PROPRIEDADE INTELECTUAL E SEUS EFEITOS NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL JOÃO MARCUS SAMPAIO GUEIROS JUNIOR

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1 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha i PROPRIEDADE INTELECTUAL E SEUS EFEITOS NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL JOÃO MARCUS SAMPAIO GUEIROS JUNIOR UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE - UENF CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ AGOSTO DE 2004

2 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha ii PROPRIEDADE INTELECTUAL E SEUS EFEITOS NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL JOÃO MARCUS SAMPAIO GUEIROS JUNIOR Dissertação apresentada ao Centro de Ciências e Tecnologia, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências para obtenção do grau de Mestre em Ciências de Engenharia, na área de concentração de Engenharia de Produção. UNIVERSIDADE ESTADUAL DO NORTE FLUMINENSE - UENF CAMPOS DOS GOYTACAZES RJ AGOSTO DE 2004

3 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha iii PROPRIEDADE INTELECTUAL E SEUS EFEITOS NO DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL DO BRASIL JOÃO MARCUS SAMPAIO GUEIROS JUNIOR Aprovada em 10 de agosto de 2004 Dissertação apresentada ao Centro de Ciências e Tecnologia, da Universidade Estadual do Norte Fluminense, como parte das exigências para obtenção do grau de Mestre em Ciências de Engenharia, na área de concentração de Engenharia de Produção. BANCA EXAMINADORA Prof.: Cláudia do Rosário Vaz Morgado, D.Sc - Orientadora Universidade Federal do Rio de Janeiro UFRJ Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Uenf - LEPROD Prof. José Ramon Arica Chavez, D.Sc. Universidade Estadual do Norte Fluminense Darcy Ribeiro Uenf - LEPROD Prof. Carlos Alberto Pereira Soares, D.Sc. Universidade Federal Fluminense UFF Prof. Cyro Alves Borges Jr, D.Sc. Universidade do Estado do Rio de Janeiro UERJ Campos dos Goytacazes 2004

4 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha iv Dedico esse trabalho a toda a minha família, pela vivência, união e compromisso solidário e pelos os exemplos de amor e de fé. Pelo aprendizado e certeza que nos momentos difíceis cada um contribui com sua parcela de apoio, apontando num sentido moral que nos vincula ao que é essencial à vida.

5 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha v AGRADECIMENTOS A Deus, por estar sempre presente em minha vida. A minha orientadora Claudia Morgado, pela amizade e pelo auxílio na elaboração deste trabalho com sua seriedade e intensa capacidade de síntese. A minha esposa Fernanda e minha filha Júlia pela paciência de me aguardar, mesmo após as minhas idas a Campos dos Goytacazes não terem o final de semana merecidos, para que eu realizasse mais essa etapa de nossas vidas. À minha mãe Marília,e o meu pai João Marcus sempre referências marcantes em minha vida, pela confiança e apoio que tiveram em todos os momentos. A Daniele, minha irmã, que em seu exemplo profissional estimulou a realização do trabalho técnico, contribuindo que esse tivesse toda uma orientação mais humana. Aos amigos e companheiros de mestrado Carlos, Pupe, Jorge e Rodrigo pela amizade e pelos momentos que passamos juntos. À FENORTE e depois a UENF, pelo auxílio financeiro. Aos funcionários da UENF, pelo precioso trabalho demonstrado no dia-a-dia, como prova de excelência.

6 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha vi EPÍGRAFE Achamo-nos em presença de um grande fato, que nenhum partido se atreverá a negar. Por um lado, despertam para a vida algumas forças industriais e científicas de cuja existência nenhuma das épocas históricas precedentes poderia sequer suspeitar. Por outro lado, existem alguns sintomas de decadência que superam de muito os horrores que registra a história dos últimos tempos do Império Romano. Hoje em dia, tudo parece levar no seu seio a própria contradição. Vemos que as máquinas, dotadas da propriedade maravilhosa de reduzir e tornar mais frutífero o trabalho humano provocam a fome e o esgotamento do trabalhador. As fontes de riqueza recém-descobertas se convertem, por arte de um estranho malefício, em fontes de privações. Os triunfos da arte parecem adquiridos ao preço de qualidades morais. O domínio do homem sobre a natureza é cada vez maior; mas, ao mesmo tempo, o homem se transforma em escravo de outros homens ou de sua própria infâmia. Até a própria luz da ciência parece só poder brilhar sobre o fundo tenebroso da ignorância. Todos os nossos inventos e progressos parecem dotar a vida intelectual as forças materiais, enquanto reduzem o ser humano ao nível de uma força material bruta. Discurso Karl Max em 1855

7 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha vii SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO Objetivos Justificativa / Marco Teórico Conceitual Metodologia Estrutura do Trabalho PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO Os Recursos Econômicos e os Fatores de Produção O Fator Terra O Fator Trabalho O Fator Capital O Fator Tecnologia Conceitos Processo de Produção de tecnologia Processo de Produção Trabalho Espaço O impacto da tecnologia da informação na sociedade Sociedade do Conhecimento Alguns Fatos Pesquisa Nacional e Seus Atores O Intercâmbio entre Institutos de Pesquisa e o Mercado PROPRIEDADE INTELECTUAL E SUA PROTEÇÃO JURÍDICA Noções Conceituais sobre propriedade intelectual A Proteção Jurídica da Propriedade Intelectual Teorias de Política Pública Notas Sobre o Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI)

8 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha viii 4. DESENVOLVIMENTO DOS PAÍSES E A RELAÇÃO COM A TECNOLOGIA Fluxos e Influxos de Royalties e suas correlações Investimentos Estrangeiros Diretos IED CONSIDERAÇÕES FINAIS BIBLIOGRAFIA

9 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha ix LISTA DE FIGURAS Figura 2.1 Resumo da configuração convencional do fator trabalho Figura 2.2 Processos da Capacitação Tecnológica Figura Os ciclos econômicos formulado por Shumpeter Figura Número de Alunos Titulados no Mestrado e Doutorado Figura Artigos publicados em periódicos internacionais Figura Dispêndios em Pesquisa e Desenvolvimento % por área Figura Distribuição dos C&E em P&D no Brasil e na Coréia do Sul Figura 2.8 O mundo dividido por tecnologia Figura 4.1 Royalties e Licenças (Despesas) US$ Milhões Figura 4.2 Evolução do nº de "Papers" Publicados Coréia, Taiwan e Brasil Figura 4.3 Evolução do nº de depósitos de patentes -Coréia, Taiwan e Brasil Figura Influxos de IED no Brasil de 1980 até Figura 4.5 Países quanto ao PIB, Km 2 e Habitantes

10 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha x LISTA DE QUADROS Quadro 1.1 Lei de Patentes no Mundo Quadro 1.2 Lei de Patentes no Brasil Quadro 2.1 Fator de Produção e Remuneração Quadro 2.2 O fator trabalho: conceito e caracterização Quadro 2.3 Descoberta X Inovação Quadro 2.4 Fontes e resultados aparentes do processo de desenvolvimento tecnológico Quadro 2.5 Processo de Produção Fordista X Produção Just-in-time Quadro 2.6 Trabalho na Produção Fordista X Produção Just-in-time Quadro 2.7 Espaço na Produção Fordista X Produção Just-in-time... 37

11 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha xi RESUMO Esse trabalho analisa fatores políticos e econômicos, bem como sua interferência nos fluxos e influxos de royalties na economia nacional e por conseguinte o impacto econômico do desenvolvimento tecnológico nas divisas brasileiras. Seguindo este objetivo, o estudo aborda as políticas econômicas desde dos governos militares (substituição de importação), legislações ( Lei de Patentes ) e os Investimento Estrangeiros Diretos (IED) para assim correlacionar as políticas públicas de cada momento da história do país com as curvas de despesa, receita e resultado de royalties e licenças fornecidas pelo Banco Central. Realiza, ainda, breve análise comparativa da evolução quantitativa da pesquisa acadêmica no país através dos anos e o desenvolvimento de tecnologia nacional.. Palavras-Chaves: Patentes, royalties e IED.

12 Análise da Relação entre o Desenvolvimento Tecnológico Sustentável do Brasil Folha xii ABSTRACT The aim of this paper is to analyze the policy and economic factors of the income of royalties in the national economy, hence, the technological development economic impact in the Brazilian dividends. To reach this goal we studied the economic policies since the militaries governs (import substitution), legislation ("Patent Law") and the Direct Foreigners Investments (DFI). So, we could compare the public policies of each historical moment of Brazil with the impact of royalties in the Brazilian economy at each moment. A second objective of this paper is to show a comparative overview of the academic research quantitative evolution in the country through the years and the national technological development. Keywords: Patent, royalties e IED.

13 1 CAPÍTULO 1 1- INTRODUÇÃO Durante a última década, a propriedade intelectual tem sido alvo de constantes debates. Uma série de constatações tem contribuído para a crescente importância da propriedade intelectual, entre eles interesses comerciais internacionais e políticas nacionais de incentivo ao patenteamento. O aumento substancial no custo da pesquisa e do desenvolvimento e os problemas inerentes ao processo de assegurar os direitos sobre os resultados das atividades inovadoras, especialmente no que se refere a novas tecnologias em um cenário de globalização econômica explicam, entre outros, a atitude dos países de fortalecerem o sistema de propriedade intelectual no mundo inteiro. As pesquisas dependerão de suporte financeiro, tanto de fontes privadas como públicas. Esta situação explica porque o conceito da lucratividade se tornou importante para a pesquisa e a pesquisa passa a ser objeto avidamente disputado entre indústrias e países. Neste campo, considerações financeiras estão motivando as empresas que desenvolvem pesquisa a procurar, de antemão, proteção para sua propriedade intelectual, no intuito de garantir não somente o retorno do seu investimento mas,

14 2 também, os lucros advindos da aplicação industrial de novos produtos e processos. A proteção dos direitos da propriedade intelectual também ajuda às empresas atrair recursos, levantar capital de risco e continuar com o desenvolvimento de produtos. No entanto, essa proteção tem criado também preocupação com os seus efeitos sobre o progresso da ciência e com a disseminação e o uso de novos conhecimentos. Estas preocupações têm sido particularmente urgentes para os cientistas em situações em que a proteção da propriedade intelectual tem ameaçado restringir o acesso a material e técnicas decisivas para futuras pesquisas. Neste contexto, no Brasil, a questão da proteção da propriedade intelectual está se tornando cada vez mais importante para os pesquisadores e as instituições que desenvolvem novas invenções e as oferecem à sociedade. A propriedade intelectual tem sido alvo de proteção legal desde a primeira constituição do País, de O País é nação signatária original da Convenção de Paris para a Proteção da Propriedade Industrial de 1883, assim como, de convenções mais contemporâneas, contemplando toda gama de categorias do sistema de marcas e patentes. Prática comum em muitos países na concorrência em níveis nacional e internacional, o Brasil, no passado, tem tirado proveito da flexibilidade do sistema internacional, principalmente da parte da Convenção de Paris, que trata da exclusão do direito da patente em determinadas áreas utilizando produtos patenteados em outros países sem pagar os respectivos royalties aos seus inventores. Por isso, a antiga Lei Brasileira, instituída em 1971, estabeleceu a exclusão da patenteabilidade dos produtos de alguns setores tecnológicos como a indústria farmacêutica, química e de alimentos.

15 3 No passado, o Brasil também estabeleceu forte proteção para exploração exclusiva do mercado por produtores domésticos, na área das tecnologias de informação como hardware e software. Esta política foi revogada em 1991, através da lei No. 8248/91, e, desde 1999, a constituição não faz mais distinção entre empresa nacional ou estrangeira. Estas medidas consolidaram a política de desenvolvimento do País na qual se insere a nova lei de propriedade intelectual, dirigida ao alcance de competitividade internacional. A discussão da propriedade intelectual e da difusão de tecnologia tem de ser vista dentro dos moldes das atividades de ciência e tecnologia no Brasil. Do ponto de vista dos países em desenvolvimento, a proteção fraca nessas áreas costumava ser justificada como instrumento para evitar restrições para o fornecimento de produtos essenciais, principalmente sob a percepção da época, que considerava a inovação tecnológica mais um bem público do que um bem de capital privado. Nos dias de hoje, os efeitos negativos da proteção fraca são reconhecidos cada vez mais, mesmo nos países em desenvolvimento, em particular naqueles onde a indústria local e as atividades de pesquisa e desenvolvimento têm peso econômico significativo como é o caso do Brasil. Espera-se que uma política de proteção da propriedade intelectual apropriada, por um lado, contribuirá para o fortalecimento das atividades de P&D não somente das instituições de pesquisa e cientistas brasileiros, mas também, permitirá tornar o País atraente para atividades de pesquisa desenvolvidas por indústrias estrangeiras. Por outro lado, espera-se que, devido à harmonização da lei de patentes brasileira com as normas internacionais, o apoio à transferência de tecnologia e a projetos de pesquisa conjuntos será fortemente incentivado.

16 4 O Ministério de Ciência e Tecnologia espera, no futuro próximo, um crescimento dos investimentos privados em P&D no Brasil. Obviamente, este crescimento não pode ser atribuído exclusivamente à proteção da propriedade intelectual. A modernização dos direitos de propriedade intelectual deve, na verdade, ser entendida como parte relevante de uma política de C&T consciente. A preocupação com a adoção de um sistema de patentes forte surge do estágio de desenvolvimento científico e tecnológico e da capacidade de inovação do País. Em última análise, a revisão das normas de propriedade intelectual ao longo da última década provará ser benéfico ao País. No que se refere à indústria biotecnologia e de software, o Brasil tem um desenvolvimento científico e tecnológico relativamente avançado e, portanto, só tem a ganhar com a proteção legal nesse campo. As universidades e instituições de pesquisa públicas onde, no Brasil, a maior parte da capacidade tecnológica ainda está concentrada, têm igualmente direito à proteção legal das suas inovações, tanto no País, como no exterior. A extensão dessa proteção à pesquisa e ao desenvolvimento industrial principalmente nos campos anteriormente excluídos da pantenteabilidade, beneficiará a própria indústria assim como a sociedade inteira. Um dos principais obstáculos está no fato das instituições públicas, assim como as indústrias, ainda não terem implementado políticas internas de proteção da propriedade intelectual, especialmente com vistas ao patenteamento e à exploração comercial dos seus resultados de pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

17 5 A política de propriedade intelectual está inserida na política nacional de inovação tecnológica, focalizada no treinamento e na formação de recursos humanos especializados, no incentivo à pesquisa e ao desenvolvimento industrial e no melhoramento da infra-estrutura da pesquisa e sua interação com o setor privado. Serão necessárias mudanças regulatórias para incentivar a introdução de novos mecanismos econômicos como risco compartilhado, capital de risco e investimentos estrangeiros. Um outro fator essencial será a cooperação internacional. O governo brasileiro está consciente de que a adoção de um sistema de proteção de propriedade intelectual forte é eficiente e positivo para o País se associado a outras medidas regulatórias em prol da ciência, tecnologia e capacidade industrial em geral, daí o esforço em encontros, como o Encontro Nacional da Inovação Tecnológica para Exportação e Competitividade, que busca promover o incentivo ao capital de risco para desenvolvimento de inovações. Alianças crescentes entre a academia, a indústria e o governo motivadas por uma combinação de mudanças econômicas e legais desafiam instituições do setor público e privado a equilibrar seus interesses conflitantes quando se tem por base que as universidades visam o desenvolvimento de tecnologias garantindo a disseminação de tal desenvolvimento e as empresas tem por base o lucro. Ao longo das últimas décadas, os cientistas tiveram de adaptar-se a um crescente declínio na concessão de recursos públicos para a pesquisa. Ao mesmo tempo, o potencial comercial dos avanços científicos e tecnológicos e o novo contexto legal têm incentivado o investimento na P&D por parte do setor privado.

18 6 Criou-se um ambiente favorável para o desenvolvimento de associações entre empresas e universidades. Universidades no Brasil, como por exemplo a UFRJ e UFF no estado do Rio de Janeiro, oferecem hoje espaço incubador para empresas start-up, que funcionam em colaboração com pesquisadores universitários. Os esforços conjunto de interesses privados e públicos tornam as atividades de pesquisa, principalmente na área de tecnologias avançadas, um ponto particularmente útil na avaliação do efeito da propriedade intelectual sobre a disseminação e o uso de ferramentas de pesquisa. 1.1 Objetivos Esse trabalho tem por objetivo analisar a importância da correlação entre tecnologia e crescimento, principalmente comparando a produção acadêmica, registros de patentes, fatores políticos e econômicos, bem como sua interferência nos fluxos e influxos de royalties na economia nacional e, por conseguinte o impacto econômico do desenvolvimento tecnológico nas divisas brasileiras. Seguindo este objetivo, o estudo aborda as políticas econômicas desde dos governos militares (substituição de importação), legislações ( Lei de Patentes ) e os Investimentos Estrangeiros Diretos (IED) para assim correlacionar as políticas públicas de cada momento da história do país com as curvas de despesa, receita e resultado de royalties e licenças fornecidas pelo Banco Central. Realiza, ainda, breve análise comparativa da evolução quantitativa da pesquisa acadêmica no país através dos anos e o desenvolvimento de tecnologia nacional.

19 7 A discussão sobre a propriedade industrial é antiga. Neste texto pontua as datas mais relevantes, sobretudo quanto à regulamentação da matéria expressa em Convenções Internacionais, posteriormente à Revolução Industrial, e destacando a normativa brasileira. Alguns autores localizam a atribuição de privilégios pela utilização de invenções na Antiguidade e na Idade Média, porém, o estudo destaca o período pós Revolução Industrial pelas novidades da época e a preocupação de tutelar direitos sobre as novas tecnologias. O tema é cada vez mais importante já que está estreitamente vinculado ao desenvolvimento tecnológico em uma sociedade de massas. Nesta perspectiva esta pesquisa analisa os resultados dos royalties e licenças para as divisas nacionais, sobretudo após a aprovação, em 1996, da Lei (Lei de Patentes). 1.2 Justificativa / Marco Teórico Conceitual No Brasil foi aprovada a primeira Lei de Patentes ainda no século XIX (1830), tendo sido o único país da América Latina a assinar a Convenção de Paris (1883). Todavia, somente após vinte e três anos (1990) ratificou a versão mais recente deste tratado (1967) (ver Quadro 1.1). Foi inaugurada a política de substituição e importação que pode ser assim explicada, o Brasil promovia a cópia de produtos de outros países, para então propiciar o desenvolvimento de tecnologia nacional o objetivo era conquistar a independência tecnológica (TEIXEIRA,1997). O programa de substituição de importações era defendido pela CEPAL (Comissão Econômica para América

20 8 Latina), nos anos 50 e 60 para os paises em desenvolvimento. Consistia em propiciar o fomento do setor industrial, produtor de manufaturados, que implicasse em acumulação de capital, com objetivo de desencadear um processo de desenvolvimento econômico auto-sustentável e duradouro (PESSOA,2000). A CEPAL foi criada em 1946 defendendo a autodeterminação no campo da economia, com base em uma política intervencionista por parte do Estado desenvolver a indústria e proteger os insumos. Seu modelo era dual, acreditavam promover um amplo setor econômico modernizado convivendo simultaneamente com o setor agrícola tradicional (NICOLSKY,2002). Pode-se dizer que o governo de Jucelino Kubishek ( ) foi quem mais próximo chegou da aplicação das teses cepalinas. Recorreu largamente a presença estatal (construção de Brasília e das BRs) e acelerou a política da substituição das exportações (atraindo as montadoras de automóvel), promovendo simultaneamente a presença do capital estrangeiro e o crescimento da industria nacional em seu apoio (NICOLSKY,2002). O programa da CEPAL também trazia problemas principalmente quando a distribuição de renda: a taxa histórica de crescimento da agricultura brasileira no pós-guerra tem se situado próxima de 4% ao ano, enquanto para a economia como um todo a taxa média de crescimento tem sido de 6% ao ano. O

21 9 crescimento agrícola, no entanto, apresenta um comportamento mais estável, sempre perto de 4% ao ano, sendo que para a economia em geral esta marca fica entre 5% e 8% ao ano. Como conseqüência, a participação da agricultura na formação da renda nacional caiu de quase 20% para 10% nos últimos 40 anos. Simultaneamente, a população rural passou de 50% para 25% do total entre 1960 e Dessa forma, nos últimos 30 anos a renda per capita do setor agrícola passou de 32% para 40% da renda per capita nacional. Trata-se de evolução insatisfatória quando se considera a extrema desigualdade da distribuição da renda no País em geral e da agricultura em particular. Neste setor, 43% da renda era apropriado pelos 10% mais ricos e 16% pelos 50% mais pobres, em 1990 (PESSOA,2002). Um processo de transformação na tecnologia é apontado por autores que analisam a implementação desta proposta cepalina os anos 60, com uso de fertilizantes e mecanização, significando aumento da produção, e por fim, a utilização de variedades geneticamente modificadas foi a chamada revolução verde. Observe, ainda, no período, o conflito de interesses dos setores urbano e rural. O primeiro reivindicando menores preços, e o segundo maior renda. O Governo buscava não aumentar os preços agrícolas, com o fim de promover ajustamento macroeconômico e estabilização da inflação.

22 10 Para acomodar esses conflitos e neutralizar pressões inflacionárias, o Governo adotou uma política de venda subsidiada de estoques e promoveu proibições e várias barreiras na exportação de produtos agrícolas. Promoveu, ainda, importações nas ocasiões de quebras de safras. Essa política, como se pode constatar posteriormente, foi responsável pela exclusão do Brasil, por muitos anos, do comércio exportador mundial de diversos produtos. (PESSOA,2002). Verifica-se que com o fim dos governos militares no país, em 1985, a política intervencionista foi sendo substituída pela política de inspiração neoliberal cujo teórico de destaque é Milton Friedman (da Escola Monetarista de Chicago). Tal política passa a ser contrária a estatização da economia, defendendo as privatizações, argumentando não só que estas são importantes como fator de diminuição do déficit público, como também um indício de que o país quer globalizar-se. O sistema financeiro internacional encara com maior simpatia os países que adotam políticas de desestatização, pois isto amplia seus mercados de empréstimos e permite a que controlem ações de empresas privatizadas mais promissoras. (NICOLSKY,2002) Ressalte-se que em uma política econômica centralizada e planejada produtos e processos farmacêuticos, químicos e alimentícios eram copiados (substituição de importações). No contexto econômico atual, via de regra, isto não é mais possível, obrigando as empresas copiadoras a desenvolver tecnologia própria para manter a competitividade. A nível macro, se este fato se concretizar (desenvolvimento de tecnologia própria) o país passará a reduzir o pagamento de royalties, assim como terá possibilidade aumentar sua receita quanto aos

23 11 mesmos. É neste contexto que foi discutida e aprovada a nova Lei de Patentes no Brasil: Quadro 1.1 Lei de Patentes no Mundo EUA Lei de Patentes Americana Surgiu com o impulso da industrialização Brasil Primeira Lei Nacional sobre Patentes. Assinatura da Convenção da União de Paris para Proteção França da Propriedade Industrial (criação do Sistema Internacional de Patentes) Itália I Atualização de Paris Bélgica II Atualização de Paris EUA III Atualização de Paris Holanda IV Atualização de Paris Inglaterra V Atualização de Paris Portugal VI Atualização de Paris Suécia VII Atualização de Paris Unificação da classificação dos diversos Bancos de Patentes no Mundo (Classificação Internacional de Estrasburgo Patentes) e estipulado um prazo para entrada do sistema em funcionamento Mundo Entra da do sistema em vigor a nível mundial Brasil Autonomia da tecnologia da informática Nairobi VIII Atualização de Paris Trips Marrakesh Trade-Related Intelectual Propriety Right (Direitos de Propriedade Intelectual vinculados ao Comércio), 127 paises. Lei de Patentes, Lei de Propriedade Industrial Lei Brasil 9279/96 A partir de agora produtos farmacêuticos, alimentícios, biotecnologia e químicos também se beneficiam de patentes. (SALLES,2001)

24 12 Brasil -contexto: Quadro 1.2 Lei de Patentes no Brasil. Brasil suspende patentes para produtos farmacêuticos Brasil (Decreto lei Governo Militar). Política de substituição de exportação Brasil suspende patentes para processos farmacêuticos Brasil (Decreto lei Governo Militar). Sanções comerciais a exportadores brasileiros como EUA retaliação às supostas perdas das empresas com produtos copiados. Plano Real. O crescimento com estabilidade passou a ser a Brasil meta básica das políticas macroeconômicas do Brasil Privatizações no total de US$ 9 bilhões, principalmente nas Brasil 1995 áreas de siderurgia, fertilizantes e petroquímicos. (SALLES,2001) O quadro, portanto, acima sintetiza a histórico normativo das patentes no mundo e no Brasil Metodologia A metodologia a ser utilizada foi organizada segundo uma sistemática que seguiu a seguinte ordem: 1- Pesquisa bibliográfica e levantamento da fundamentação teórica: nesta etapa, inclusive, diversas bibliotecas foram visitadas, houve participação em Congressos e Seminários sobre a temática problematizada esta dissertação.

25 13 2- Estruturação teórica do trabalho: após o levantamento bibliográfico, leitura e análise de diversos pesquisadores, foi possível melhor delimitar o marco teórico conceitual da pesquisa ora realizada. 3- Análise e comparação dos dados levantados para obter correlação teórica nesta epata, uma vez delimitado o marco teórico, passou-se a análise das informações obtidas em instituições públicas de controle de finanças (como Banco Central), e dados registrados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e a realizar a possível correlação destes dados com a teoria estudada.. 4- Análise de resultados: finalmente, com base nos dados e teorias pesquisadas foi possível desenvolver análise crítica do tema, e reazaliar abordagem científica do mesmo; 5- Redação; 6- Apresentação e defesa. Destaco que a pesquisa bibliográfica para esse estudo, além do material acadêmico e dos dados primários junto ao Banco Central, Capes entre outros, focou em debates da academia, setor público e privado com a preocupação da garantia da patenteabilidade e de novas fontes de investimentos para capital de risco utilizado na pesquisa, descoberta e inovação de produtos, tendo como referencia principal o I ENITEC - Encontro Nacional da Inovação Tecnológica para Exportação e Competitividade realizado em junho de 2002.

26 Estrutura do Trabalho introdutório. Este trabalho apresenta-se estruturado em seis capítulos, incluindo este O capítulo dois apresenta uma fundamentação teórica a respeito dos fatores de produção e sua vantagem competitiva. A evolução através dos tempos, uma visão atual desses fatores identificando na história do desenvolvimento das nações a relevância quanto a hegemonia. E ainda aborda a criatividade como fator de produção de tecnologia assim como a questão da proteção da propriedade intelectual e sua relevância ao processo criativo, a dificuldade do pesquisador nacional e práticas vitoriosas entre mercado e pesquisa. No capítulo três a propriedade intelectual é o destaque, principalmente no enfoque quanto a sua proteção jurídica. Conceitos de propriedade intelectual, o que pode e o que não pode ser patenteável, o INPI (Instituto Nacional de Propriedade Intelectual) na transferência de tecnologia e os procedimentos para o depósito de uma patente junto ao instituto. O capítulo quatro, analisa dos dados nos capítulos iniciais, identificando a interferência de cada informação, publicação acadêmica e produção de tecnologia, registro de patentes junto ao INPI com os fluxos e influxos de royalties na economia brasileira. Capítulo cinco são as conclusões e recomendações do trabalho referente a tudo o que foi apresentado. Finaliza o trabalho com as referências bibliográficas.

27 15 CAPÍTULO 2 2- PRODUÇÃO DO CONHECIMENTO Conforme a história do Brasil nos ensina (COTRIN, 1999), a expansão marítima de Portugal e futuramente com a descoberta do Brasil se deve por fatores que ora foram responsáveis e ora foram incentivos a tal empreendimento, destacando a transição do sistema feudal para o capitalismo. No feudalismo, século IX a XIII, se tinha uma sociedade estratificada com difícil mobilidade social, poder descentralizado pelos feudos, uma economia baseada na terra com atividade comercial atrofiada devido a uma produção sem sobras. No século X, com o aumento da população a produção agrícola não consegue suprir a necessidade da população, surgem então os mercadores burgueses pessoas desvinculadas à terra que através do comércio de mercadorias em falta vem atender essa demanda. A partir de então a economia não esta mais restrita à terra, o comércio também ganha a sua importância. Neste momento o poder econômico é exercido pela burguesia e o poder político centralizado nos reis. Tal comércio se intensifica nos séculos XII a XV. Principais produtos eram especiarias (cravo, canela, pimenta, noz, mostarda, gengibre), porcelana, tecidos finos, perfumes, marfin, e ouro provindos da Ásia e África.

28 16 A rota de comércio de tais produtos passava pelo Mar Mediterrâneo e obrigatoriamente por diversos atravessadores que encareciam as mercadorias. Portugal para a Reconquista 1 e inicia-se um período de reorganização interna. Daí alguns fatores favoreceram pioneirismo marítimo de Portugal. Com o poder centralizado a monarquia passou a governar com mais sintonia com os projetos da burguesia, que também queria aumentar seu poder e suas riquezas conseguindo produtos direto do fornecedor. O Mercantilismo 2 assumido por Portugal em que a burguesia e monarquia têm interesses que Portugal busque novos caminhos para obtenção de produtos sem passar pela rota do Mediterrâneo, navegar era preciso, impulsiona Portugal ao desafio marítimo. Portugal tem uma situação favorável pela ausência de guerras enquanto Espanha, expulsão dos árabes, França e Inglaterra, Guerra dos Cem Anos causando atrasos a esses países nas grandes navegações, além disso, a posição geográfica favorável agravada pela crise agrícola, se deu a construção de navios contratando marinheiros italianos especializados. Em 1415 houve a conquista da cidade de Ceuta, importante entreposto comercial ao norte da África. Em 1416, fundou no sul do país um centro de estudos e pesquisas de navegação que ficou conhecido como Escola de Sagres que se tornou o mais avançado centro de estudos de navegação da época. Com esse breve destaque histórico, identificamos alguns fatores conjunturais que impulsionaram Portugal para as grandes navegações que seriam: 1 Movimento dos cristãos contra os mouros (populações mulsumanas originárias do norte da África) (conjunto de populações que atualmente forma o povo árabe, além de etíopes, persas, turcomanas e afegãs) que desde o século VIII, ocupavam a Penísula Ibérica, movimento esse chamado de Reconquista. 2 Mercantilismo considerado o embrião do sistema capitalista que pode destacar três característica: Metalismo acumulação de metais nobres, Balança comercial favorável exportar o máximo possível, Protecionismo intervenção econômica incentivando a produção de artigos que pudessem concorrer vantajosamente no exterior.

29 17 - Crise agrícola - Parada da Reconquista - Centralização do poder - Mercantilismo - Metalismo - Balança Comercial Favorável - Protecionismo - Ausência de guerras - Posição geográfica favorável - Contratação de marinheiros italianos, que trouxeram o conhecimento sobre navegação - Conquista da cidade de Ceuta - Fundação da Escola de Sagres E alguns outros que não podem ser identificados como fatores, como a conquista de Constantinopla pelos turcos 1453 barrando o comércio lusitano pelo mediterrâneo, nesse caso não pode ser o marco para a expansão marítima que já se dava desde antes de 1415 e sim um incentivo. O estudo será direcionado na identificação dos fatores de produção para cada área abordada Os Recursos Econômicos e os Fatores de Produção. Economia é a ciência que estuda a produção, a circulação e o consumo dos bens e serviços que são utilizados para satisfazer as necessidades humanas. (VICENCONTI, 2003).

30 18 Em suas atividades de produção, os sistemas econômicos empregam o trabalho humano, as reservas naturais e recursos instrumentais, mais simplificadamente, capital. Estes últimos permitem um volume de produção maior e mais diversificado, comparativamente a uma situação em que se aplicassem apenas o trabalho humano e as reservas naturais. Uma das bases decisivas para o progresso conseguido pela humanidade, da pré-história aos dias atuais, fundamenta-se, precisamente, na maior disponibilidade e na maior perfeição dos instrumentos com que se realiza a produção. Esses instrumentos são denominados Fatores de Produção. Segundo Rosseti (2000), os fatores de produção são constituídos pelas dádivas da natureza, pela população economicamente mobilizável, pelas diferentes categorias de capital e pelas capacidades tecnológicas. Respectivamente, são as seguintes as denominações usuais desses fatores: Terra ou Recursos Naturais; Trabalho; Capital; Tecnologia. O padrão de vida de uma economia depende da capacidade da economia de produzir bens e serviços. A produtividade, por sua vez, depende da quantidade de capital físico, capital humano, recursos naturais e conhecimento tecnológico disponível para os trabalhadores. (MANKIW, 2001) A atuação em conjunto desses fatores de produção resultam nos padrões de atendimento das ilimitáveis necessidades individuais e sociais. Uma forma de visualizar esses fatores de produção é a forma de como são remunerados pelo

31 19 seu uso: (ver Quadro 2.1). Os itens a seguir explicam mais detalhadamente cada um desses fatores. Quadro 2.1 Fator de Produção e Remuneração. FATOR DE PRODUÇÃO REMUNERAÇÃO - Trabalho - Salário - Capital Físico - Aluguel - Capital Financeiro (de terceiros para comprar capital físico) - Juros - Capital de risco (ou de investimento, capital para comprar - Lucro capital físico próprio) - Recursos Naturais - Aluguel - Capacidade Tecnológica - Royalties - Capacidade Empresarial - Lucro (GOIS, 2001) O Fator Terra Segundo Viceconti, (2003), são considerados recursos naturais somente os elementos da natureza suscetíveis de serem incorporados às atividades econômicas. O volume desses recursos depende, entre outros fatores, da evolução tecnológica. Assim, um recurso mineral numa grande floresta cuja exploração é inviável por não existir um meio de transporte adequado para levá-lo aos grandes centros consumidores não faz parte do estoque de recursos naturais (não é fator de produção) da economia. Segundo Umbreit, (UMBREIT et al, 1957), as reservas naturais adquirem significação econômica e se incorporam aos estoques efetivos de recursos à medida que o desenvolvimento da ciência e da técnica torne possível sua utilização. Com o passar do tempo, o homem modifica sua disponibilidade de recursos naturais pela descoberta de novos usos para materiais que, antes,

32 20 tinham pequena ou nenhuma significação econômica para ele. Alguns dos elementos que agora incluímos entre os recursos essenciais eram, outrora, de pequena importância. De acordo com Kindleberger (1967), quando o estado tecnológico se altera pela inovação, as características econômicas e, muitas vezes, também físicas, de dado recurso natural podem igualmente alterar-se. Atualmente não se está dando tempo para que os recursos naturais renováveis se renovem. Segundo Schmidheiny (1992), estamos vivendo mais das dotações do planeta do que de seus rendimentos. O uso excessivo ou o mau uso dos recursos naturais leva à perigosa poluição do ar, das águas e dos solos. A economia atual deve conduzir a modelos de desenvolvimento sustentável, ou seja, satisfazer as necessidades presentes sem comprometer a capacidade das futuras gerações atenderem às suas demandas O Fator Trabalho Segundo Viceconti (2003), é considerada, como fator de produção trabalho, a população economicamente ativa (PEA) da sociedade. Para se definir PEA, é necessário entender como é dividida a população total de um país. (ver Quadro 2.2). Quadro 2.2 O fator trabalho: conceito e caracterização. População Total População não mobilizável População economicamente economicamente mobilizável População População Porção préprodutivprodutiva Porção pós- economicamente economicamente ativa inativa Fonte: Rosseti 2000.

33 21 A população total é constituída pelo quadro demográfico que habita o país, inclui as imigrações líquidas de outros países. Organiza-se e se movimenta no espaço territorial em funções de fatores históricos e culturais, atraído pelas potencialidades de reservas naturais e pela decorrente concentração das atividades econômicas. A população não mobilizável economicamente é a parcela da população total não mobilizável para o exercício de atividades econômicas. Divide-se em duas porções: Porção pré-produtiva: potencialmente mobilizável no futuro, mas situada em faixas etárias inferiores à de acesso ao trabalho, Porção pós-produtiva: constituídas por faixas etárias avançadas, que já deixaram as atividades formais de produção. A população economicamente mobilizável é a parcela da população total apta para o exercício de atividades econômicas. A maior parte desse subconjunto é economicamente ativa; parte genericamente inferior é constituída por inativos: População economicamente ativa: constitui-se por empregadores, empregados e autônomos (que trabalham por conta própria). A aptidão e a capacitação para o exercício de atividades produtivas são definidas por parâmetros como herança cultural, grau de instrução e sanidade física e mental. Este subconjunto, em relação ao contingente economicamente mobilizável, varia em função de fatores sazonais e conjunturas. População economicamente inativa: é formada pelo subconjunto da população economicamente mobilizável, apta para o exercício de atividades produtivas, mas que se encontra inativa ou que se dedica a ocupações que

34 22 não se consideram para a avaliação do produto agregado. A inatividade, a desocupação ou o desemprego decorrem não apenas de fatores conjunturais e sazonais, mas ainda de condições estruturais ou, mesmo, de escolhas individuais. O desemprego pode ser, portanto, subclassificado em involuntário ou voluntário. A Figura 2.1 Resume da configuração convencional do trabalho. População não mobilizável economicamente Porção pós-produtiva Porção pré-produtiva População total População economicamente mobilizável População economicamente ativa Empregadores Empregados Autônomos População economicamente inativa Desempregados involuntários Desempregados voluntários Figura 2.1 Resumo da configuração convencional do fator trabalho.

35 O Fator Capital Segundo Viceconti e Neves (2003), o fator de produção capital corresponde ao conjunto dos edifícios, máquinas, equipamentos e instalações que a sociedade dispõe para efetuar a produção. Este conjunto denomina-se estoque de capital da economia. Quanto mais bens de capital dispuser a economia, mais produtiva ela será (ou seja, mais bens e serviços poderá produzir). são: De acordo com Rosset (2003) principais categorias do estoque de capital Infra-estrutura econômica: Energia: Unidades de Geração; Linhas de Transmissão; Sistemas de distribuição; Telecomunicação: Equipamentos instalados; Satélites em operação; Transportes: Ferrovias; Rodovias; Aeroportos; Estruturas portuárias; Hidrovias. Infra-estrutura social: Sistemas instalados de saneamento básico; Sistemas instalados de potabilização das águas;

36 24 Sistemas destinados a suprimentos de interesse predominantemente social: Educação e cultura; Saúde; Esportes; Lazer; Segurança. Construções e edificações: Das administrações públicas; De uso militar; De fábricas; De uso comercial; De uso residencial. Equipamentos de transporte: Locomotivas e vagões; Embarcações; Aeronaves; Caminhões/ônibus/utilitários. Máquinas, equipamentos, instrumentos e ferramentas: Utilizadas em atividades extrativas; Utilizadas na indústria de transformação; Utilizadas na indústria de construção; Utilizadas em atividades de prestação de serviços públicos e privados. Agrocapitais:

37 25 Culturas permanentes implantadas; Plantéis animais: De tração; De reprodução; Instalações rurais: Currais e cercas; Açudes e outros sistemas de disponibilização de águas; Edificações rurais; Implementos, equipamentos e ferramentas rurais. Portanto, segundo Rosseti (2003), a infra-estrutura econômica é constituída por três grupos de capitais fixos, envolvendo os sistemas instalados de geração, transmissão e distribuição de energia, de telecomunicações e de transportes, em todas suas modalidades. Aos equipamentos básicos desses grupos, somam-se a infra-estrutura social, constituídas pelos sistemas instalados de saneamento básico, de potabilização das águas e de suprimentos de interesse social, como educação e cultura, saúde, esportes, lazer e segurança. Além dos equipamentos infra-estruturais, os estoques de capital fixo imobilizado também incluem as construções, agrupáveis segundo suas principais destinações. São também bens de capital todos os equipamentos de transporte empregados no processo de produção. Por fim, incluem-se também nos estoques de capital da sociedade os agro-capitais.

38 O Fator Tecnologia Segundo Rossetti (2003) a capacidade tecnológica é constituída pelo conjunto de conhecimentos e habilidades que dão sustentação ao processo de produção, envolvendo desde os conhecimentos acumulados sobre as fontes de energia empregadas, passando pelas formas de extração de reservas naturais, pelo seu processamento, transformação e reciclagem, até chegar à configuração e ao desempenho dos produtos finais resultantes. Esse fator de produção envolve todo o processo produtivo, em todas suas etapas Conceitos Alguns conceitos devem ser considerados no estudo da tecnologia e conhecimento. Segundo o Dicionário Aurélio: Inovar v.t.d. 1. Renovar. 2. Introduzir novidade em. Descobrir v.t.d. 4. Inventar, ou atestar, pela primeira vez, a existência ou a ocorrência de: descobrir uma vacina. 5. Achar, encontrar. Inédito adj. 1. Não publicado ou não impresso. 2. Fig. Nunca visto; incomum. Com isso Nicolsky (2002) esclarece diferenças entre descoberta e inovação: (ver Quadro 2.3).

39 27 DESCOBERTA Quadro 2.3 Descoberta X Inovação. INOVAÇÃO - Descoberta Científica & Tecnológica: ato acadêmico realizado no ambiente universitário para formar recursos humanos qualificados e gerar novos conhecimentos publicáveis - InovaçãoTecnológica(IT): ação econômica executada num cenário de produção, para elevar a competitividade, a parcela de mercado e a lucratividade do produto, e é protegida por patentes - Pesquisa científica ou tecnológica: a procura de novos conhecimentos ou o estudo de suas aplicações, motivado pela curiosidade do próprio pesquisador - Pesquisa inovativa: a busca permanente de inovações, utilizando-se conhecimentos existentes, para atender à demanda de usuários/consumidores - Maturação: em geral, de 10 a 30 anos, e até mais - 5% das patentes dos EUA, e zero nos países emergentes Fonte: Nicolsky (2002) - Maturação: em geral, rápida, por vezes até imediata - 95% das patentes dos EUA, 100% nos países emergentes A capacitação tecnológica, como mostra a Quadro 2.2, é obtida primeiramente através da capacitação para a pesquisa e desenvolvimento (P&D). Posteriormente pela capacitação para desenvolver e implantar projetos, de novos processos ou de novos produtos. Esse momento marca a passagem da invenção à inovação. E, por último, a capacitação para operar as atividades de produção propriamente ditas.

40 28 P&D Pesquisa e Desenvolvimento Projetos Novos Processos Novos Produtos Operações das atividades de produção Invenção Inovação Figura 2.2 Processos da Capacitação Tecnológica De acordo com Mankiw (2001), o conhecimento tecnológico assume várias formas. Parte da tecnologia é conhecimento comum, ou seja, depois de utilizado por alguém, todos se tornam conscientes do mesmo; Outras tecnologias são proprietárias, isto é, só são conhecidas pelas empresas que as descobrem. Um exemplo de tecnologia de conhecimento comum pode ser observado através da utilização da produção em linhas de montagem, criada por Henry Ford e, posteriormente, copiada por outros fabricantes de automóveis. Em relação às tecnologias privadas pode-se citar a Coca-Cola, apenas ela conhece a receita do famoso refrigerante. Há ainda tecnologias que são proprietárias apenas por um curto espaço de tempo, por exemplo, quando uma empresa farmacêutica descobre uma nova substância, o sistema de patente lhe dá um direito temporário de exclusividade sobre a fabricação dessa substância. Quando a patente expira, contudo, as demais empresas podem fabricar a substância.

41 29 As fontes e os resultados aparentes do processo de desenvolvimento tecnológico estão apresentados na Quadro 2.4. Quadro 2.4 Fontes e resultados aparentes do processo de desenvolvimento tecnológico FONTES RESULTADOS APARENTES Gastos com P&D Número de Inovações Número de instituições envolvidas com P&D Número de pessoas envolvidas com atividades de P&D Invenções Patenteadas Contratos de licenciamentos firmados introduzidas no mercado Velocidade de mudança nos materiais, processos e produtos Inovações e mudanças efetivamente assimiladas Número de pedidos de registro de patentes no INPI Números de contratos (INPI/BC) Nas economias modernas, as inovações multiplicam-se e a velocidade de mudança tecnológica acelera-se seja como resultados de desenvolvimentos próprios, seja pela absorção de capacidade externa. Mas nem todas as inovações e mudanças são assimiladas, as reações dos usuários é que validam ou não os novos desenvolvimentos levados ao mercado. (Rossetti, 2003) Um estudo realizado por Booz, et al (1992) nos Estados Unidos, evidenciou que para se chegar a uma inovação, descartam-se seis entre sete pesquisas desenvolvidas. Ainda assim, o êxito com inovações é estimado em 65%. Segundo Rosseti (2003), os avanços assimilados e incorporados ao acervo da capacidade tecnológica das nações acompanham, em trajetória paralela, os processos de modernização dos bens de capital, bem como os de formação de recursos humanos, dando-lhes aptidão para empregarem as máquinas,

42 30 ferramentas, implementos instrumentos mais avançados. Assim é que as revoluções científico-tecnológicas e as de conhecimentos e técnicas incorporadas aos processos de produção ocorrem paralelamente. Elas caracterizam-se por ondas que se auto-expandem, abrangendo gradualmente todos os setores de atividades e estendendo-se a todas as manifestações da vida em sociedade. Propagam-se e envolvem as formas como se exteriorizam as relações de produção, as transações empresariais e até os meios pelos quais se expressam e se intercomunicam os mecanismos institucionais da sociedade. O estudo formulado por Schumpeter melhor traduz esses ciclos conhecidos como ciclos econômicos. Fonte: Innovation in Industry Survey, The Economist, 20 February 1999 Figura Os ciclos econômicos formulado por Schumpeter

43 Processo de Produção de Tecnologia Desde o início dos tempos modernos muitas foram as mudanças nas formas de desenvolvimento do capitalismo. Grandes unidades industriais, trabalho organizado de forma parcelar, rígida e visível hierarquia, legislação social, que foram as marcas do capitalismo a partir do pós-guerra, vêm cedendo espaço para um novo modelo de acumulação (terra, trabalho, capital, conhecimento). Chegamos neste início de século vivenciando dois movimentos simultâneos, um de globalização de tecnologias e finanças, em uma complexa rede internacional, e outro de fragmentação ou desintegração social no âmbito de uma mesma região, representado pelos nacionalismos, pela exclusão de grupos sociais. Setores da sociedade em diferentes países partilham de um modo de vida semelhante, ao mesmo tempo em que aumentam as diferenças sociais entre diferentes grupos de uma mesma região. Tão forte tem sido o nível de exclusão social que cada vez mais, as sociedades contemporâneas têm sido pressionadas a enfrentar um duplo desafio: distribuir a força de trabalho entre os processos e atividades concretas de produção, e distribuir os frutos deste trabalho entre empregados e não empregados (HARVEY, 1989; LIPIETZ, 1991; MATTOSO, 1995). Afinal, as taxas de crescimento da produtividade do trabalho têm ficado acima das taxas de crescimento da produção, o que faz com que a força de trabalho (superabundante face à revolução tecnológica) não seja, necessariamente, empregada quando da expansão da produção.

44 32 Muitos têm apontado o século XXI como o século da informação e do conhecimento, com possibilidades de mudanças estruturais constantes, que se tem denominado de terceira onda. A introdução do termo onda, entre os termos para a análise de tendências, deve-se a Alvin Toffler, citado por RODRIGUES (2000), em sua obra A Terceira Onda. O autor definiu a primeira onda como o surgimento da agricultura, provavelmente à a.c.. Está onda começou a perder sua força no século XVII, quando teve início a segunda onda. Hoje apenas algumas pequenas comunidades da África ou América da Sul, ainda vivem da agricultura. A segunda onda foi reforçada pela Revolução Industrial e permaneceu influente até o final da década 50. O final da segunda onda e início da terceira, dou-se em momentos distintos nas grandes potências. A terceira onda surge com grandes e profundas mudanças em todas as áreas de atuação humana. Esta onda cria uma nova civilização e traz novos estilos de vida, política, trabalho, economia, entre outros. Na terceira onda, as organizações dão mais ênfase a contabilidade social, valorização de equipes, estruturas organizacionais flexíveis e seus negócios passam a ser vistos como produtores de efeito moral. O sistema de autoridade é democrático, participativo e a visão do chefe tradicional cede lugar, a um instrutor e facilitador A maioria das organizações hoje existentes são de segunda onda, centralizadas, hierárquicas e inflexíveis. O modelo organizacional da segunda onda tem como base o modelo militar. A passagem da segunda para a terceira onda exige do meio organizacional uma radical mudança de consciência.

45 33 A quarta onda, a visão de alguns especialista, em particular MAYNARD & MEHRTENS (1994), citado por RODRIGUES (2000), surge no início dos anos 80, momento em que a terceira onda diminuí sua intensidade. A organização da quarta onda se estruturará segundo um modelo comunitário, com base em uma consciência global e não terá o caráter só manufatureiro, mas também, será voltada para a solução dos problemas globais. Entre seus princípios básicos, constam as seguintes políticas: Promover a evolução intelectual e ter a concorrência como meio de vencer para servir ao global; Sua principal missão será a identificação de necessidades e expectativas dos cidadãos do globo; Reconhecer e capitalizar as vantagens de uma organização global comprometida com o social e ambiental; Pensar globalmente e agir locaimente. A tecnologia apropriada dependerá de algumas variáveis, onde as mais significativas são: o tamanho da população; os níveis educacionais; as estruturas sociais; o tipo de mão-de-obra disponível; condições de mercado; recursos; infraestrutura e principalmente os valores. O desenvolvimento tecnológico na quarta onda está repleto de aspectos morais e filosóficos. A quarta onda trará como tecnologias principais a biotecnologia, como a engenharia genética. O poder, destas tecnologias, é infinito e seus impactos sociais, econômicos e políticos ainda não são previsíveis. A biopolítica é outro conceito que os autores de quarta onda têm utilizado, e refere-se a capacidade do homem de realizar mudanças nos sistemas vivos. Uma conseqüência da biopolítica, seram o colapso do privativo. Os conceitos tradicionais de público e privado são questionados e o privado será um bem público. O principal ator da bipolítica global será os negócios, que terão como preocupações básicas o social e a preservação e recuperação do ambiente.

46 34 Caracterizam, a terceira onda, eram a descentralização e empowerment, a valorização do indivíduo e da qualidade de vida, assim como a ascensão do capital intelectual e intensificação do trabalho sem vínculo de emprego. Os avanços da tecnologia, vêm permitindo o que se poderia denominar de virtualização do mundo. No campo do trabalho diversas propostas que buscam se contrapor ao clássico trabalho regulamentado pela lei, com projetos de flexibilização dos direitos já existentes, ou mesmo de desregulamentação pura e simples. Esta flexibilidade se apresenta de diversas formas: quanto à produção, vemos uma flexibilização na tecnologia, na organização da produção e das estruturas institucionais, maior uso da terceirização; quanto aos mercados de trabalho, a flexibilização é vista com relação às qualificações e práticas de trabalho, expressando-se principalmente no aumento de rotatividade da mão-deobra, na expansão do trabalho contratado por meio período, por prazo determinado. Somados aos excluídos e marginalizados no mercado, como imigrantes, mulheres, jovens. Os quadros abaixo sintetizam de forma esquemática as diferenças entre fordismo, que representa a rigidez normativa da segunda onda, com organizações produtivas centralizadas, hierárquicas e inflexíveis (tem como base o modelo militar), e pós fordismo, representante da flexibilidade trazida pela quarta onda(gabrich, 1996)

47 Processo de Produção Quadro 2.5 Processo de Produção Fordista X Produção Just-in-time Produção fordista (baseada em economias de escala) Produção just-in-time (baseada em economia de escopo) 1- produção em massa de bens 1 produção em pequenos lotes homogêneos 2 produção flexível e em pequenos 2 uniformidade e padronização lotes de uma variedade de tipos de produto 3 grandes estoques e inventários 3 sem estoques 4 testes de qualidade export 4 controle de qualidade integrado ao (detecção tardia de erros e produtos processo (detecção imediata de erros) defeituosos) 5 produtos defeituosos ficam 5 rejeição imediata de peças com ocultados no estoque defeito 6 perda de tempo de produção por 6 redução do tempo perdido, causa de longos tempos de preparo, reduzindo-se a porosidade do dia a peças com defeito, pontos de dia de trabalho estrangulamentos nos estoques etc... 7 voltada para recursos 7 voltada para a demanda 8- integração vertical e (em alguns 8 integração (quase) vertical, casos) horizontal subcontratação 9 redução dos custos através do 9 aprendizagem na prática integrada controle dos salários ao planejamento a longo prazo (HARVEY, 1989)

48 Trabalho Quadro 2.6 Trabalho na Produção Fordista X Produção Just-in-time 1 realização de uma única tarefa pelo trabalhador 1 múltiplas tarefas 2 pagamento pro rata (baseado em critérios da definição do emprego) 2 pagamento pessoal (sistema detalhado de bonificações 3 alto grau de especialização de tarefas 3 eliminação da demarcação de tarefas 4 pouco ou nenhum treinamento no trabalho 4 longo treinamento no trabalho 5 - organização vertical do trabalho 5 organização mais horizontal do trabalho 6 nenhuma experiência de aprendizagem 6 aprendizagem no trabalho 7 ênfase na redução da responsabilidade do trabalhador (disciplinamento da força de trabalho) 7 ênfase na co-responsabilidade do trabalhador 8 nenhuma segurança no trabalho 8 grande segurança no emprego para trabalhadores centrais (emprego perpétuo). Nenhuma segurança no trabalho e condições de trabalho ruins para trabalhadores temporários

49 Espaço Quadro 2.7 Espaço na Produção Fordista X Produção Just-in-time 1 especialização espacial funcional (centralização/descentralização) 1 agregação e aglomeração espaciais 2 divisão espacial do trabalho 2 integração espacial 3 homogeneização dos mercados regionais de trabalho (mercados de trabalho espacialmente segmentados) 3 diversificação do mercado de trabalho (segmentação interna do mercado de trabalho) 4 distribuição em escala mundial de componentes e subcontratantes 4 proximidade espacial de firmas verticalmente quase integradas Com o regime pós-fordista de acumulação surge uma tendência de reaglomeração econômica. É notável a desconcentração do espaço físico da produção. A informática permite que inúmeras empresas, pequenas e médias, se relacionem entre si. Um automóvel, por exemplo, pode ser produzido em diferentes partes do planeta. No entanto, esta constatação não impede uma outra: qualificação e desqualificação do trabalhador são duas paralelas cada vez mais presentes no universo dos países capitalistas. Com a automação surge a figura do trabalhador vigilante, do técnico de manutenção, do controlador de qualidade, coordenadores técnicos, expressando um claro processo de intelectualização do trabalho em diversos ramos produtivos. De outro lado, em decorrência do advento dos trabalhadores multifuncionais (toyotismo), está havendo a desqualificação/desespecialização do trabalhador industrial do fordismo, bem

50 38 como um processo de subproletarização visto nos trabalhos temporários, subcontratados, terceirizados (HARVEY, 1989, MATTOSO, 1995). A perspectiva de especialização flexível aponta para a formação de um trabalhador mais escolarizado, participativo e polivalente (em contraposição aos trabalhadores especializados e desqualificados da produção fordista). Este segmento de trabalhadores uma pequena elite poderia inclusive conquistar melhores condições de trabalho, uma certa garantia no emprego, ou mesmo uma elevação de seu nível salarial, ampliar a negociação coletiva (em nível de empresa) e, ainda, assegurar seu novo caráter polivalente, com educação e treinamento permanentes(mattoso,1995). Estes novos empregos flexíveis por si próprios não são geradores de grandes insatisfações em termos de direitos trabalhistas, podendo mesmo ser benéficos muitas vezes para o empregado inserido no grupo mais permanente(harvey,1989). Neste contexto, de valorização do trabalho intelectual alguns aspectos são destacados, tais como a diferenciação pela inovação, a globalização da concorrência, aumento da informalidade, além da produção de produtos com menor ciclo de vida, padronizados. Estas tendências desencadeiam as mudanças na competição, nos mercados, produtos, e na estabilidade das relações e das organizações. São fenômenos da vida moderna a aceleração do tempo; o encurtamento do espaço; o aumento significativo da quantidade de informações disponíveis; produção de conhecimento novo escrito tem duplicado a cada ano. Vale lembrar que aproximadamente 80% dos produtos e serviços que existem hoje não existiam no início dos anos 50. Cerca de metade dos produtos e serviços

51 39 que serão fabricados e consumidos em 2010 ainda não foram criados (LONGO,1999) O impacto da tecnologia da informação na sociedade Sociedade do Conhecimento Alguns Fatos O Palm top : tem mais memória que toda a capacidade de memória existente em Computadores, vezes mais baratos que há 30 anos. Só para comparar se o Mercedes classe A tivesse a mesma evolução: hoje custaria U$ 2, andaria na velocidade do som (LONGO,1999). Schumpeter (apud The Economist Newspaper,1999) enumera dentre as razões para as empresas inovarem a obtenção de receitas extraordinárias - as receitas extraordinárias são decorrentes de vantagens de custos ou de posições monopolistas que as empresas tenham sobre as suas competidoras. Outros autores, como Porter, enfatizam a busca de vantagens competitivas: as empresas inovam para defender sua posição competitiva e para obter vantagens competitivas sobre os seus rivais (LONGO, 1999). Os países devem preparar-se para aproveitar as denominadas Janelas de Oportunidade : os governos entendem que o crescimento econômico está associado à capacidade dos países aproveitarem-se das ondas tecnológicas e darem saltos competitivos. Chris Freeman e Carlota Perez, analisando o estudo das ondas de Schumpeter, definem a janela de oportunidade como um momento especial e

52 40 propício para que países em desenvolvimento promovam saltos competitivos na transição de uma era tecnológica para outra. Tentando entender os efeitos de progresso tecnológico em relação ao crescimento da econômica o estudo dos ciclos econômicos desenvolvidos por Joseph Schumpeter explica a questão da destruição criativa e foi associado aos ciclos industriais dos anos como um dos mais longos (Quadro 2.3). Nesta perspectiva, o estudo de Schumpeter mostra que constantemente o equilíbrio de uma economia saudável era rompido freqüentemente por uma inovação tecnológica (The Economist Newspaper,1999). Carlos Américo Pacheco, Secretário Executivo do Ministério da Ciência e Tecnologia, em seu trabalho Políticas de Inovação para a Competitividade e a Lei de Inovação, analisando o contexto geral de ciência e tecnologia elencou aspectos fortes e fracos pertinentes: PONTOS FORTES e FRACOS (PACHECO,2002) PONTOS FORTES: Robusto sistema universitário e de pós-graduação Conjunto respeitável de instituições de pesquisa Grande crescimento da produção científica (Quadro 2.5) Grande abrangência das competências científicas PONTOS FRACOS: Limites para tecnologia em produtos e processos C&T&I secundários no desenvolvimento Pequeno esforço privado (patentes) (Figura 2.7) Fragmentação e baixa coordenação das atividades Número de Alunos Titulados no Mestrado e Doutorado,

53 (*) Mestrado Doutorado Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC). Figura Número de Alunos Titulados no Mestrado e Doutorado Artigos publicados em periódicos internacionais , ,4 0 1, , , ,6 0 0, , Fonte: Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes) do Ministério da Educação (MEC). Figura Artigos publicados em periódicos internacionais 0,0 0

54 42 Do mesmo modo, sistematizou as tendências internacionais das políticas de ciência, tecnologia e inovação: comprometimento com o financiamento público incentivos para a colaboração entre empresas apoio público à P&D e à inovação ênfase na comercialização dos resultados da pesquisa centros de excelência (cooperação universidade e empresas) atenção a novas áreas do crescimento empreendedorismo e promoção de novas empresas ênfase na colaboração público/privado e na formação de redes mobilidade de pesquisadores e flexibilidade institucional avaliação dos resultados e impactos das políticas Podemos destacar, de acordo com Mauro Marcondes Rodrigues(2002), os seguintes cenários referentes a produção de ciência e tecnologia: Cenário Anterior Cultura passada de inflação e juros elevados Cultura passada de mercado fechado As empresas não desenvolveram uma cultura de inovação A quase totalidade dos recursos de pesquisa se concentrou nas instituições públicas (Figura 2.6) As Instituições de Pesquisa não estiveram expostas a demandas pelo setor produtivo Dispêndios em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D)Distribuição % Por Setor - Dados Preliminares 1999

55 43 Setor Empresarial 37,6% Govern importante incentivar os Figura Dispêndios em Pesquisa o 62,5% e Desenvolvimento (RODRIGUES, 2002). Estados a investirem nessa Comparando a capacidade de produzir inovação tecnológica área. (RODRIGUES,2002). Distribuição dos Ciêntistas e Engenheiros em P&D no Brasil (1996) e na Coréia do Sul (1997) Estadual 22,8% Federal 39,7% O governo federal responde por 40% do que se gasta em pesquisa e desenvolvimento no Brasil. Além de ampliar o esforço do setor privado - inclusive com estímulos - é também Cientistas e Engenheiros Empresas Universidades Institutos Brasil Coréia Figura Distribuição dos C&E em P&D no Brasil e na Coréia do Sul (RODRIGUES, 2002) Cenário Atual Positivo para Inovação Estabilidade e economia aberta

56 44 Competição centrada na capacidade de inovar Sistema organizado de pesquisa científica e tecnológica - o País dispõe de massa crítica pelo continuado esforço em pesquisa científica e tecnológica e na formação de profissionais qualificados Estado brasileiro reforça seus instrumentos de apoio ao desenvolvimento científico e tecnológico. Destaque-se que inovação é um termo econômico e social. Seu critério não é ciência ou tecnologia, mas uma mudança no ambiente econômico e social, uma mudança no comportamento das pessoas, como consumidor ou produtor (DRUCKER, 1974). O sucesso do processo inovador segundo Carlos Henrique de Brito Cruz delimita a participação dos atores no processo e pode ser traduzido pelas seguintes máxima: Quem lidera a atividade de inovação é sempre a empresa. Quando o negócio é educação e avanço da ciência, aí o centro é a universidade. Fazer inovação tecnológica significa ter cérebros dentro das empresas para pensar nisso. Um ambiente adequado significa estabilidade na economia, proteção da propriedade intelectual e apoio do estado - às vezes até por meio de subsídios para que as empresas possam fazer atividades exploratórias. Inovação é a criação de um produto ou de um processo melhor através da criação de valor pela exploração de alguma forma de mudança, a saber: técnica, materiais, preços, taxação, demografia e até geopolítica (The Economist Newspaper,1999).

57 45 A inovação trata de pesquisa, descoberta, experimentação, desenvolvimento, imitação e adoção de novos produtos, de novos processos de produção e novas formas organizacionais. A mudança tecnológica é uma forma criativa no crescimento das corporações e ao mesmo tempo é uma força destrutiva que torna as corporações vulneráveis à concorrência. Inovações tecnológicas referem-se à utilização do conhecimento sobre novas formas de produzir e comercializar bens e serviços. Inovações organizacionais referem-se à introdução de novos meios de organizar empresas, fornecedores, produção e comercialização de bens e serviços. Ambas são complementares(mariano, 2004). Segundo Wladimir Longo (1999) a importância da inovação a nível macro é fator dominante do crescimento econômico e dos padrões de crescimento do comércio. A nível micro amplia a capacidade de absorver e usar o conhecimento novo tanto organizacional quanto tecnológico. As estratégias corporativas - visão de longo prazo; habilidade para identificar e se antecipar as tendências do mercado; determinação e habilidade para coletar, processar e assimilar informações tecnológicas e econômicas e os obstáculos à inovação são os principais fatores que influenciam a inovação na empresa (MARIANO, 2004) Interessante, também, realizar neste capítulo um enfoque sobre a relevância de uma tutela eficiente da propriedade intelectual nos países em desenvolvimento, enquanto importante contribuição tanto para a difusão de tecnologia, como para traçar padrões de atividade nas empresas, poder público, pesquisas universitárias (SHERWOOD, 1992).

58 46 Uma economia baseada no conhecimento, economia globalizada, implica em grande transformação das nações e regiões globais. Ao longo da história os grandes avanços tecnológicos estabeleceram as diferenças entre as nações e regiões globais. Atualmente as regiões ou nações que forem capazes de transformar o conhecimento (de indivíduos) em capital intelectual e valor de mercado estarão dando as cartas na composição da economia mundial do século XXI. Os modelos metodológicos de desenvolvimento, no mundo todo, tendem a mudar, assim, passou-se de um modelo de desenvolvimento tradicionalmente baseado em investimentos estatais intensos e estímulos a alguns segmentos da economia para modelos de desenvolvimento baseados em programas e estratégias focadas em demandas e oportunidades atuais e futuras, inclusive de natureza regional, com ênfase nos seguintes pontos: 1- desenvolvimento de uma base científica e tecnológica sólida; 2- promoção do empreendedorismo e a inovação tecnológica nas empresas; 3- incentivos a difusão da inovação tecnológica e a incorporação dos seus benefícios na economia e na qualidade de vida da população e as empresas mais competitivas. Algumas ações são importantes, tais como: fortalecimento das instituições de ensino e pesquisa, para a geração de profissionais capacitados para o mercado, geração de conhecimentos científicos, tecnologia e soluções tecnológicas focados nas demandas atuais e futuras das empresas/mercado ou realizado nas próprias empresas.

59 47 Tais ações levam ao desenvolvimento de empresas mais competitivas e promoção do empreendedorismo e da inovação tecnológica nas empresas. Vale destacar a proteção adequada da propriedade intelectual pode resultar em transferência de custos associados ao desenvolvimento tecnológico do setor público para o setor privado da economia. Como aponta Sherwood: As empresas privadas ganham a opção de se ocupar de programas de pesquisas sérios e intensivos. O papel do governo pode mudar de um grande realizador de pesquisas tecnológicas para um prestador de serviço de extensão, como se faz para o setor de agricultura, até nos Estados Unidos. Isto não irá reduzir o papel do governo de incentivar a investigação de ciências básicas, embora o aumento do interesse dos grupos privados em pesquisas universitárias de ciência pura.(sherwood, 1992) É interessante refletir sobre o sistema de proteção a propriedade industrial e sua relação com a possibilidade de mudanças na forma de operar das empresas privadas, sendo possível, segundo Sherwood, observar inclusive mudanças nos padrões de treinamento interno empregados mais antigos, que ocupam função técnica podem trocar conhecimentos com empregados mais recentes com formação universitária. O trabalho em equipe resta mais eficiente que o esforço individual, e a empresa pode obter melhor produtividade com este diálogo entre empregados com diferentes formações e experiências técnicas e científicas. Ocorre, ainda, o fortalecimento dos vínculos entre empresas e universidades, como já ocorre em algumas universidades norte americanas.

60 48 Neste tipo de ambiente, se criam mais facilmente às pequenas empresas baseadas em tecnologia nova, que podem ser as sementes de grandes companhias. São empregadores importantes e unidades de difusão da tecnologia e da inovação. E tem a vantagem de ser mais adaptável que as empresas de grande porte. O sistema bancário aprende a emprestar para negócios baseados em ativos da propriedade intelectual. A fonte privada de financiamento pode conhecer melhor o componente tecnológico de empresas iniciantes baseadas em tecnologia, na hora de decidir sobre o investimento. O custo do governo com financiamento da base tecnológica do país pode ser transferido para a iniciativa privada. A oportunidade de tomar decisões de investimentos mais bem fundadas tornam-se uma realidade, podendo atrair mais recursos privados para este tipo de negócio (SHERWOOD, 1992). Muda também a opinião no exterior os que estão interessados no potencial de investimento do país, tanto para transferência de tecnologia como para geração do produto, podem participar da confiança que é a dada por um sistema fortalecido de propriedades intelectual. O sistema informal (grapevine) de informações entre empresas internacionais é altamente eficiente em transmitir a

61 49 notícia da mudança de uma proteção fraca para uma forte. O país que promove tal mudança pode estar certo de receber uma publicidade gratuita, quase instantânea que chega exatamente aos centros de decisão das grandes empresas com potencial para concretizar seus interesses. A noticias dos planos do México de modernizar seu sistema de propriedade intelectual anunciada, alcançou todas as grandes empresas do mundo. O autor conclui pela análise deste processo, que pressupõe confiança na tutela da propriedade intelectual, que pode haver um direcionamento de maior volume e recursos para atividade produtiva. Para Sherwood no Brasil os padrões observados são típicos de inúmeras nações em desenvolvimento. Por fatores ideológicos e institucionais é comum que países em desenvolvimento resistam alterações na sistemática de proteção da propriedade intelectual, mesmo quando demonstrados os benefícios econômicos, conforme ressalta Carlos Primo Braga (apud SHERWOOD, 1992). É lenta a conscientização sobre o tema da propriedade intelectual mais ainda se considerarmos que poucos têm noções sobre para que serve a proteção da propriedade intelectual. Sherwood, em contato com diversos empresários, pesquisadores universitários colheu depoimentos que segundo ele pareciam baseados em conhecimentos incompletos ou incorretos do assunto. Muitas pessoas no Brasil entendem que contamos com um sistema de propriedade intelectual adequado, mesmo observando a existência de lacunas (não havia no país proteção para as patentes farmacêuticas). O Brasil é signatário da Convenção de Paris e tem um código de proteção industrial, dentre outros dispositivos legais tutelares da propriedade intelectual. Entretanto o autor enfatiza a necessidade de um enfoque que considere a confiança que os interessados têm na eficácia desta proteção legal (SHERWOOD, 1992).

62 50 Destaca, ainda, Sherwood que é importante que a comunidade empresarial tenha uma assessoria jurídica capaz de contribuir na formalização de propostas de políticas públicas sobre o assunto. A questão a ser refletida é: a mudança na legislação vem rapidamente acompanhada de uma mudança de mentalidade da comunidade interessada? Pelo menos desde meados dos anos setenta que a Associação Brasileira de Propriedade Industrial (ABPI) vem debatendo esta questão, inclusive analisando a legislação trabalhista, e a jurisprudência, sendo que recentemente vem trabalhando em conjunto com associações empresariais neste desafio que é refletir sobre um moderno método de proteção dos segredos dos negócios. A questão não é se a lei mudou, mas se a atitude da comunidade mudou. Será que as culturas empresarial e universitária vão se modificar? Será que as instituições financeiras vão adotar praticas diferentes para os empréstimos? Será que o desenvolvimento dos recursos humanos nos vai vicejar? Como bem comentou um observador do assunto: se puserem um sinal luminoso numa esquina onde não existia nenhum, será que vão obedecer ao sinal de parar? É possível mudar uma cultura? (SHERWOOD, 1992). Interessante observar o que ocorreu no caso da legislação de proteção adotada pelo Brasil dos copyright para o software no final de Em um primeiro momento a comercialização e utilização de software pirata continuou. Todavia, em 1989 diversas empresas de grande porte, inclusive, verificaram a

63 51 prisão de seus gerentes, com forte divulgação na mídia. Fatos como este contribuíram para que esta proteção legal tivesse eficácia social. Esta experiência demonstra que é possível um sistema eficaz de proteção a propriedade intelectual, levando em conta a efetividade das medidas de fiscalização e controle da observância da lei por parte do Poder Público. Sherwood conta histórias de experiências individuais de criatividade protegida por patentes de pessoas leigas, sem qualquer reflexão profunda sobre a propriedade intelectual, mas que sabiam, porque esta era a cultura do local onde viviam, que poderiam ter sua criatividade protegida, obtendo benefícios econômicos com esta proteção. Em ambientes culturais em que não se verifica esta noção (da importância da proteção da propriedade intelectual) os indivíduos se sentem menos encorajados a investir em suas criações. Os avanços incrementais de tecnologia que criam empresas novas e novos empregos têm menos chances de se materializar. A bomba aperfeiçoada, a engrenagem melhor da bicicleta, o novo sistema de alarme contra fogo, o torniquete, a ferramenta de apanhar frutas e milhares de outros avanços que podem ser facilmente inventados em muitos países, ficam mais difíceis de se materializar. (SHERWOOD, 1992). Não por acaso que as pessoas parecem ser mais inventiva no Estados Unidos ou na Europa e Japão. Não é uma questão genética, ou de escolaridade, inteligência ou destino. A implementação do sistema de propriedade intelectual é de importância vital por causa do modo de pensar da população. O engenho e a criatividade humana não estão espalhados de modo desigual no mundo. São

64 52 talentos presentes em quaisquer países. Em alguns, infelizmente, falta a infraestrutura proporcionada por um sistema eficiente de proteção a propriedade intelectual. Muitos fatores contribuem para uma proteção fraca. A maior fraqueza de muitos países em desenvolvimento geralmente reside na falta de proteção aos segredos dos negócios. O papel da proteção aos segredos de negócios e sua relação com outras formas de proteção, o cumprimento rigoroso da lei vem provavelmente em segundo lugar entre os elementos mais vitais do sistema. A administração eficiente das patentes, os limites à concessão de licenças obrigatórias e ao uso da cláusula de preeminência do interesse público são também aspectos importantes. É perfeitamente possível que, dentro de poucos anos, os países desenvolvidos se tornem indiferente com relação a proteção à propriedade intelectual nos países em desenvolvimento. O processo mundial de industrialização está avançando no sentido de alianças transacionais e entre empresas de diversos tipos. Nem mesmo as maiores empresas podem explorar sozinhas todas as possibilidades tecnológicas de seus setores industriais. As joint ventures, acordos de co-produção, programas conjuntos de pesquisas, networks, aliança tecnológica e licenciamento estão unindo firmas importantes, tanto no mundo desenvolvido como no desenvolvimento. Isto não irá necessariamente condenar os países em desenvolvimento ao atraso. Aqueles que perceberem e passarem a agir com a certeza de que a proteção à propriedade intelectual pode liberar recursos internos importantes viriam a figurar nas alianças globais. Como já foi dito, nem as maiores empresas podem abarcar internamente todas as possibilidades de pesquisa e desenvolvimento. Muitas delas saem à cata de novas idéias pelo mundo afora. E várias estão se tornando comercializadoras da tecnologia de outros, o que pode vir a trazer benefícios para países em desenvolvimento.

65 53 As alianças tecnológicas que se multiplicam não são entidades fechadas. Ao contrário, buscam novas fontes de tecnologia e tratam de se juntar a elas. São redes altamente organizadas de difusão do conhecimento. A condutividade proporcionada pela proteção à propriedade intelectual auxilia estas redes. Os países em desenvolvimento que dão uma proteção efetiva aos ativos intelectuais estarão capacitados a participar dessas redes tão facilmente quanto os outros países. Os paises em desenvolvimento que não estão nas mesmas condições irão provavelmente ficar para trás. A proteção efetiva à propriedade intelectual ajudará a levar o país em desenvolvimento em duas direções. Uma é no sentido da participação nas redes globais de tecnologia acima descritas. A outra é no sentido do estímulo à criatividade humana, dentro da economia nacional. O primeiro passo a ser dado para gozar desses benefícios é pensar na proteção á propriedade intelectual como uma parte vital da infra-estrutura do país. Quando um sistema eficiente de proteção se tornar uma realidade, será maior a certeza de que os ativos intelectuais são valiosos e podem ser protegidos. Então, as mentalidades inventivas criativa, que está no cerne de um sistema de proteção á propriedade intelectual, penetrará nas mentes das pessoas. A proteção á propriedade intelectual, um instrumento barato mas poderoso, está á disposição de qualquer país em desenvolvimento que deseje gozar de seus benefícios. 2.5 Pesquisa Nacional e Seus Atores O Jornal a Folha de São Paulo (CAMARGO, 2004) recentemente, publicou matéria informando que no Brasil, os mais de 20 anos de estudo não são

66 54 suficientes nem para a obtenção de uma bolsa, já que o funil é multo estreito. As principais agências de financiamento de pesquisas no país não atendem nem a 10% da demanda por bolsas. Somente o CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) tem cerca de 16 mil pedidos de bolsa para 2004, dos quais espera atender a apenas mil. Além de trabalhar nas instituições públicas - onde a concorrência acirrada é combinada com uma remuneração que deixa a desejar, o pesquisador pode tentar ir para as faculdades privadas (e se dedicar quase integralmente a dar aulas para aumentar seu salário), ser contratado pelo departamento de pesquisa de uma empresa (e perder em autonomia no direcionamento de seu trabalho) ou ser adotado por um centro do exterior (e deixar o país). Escolhas nada fáceis para quem sonhou por anos seguir a carreira de cientista no país onde nasceu. As dificuldades começam nas universidades públicas, onde os concursos para ocupar uma cadeira de docente estão cada vez mais raros. Nas universidades federais, segundo a Andes (Associação Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior), não há abertura de vagas desde o governo de Fernando Collor ( ). Caso supere esse obstáculo, o profissional contará com estabilidade, mas terá também de lidar com baixos salários - no topo da carreira, um professor de universidade federal pode chegar a receber um salário de, no máximo, R$ 4.900, segundo a Andes. Mesmo se conseguir a bolsa, o pesquisador sabe que não será fácil sobreviver. O CNPq paga R$ por mês ao doutorando, e as agências de financiamento de pesquisa proíbem o vínculo empregatício a seus bolsistas. Esses valores acabam forçando as pessoas a procurar subempregos, concluía matéria jornalística. A situação é tão crítica que, em meados deste mês (março de 2004), em uma decisão inédita, o CNPq e a Capes (Coordenação de

67 55 Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior) decidiram permitir a mestrandos e a doutorandos bolsistas que também se dediquem à docência, como professores substitutos em instituições públicas, para suplementar os rendimentos. Depois das instituições públicas, a opção mais imediata dos doutores é, em geral, procurar uma vaga em universidades particulares. Estas, para atender a exigências da Lei de Diretrizes e Bases (1996), são obrigadas a contratar uma cota mínima de mestres e doutores - 33% de seu quadro total de professores. Um outro caminho leva doutores e pós-doutores em direção a empresas privadas. Segundo o jornalista fazer pesquisa no Brasil é sempre um pouco frustrante, já que, volta e meia, há ameaças de falta de recursos. O êxodo de cientistas brasileiros preocupa os órgãos financiadores. O CNPq, desde 1997, faz auditoria nas bolsas concedidas para pesquisadores que estudam fora. O órgão estima que 2,5% dos bolsistas acabem ficando nos institutos estrangeiros. Nesses casos, o Tribunal de Contas da União pede ressarcimento do valor investido. No final de 2004, informa a Folha de São Paulo (supracitada), havia 783 processos em curso, envolvendo cerca de R$ 265 milhões. Para enfrentar esse cenário, o CNPq, em vez de pedir a devolução do dinheiro, vem negociando apoio à pesquisa como moeda de troca, de acordo com Erney Plessmann Jr., presidente do órgão, o instituto negociou com a Microsoft, no final de 2003, duas bolsas nos Estados Unidos. Em troca, autorizou que um cientista brasileiro (ex-bolsista) fosse contratado pela companhia sem o processo de ressarcimento (informações publicadas na matéria jornalística). O outro lado da moeda é que, enquanto alguns pesquisadores buscam oportunidades de trabalho em faculdades privadas, em empresas ou no exterior, as universidades públicas sofrem com a falta de professores qualificados. Nas

68 56 instituições federais, esse déficit já chega à cerca de docentes, segundo dados de 2002, reunidos pela Andes. Na UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), a aposentadoria iminente de quatro pesquisadores colocou em risco a qualidade do único curso de graduação em biomedicina do país avaliado com a nota 6, a maior dada pela Capes, conforme informou a Folha de São Paulo (supracitada). 2.6 O Intercâmbio entre Institutos de Pesquisa e o Mercado Um dos pontos discutidos para a inovação tecnologia é sua ação econômica executada num cenário de produção, para elevar a competitividade. Busca-se entre os parceiros para esse desenvolvimento as instituições de pesquisas e as universidades que dispõem de recursos humanos altamente especializados, porém, ao invés de procurar novos conhecimentos ou o estudo de suas aplicações, motivado pela curiosidade do próprio pesquisador, o corpo técnico busca permanentemente inovações, utilizando-se conhecimentos existentes, para atender à demanda de usuários/consumidores Domenico de Massi cita o exemplo do Instituto Pasteur que a partir de 1863, no novo laboratório de química, todos os domingos eram ministradas aulas gratuitas abertas ao público e, de 1869 em diante, a faculdade de ciências instituiu uma escola gratuita de mecânica, destinada principalmente aos operários que queriam aprender novas técnicas. Nesse período, manteve conversações com o município, estreitou contatos com as autoridades, demonstrou uma capacidade insuspeitada para relações

69 57 públicas, chegando ele, alemão a superar obstáculos burocráticos diante dos quais até mesmo o mais experientes cientistas pátrios teriam desistido. Pasteur começou a se preocupar com os problemas práticos da pesquisa científica quando foi chamado a assumir a cátedra de química na Faculdade de Ciências de LilIe (que operava ativamente em torno dos problemas das indústrias locais), da qual foi também nomeado reitor. O primeiro problema que teve de enfrentar foi melhorar o processo de fermentação do álcool de beterraba que, por causas ignoradas, contaminava-se freqüentemente com substâncias estranhas. Pasteur constatou que a solução alcoólica mostrava-se oticamente ativa e, baseado na sua teoria de que somente os organismos vivos são capazes de produzir compostos orgânicos oticamente ativos formulou a hipótese de que as substâncias estranhas provinham de organismos vivos. Estas pesquisas assinalaram também a diversificação da atividade científica de Pasteur, que depois dos problemas da química passou a enfrentar também os das ciências biológicas (DE MASSI, 2002) Era preciso uma organização que tivesse a capacidade de divulgar os resultados do seu trabalho (os produtos) para todos e também a seu método de realizá-lo (o processo determinado pela ação coordenada de mais grupos inter disciplinares de pesquisadores). Objetivando manter-se como organização economicamente auto-suficiente (mesmo com sua utilidade pública reconhecida pelo Estado) o Instituto buscou ao mesmo tempo a finalidade empresarial de financiar-se com os proventos das

70 58 próprias atividades através da exploração direta das patentes dos soros e vacinas, a sua produção e venda, e a realização de programas de pesquisa mantidos por empresas industriais. Sintetizando, Instituto Pasteur de Paris tem como uma de suas mais importantes características organizativas, a escolha feita por Pasteur e seus discípulos de desenvolver a própria atividade através da fórmula do grupo de trabalho. A segunda característica organizativa é a escolha de conduzir pesquisas de modo interdisciplinar, com a presença simultânea, no grupo de trabalho, de pesquisadores cientistas, técnicos, auxiliares etc de diversas disciplinas e com várias formações (médicos, biólogos, veterinários, farmacêuticos, físicos e outros). Isto permitiu o estudo de um número maior de problemas, muitos dos quais até então insolúveis, também pela limitação disciplinar do approach utilizado. A terceira característica é a busca pela inovação constante, seja teórica ou técnica, para a qual é organizado todo o processo de trabalho. Esta é uma característica que os diferencia entre as pesquisas conduzidas em outros lugares unicamente para objetivos econômicos e as realizadas no Instituto Pasteur, ainda que este,

71 59 enquanto organização privada, não pretendesse absolutamente operar prescindindo das leis de mercado. A quarta característica é a existência de uma intensa interação com o ambiente externo (coletividade, indústrias, comunidade científica), em função da qual o Instituto realizou e otimizou com o tempo cada atividade, em resposta às solicitações provenientes de fora, mas também antecipando grande parte das necessidades, antes mesmo que elas fossem expressas. A quinta característica é a atenção dada à difusão (interna e no exterior) do conhecimento adquirido, através de publicações nos Annales e no Builetin que também têm como objetivo demonstrar reconhecimento a um cientista e ao seu grupo pelos méritos em uma descoberta ou invenção da participação em congressos e em cursos de especialização. A sexta característica é a capacidade de conciliar os objetivos produtivos da organização com os objetivos individuais de seus componentes. Em participar, lembramos a definição dada por Roux de cooperativa científica, encontro dos processos de pesquisa, ensino e produção, assim como o campo protegido onde experimentar muitas descobertas e invenções (DE MASSI, 2002).

72 60 Na matéria jornalística anteriormente citada podemos observar que o debate sobre articulação entre inovação tecnológica e pesquisa vem ganhando fôlego e lugar de destaque nas discussões sobre o rumo a ser dado à política da área no país. Quem defende a inovação se espelha no que vem ocorrendo no restante do mundo desenvolvido, onde há uma acirrada disputa pela propriedade da ciência e da tecnologia, pela corrida por novas patentes e pelos lucros advindos dos direitos de propriedade. Trata-se de encontrar mecanismos para transformar a pesquisa em inovações tecnológicas que poderão levar o país, segundo seus defensores, ao desenvolvimento econômico e à geração de empregos. O cientista Elisio Contini (2004), em entrevista à Folha de São Paulo, publicou um estudo que mostra que a corrida internacional pelo conhecimento está quase toda concentrada em três grandes blocos: América do Norte; Japão e países do Leste Asiático; e Europa. Eles respondem por 85% dos gastos mundiais com pesquisa e desenvolvimento, investindo US$ bilhões na área. A relevância desse trabalho esta bem definida quando comparamos com o estudo de Jeffrey Sachs 3 da Havard University onde propõe a divisão do mundo por tecnologia. O primeiro grupo aproximadamente 15% da população da terra produz quase toda a inovação do mundo, um segundo grupo, do qual o Brasil faz parte, com cerca de 50% da população esta apta a adotar as novas tecnologias na produção e no consumo. Um terceiro grupo, onde o Brasil faz também parte, com aproximadamente 35% da população é tecnologicamente desconectada, nem inova no seu próprio país, e tão pobres que nem importa tecnologia. Today s world is divided not by ideology but by technology 4. 3 Sachs argues here, 4 Idem. Ibidem.

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