CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA

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1 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA IZAIAS MARTINS DE OLIVEIRA JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA GESTÃO DE ARMAZENAGEM EM UMA EMPRESA DE SANEAMENTO LINS/SP 1º SEMESTRE/2013

2 CENTRO ESTADUAL DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA PAULA SOUZA FACULDADE DE TECNOLOGIA DE LINS PROF. ANTONIO SEABRA CURSO SUPERIOR DE TECNOLOGIA EM LOGÍSTICA IZAIAS MARTINS DE OLIVEIRA JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA GESTÃO DE ARMAZENAGEM EM UMA EMPRESA DE SANEAMENTO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins para obtenção do Título de Tecnólogo em Logística. Orientador: Prof. Me. Juliano Munhoz Beltani LINS/SP 1º SEMESTRE/2013

3 IZAIAS MARTINS DE OLIVEIRA JOÃO JOAQUIM DE OLIVEIRA GESTÃO DE ARMAZENAGEM EM UMA EMPRESA DE SANEAMENTO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Faculdade de Tecnologia de Lins, como parte dos requisitos necessários para a obtenção do título de Tecnólogo em Logística sob orientação do Prof. Me. Juliano Munhoz Beltani Data da aprovação: / / Orientador : Prof. Me. Juliano Munhoz Beltani Examinador 1 : Prof. Me. Sandro da Silva Pinto Examinador 2 : Prof. Me.Silvio Ribeiro

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho primeiramente a Deus à minha esposa Cida, às minhas filhas Dariele e Dariane, à minha mãe e ao meu genro Walker pelo apoio incondicional ao longo desta jornada. Izaias Martins de Oliveira

5 DEDICATÓRIA Dedico à minha mãe, pelo carinho, apoio e suporte dado ao longo da minha vida para que tudo que tenho planejado possa ser realizado. À minha família, por sua capacidade de acreditar e investir infância tem dado incentivo ao meu desenvolvimento intelectual. Sem vocês eu não teria compreendido a impotância do SABER. João Joaquim de Oliveira

6 AGRADECIMENTO A Deus, pela oportunidade da realização de um sonho, sendo nosso refúgio e fortaleza nos momentos de angústia e preocupação. À Faculdade de Tecnologia de Lins, Prof. Antônio Seabra pela oportunidade de uma graduação. A nosso orientador Prof. Juliano pelo empenho e dedicação, aos professores Silvio e Sandro e demais professores da instituição pelos conhecimentos adquiridos. Aos amigos Ademir Chiarapa, Dreifus Paiva e Valdecir (Lê) da SABESP pelo apoio no estudo de caso. A todos que colaboraram para a minha conclusão de curso. Izaias Martins de Oliveira

7 AGRADECIMENTO A Deus, meu criador e companhia infalível nestes anos. Seu fôlego de vida em mim me foi sustento e me deu coragem para questionar realidades e propor sempre um novo mundo de possibilidades. Aos meus colegas de classe. Obrigado por todos os momentos em que fomos estudiosos, brincalhões, artistas, e cúmplices. Porque em vocês encontrei agradável companhia. A experiência de uma produção compartilhada na comunhão de amigos foi a melhor experiência da minha formação acadêmica. A minha família, obrigado pela paciência, pelo sorriso, pelo abraço, pela mão que sempre se estende quando preciso. Esta caminhada não seria a mesma sem cada um de vocês. Ao Prof. Juliano, nosso orientador, pela dedicação, por compartilhar conosco conhecimentos e experiências profissionais, nos deixando ensinamentos que são mais do que teorias educacionais, mas sim um legado que jamais será tirado. À SABESP que nos abriu suas portas, possibilitando-nos a elaboração deste trabalho. A todos aqueles que de alguma forma estiveram e estão próximos de mim, fazendo esta vida valer cada vez mais a pena. O êxito não é resultado do acaso, mas da insistência em seus objetivos. João Joaquim de Oliveira

8 RESUMO Desde os primórdios a logística sempre esteve presente na vida do homem. Com o avanço tecnológico, o surgimento de novos materiais e o aumento da produtividade, o setor logístico passou a ter um papel fundamental na sociedade fazendo com que compras e estoques ganhassem maior importância e as atividades logísticas tornaram-se primordiais. A logística nos dias atuais tornou-se um fator preponderante em todos os setores nas organizações sejam elas com ou sem fins lucrativos. No setor de armazenagem tem sido utilizada no controle dos estoques visando maior controle e eficiência bem como redução nos custos de estoque, otimização na movimentação e aproveitamento do armazém, rapidez no atendimento ao cliente bem como a redução na obsolescência dos produtos armazenados. No setor de saneamento básico que visa o abastecimento de água e disposições de esgoto bem como preservação e modificação das condições do ambiente com a finalidade de prevenir doenças e promover saúde, a logística é de suma importância para dar agilidade e eficiência na gestão de armazenagem e distribuição do serviço. Baseado em uma revisão bibliográfica e um questionário, este trabalho tem como objetivo analisar a gestão de armazenagem no almoxarifado da SABESP (Saneamento Básico de São Paulo) em Lins, visando demonstrar a sua eficiência na gestão de armazenagem e controle de estoque Palavras-chave: Logística. Armazenagem.Saneamento Básico.

9 ABSTRACT Since the dawn logistics has always been present in human life. With advances in technology, the emergence of new materials and increased productivity, the logistics sector has to play a vital role in society by making purchases and stocks earned greater importance and logistics activities have become paramount. The logistics nowadays has become a major factor in all sectors in organizations whether with or without profit. In the storage industry has been used in inventory control seeking greater control and efficiency as well as reduction in inventory costs, optimize the handling and use of the warehouse, fast customer service as well as a reduction in obsolescence of stored products. in the sanitation sector aimed at water and sewer provisions as well as preserving and altering the environment in order to prevent disease and promote health, logistics is of paramount importance for the agility and efficiency in managing the storage and distribution of service. Based on a literature review and a questionnaire this study aims to analyze the management of storage in the warehouse SABESP (Sanitation of São Paulo) Lins in order to demonstrate their efficiency of warehouse management and inventory control. keywords: Logistics. Storage. Basic Sanitation.

10 LISTA DE ILUSTRAÇÕES Figura 1.1 Gestão estratégica da Logística Figura 2.1 Fluxo das atividades de armazenagem Figura 2.2 Os estoques regulando o fluxo em uma cadeia de suprimento.. 36 Figura 2.3 Galpão Figura 2.4 Pátio Figura 2.5 Tanque Figura 2.6 Silo Figura 2.7 Módulo Estruturado Figura 4.1 Fachada do Almoxarifado da Sabesp em Lins Figura 4.2 Pátio 1: Conexões de ferro fundido Figura 4.3 Pátio 1: Materiais para reciclagem Figura 4.4 Pátio 2: Tubos PVC e ferro fundido Figura 4.5 Pátio 2: Tubos de cimento e cerâmico (manilha) Figura 4.6 Pátio 2: Veículos armazenados fora de uso Figura 4.7 Galpão de armazenagem Figura 4.8 Armazém Figura 4.9 Paleteira Figura 4.10 Caminhão com Munck... 66

11 LISTA DE TABELAS Tabela 2.1 Fluxos... 40

12 LISTA DE QUADROS Quadro 4.1 Codificação de material... 58

13 LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS cm Centímetro LEC Lote Econômico de Compras m Metro, unidade de medida m² Metro quadrado mm Milímetro PEPS Primeiro que entra primeiro que sai R$ Real, moeda corrente no Brasil SABESP Saneamento Básico DE São Paulo SNIS Sistema Nacional sobre Informações de Saneamento ton. Tonelada UNICEF - United Nations Children's Fund (Fundo das Nações Unidas para a Infância) VW Volkswagen

14 % - Porcentagem LISTA DE SÍMBOLOS

15 SUMÁRIO INTRODUÇÃO LOGÍSTICA A LOGISTICA E O GERENCIAMENTO DE CADEIAS DE SUPRIMENTO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES A LOGISTICA NO BRASIL E SUA IMPORTÂNCIA A LOGÍSTICA NA ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM GESTÃO ESTRATÉGICA DA LOGÍSTICA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO ARMAZENAGEM SISTEMAS: OBJETIVOS E FUNÇÕES DE ARMAZENAGEM TIPOS DE ARMAZENAGEM E EQUIPAMENTOS ATIVIDADES NOS SISTEMAS DE ARMAZENAGEM O endereçamento Localização de materiais Controle de estoque O GERENCIAMENTO DA ARMAZENAGEM O layout do Armazém Instalações de Armazenagem Tipos de Armazéns Sistemas de Gerenciamento de Armazéns SANEAMENTO NO BRASIL E NO MUNDO IMPACTO SOCIAL NO BRASIL GANHOS AO CIDADÃO E AO PAÍS ESTUDO DE CASO HISTÓRICO DA EMPRESA CODIFICAÇÃO E CONTROLE DE ESTOQUE Especificação dos materiais Remessa de material Instalações, Pátios, Galpões, Armazém e Sistema de Movimentação. 59 CONCLUSÃO... 68

16 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ANEXO... 73

17 15 INTRODUÇÃO As atividades da administração de materiais existem desde a época mais remota e a evolução do sistema de armazenagem remete também à evolução das atividades mercantis que se modificaram com o passar dos anos, desde as primeiras trocas de grãos e utensílios, caças até as mais evoluídas formas de comercialização já conhecidas. O avanço e desenvolvimento do setor tecnológico motivado pela Revolução Industrial, a maior demanda, as exigências dos consumidores; assim como os embates das duas grandes guerras mundiais, foram fatores cruciais para a comprovação de que os materiais necessitavam ser administrados cientificamente. A armazenagem dos materiais assumiu, então, uma grande importância na obtenção de maiores lucros ou da preservação dos componentes adquiridos. E fatos como estes, deram um novo impulso às técnicas de armazenagem, que deixou de ser uma ferramenta secundária, passando a ser considerada uma das principais técnicas administrativas de contribuição aos objetivos organizacionais. Visto que, o controle de armazenagem eficiente viabiliza a redução de estoques, melhor otimização da movimentação e aproveitamento do armazém, rapidez no atendimento ao cliente e à linha produtiva, a atenuação do índice de material obsoleto, exatidão das informações prestadas, entre outros. E isto se reverte em redução de custos operacionais da organização tornando seus produtos mais competitivos no mercado e na melhoria do gerenciamento e integração do processo de armazenagem com os demais processos empresariais. Neste cenário, a integração do sistema de armazenagem ao sistema logístico deve ser absoluta, pois as atividades logísticas representam um importante elo no equilíbrio do fluxo de materiais. E neste entrelaçamento, o processo logístico, a armazenagem e estocagem têm papel fundamental em todo o encadeamento de atividades produtivas ou de comercialização, pois oferecem valor de tempo e lugar, determinando o material na quantidade certa, no momento certo e na qualidade requerida. Este trabalho tem como objetivo analisar a eficiência na gestão de armazenagem no almoxarifado da Sabesp (Saneamento básico de São Paulo) na

18 16 unidade de Lins. Para tanto foi utilizado como metodologia revisão bibliográfica e um estudo de caso com a aplicação de um questionário cujas informações foram relatadas pelo analista de gestão responsável pelo almoxarifado. Para a realização da pesquisa, o trabalho foi estruturado da seguinte forma: No capítulo 1 uma abordagem sobre logística e o gerenciamento da cadeia de suprimentos, em sequência o 2 aborda a armazenagem, seus sistemas, funções, objetivos e tipos de armazenagem e armazéns, o capítulo 3 o saneamento básico no Brasil e no mundo e seu impacto social e por fim o último capítulo apresenta o estudo de caso no almoxarifado da Sabesp e conclusão.

19 17 1 LOGÍSTICA O avanço e desenvolvimento do setor tecnológico motivado pela Revolução Industrial fizeram acentuar o progresso e o surgimento de novos materiais, refletindo em maior produtividade, maior demanda e a existência de consumidores mais exigentes, esta soma influenciou a forma de produção, de métodos de estocagem e de troca de objetos, fazendo com que compras e estoques ganhassem maior importância e as atividades logísticas tornaram-se primordiais. O conceito de logística foi utilizado primeiramente pelos exércitos para designar estratégias de abastecimento de seus exércitos nos fronts de guerra e para que nada lhes faltasse. De acordo com o Dicionário Aurélio (FERREIRA, 1986) o termo logística vem do francês Logistique. Segundo o dicionário, logística é definida como uma parte arte da guerra que planeja e realiza um planejamento, desenvolve, obtém, armazena, distribui, transporta, repara, dá manutenção e retira material com objetivos de operação ou administrativos. Segundo Hara (2009), o contexto histórico mostra que civilizações antigas fizeram uso da logística para alcançar seus objetivos no suprimento em frentes de batalha. Bowersox e Closs (2001), afirma que a globalização surgiu de maneira vertiginosa provocando essa atividade de maneira substancial, uma vez que esta exige rapidez, integração e lucros maiores à custos menores, o que ocasiona uma carência enorme de profissionais qualificados nesta área. Fatores impulsionadores da logística como gestão na cadeia de suprimentos, integração econômica e avanços tecnológicos são elementos que sob uma visão ótica desmitificaram fatores até então pouco explorados no gerenciamento de empresas, nas relações entre países no que se refere ao comércio e ao transporte de cargas de mercadorias e produtos, tendo como grande facilitador destas operações as tecnologias de informática como softwares, internet, etc. A logística está presente em todas as atividades de uma organização, logo, se faz necessário que os gestores atentem para o chamado custo logístico, que requer o empreendimento de maiores esforços a fim de minimizá-lo, para que este não se torne fator de oneração aos preços de mercadorias e produtos, pois a cada

20 18 dia surgem novos entrantes no mercado motivando a uma ávida concorrência, tornando a precificação um dos elementos decisivos no momento da compra. Segundo Fleury e Wanke (2009), o custo total foi o primeiro paradigma na logística, a partir de diferentes cenários alternativos sobre o fluxo de produtos. O conceito de custo total, que é o resultado da soma do custo fixo com o custo de posse e o custo de aquisição, apesar de simples, não foi aplicado inicialmente no planejamento e controle logístico. Durante muito tempo, prevaleceram as práticas contábeis tradicionais, segundo as quais os custos de cada uma das funções logísticas deveriam ser minimizados individualmente, tendo sido direcionados poucos esforços para redução. Esse conceito, entretanto, abriu as portas para que fossem avaliados como os custos funcionais estariam interrelacionados. O nível aceitável de gastos incorridos na logística estaria diretamente relacionado com a qualidade de serviço que se deseja prestar. Além disso, pôs fim à crença de que atingir simultaneamente a elevada disponibilidade, bom desempenho operacional e confiabilidade normalmente envolveria elevado consumo de recursos. É neste ponto que as atividades logísticas e de armazenagem ganham maior relevância e se tornam uma das ferramentas organizacionais mais diretas e práticas, que além de agregar valor à imagem corporativa no mercado, reforçam suas vantagens competitivas por meio da preocupação com a eficiência, pois garantem de modo organizado a existência contínua de materiais ou produtos, suprindo em um tempo oportuno e com qualidade requerida às necessidades imediatas dos materiais imprescindíveis ao funcionamento da organização, cumprindo também a função de elo ou última interface entre consumidor e produto, sem tornar excessivo o investimento total. 1.1 A LOGISTICA E O GERENCIAMENTO DE CADEIAS DE SUPRIMENTO: CONCEITOS E DEFINIÇÕES De acordo com Bowersox e Closs (2001), a Logística envolve e integra informações, armazenamento, transporte, estoque, materiais e embalagem, atividades que a descreve como uma ciência de agregação de valor que abrange toda a cadeia produtiva e suprimentos, mas isso não se restringe apenas a esses setores, vem servindo como modelo eficiente em diversos setores sem fins lucrativos como modelo de gestão.

21 19 Segundo Fleury e Wanke (2009), o gerenciamento de cadeias de suprimentos é um desafio que as empresas perseguem há anos. Tida historicamente como inovadora processos gerenciais, a indústria automobilística representaria o padrão de como esse desafio gerencial evoluiu ao longo do tempo. De Henry Ford, na época da Primeira guerra mundial, com a integração total de suas fontes de suprimento, passando por Alfresd Sloan na década de 30 e pela Toyota 1 nas décadas de 40 a 70, até a experiência recente do consórcio modular da VW 2 em Resende (década de 90), diversas transformações moldaram o que atualmente se entende por gerenciamento de cadeias de suprimento. A definição mais frequentemente encontrada e amplamente difundida nos meios acadêmicos e empresariais é aquela segundo a qual o gerenciamento de cadeias de suprimento seria a gestão dos fluxos correlatos de informações e de produtos que vão do fornecedor ao cliente, tendo como contrapartida os fluxos financeiros. Para Fleury e Wanke (2009), a logística seria fundamental dentro do gerenciamento de cadeias de suprimento. O sucesso de qualquer arranjo operacional numa cadeia de suprimentos estaria diretamente relacionado ao componente logístico. Esta seria, provavelmente, a principal razão para a confusão no meio acadêmico e empresarial sobre os termos gerenciamento de cadeias de suprimento e logística. O primeiro seria muitas vezes percebido como a simples extensão do segundo, quando são incorporados aos clientes e os fornecedores de uma empresa. De acordo com Fleury e Wanke (2009), a logística é a parte do gerenciamento de cadeias de suprimento responsável por planejar, implementar, e controlar de modo eficiente e eficaz, o fluxo e armazenamento de produtos (bens e serviços) e informações relacionadas, do ponto de origem até o ponto de consumo, para atender as necessidades dos clientes. Já a definição de gerenciamento de cadeias de suprimento, apresentada em 1998 pelo Global Supply Chain Forum 3, está fundamentada em seu entendimento a partir de um conjunto de processos integrados, o gerenciamento de cadeia de suprimentos consiste na integração dos principais processos de negócio a partir do 1 Toyota: montadora de veículos japonesa. 2 VW: Wolkswagen, montadora de veículos de origem alemã. 3 Global Supply Chain Forum: Fórum da cadeia de abastecimento global

22 20 consumidor final para o fornecedor inicial de produtos, serviços e informações que adicionam valor. O gerenciamento de cadeias de suprimento seria, portanto, uma tarefa substancialmente mais complexa que a gerência logística do fluxo de produtos, serviços e informações relacionadas do ponto de origem para o ponto de consumo. Tradicionalmente ligam-se à logística e ao gerenciamento da cadeia de suprimentos. As mesmas tendências impulsionaram ambos movimentos, e de alguma forma a evolução da primeira e o nascimento do segundo se sobrepõem. Com o decorrer do tempo, o conceito adquiriu um maior desenvolvimento, atingindo o objetivo inter-organizacional com que se conhece atualmente. Esperava-se que a evolução adicionasse elementos para evidenciar as diferenças entre um e outro, mas ainda hoje é este um assunto de conflito. Sem dúvida, estas diferentes posições e opiniões suscitam o surgimento da diversidade de significados associados ao conceito, e de termos distintos ligados a idéia de gestão da cadeia de suprimento, permitindo assim o seu aprimoramento ou facilitando seu entendimento. 1.2 A LOGISTICA NO BRASIL E SUA IMPORTÂNCIA O mercado logístico brasileiro apresenta um panorama positivo, dinâmico e em crescente desenvolvimento. Segundo Fleury e Wanke (2009), tal prerrogativa se reafirma, pois a logística no Brasil vem sendo um negócio que evoluiu muito rapidamente nos últimos anos. Resultados de pesquisa indicam que em seu conjunto as 500 maiores empresas industriais brasileiras gastam cerca de R$ 39 bilhões por ano em operações logísticas, o que equivale na média, a 7% de seu faturamento. É bom lembrar, no entanto, que esse percentual varia significativamente entre empresas e setores industriais, numa faixa que vai de 5%, a mais de 20%. Setores como de bebidas, alimentos e materiais de construção se destacam pelos altos gastos logísticos, bem superiores à média nacional. No país como um todo, estima-se que os gastos com logística atinjam aproximadamente R$ 160 bilhões por ano. Nos últimos anos, a logística no Brasil passou por marcantes transformações e sofisticações. Essas transformações são evidenciadas em diferentes aspectos,

23 21 sejam eles relacionados à estrutura organizacional, às atividades operacionais, ao relacionamento com clientes, ou às questões financeiras. Por exemplo, numa proporção maior de empresas, o principal executivo de logística situa-se nos mais altos níveis hierárquicos. Por outro lado, o escopo das operações logísticas já ultrapassou claramente as fronteiras clássicas do transporte e da armazenagem. Operações como Milkrun, transporte multimodal e montagem de kits são cada vez mais comuns, assim como o planejamento dos estoques e da demanda vem assumindo papel importante para coordenação das operações logísticas. Finalmente, deve ser mencionado o impacto da logística não apenas na lucratividade das empresas, influenciada pelos custos, mas também na criação de novas oportunidades de mercado, através de serviços de valor adicionado. (FLEURY; WANKE, 2009). De acordo com Fleury e Wanke (2009), a crescente importância da logística no Brasil não deriva apenas do volume de recursos movimentados ou crescente responsabilidade e poder de seu principal executivo. Existe uma clara percepção pelas empresas de que a logística representa um papel estratégico e que contribui para gerar vantagem competitiva sustentável. Tal fato vem dando importância crescente aos serviços em suas avaliações sobre os fornecedores. Quanto à importância atribuída pelos clientes aos serviços logísticos, já é possível verificar uma diferença de ênfase entre os segmentos industriais. Empresas do segmento de bens de consumo duráveis e semiduráveis percebem maior importância atribuída por seus clientes aos serviços logísticos, ao passo que empresas do segmento de insumos industriais e produtos intermediários, por exemplo percebem menor importância. Para Fleury e Wanke (2009), essas diferenças podem ser explicadas pela natureza distinta dos clientes de cada segmento, e pelas diferenças entre os valores agregados de seus bens e produtos. Assim, empresas do segmento de bens de consumo duráveis e semiduráveis comercializam produtos de maior valor agregado, consumidos por clientes mais exigentes e sofisticados. Já empresas do segmento de bens de consumo não duráveis tendem a comercializar seus produtos, de menor valor agregado, em mercados mais competitivos e menos sofisticados que dão maior ênfase a custos do que a serviços. Já as empresas do segmento de insumos industriais e bens intermediários tendem a comercializar seus produtos, predominantemente, para outras empresas

24 22 industriais onde as características técnicas dos produtos e os custos dos mesmos são predominantes. O número limitado de clientes e a tendência a entregas consolidadas tornam o desafio logístico muito menor do que verificado em outros segmentos industriais. Segundo Fleury e Wanke (2009), a evolução da logística ao longo do tempo pode ser avaliada pelo conjunto de atividades executadas no âmbito de sua responsabilidade. A observação das grandes empresas brasileiras indica uma significativa diversidade de atividades sendo realizadas pela organização logística. A diversidade das operações pode ser avaliada com base num conjunto de dez atividades como gestão de estoque, armazenagem, transporte de distribuição, desenvolvimento de projetos, desembaraço aduaneiro, transporte de transferência, transporte de suprimento são realizadas em mais de 89% das grandes empresas brasileiras. Os resultados sugerem alto grau de diversificação das operações, compatível com países mais desenvolvidos. É pertinente salientar a importância das atividades logísticas para o mercado brasileiro, visto que os resultados positivos deste setor representam também saldo positivo em outras atividades, pois é através da logística que é viabilizado o escoamento de produtos e materiais favorecendo o bom desempenho e manutenção de diversos outros setores. As diversificações deste segmento são essenciais para evidenciar as evoluções recentes ou para apontar e redirecionar os diversos nichos de mercado a posicionamentos e produções inovadoras. Também é essencial é estabelecer cada vez mais parcerias de longo prazo, compartilhar mais informações entre os envolvidos em sua cadeia de produção e consumo, preservar o bom planejamento e organização. Ao adotar estas estratégicas, as empresas que se utilizam da logística promove em toda sua linha maior ganho com eficiência, qualidade e possibilita a melhoria constante em toda a organização. 1.3 A LOGÍSTICA NA ARMAZENAGEM E ESTOCAGEM A movimentação física de materiais dentro da fábrica ou armazém é um dos pontos de interesse vital para a logística e administração de materiais, visto que tal ação, quando possui o fluxo das atividades inadequado ou demorado, pode assumir custos significativos em face da natureza do processo produtivo.

25 23 Pela definição do Council of Logistic Management 4 : Logística é aquela parte do processo da cadeia de abastecimento que tem como objetivo planejar implementar e controlar o fluxo e estocagem eficiente e eficaz de serviços e informações relacionadas desde o ponto de origem ao ponto de consumo, para que as necessidades dos clientes sejam atendidas. (MOURA; GASNIER; RESENDE, 2004). Podemos dizer então que é a arte de comprar, receber, armazenar, separar, expedir, transportar e entregar o produto/serviço certo, na hora certa, no lugar certo, ao menor custo possível. No que se refere à armazenagem e estoque, a logística tem um papel fundamental no planejamento, organização e controle. Na armazenagem é responsável pela administração do espaço para a manutenção do estoque, a localização, o dimensionamento de área, o arranjo físico, reposição de estoque, projetos de docas ou baías de atração e configuração do armazém. No estoque é responsável por sua manutenção desde a entrada de material até a entrega ao cliente. As atividades logísticas envolvem, segundo Moura (2005): transporte, estocagem, estocagem do material de consumo e manutenção, embalagem, movimentação de materiais, atendimento ao pedido, previsão de estoques, planejamento da produção, suprimentos, serviço ao cliente, localização, controle de estoque/inventários, produção,controle de qualidade, distribuição física e segurança. De um modo sucinto, Martins (2007) confirma: a logística é a responsável pelo planejamento, operação e controle de todo o fluxo de mercadorias e informação, desde a fonte fornecedora até o consumidor. O controle de estoque é de extrema importância, pois é necessário para manter o nível de serviço, mas, em contrapartida, gera grandes custos. Para diminuir esses custos duas ações podem ser desencadeadas a centralização dos estoques que diminui o total estocado e o planejamento mais preciso possível sem gerar estoques desnecessários. Logo, o gerenciamento de estoques economicamente consiste essencialmente em se buscar a racionalidade e o equilíbrio do consumo, de forma que as necessidades dos consumidores sejam satisfeitas com o menor custo e 4 Council of Logistic Management: Conselho de Gestão Logística

26 24 menor risco de falta possível; que seja assegurada aos consumidores a continuidade de fornecimento onde o valor obtido pela continuidade de fornecimento seja inferior a sua própria falta (VIANA, 2002). É necessário que comecemos então a desenvolver a metodologia de controle de estoques como uma forma de definir a disponibilidade de produtos e uma identificação dos custos relevantes ao gerenciamento dos níveis de estoques. (BALLOU, 2006, p. 277) Segundo Viana (2002, p. 361), qualquer que seja o método, é fundamental a plena observância das rotinas em prática a fim de se evitar problemas de controle, com conseqüências no inventário, que redundam em prejuízos para a empresa. Existe uma grande e crescente variedade de produtos que as empresas dispõem em seus portfólios criando complexidade de controle. Nesse sentido a logística necessita ter um sistema de avaliação de armazenagem e estoque que assegure o mínimo de custos, que o estoque esteja de acordo com política da empresa, que a armazenagem e estoque reflitam seu conteúdo usando o valor desse capital como ferramenta de tomada de decisão e que evite desperdício. Os saldos em estoque demonstrados nos sistemas informatizados devem estar em sintonia com os saldos físicos existentes nos depósitos para se ter um inventário confiável. A logística tem a responsabilidade de diagnosticar falha e também corrigila quando não há acuracidade. Dentro de uma empresa, principalmente na armazenagem e estoque, a logística poderá ser o caminho para a diferenciação aos olhos de seus clientes, tanto para a redução de custos quanto para agregação de valor à empresa, refletindo num aumento da lucratividade. Porém, a logística por si só não alcançará esses resultados, não pode ser vista como a tábua de salvação, mas sim, como uma parceira da empresa integrada com os demais setores. 1.4 GESTÃO ESTRATÉGICA DA LOGÍSTICA NA CADEIA DE SUPRIMENTOS COMO DIFERENCIAL COMPETITIVO No contexto mundial atual economicamente globalizado, as empresas se vêem em um ambiente turbulento e competitivo e como conseqüências deste novo

27 25 paradigma se vêem forçadas a criarem diferenciais a fim de se manterem no mercado. A logística como estratégia competitiva de uma empresa deve privilegiar o abastecimento e o fluxo continuo de informações ou materiais a toda a sua cadeia produtiva em tempo hábil, para que não comprometa a capacidade produtiva e de fornecimento da empresa. Assim, deve ser baseada nas prioridades do cliente no momento da compra: custo,entrega ou tempo de resposta, variedade e qualidade. Para colocar uma estratégia competitiva em prática é necessário que todas essas funções desenvolvam sua própria estratégia, uma vez que cada uma tem o seu papel. Gonçalves e Musetti (2007), afirma que é a logística que faz a gestão de um fluxo de informação, isto é, que possibilita que as informações veiculem por todas as suas áreas. Sendo elas dividas em três: a de suprimento, que faz a gestão da movimentação da entrada de matéria-prima. A outra é o apoio à manufatura, que é responsável pela gestão de estoque em processo de acordo com o planejamento da produção, favorecendo que a produção seja bem gerida e por fim, a distribuição física, administra o fluxo e o estoque de produtos acabados e é responsável por disponibilizá-los aos clientes. Figura 1.1 Gestão estratégica da Logística Fonte: Honda, 2002 Analisando conjuntamente a todos os fatores já descritos, bem como, a figura acima, verifica-se a necessidade de altos níveis de serviço logístico a um custo adequado e a redução de desperdícios, a armazenagem se destaca devido ao aumento da variedade de produtos, lotes menores com entregas mais freqüentes, menores tempos de atendimento e menor tolerância a erros de separação de pedidos (FLEURY; WANKE; FIGUEIREDO, 2000). Isto vem reforçar as afirmações

28 26 de Moura (1997) e Ballou (1993) que colocam a administração de materiais como um setor que oferece oportunidades de economias, sendo que seus custos podem absorver de 12 a 40% das despesas logísticas. As estratégias no processo de armazenagem mais utilizadas, a fim de atingir os objetivos logísticos, segundo Rago (2002), são: verticalização dos estoques, automatização na armazenagem, automação da armazenagem, gestão de armazéns e endereçamento móvel. Já dentre as funções do processo de armazenagem, temse: recebimento físico e contábil; identificação e classificação; conferência (qualitativa e quantitativa); endereçamento para o estoque; estocagem; separação de pedidos; reposição de estoques; preparação de carga; embalagem; expedição ou atendimento à linha de produção; registro das operações Chopra e Meindl (2006), afirmam que para uma empresa possa melhorar o desempenho de sua cadeia de suprimento, deve-se entender e examinar os quatro fatores-chave de desempenho da cadeia, tais como: estoque, transporte, instalações e informação. Para Kim e Mauboorgne (2005), a inovação de valor é uma nova maneira de raciocinar sobre a execução da estratégia, que resulta na criação de um novo espaço de mercado e no rompimento com a concorrência. De acordo com Gonçalves e Musetti (2007), essa nova visão da logística, como fator diferencial de competitividade, tem exigido a reformulação ou otimização do escopo de suas atividades para um conceito mais abrangente e multidisciplinar onde, a função da logística agrega valor ao produto, alinhado a logística com a estratégia da organização, este valor é percebido pelo cliente, vistos através dos benefícios que se incorpora ao produto. Chopra e Meindl (2006), falam ainda sobre três etapas básicas para o alcance do alinhamento estratégico, sendo elas: entender o cliente, compreender cada etapa de sua cadeia de suprimentos e realizar o alinhamento estratégico, onde se houver qualquer incompatibilidade entre o que a cadeia de suprimento realiza com sucesso e as necessidades dos clientes, a empresa precisará reestruturar sua cadeia logística para apoiar a estratégia competitiva ou, então, deverá alterar sua estratégia. No próximo capítulo será abordada a armazenagem, seu desenvolvimento histórico, os sistemas, objetivo, sistemas de armazenagem, instalações, tipos de armazéns e custos de armazenagem.

29 27 2 ARMAZENAGEM Armazenagem é a denominação genérica e ampla que inclui todas as atividades de um ponto destinado à guarda temporária e à distribuição de materiais (depósitos, almoxarifados, centros de distribuição, etc.) e estocagem é uma das atividades do fluxo de materiais no armazém e o ponto destinado à locação estática dos materiais (Moura 2005). Para Filho (2012) armazenagem é a ação de guardar algo para se utilizar em um momento futuro, onde armazenar possui um significado onde se cria uma utilidade temporal, ao disponibilizar um insumo ou produto acabado no momento futuro em que ele será necessário. Ou seja, significa guardar reguladores de fluxos de negócios. Segundo Moura (2005), historicamente o termo armazenagem foi empregado somente há alguns anos, referenciados por volta de Anteriormente era chamado de almoxarifado. No final da década de 1960, empresas de grande porte nos Estados Unidos da América deram importância ao controle de material. Nos anos 1970 cresceram os armazéns e nos anos 1980 surgiu a filosofia de estoque zero, o conceito Toyota para controle de inventário. Até um pouco antes do final da primeira guerra mundial o método de movimentação de materiais mais comum nos armazéns era manual. Durante a segunda guerra mundial as empilhadeiras e paletes de madeira foram introduzidos, utilizando melhor os espaços e maior rapidez na movimentação das mercadorias. A armazenagem muitas vezes é confundida com estocagem e trocada na prática, mas é necessário entender o significado de cada uma. Dentro de um armazém podem existir vários pontos de estocagem. A estocagem é uma parte da armazenagem. Pode-se dizer que armazenar é uma função logística que envolve o tratamento dos materiais entre o tempo de produção e a sua venda ao usuário final. Não pode ser vista de forma isolada, mas sim, entendida em seu contexto, envolvendo desde a embalagem da mercadoria, sua movimentação até a armazenagem.

30 28 A melhor forma de estocagem é aquela que maximiza o espaço, pois o mau aproveitamento torna o armazém não econômico. Otimizar o espaço verificando a ocupação física para diminuir o espaço e armazenar uma maior quantidade de materiais é necessário na administração da armazenagem. É necessário perceber que existem diferenças entre as funções da armazenagem e as de um armazém. A armazenagem consiste em receber os materiais, estocá-los e expedi-los quando solicitado e o armazém é o local e a estrutura disponível para a armazenagem. 2.1 SISTEMAS: OBJETIVOS E FUNÇÕES DE ARMAZENAGEM O sistema de armazenagem de acordo com Filho (2012) pode ser compreendido como um conjunto de instalações físicas (edificações), equipamentos de movimentação, estruturas de armazenagem, métodos, pessoas e todos os demais recursos necessários para manter os estoques em condições de serem entregues no momento oportuno às solicitações de clientes internos e externos da organização. Filho (2012), completa: um sistema de armazenagem é um subsistema da administração de materiais que se responsabiliza por receber os materiais, inspecionando-os e controlando sua qualidade, efetuando a movimentação interna adequada e o transporte em direção dos clientes e, além disso, realizando a guarda e conservação dos materiais. Para Filho (2012), pode ser ainda entendido como um subsistema chave da organização onde é possível visualizar a saúde ou bom desempenho de uma organização, pois basta visitar o seu sistema de armazenagem e verificar o funcionamento do mesmo. Se este for dinâmico é porque a organização está obtendo os resultados que deseja e se for o contrário, é possível deduzir que a organização enfrenta diversas dificuldades. De acordo com Viana (2002), o objetivo primordial do armazenamento é utilizar o espaço nas três dimensões da maneira mais eficiente possível. As instalações do armazém devem viabilizar a movimentação rápida e fácil de suprimentos desde o recebimento até a expedição. A armazenagem reduz custos de transporte e de produção, coordena suprimento e demanda, atende às necessidades de produção e as demandas da área de marketing (BALLOU, 1993).

31 29 Seis objetivos para a função de armazenagem: máximo aproveitamento do espaço; utilização efetiva de mão de obra e equipamento, acesso fácil a todos os itens,movimentação eficiente dos itens, máxima proteção dos itens e boa qualidade de armazenagem. (MOURA, 2005, p.129). Como observa Moura (2005, p. 131): O propósito de qualquer armazém é fornecer o material certo, na quantidade certa, no lugar certo e no momento certo. Logo, os armazéns devem ter como objetivos a maximização do serviço ao cliente, utilização de mão de obra, equipamentos, espaço, energia, giro de estoque, acesso às mercadorias, proteção dos itens, controle de perdas, produtividade e minimização de custos. Esses objetivos, para serem alcançados, necessitam de um planejamento minucioso das operações de armazenagem para satisfazer as necessidades dos clientes e às próprias da empresa. De acordo com Filho (2012), as funções da armazenagem dentro da administração de materiais, visam à prestação de serviço aos usuários internos da organização ou a seus clientes, e a forma como os armazéns são projetados é reflexo de tais serviços. Para Bowersox e Closs (2001), as funções de um armazém são estratégicas e representam: vantagens econômicas : decorrentes da consolidação de cargas, processamento, adiantamento e da formação de estoques; vantagens de serviços: resultantes de estoque ocasional, sortimento, combinação, apoio à produção e presença no mercado. No armazém existem quatro funções básicas que fazem parte da armazenagem: receber, estocar, separar e expedir. O planejamento de armazenagem deve visar ao aproveitamento das oportunidades de redução de custos e eliminação de esforços, proporcionando soluções mais adequadas ao fluxo de materiais e ao armazém, sendo a estocagem de curta ou longa duração.

32 TIPOS DE ARMAZENAGEM E EQUIPAMENTOS Para Viana (2002), a armazenagem pode ser simples (cujos materiais não requerem cuidados específicos) ou complexa onde a armazenagem depende algumas características intrínsecas dos materiais em virtude de: fragilidade, combustibilidade, volatização, oxidação, explosividade, intoxicação, radiação, corrosão, inflamabilidade, volume, peso e forma. Além de considerar esses itens, o esquema de armazenagem escolhido por uma empresa depende primordialmente da situação geográfica de suas instalações, da natureza de seus estoques, tamanhos e respectivo valor. No entanto, o modo como os materiais devem ser dispostos no almoxarifado deve ser de acordo com o critério da empresa, esta deve então fazer opção pela alternativa que melhor atenderá a seu fluxo de materiais. Viana (2002) ressalta algumas formas de armazenagem conhecidas: Armazenagem por agrupamento: esse critério facilita as tarefas de arrumação e busca, mas nem sempre permite o melhor aproveitamento do espaço; Armazenagem por tamanhos (acomodabilidade): esse critério permite bom aproveitamento do espaço; Armazenagem por freqüência: esse critério implica armazenar tão próximo quanto possível da saída os materiais que tenham maior freqüência de movimento; Armazenagem especial: por meio desse critério, possui ambiente climatizado e destina-se a materiais cujas propriedades físicas exigem tratamento especial; Inflamáveis, os produtos inflamáveis devem ser armazenados em ambientes próprios e isolados, projetados sob rígidas normas de segurança. Perecíveis; os produtos perecíveis devem ser armazenados segundo método PEPS (primeiro que entra primeiro que sai). Existem grandes variedades de equipamentos mecânicos e hidráulicos para diferentes tipos e tamanhos de mercadorias que são utilizados nas operações de

33 31 armazenagem a fim de minimizar custos com mão de obra, dar agilidade e proporcionar maior ganho na cadeia logística. Segundo Dias (1985), alguns dos equipamentos são: Carrinho hidráulico: movimentam 2 a 3 toneladas e são utilizados para movimentação horizontal e são movimentados manualmente por um operador; Empilhadeiras manuais: são operadas por uma pessoa andando a pé e possuem um sistema de elevação elétrico, destinam-se a baixo volume e pequenas estaturas (até 3,5 m) e carga limitada a 1 tonelada. Carrinho hidráulico: possuem sistema elétrico para elevar o palete cerca de 20 cm do solo e sem acionamento manual, há versões que pode ser operado com um homem embarcado; Empilhadeiras frontais de contra peso: possuem contra-peso na parte traseira para estabilizar a máquina quando na elevação da carga na torre e elevação situada à frente do equipamento e na mesma corre o trenó ou carro de elevação onde são fixados os garfos, podem ser movidos a gás, óleo diesel e gasolina; Empilhadeiras elétricas com patolas: são elétricas e as patolas tem a mesma função do contra peso, tem capacidade de carga de 2 toneladas e elevação da carga a 7 metros de altura, são movidas a baterias recarregáveis; Empilhadeiras pantográficas: são equipamentos com patolas, com a diferença que permitem maior acesso à carga devido a um mecanismo tipo tesoura(pantógrafo) que possibilita levar o conjunto de garfos em profundidade na estrutura porta-palete, possuem poucas diferenças com a empilhadeira elétrica; Equipamentos laterais: faz operação da carga e descarga nas estruturas de um único lado não requerendo que a máquina vire para acessar as posições, podem atingir até 12 metros de altura, a torre se movimenta através de um sistema de trilhos transversal à máquina, os garfos se deslocam de uma torre fixa através de um sistema pantográfico e só pode entrar por um lado do corredor;

34 32 Empilhadeira trilateral: movimenta, sustenta e eleva a carga, também faz um giro que permite o acesso às cargas nos diversos tipos de estruturas de verticulação, atingem alturas superioras a 13 metros; Empilhadeiras selecionadas de pedidos: possuem um compartimento (cesto) na torre de elevação onde o homem pode se posicionar no conjunto quando é elevado, permite que um operador possa fazer o picking (separação) das mercadorias em altura com o uso das mãos; Push pulls: permitem o despacho, o recebimento e o armazenamento de cargas de unidades deslizantes de baixo custo ao invés de paletes, são geralmente utilizados em mercadorias acondicionadas em sacos; Garras para caixa de papelão: as garras permitem o manuseio sem paletes e como consequência a economia na compra, manutenção, transporte e armazenagem dos mesmos, são utilizados nas indústrias de armazenamento de bebidas, aparelhos eletrodomésticos e produtos eletrônicos; Duplo acionador de garfos (single-double): permite ao operador usar uma mesma empilhadeira para manuseio de cargas de páletes únicos ou duplo estendidos, os quatro garfos permitem o manuseio de dois paletes lado a lado, ao se juntarem novamente os quatro garfos se posicionam hidraulicamente para o manuseio rápido e eficaz do material, ideal para descarregamento de reboques; Estabilizador de cargas: utilizados para o transporte de cargas instáveis como refrigerantes, bebidas, águas engarrafadas e recipientes vazios, operam assegurando a carga com o pálete. 2.3 ATIVIDADES NOS SISTEMAS DE ARMAZENAGEM Segundo Filho (2012), o funcionamento de um armazém bem gerenciado requer o cumprimento de diferentes atividades que quando cumpridas adequadamente contribuem para a realização de objetivos organizacionais. Moura (2005) descreve as principais atividades de armazéns: Recebimento: chegada de materiais para serem estocados;

35 33 Identificação e endereçamento para estoque: identifica o que é recebido e decide onde deve ser estocado; Envio para o estoque: movimentação de itens para estoque ou inspeção. Localização no estoque: onde os itens estão fisicamente localizados e estocados conforme características do material. Planejando um layout apropriado, os materiais podem estar estocados no chão, empilhados ou colocados em estruturas porta paletes; Separação de pedidos: função mais importante que também exige um planejamento quanto à separação de itens de pequeno e médio porte. Acumulação dos itens dos pedidos: todos os itens de um pedido devem ser mantidos juntos para a conferência final; Embalagem e expedição: embalar os pedidos para proteção dos materiais. Carregamento: consiste em colocar o pedido em uma área de espera para o carregamento; Expedição: embarque e entrega dos produtos no ponto onde será utilizado; Registro das operações: com a finalidade de alimentar o sistema de informações que deve ser feito no início e no final das funções de armazenagem. O planejamento para efetivar essas funções com qualidade necessita ser dinâmico, pois a armazenagem não pode ser um problema de engenharia industrial e sim um fluxo de atividades dinâmicas e bem engrenadas conforme mostra a figura a seguir. Figura 2.1 Fluxo das atividades de armazenagem Fonte: Filho, O endereçamento

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