MORTE E VIDA NOS CONTOS DE CLARICE LISPECTOR: REFLEXÕES SOBRE AS POTENCIALIDADES DA LITERATURA E OS LIMITES DA FORMAÇÃO CULTURAL

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1 MORTE E VIDA NOS CONTOS DE CLARICE LISPECTOR: REFLEXÕES SOBRE AS POTENCIALIDADES DA LITERATURA E OS LIMITES DA FORMAÇÃO CULTURAL Sandra Faria de Resende 1 Kety Valéria Simões Franciscatti 2 Como entender-me? Por que de início aquela cega integração? E depois, a quase alegria da libertação? De que matéria sou feita onde se entrelaçam mas não se fundem os elementos e a base de mil outras vidas? Sigo todos os caminhos e nenhum deles é ainda o meu. Fui moldada em tantas estátuas e ainda não me imobilizei... Clarice Lispector, Obsessão. O presente texto apresenta as proposições básicas da pesquisa de Iniciação Científica intitulada Morte e Vida nos Contos de Clarice Lispector: reflexões sobre as potencialidades da literatura e os limites da formação cultural, desenvolvida no Laboratório de Pesquisa e Intervenção Psicossocial (LAPIP) do Departamento de Psicologia da Universidade Federal de São João Del-Rei (DPSIC) Universidade Federal de São João Del-Rei (UFSJ). Este estudo, parte da pesquisa Psicologia e Arte: reflexões acerca da subjetividade obstada 3, assim como os demais trabalhos que decorrem da mesma, visa investigar o processo de formação por meio da articulação do conhecimento proveniente da psicologia e a potencialidade epistemológica da arte diante dos obstáculos impostos pela ideologia da racionalidade tecnológica. Com o objetivo de investigar sobre as possibilidades de formação do indivíduo na articulação com aquilo que a arte literária em sua negatividade, como antítese social da sociedade (ADORNO, 1970/1988, p. 19) possa desvelar dos impedimentos objetivos e 1 Bolsista PIBIC/ FAPEMIG Graduanda em Psicologia - Universidade Federal de São João Del-Rei UFSJ/DPSIC/LAPIP 2 Doutora em Psicologia Orientadora - Universidade Federal de São João Del-Rei UFSJ/DPSIC/LAPIP 3 Esta pesquisa tem como base a Teoria Crítica da Sociedade e estrutura-se na relação mútua de três eixos de investigação: a formação e criação artística na tensão forma-conteúdo, forma-expressão; a formação e a recepção na tensão estímulo e resposta; e a reflexão sobre os impedimentos subjetivos e objetivos à formação ocasionados pela Indústria Cultural. Os trabalhos que decorrem dessa pesquisa e também participam do II Colóquio de Psicologia da Arte A correspondência das artes e a unidade dos sentidos são: Contraponto entre Arte, artesanato e trabalho: a falsa diferenciação e a atrofia da fantasia, de Mara Salgado; O fazer cego da expressão: estudos sobre a fatalidade do processo de criação artístico, de Cynthia Maria Jorge Viana ambos com orientação da Profa. Dra. Kety Valéria Simões Franciscatti.

2 subjetivos à formação cultural, tomou-se como foco de pesquisa os contos literários de Clarice Lispector. Ao considerar o processo de formação da subjetividade e as potencialidades da literatura, pretende-se a análise do entrelaçamento vida e morte, refletindo se e como a literatura desvela uma vida que não é adquirida quando se nasce, mas sim, quando esta se realiza. Entendendo que a sociedade e a cultura exigem uma adaptação do homem que não preza pela sua individuação e o ameaça constantemente com a impossibilidade de autonomia, pode-se perceber que as obras de Clarice Lispector revelam o cotidiano de vidas alienadas, num confronto de uma vida que não é vida e de uma morte que não é morte: morte e vida assumem um caráter dialético. Porém, a crescente racionalidade tecnológica que impede a liberdade, a felicidade e embota a capacidade do homem de viver, faz com que haja a preponderância da morte sobre a vida e, assim, obnubilando o seu sentido. Considera-se, então, neste contexto, a morte como algo que vai além da destruição do corpo: ela é também reflexo de uma vida alienada e pautada no sobreviver. Pretende-se discorrer, portanto, se e como os contos de Clarice Lispector se revelam potencializadores da vida, num contraponto desta com os episódios de morte e de morte-emvida, considerando-a tanto em sua conotação de destruição física quanto de enrijecimento resultante de uma existência circunscrita à esfera da sobrevivência. No entendimento de que vida e morte são delimitações da subjetividade e de que esta é constituída por meio da cultura, a formação do indivíduo (autoconsciente e autodeterminado) traz também a possibilidade deste ir além daquela que o formou, ou seja, da própria cultura. Entretanto, na realização deste processo, é necessário que a vida dos homens tenha um fim em si mesma, para que a morte seja a finalização da vida realizada. Ao pensar a literatura como reveladora da dialética existente entre a vida e a morte (considerando que este contraste pode contribuir para a elaboração do medo) e como parte do método para estudar o processo de formação, ressalta-se o potencial crítico que esta articulação pode trazer ao conhecimento científico da psicologia, desvelando sofrimentos injustificados e fortalecendo vestígios que indiquem a sua superação. Para Adorno (1970/1988, p. 291), valia mais desejar que um dia melhor a arte desapareça do que ela esquecer o sofrimento, que é sua expressão e na qual a forma tem a sua substância. Esse sofrimento é o conteúdo humano, que a servidão falsifica em positividade. É o sofrimento acumulado na arte que atribui a esta uma profundidade crítica à ordem opressiva. Em uma carta enviada a Clarice Lispector, Fernando Sabino comentou sobre o conto que Clarice havia lhe enviado anteriormente e disse-lhe: 2

3 [...] gostei muito do seu conto: admiravelmente bem escrito, não falta nem sobra nada. [...] Por ele posso perceber uma coisa muito mais importante do que a própria importância do conto: que você está escrevendo bem, com calma, estilo seguro sem precipitação. Talvez porque agora você já não esteja sofrendo muito, mas sofrendo bem: é uma diferença bem importante, para a qual o Mário sempre me chamava a atenção. A gente sofre muito: o que é preciso é sofrer bem, com discernimento, com classe, com serenidade de quem já é iniciado no sofrimento. Não para tirar dele uma compensação, mas um reflexo. É o reflexo disso que vejo no seu conto, você procura escrever bem, e escreve bem. (SABINO; LISPECTOR, 2002, p. 60; grifo no original.) Seria, então, este um dos empreendimentos presentes na literatura: manter a tensão entre o sofrer muito e o sofrer bem. Seria também esta possibilidade, presente na expressão artística e na experiência estética, que traz condições para o enfrentamento da morte em vida e para que, deste estado, a vida seja potencializada (FRANCISCATTI, 2005, 2006) 4. Caminho Metodológico Para os autores que constituem o marco teórico desta pesquisa Adorno, Horkheimer, Marcuse é a tensão e o confronto entre diferentes elementos, na busca pelo conhecimento, que pode garantir o estabelecimento da verdade histórica de um determinado objeto. Com base nesta perspectiva, considera-se que a subjetividade humana, dimensão que se define a partir do mundo externo e com possibilidade de diferenciar-se deste (formação cultural), assim como a morte, fenômeno da natureza que, para o homem, assume novas características, só podem ser esclarecidos se analisados na condição de objetos historicamente determinados. Considerando a historicidade dos fatos, a arte (neste caso, a literatura), a filosofia e a ciência também devem ser consideradas como acontecimentos, testemunhos do espírito de sua época e, mantida a distinção entre eles, podem ser vistos como frutos da cisão de seus objetos desde a origem, com expressão e forma diferentes. 4 Franciscatti (2005, p. 163 e p. 164), discorrendo acerca dos sofrimentos ocasionados por se estar na maldição da individuação e sobre as potencialidades presentes na arte literária, ressalta a exatidão com que, em um determinado tempo, esta é capaz de revelar algo que, no particular, consegue dizer de um momento histórico: [...] escrever bem entre o sofrer muito e o sofrer bem corresponde dizer o que se tem a dizer de acordo com o reflexo da realidade, pensando sobre o movimento do objeto, tomando a si mesmo como objeto [...] ; além disso, a tensão entre essas duas dimensões [...] pode trazer a possibilidade, para quem escreve e para quem lê, de encarar as cicatrizes e os fragmentos ocasionados pelos impedimentos culturais que em vez de proporcionar a individuação levam a uma pseudoformação. Sofrer bem como expressão literária é encarar a morte em vida para que deste estado a vida seja potencializada. Esta discussão é retomada no texto Clandestino querer na fuga das horas: arte como expressão da vida danificada (FRANCISCATTI, 2006). 3

4 Dessa maneira, o método de investigação utilizado na realização da pesquisa envolve a seleção, a leitura e a sistematização do marco teórico, bem como de autores que contribuem à compreensão da temática e do objeto de estudo, tanto no levantamento de dados acerca da morte e da vida quanto na contextualização histórico literária da obra de Clarice Lispector. A partir da leitura da obra em conto de Lispector, considerando a dificuldade de acesso aos livros com edição esgotada 5, estão sendo estabelecidos os critérios para a caracterização e análise dos episódios de vida e morte encontrados em seus escritos. Porém, este processo é demorado, visto que não apenas a morte física é foco de estudo, mas principalmente a morte que se impõe ainda em vida, diante da impossibilidade de uma vida plena e satisfatória. Em uma organização preliminar da obra em conto, pode-se dividir até o momento os contos em três grupos: 1. Contos em que humanos são o foco central da narrativa; 2. Contos em que animais, na relação com os humanos, possuem lugar de destaque na narrativa; 3. Contos que centralizam a narrativa em objetos ou seres inanimados. A partir desses grupos, busca-se as categorias para análise dos contos, que envolvem critérios de seleção como: o aparecimento de morte física, seja ela descrita nos contos ou subentendida; a morte intencionada, ou seja, os personagens desejam a morte de alguém ou a sua própria; e, os relatos de morte em vida. Nos estudos realizados até o momento, pode-se observar um aparecimento significativo de animais como foco central na narrativa dos contos: os animais, vertebrados e invertebrados, estabelecem com os personagens humanos dos contos importantes relações que, neste texto, numa breve análise dos contos O crime do professor de matemática 6 e Macacos 7, estão sendo consideradas como aspectos relevantes para a consecução dos objetivos propostos. Medo e culpa: a destruição contida no sofrimento No livro A dialética do esclarecimento, Horkheimer e Adorno (1944/1985) indicam que na ausência de condições que permitam o entendimento do homem com o mundo, há um desequilíbrio na tensão interno-externo que impede os movimentos de identificação e diferenciação, fundantes na formação do indivíduo. O desenvolvimento da natureza histórica 5 Alguns Contos, publicado originalmente em 1952 e A imitação da Rosa, publicado originalmente em 1973, são exemplares que não foram encontrados até o momento, o que dificulta a leitura de toda a obra em conto de Clarice Lispector. 6 Conto publicado no livro Laços de família em Conto publicado no livro Felicidade Clandestina em

5 no homem, que possibilitou o rompimento com a mera satisfação dos instintos no desenvolvimento de uma vida afetiva e intelectual, deveria proporcionar-lhe também maior capacidade de percepção do mundo que o cerca. Segundo Horkheimer e Adorno (1944/1985, p. 175), perceber é projetar e, desse modo, a percepção dos sentidos presente nos animais deveria, pela ampliação e plasticidade proporcionada pela cultura, estar mais bem elaborada nos homens, considerando a formação do indivíduo como fruto da mediação social. Diante do fracasso da civilização na obtenção de uma vida satisfatória, o que predomina, entretanto, é uma falsa projeção. Para Horkheimer e Adorno (1944/1985, p. 176) a profundidade interna do sujeito não consiste em nada mais senão a delicadeza e a riqueza do mundo da percepção externa. Quando o entrelaçamento é rompido, o ego se petrifica. A falsa projeção diz, portanto, de uma tentativa desesperada do ego que, ao proteger-se apenas do mundo externo, despreza aquilo que conquistou com base em sua natureza histórica: a percepção de si mesmo. Neste sentido, a natureza humana historicamente constituída, permite agora o vislumbre de duas possibilidades de morte: a morte do corpo (física) e a ausência, dado o enrijecimento do eu ante o mundo, de autonomia, liberdade ou felicidade. Mesmo com a constatação de um existir que se restringe miseravelmente à sobrevivência, não se trata, porém, de esquecer ou banalizar a morte. Esta deve ser enfrentada tanto na representação do fim, comum a todos os seres viventes, com em sua presença impondo-se sobre a vida que se revela, nos domínios de uma ordem social opressora, muito aquém de suas possibilidades. Para Marcuse (1955/1981, p. 203), aqueles que morrem após terem tido uma vida de sofrimento e dor tornam-se a grande acusação lavrada contra a civilização, a denúncia do quanto foi desnecessária a carga de violência infringida sobre si mesmo e sobre os outros. Também para Horkheimer e Adorno (1944/1985, p. 200), os mortos trazem à lembrança dos vivos a parcela de culpa que lhes cabe diante do suplício injustificado, da dominação que atinge o homem e sua natureza: O ódio pelos mortos é, ao mesmo tempo, ciúme e sentimento de culpa. Quem ficou para trás sente-se abandonado e imputa sua dor ao morto, tomando-o como sua causa. [...] A consciência não consegue pensar a morte como um nada absoluto, pois o nada absoluto não é algo que se pense. E quando o fardo da vida pesa de novo sobre os que ficaram, é compreensível que a situação do morto lhe pareça como preferível. 5

6 A partir das proposições freudianas a respeito do sentimento de culpa e do parricídio ocorrido na horda primeva 8, Marcuse (1955/1981) acrescenta que a morte e a repressão atuam juntas. O sentimento de culpa que se faz presente após o parricídio original é um sentimento ambíguo, porque tanto diz do crime cometido contra a figura do pai quanto da promessa de liberdade que, com o crime, foi abandonada. O crime cometido contra o pai, quando realizado, é prenúncio do crime a ser cometido contra o filho, pois, na promessa de libertação não realizada, a autoridade do pai é resgatada e aloja-se em cada homem, que volta-se contra si mesmo. Considerando ainda que o crime contra o pai déspota pode ser eximido dada a sua responsabilidade na dominação e sofrimento de todos, o crime contra o princípio de prazer não é perdoável, visto que impede a fruição do prazer e o movimento de libertação. É um crime cometido contra o próprio corpo (autodestruição), dada a angústia da culpa, o remorso pela destruição da vida não realizada e a ausência de prazer em tempos de esforço excessivo na manutenção da sobrevivência. Se, conforme dizem Horkheimer e Adorno (1944/1985), o prazer é social, pode-se considerar o prazer como algo que distingue a humanidade dos animais. A satisfação dos instintos presente na natureza não se prolonga para além da necessidade, enquanto no homem, o prazer tem origem na alienação e [...] mesmo quando o gozo ignora a proibição que transgride, ele tem sempre por origem a civilização, a ordem fixa, a partir da qual aspira retornar à natureza, da qual aquela o protege (HORKHEIMER; ADORNO, 1944/1985, p. 100). E assim como o prazer está presente na constituição do indivíduo, o medo também está: em sua origem, refere-se ao perigo de destruição, de aniquilamento de si e da espécie. Porém, conforme indica Adorno (1955/1991), as transformações ocasionadas pela cultura na natureza humana, levam o medo mais originário, que é o medo de ser aniquilado (morte), a fusionar-se com um medo mais recente: no homem ele diz também do perigo de não pertencimento à unidade social. Considerando-se que é a cultura (e para além dela) o ponto de mediação que forma o indivíduo, o não pertencimento ao social é contrário à natureza histórica do homem. Neste sentido, o medo da morte pode levar à obediência cega ao que é imposto socialmente, trabalhando também contra o prazer e as possibilidades de uma vida satisfatória. Não é na certeza não afetada pelo pensamento, nem na unidade pré-conceptual da percepção e do 8 Freud (1921/1976), no texto Psicologia de grupo e a análise do ego, indica que em 1912 utilizou a conjectura de Darwin sobre a horda primeva para analisar quais conseqüências os destinos dessa horda deixaram na descendência humana. Trata-se de um grupo primitivo de pessoas cuja maior autoridade, o pai, possuía as mulheres do grupo e com elas gerava filhos e filhas. O pai déspota detinha com exclusividade o prazer, enquanto os filhos trabalhavam para manter o sustento do grupo. O parricídio surge pelo desejo de liberdade e satisfação dos filhos. 6

7 objeto, mas em sua oposição refletida que se mostra a possibilidade da reconciliação (HORKHEIMER; ADORNO, 1944/1985, p. 176). Enquanto o sentimento de culpa colabora no enrijecimento do ego, fazendo com o que o homem perca a sua capacidade de oposição refletida e desequilibre a tensão formativa identificação-diferenciação, o medo da morte, renovado a cada dia pela ordem social, mantém a renúncia à liberdade. Como em um círculo vicioso, esse movimento resulta sempre em ódio e destruição. Para Horkheimer e Adorno (1944/1985, p. 186), o ódio é o negativo da reconciliação, pois, enquanto esta se baseia na espera pela reorganização das coisas com a paciência de quem sabe agir, o ódio é a tentativa desesperada de projetar no outro a culpa e o medo, destruindo-o. Numa sociedade que já não tem por característica contestar, cega diante das propostas de um bem-estar administrado, apresenta-se a morte em vida. O corpo é objetificado, multifacetado e rende-se aos excessos de uma organização que lhe exige produtividade e consumo. O avanço científico que festeja o cada vez mais próximo controle sobre a vida e a morte, não dá ao homem a segurança de que ele precisa para lidar com sua finitude. Fechamse os olhos, para não se enxergar a morte, mas ela já chegou. O indivíduo não existe no mundo da individualidade. O particular cede para uma instância maior, a do bem comum do inanimado, que dita como regra a todos os seres que estes sejam singulares e que até nisso sejam iguais. Na denúncia do olhar: o animal e o homem Nestas condições, quando no convívio com os homens, os animais são alvo de ódio e de hostilidade. Os olhos dos inocentes tornam-se ameaçadores porque, na falta de gratuidade de uma vida que serve a si própria, projeta-se aquilo que não foi realizado. O cachorro José, no conto O crime do professor de matemática, tornou-se uma presença insuportável para o seu dono porque, enquanto o professor dava-lhe um nome humano, tentava incutir-lhe alma, dar-lhe intencionalidade, fazê-lo obedecer aos mesmos princípios que ele servia, José era apenas um cão. Ser cão lhe bastava e, ao mesmo tempo, exigia do professor uma condição que ele não conhecia: ser homem. Numa cultura que rebuscadamente preparou seus métodos de uniformização tanto de homens quanto de animais domésticos, são os traços puros de animais como José que dizem da natureza mutilada do homem. O animal que, em sua natureza, conduz sua vida sem máscaras, conserva os traços nobres que, no homem, estão uniformizados. O que José, com 7

8 seus olhos de cão, dizia a seu dono era uma grave ameaça. Para Horkheimer e Adorno (1944/1985, p. 235), a natureza é para a práxis algo que está por fora e por baixo, um objeto e, por isso, sua destruição tornou-se justificável. O professor reconhece que abandonou José para não cometer um crime ainda maior. Para Crochík (1999, p.39), a escolha pelo mal menor diz das concessões feitas em prol da manutenção da sobrevivência, porém, esta opção apenas retarda a aparecimento do mal maior, ainda latente, pois elimina a possibilidade de elaborar o passado e, com isso, de evitar repetí-lo. O abandono de José, por parte do professor, não apenas diz da escolha pelo mal menor, mas também do sentimento de culpa pelo crime maior, não cometido, mas em potencial na intenção, subentendido nos gestos carinhosos que o professor dispensava ao cachorro: Lembro-me de ti quando eras pequeno, pensou divertido, tão pequeno, tão bonitinho e fraco, abanando o rabo, me olhando, e eu surpreendendo em ti uma nova forma de ter minha alma. Mas desde então, já começavas a ser todos os dias um cachorro que se podia abandonar. Enquanto isso, nossas brincadeiras tornavam-se perigosas de tanta compreensão, lembrou o homem satisfeito, tu terminavas me mordendo e rosnando, eu terminava jogando um livro sobre ti e rindo. Mas quem sabe o que já significava o meu riso sem vontade. Eras todos os dias um cão que se podia abandonar. (LISPECTOR, 1960/1990, p. 151; grifos no original) Horkheimer e Adorno (1944/1985) consideram que a devoção pela natureza, manifesta tanto nas crianças quanto nos animais, diz também do potencial destrutivo, da necessidade de perseguir. A carícia negligente da mão que roça os cabelos de uma criança ou o pêlo de um animal significa: esta mão pode destruir (p. 236), destruição que diz tanto da saudade de algo que não foi realizado (realização da cultura) quanto do ódio do que foi deixado para trás (natureza). Ao ver seu fracasso na busca da vida com um fim em si mesma através da realização da cultura, dada a natureza histórica adquirida o homem volta-se contra a natureza e, nisto, contra a promessa de realização da cultura. Perde-se a capacidade de respeitar o que está à sua volta e a violência sofrida numa realidade social que se mantém aquém de suas possibilidades materiais recai sobre os mais fracos, não porque realmente o são, mas porque fazem lembrar a fragilidade do homem. O preço que o homem paga pela civilização, a contenção do prazer em prol de um coletivo e de um comum irracionais, agravado pelo esforço contínuo de prover o sustento a si e aos seus, transforma em utópica qualquer iniciativa de conciliação entre liberdade e sobrevivência. E nos contos, como em um jogo de contradições, o fracasso de um personagem revela a possibilidade de vida ao outro; a alegria de um personagem revela a mortificação em 8

9 que o outro está. O confronto entre os personagens humano e animal permite a visualização da doença que corrói o homem, no esvaecer da força vital pelas lacunas da fragmentação que o constitui. A agonia de morte da macaca Lisette, no conto Macacos, pode ser o retrato desse esvaecimento: E com o sopro de vida, subitamente revelou-se a Lisette que desconhecíamos. De olhos muito menos redondos, mais secretos [...]; um pouco mais de oxigênio, e deu-lhe uma vontade de falar que ela mal agüentava ser macaca; era, e muito teria a contar. Breve, porém, sucumbia de novo, exausta. (LISPECTOR, 1971/1987, p. 98) Com seus brincos, pulseiras e saia, Lisette é também o exemplo da natureza expropriada 9 : um fantoche gracioso que o homem fabricou à sua imagem e semelhança. No conto, todos os membros da casa onde fora morar ficaram encantados com sua delicadeza. Porém, Lisette estava doente de morte; a violência com que fora tirada de sua condição e transformada em caricatura humana arrancava-lhe também o ar vital. Debalde foi a tentativa de curá-la, fazê-la respirar por aparelhos, aceitar que os mesmos algozes que a destruíam eram os que tentavam salvá-la. A mulher e a macaca do conto eram muito parecidas: ambas tinham as marcas de resignação do corpo escanhoado, abatido. Mas se a mulher conhecia as possibilidades de vida, sua apatia era uma autopunição. E foi com hostilidade e incômodo que abrigou o antecessor de Lisette, um gorila. O cachorro José e o gorila incomodavam seus donos porque mostravam o tamanho da fragilidade que possuíam e que não queriam ver. Os homens procuram anular a sua história, esquecê-la, porque esta os lembra da ruína que foram suas vidas. Segundo Horkheimer e Adorno (1944/1985, p. 201), o que o indivíduo foi e experimentou no passado é anulado em face daquilo que ele agora é, daquilo que ele agora tem e eventualmente daquilo para o que pode agora ser utilizado. No conto O crime do professor de matemática, parecem ter sido os instantes de libertação oferecidos pela punição que o professor se impôs que deram coragem de pensar no cão, em José, no ato que cometera 9 Crochík (1999), ao discutir em seu texto sobre a propriedade, indica sua relação com a identidade do indivíduo burguês, representado por Ulisses, personagem da Odisséia de Homero. A identidade de Ulisses, definida pela propriedade (era o rei de Ítaca), é ameaçada quando o personagem começa a sua viagem. A partir de então, a natureza que se apresenta ameaçadora é dominada, assim como os sentimentos e emoções. A propriedade privada, porém, só é possível a partir de um contato coletivo e os que fazem de seus interesses particulares interesses universais, retiram a possibilidade dos outros tanto de propriedade quanto de individuação: [...] se a propriedade é base para a formação do indivíduo, a felicidade e liberdade devem ir além dela, no reconhecimento da igualdade dos proprietários; mas para isso ela precisa ser garantida desde o início. Quando a propriedade não é base, mas o fim, o desenvolvimento da consciência deve buscar aquilo de que foi expropriado (CROCHÍK, 1999, p. 42). 9

10 e em sua vida. Frente ao medo exacerbado e à destruição da culpa, o ir para 10, movimento que diz da possibilidade de vida autodeterminada e consciente, é sempre com passos ferruginosos e muito lentos. Para os que se assustam com a crueza da vida enredada em seu contraste, que tiveram suas garras lixadas e não perderam o nojo da dor 11, não há como arrancar a flecha mortal e fazer nascer a vida. Em tempos de pseudoformação, às vezes o contato com este estado aparece com extrema rudeza. Poderia a força desta revelação contribuir para a manutenção do endurecimento que acomete os homens de fora para dentro e de dentro para fora? Talvez o esclarecimento sobre o que transforma o movimento da vida em imagem congelada de uma cena exaustivamente assistida e os homens em dezenas de estátuas que se espalham rígidas 12, traga consigo possibilidades de transformação do existente. Referências Bibliográficas ADORNO, Theodor W. (1955). De la relacion entre sociologia y psicologia. In.. Actualidad de la filosofía. Tradução para o espanhol José Luis Arantegui. Barcelona: Paidós, p CROCHÍK, José Leon. Notas sobre a formação ética e política do psicólogo. Psicologia & Sociedade. v. 11, n. 1, jan/jun, p (1970). Teoria Estética. Tradução de Artur Morão. Lisboa: Edições 70, p. FRANCISCATTI, Kety Valéria Simões.. A maldição da individuação: reflexões sobre o entrelaçamento prazer-medo e a expressão literária f. Tese (Doutorado em Psicologia: Psicologia Social) Programa de Prós-Graduação em Psicologia Social, PUCSP, São Paulo Clandestino Querer na Fuga das Horas: arte como expressão da vida danificada. In: CONGRESSO INTERNACIONAL A INDÚSTRIA CULTURAL HOJE, 2006, 10 Menção ao trecho do livro A descoberta do mundo, que traz contribuições de Clarice Lispector ao Jornal do Brasil entre 1967 e 1973: Essa noite um gato chorou tanto que tive uma das mais profundas paixões pelo que é vivo. Parecia dor e, em nossos termos humanos e animais, era. Mas seria dor, ou era ir, ir para? Pois o que é vivo vai para. (LISPECTOR, 1984/1999, p. 33) 11 Menção ao trecho do conto Os desastres de Sofia : Pois logo a mim, tão cheia de garras e sonhos, coubera arrancar de seu coração a flecha farpada. De chofre explicava-se para que eu nascera com mão dura, e para que eu nascera sem nojo da dor. Para que te servem essas unhas longas? Para te arranhar de morte e para arrancar teus espinhos mortais, diz o lobo do homem. (LISPECTOR, 1971/1987, p. 119) 12 Expressão utilizada por Lispector (1971/1987, p155 e p.156) no conto A quinta história : quando descreve a morte das baratas após terem comido a mistura mortal de farinha, açúcar e cal: E na escuridão da aurora, um arroxeado que distancia tudo, distingo a meus pés sombras e brancuras: dezenas de estátuas se espalham rígidas. [...] Em algumas o gesso terá endurecido tão lentamente como num processo vital, e elas, com movimentos cada vez mais penosos, terão sofregamente intensificado as alegrias da noite, tentando fugir de dentro de si mesmas. [...] Outras subitamente assaltadas pelo próprio âmago, sem nem sequer ter tido a intuição de um molde interno que se petrificava! essas de súbito se cristalizam, assim como a palavra é cortada da boca: eu te... 10

11 Piracicaba/SP. Anais... Piracicaba/SP: GEP-Teoria Crítica e Educação (UNIMEP/UFSCar/UNESP-Araraquara), p v. 1 CD-ROOM. FREUD. Sigmund. (1921). Psicologia de grupo e a análise do ego. Tradução de Christiano Monteiro Oiticica. Rio de Janeiro: Imago, p (Edição Standard Brasileira das Obras Psicológicas Completas de Sigmund Freud, v. 18). HORKHEIMER, Max e ADORNO, Theodor W. (1944). Dialética do esclarecimento; fragmentos filosóficos. Tradução de Guido Antonio de Almeida. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, p. LISPECTOR, Clarice. (1960). Laços de família. 12 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p.. (1971). Felicidade Clandestina. 5 ed. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, p.. (1984). A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, p. MARCUSE, Herbert. (1955). Eros e civilização: uma interpretação filosófica do pensamento de Freud. Tradução de Álvaro Cabral. 8 ed. Rio de Janeiro: Zahar, p. SABINO, Fernando e LISPECTOR, Clarice. Cartas perto do coração. 4 ed. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, p. 11

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