1, ie 0, 60, 120, 240, 480, 720 and 960 grams per pot, 100% applied at planting. It was evaluated
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- Cíntia Santana
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1 Produção de pepino tipo japonês em cultivo protegido em função de adubação orgânica. Maria Aparecida Nogueira Sediyama 1, Jefferson Luiz Marciano do Nascimento 1, Marlei Rosa dos Santos 2, Sanzio Mollica Vidigal 1, Suzana Patrícia Lisboa 1, Carlos Henrique da Silva Almeida. 1 EPAMIG-URZM, C. Postal Viçosa-MG; 2 UESPI Núcleo de Uruçuí, Rua Almir Benvindo S/N, Malvinas , Uruçuí-PI marians@epamig.ufv.br; jefferson.nascimento@ufv.com.br; marleirs@yahoo.com.br; sanziomv@epamig.br; suzanaplisboa@yahoo.com.br; carlosh_almeida@yahoo.@ufv RESUMO Este trabalho teve como objetivo avaliar a produtividade de pepino tipo japonês cultivar Natsuno Kagayaki, cultivado em sistema orgânico, em função de diferentes doses de fertilizante orgânico. O experimento foi realizado em casa de vegetação na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais EPAMIG, em Viçosa (MG), no período de 01 /09/2010 a 09/12/2010. O delineamento experimental foi em blocos casualizados com quatro repetições e treze tratamentos. Foram usados uma testemunha (ausência adubação), seis doses de esterco bovino e seis doses de húmus de minhoca, totalizando 13 tratamentos. As plantas de pepineiro foram plantadas em vasos plásticos, contendo doze quilos de solo. As doses dos fertilizantes foram equivalentes a: 0; 10; 20; 40; 80; 120 e 180 t ha -1, ou seja, 0; 60; 120; 240; 480; 720 e 960 gramas por vaso, sendo 100% aplicado no plantio. Avaliaram-se o índice SPAD, teor foliar de nutrientes, altura de plantas na primeira colheita, diâmetro, comprimento, massa fresca e número de frutos por planta. O número máximo de frutos comerciais/planta foi 12,43, estimados com a dose de 129 t ha -1 de esterco bovino. A máxima produtividade obtida no esterco bovino (1698,09 gramas/planta) foi alcançad a com a dose de 101 t/ha. Entretanto, o húmus de minhoca apresentou produtividade média de 903,93 gramas/planta, não havendo diferenças significativas entre as doses utilizadas. Palavras-chave: Cucumis sativus L., adubação orgânica, nutrição de plantas. ABSTRACT Production of Japanese type cucumber in protected cultivation as a function of organic fertilization This study aimed to evaluate the productivity of Japanese cucumber cultivar Natsuno Kagayaki, grown in organic systems, with different levels of manure and earthworm compost. The experiment was conducted in a greenhouse in the Agricultural Research Company of Minas Gerais - EPAMIG in Viçosa (MG) in the period from 01/09/2010 to 09/12/2010. The design was a randomized complete block with four replications, and a control (no organic manure), six levels of manure and six doses of earthworm castings, totaling 13 treatments. The cucumber plants were planted in plastic pots containing twelve pounds of soil. The fertilizer levels were 0, 10, 20, 40, 80, 120 and 180 t ha - 1, ie 0, 60, 120, 240, 480, 720 and 960 grams per pot, 100% applied at planting. It was evaluated S4116
2 foliar nutrients, SPAD index, plant height at first harvest, diameter, length, mass and fruit number. The number of fruits plant was higher (12,43) when we used a dose of 129 t ha -1 of cattle manure. The highest yield obtained in the manure was g plant -1 at a dose of 101 t ha -1. However, the earthworm castings showed an average yield of grams plant -1, no significant differences between the doses used. Keywords: Cucumis sativus L., plant nutrition, organic cultivation O pepino ( Cucumis sativus L.) é uma espécie não adaptada ao cultivo sob baixas temperaturas, sendo o desenvolvimento da planta favorecido por temperaturas superiores a 20 o C. Temperaturas inferiores a 20 o C afetam a absorção de água e nutrientes pelo sistema radicular. Este foi um dos motivos pelo qual o produtor brasileiro passou a cultivar pepino em ambiente protegido, a partir da década de 80. O mercado dispõe, atualmente, de cinco tipos de pepino: japonês, holandês, caipira, aodai (comum) e indústria (conserva). Dentre eles o mais cultivado em estufa é o tipo japonês por apresentar ciclo vegetativo relativamente curto e elevado valor econômico. Além do valor econômico e alimentar, o cultivo de cucurbitáceas tem grande importância social, na geração de empregos diretos e indiretos, pois demanda grande quantidade de mão-de-obra, desde o cultivo até a comercialização (Lopes, 1991; Cardoso 2002), sendo a cultura do pepino uma das que mais demandam mão-de-obra, pela necessidade de tutoramento, desbrotas e colheitas múltiplas (Cañizares, 1998; Cardoso 2002). O mercado de produtos orgânicos vem crescendo no Brasil e no mundo a uma taxa de até 50% ao ano. Neste contexto, o cultivo de hortaliças com fertilizantes orgânicos tem aumentado nos últimos anos, graças principalmente aos elevados custos dos adubos minerais e aos efeitos benéficos da matéria orgânica em solos intensamente cultivados com métodos convencionais (Oliveira et al, 2007). A adubação orgânica tem grande importância no cultivo de hortaliças, principalmente em solos de clima tropical, onde a queima de matéria orgânica se realiza intensamente, e onde seu efeito é bastante conhecido nas propriedades físicas, químicas e biológicas do solo. (Villas Bôas et al 2004; Oliveira et al, 2007). Os adubos orgânicos apresentam como uma de suas características, uma lenta liberação dos nutrientes, principalmente quanto à mineralização do nitrogênio, de forma que sua disponibilidade aumenta para as culturas subseqüentes (Smith & Hadley, 1989; Citado por Oliveira, 2007). No entanto, deve-se evitar o uso excessivo de adubos orgânicos o que pode acarretar desenvolvimento vegetativo exuberante, dificultando as colheitas e o controle fitossanitário, entre outros aspectos (Trani & Raij, 1996). S4117
3 As hortaliças são beneficiadas pelo emprego de fertilizantes orgânicos, tanto em produtividade como em qualidade dos produtos obtidos, sendo o esterco bovino a fonte mais utilizada, especialmente em solos pobres em matéria orgânica (Fi lgueira, 2000). Isso porque ela atua como poderoso agente beneficiador do solo, capaz de melhorar substancialmente muitas de suas características (Oliveira et al., 2007). Tendo em vista a grande disponibilidade e facilidade de aquisição dos adubos orgânicos, também capazes de melhorar as características do solo sobre vários aspectos, com este trabalho, objetivou-se avaliar a produtividade e a morfologia (comprimento e diâmetro) dos frutos do pepineiro em diferentes doses de esterco bovino e húmus de minhoca. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido em casa de vegetação, na Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais EPAMIG, em Viçosa-MG, no período de 01/09/2010 a 09/12/2010, em vasos de plástico com capacidade de quatorze quilos. Utilizou-se uma casa de vegetação não climatizada com pé direito de 2 m, largura de 7 m e comprimento de 20 m, modelo arco, e cobertura com filme aditivado 150 mm. O delineamento experimental usado foi em blocos casualizados com 14 tratamentos e quatro repetições. Os tratamentos foram constituídos pelas doses de esterco bovino e húmus de minhoca, equivalentes a: 0,0; 10; 20; 40; 80; 120 e 180 t ha -1. Cada vaso contendo uma planta representou a unidade experimental. Os vasos foram preenchidos com os substratos peneirados constituídos pela mistura de doze quilos de solo e as respectivas doses de esterco bovino curtido e húmus de minhoca vermelha da Califórnia. O solo utilizado foi o Argissolo Vermelho Amarelo, câmbico, fase terraço, coletado na camada de 0 a 20 cm, com as seguintes características em mg/dm 3 : P = 38,7 e K = 140; em cmol c /dm 3 : Ca 2+ = 2,4; Mg 2+ = 0,9; Al 3+ = 0,0; H + Al = 2,97; SB = 3,66; CTC (t) = 3,66 e CTC (T) = 3,63; ph (H 2 O) = 5,8; V = 55% e MO =26,0 g kg -1. Cada dose de fertilizante orgânico foi misturada homogeneamente com doze quilos de solo e colocado em cada vaso. Não se utilizou adubação mineral nem adubação em cobertura. As doses dos fertilizantes orgânicos foram equivalentes a: 0; 10; 20; 40; 80; 120 e 180 t/ha, ou seja, 0; 60; 120; 240; 480; 720 e 960 gramas por vaso, sendo 100% aplicado no plantio. Os vasos foram umedecidos por capilaridade até saturar o substrato. Três dias após, plantaram-se as mudas de pepino, cv. Natsuno Kagayaki, com 20 dias após a semeadura. As mudas foram produzidas em bandejas de poliestireno com 128 células, utilizando-se como substrato o húmus de minhoca. Após o plantio os vasos foram irrigados e a irrigação foi realizada três vezes por semana, com volume de água semelhante e suficiente para elevar a umidade do solo próximo da capacidade de campo. Quando a planta atingiu a altura de 20 cm procedeu-se o tutoramento das plantas. Durante o período de condução do experimento a temperatura máxima, mínima e umidade relativa diária em valores médios, foram: 33,0 C, 13,7 C e 64,5%, respectivamente. As plantas foram avaliadas no início do florescimento S4118
4 (44 dias após a semeadura), quanto ao índice SPAD (Soil Plant Analysis Development) ou IRC (Índice Relativo de Clorofila), medida com clorofilômetro (Chlorophyll Meter SPAD-502 Minolta Co., Japão). As leituras foram realizadas em quatro pontos do limbo foliar de uma folha jovem e totalmente expandida, no horário entre 9h e 10h30min. Essas folhas foram coletadas para análise de nutrientes, lavadas e secas em estufa com circulação de ar a 65 o C, durante 72h. O material seco foi moído e levado ao laboratório para análise de N, P, K, Ca, Mg e S. Nesta época, fez-se também a retirada de brotos em todas as plantas, até o quarto nó. Devido a uma pequena incidência de oídio, foi utilizado leite de vaca cru, 10% (v/v) como método de controle. A colheita de frutos teve início em 26/10/10, quando se avaliou a altura da planta, número, peso, diâmetro e comprimento dos frutos em cada tratamento. A colheita foi realizada a cada dois dias, sendo a última realizada em 09/12/2010, quando se avaliou a massa fresca das plantas. Os dados foram submetidos à análise de variância e regressão. Os modelos foram escolhidos com base na significância dos coeficientes de regressão utilizando-se o teste t adotando-se o nível de até 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO Verificou-se resposta do pepineiro a doses de esterco bovino para as características: altura da planta na primeira colheita, número de frutos/planta, comprimento e diâmetro do fruto, produtividade e índice SPAD. Enquanto que peso médio de frutos não houve resposta significativa. Também não se observou resposta ao húmus de minhoca para as características: número de frutos/planta, comprimento e diâmetro do fruto e produtividade, mas altura da planta na primeira colheita, peso médio de frutos e índice SPAD apresentaram efeitos significativos para o húmus. Os teores foliares de N aumentaram linearmente com as doses de húmus de minhoca apresentando maior valor (6,07 g kg -1 ) na dose de 180 t ha -1. Para o esterco bovino a resposta foi quadrática, sendo o menor valor (2,94 g kg -1 ) estimado com a dose de 77 t ha -1 e o maior valor (4,71 g kg -1 ) também com a dose de 180 t ha -1 (Figura 1C). Para teores de P a resposta foi linear tanto para o esterco bovino e o húmus, sendo os maiores valores alcançados 0,78 g kg -1 e 0,58 g kg -1, respectivamente, na maior dose (Figura 1D). Não houve resposta significativa quanto aos teores de K, sendo obtidos valores médios de 2,76 e 2,92 g kg- 1 para esterco bovino e húmus de minhoca, respectivamente. Os valores de Ca para esterco bovino responderam de forma quadrática, com teor mínimo de 1,06 g kg -1 (93 t ha -1 ) e para o húmus de minhoca não houve resposta com valor médio de 1,63 g kg -1. Os maiores teores foliares de Mg para esterco bovino (0,71 g kg -1 ) e húmus de minhoca (0,70 g kg -1 ) foram obtidos na dose de 180 t ha -1 (Figura 1F). As alturas máximas de plantas, no início da colheita, foram de 89 cm para o esterco bovino e de 101 cm para o húmus de minhoca, estimadas com as doses de 31 e 154 t ha -1, respectivamente (Figura S4119
5 2A). Quanto ao número de frutos por planta, não houve efeito significativo para o húmus de minhoca, sendo obtido o valor médio de 6,46 frutos/planta. Para o esterco bovino houve resposta significativa, sendo o maior número (12,43 frutos) estimado com a dose de 129 t ha -1 de esterco (Figura 1C). Quanto às características de comprimento e diâmetro de frutos, os melhores resultados foram obtidos quando se utilizou como fertilizante o esterco bovino, sendo que as diferentes doses de húmus de minhoca não colaboraram de forma significativa para tais características. O comprimento dos frutos aumentou linearmente com as doses de esterco bovino, sendo o menor comprimento igual a 16,44 cm e o maior 25,28 cm, obtidos nas doses 0 e 180 t ha -1, respectivamente. Houve resposta quadrática para diâmetro dos frutos em relação ao esterco bovino tendo como ponto de máximo 28,41 mm, estimados com 89 t ha -1. O húmus de minhoca não apresentou resultados significativos para comprimento e diâmetro de frutos, sendo os valores médios de 16,28 cm e 24,32 mm, respectivamente. Quando se utilizou húmus de minhoca houve efeito quadrático para peso médio de fruto, sendo o maior valor igual a 149,92 g estimado com a dose de 122 t ha -1. Para o esterco bovino não houve resposta significativa para doses, sendo obtido valor médio de 148,33 g, semelhante ao obtido para o húmus (Figura 1G). Para produção de frutos/planta a relação foi inversa ao que aconteceu no resultado anterior, o esterco bovino respondeu de forma quadrática, sendo o valor máximo (1698,09 gramas/planta) estimado com 101 t ha -1 do esterco. No entanto, para húmus de minhoca não houve diferenças entre doses, ou seja, a testemunha não diferiu das seis doses testadas, tendo sido obtida valor médio de 903,93 gramas/planta (Figura 1H). Diante dos resultados pode-se concluir que a adubação feita com esterco bovino incrementou a produtividade e os níveis de nutrientes no pepineiro. O húmus de minhoca não apresentou resposta significativa para as características: número de frutos, comprimento, diâmetro e produção de frutos/planta. AGRADECIMENTOS À FAPEMIG pelo auxílio financeiro ao projeto e pelas bolsas PIBIC, BAT, PDJ e BIPDT e ao CNPq pela bolsa de produtividade em pesquisa. REFERÊNCIAS CAÑIZARES KAL A cultura de pepino. In: GOTO R; TIVELLI SW. Produção de hortaliças em ambiente protegido: condições subtropicais. São Paulo: Fundação Editora da Unesp. p CARDOSO A I I Avaliação de cultivares de pepino tipo caipira sob ambiente protegido em duas épocas de semeadura. Bragantia 61: S4120
6 FILGUEIRA FAR Novo manual de olericultura: agrotecnologia moderna na produção e comercialização de hortaliças. Viçosa: UFV. 402 p. LOPES JFI Simpósio Brasileiro sobre cucurbitáceas: Palestra de Abertura. Horticultura Brasileira 9: OLIVEIRA FA; MEDEIROS JF; OLIVEIRA MKT; SOUZA LIMA CJG; GALVÃO, D Desenvolvimento de plantas de pepino sob diferentes teores de esterco bovino. Revista Verde 2: TRANI PE, RAIJ B. van. Hortaliças. In: RAIJ, B. van et al. (Ed.) Recomendações de adubação e calagem para o Estado de São Paulo, 2.ed. Campinas: Instituto Agronômico/Fundação IAC, Cap. 18, p (Boletim Técnico, 100). VILLAS BÔAS RL; PASSOS JC; FERNANDES M; BÜLL LT; CEZAR VRS; GOTO R Efeito de doses e tipos de compostos orgânicos na produção de alface em dois solos sob ambiente protegido. Horticultura Brasileira 22: A B C D E F S4121
7 Figura 1 Índice relativo de clorofila (A), teores foliares de nitrogênio (B), fósforo (C), potássi o (D), cálcio (E) e magnésio (F) em plantas de pepino, cv. Natsuno Kagayaki, adubadas com esterco bovino (EB) e húmus de minhoca (H) nas doses: 0, 10, 20, 40, 80, 120 e 180 t ha -1 (Chlorophyll relative index (A), nitrogen contents (B), phosphorus (C), pota ssium (D), calcium (E) and magnesium (F) on the leaves of cucumber cultivated in greenhouse fertilized with bovine manure (EB) and humus (H) at the following doses: 0, 10, 20, 40, 80, 120 and 180 t ha -1 ). EPAMIG, Viçosa-MG, A B C D E F Figura 2- Altura da planta na colheita (A), número de frutos por planta (B), comprimento d o fruto (C), diâmetro do fruto (D), peso médio do fruto (E) e produtividade (F) de pepino cultivado em estufa adubado com esterco bovino (EB) e húmus (H) nas doses: 0, 10, 20, 40, 80, 120 e 180 t ha -1 (Plant height at harvest (A), number of fruit per plant (B), fruit length (C), fruit diameter (D), mean fruit weight (E) and yield (F) of cucumber cultivated in greenhouse fertilized with bovine manure (EB) and humus (H) at the following doses: 0, 10, 20, 40, 80, 120 and 180 t ha -1 ). EPAMIG, Viçosa-MG, S4122
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