foram de extrema importância para que os indígenas tivessem espaço na discussão política no período de redemocratização do país. Neste cenário de mobilização, os grupos étnicos do Brasil se articularam e apresentaram suas demandas por reconhecimento e garantias de direitos. Nesse primeiro momento, na década de 1970 e início de 1980, o Movimento Indígena, constituído pelas 4 Utilizo Movimentos no plural para caracterizar um período de vários movimentos étnicos em todo o território brasileiro, enquanto Movimento, no singular, corresponde ao fato de que esses movimentos tornaram-se um único para buscar direitos tradicionais no período pré Constituição. 4
5 lideranças de várias etnias e pelas instituições parceiras, buscava o reconhecimento de identidade e de direitos (BAINES, 2012). Várias instituições foram apoiadoras do Movimento Indígena nacional, nesse período oferecendo a realização de encontros e assembleias indígenas, como espaços de intercambio entre as comunidades e os povos (LUCIANO, 2006, p.73). Ainda sobre esse primeiro momento de participação política dos grupos étnicos, Luciano caracteriza como indigenismo não-governamental, sendo a fase das grandes mobilizações patrocinadas por organizações não-governamentais. Para o antropólogo esse período culminaria em importantes conquistas na Constituição de 1988 (Idem,p.73). Após o período de promulgação da nova Constituição, amplia-se a relação entre Estado e povos indígenas, pois nesse interim é quebrada a hegemonia da FUNAI no que se refere ao atendimento das populações indígenas envolvendo outros ministérios 5. É a partir da nova Constituição que é superado o regime de tutela, pois a Carta Magna reconhece as organizações políticas dos indígenas em seu artigo A nova Constituição é um marco separador, divisor de águas para a organização política dos grupos étnicos no Brasil. Antes dela a luta do Movimento Indígena era por reconhecimento étnico e garantias de direitos específicos e depois dela os grupos se mobilizam para efetivar seus direitos. Em virtude desse marco, surgem as primeiras associações indígenas no país. Para o antropólogo Stephen Baines, a mobilização indígena foi responsável para que ocorressem as principais mudanças na relação entre Estado e indígenas. O autor sintetiza essas transformações evidenciando duas inovações lançadas na Constituição. A primeira seria o abandono da perspectiva assimilacionista e a outra diz respeito ao rompimento do regime tutelar (BAINES, 2012). Para Baines, essas inovações permitiram que se desenvolvesse um protagonismo indígena, principalmente no que se refere às organizações indígenas. No Mato Grosso do Sul esse protagonismo indígena pode ser destacado pelas formas de organização política dos grupos étnicos em torno de suas reivindicações. O 5 A educação escolar indígena passa a ser atribuição do Ministério da Educação e a saúde passa para o Ministério da Saúde para a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA). 6 Na década de 1990 acontece outro grande avanço para a política indígena no país com a ratificação de convênios internacionais, por exemplo em 1993 o Brasil assina a Convenção 169 da Organização Internacional do Trabalho (OIT). 5
6 movimento indígena surgido na região sul do estado estava (ainda está) ligado à retomada das terras tradicionais. O antropólogo Fabio Mura sintetiza a centralidade do movimento de retomada: o sistemático desmatamento da região, a conseqüente expulsão de famílias indígenas de lugares tradicionalmente por elas ocupados e a situação dramática das reservas, conformavam uma situação insustentável para a vida guarani, o que se revela na organização de seu movimento de reivindicação por terras (MURA, 2005, p.57). Em meio a um contexto de perda e retomada dos Tekoha duas formas de organização política surgem e ganham destaque no âmbito dos movimentos sociais como organizações fortes e respeitadas: o Movimento dos professores Guarani e Kaiowá e a Aty Guasu. Ambos são movimentos de caráter étnico e estão entrelaçados. Os participantes do Movimento de Professores são também participantes da Aty Guasu. A primeira organização é voltada para a educação e teve uma importante participação na década de 1990 para a constituição de dois cursos específicos para os Guarani e Kaiowá 7. A outra organização é a Grande Assembleia Guarani e Kaiowá - Aty Guasu, na qual as lideranças de toda a região sul do estado participam. São discutidos todos os assuntos que dizem respeito ao cotidiano nas reservas, aldeias e acampamentos. Na atualidade, a Aty Guasu representa um grande espaço de discussão política dos grupos, principalmente no que se refere às relações interétnicas, pois várias instituições estatais e não-governamentais são convidadas para participarem do evento. As associações indígenas não formam um modelo de organização que foge aos outros tipos de organização, no sentido que elas também apresentam o caráter étnico em sua formação, além disso, apresentam demandas para aldeia, que implicam na ampliação dos territórios. Entretanto, o ponto diferencial das associações é a ideia do caráter relacional que elas constituem com as instituições estatais, principalmente pelo atrelamento direto através do registro cartorial, que permite o controle do Estado no que refere as atividades desenvolvidas (ALMEIDA, 2012). É nesse contexto de fortalecimento das organizações indígenas, pós Constituição, que o associativismo étnico surge como mais uma forma dos grupos apresentarem suas demandas e vê-las atendidas. As associações formadas possuem o intuito de acessar políticas públicas de sustentabilidade e, consequentemente, a melhoria 7 Curso de Nível Médio Ará Verá ligado ao Estado em parceria com os municípios, e o Curso de Licenciatura Indígena Teko Arandu, Curso regular da Universidade Federal da Grande Dourados, também com parcerias do Estado, dos Municípios e outros. 6
7 das condições materiais das famílias e da aldeia, ao mesmo tempo em que apresentam em um campo de interlocução com não-indígenas a autenticidade indígena (PERES, 2003). Neste sentido, as associações acabam formando um capítulo a parte do processo de organização política dos povos indígenas. Como demonstra o antropólogo Bruce Albert, só na Amazônia, depois da promulgação da Constituição, houve uma multiplicação de associações indígenas, principalmente na categoria de OSCIP (Organização de Sociedade Civil de Interesse Público). De 10 associações no final da década de 1980, passaram para 180 em 2000, regularizadas ou em processo de regularização em cartório. Algo importante que Albert relata e que pode ser observado em Dourados-MS é que muitas vezes essas associações desempenham funções políticas de representação e discussão das políticas públicas nas aldeias. O antropólogo enfatiza que: O recente boom das associações indígenas tem, portanto, como condições fundamentais de possibilidade, por um lado, o quadro jurídico progressista da nova Constituição e, do outro, o mercado de projetos aberto pela cooperação bi e multilateral e pelas ONGs internacionais, seguidas pelos crescentes investimentos públicos nacionais no setor das OSC (Ministérios do Meio Ambiente, da Saúde e da Educação) (ALBERT, 2013, s/p). O surgimento das associações indígenas na Amazônia, bem como no MS está ligado a um contexto sócio-cultural, demonstrando assim o porquê de na atualidade das reservas e aldeias essa forma de organização ser uma das mais presentes. Os grupos dialogam tanto com o governo quanto com as instituições internacionais. Assim o associativismo étnico é estimulado por ações e políticas externas, e nesse sentido, não se diferencia tanto as realidades em Dourados e em outros locais, como apresento nos próximos tópicos. Em Dourados, na Terra Indígena Francisco Horta Barbosa, as associações também cumprem a função de buscar/acessar verbas públicas, como também formam organizações que representam os grupos nas questões de desenvolvimento da agricultura ou criação de animais, fazendo frente principalmente na distribuição do uso dos tratores para o preparo da terra, na distribuição de sementes, via FUNAI ou Embrapa (PASSOS, 2006). 7
8 Essas distribuições são acessadas por diferentes agentes em diferentes contextos históricos. Durante as décadas de os anos 1970 e 1980 era o capitão 8 quem intermediava, principalmente no que referia à relação entre indígenas e FUNAI. Nesse contexto, trabalhos agrícolas, sementes, óleo, trator, veneno, e outros insumos agrícolas, eram distribuídos pelo capitão conforme suas relações parentais e políticas. (PASSOS, 2006, p. 143). A partir da década de 1990 os grupos vinculados a associações começam a se representar através de outras lideranças e associações. Faz-se necessário apresentar, mesmo que sucintamente, o universo de pesquisa das duas aldeias que compreende a Terra Indígena de Dourados Francisco Horta Barbosa. Notas sobre a Terra Indígena de Dourados e suas associações No início do Século XX, oito reservas foram demarcadas pelo antigo SPI (Serviço de Proteção ao Índio) na região sul do que hoje corresponde ao estado do Mato Grosso do Sul. Tais ações estavam de acordo com a estratégia de liberar a terra para atuação da colonização (BRAND, 2004). Criada em 1917 para indígenas da etnia Kaiowá, logo após sua demarcação, a Terra Indígena começa a se configurar como sistema multiétnico (PEREIRA, no prelo). Isso porque começam a chegar os Guarani e Terena que já estavam na região de Dourados, em decorrência do deslocamento demográfico provocado pela guerra entre o Paraguai e a Tríplice Aliança ( ). Para Pereira, um dos fatores da complexidade do universo de pesquisa foi que os grupos mantiveram suas características étnicas, como língua e organização social, mesmo quando ocorriam os casamentos interétnicos. A Terra Indígena é dividida em duas aldeias, Jaguapiru e Bororó. A aldeia Jaguapiru é composta etnicamente, mas não unicamente, por grupos Guarani e Terena. Essa aldeia é facilmente acessada pela região central da cidade de Douradosatravés da rodovia MS 156. A aldeia Bororó é composta (também não exclusivamente) por indígenas Kaiowá. Até mais ou menos uma década atrás essa aldeia era tida como a de mais difícil acesso, no entanto, a crescente urbanização da cidade e a construção da perimetral norte Ivo Anunciato Cersósimo fez com que a Bororó se aproximasse geograficamente de bairros da cidade (Monte Carlo, Santa Fé e Parque Alvorada). Em relação à realidade da TI Francisco Horta Barbosa, destaco um trecho de um texto inédito do antropólogo Levi Marques Pereira: 8 Figura criada pelo SPI para fazer o diálogo entre a população e o órgão estatal (BRAND, 2004). 8
9 Por conta da proximidade da cidade de Dourados e da dependência em relação a sociedade nacional, as famílias das três etnias mantêm interação freqüente e intensa com os não-índios que vivem fora da Terra Indígena, mas cujos interesses estão de alguma forma voltados para a população que vive na Terra Indígena, tais como comerciantes, agenciadores de mão-de-obra, políticos, funcionários públicos, ONGs, pesquisadores, universidades, religiosos, etc. Os indígenas, por sua vez, transitam quase que cotidianamente pela cidade por diversos motivos, tais como: estudo, trabalho, diversão, vendas de artesanato e produtos agrícolas, compra de alimentos, dentre outros motivos. Os meios de comunicação de massa como a TV e o rádio fazem parte do dia-a-dia das famílias, sendo comum presenciar situações em que as formas de conduta indígena se inspiram diretamente em programações veiculadas pela mídia (PEREIRA, no prelo) A partir desse texto pode-se perceber a pluralidade de questões quando se fala/pensa/age em relação às duas aldeias em Dourados. Isso porque envolve refletir sobre relação entre etnias, formação de grupos/parentelas, alianças políticas contextuais, relações com as instituições públicas e não governamentais; e ainda os espaços interculturais que implicam uma imbricação da cidade na aldeia, e da aldeia na cidade ao mesmo tempo (MOURA, no prelo). Enfim, relações de interdependências, conflitos e alianças. Trago para a discussão a noção de campo social de Max Gluckman, que serve para pensar o campo e, consequentemente, as associações indígenas no contexto plural de Dourados. Desta forma, a ideia de campo social 9 torna-se importante por evidenciar as relações de interdependência entre grupos e atores em uma relação estabelecida sob várias conexões. Esse conceito se torna importante para pensar Dourados, por dar ênfase também aos conflitos e mudanças sociais. A Terra Indígena tem uma superpopulação de 12 mil indígenas (MEYER, 2014) de 3 etnias 10, considerada um espaço multiétnico pelo fato de que muitas famílias estão misturadas pelos casamentos interétnicos, pelas alianças políticas, e estão inseridas em redes de apoio indigenista configurando interdependência em várias situações. Pensando nessa interdependência que propõe Gluckman através da noção de campo social, já mencionado, trago para o texto uma ideia apresentada pela historiadora Marta Troquez. 9 Para João Pacheco de Oliveira, os recortes de Gluckman sobre campo e situação social são conceitos solidários, que tendem a se identificar no processo da pesquisa. Toda análise situacional acaba por delimitar (anda que implicitamente) um campo, todo campo supõe uma multiplicidade de contextos que poderiam ser decompostos em situações sociais (OLIVEIRA, 1988, p.56). 10 O recente trabalho da antropóloga Luiza Meyer aponta que além três etnias, outras identidades étnicas foram citadas no Censo
10 A partir da leitura de Troquez (2006) sobre a Terra Indígena de Dourados, penso que a convivência entre as três etnias aparece ora como harmoniosa, ora como conflituosa. Isso por que, segundo Troquez, em um determinado momento histórico a presença da etnia Terena era vista como um fator importante para o desenvolvimento local, consequentemente, os indígenas dessa etnia possuíam um status superior em relação ao demais. No entanto, no final da década de 80, outras características foram selecionadas como fator de indianidade, e a partir desse momento, os Kaiowá, que eram vistos como atrasados tiveram uma ascensão de status 11 (TROQUEZ, 2006). Todas essas questões sui generis podem ser pensadas como consequências geradas pelas políticas de assimilação executadas na reserva, que visava transformar os indígenas em mão-de-obra trabalhadora além de liberar as terras para empreendimentos pecuários e agrícolas. Várias dessas práticas e consequências são destacadas pelo antropólogo Levi Pereira (No prelo), por Fábio Mura(2005), Marta Troquez(2006) e outros pesquisadores. Diante desse quadro que evidencia a complexa relação em Dourados entre índios e não índios, as associações formadas nesse universo também apresentam caraterísticas diversificadas desde sua formação segundo suas especificidades étnicas até o modo como acionam uma parceria, criando uma rede ampla que envolve várias instituições. Além disso, ainda destaco o fator da justaposição em relação à atuação de determinados indígenas nesse contexto. Essa hipótese diz respeito ao acúmulo de organizações indígenas desenvolvida paralelamente, isto significa que a atuação em uma associação é uma atividade paralela à atuação dos mesmos sujeitos em movimentos étnicos. Nas aldeias em Dourados, as associações são criadas para atender às necessidades, como a geração de renda, e reproduzem lógica organizacional indígena. Nesse sentido, as associações Guarani e Kaiowá organizam suas associações a partir de suas parentelas, o que implica na formação de dependência econômica, de alianças políticas e religiosas, entre outras, que podem variar segundo as circunstâncias mais imediatas (PEREIRA, 2004, p.46). Isso demonstra que as ações da associação são voltadas para o núcleo dos que formaram a associação. 11 Essa ideia de Troquez é apresentada pelas formas de pirâmides que corresponde aos status das etnias em Dourados. No entanto, uma observação feita por outro antropólogo, Pereira (No prelo) é que essas duas pirâmides ainda podem ser reconhecidas em Dourados. Essa será uma das questões discutidas na dissertação, que necessita de observação. 10
11 Em relação à formação de associações regulamentadas Terena, a antropóloga Lilianny Passos não observou uma associação unicamente Terena, mas as que estavam regularizadas possuíam membros de outras etnias. Segundo Passos, os Terena constituem associações como espaço em que operam relações interétnicas e, dessa maneira, reproduzem suas relações de predação, fontes de aliança e prestígio, valores fundamentais na reprodução da sociabilidade Terena (PASSOS, 2006, p.10). Durante o tempo que estive em campo com a AMID que é reconhecida pelos moradores da aldeia Jaguapiru enquanto uma associação Terena percebi a participação de mulheres guarani e uma kaiowá, o que colabora com a observação de Passos. Assim, as associações na Terra Indígena de Dourados apresentam as demandas sociais da aldeia a partir de suas configurações étnicas, pressupondo alianças políticas mutáveis e contextuais. O que implica, se for preciso, deixar uma associação inativa para iniciar outra, com outro projeto e outros parceiros. O interessante de pensar o associativismo étnico em Dourados é que suas demandas estão de acordo com os problemas sociais vivenciados por todos naquele contexto. Um exemplo disso diz respeito ao fator de geração de renda via projetos que são disponibilizados para eles, que implica no acesso de bens materiais necessários para o cotidiano, como também do bem simbólico, de representação política e consequentemente, status diferenciado nas aldeias. Associações enfrentamentos e potencialidades Alguns trabalhos sobre associações indígenas têm indicado que um dos maiores problemas apresentados por essas organizações são os entraves burocráticos para a constituição e funcionamento da associação. O estudo do antropólogo Renato Soares aponta algumas questões sobre o tema, atuação nessa esfera burocrática apresenta dificuldades, pois estudos conhecidos sobre políticas ameríndias indicam um descompasso entre nossa concepção de política, que envolve noções como representação, eleição, assembleias, legislatura, e as dos povos indígenas que essas organizações devem representar. Além disso, a assimilação e gestão de um modelo associativista com feições burocráticas pressupõe o domínio da língua portuguesa, de legislação e de relações interinstitucionais que regem o universo das entidades políticas da sociedade civil brasileira (SOARES, 2012, p.32/33). Como destacado por Soares existem duas lógicas que evidenciadas em relação às associações indígenas. Uma delas está de acordo com tipo de modelo sócio-político da formação do Estado moderno, onde não há diálogo, apenas as regras em que todas as 11
12 associações, indígenas ou não, devem seguir. Neste caso, as regras e normas estão de acordo com a Lei do Código Civil de 2002 que determina que os grupos que querem se estabelecer em associação, primeiramente, devem fazer o registro em cartório conforme os dispositivos da própria norma. Alguns documentos são necessários para o cadastramento da associação no Cartório de Registro e Ofício de Dourados, entre eles, destaco o requerimento, as cópias da Ata de Fundação, eleição e posse, o estatuto e a declaração de que cada documento é cópia original de determinada folha do livro ata. Todos os documentos devem ser assinados pelo presidente, secretário e um advogado. O registro tem um custo, pois todos os documentos devem ter suas assinaturas reconhecidas e cada assinatura tem preço, além disso, existe a taxa da confecção do registro. Narrando dessa forma parece um processo simples e rápido. No entanto, essa primeira fase para a regulamentação de uma associação pode levar mais tempo do que os 30 (trinta) dias previstos pelo cartório. Todo esse processo envolve trâmites, pois cada documento é analisado conforme a lei. Nessa fase, erros de grafia são suficientes para que a cartorária entregue uma nota devolutiva indicando os erros para que o grupo refaça os documentos incorretos. Tais trâmites fazem com que o trânsito no cartório seja frequente, não só de indígenas, como de outros grupos. Para falar dos problemas que envolvem a constituição das associações (grande burocracia, altos custos dos cartórios, organizar projetos dentro das normas), Passos escreve sobre a necessidade de apoio de não-indígenas aos indígenas, entre eles, professores, advogados, contadores, órgãos públicos do Estado (Prefeituras, FUNAI, Secretaria Municipais, Estaduais, MP) e também missionários e ONGs. Depois da associação formalizada e em pleno funcionamento a captação de recursos e a prestação de contas são os principais fatores que geram desafios. No caso das organizações indígenas a via de captação de recurso é a concorrência aberta aos editais das agências do governo e de organizações não-governamentais nacionais e internacionais. Em 2010 tive a oportunidade de participar de uma ação para elaboração de projetos para a chamada pública da Carteira Indígena 12, um edital específico para 12 O projeto Carteira Indígena teve início em 2003, oferecida por dois ministérios, a saber, o Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS) e o Ministério do Meio Ambiente (MMA). 12
13 mulheres indígenas. Esta ação foi desenvolvida pela Escola de Conselhos 13, organização que trabalha na área dos Direitos Humanos ligada à pró-reitoria de extensão da Universidade Federal do Mato Grosso do Sul UFMS em parceria com a Organização Internacional do Trabalho (OIT). O evento foi realizado em uma das escolas da aldeia Jaguapiru. Quatro pessoas formavam a equipe de capacitadores, duas de Campo Grande e duas da região de Dourados, para elaborar os projetos de 7 grupos indígenas, sendo 1 da Bororó, 5 da Jaguapiru e 1 misto (pessoas das duas aldeias). Durante a oficina, questões pontuais chamaram minha atenção em relação aos grupos que estavam elaborando os projetos. A primeira foi que nem todos que estavam na oficina faziam parte de alguma associação estruturada, justificavam que suas associações se encontravam inativas. Portanto, surgiu a necessidade dos grupos serem representados por outras organizações regulamentadas, entre elas duas APM (Associações de Pais e Mestres) e uma OSCIP (Organização de Sociedade Civil Pública). Outro fator que chamou minha atenção naquele evento foi que os projetos pensados pelos grupos estavam voltados, em sua maioria, para geração de renda na aldeia. Pela oficina pude perceber que além das barreiras burocráticas que as associações indígenas enfrentam para regularizar-se, existia também a dificuldade de escrever o projeto de acordo com as diretrizes do edital. Para participar da ação tive acesso ao edital e ao modelo que deveria ser preenchido, e também pude observar que muitas das perguntas exigidas no projeto fugiam à noção de organização social e política dos grupos que estavam presentes. Exemplo disso é a ideia de que um projeto bom para aprovação tinha que beneficiar o maior número de famílias. Constatei que as associações indígenas enfrentam uma série de barreiras para se tornarem captadoras de recursos, tais como: (1-) regulamentar e manter ativa a associação, (2-) acessar editais, elaborar projetos, executá-los; (3-) prestar conta para poder recomeçar o ciclo. Algo que gostaria de destacar é um resumo das críticas que ouvi em relação ao associativismo de organizações indígenas. Essas falas foram relatadas em conversas informais com indigenistas que atuam há muitos anos na região, principalmente com os 13 A Escola de Conselho constitui um grupo que dialoga com várias instituições desenvolvendo projetos, suas atividades estão voltadas para o trabalho com minorias étnicas e raciais, mas principalmente em ações que se refere às políticas públicas para crianças e adolescente. Informações sobre a instituição: 13
14 Guarani e os Kaiowá. Nos relatos dessas pessoas a associação é vista como um tipo de organização que rompe as organizações de caráter étnico e acentuam os conflitos, principalmente nas reservas. Essas críticas podem ser observadas quando se foca na configuração política do universo de pesquisa, pois os grupos que mantém suas associações ativas são aqueles cujas lideranças dialogam com o externo, seja como participante de movimentos indígenas, ou aqueles que constroem suas redes com atores políticos da região. No entanto, mesmo com as adversidades, as associações indígenas tem potencialidade para movimentar os grupos e produzir mudanças nas aldeias. Através de outras leituras tenho percebido o quanto as associações têm ocupado espaço na elaboração de projetos com verbas, desenvolvendo ações em várias áreas, dialogando com várias instituições. Como aponta Albert enfocando os índigenas da Amazônia, essa atualidade das associações foi possível por um processo que perpassa pela mudança na legislação e na atuação do Estado brasileiro. Para o autor, o aumento de associações na Amazônia tem sua origem na encruzilhada de vários processos sóciopolíticos gerais, interagindo em âmbito nacional e internacional. No plano interno, deve-se salientar, primeiro, a promulgação da Constituição de 1988, cujo artigo 232 abriu a possibilidade destas associações se constituírem como pessoas jurídicas. O segundo fator importante, no âmbito nacional, foi o processo de retração do Estado da gestão direta da questão indígena no país (restringindo-se, basicamente, a responsabilidades em matéria territorial) 2 e o esvaziamento políticoorçamentário da administração indigenista tutelar, criada há três (ALBERT, 2014, s.p) É possível visualizar pelo trabalho de Bruce Albert que a atuação política do Estado implica na forma de atuação da população indígena. Trazendo essa discussão para o contexto local, onde a realidade é específica, mas, que têm algumas semelhanças, pois percebo que o associativismo étnico em Dourados destaca-se a partir de uma conjuntura política local. A antropóloga Lilianny Passos, quando estudou as associações na Terra Indígena de Dourados, destacou que várias associações foram criadas no começo da década passada, 2002/2003 e indica como favorecimento para a situação o alinhamento político nacional na época com a prefeitura local, o governo estadual e o governo federal, todos sob a gestão do Partido dos Trabalhadores (PT). Nesse período, registra-se um aumento considerável no número de associações indígenas. Os relatos de indígenas da Reserva 14
15 demonstram que à época havia um quadro de funcionários que trabalhava com a assessoria das organizações, o que contribuiu para o desenvolvimento de muitos projetos, pensados e executados pelas associações nas aldeias em conjunto com a Secretaria de Agricultura Familiar do município. Durante o campo com a AMID, em 2010, observei em um encontro informal com a presidente da associação próximo à casa onde morava, chama atenção para a discussão dessa conjuntura política. Nesse dia encontramos um senhor, conhecido da Presidenta da Associação, que ao saber que estava pesquisando a associação logo se pronunciou de forma positiva sobre o trabalho, afinal, como ele mesmo disse, a AMID era uma das poucas associações que ainda funcionava daquele boom de associações criadas na reserva. Se referindo ao período do mandato da Prefeitura do PT. Hoje, durante a pesquisa de mestrado percebo que aquele momento foi importante para a criação das associações na Reserva de Dourados. Buscarei compreender se era uma orientação do mandato do Prefeito e de seu partido ou se fora um movimento interno das pessoas que trabalhavam com associações na aldeia, formando uma rede; ou se era resultado de uma situação do destaque em que Dourados teve que pensar em ações para reverter a situação de muitos casos de desnutrição infantil, como pensa Passos. Estas questões ainda chamam minha atenção para tentar compreender como se dava essa relação. Soma-se a essa curiosidade antropológica o fato de ter interlocutores no partido. Essas questões são resultados de pesquisa tanto de fontes bibliográficas, como do campo na AMID e no cartório. Assim como Passos demostrou, as associações indígenas em Dourados acionam redes amplas, complexas e mutáveis, e ensejam uma reflexão acerca do domínio de códigos não-indígenas rígidos, lógica por vezes ininteligível mesmo para não-indígenas. Para demonstrar esse conflito de lógicas organizacionais, o antropólogo Fábio Mura lança algumas questões importantes para pensar o porquê do fracasso de certos projetos entre os Guarani e Kaiowá. Para Mura, [as] dinâmicas sociais que têm caracterizado a vida guarani de Mato Grosso do Sul na atualidade são da maior importância e devem ser levadas em conta, já que são determinantes para compreender as condições em que são desenvolvidos projetos tecno-econômicos e de gestão territorial (MURA, 2005, p.65) 15
16 Além de considerar as dinâmicas sociais que caracterizam os Guarani, no passado e no presente, Mura chama a atenção para as temporalidades diferentes na execução de um projeto pelos indígenas (e financiados pelas agências), pois não seguem a lógica da sequencia cartesiana em que esses projetos são pensados, mesmo quando para a população indígena, tendo que traçar planos, metas, etapas e resultados. Sendo assim, as instituições que desenvolvem projetos entre os Guarani teriam que adaptar esses dois modos de produção para dar um resultado positivo. Neste sentido, fomentar a criação de associações pode ser uma ação sem resultado, afinal existem outros desafios a serem enfrentados pelas associações. Pois além de demandar recursos, muitas associações necessitariam de assessoria. O papel das instituições A partir da leitura de uma bibliografia sobre o debate que envolve o associativismo étnico e interessada em mapear as redes de apoio, listei possíveis instituições pela quais as associações se relacionam. Assim, fui ao cartório como atividade de início do trabalho de campo, para mapear a quantidade de associações, para perceber o que significava essa linguagem burocrática e também compreender a necessidade/obrigatoriedade dessa etapa para a criação das associações indígenas. O que foi previsto no cronograma de pesquisa com um prazo de um mês para obtenção desses dados, já tomou um semestre sem respostas centrais. Pois até o momento de envio deste trabalho não tive o acesso ao quantitativo de associações da Terra Indígena Francisco Horta Barbosa. No campo do cartório me vi inserida em uma relação de poder, onde o cartório não só detém o controle da legitimação das associações, como também controla a forma como os documentos relativos a essas associações são expostos. Desde o mês março/2014 tenho frequentado o cartório, e nesse espaço de tempo aconteceram fatos que envolveram inclusive a coordenação do curso de pós-graduação em antropologia onde sou discente. Tudo aconteceu por causa de um ofício especificando quais eram meus objetivos no cartório, entre eles estava quantitativo das associações indígenas. A resposta, por telefone, foi no sentido de avisar que a equipe da instituição não poderia fornecer os dados, pois não teriam condições de procurar nos dois mil documentos armazenados quais eram as associações indígenas. A alternativa seria que eu levasse os nomes das associações para que a busca fosse feita pelo sistema 16
17 e depois, com o número da pasta em mãos, eles forneceriam as cópias das atas e do estatuto. Para não perder o contato e sem querer levar a solicitação para outra instancia, elaborei uma lista de 14 associações 14 e continuei frequentando o cartório. Dessas, estou com cópias de 10 associações em processo de leitura e análise. A grande questão dessa parte do campo é a postura por parte do cartório de que não está negando informações, já que eles não poderiam, por trabalharem com documentos públicos. E assim, até o momento do fechamento deste trabalho, a possibilidade de acessar os documentos do total de associações indígenas só apareceu em tom de brincadeira no cartório, alguém, em tom jocoso até externou que para obter todas as informações que eu preciso, teria que trabalhar no cartório. Outra entidade que tive acesso nesse período da pesquisa em instituições foi o Programa Escola de Conselhos ligada a UFMS. Sabedora de que 5 projetos foram aprovados no edital da carteira indígena, e que a oficina tinha sido desenvolvida a partir do financiamento da OIT fui a Campo Grande estabelecer contato. No final do mês de março estive na sede do Programa, instalada dentro da UFMS na tentativa de conversar com o coordenador do setor. Logo que cheguei fui recebida pelo servidor e assim que expliquei o motivo da visita se prontificou a contribuir com a pesquisa, me passando os arquivos dos projetos enviados e os relatórios técnicos produzido pela equipe que trabalhava com ele na época. Além disso, nosso bate-papo de 1 hora foi importante por chamar atenção para questões que serão aprofundadas na dissertação, como por exemplo, a discussão de políticas num plano internacional que fomenta articulações no cotidiano das reservas. Neste caso em específico, a partir de um edital lançado pelo governo federal com o objetivo de promover a autonomia econômica, uma outra organização internacional participa dessa ação nacional através do financiamento para instituições regionais trabalharem na parte mais técnica desse acesso a políticas públicas. Desse projeto, segundo o relato do interlocutor, era para ter se desenvolvido outro projeto de assessoria das organizações que executariam o projeto. Pois bem, dos sete grupos que estavam na oficina e que tiveram projetos elaborados, seis não constituíam associações formalizadas, apenas uma teria e mesmo 14 Dessas 14, 10 já foram publicadas por Lilianny Passos (2006) e 3 seriam as que ouvi falar que existiriam. 17
18 assim estava inativa. A opção nesse caso seguida pela equipe foi a de mandar os projetos via outra organização proponente, já que o edital permitia esse tipo de parceria 15. No final, foram enviados quatro projetos por uma OSCIP de Dourados-MS, dois projetos por uma APM (Associação de Pais e Mestres) da aldeia Jaguapiru e uma proposta pela APM da aldeia Bororó 16. Os grupos que estavam presentes e que mandaram os projetos não estavam constituídos em associações, no entanto, essas pessoas estavam formadas em parentelas ou alianças políticas, em que sua liderança 17 atua politicamente dentro e fora da Terra Indígena. Tal afirmação será desenvolvida na apresentação deste trabalho por considerar que o limite de laudas já foi atingido. Algo interessante que destaco desse encontro com o Programa Escola de Conselhos é o fato, frisado pelo coordenador, de que os projetos aceitos (com condicionantes) teriam que se regulamentar e que essa formalização estava prevista nas atividades do Programa. Isso tem se mostrado um importante objetivo da pesquisa de campo, já que uma possível assessoria da Escola de Conselhos não foi realizada, agora, cabe investigar quais desses projetos foram executados. Outro fator interessante para reflexão é que as atividades lançadas nos projetos não caem de paraquedas, por exemplo, o de criação de galinhas já era uma prática existente. Além disso, os grupos que propuseram trabalhar com artesanato, também já atuavam (e continuam) atuando nesta seara. Sendo assim, passo para as considerações finais ciente de que muitas questões aqui apresentadas necessitam de reflexão mais sistematizada e também de confirmações através do trabalho de campo. Considerações finais Depois de apresentadas às questões que estão presentes nessa primeira fase de construção da dissertação, seguem algumas considerações. A primeira delas, pensando no contexto da Terra Indígena de Dourados, é constatar o quanto o cotidiano dessa população é plural, e para enxergar essa pluralidade 15 Mesmo assim a equipe executora teria que justificar e indicar a proximidade entre as organizações no próprio projeto. 16 Os projetos enviados foram: pelas APM s 1- criação de galinha para consumo e abate (aprovado); 2- capacitação de mulheres indígenas com cursos de culinária, pintura de tecido, produção de roupas típicas, cultivo de hortaliças (aprovado) e 3- trabalho com materiais recicláveis em artesanato. Pela OSCIP: 1- projeto de um grupo que visava fortalecimento da agricultura familiar e produção de artesanato (aprovado); 2- outro grupo de mulheres para capacitação em corte e costura (aprovado); 3- padaria comunitária; e 4- Agricultura e produção de artesanato na etnia Kaiowá (associação inativa) (aprovado). 17 Líder do projeto. Pessoa indicada como responsável do grupo que executaria o projeto. 18
19 é preciso deixar de lado os preconceitos em relação aos moradores, negar os estigmas de aculturação e do atraso, e ainda, evidenciar sua complexa configuração social onde espaços de atuação são também interculturais. Sendo assim, as associações, por dialogarem com interlocutores internos e externos acabam por constituir um encontro com o outro, que pode ser o Estado e outras instituições. Neste sentido pensar as redes de parcerias requer o esforço de visualizar a pluralidade de instituições, onde grupos e parentelas acessam redes diferentes para atender suas demandas, como por exemplo a FUNAI, o Ministério Público Federal (MPF), o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), a Prefeitura, políticos da região e tantos outros com tantos interesses em jogo. Talvez, por essa lógica, é possível perceber, assim como Albert (2014), Baines (2012) e Sant Ana (2010) a diversidade dessas organizações, como as associações de mulheres, de estudantes, de professores, produtores. E o que esses autores apontam é que essas organizações trabalham na defesa de especificidades, assim como em Dourados as associações apresentam suas demandas. Além disso, destacam os problemas enfrentados pela população. Uma segunda e última questão pode ser pensada a partir dos projetos acessados via Escola de Conselhos. Primeiro, os projetos além de apresentarem a especificidade étnica focaram no que consideram os problemas nas aldeias, dentre eles, a geração de renda, as atividades para os jovens, a eliminação da situação de desnutrição. Isso demonstra a consciência desses grupos em enfrentar seus problemas. Referências Bibliográficas ALBERT, Bruce. Organizações na Amazônia. Texto disponível em Acessado em 20/12/2013. ALMEIDA, Ellen C. Formas de organização política dos Guarani, Kaiowá e Terena no Sul do Mato Grosso do Sul. Monografia de Graduação, UFGD, Dourados, BAINES, Stephen G. Identidades e protagonismo político indígena no Brasil após a Constituição Federal de IN: Etnologia Indígena e Indigenismo. PIMENTA J. & SMILJANIC, M.I. (Org s). Brasília: Positiva, BRASIL, lei , Código Cívil Brasileiro. Disponível em: Acessado dia 01/06/2014. BRAND, Antônio. Os complexos caminhos da luta pela terra entre os Kaiowá e Guarani no MS. Revista Tellus, Campo Grande, ano 4, nº 6, p ,
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