RESPONSABILIDADE CIVIL DAS EMPRESAS DE TABACO

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "RESPONSABILIDADE CIVIL DAS EMPRESAS DE TABACO"

Transcrição

1 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS - CEJURPS CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA COORDENAÇÃO DE MONOGRAFIA RESPONSABILIDADE CIVIL DAS EMPRESAS DE TABACO BRUNO GHISI MEZADRI Itajaí (SC), novembro do 2009

2 UNIVERSIDADE DO VALE DO ITAJAÍ UNIVALI CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS E JURÍDICAS - CEJURPS CURSO DE DIREITO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA COORDENAÇÃO DE MONOGRAFIA RESPONSABILIDADE CIVIL DAS EMPRESAS DE TABACO BRUNO GHISI MEZADRI Monografia submetida à Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, como requisito parcial à obtenção do grau de Bacharel em Direito. Orientador: Prof. MSc. Emanuela Cristina Andrade Lacerda Itajaí (SC), novembro de 2009

3 AGRADECIMENTO Agradeço a Deus, fonte inesgotável de fé e serenidade. A minha família, pelo ininterrupto suporte afetivo e, em especial aos meus pais, pelo exemplo acadêmico e científico. A meus amigos, que me preenchem de alegria

4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a toda minha família, em especial a minha irmã Mirela, que tem me trazido incontáveis alegrias e me ensinado a ser mais tolerante.

5 TERMO DE ISENÇÃO DE RESPONSABILIDADE Declaro, para todos os fins de direito, que assumo total responsabilidade pelo aporte ideológico conferido ao presente trabalho, isentando a Universidade do Vale do Itajaí, a coordenação do Curso de Direito, a Banca Examinadora e o Orientador de toda e qualquer responsabilidade acerca do mesmo. Itajaí (SC), novembro de Bruno Ghisi Mezadri Graduando

6 PÁGINA DE APROVAÇÃO A presente monografia de conclusão do Curso de Direito da Universidade do Vale do Itajaí UNIVALI, elaborada pelo graduando Bruno Ghisi Mezadri, sob o título Responsabilidade Civil das Empresas de Tabaco, foi submetida em 17/11/2009 à banca examinadora composta pelos seguintes professores: Emanuela Cristina de Andrade Lacerda e Álvaro Borges de Oliveira e aprovada com a nota. Itajaí (SC), novembro de Orientador e Presidente da Banca Coordenação da Monografia

7 SUMÁRIO RESUMO... VIII INTRODUÇÃO... 1 CAPÍTULO ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL INTRODUÇÃO CONCEITO HISTÓRICO RESPONSABILIDADE MORAL E JURÍDICA RESPONSABILIDADE CIVIL E PENAL RESPONSABILIDADE CIVIL CONTRATUAL E EXTRACONTRATUAL ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL ATO ILÍCITO DANO DANO MATERIAL DANO MORAL NEXO CAUSAL EXCLUDENTES CULPA EXCLUSIVA DA VÍTIMA E CULPA CONCORRENTE FATO DE TERCEIRO CASO FORTUITO E A FORÇA MAIOR CASO FORTUITO FORÇA MAIOR...24 CAPÍTULO RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA E OBJETIVA A RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA E A NOÇÃO DE CULPA BREVE HISTÓRICO E CONCEITO DE CULPA FORMAS DE MANIFESTAÇÃO DA CULPA NEGLIGÊNCIA IMPRUDÊNCIA IMPERÍCIA DOLO...32

8 2.2 A RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA E A TEORIA DO RISCO BREVE HISTÓRICO E EVOLUÇÃO DOUTRINÁRIA A TEORIA DO RISCO COMO FUNDAMENTO DA RESPONSABILIDADE CIVIL OBJETIVA...38 CAPÍTULO RESPONSABILIDADE CIVIL DAS EMPRESAS DE TABACO INTRODUÇÃO HISTÓRIA DO TABACO MALES À SAÚDE ASSOCIADOS AO TABACO O TABACO NO MUNDO E NO BRASIL NO MUNDO NO BRASIL LEGISLAÇÃO PERTINENTE RESPONSABILIDADE CIVIL DA EMPRESA DE TABACO ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL DIREITO COMPARADO DIREITO BRASILEIRO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO ESPÍRITO SANTO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO DISTRITO FEDERAL TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO PARANÁ TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SÃO PAULO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE SANTA CATARINA...60 CONSIDERAÇÕES FINAIS REFERÊNCIA DAS FONTES CITADAS... 66

9 CAPÍTULO 1 ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL 1.1 INTRODUÇÃO O presente estudo, visa analisar elementos básicos da responsabilidade civil, objetivando, ao final, analisar o fato jurídico com ênfase na responsabilidade civil Conceito No campo científico-jurídico, apesar da extensão do tema, é primordial uma análise conceitual e doutrinária do tema abordado. Nas palavras de Maria Helena Diniz: [...]pois o direito não poderá tolerar que ofensas fiquem sem reparação 13. como: Diniz define de forma mais extensa a responsabilidade civil [...] a aplicação de medidas que obriguem uma pessoa a reparar dano moral ou patrimonial causado a terceiros, em razão de ato por ela mesma praticado, por pessoa por quem ela responde, por alguma coisa a ela pertencente ou de simples imposição legal 14. Carlos Roberto Gonçalves dispõe sobre o tema: Toda atividade que acarreta prejuízo traz em seu bojo, como fato social, o problema da responsabilidade, Destina-se ela a estruturar o equilíbrio moral e patrimonial provocado pelo autor do dano. Exatamente o interesse em restabelecer a harmonia e o 13 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro teoria geral das obrigações. 13 ed. Vol. 2. São Paulo: Saraiva, p. 34.

10 5 segundo Sílvio de Salvo Venosa: equilíbrio violados pelo dano constitui a fonte geradora da responsabilidade civil 15. Acerca do tema, cumpre citar o termo responsabilidade O termo responsabilidade, embora com sentidos próximos e semelhantes, é utilizado para designar várias situações no campo jurídico. A responsabilidade, em sentido amplo, encerra a noção em virtude da qual se atribui a um sujeito o dever de assumir as conseqüências de um evento ou de uma ação. [...] No vasto campo da responsabilidade civil, o que interessa saber é identificar aquela conduta que reflete na obrigação de indenizar. Nesse âmbito, uma pessoa é responsável quando suscetível de ser sancionada, independentemente de ter cometido pessoalmente um ato antijurídico 16. Serpa Lopes, entende por responsabilidade civil como a obrigação de reparar um prejuízo, seja por decorrer de uma culpa ou de uma outra circunstancia legal que a justifique, como a culpa presumida, ou por uma circunstancia meramente objetiva 17. Sílvio Rodrigues conceitua responsabilidade civil como a obrigação que pode incumbir uma pessoa a reparar o prejuízo causado a outra, por fato próprio, ou por fato de pessoas ou coisas que dela dependam 18. Tal conceito exprime que o agente causador do dano torna-se obrigado a reparar o prejuízo experimentado pela vítima, independente, de ter cometido a infração pessoalmente Histórico 15 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p LOPES, Miguel Maria de Serpa. Curso de direito civil: fontes contratuais das obrigações responsabilidade civil. 4 ed. Vol.5. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, p RODRIGUES, Silvio. Direito civil. 9 ed. Vol. 4. São Paulo: Saraiva, p.6

11 6 Torna-se necessário, mesmo que de forma sucinta, discorrer sobre os traços essenciais da origem e evolução do instituto em estudo. Na pré-história, época das mais rudes relações humana, dominava-se a figura da vingança coletiva ou privada, o dano causado por uma pessoa a um grupo social nômade provocava uma reação instantânea e selvagem do grupo a seu agressor. Segundo Gonçalves, O dano provocava a reação imediata, instintiva e brutal do ofendido. Não havia regras, nem limitações. Não imperava, ainda, o direito. Dominava, então a vingança privada, [...] 19. Com o abandono do nomadismo e o estabelecimento do domicílio, o grupo social reparte-se, distribui funções aos que escolheram pela segurança social do mono, polis ou civita, e exige recíproco respeito à autoridade do governante e de seus pares, ocorrendo aí a vingança privada. Mas, mesmo com este avanço, persistia ainda nestas sociedades o conceito de reparação do mal pelo mal, marcada pela Lei de Talião (olho por olho, dente por dente) 20. O período que sucedeu a vingança privada foi o da autocomposição. Neste período ainda não era levada em conta a culpa, e sim os benefícios que a vítima obtinha com o recebimento de um bem de valor econômico como compensação ou reparação do dano sofrido. Na arbitragem, período que sucede da auto-composição e antecede a jurisdição, surgiu uma terceira pessoa, o árbitro, pessoa de confiança das partes que analisava o fato e manifestando a sua conclusão 21. Posteriormente, o poder público passa a impor a sua autoridade, através da punição ou da absolvição, ao causador da ofensa. A reparação aqui é transferida do domínio privado para o jurídico, vedando, assim, à vítima fazer justiça com as próprias mãos. O direito romano, em constante 19 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p LIMA, Alvino. Culpa e risco. 2 ed. São Paulo : Revista dos Tribunais, p LIMA, Alvino. Culpa e risco. 2 ed. São Paulo : Revista dos Tribunais, p.20.

12 7 evolução, através da edição da Lei Aquíla, delineou novos rumos à responsabilidade civil, construindo, sob influência da jurisprudência, a estrutura jurídica da responsabilidade extracontratual ou aquiliana, passando a informar um princípio geral norteador da reparação do dano. Nota-se que a transformação da responsabilidade civil se produzirá pela convergência de forças ou tendências que por sua vez se originam pela inter-relação dos acontecimentos e fenômenos sociais 22. Com isto, foi possível verificar as constantes mudanças sofridas pela sociedade na busca de solucionar os seus conflitos perquirindo a responsabilização do agente que cometeu um ato danoso ao cidadão ou a sociedade em que ele vive. Historicamente, o direito, brasileiro, pré-codificado, no tocante à responsabilidade civil, poderia ser dividido em três fases. A primeira, as Ordenações do Reino, segundo Belmonte, determinava a aplicação de forma subsidiaria ao direito pátrio o direito romano, nos casos omissos. Tal previsão encontra-se disposta na Lei da Boa Razão, de A segunda inaugura-se com o Código Criminal de 1830, promulgado seis anos após a Constituição do Império. Já a terceira fase, iniciou-se com Teixeira de Freitas na Consolidação das Leis Civis, e que Belmonte comenta que é onde a responsabilidade civil era tratada independentemente da criminal e com satisfação completa, compreendendo a reparação do dano moral (art. 798 e ss.) GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p BELMONTE, Alexandre Agra. Danos morais no direito do trabalho. 2ed. Rio de Janeiro: Forense, p BELMONTE, Alexandre Agra. Danos morais no direito do trabalho. 2ed. Rio de Janeiro: Forense, p. 21.

13 8 O legislador de 1916 adotou a teoria da culpa como fundamento da responsabilidade civil, ou seja, que a responsabilidade civil é subjetiva, observando o disposto no Código Napoleônico em que as partes são consideradas comoiguais em capacidades, direitos e especialmente a liberdade de contratar Responsabilidade moral e jurídica Tem-se por certo que a responsabilidade moral abrange uma área infinitamente maior do que a responsabilidade jurídica. A responsabilidade moral é aquela que trazemos conosco, de acordo com nossos preceitos morais, religiosos e quaisquer outros que afetem nosso comportamento dentro da sociedade. Vai desde a pura e simples consciência de alguém até a efetivação de um dano; quando passa a ser moral e jurídica. Já a responsabilidade civil condiciona o indivíduo à reparação de um dano, devido à transgressão de normas organizadas pela sociedade objetivando, essencialmente, a paz social. Assim é a lição de Carlos Roberto Gonçalves: A responsabilidade pode resultar da violação tanto de normas morais como jurídicas, separada ou concomitantemente. [...] O campo da moral é mais amplo do que o do direito, pois só se cogita da responsabilidade jurídica quando ocorre infração da norma jurídica que acarrete dano ao indivíduo ou à coletividade 25. assunto: No mesmo diapasão, Maria Helena Diniz declina sobre o A responsabilidade jurídica apresenta-se, portanto, quando houver infração de norma jurídica civil ou penal, causadora de danos que perturbem a paz social, que essa norma visa manter. [...] 25 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p. 2.

14 9 A responsabilidade moral, oriunda de trangressão à norma moral, repousa na seara da consciência individual, de modo que o ofensor se sentirá moralmente responsável perante Deus ou perante sua própria consciência, conforme seja ou não um homem de fé 26. Importante salientar que, a responsabilidade exclusivamente moral não tem repercussão na ordem jurídica Responsabilidade civil e penal Primeiramente, cumpre relembrar que entre os romanos inexistia distinção entre responsabilidade civil e responsabilidade penal. A compensação imposta ao causador do dano, nada mais era que uma pena. Sabe-se que a ilicitude não é característica exclusiva do direito penal, mas sim de todos os ramos do direito. Tanto no ilícito civil quanto no penal há violação de um dever jurídico. Assim, no ilícito civil se transgride norma de direito privado e o interesse violado, ao menos diretamente, é o do particular; já no ilícito penal a violação é de direito público, lesando-se interesse de toda a sociedade. Sabe-se que a responsabilidade civil não tem natureza essencialmente punitiva, consistindo fundamentalmente na obrigação de reparar o dano causado. Já a responsabilidade penal tem como pressuposto a prática de um ilícito particularmente gravoso, que sempre ultrapassa a pessoa da vítima. A sanção prevista para este caso consiste na imposição de um castigo ou pena, de função retributiva e preventiva, que serão fixados com fundamento no grau da infração cometida, na personalidade do agente, dentre outros requisitos 27. Confrontando-se as duas espécies de responsabilidade, deve-se destacar que enquanto a responsabilidade penal é rigorosamente 26 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p LIMA, Alvino. Culpa e risco. 2 ed. São Paulo : Revista dos Tribunais, p. 24.

15 10 pessoal, não passando da pessoa do infrator, a responsabilidade civil obriga que terceiros arquem com a reparação do dano à vítima. Finalmente, partindo da noção de que um mesmo ato pode caracterizar, concomitantemente, um crime e um ilícito civil, destaca-se que a sentença penal condenatória faz coisa julgada no cível quanto ao dever de indenizar o dano oriundo da conduta criminosa, conforme previsto no artigo 91, I, do Código Penal; artigo 63 do Código de Processo Penal e artigo 584, II, do Código de Processo Civil Responsabilidade civil contratual e extracontratual Segundo afirma Venosa, importante para essa classificação, é saber se o ato danoso ocorreu em razão de uma obrigação preexistente, contrato ou negócio jurídico unilateral 29. Na hipótese de resposta afirmativa, a responsabilidade será contratual. Caso contrário, se o dever jurídico violado, estiver previsto em lei ou constituir uma obrigação imposta por preceito geral de direito, tratar-se-á de responsabilidade civil extracontratual. Importante ressaltar que o ponto de partida para aferição da responsabilidade será sempre o dever jurídico violado, independente de haver relação contratual entre as partes. Portanto, quem viola um dever de conduta, havendo ou não contrato, pode ser obrigado a reparar um dano. O Código Civil, promulgado no ano de 2003 preferiu manter ambas distinções, dissonando das codificações modernas, que optaram por unir em um mesmo segmento, as disposições comuns à responsabilidade contratual e extracontratual, sistematizando preceitos genéricos a ambas, sem deixar de prever, separadamente, regras próprias da responsabilidade do devedor pelo não- 28 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p. 20.

16 11 cumprimento da obrigação e normas especificadamente aplicáveis aos atos ilícitos 30. Um aspecto específico que difere as duas modalidades diz respeito ao ônus da prova.no caso de responsabilidade contratual, o lesado só precisa demonstrar que a prestação foi descumprida 31. No que se refere à responsabilidade extracontratual, a vitima é que fica com o ônus de provar que o fato se deu por culpa do agente, configurando-se assim, num ato ilícito. Ressalte-se, entretanto, que tanto a responsabilidade contratual quanto a extracontratual comportam situações em que o elemento culpabilidade deixa de ser um pressuposto. 1.2 ELEMENTOS DA RESPONSABILIDADE CIVIL Não obstante a indecisão doutrinária, é sedimentado o entendimento que a responsabilidade civil pressupõe, ao menos, uma conduta omissiva ou comissiva, a ocorrência de um dano e nexo de causalidade entre a conduta e o dano. Para Diniz, a responsabilidade civil requer a: existência de uma ação, comissiva ou omissiva, qualificada juridicamente, [...] ocorrência de um dano moral ou patrimonial [...] nexo de causalidade entre o dano e a ação 32. Segundo Rodrigues, os pressupostos são: ação ou omissão do agente; culpa ou dolo do agente; relação de causalidade, e dano experimentado pela vítima GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p RODRIGUES, Silvio. Direito civil responsabilidade civil. 18 ed. Vol. 4. São Paulo: Saraiva, p. 14.

17 12 De acordo com Carlos Roberto Gonçalves, [...] quatro são os elementos essenciais da responsabilidade civil: ação ou omissão, culpa ou dolo do agente, relação de causalidade e o dano experimentado pela vítima 34. Cada um dos pressupostos será abordado em tópico distinto, sendo reservado espaço diferenciado para análise da culpa Ato ilícito O conceito de ato ilícito é de suma importância para a responsabilidade civil, vez que este faz nascer a obrigação de reparar o dano. O ilícito repercute na esfera do Direito produzindo efeitos jurídicos não pretendidos pelo agente, mas impostos pelo ordenamento. Em vez de direitos, criam deveres. A primeira das conseqüências que decorrem do ato ilícito é o dever de reparar. O Código Civil, em seu art. 186, ao se referir ao ato ilícito, prescreve que este ocorre quando alguém, por ação ou omissão voluntária (dolo), negligência ou imprudência (culpa), viola direito ou causa dano, ainda quem exclusivamente moral, a outrem, em face do que será responsabilizado pela reparação dos prejuízos. E o princípio que obriga o autor do ato ilícito a se responsabilizar pelo prejuízo que causou, indenizando-o, é de ordem pública, ressalta Maria Helena Diniz 35. Venosa tem a acrescentar acerca do ato ilícito: O dever de indenizar vai repousar justamente no exame de transgressão ao dever de conduta que constitui o ato ilícito. Como vimos, sua conceituação vem exposta no art. 186 (antigo art. 159) GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p. 22.

18 13 Clóvis Beviláquia entende que Ato ilícito é, portanto, o que

19 14 praticado sem direito, causa dano a outrem 37. Orlando Gomes leciona: Ato ilícito, é, assim, a ação ou omissão culposa com a qual se infringe, direta e imediatamente, um preceito jurídico do direito privado, causando-se dano a outrem Dano A ocorrência de qualquer espécie de dano, seja ele material ou moral é fator de desequilíbrio social, surgindo por esse motivo o dever de ressarcimento. Segundo a Carta Magna Brasileira em seu Art. 5º, V e X respectivamente: é assegurado o direito de resposta proporcional ao agravo, além da indenização por danos material, moral ou à imagem e, são invioláveis a intimidade, a vida privada, a honra e a imagem das pessoas, assegurado o direito a indenização pelo dano material ou moral decorrente de sua violação. A palavra Dano vem do latim damnum e significa prejuízo ou estrago causado a alguém ou a algo. Desde a antiguidade o dano é considerado um prejuízo causado a outrem pela ação ilegal do agente, ocasionando diminuição do patrimônio do lesado. Portanto, o dano abrange todo e qualquer prejuízo patrimonial ou extrapatrimonial, supondo lesão a um direito, que produz reflexo no patrimônio material ou imaterial do ofendido. Dano segundo Ferreira, é conceituado como: Mal ou ofensa pessoal; prejuízo moral; prejuízo material causado por alguém pela deterioração ou inutiização de seus bens BEVILÁQUA, Clóvis. Teoria geral do direito civil. Rio de Janeiro, p GOMES, Orlando. Introdução ao Direito Civil. 7 ed. Forense : Rio de Janeiro. p FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda. Dicionário aurélio da língua portuguesa. Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro, p. 195.

20 15 Segundo Gomes, Dano consiste na diferença entre o estado atual do patrimônio que sofre e o que teria se o fato danoso não se tivesse produzido 40. Bittar, conceitua dano como pressuposto da responsabilidade civil, entendendo-se como tal qualquer lesão experimentada pela vítima em seu complexo de bens jurídicos, materiais ou morais 41. Diniz neste sentido informa que o dano como pressuposto de responsabilidade civil contratual ou extracontratual, acrescentando que não haverá indenização sem a ocorrência deste, conceituando-o como: Prejuízo ressarcível experimentado pelo lesado, traduzindo-se, se patrimonial, pela diminuição patrimonial sofrida por alguém em razão deflagrada pelo agente, mas pode atingir elementos de cunho pecuniário e moral 42. Mais adiante a mesa Autora confirma ser o dano uma lesão que, devido a um certo evento, sofre uma pessoa, contra sua vontade, em qualquer bem ou interesse jurídico ou patrimonial ou moral 43. Gonçalves, citando Agostinho Alvim trás que: [...] dano, em sentido amplo, vem a ser a lesão de qualquer bem jurídico, e aí se inclui o dano moral. Mas, em sentido estrito, dano é, para nós, a lesão do patrimônio; e patrimônio é o conjunto das reações jurídicas de uma pessoa, apreciações em dinheiro. Aprecia-se o dano tendo em vista a diminuição sofrida no patrimônio. Logo, a matéria do dano prende-se à da indenização, de modo que só interessa o estudo do dano indenizável GOMES, Orlando. Obrigações. 10 ed. Rio de Janeiro: Forense, p BITTAR, Carlos Alberto - Reparação civil por danos morais. 3 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p. 336.

21 16 Como se observa, diante das definições dos autores supra citados, o dano é um dos elementos essenciais da responsabilidade civil, pois sem ele não há que se falar em indenização, é entendido pela doutrina como o prejuízo sofrido por alguém em decorrência de um ato ilícito cometido por terceiro. Como exposto acima, pode-se perceber que o conceito da palavra dano é muito amplo, não restringindo o tipo de prejuízo causado, podendo ser este de ordem moral ou patrimonial Dano material O dano material também conhecido como dano patrimonial segundo Diniz, baseada no conceito de Antunes Varela, informa que: O dano patrimonial vem a ser a lesão concreta, que afeta um interesse relativo ao patrimônio da vítima consiste na perda ou deterioração, total ou parcial, dos bens materiais que lhe pertencem, sendo suscetível de avaliação pecuniária e de indenização pelo responsável 45. Conforme Diniz, os danos patrimoniais constituem na privação do uso da coisa, nos estragos causados, na ofensa a reputação, quando esta repercurtir na vida profissional ou nos negócios do ofendido. O dano material é avaliado em dinheiro, correspondendo a perda de um valor determinado 46. Bittar informa que os danos patrimoniais são aqueles que repercutem no patrimônio lesado importando em perdas pecuniárias conseqüentes do ato lesivo 47. Segundo o conceito de Cavalieri Filho, o dano patrimonial ou material é aquele que atinge os bens integrantes do patrimônio da vitima, 45 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p BITTAR, Carlos Alberto - Reparação civil por danos morais. 3 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 39.

22 17 atendendo-se como tal o conjunto de relações jurídicas de uma pessoa apreciáveis em dinheiro 48. Sendo assim, o dano patrimonial refere-se a prejuízos em bens materiais, resultando na reparação ou reposição do bem perdido, quando possível, caso contrário, avalia-se a perda convertendo-se em indenização pecuniária de acordo com o prejuízo causado Dano moral Segundo Montenegro, o dano puramente moral, mais tecnicamente chamado de dano imaterial, é aquele que não produz conseqüências prejudiciais no patrimônio do ofendido 49. Stoco, conclui que a idéia de ofensa moral se traduz em dano efetivo, embora não patrimonial, atingindo valores internos e anímicos da pessoa,[...] 50. Diniz, também participa deste entendimento ao conceituar o dano moral como a lesão de interesses não patrimoniais de pessoa física ou jurídica, provocado por ato lesivo 51. Yussef Said Cahali é um dos autores que comunga do entendimento de não definir dano moral em contraposição ao dano patrimonial, procurando a libertação destes conceitos fechados, como observa: Parece mais razoável, assim, caracterizar o dano moral pelos seus próprios elementos; portanto, como a privação ou diminuição daqueles bens que têm um valor precípuo na vida do homem e que são a paz, a tranqüilidade de espírito, a liberdade individual, a integridade individual, a integridade física, a honra e 48 CAVALIERI FILHO, Sergio. Progama de responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo: Malheiros Editores, p MONTENEGRO, Antonio Lindbergh C. Ressarcimento de danos: pessoais e materiais. Rio de Janeiro: Editora Lúmen Júris, p STOCO, Rui. Responsabilidade civil e sua interpretação jurisprudencial. 4 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p. 92.

23 18 os demais sagrados afetos ; classificando-se, desse modo, em dano que afeta a parte social do patrimônio moral (honra, reputação etc); e o dano que molesta a parte afetiva do patrimônio moral (dor, tristeza, saudade etc); dano moral que provoca direta ou indiretamente dano patrimonial (cicatriz deformante etc) e dano moral puro ( dor tristeza etc) 52. Ou ainda, como assinala Bittar: Qualificam-se como morais os danos em razão da esfera da subjetividade, ou do plano valorativo da pessoa na sociedade, em que repercute o fato violador, havendo-se, portanto, como tais aqueles que atingem os aspectos mais íntimos da personalidade humana (o da intimidade e da consideração pessoal), ou o da própria valoração da pessoa no meio em que vive e atua (o da reputação ou consideração social) 53. Ante ao exposto, o que se chama de dano moral, são aqueles danos sem qualquer repercussão patrimonial, isto é, aquele que não atinge o patrimônio da vitima Nexo causal Como já exposto anteriormente, a relação de causalidade é requisito imprescindível para a responsabilização daquele a quem se atribui a conduta. Sílvio de Salvo Venosa nos ensina: O conceito de nexo causal, nexo etiológico ou de relação de causalidade deriva das leis naturais. É o liame que une a conduta do agente ao dano. É por meio do exame da relação causal que concluímos quem foi o causador do dano. Trata-se de elemento indispensável. A responsabilidade objetiva dispensa a culpa, mas nunca dispensará o nexo causal. Se a vítima, que experimentou 52 CAHALI, Yussef Said. Dano moral. 2. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p BITTAR, Carlos Alberto - Reparação civil por danos morais. 3 ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p. 45.

24 19 um dano, não identificar o nexo causal que o ato danoso ao responsável, não há como ser ressarcida 54. De acordo com Gonçalves: É a relação de causa e efeito entre a ação ou omissão do agente e o dano verificado Vem expressar no verbo causar, utilizado no art Sem ela, não existe a obrigação de indenizar. Se houve o dano, mas sua causa não está relacionada com o comportamento do agente, inexiste a relação de causalidade e também a obrigação de indenizar 55. Maria Helena Diniz também assevera a importância da delimitação do nexo causal quando escreve [...] a responsabilidade civil não poderá existir sem o vínculo entre a ação e o dano. Se o lesado experimentar um dano, mas este não resultou da conduta do réu, o pedido de indenização será improcedente 56. Na síntese de Serpa Lopes, é necessário que se torne absolutamente certo que, sem esse fato, o prejuízo não poderia ter lugar 57. Marcelo Gomes propõe que é o elo entre o dano e a ação ou omissão que o originou. Além do dano e da culpa do agente, a vítima deverá provar que foi esta que produziu aquele 58. Importante ressaltar que o nexo causal cabalmente caracterizado é elemento constituinte da responsabilidade civil. 1.3 EXCLUDENTES 54 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p LOPES, Miguel Maria de Serpa. Curso de direito civil: fontes contratuais das obrigações responsabilidade civil. 4 ed. Vol.5. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, p GOMES, Marcelo Kokke. Responsabilidade Civil. Dano e defesa do consumidor. Belo Horizonte : Del Rey, p. 30.

25 20 São excludentes de responsabilidade, que impedem que se concretize o nexo causal, a culpa da vítima, o fato de terceiro, o caso fortuito e a força maior. No campo contratual também figura-se a cláusula de não indenizar. Contudo, esta não possui a mesma pertinência daquelas em relação a este estudo, e não será aqui abordada Culpa exclusiva da vítima e culpa concorrente Quando o resultado danoso independe da conduta do agente, sendo integralmente atribuída à culpa exclusiva da vítima, não há o que se falar em responsabilidade daquele. Representa a ruptura do nexo causal entre a conduta do agente e o resultado indesejado. Não obstante, apesar do afastamento da responsabilização do agente nos casos quem a culpa exclusiva restar comprovada, não se pode confundir com a não-participação do agente no fato. Contudo, este é apenas um dos elementos constantes mero instrumento na receita do fato danoso. Assim ensina Carlos Roberto Gonçalves: Quando o evento danoso acontece por culpa exclusiva da vítima, desaparece a responsabilidade do agente. Nesse caso, deixa de existir a relação da causa e efeito entre o seu ato e o prejuízo experimentado pela vítima. Pode se afirmar que, no caso de culpa exclusiva da vítima, o causador do dano não passa de mero instrumento do acidente. Não há liame de causalidade entre o seu ato e o prejuízo da vítima 59. Venosa entende que a culpa exclusiva da vítima elide o dever de indenizar, porque impede o nexo causal 60. Também é a lição de Maria Helena Diniz: 59 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p. 40.

26 21 Por culpa exclusiva da vítima, caso em que se exclui qualquer responsabilidade do causador do dano. A vítima deverá arcar com todos os prejuízos, pois o agente que causou o dano é apenas um instrumento do acidente, não podendo falar em nexo de causalidade entre a sua ação e a lesão 61. Ainda em se tratando de culpa da vítima, verifica-se a figura da culpa concorrente, em que não há culpa exclusiva da vítima, mas esta, em conjunto com o agente divide, na proporção do seu ato, a ação geradora do fato danoso. No tocante à responsabilidade civil, quando verificado que o lesado e o agente contribuíram concomitantemente para a produção de um mesmo fato danoso, é aquele insurgido à reparação do prejuízo não na sua totalidade, mas de fração correspondente à sua participação na produção do resultado. Venosa assinala que: Quando há culpa concorrente da vítima e do agente causador do dano, a responsabilidade e, conseqüentemente, a indenização são repartidas, como já apontado, podendo as frações de responsabilidade ser desiguais, de acordo com a intensidade da culpa 62. Segundo Gonçalves, existindo uma parcela de culpa também do agente, haverá repartição de responsabilidades, de acordo com o grau de culpa 63. Ainda, Diniz indica que: Pelo art. 945 do novel Código Civil, há interferência da concorrência de culpas na obrigação de reparar o dano. Se o 61 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p. 438.

27 22 lesado, por ato culposo, vier a concorrer para o prejuízo que sofreu, o magistrado, na fixação do quantum indenizatório, deverá levar em consideração a gravidade de sua culpa, confrontando-a com a do lesante, de sorte que se abaterá a quota-parte que for imputável à culpa da vítima Fato de terceiro Quando a ocorrência de um fato é atribuída exclusivamente à pessoa diversa do agente e da vítima, surge a excludente de responsabilidade chamada culpa por fato de terceiro. Entende Diniz por fato de terceiro: [..] isto é, de qualquer pessoa além da vítima e do agente, de modo que, se alguém for demandado para indenizar um prejuízo que lhe foi imputado pelo autor, poderá pedir a exclusão de sua responsabilidade se a ação que provocou o dano foi devida exclusivamente a terceiro 65. Contudo, Gonçalves assevera que: Em matéria de responsabilidade civil, no entanto, predomina o princípio da obrigatoriedade do causador direto em reparar o dano. A culpa de terceiro não exonera o autor direito do dano do dever jurídico de indenizar. O assunto vem regulado nos arts. 929 e 930 do Código Civil, concedendo ao último, ação regressiva contra o terceiro que criou situação de perigo, para haver importância despendida no ressarcimento ao dono da coisa 66. Assim, no caso concreto, importa verificar se o terceiro foi o causador exclusivo do prejuízo ou se o agente indigitado também concorreu para o dano. Quando a culpa é exclusiva de terceiro, em princípio não haverá nexo 64 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p. 440.

28 23 causal. O fato de terceiro somente exclui a indenização quando realmente se constituir em causa estranha à conduta, que elimina o nexo causal. Cabe ao agente defender-se provando que o fato era inevitável e imprevisível Caso fortuito e a força maior Na última razão excludente de responsabilidade aqui explanada, encontram-se o caso fortuito e a força maior. Razões por vezes confundidas, estão previstas no art. 393 do Código Civil 68 de forma não distinta, devendo, uma ou outra, ser robustamente comprovada para a exclusão da responsabilidade. Segundo Sílvio Rodrigues: [...] os dois conceitos, por conotarem fenômenos parecidos, servem de escusa nas hipóteses de responsabilidade informada na culpa, pois, evidenciada a inexistência desta, não se pode mais admitir o dever de reparar69. Deveras, o caso fortuito e a força maior se caracterizam pela presença de dois requisitos: o objetivo, que se configura na inevitabilidade do evento, e o subjetivo, que é a ausência de culpa na produção do acontecimento Caso fortuito Maria Helena Diniz entende por caso fortuito: No caso fortuito, o acidente que gera dano advém de: 1) causa desconhecida, como o cabo elétrico aéreo que se rompe e cai sobre fios telefônicos, causando incêndio, a explosão de caldeira de usina, ou a quebra de peça de máquina em funcionamento provocando morte; ou 2) fato de terceiro, como greve, motim, 67 VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p Art O devedor não responde pelos prejuízos resultantes de caso fortuito ou força maior, se expressamente não se houver por eles responsabilizado. 69 RODRIGUES, Silvio. Direito civil responsabilidade civil. 18 ed. Vol. 4. São Paulo: Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p. 115.

29 24 mudança de governo, colocação do bem fora do comércio, que cause graves acidentes ou danos devido à impossibilidade do cumprimento de certas obrigações 71. Gonçalves indica que [...] geralmente decorre de fato ou ato alheio à vontade das partes: greve, motim, guerra 72. Já Sílvio de Salvo Venosa, entende que [...] caso fortuito (actofgod, ato de Deus no direito anglo-saxão) decorre de forças da natureza, tais como o terremoto, a inundação, o incêndio não provocado, [...] Força maior No tocante à força maior, continua havendo divergência doutrinária acerca de seu conceito. Venosa dispõe que decorre de atos humanos, tais como guerras, revoluções, greves e determinação de autoridades (fato do príncipe) 74. Adotando posicionamento diverso, Gonçalves entende que força maior é a derivada de acontecimentos naturais: raio, inundação, terremoto 75. Maria Helena Diniz aponta que: Na força maior, ou ActofGod, conhece-se a causa que dá origem ao evento, pois se trata de um fato da natureza, como, p. ex., raio 71 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p VENOSA, Sílvio de Salvo. Direito civil responsabilidade civil. 3 ed. Vol. 4. São Paulo : Atlas, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 2 ed. São Paulo : Saraiva, p. 447.

30 25 que provoca incêndio; inundação que danifica produtos; geada que estraga a lavoura, [...] 76. Contudo, conforme já explicitado, a previsão legal não traz distinção entre os dois institutos, equivalendo-se na prática para o afastamento do nexo causal. 76 DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro: responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo : Saraiva, p. 115.

31 26 CAPÍTULO 2 RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA E OBJETIVA 2.1 A RESPONSABILIDADE CIVIL SUBJETIVA E A NOÇÃO DE CULPA Durante o desenvolvimento dos elementos da responsabilidade civil, cuidou-se de adotar um critério metodológico preciso, que servisse para as duas principais espécies de responsabilidade a subjetiva (com aferição de culpa) e a objetiva (sem aferição de culpa) postas, lado a lado, pelo novo Código Civil 77. Com base no elemento culpa, surgiram as teorias da responsabilidade subjetiva e da responsabilidade objetiva. Ou seja, há de se responsabilizar o causador do dano segundo uma ou outra teoria, consoante regras de direito previamente estabelecidas. A abordagem subjetiva apega-se à estrita necessidade de verificação da culpa, tal como vem expresso no art. 186 do Código Civil 78. A responsabilidade subjetiva é, segundo Gonçalves, a responsabilidade que se fundamenta na idéia de culpa, em que, a prova da culpa do agente passa a ser pressuposto necessário do dano indenizável 79. Rodrigues, diz ser subjetiva a responsabilidade quando se inspira na idéia de culpa GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume III : responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. 5. ed. ver. e atual. São Paulo : Saraiva, p Art Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que exclusivamente moral, comete ato ilícito. 79 GONÇALVES, Carlos Roberto. Direito Civil Brasileiro : parte geral. v. 1. São Paulo : Saraiva, p. 451.

32 27 De acordo com Washington de Barros Monteiro, base da teoria clássica e tradicional da culpa, repousa na teoria da responsabilidade subjetiva, que pressupõe sempre a existência de culpa (lato sensu), abrangendo o dolo e a culpa (stricto sensu), isto é, a violação de um dever que o agente podia conhecer Breve histórico e conceito de culpa A responsabilidade civil subjetiva, tendo como pressuposto a exigência da culpa, representou um avanço na história da civilização, na medida que se abandonou o objetivismo das sociedades pretéritas, onde a resposta ao mal causado era difusa, passando-se a exigir um elemento subjetivo capaz de promover a imputação psicológica ao causador do dano 82. Muitos doutrinadores apontam que foi através da Lex Aquilia que a exigência da culpa incorporou-se definitivamente à responsabilidade extracontratual (ou aquiliana) do Direito Romano. Observando tal aspecto, Alvino Lima Assevera: É incontestável, entretanto, que a evolução do instituto da responsabilidade extracontratual ou aquiliana se operou, no direito romano, no sentido de se introduzir o elemento culpa, contra o objetivismo do direito primitivo, expurgando-se do direito a idéia de pena, para substituí-la pela de reparação do dano sofrido 83. A partir do Direito Romano, a culpa encontrou no Código Civil Francês o meio de pulverizar-se e influenciar todas as civilizações modernas. De acordo com Pablo Stolze Gagliano, a nossa própria legislação codificada de 1916 assenta a responsabilidade civil nessa noção, ao 80 RODRIGUES, Silvio. Direito civil responsabilidade civil. 19 ed. Vol. 4. São Paulo: Saraiva, p MONTEIRO, Washington de Barros. Curso de direito civil: direito das obrigações - 2ª parte. 30 ed. ver. e atual.. São Paulo: Saraiva, p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume III : responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. 5. ed. ver. e atual. São Paulo : Saraiva, p

33 28 estabelecer como norma genérica a responsabilidade civil subjetiva, nos termos do seu art seguintes termos: Savatier, citado por Aguiar Dias, define a culpa nos A culpa (faute) é a inexecução de um dever que o agente poderia conhecer e observar. Se efetivamente o conhecia e deliberadamente o violou, ocorre o delito civil ou, em matéria de contrato, o dolo contratual. Se a violação do dever, podendo ser conhecida e evitada, é involuntária, constitui a culpa simples, chamada, fora da matéria contratual, de quase-delito 85. nos ensina: Acerca da definição da culpa, Caio Mario da Silva Pereira A doutrina brasileira reza, mais freqüentemente, no conceito vindo de Marcel Plainol (violação de norma preexistente), sem embargo de encontrar guarida a idéia de erro de conduta, como ocorre em minhas Instituições de Direito Civil, vol. I, n. 114; ou com Silvio Rodrigues, Direito Civil, vol. 4, n. 53; ou com Alvino Lima quando diz que a culpa é um erro de conduta, moralmente imputável ao agente, e que não seria cometido por uma pessoa avisada, em iguais circunstâncias 86. Ainda dentro de um esforço conceitual, Rui Stoco preleciona: Quando existe intenção deliberada de ofender o direito, ou de ocasionar prejuízo a outrem, há o dolo, isto é, o pleno conhecimento do mal e o direito propósito de o praticar. Se não houvesse esse intento deliberado, proposital, mas o prejuízo veio 83 LIMA, Alvino. Culpa e Risco. 2. ed. São Paulo : RT, GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume III : responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. 5. ed. ver. e atual. São Paulo : Saraiva, p DIAS, José de Aguiar. Da Responsabilidade Civil. 9. ed. Rio de Janeiro : Forense, p PEREIRA, Caio Mario da Silva. Responsabilidade Civil. 9. ed. Rio de Janeiro : Forense, p. 69.

34 29 a surgir, pro imprudência ou negligência,existe a culpa (stricto sensu) 87. Stolze Gagliano estabelece: Por fim, novamente sob a égide conceitual da culpa, Pablo Em nosso entendimento, portanto, a culpa (em sentido amplo) deriva da inobservância de um dever de conduta, previamente imposto pela ordem jurídica, em atenção à paz social. Se esta violação é proposital, atuou o agente com dolo; se decorreu de negligência, imprudência ou imperícia, a sua atuação é apenas culposa, em sentido estrito Formas de manifestação da culpa Acerca da culpa, já amplamente desambiguada anteriormente, é primordial que seja feita breve análise das formas de sua exteriorização; culpa esta lato sensu (dolo incluso) e stricto sensu, abrangendo negligência, imprudência e imperícia, a rigor do disposto no art. 186 do Código Civil Negligência A idéia de negligência de acordo com Rodrigues, comporta a imprudência, bem como a imperícia, visto que aquele que age com imprudência, é negligente ao não tomar precauções para evitar a ocorrência de dano posterior, como também, a pessoa que se dispõe a realizar uma tarefa, sem obter conhecimentos específicos para tal, negligencia em obedecer às regras da profissão, agindo ambos culposamente STOCO, Rui. Tratado de Responsabilidade Civil. São Paulo : RT, p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume III : responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. 5. ed. ver. e atual. São Paulo : Saraiva, p RODRIGUES, Silvio. Direito civil responsabilidade civil. 18 ed. Vol. 4. São Paulo: Saraiva, p

35 30 Maria Helena Diniz entende que a negligência é a inobservância de normas que nos ordenam agir com atenção, capacidade, solicitude e discernimento 90. De acordo com Gonçalves: O termo negligência, usado no art.159, é amplo e abrange a idéia de imperícia, pois possui um sentido lato de omissão ao cumprimento de um dever [...]. A negligência é a falta de atenção, a ausência de reflexão necessária, uma espécie de preguiça psíquica, em virtude da qual deixa o agente de prever o resultado que podia e devia ser previsto 91. É também a lição de Gagliano que negligência é a falta de observância do dever de cuidado, por omissão. Tal ocorre, por exemplo, quando o motorista causa grave acidente por não haver consertado a sua lanterna traseira, por desídia Imprudência A imprudência, segundo Diniz é a precipitação ou ato de proceder sem cautela 93. Para Gonçalves, A conduta imprudente consiste em agir o sujeito sem as cautelas necessárias, com açodamento e arrojo, e implica sempre pequena consideração pelos interesses alheios 94. Para Kfouri Neto, Age com imprudência o profissional que tem atitudes não justificadas, açodadas, precipitadas sem usar cautela [...] a imprudência sempre deriva da imperícia DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo: Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. 6 ed. São Paulo: Saraiva, p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume III : responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. 5. ed. ver. e atual. São Paulo : Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo: Saraiva, p. 46.

36 31 Pablo Stolze Gagliano traz: [...] esta se caracteriza quando o agente culpado resolve enfrentar desnecessariamente o perigo. O sujeito, pois, atua contra as regras básicas de cautela. Caso do indivíduo que manda o seu filho menor alimentar um cão de guarda, expondo-o ao perigo Imperícia Segundo Diniz, a Imperícia é a falta de habilidade ou inaptidão para praticar certo ato. 97 Neste sentido, Gonçalves citando Marques explica que a imperícia consiste sobretudo na inaptidão técnica, na ausência de conhecimentos para a prática de um ato, ou omissão de providência que se fazia necessária; é, em suma, a culpa profissional 98. A imperícia de acordo com Gagliano é conceituada: [...] esta forma de exteriorização da culpa decorre da falta de aptidão ou habilidade específica para a realização de uma atividade técnica ou científica. É o que acontece quando há o erro médico em uma cirurgia em que não se empregou corretamente a técnica de incisão ou quando o advogado deixa de interpor recurso que possibilitaria, segundo jurisprudência dominante, acolhimento da pretensão do seu cliente GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. 6 ed. São Paulo: Saraiva, p KFOURI NETO, Miguel. Responsabilidade civil do médico. 3. ed São Paulo: revista dos Tribunais, p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume III : responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. 5. ed. ver. e atual. São Paulo : Saraiva, p DINIZ, Maria Helena. Curso de direito civil brasileiro responsabilidade civil. 20 ed. Vol. 7. São Paulo: Saraiva, p GONÇALVES, Carlos Roberto. Responsabilidade civil. 6 ed. São Paulo: Saraiva, p GAGLIANO, Pablo Stolze. Novo curso de direito civil, volume III : responsabilidade civil / Pablo Stolze Gagliano, Rodolfo Pamplona Filho. 5. ed. ver. e atual. São Paulo : Saraiva, p. 129.

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL RESPONSABILIDADE CIVIL NO DIREITO AMBIENTAL O ordenamento jurídico pátrio, em matéria ambiental, adota a teoria da responsabilidade civil objetiva, prevista tanto no art. 14, parágrafo 1º da Lei 6.938/81

Leia mais

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927

A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 A Responsabilidade civil objetiva no Código Civil Brasileiro: Teoria do risco criado, prevista no parágrafo único do artigo 927 Marcela Furtado Calixto 1 Resumo: O presente artigo visa discutir a teoria

Leia mais

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA

RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA RESPONSABILIDADE SUBJETIVA: A TEORIA DA CULPA Material didático destinado à sistematização do conteúdo da disciplina Direito Civil IVI Publicação no semestre 2014.1 no curso de Direito. Autor: Vital Borba

Leia mais

Responsabilidade Civil

Responsabilidade Civil Responsabilidade Civil Trabalho de Direito Civil Curso Gestão Nocturno Realizado por: 28457 Marco Filipe Silva 16832 Rui Gomes 1 Definição: Começando, de forma, pelo essencial, existe uma situação de responsabilidade

Leia mais

www.apostilaeletronica.com.br

www.apostilaeletronica.com.br DIREITO PENAL PARTE GERAL I. Princípios Penais Constitucionais... 003 II. Aplicação da Lei Penal... 005 III. Teoria Geral do Crime... 020 IV. Concurso de Crime... 027 V. Teoria do Tipo... 034 VI. Ilicitude...

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Responsabilidade civil do cirurgião-dentista Por Ricardo Emilio Zart advogado em Santa Catarina 1. Introdução Tendo em vista a quantidade cada vez mais crescente de ações judiciais

Leia mais

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS

RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SEGURANÇA DE BARRAGENS DE REJEITOS RESPONSABILIDADE DOS ATORES POLÍTICOS E PRIVADOS SIMEXMIN OURO PRETO 18.05.2016 SERGIO JACQUES DE MORAES ADVOGADO DAS PESSOAS DAS PESSOAS NATURAIS A vida é vivida por

Leia mais

DA RESPOSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS)

DA RESPOSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS) DA RESPOSABILIDADE CIVIL DO ESTADO (PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS) Toda lesão de direito deve ser reparada. A lesão pode decorrer de ato ou omissão de uma pessoa física ou jurídica. Quando o autor da lesão

Leia mais

ABANDONO INTELECTUAL DE FILHO E A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS

ABANDONO INTELECTUAL DE FILHO E A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS ABANDONO INTELECTUAL DE FILHO E A INDENIZAÇÃO POR DANOS MORAIS Daniela Galvão de Araujo Mestre em Teoria do Direito e do Estado Especialista em Direito Processual Civil, Penal e Trabalhista Docente do

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br O seguro da responsabilidade civil do professional liberal Suzanne Dobignies Santos 1. INTRODUÇÃO O contrato de seguro é uma das garantias da reparação civil, cuja finalidade é a

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO

DIREITO ADMINISTRATIVO DIREITO ADMINISTRATIVO RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO Atualizado até 13/10/2015 RESPONSABILIDADE CIVIL DO ESTADO NOÇÕES INTRODUTÓRIAS Quando se fala em responsabilidade, quer-se dizer que alguém deverá

Leia mais

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES NEXO CAUSAL PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES 1 Conceito. Causa. É elemento do fato típico. É o vínculo entre conduta e resultado. O estudo da causalidade busca concluir se o resultado decorreu da conduta

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO

TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO TESTE RÁPIDO DIREITO PENAL CARGO TÉCNICO LEGISLATIVO COMENTADO DIREITO PENAL Título II Do Crime 1. (CESPE / Defensor DPU / 2010) A responsabilidade penal do agente nos casos de excesso doloso ou culposo

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL

RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL RESPONSABILIDADE CIVIL NA LESÃO CORPORAL Filipe Rezende Semião, est.. Sumário: I - Pressupostos da Responsabilidade Civil II - Dispositivos legais III - Dano ao corpo IV - Indenização na lesão corporal

Leia mais

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA E BAIXA DE SOCIEDADE É sabido - e isso está a dispensar considerações complementares - que a pessoa jurídica tem vida distinta da dos seus sócios e administradores.

Leia mais

A inserção injusta causa às pessoas / consumidores danos de ordem moral e em algumas vezes patrimonial, que, reconhecida gera o direito à reparação.

A inserção injusta causa às pessoas / consumidores danos de ordem moral e em algumas vezes patrimonial, que, reconhecida gera o direito à reparação. 1.1 - Introdução Infelizmente o ajuizamento de ações de indenização por danos materiais e principalmente morais em face de empresas por inclusão indevida do nome de seus clientes em órgãos de proteção

Leia mais

DANO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE CIVIL

DANO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE CIVIL DANO AMBIENTAL E RESPONSABILIDADE CIVIL DANO AMBIENTAL PODE TRAZER CONSEQUÊNCIAS DE ORDEM CIVIL ADMINISTRATIVA E PENAL DANO É O PREJUÍZO CAUSADO A ALGUÉM PELA DETERIORAÇÃO OU INUTILIZAÇÃO DE BENS SEUS

Leia mais

Processo nº 0024.12.301.686-7 Ação de Indenização Autor: Émerson Gil Tremea e outros Réu : Educadora Itapoã Ltda

Processo nº 0024.12.301.686-7 Ação de Indenização Autor: Émerson Gil Tremea e outros Réu : Educadora Itapoã Ltda 1 Processo nº 0024.12.301.686-7 Ação de Indenização Autor: Émerson Gil Tremea e outros Réu : Educadora Itapoã Ltda Vistos, etc. Ementa: Escola particular. Aluno reprovado em teste de seleção, por insuficiência

Leia mais

Osvaldo Albuquerque Sousa Filho Presidente do Coren-CE

Osvaldo Albuquerque Sousa Filho Presidente do Coren-CE Osvaldo Albuquerque Sousa Filho Presidente do Coren-CE História / Relação: (Antiguidade) (Início séc. XX) (Atualmente) Relação religiosa/ mágico/ desígnios de Deus. Relação de amigo/ confiança conselheiro

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br Requisitos para Caracterização do Dano Moral Alessandro Meyer da Fonseca* O instituto do dano moral cujo direito a reparabilidade durante muitos anos foi objeto de debates pelos

Leia mais

OBRIGAÇÃO ALIMENTAR E POSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO Dos ALIMENTOS PAGOS INDEVIDAMENTE

OBRIGAÇÃO ALIMENTAR E POSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO Dos ALIMENTOS PAGOS INDEVIDAMENTE OBRIGAÇÃO ALIMENTAR E POSSIBILIDADE DE RESTITUIÇÃO Dos ALIMENTOS PAGOS INDEVIDAMENTE MARCELO CERQUElRA Advogado CONCEITO DE ALIMENTOS Tratando da conceituação de alimentos, a doutrina, de um modo geral,

Leia mais

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC

Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC Prova de Direito Civil Comentada Banca FUNDATEC 2014) QUESTÃO 54 Analise as seguintes assertivas sobre as causas de exclusão de ilicitude no Direito Civil: I. A legítima defesa de terceiro não atua como

Leia mais

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito.

DOS FATOS JURÍDICOS. FATO JURÍDICO = é todo acontecimento da vida relevante para o direito, mesmo que seja fato ilícito. DOS FATOS JURÍDICOS CICLO VITAL: O direito nasce, desenvolve-se e extingue-se. Essas fases ou os chamados momentos decorrem de fatos, denominados de fatos jurídicos, exatamente por produzirem efeitos jurídicos.

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução.

Copyright Proibida Reprodução. RESPONSABILDADE CIVIL DO DANO AMBIENTAL Prof. Éder Responsabilidade Clementino dos civil Santos INTRODUÇÃO Evolução da sociedade: séc. XX (novas tecnologias x modelo de vida); Inércia do Estado: auto-tutela;

Leia mais

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade

A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade A responsabilidade civil do engenheiro eletricista na atualidade Acimarney Correia Silva Freitas¹, Celton Ribeiro Barbosa², Rafael Santos Andrade 3, Hortência G. de Brito Souza 4 ¹Orientador deste Artigo

Leia mais

ERROS NOS PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM CONTEXTO, CONDIÇÕES DE TRABALHO E RESPONSABILIDADES

ERROS NOS PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM CONTEXTO, CONDIÇÕES DE TRABALHO E RESPONSABILIDADES ERROS NOS PROCEDIMENTOS DE ENFERMAGEM CONTEXTO, CONDIÇÕES DE TRABALHO E RESPONSABILIDADES Palestrante: Cláudio Márcio de Oliveira Leal Procurador Geral COREN/PI FUNDAMENTOS LEGAIS DO REGISTRO DE ENFERMAGEM.

Leia mais

Processo de arbitragem. Sentença

Processo de arbitragem. Sentença Processo de arbitragem Demandante: A Demandada: B Árbitro único: Jorge Morais Carvalho Sentença I Processo 1. O processo correu os seus termos em conformidade com o Regulamento do Centro Nacional de Informação

Leia mais

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico.

FATO TÍPICO CONDUTA. A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. TEORIA GERAL DO CRIME FATO TÍPICO CONDUTA A conduta é o primeiro elemento integrante do fato típico. Na Teoria Causal Clássica conduta é o movimento humano voluntário produtor de uma modificação no mundo

Leia mais

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal:

36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público federal: Hoje, continuaremos com os comentários ao simulado da 2ª Feira do Concurso. 36) Levando-se em conta as regras da Lei 8.112/90, analise os itens abaixo, a respeito dos direitos e vantagens do servidor público

Leia mais

Responsabilidade Civil

Responsabilidade Civil Responsabilidade Civil Responsabilidade civil, dano e Regimes de Responsabilidade: A responsabilidade civil pode ser classificada em responsabilidade por culpa, pelo risco ou pelo sacrifício, dependendo

Leia mais

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil

7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil. Tópicos Especiais em Direito Civil 7. Tópicos Especiais em Responsabilidade Civil Tópicos Especiais em Direito Civil Introdução A Responsabilidade Civil surge em face de um descumprimento obrigacional pela desobediência de uma regra estabelecida

Leia mais

Prova Objetiva Disciplina: Direito Civil

Prova Objetiva Disciplina: Direito Civil ALT. C GAB. 1 GAB. 2 GAB. 3 GAB. 4 QUESTÃO 68 81 16 8 Alegam os recorrentes que a questão comporta várias alternativas erradas, pois contraria dispositivo constitucional (art. 5 o., inciso XXXI) e infraconstitucional,

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL: DEFINIÇÃO, POSIÇÃO LEGISLATIVA E ASPECTOS HISTÓRICOS Kamila NUNES 1 Gilberto LIGERO 2

RESPONSABILIDADE CIVIL: DEFINIÇÃO, POSIÇÃO LEGISLATIVA E ASPECTOS HISTÓRICOS Kamila NUNES 1 Gilberto LIGERO 2 RESPONSABILIDADE CIVIL: DEFINIÇÃO, POSIÇÃO LEGISLATIVA E ASPECTOS HISTÓRICOS Kamila NUNES 1 Gilberto LIGERO 2 RESUMO: O presente artigo é resultado de pesquisa realizada tendo em vista o trabalho de conclusão

Leia mais

Excludentes de Responsabilidade Civil e sua aplicação no fornecimento de energia elétrica.

Excludentes de Responsabilidade Civil e sua aplicação no fornecimento de energia elétrica. Excludentes de Responsabilidade Civil e sua aplicação no fornecimento de energia elétrica. Art. 14, parágrafo 3º, II do Código de Defesa do Consumidor e art. 5º da Resolução ANEEL nº 61. Responsabilidade

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR EM ACIDENTE DE TRABALHO

RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR EM ACIDENTE DE TRABALHO RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR EM ACIDENTE DE TRABALHO Rafael Bratfich GOULART 1 Cleber Affonso ANGELUCI 2 RESUMO: O presente trabalho pretende buscar a melhor teoria de responsabilidade civil a

Leia mais

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA PRIMEIRA CÂMARA CÍVEL DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Apelação Cível nº 0059871-12.2007.8.19.0001 Apelante: JONETES TERESINHA BOARETTO Apelado: GRANDE HOTEL CANADÁ LTDA. Relator: DES. CUSTÓDIO TOSTES DECISÃO MONOCRÁTICA

Leia mais

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado

Conceito. Responsabilidade Civil do Estado. Teorias. Risco Integral. Risco Integral. Responsabilidade Objetiva do Estado Conceito Responsabilidade Civil do Estado é a obrigação que ele tem de reparar os danos causados a terceiros em face de comportamento imputável aos seus agentes. chama-se também de responsabilidade extracontratual

Leia mais

Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna:

Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna: Classificação da pessoa jurídica quanto à estrutura interna: São consideradas universitas personarum, quando forem uma associação de pessoas, atenderem aos fins e interesses dos sócios. (fins mutáveis)

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA RESPONSABILIDADE CIVIL DA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA 1 Suponha se que Maria estivesse conduzindo o seu veículo quando sofreu um acidente de trânsito causado por um ônibus da concessionária do serviço público

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA

RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA RESPONSABILIDADE CIVIL POR ERRO MÉDICO EM CIRURGIA PLÁSTICA Vitor Kenji HIGUCHI 1 José Artur Teixeira GONÇALVES 2 RESUMO: Com frequência, as pessoas buscam a cirurgia plástica estética com o objetivo de

Leia mais

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO

UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO UMA SUSCINTA ANÁLISE DA EFICÁCIA DA AÇÃO DE CONSIGNAÇÃO EM PAGAMENTO Anne Karoline ÁVILA 1 RESUMO: A autora visa no presente trabalho analisar o instituto da consignação em pagamento e sua eficácia. Desta

Leia mais

Dano Moral no Direito do Consumidor. HÉCTOR VALVERDE SANTANA hvs jur@ho tm ail.c o m

Dano Moral no Direito do Consumidor. HÉCTOR VALVERDE SANTANA hvs jur@ho tm ail.c o m Dano Moral no Direito do Consumidor HÉCTOR VALVERDE SANTANA hvs jur@ho tm ail.c o m RELAÇÃO JURÍDICA DE CONSUMO Consumidor padrão ou standard : art. 2º, caput Consumidor por equiparação: arts. 2º, parágrafo

Leia mais

Nasce em razão da violação de um dever jurídico, mas depende da configuração de elementos.

Nasce em razão da violação de um dever jurídico, mas depende da configuração de elementos. OAB EXTENSIVO SEMANAL Disciplina: Direito Civil Prof.: Brunno Giancoli Data: 22.09.2009 Aula n 04 TEMAS TRATADOS EM AULA RESPONSABILIDADE CIVIL Nasce em razão da violação de um dever jurídico, mas depende

Leia mais

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA

EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA EMBRIAGUEZ EXCLUSÃO DE COBERTURA Seminário Direitos & Deveres do Consumidor de Seguros Desembargador NEY WIEDEMANN NETO, da 6ª. Câmara Cível do TJRS Introdução O contrato de seguro, regulado pelos artigos

Leia mais

TEMA: CONCURSO DE CRIMES

TEMA: CONCURSO DE CRIMES TEMA: CONCURSO DE CRIMES 1. INTRODUÇÃO Ocorre quando um mesmo sujeito pratica dois ou mais crimes. Pode haver um ou mais comportamentos. É o chamado concursus delictorum. Pode ocorrer entre qualquer espécie

Leia mais

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO NO ERRO MÉDICO

A RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO NO ERRO MÉDICO THIAGO BARBIERI FREITAS A RESPONSABILIDADE CIVIL DO CIRURGIÃO PLÁSTICO NO ERRO MÉDICO Monografia de conclusão de curso apresentada como requisito para obtenção de menção na disciplina Monografia III, do

Leia mais

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES

CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES CRIME DOLOSO E CRIME CULPOSO PROFESSOR: LEONARDO DE MORAES Espécies de Conduta a) A conduta pode ser dolosa ou culposa. b) A conduta pode ser comissiva ou omissiva. O tema dolo e culpa estão ligados à

Leia mais

Empregador é responsável por danos ao ambiente de trabalho e à saúde

Empregador é responsável por danos ao ambiente de trabalho e à saúde REFLEXÕES TRABALHISTAS Empregador é responsável por danos ao ambiente de trabalho e à saúde 01 de agosto de 2014, 08:00h Por Raimundo Simão de Melo No Brasil, até 1988, o enfoque principal sobre o meio

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA. Capítulo I - Princípios gerais. Seção I - Conceitos

CÓDIGO DE ÉTICA. Capítulo I - Princípios gerais. Seção I - Conceitos CÓDIGO DE ÉTICA Capítulo I - Princípios gerais Seção I - Conceitos Art. 1º - Este Código compreende normas de conduta e normas técnicas de caráter obrigatório para as empresas de alimentação, associadas

Leia mais

desafia, não te transforma Semestre 2015.2

desafia, não te transforma Semestre 2015.2 O que não te 1 desafia, não te transforma Semestre 2015.2 1 Nossos encontros www.admvital.com 2 2 Nossos encontros www.admvital.com 3 AULÃO 3 4 Materiais da aula www.admvital.com/aulas 4 5 Critérios AV

Leia mais

CÓDIGO CIVIL. Livro III. Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III. Dos Atos Ilícitos

CÓDIGO CIVIL. Livro III. Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III. Dos Atos Ilícitos CÓDIGO CIVIL Livro III Dos Fatos Jurídicos TÍTULO III Dos Atos Ilícitos Art. 186. Aquele que, por ação ou omissão voluntária, negligência ou imprudência, violar direito e causar dano a outrem, ainda que

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE A RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE TÉCNICA OU ÉTICO-PROFISSIONAL RESPONSABILIDADE CIVIL

CONSIDERAÇÕES SOBRE A RESPONSABILIDADE RESPONSABILIDADE TÉCNICA OU ÉTICO-PROFISSIONAL RESPONSABILIDADE CIVIL CONSIDERAÇÕES SOBRE A RESPONSABILIDADE A vida em sociedade somente é possível através dos relacionamentos entre as pessoas. Seja do ponto de vista pessoal ou profissional, todos os atos praticados implicam

Leia mais

DIREITO CIVIL TEORIA DOS DANOS AUTÔNOMOS!!! 28/07/2015

DIREITO CIVIL TEORIA DOS DANOS AUTÔNOMOS!!! 28/07/2015 DIREITO CIVIL ESTÁCIO-CERS O Dano extrapatrimonial e a sua história Posição constitucional e contribuição jurisprudencial Prof Daniel Eduardo Branco Carnacchioni Tema: O Dano extrapatrimonial e a sua história

Leia mais

NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM. Peça Treino 8

NÚCLEO PREPARATÓRIO PARA EXAME DE ORDEM. Peça Treino 8 Peça Treino 8 Refrigeração Nacional, empresa de pequeno porte, contrata os serviços de um advogado em virtude de uma reclamação trabalhista movida pelo exempregado Sérgio Feres, ajuizada em 12.04.2013

Leia mais

A nova responsabilidade civil escolar

A nova responsabilidade civil escolar A nova responsabilidade civil escolar Introdução Atualmente, constata-se enorme dificuldade em relação à busca e à definição dos reais limites da responsabilidade civil das escolas particulares e públicas

Leia mais

NORMA PENAL EM BRANCO

NORMA PENAL EM BRANCO NORMA PENAL EM BRANCO DIREITO PENAL 4º SEMESTRE PROFESSORA PAOLA JULIEN OLIVEIRA DOS SANTOS ESPECIALISTA EM PROCESSO. MACAPÁ 2011 1 NORMAS PENAIS EM BRANCO 1. Conceito. Leis penais completas são as que

Leia mais

Espelho Administrativo Peça

Espelho Administrativo Peça Espelho Administrativo Peça A medida judicial a ser proposta é uma ação de responsabilidade civil / ação indenizatória pelo rito ordinário em face da União Federal, tendo em vista o dano sofrido por João

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO SEGUNDO TRIBUNAL DE ALÇADA CIVIL DÉCIMA CÂMARA

PODER JUDICIÁRIO SEGUNDO TRIBUNAL DE ALÇADA CIVIL DÉCIMA CÂMARA APELAÇÃO COM REVISÃO N º 604.846-0/9 - SANTOS Apelante: Edmar Sérvulo Pereira Apelada : Terracom Engenharia Ltda. COMPETÊNCIA. CONTRATO DE TRABALHO. AÇÃO DE REPARAÇÃO DE DANOS. O caso concreto trata de

Leia mais

Julio Cesar Brandão. I - Introdução

Julio Cesar Brandão. I - Introdução DOAÇÃO: BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A DOAÇÃO E AS CLÁUSULAS RESTRITIVAS DE INCOMUNICABILIDADE, INALIENABILIDADE E IMPENHORABILIDADE À LUZ DO NOVO CÓDIGO CIVIL Julio Cesar Brandão SUMÁRIO: I - Introdução.

Leia mais

VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO ALOYSIO NUNES FERREIRA

VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO ALOYSIO NUNES FERREIRA (PROJETO DE LEI Nº 4.747, DE 1998) Acrescenta artigo ao Código Civil (Lei nº 3.071, de 1º de janeiro de 1916) e parágrafo ao art. 129 do Código Penal (Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940). VOTO

Leia mais

DIREITO AMBIENTAL NA LEGISLAÇÃO

DIREITO AMBIENTAL NA LEGISLAÇÃO DIREITO AMBIENTAL NA LEGISLAÇÃO FUNDAMENTOS DE DIREITO AMBIENTAL LEGISLAÇÃO NACIONAL Didaticamente podemos dividir o estudo do Direito em duas grandes áreas: o público e o privado. No direito público tratamos

Leia mais

GOUVÊA FRANCO ADVOGADOS

GOUVÊA FRANCO ADVOGADOS O DIREITO DE REGRESSO DO INSS: ACIDENTES DE TRABALHO E A LEI Nº 8.213/91 Introdução: Recentemente, por todo o Brasil, constata-se na Justiça Federal o crescente aumento de ações regressivas propostas pelo

Leia mais

Aula 3 ato ilícito. San Tiago Dantas: principal objetivo da ordem jurídica? É proteger o lícito e reprimir o ilícito.

Aula 3 ato ilícito. San Tiago Dantas: principal objetivo da ordem jurídica? É proteger o lícito e reprimir o ilícito. Aula 3 ato ilícito. San Tiago Dantas: principal objetivo da ordem jurídica? É proteger o lícito e reprimir o ilícito. Ordem jurídica: estabelece deveres positivos (dar ou fazer alguma coisa) e negativos

Leia mais

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL

ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL ÉTICA E LEGISLAÇÃO PROFISSIONAL Centro de Ensino Superior do Amapá-CEAP Curso: Arquitetura e Urbanismo Disciplina: Ética e Legislação Profissional Assunto: Responsabilidades do Profissional Prof. Ederaldo

Leia mais

Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda

Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades. Profª. MSc. Maria Bernadete Miranda Responsabilidade Civil dos Administradores das Sociedades Administrador Administrador é a pessoa a quem se comete a direção ou gerência de qualquer negócio ou serviço, seja de caráter público ou privado,

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA

ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA Conceito Administração Pública é todo o aparelhamento do Estado, preordenado à realização de seus serviços, visando à satisfação das necessidades coletivas. (MEIRELLES, Hely Lopes).

Leia mais

ROJETO DE LEI Nº, de 2015. (Do Sr. Deputado Marcos Rotta)

ROJETO DE LEI Nº, de 2015. (Do Sr. Deputado Marcos Rotta) ROJETO DE LEI Nº, de 2015 (Do Sr. Deputado Marcos Rotta) Dispõe sobre segurança, danos materiais, furtos e indenizações, correspondentes a veículos nos estacionamento de estabelecimentos comerciais, shoppings

Leia mais

A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL

A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL A RESPONSABILIDADE OBJETIVA NO NOVO CÓDIGO CIVIL SÍLVIO DE SALVO VENOSA 1 Para a caracterização do dever de indenizar devem estar presentes os requisitos clássicos: ação ou omissão voluntária, relação

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Juros e multa da dívida ativa tributária e a sua inclusão na base de cálculo do repasse ao legislativo municipal Alberto Jatene I - Relatório Trata-se de questionamento acerca da

Leia mais

O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO

O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO O CONSENTIMENTO DO OFENDIDO Rodrigo Fragoso O consentimento do ofendido constitui objeto de intenso debate entre os penalistas que, divergindo quanto à sua posição na estrutura do delito, atribuem efeitos

Leia mais

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE

PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1. TEORIA DA TIPICIDADE 1 DIREITO PENAL PONTO 1: Teoria da Tipicidade PONTO 2: Espécies de Tipo PONTO 3: Elementos do Tipo PONTO 4: Dolo PONTO 5: Culpa 1.1 FUNÇÕES DO TIPO: a) Função garantidora : 1. TEORIA DA TIPICIDADE b) Função

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução.

Copyright Proibida Reprodução. PROCEDIMENTO PADRÃO PERÍCIA AMBIENTAL Prof. Éder Responsabilidade Clementino dos civil Santos INTRODUÇÃO BRASIL: Perícia Ambiental É um procedimento utilizado como meio de prova; Fornecimento de subsídios

Leia mais

Prof. Adilson Crepaldi

Prof. Adilson Crepaldi Aula nº 2 RESPONSABILIDADE CIVIL Prof. Adilson Crepaldi CONCEITO DE RESPONSABILIDADE: É a obrigação que pode incumbir uma pessoa a reparar o prejuízo causado à outra, por fato próprio, ou por fato de pessoas

Leia mais

COMENTÁRIOS DA PROVA DE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESUAL MPU 2004

COMENTÁRIOS DA PROVA DE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESUAL MPU 2004 COMENTÁRIOS DA PROVA DE DIREITO PENAL ANALISTA PROCESUAL MPU 2004 01- Podemos afirmar que a culpabilidade é excluída quando a) o crime é praticado em obediência à ordem, manifestamente legal, de superior

Leia mais

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS

Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS Tema DC - 01 INTRODUÇÃO DO ESTUDO DO DIREITO CONSTITUCIONAL RECORDANDO CONCEITOS 1 1. CONCEITO BÁSICO DE DIREITO Somente podemos compreender o Direito, em função da sociedade. Se fosse possível ao indivíduo

Leia mais

DEVERES DOS AGENTES PÚBLICOS

DEVERES DOS AGENTES PÚBLICOS AGENTES PÚBLICOS José Carlos de Oliveira Professor de Direito Administrativo na graduação e no Programa de Pós-Graduação do Curso de Direito da Faculdade de Ciências Humanas e Sociais da Unesp/Franca No

Leia mais

TÍTULO VII DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

TÍTULO VII DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS TÍTULO VII DA PROVA CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Art. 155. No juízo penal, somente quanto ao estado das pessoas, serão observadas as restrições à prova estabelecidas na lei civil. Art. 156. A prova da

Leia mais

TEORIAS DA CONDUTA DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco

TEORIAS DA CONDUTA DIREITO PENAL. Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco TEORIAS DA CONDUTA DIREITO PENAL Cléber Masson + Rogério Sanches + Rogério Greco TEORIAS CAUSALISTA, CAUSAL, CLÁSSICA OU NATURALISTA (VON LISZT E BELING) - CONDUTA É UMA AÇÃO HUMANA VOLUNTÁRIA QUE PRODUZ

Leia mais

COMO REDIGIR ARTIGOS CIENTÍFICOS. Profa. EnimarJ. Wendhausen

COMO REDIGIR ARTIGOS CIENTÍFICOS. Profa. EnimarJ. Wendhausen COMO REDIGIR ARTIGOS CIENTÍFICOS Profa. EnimarJ. Wendhausen Objetivo do capítulo Contribuir para que o discente, seguindo as etapas apresentadas no texto, tenha condições de redigir um texto em conformidade

Leia mais

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO

NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO NOVA LEI ANTICORRUPÇÃO O que muda na responsabilização dos indivíduos? Código Penal e a Lei 12.850/2013. MARCELO LEONARDO Advogado Criminalista 1 Regras Gerais do Código Penal sobre responsabilidade penal:

Leia mais

a) Verificar o direito real do promitente comprador;

a) Verificar o direito real do promitente comprador; PROMESSA DE COMPRA E VENDA 1 Lindiara Antunes Do Nascimento 2, Carlos Guilherme Probst 3. 1 TRABALHO DE CURSO - TC 2 AUTOR- Aluna do curso de Direito pela UNIJUI 3 COUATOR - Mestre em Educação nas Ciências

Leia mais

Legislação e Ética Profissional

Legislação e Ética Profissional Legislação e Ética Profissional Professor: Venicio Paulo Mourão Saldanha Site: www.veniciopaulo.com Formação e ficha profissional: Graduado em Analises e Desenvolvimento de Sistemas Pregoeiro / Bolsa de

Leia mais

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010

Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 Licitações de Agências de Publicidade Lei nº 12.232/2010 * Rodrigo Corrêa da Costa Oliveira 1. INTRODUÇÃO A contratação de Agências de Propaganda pela Administração Pública sempre se pautou pela Lei Geral

Leia mais

CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão de Viação e Transportes PROJETO DE LEI Nº 4.844, DE 2012. VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO HUGO LEAL

CÂMARA DOS DEPUTADOS Comissão de Viação e Transportes PROJETO DE LEI Nº 4.844, DE 2012. VOTO EM SEPARADO DO DEPUTADO HUGO LEAL PROJETO DE LEI Nº 4.844, DE 2012. Altera o art. 53 do Código Civil para permitir aos transportadores de pessoas ou cargas organizarem-se em associação de direitos e obrigações recíprocas para criar fundo

Leia mais

Este estudo foi elaborado pelo DEJUR - Departamento Jurídico do CREA-PR

Este estudo foi elaborado pelo DEJUR - Departamento Jurídico do CREA-PR MÓDULO 01 AULA 03 RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL Temos a satisfação de apresentar o módulo de RESPONSABILIDADE PROFISSIONAL em nosso Programa de Excelência em Projetos. Nele será possível entender as obrigações

Leia mais

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2012-22 a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil

XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2012-22 a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil XX Seminário Nacional de Distribuição de Energia Elétrica SENDI 2012-22 a 26 de outubro Rio de Janeiro - RJ - Brasil LUCIANO DINIZ MENDONÇA LIMA Efacec do Brasil Ltda. luciano.diniz@efacecenergy.com.br

Leia mais

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008

COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL. MENSAGEM N o 479, DE 2008 COMISSÃO DE RELAÇÕES EXTERIORES E DE DEFESA NACIONAL MENSAGEM N o 479, DE 2008 Submete à consideração do Congresso Nacional o texto do Tratado de Extradição entre a República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7:

PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1 PROCESSO PENAL PONTO 1: Concurso de Crimes PONTO 2: Concurso Material PONTO 3: Concurso Formal ou Ideal PONTO 4: Crime Continuado PONTO 5: PONTO 6: PONTO 7: 1. CONCURSO DE CRIMES 1.1 DISTINÇÃO: * CONCURSO

Leia mais

O PAPEL DA PROVA NA AFERIÇÃO DO RESPONSÁVEL POR ACIDENTE DE TRÂNSITO

O PAPEL DA PROVA NA AFERIÇÃO DO RESPONSÁVEL POR ACIDENTE DE TRÂNSITO O PAPEL DA PROVA NA AFERIÇÃO DO RESPONSÁVEL POR ACIDENTE DE TRÂNSITO Por Fernando Oliva Palma 1) Introdução Os acidentes de trânsito, hoje em dia, constituem um dos principais motivos do elevado número

Leia mais

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior

OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior OAB 1ª Fase Direito Civil Responsabilidade Civil Duarte Júnior 2012 Copyright. Curso Agora eu Passo - Todos os direitos reservados ao autor. RESPONSABILIDADE CIVIL É A OBRIGAÇÃO QUE INCUMBE A ALGUÉM DE

Leia mais

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL

PADRÃO DE RESPOSTA PEÇA PROFISSIONAL PEÇA PROFISSIONAL Espera-se que o(a) examinando(a) elabore ação revocatória, com fulcro no art. 130 e ss. da Lei n. o 11.101/2005: São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores,

Leia mais

DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL APROVADO QUE IMPLICA NOVAÇÃO DOS CRÉDITOS ANTERIORES AO PEDIDO

DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL APROVADO QUE IMPLICA NOVAÇÃO DOS CRÉDITOS ANTERIORES AO PEDIDO DO PLANO DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL APROVADO QUE IMPLICA NOVAÇÃO DOS CRÉDITOS ANTERIORES AO PEDIDO José da Silva Pacheco SUMÁRIO: 1. Introdução. 2. Da novação. 2.1. Da noção de novação. 2.2. Dos requisitos

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Teorias da conduta no Direito Penal Rodrigo Santos Emanuele * Teoria naturalista ou causal da ação Primeiramente, passamos a analisar a teoria da conduta denominada naturalista ou

Leia mais

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária D-53 9º 04 04 60

Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária D-53 9º 04 04 60 Cód. Disciplina Período Créditos Carga Horária D-53 9º 04 04 60 Turma Nome da Disciplina / Curso DIREITO CIVIL V II D- 44 DIREITO CIVIL VI (EMENTA 2008/01) D- 46 DIREITO CIVIL VI (EMENTA 2008/01) Responsabilidade

Leia mais

DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO

DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO DIREITO ADMINISTRATIVO CONCEITO Para conceituar o Direito Administrativo, deve-se partir do significado e da classificação do próprio Direito. Segundo Hely Lopes Meirelles, Direito é o conjunto de regras

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR O DANO MORAL

RESPONSABILIDADE CIVIL DO EMPREGADOR O DANO MORAL Profa. Dra. Débora Vanessa Caús Brandão Doutora e Mestre em Direito Civil pela Pontifícia Universidade Católica de São Paulo Professora Titular de Direito Civil da Faculdade de Direito de São Bernardo

Leia mais

"CONCURSO PÚBLICO PARA EXPLORAÇÃO TEMPORÁRIA DE LOJAS, LOCALIZADAS NO MERCADO MUNICIPAL DE AREIAS DE SÃO JOÃO, EM ALBUFEIRA" CADERNO DE ENCARGOS

CONCURSO PÚBLICO PARA EXPLORAÇÃO TEMPORÁRIA DE LOJAS, LOCALIZADAS NO MERCADO MUNICIPAL DE AREIAS DE SÃO JOÃO, EM ALBUFEIRA CADERNO DE ENCARGOS "CONCURSO PÚBLICO PARA EXPLORAÇÃO TEMPORÁRIA DE LOJAS, LOCALIZADAS NO MERCADO MUNICIPAL DE AREIAS DE SÃO JOÃO, EM ALBUFEIRA" CADERNO DE ENCARGOS ARTIGO 1.º OBJETO O presente Caderno de Encargos diz respeito

Leia mais