Alessandra Cristina Furtado 1 Inês Velter Marques 2
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- Leonor Vilarinho Penha
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1 A EMERGÊNCIA DO ENSINO SECUNDÁRIO PÚBLICO EM DOURADOS NA DÉCADA DE 1950: O GINÁSIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS THE ESTABLISHMENT OF THE PUBLIC SECONDARY EDUCATION SYSTEM IN DOURADOS IN THE 1950: GINASIO ESTADUAL PRESIDENTE VARGAS Alessandra Cristina Furtado 1 Inês Velter Marques 2 Resumo: O texto analisa a emergência do ensino público secundário em Dourados, na década de 1950, com uma abordagem sobre a história do Ginásio Estadual Presidente Vargas. Utiliza como fontes decretos, censos do IBGE, jornais, fotografias, entre outras. A criação e a instalação do primeiro ginásio público em Dourados estão relacionadas, sobretudo, ao desenvolvimento econômico, demográfico e urbano do município. Palavras-chave: Ensino secundário. História de instituição escolar. Urbanização. Escolarização. Dourados. Abstract: This paper seeks to provide an overview of the establishment of the public secondary education system in Dourados in the 1950s, highlighting important events in the history of Ginásio Estadual Presidente Vargas. Legal documents, IBGE (the Brazilian Institute of Geography and Statistics) Census data, newspapers, photographs, among others, are data sources used in our research. The creation and foundation of the first public high school in Dourados was associated, in particular, to the economic, demographic and urban municipal development. Keywords: Secondary education. History of school institution. Urbanization. Schooling. Dourados. Introdução A compreensão da existência histórica de uma instituição educativa, para Magalhães (2004), não é só pela sua integração na comunidade educativa, mas também pela sua contextualização no quadro de evolução de uma comunidade ou região, e ao sistematizar o seu itinerário de vida na sua multidimensionalidade, confere, no seu entendimento, um sentido histórico. Nessa perspectiva é que o presente artigo busca analisar a emergência do ensino público secundário em Dourados, no sul do antigo Mato Grosso, na década de 1950, a partir de uma abordagem sobre a história do Ginásio Estadual Presidente Vargas. Esse recorte 1 Professora da Faculdade de Educação da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados, Campus de Dourados. Doutora em Educação pela Universidade de São Paulo. 2 Professora do Curso de Letras/ UNIGRAN / EAD - Centro Universitário da Grande Dourados EAD. Mestre em Educação pela Universidade Federal da Grande Dourados (UFGD)
2 temporal remonta às origens dessa instituição de ensino secundária, criada em 1951 e instalada em 1958, em Dourados. A história da instituição escolar deve ser relacionada ao contexto em que ela emerge; isso implica compreender e analisar o seu desenvolvimento de acordo com a expansão e as mudanças que ocorreram na sociedade, bem como compreender a história do povo a que está ligada e sua cultura. Para a análise proposta neste texto, foi necessário recorrer a uma bibliografia ligada à história da educação, à história de Mato Grosso e, mais especificamente, à história de Dourados e região, entre outras. Neste estudo, foram, também, privilegiados como fontes de pesquisa, os decretos, censos do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), jornais, fotografias, entre outras. Fontes essas encontradas no Centro de Documentação Regional da Universidade Federal da Grande Dourados, no Arquivo da Escola Estadual Presidente Vargas de Dourados, no Museu Histórico Municipal de Dourados e nos acervos do Jornal O Progresso. Este artigo encontra-se estruturado em três partes. A primeira aborda o desenvolvimento urbano e rural do município de Dourados, motivado pela instalação da Colônia Nacional Agrícola. A segunda discorre sobre o processo de escolarização desencadeado pela colonização no município de Dourados. A terceira parte trata da emergência do ensino secundário público em Dourados, com a criação e a instalação do Ginásio Estadual Presidente Vargas. A Colônia Nacional Agrícola de Dourados impulsiona o desenvolvimento urbano e rural do município O Distrito de Paz de Dourados, criado pela Lei nº 65, de 15 de junho de 1914, foi elevado à categoria de município em 20 de dezembro de 1935, quando ocorreu a sua emancipação político-administrativa de Ponta Porã, por meio do Decreto nº 30, assinado pelo governador Mário Corrêa (SANTANA JÚNIOR, 2009). O município de Dourados cresceu lentamente no seu início, em virtude das dificuldades de acesso, comunicação e transporte. Mesmo com todas as dificuldades apresentadas e a precariedade de recurso básico para habitação, a região chamou atenção de muitas pessoas em busca de riqueza e de novas terras, principalmente pela qualidade do solo. A fertilidade do solo fez com que Dourados se tornasse um município em ascensão, em 152
3 consequência do processo migratório de pessoas de diferentes regiões do país, provocado pelos avanços no contexto nacional. Esse momento de grande crescimento populacional em Dourados foi marcado, durante o governo de Getúlio Vargas, entre os anos de 1937 e 1945, período denominado Estado Novo, pelo lançamento da Campanha Marcha para o Oeste, que consistia na política de incentivo ao povoamento da parte oeste brasileira. De acordo com Arakaki (2008, p. 26), A campanha se assentava nos fundamentos da geopolítica, concepção que remonta às vésperas da primeira guerra mundial, quando os países envolvidos lutavam em busca de expansão territorial, denominada de espaço vital. A Marcha para o Oeste, diferentemente daquela concepção, buscava a expansão interna, isto é, dentro do território brasileiro. Entre os objetivos dessa política estava a nacionalização das fronteiras; além disso, o governo varguista pretendia fortalecer o poder do Estado e, para isso, as oligarquias regionais deveriam ser combatidas, ocasionando uma maior relação entre as regiões do Brasil, o que culminaria em uma maior força da economia. No caso de Mato Grosso, onde se situa Dourados, na parte sul do Estado, um dos objetivos da Marcha para o Oeste era o povoamento dessa região, tendo como objetivo enfraquecer o monopólio da Empresa Mate Laranjeira, instalada em 1881 por Thomas Laranjeira, empresário gaúcho, que atuou nessa região por quase setenta anos, explorando os ervais. A Companhia Mate Laranjeira manteve o seu domínio nos ervais do sul do antigo estado de Mato Grosso até meados da década de 1940, quando, então, o governo de Getúlio Vargas passou a não renovar mais o contrato de direito à Companhia, para a exploração da erva-mate nessa região. Essa circunstância deve ser compreendida dentro do contexto das propostas de política estadonovista, conforme assinalado anteriormente, a política de Marcha para o Oeste tinha como objetivos a nacionalização das fronteiras e o povoamento da região Centro-Oeste. No caso da parte sul do antigo Mato Grosso, onde a referida Companhia, por décadas, explorou a erva-mate, pode-se dizer que a política de Getúlio Vargas foi [...] parte integrante de um projeto nacionalizador que possibilitou, ao governo federal, um maior controle na fronteira com as repúblicas vizinhas do Paraguai e da Bolívia (OLIVEIRA, 2013, p. 23), favorecendo, ainda, o povoamento da região e desencadeando o desenvolvimento econômico, não mais marcado pela exploração dos monopólios, como foi a atuação da Companhia Mate Laranjeira na região. 153
4 O projeto de colonização idealizado pelo governo de Getúlio Vargas estabelecia-se, e, dentre suas políticas, estava a criação da Colônia Agrícola Nacional de Dourados (CAND), criada em 1943 pelo Decreto-Lei nº 5.941, de 28 de outubro, na parte sul do estado de Mato Grosso. Porém, a real implantação da Colônia somente ocorreu em 20 de julho de 1948, quando da demarcação, pelo governo federal, por meio do Decreto-Lei nº 87, dos seus limites, com a reserva de uma área não inferior a hectares (PONCIANO, 2006). Na política de Getúlio Vargas, a criação das colônias estava diretamente ligada à fixação do homem no campo por meio da implantação da pequena propriedade, tendo em vista a necessidade de expansão das relações capitalistas de produção (OLIVEIRA, 1999). A colonização estava apoiada na estrutura da pequena propriedade, o que, lentamente, acabaria modificando [...] a velha ordem latifundiária e, aos poucos, instaurava a nova realidade agrícola que o desenvolvimento industrial do país exigiria (LENHARO, 1986, p. 51). O projeto colonizador no sul do então estado de Mato Grosso foi viabilizado pelo governo por meio de uma intensa propaganda da imprensa, já que havia elementos (homens e mulheres) dispostos a enfrentarem os desafios de migrarem para outras regiões do país, na tentativa de melhorarem de vida, ou seja, havia uma força de trabalho disponível e, principalmente, barata e desqualificada (OLIVEIRA, 1999). Muitas famílias se deslocaram para a Colônia, atraídas pelas propagandas emitidas por Vargas nos veículos de comunicação oficial ou por informações de familiares e amigos que, ao tomarem conhecimento da doação dessas terras, se apressavam em avisar os familiares. Para ocupar as terras da Colônia Agrícola Nacional de Dourados, vieram migrantes de quase todas as regiões, principalmente, do Nordeste, além de imigrantes de países da América Latina, Europa, Ásia e do Japão. A Colônia Agrícola Nacional de Dourados estabeleceu a demarcação de trezentos mil hectares em duas etapas: na primeira, foram distribuídos lotes de 30 hectares e, na segunda etapa, lotes rurais e lotes urbanos. A distribuição dos lotes da Colônia seguiu alguns critérios. Eram doados para cidadãos brasileiros, maiores de 18 anos, que se declarassem pobres e que se comprometessem a morar nos lotes rurais. Não poderiam [...] ser vendidos, hipotecados, alugados, permutados, alienados ou transferidos, antes da expedição do título definitivo de posse (OLIVEIRA, 2013, p. 51). Para Abreu (2001), a criação da Colônia Agrícola Nacional de Dourados teve um caráter de povoamento com múltiplos objetivos, entre eles: garantir a ocupação territorial, aumentando o contingente populacional nas áreas de fronteira; desconcentrar áreas de 154
5 possíveis conflitos sociais, como o Nordeste brasileiro; firmar a parte meridional matogrossense como extensão do Sudeste, como mercado consumidor e produtor de matériaprima. Esse processo de ocupação e povoamento alterou o cenário rural e urbano da região, na medida em que proporcionou a vinda de um grande número de trabalhadores e de famílias extremamente pobres, que acabaram por promover um significativo aumento populacional, conforme demonstrado na Tabela 1. Tabela 1 População censitária de 1940 a 1960, do município de Dourados. Ano Urbana Rural Total Fonte: Organizada pelas autoras, a partir dos dados do IBGE. Censo Demográfico de Mato Grosso: 1940 a A Tabela 1 permite comprovar o crescimento demográfico entre 1940 e 1960, no município de Dourados, decorrente da implantação da Colônia Nacional Agrícola. Como se pode observar pela Tabela 1, a população urbana e rural do município, em 1940, era de habitantes e passou para , em 1960, um crescimento de habitantes que, em percentuais, representava um aumento de 466,03% da população. Certamente, o crescimento populacional ocorria em maior proporção na área rural, uma vez que a Colônia tinha os seus objetivos mais voltados à produção agrícola, com o plantio do algodão, arroz, milho, café, feijão, entre outros. A implantação da Colônia Nacional Agrícola não proporcionou para o município de Dourados apenas a expansão demográfica, com o povoamento dos espaços vazios da localidade, mas trouxe, também, transformações econômicas, políticas, culturais e sociais. Essas mudanças aceleraram o desenvolvimento urbano com a instalação, a partir de 1950, de hospitais, bancos, cinema, clubes, linha telefônica; ampliação do comércio, loteamentos imobiliários; a criação de associações de classe e demais escolas. A aceleração da urbanização do município era evidente, como é possível verificar nesta matéria do Jornal O Progresso (1951, p. 1): Vertiginosa! A marcha de Dourados para o Progresso. De uma terra inexpressiva e esquecida, passa Dourados a ser uma das regiões mais famosas da pátria. Gente de toda parte se instala no município para explorar 155
6 suas magníficas matas. Mais de pessoas chegadas depois do recenseamento, grandes vendas de terra, cinema, luz elétrica, linhas de aviões diárias, loteamento em massa, mais e mais casas de comércio, valorização acelerada dos imóveis, cafezais, produção imensa de algodão e cereais, instalação de grandes cerrarias [...]. A urbanização e colonização estavam interligadas, uma vez que uma progredia em virtude da outra e vice-versa. Entre as décadas de 1940 e 1970, em Dourados, o progresso foi acentuado em decorrência do processo de colonização com os seguintes empreendimentos: um pequeno aeroporto (1941); Associação Comercial de Dourados (1945); Hospital Evangélico (1946); Jornal O Douradense (1948); feira livre (1948); Cine Santa Rita (1946); Usina Filinto Muller (1949) Sede Clube Social (1950); primeira agência do Banco do Brasil (1950); Unidade Sanitária de Dourados (1950); Jornal O Progresso (1951); Banco Nacional do Comércio (1952); primeiro Centro Espírita de Dourados (1953); Pensão Santa Luzia (1953); Fecularia Wolf (1954); Máquina de Beneficiar Arroz (1954); Inauguração do Lions Clube de Dourados (1956); Rádio Clube de Dourados (1957); Cine Ouro Verde (1958); primeiro Centro Telefônico (1958); criação do Sindicato Rural de Dourados (1967); Figueira Palace Hotel (1970); construção do prédio do Banco Minas Gerais (1970), dentre vários outros pontos comerciais que foram instalados nessas décadas. Havia, também, postos de abastecimento gerais onde se vendiam secos e molhados, denominados, na época, de Casas. As transformações ocorridas no espaço urbano de Dourados, por causa do progresso motivado pela colonização, também tiveram um papel significativo na área da educação. Urbanização e escolarização no município de Dourados Antes da colonização desencadeada pela Marcha para o Oeste, a educação crescia lentamente em Dourados. No início, ela acontecia nas fazendas da região e/ou nas próprias casas dos professores e alunos. Somente na década de 1930 é que se registra, na cidade, a criação de escolas na área urbana, como a Escola Reunida das Professoras Ernani Rios e Antônia Cândido de Melo; a Escola Moderna (escola ativa com método visual-auditivo); a do professor Laucídio Paes de Barros; a do professor Gonçalo e a da professora Antônia da Silveira Capilé (FERNANDES; FREITAS, 2003). Em 1939, foi instalada a primeira escola confessional, com turmas de 1ª a 4ª série, em 6 de abril, a Escola Erasmo Braga, em Dourados. Essa instituição era de caráter privado e confessional, ligada à Igreja Presbiteriana do Brasil. As suas primeiras experiências escolares 156
7 aconteceram na Casa de Culto, onde funciona até hoje a instituição. A influência da Igreja Católica na educação, em Dourados, ocorreu no início dos anos de 1940, mais precisamente em 1941, com a criação da Escola Paroquial Imaculada Conceição, fechada em Ao prosseguir na análise do papel desencadeado pela colonização na educação em Dourados, é oportuno registrar que entre o final dos anos de 1940 e a década de 1950 foram criadas escolas importantes na cidade: o primeiro Grupo Escolar, Joaquim Murtinho, a Escola Paroquial Patronato de Menores, as primeiras escolas de ensino secundário, o Colégio Osvaldo Cruz, a Escola Imaculada Conceição das Irmãs Franciscanas e o Colégio Estadual Presidente Vargas. O Grupo Escolar Joaquim Murtinho foi criado pelo Decreto nº 386, de 22 de novembro de 1947, pelo governador de Mato Grosso. Esse Grupo Escolar constituiu o primeiro dessa modalidade de escola primária estabelecida em Dourados, uma vez que até esse período o ensino primário era apenas oferecido na Escola Erasmo Braga, nas escolas reunidas e nas escolas isoladas rurais. Do mesmo modo que no estado de São Paulo, os grupos escolares em Mato Grosso também tinham um significado importante, eram instalados somente em cidades que apresentavam desenvolvimento econômico e populacional. Isso talvez explique o fato de o Grupo Escolar somente ser instalado no final dos anos de 1940, quando a cidade de Dourados já passava por um crescimento econômico e demográfico decorrente da colonização desencadeada pela Marcha para o Oeste. O Patronato de Menores foi instalado pelas Irmãs Franciscanas, em O seufuncionamento era realizado em dois períodos e havia, ainda, o regime de internato, semiinternato e externato (MOREIRA, 1990, p 81). Entretanto, em 1958, esse Patronato de Menores transformou-se no estabelecimento denominado Educandário Santo Antônio. O Colégio Osvaldo Cruz, instalado em Dourados em 1954, foi a primeira instituição a oferecer o ensino ginasial na cidade. Esse Colégio iniciou suas atividades com o curso primário e o curso ginasial, oferecidos em dois turnos, no diurno e no noturno. Em 1960, passou a oferecer o curso Técnico em Contabilidade e, em 1965, instalou o Curso Normal, tornando-se a segunda instituição de ensino de Dourados a oferecer formação de professores primários. Em 1955 foi criada, pelas Irmãs Franciscanas, vindas do Rio Grande do Sul, a Escola Imaculada Conceição. No início, era oferecido, na Escola, apenas o Curso Primário. Somente em 1958 passaram a oferecer também o Curso Ginasial e o Curso Normal. Este 157
8 últimoconstituiu o primeiro de formação de professores primários oferecido na cidade de Dourados. O curso contava com o Normal Regional (primeiro grau) e o Normal Colegial (segundo grau), conforme prescrevia a Lei Orgânica do Ensino Normal de O primeiro começou a funcionar com oito alunas e o segundo, com seis (MANCINI; OLIVEIRA; SILVA, 2007). Apesar de o Colégio Osvaldo Cruz e a Escola Imaculada Conceição terem conferido certo ar de progresso e valorização cultural no ensino secundário em Dourados, foi a conquista do Ginásio Estadual Presidente Vargas, com a sua criação, em 1951, pelo governo de Mato Grosso, e com sua instalação em 1958, que trouxe prestígio para a cidade, no contexto do ensino secundário em Mato Grosso. A emergência do ensino secundário público em Dourados: o Ginásio Estadual Presidente Vargas Para entender o processo que envolveu a criação e a instalação da primeira instituição de ensino secundário de Dourados, é necessário compreender tanto alguns aspectos que marcaram a história do ensino secundário no Brasil e em Mato Grosso, nas décadas de 1940 e 1950, quanto o processo de desenvolvimento do município de Dourados, desencadeado a partir da década de 1940, com a instalação da Colônia Nacional Agrícola de Dourados. Cumpre lembrar aqui que a Reforma Capanema, ou a Lei Orgânica do Ensino Secundário, deixou marcas na configuração dessa modalidade de ensino no país. De acordo com Souza (2008, p. 186), a referida Reforma acelerou a expansão desse ramo de ensino médio nas décadas de 1940 e possibilitou a consolidação de um imaginário de excelência escolar cultivado nos ginásios e colégios, especialmente nos estabelecimentos públicos, compartilhado por gerações de brasileiros, tendo ou não estes passados pela escola secundária. Entre as principais características que marcaram a expansão do ensino secundário no período, segundo Silva (2003, p. 182), [...] estavam, de um lado, um acentuado crescimento horizontal, no número de estabelecimentos e, de outro, um significativo crescimento vertical de ampliação de matrícula por estabelecimentos. Em Mato Grosso, o que ocorreu é que, no mesmo período da criação do Ginásio Estadual Presidente Vargas de Dourados, na primeira metade da década de 1950, o ensino secundário no Estado passava por um processo de expansão, com a criação de novas 158
9 instituições de ensino secundárias, fora do eixo das cidades principais, na época, constituído pela capital Cuiabá e pelas cidades de Campo Grande e Corumbá. Assim, o Ginásio Estadual Presidente Vargas de Dourados foi criado em 1951, com instalação e início das atividades em 1958, em um período de expansão tanto do ensino secundário no Brasil quanto em Mato Grosso. Acrescenta-se a isso, também, o processo de colonização, urbanização e escolarização desencadeado a partir da década de 1940, do município de Dourados, que favoreceu a criação e a posterior instalação do Ginásio Estadual Presidente Vargas. No dia 2 de outubro de 1951, foi criado o primeiro ginásio público em Dourados, por meio da Lei nº 427, do mesmo ano, pelo governador do estado de Mato Grosso Dr. Fernando Corrêa da Costa, sob a denominação de Ginásio Estadual Presidente Vargas. No entanto, esse Ginásio começou a funcionar na cidade somente em Em sua criação e implantação, esteve envolvido um grupo de políticos sul-mato-grossenses liderado pelo vereador Celso Muller do Amaral, que esteve pessoalmente, por várias vezes, em Cuiabá, buscando viabilizar com os políticos da capital o funcionamento desse Ginásio. Celso Muller do Amaral dispunha de influência com as autoridades estaduais e até mesmo federais, pelo fato de já ter ocupado importantes cargos como vereador de Dourados. No período de criação do Ginásio, ele era presidente da Câmara de Vereadores da cidade, posição que contribuiu para que a instalação do Ginásio Estadual Presidente Vargas concretizasse. A área destinada para a construção do Ginásio Presidente Vargas foi doada pelo Professor Celso Muller do Amaral, sendo de m 2. O Ginásio foi construído em uma área central de Dourados, em um espaço denominado chácaras 57 e 58, cuja área estava em início de urbanização, conforme se observa na Figura 1. A Figura 1 permite entrever que o Ginásio foi construído em uma rua larga e não pavimentada, onde havia somente uma casa construída, do lado esquerdo do estabelecimento. Na parte frontal, uma única entrada, com uma cerca, que possibilita verificar os limites da escola e espaços vazios na frente da construção. O prédio, como está apresentado na imagem, era constituído por duas construções. A parte frontal abrigava um prédio com dois pavimentos; no inferior, ficava a entrada do Ginásio, a sala dos professores e na parte superior, um conjunto de salas de aula, com janelas amplas e posicionadas para o centro da cidade e os banheiros. Por trás da construção frontal do prédio, havia outro pavimento, para acolher as atividades administrativas e outra parte designada para a cozinha e o refeitório. 159
10 Figura 1. Foto da fachada do Ginásio Estadual Presidente Vargas em Fonte: Memória fotográfica de Dourados Escolas. (http://www.escolapresidentevargas.com.br/) domínio público. O prédio foi construído com uma arquitetura modernista, mais especificamente, a partir de O caráter dessa arquitetura se deu através da reunião dos elementos de arquitetura e de composição identificados nos seus mais importantes projetos, como os brisessoleil, o elemento vazado, os pilares de seção circular, além dos elementos corbusianos de composição cúbica e prismática (ARRUDA, 2004). Essa construção ocupava um lugar de destaque na cidade, uma vez que o prédio tinha aparência de grandiosidade. No seu entorno quase não havia construções, porém, o Ginásio estava situado em um lugar privilegiado da cidade, nas décadas de 1940 a 1960, localizado de três a cinco quadras dos pontos principais da cidade, como:igreja Presbiteriana, Igreja Matriz, Praça Central, Cine Santa Rita, Cinema Ouro Verde, Farmácia Central, Figueira Palace Hotel, Jornal O Progresso. A euforia criada em torno do funcionamento do Ginásio Estadual Presidente Vargas repercutiu em Dourados e na região, sendo destaque em matérias dos jornais que circulavam no período. O Jornal O Progresso, por exemplo, em uma matéria de 1º de dezembro de 1957, na primeira página, pública a seguinte manchete: [...] a quase conclusão do prédio, onde irá funcionar a escola, gera grande expectativa em torno desta instituição por parte da população. Esse Jornal procurava tratar e informar a população das questões relacionadas ao 160
11 início do funcionamento do Ginásio Estadual da cidade, o que gerava muita expectativa na população, que esperava, desde a lei que criou o Ginásio, em 1951, a sua implantação na cidade (JORNAL O PROGRESSO, 1957). Em outra matéria do mesmo Jornal, que circulou um ano depois, mais precisamente, em 1958, registrava: A inauguração das aulas do Ginásio Estadual Presidente Vargas, ocorrida segunda feira última, representou inegavelmente uma bela demonstração do civismo, da cultura e da verdadeira fraternidade que já se criou em torno desse novo estabelecimento de ensino. Em presença das numerosas autoridades e professores presentes, foi inicialmente entoado o Hino Nacional, pela centena de alunos formada, no pátio do ginásio. O Dr. Celso Muller do Amaral, Diretor do estabelecimento fez brilhante e substancioso alocução aos alunos, destacando a importância da verdadeira educação. Falou, em seguida, o Dr. Raul Bezerra, um dos integrantes do corpo docente cujas palavras foram recebidas com gerais aplausos. Falaram ainda Dr. Weimar Torres congratulando-se com os presentes e com a cidade por aquele acontecimento e o Sr. Walmor Borges, em nome dos professores e alunos do Ginásio Osvaldo Cruz, manifestando satisfação pelo acontecimento. Finalmente foi procedida a benção do prédio pelo Reverendo pároco Frei Teodardo e tomada uma fotografia para registro do importante e significativo acontecimento. (JORNAL O PROGRESSO, 1958, p. 2). Na inauguração das aulas no Ginásio Presidente Vargas, estiveram presentes lideranças políticas, proprietários de jornais, membros do corpo docente, professores de outras instituições de ensino de Dourados e o pároco local. Entre os políticos, usaram a palavra os vereadores Dr. Celso Muller do Amaral e Dr. Weimar Torres. Celso Muller do Amaral não somente falou como político local, mas também como professor e primeiro diretor do Ginásio; em seu discurso enfatizou aos alunos a importância da verdadeira educação. Weimar Torres, em seu discurso, destacou a grande importância daquele acontecimento para a cidade de Dourados. Já o professor Walmor Borges fez um discurso manifestando toda a sua satisfação por estar presente naquele importante acontecimento local. O doutor Raul Bezerra, membro do corpo docente do Ginásio, também se manifestou destacando a importância da educação, sendo recebido com muitos aplausos por todos os presentes. Após os discursos, ocorreu a bênção ao prédio, realizada pelo pároco local Frei Teodardo (JORNAL O PROGRESSO, 1958). Essa inauguração foi registrada, também, por meio de fotografias que flagraram visitantes, anfitriões e alunos, em pose formal, no pátio interno do Ginásio, como se verifica na Figura
12 Figura 2. Foto da turma da aula inaugural do Ginásio Estadual Presidente Vargas em Fonte: Arquivo da Escola Estadual Presidente Vargas (http://www.escolapresidentevargas.com.br/) domínio público Nos primeiros planos da Figura 2 encontram-se os alunos e as professoras. Os alunos aparecem usando calças e camisas e as alunas, todas com vestidos, inclusive as professoras. Ao fundo encontram-se os políticos locais e os professores homens usando ternos. Nesse plano, também aparecem algumas freiras e outros representantes da sociedade douradense. Ressalta-se que muitas dessas freiras também fizeram parte do corpo docente da instituição. A Figura 2 revela, portanto, um momento importante da história do Ginásio Estadual Presidente Vargas de Dourados. O Ginásio Estadual Presidente Vargas, desde sua implantação, representou a efetivação prática e objetiva das aspirações e dos valores mais elevados da época, no que se refere ao ensino, uma vez que tinha um elevado prestígio intelectual perante a sociedade de Dourados e região. No final da década de 1950, ainda eram poucos os estabelecimentos desse nível de ensino no Estado. Portanto, ter uma instituição dessa natureza representava, para Dourados, como para qualquer outra cidade de Mato Grosso, um privilégio que, na maioria das vezes, 162
13 estava envolvido em um projeto político-cultural ambicioso de um político local que ousasse pleitear um estabelecimento de ensino secundário como esse para a sua cidade. Exemplo disso é esse Ginásio, cuja iniciativa de abertura se deu com a intervenção do, então, vereador Celso Muller do Amaral. Em sua trajetória histórica, o Ginásio Estadual Presidente Vargas conquistou novos cursos, aumentando de forma significativa o número das matrículas. Nesse percurso, a instituição acompanhou as mudanças que ocorriam no âmbito estadual e nacional. Contudo, o Ginásio permaneceu como a única instituição pública de ensino secundário em Dourados até quase o final dos anos de 1960, quando foram instalados os cursos ginasiais na Escola Pública Abigail Borralho, também em Dourados, e na Escola Dom Bosco, em Indápolis, distrito de Dourados. Nos limites deste texto, pode-se constatar que criação e a instalação do primeiro ginásio público de Dourados estão relacionadas, de um lado, sobretudo, ao desenvolvimento econômico, demográfico e urbano, desencadeado pela instalação da Colônia Nacional Agrícola de Dourados, a partir do final da década de 1940 e, de outro, a expansão do ensino secundário ocorrida na década de 1950, no estado de Mato Grosso. Referências ABREU, J. A educação secundária no Brasil: (ensaio de identificação de suas características principais). Revista Brasileira Estudos Pedagógicos, Brasília, v. 86, n. 212, p , jan./abr ARAKAKI, S. Dourados: memórias e representações de Dourados: UEMS, ARRUDA, A. M. A popularização dos elementos da casa moderna em Campo Grande, Mato Grosso do Sul. Arquitextos, v , ano 4, abr Disponível em: <http://www.vitruvius.com.br/revistas/read/arquitextos/04.047/596>. Acesso em: 10 fev FERNANDES, M. D. E; FREITAS, D. N. T. Percursos e desafios da municipalização do ensino fundamental em Dourados, MS. In: REUNIÃO ANUAL DA ANPED, 26, 2003, Poços de Caldas. Novo governo: novas políticas? Poços de Caldas, MG: ANPED, IBGE. Cidades: Mato Grosso do Sul: Dourados. Rio de Janeiro, Disponível em: <http://cidades.ibge.gov.br/painel/historico.php?lang=&codmun=500370>. Acesso em 15 fev JORNAL O PROGRESSO. Dourados, p
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