CURTA NAS TELAS PORTO ALEGRE. Raul Pont ÓRGÃO RESPONSÁVEL:

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1 SECRETARIA NACIONAL DE ASSUNTOS INSTITUCIONAIS SNAI DIRETÓRIO NACIONAL DO PT CURTA NAS TELAS GESTÃO: PREFEITO: MUNICÍPIO: PORTO ALEGRE FICHA DE IDENTIFICAÇÃO U.F.: Raul Pont ÓRGÃO RESPONSÁVEL: Secretaria Municipal da Cultura / Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia NOME DO RESPONSÁVEL: IMPLEMENTADO EM: FONTE: Beatriz Barcelos Setembro de 1996 CARGO: Coordenadora Questionário de inscrição no Programa Gestão Pública e Cidadania da FGV e Matérial da Prefeitura N.º DE HABITANTES: TEL: E MAIL: ( 051 ) habitantes ORÇAMENTO: FAX: ( 051 ) smc@smc.prefpoa.com.br EMENTA: O programa contribui com a produção nacional, exibindo diariamente um curta metragem em uma das salas de cinema da cidade antes do filme comercial em cartaz. SITE: RS Página 1 de 5

2 1) Descreva como funciona o projeto e suas principais características: 0 projeto Curta Telas seleciona a cada trimestre, seis produções de curtametragem, entre filmes produzidos em todo o pais, para serem exibidos nas salas de cinema de Porto Alegre. Os filmes selecionados entram em cartaz pelo período de quinze dias, em uma das salas da cidade, transformando-se num meio de garantir o acesso do público a este formato consagrado na cinematografia nacional e excluído do circuito comercial. Pelo direito de exibir o filme no projeto, a Prefeitura remunera o produtor com um cachê de R $ 1.500, 00, contribuindo para o custeio da produção. O Curta nas Telas teve origem com o fim do Concine, decretado pelo Governo Federal em 1990, órgão este responsável pela fiscalização do cumprimento da Lei do Curta, ainda vigente, porém deliberadamente descumprida, e que obrigava as salas de cinema de todo o pais a exibirem um curta-metragem antes de suas sessões regulares. Com o Curta nas Telas os curtas selecionados são exibidos antes do longa-metragem em cartaz, a exemplo do.que prevê a Lei do Curta. Desta forma, diariamente há um curta - metragem rodando em uma das salas de cinema da Capital, acompanhando um dos longas em cartaz no circuito comercial. Desde o seu surgimento, em setembro de 1996, o projeto já exibiu 113 produções de vários estados brasileiros, transformando-se num dos projetos de maior reconhecimento no setor. 2) Apresente os objetivos do projeto: Assegurar meios para exibição da produção nacional dos filmes de curta-metragem, bem como o acesso do público a essa produção nas principais salas de cinema de Porto Alegre; Valorizar e incentivar a produção brasileira de curta-metragem; 3) Identifique o público beneficiário de seu projeto: População em geral, especialmente o público frequentador das salas de cinema de Porto Alegre. 4) O que você considera como o ponto inovador do projeto e por quê? Um dos pontos mais inovadores é a garantia de exibição diária da produção de curtas metragens e de acesso do público na cidade de Porto Alegre, assegurados por uma iniciativa do Poder Público Municipal que procurou levar em conta o direito de acesso do público e as dificuldades de realizadores e exibidores, viabilizando uma das demandas mais presentes nos debates da cinematografia nacional. Para promover essa finalidade, a prefeitura de Porto Alegre, através da coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia da Secretaria Municipal da Cultura, realiza uma série de iniciativas promotoras, como a divulgação do curta em exibição em toda a mídia local e ainda com folhetos, cartazes e outros meios. Considerando que a produção de curtas-metragens tem sido responsável por vários avanços e experiências de produção e linguagem, todas as formas de valorização do setor tornam-se fundamentais Para o desenvolvimento do cinema brasileiro. 5) Quais resultados ou indicadores (quantitativos e/ou qualitativos) mostram as melhorias produzidas pelo programa, projeto ou atividade? Em cinco anos, o projeto já colocou em cartaz 114 filmes curta -metragem produzidos nos mais diversos estados do pais; com uma média de duas projeções diárias, o projeto Curta nas Telas já atingiu um público estimado em 130 mil pessoas; nos últimos 36 filmes exibidos, o projeto alcançou um público de espectadores, conforme dados computados pela Columbia Picture. 6) Colabore para a divulgação de seu projeto escrevendo um resumo das Informações da ficha, com no máximo 100 palavras, apresentando o objetivo, o público beneficiário e o funcionamento da experiência. Página 2 de 5

3 0 projeto Carta nas telas seleciona, a cada trimestre, seis produções de curta metragem, entre filmes produzidos em todo o pais, para serem exibidos nas salas de cinema de Porto Alegre. Os filmes selecionados entram em cartaz pelo período de quinze dias, em uma das salas da cidade, transformando-se num meio de garantir o acesso do público a este formato consagrado na cinematografia nacional. Pelo direito de exibir o filme no projeto, a Prefeitura remunera o produtor com um cachê de R$ 1.500,00, contribuindo para o custeio da produção. Desde o seu surgimento, em setembro de 1996, o projeto exibiu 114 produções de vários estados brasileiros.- transformando-se num dos projetos de maior reconhecimento no setor. Estima-se que 130 mil espectadores de Porto Alegre já tiveram acesso aos curtas brasileiros através deste projeto, realizado pela Prefeitura em parceria com a Associação de Produtores e Técnicos em Cinema do RS, com o Sindicato dos Exibidores e com a Câmara dos Vereadores. Os curtas selecionados são exibidos antes do longa-metragem em cartaz, a exemplo do que prevê a Lei do Curta. Desta forma, diariamente há um curta-metragem rodando em uma das salas de cinema da capital gaúcha, acompanhando um dos longas em cartaz no circuito comercial. Cine, Vídeo e Foto Cinema Curtas nas Telas: projeto pioneiro no Brasil, que assegura a exibição permanente de curtas-metragens brasileiros nas salas de exibição comercial de Porto Alegre. A cada duas semanas, um novo curta-metragem entra em cartaz como acompanhamento de um longa, possibilitando ao público o conhecimento das mais recentes e premiadas produções nacionais neste formato. Uma pesquisa realizada entre o público na saída dos cinemas consagrou o projeto: 80% dos entrevistados o classificaram como sendo "ótimo". Seminários de Cinema: a cada ano, um grande seminário é realizado em torno de um tema central, trazendo a Porto Alegre convidados de nível internacional. Em 95 aconteceu o primeiro deles, O Cinema do Fim ao Começo, que discutiu as perspectivas do cinema no final do século e seu compromisso humanista e contou com a presença do diretor italiano Ettore Scola. Em 1996, Tempo de Violência reuniu cineastas, jornalistas e intelectuais do porte de Murillo Salles, Caco Barcellos, Paulo Lins, José Louzeiro e Beto Brant para refletir sobre a questão da violência no cinema. O 30 aniversário de Maio de 68 e o papel do cinema neste e em outros movimentos políticos foi discutido no seminário Cinema em Transe, do qual participaram o jornalista Zuenir Ventura, a atriz Odete Lara, os cineastas Walter Lima Jr., Rogério Sganzerla, Paulo Cezar Saraceni, entre outros. Em 1999, O Império dos Sentidos abordou a representação do erotismo no cinema, reunindo nomes como Jece Valadão, Aldine Müller, Jairo Bouer, Inácio Araújo, Djalma Limongi Batista e Bernardo Carvalho. Cinecriança e Divercine: dois projetos que visam a formação de novos públicos para o cinema. O Cinecriança leva crianças da rede pública e particular para assistir a filmes especialmente selecionados, acompanhados por monitores que lhes dão noções básicas sobre linguagem cinematográfica. Em 1999, 14 mil crianças participaram do projeto. Já o Divercine é um festival internacional de cinema para crianças e jovens do Mercosul, que apresenta uma seleção de títulos dos mais importantes videomakers da América Latina. Vídeo TV Usina: circuito interno de televisão formado por 10 monitores de vídeo espalhados pela USina do Gasômetro, que exibem ininterruptamente, das 14 às 20 horas, programas com o melhor da produção nacional e internacional de vídeo. Nomes expressivos da vídeo-arte como Arthur Omar, Éder Santos e Marcello Dantas e Marcelo Tas já vieram a Porto Alegre mostrar seu trabalho. Persona Grata: projeto ligado à preservação da memória, o Persona Grata colhe depoimentos em vídeo de personalidades do meio artístico gaúcho, que depois de editados são exibidos pela TVE. Entre dezenas de Página 3 de 5

4 entrevistados, estão nomes como Carlos Reverbel, Cyro Martins, Vasco Prado, Nelson Jungbluth e Zorávia Bettiol. Oficinas de Vídeo: realizadas nas regiões do Orçamento Participativo, estas oficinas têm o objetivo de familiarizar o público com a linguagem do vídeo, bem como instrumentalizá-lo na sua utilização, visando a formação de núcleos de produção de programas populares na periferia. Fotografia Exposições Fotográficas - a CCVF tem realizado grandes exposições fotográficas nos últimos anos. Entre elas, o maior destaque certamente são as duas exposições de Sebastião Salgado, uma sobre refugiados e outra sobre o Movimento Sem-Terra. Considerado o maior fotógrafo vivo, Salgado só foi ter sua obra conhecida pelos portoalegrenses a partir da iniciativa da CCVF. Em dezembro último, com a inauguração da Galeria dos Arcos da Usina do Gasômetro, a Secretaria Municipal da Cultura passou a contar com seu primeiro espaço exclusivo para exposições fotográficas. O espaço foi inaugurado com a exposição de Manuel da Costa, premiadíssimo fotógrafo gaúcho, grande vencedor da Bienal de Curitiba, que fez sua primeira mostra individual em Porto Alegre. Espaços alternativos, como o Mercado Público, também têm recebido exposições da CCVF, cabendo destacar a série de fotos de Paulino Menezes sobre o Mercado Público, exibidas no próprio local durante um mês para milhares de pessoas. Oficinas de Fotografia - realizadas nas regiões do Orçamento Participativo, têm o objetivo de introduzir o público na linguagem fotográfica, bem como familiarizá-lo com o uso de câmeras profissionais. Educação do olhar Integração - exposições fotográficas em Buenos Aires e Montevidéo, dentro do projeto de Integração da SMC. Manuel da Costa, Paulino Menezes, Liane Neves e Luiz Antônio Guerreiro foram os fotógrafos que já participaram deste projeto até o momento. Teatro de Câmara Túlio Piva A Educação do Olhar- Projeto Oficinas Populares de Arte Projeto desenvolvido já há vários anos pela Secretaria Municipal da Cultura, através da Coordenação de Descentralização da Cultura e da Coordenação de Cinema, Vídeo e Fotografia, as oficinas de fotografia realizadas nas regiões do Orçamento Participativo são um exemplo bem sucedido de criação de um espaço de expressão artística fora do circuito tradicional de artes da cidade. Tais oficinas visam sensibilizar a comunidade para a necessidade de constituir o seu próprio processo de educação e expressão e vem despertando nos oficinandos o anseio de debate e a organização em torno da arte e da cultura, em regiões que antes não tinham qualquer acesso ao processo.cada região desenvolve 90hs/aula no aprendizado da iniciação à fotografia, em períodos que variam entre 6 e 8 meses. A oficina de lata itinera nas 5 regiões com o objetivo de difundir o aprendizado desta técnica não convencional da câmara obscura confeccionada em lata ou caixa de papel. Durante o ano 2000, integram o grupo de oficineiros os professores André Chassot (Região Nordeste), Cláudio Fachel (Região Partenon), Denise Stumvoll (Região Centro), Paulo Backes (Região Norte), Rogério Ribeiro (Região Eixo-Baltazar) e Tiago Rivaldo (itinerante), sob a supervisão de Fernanda Shemale, que organizam a estrutura em conjunto com as comunidades onde elas acontecem. O local é determinado pelas Comissões de Cultura, assim como o tipo de oficina que desejam receber oretorno dos alunos envolvidos nas oficinas sempre é muito estimulante. Num primeiro momento, alguns demonstram uma certa resistência em fotografar seu bairro ou Página 4 de 5

5 sua casa, por "acharem comum", porque "dali não vai sair uma fotografia bonita", mas aos poucos, a partir do estímulo dos oficineiros, vão descobrindo que a beleza está em qualquer lugar, basta ver as coisas com mais atenção, com menos pressa, sem pré-conceitos, que ela irá se revelar ao nosso olhar. Página 5 de 5