RELATÓRIO DE RESULTADOS 2013 DO INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA - IAT. Secretaria da Educação do Estado da Bahia

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1 RELATÓRIO DE RESULTADOS 2013 DO INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA - IAT Secretaria da Educação do Estado da Bahia

2 Dirigentes Institucionais: IRENE MAURICIO CAZORLA Diretora Geral KÁTIA SOUZA DE LIMA RAMOS Diretora de Formação e Experimentação Educacional DIRFE ELISÂNGELA DOS REIS OLIVEIRA Diretora de Educação a Distância e Tecnologia Educacional DIRED José Rosa dos Santos Júnior Coordenador de Educação a Distância CED Maria Rita de Santana Lima Coordenadora de Tecnologia Educacional CTE e dos Núcleos de Tecnologia Educacional NTE RÔMULO AUGUSTO SILVA BIRINDIBA Diretor de Administração e Finanças DIRAF Roberval Bomfim Almeida Coordenador de Logística de Cursos e Eventos CLC João Gonçalves de Carvalho Filho Coordenador de Administração CAD Maria das Graças Matos Oliveira Coordenadora de Planejamento, Orçamento e Finanças CPOF Vagner Reis Santana Coordenador do Núcleo de Contratos, Convênios e Licitação NCCL Coordenadores dos Programas Estruturantes: Ana Lúcia Purificação da Paixão Coordenadora do Ensino Médio em Ação - Em-Ação Iraildes Almeida Sales Coordenadora do Gestar na Escola - Gestar Letícia Machado dos Santos Coordenadora do Ensino Médio com Intermediação Tecnológica - EMITec Shirley Conceição Silva da Costa Coordenadora do Programa Ciência na Escola - PCE Yuri Bastos Wanderley Coordenador da Rede Anísio Teixeira - Rede AT Página 2 de 52

3 MISSÃO DO INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA: Assegurar formação de qualidade aos professores e demais profissionais da Educação da Rede Pública do Estado da Bahia, numa dimensão criadora, participativa e crítica-reflexiva, mediante planejamento e coordenação de estudos e projetos de ensino, pesquisa, experimentação e tecnologia educacional. Página 3 de 52

4 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA IAT POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA PANORAMA DA QUALIFICAÇÃO DOS DOCENTES NA BAHIA SÍNTESE DOS RESULTADOS FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO Programa Gestar na Escola Programa Ciência na Escola III Feira de Ciências da Bahia e VIII Feira Baiana de Matemática Programa Ensino Médio Em Ação (Em-Ação) Curso em Atualização em Práticas Pedagógicas Curso de Aperfeiçoamento para Séries Finais do Ensino Fundamental Cursos na Área de Tecnologia da Informação e Comunicação para Educação Programa Escola de Gestores Eventos e Cursos de Curta Duração Iniciação à Docência (PIBID) Projetos de Pesquisa INFRAESTRUTURA TECNOLÓGICA PARA FORMAÇÃO Página 4 de 52

5 1. APRESENTAÇÃO DO INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA IAT Criado em 1º de junho de 1983, o INSTITUTO ANÍSIO TEIXEIRA - IAT é um órgão em regime especial da Secretaria da Educação do Estado da Bahia. Conforme modificação de sua estrutura na Lei nº 8.970, de 05 de janeiro de 2004, que tem por finalidade planejar e coordenar estudos e projetos referentes a ensino, pesquisa, experimentações educacionais e formação de profissionais da educação, considerando as seguintes competências: Desenvolver programas e projetos nas modalidades de educação presencial e a distância, para formação inicial e continuada dos profissionais da educação, em articulação com universidades e outras instituições educacionais; Propor, desenvolver e apoiar estudos e experimentações pedagógicas inovadoras; Coordenar a implantação e a expansão da infraestrutura tecnológica de suporte às ações de formação; Coordenar e executar programas e projetos na área de tecnologia educacional. Em cumprimento à sua finalidade e em consonância com a Política Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), a SEC, por meio do IAT coordena a oferta de cursos de formação inicial e continuada em parceria com as Instituições Públicas de Ensino Superior da Bahia, na presidência do Fórum Permanente de Apoio a Formação Docente (FORPROF-BA). Além disso, enquanto Centro de Formação de Profissionais da Educação da SEC, é responsável pela formação continuada em nível de aperfeiçoamento (acima de 120 horas), extensão (60 a 80 horas) e cursos e eventos de curta duração (até 40 horas), como a realização de oficinas, seminários, congressos, colóquios, conferências e videoconferências para professores e demais profissionais da rede. Tendo em vista a articulação da formação do professor com a prática na sala de aula, o Instituto, desenvolve um conjunto de ações que viabilizam e disseminam pesquisas, experimentos e inovações pedagógicas na escola com foco na aprendizagem do estudante. Promove também a produção e disseminação do uso de mídias e tecnologias como recursos didáticos para professores e estudantes nas unidades escolares da rede pública de ensino, por meio de infraestrutura tecnológica que serve de suporte às ações de educação presencial e a distância. O IAT dispõe de uma estrutura física, disposta em uma área de mais de m², oferecendo 110 leitos, 02 auditórios com capacidade de até 300 pessoas e 06 salas de aula disponíveis para as atividades de gestão, acompanhamento e formação dos programas. A estrutura também é composta por 16 Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE), distribuídos em 14 municípios. Os NTE objetivam difundir a cultura do uso das tecnologias da informação e comunicação na Rede Estadual, promovendo cursos, dando suporte tecnológico, acompanhando e avaliando os projetos pedagógicos das unidades escolares relacionadas com a sua área de atuação. O Centro de Formação comporta em sua sede, um sistema de videoconferência que tem como objetivo viabilizar ações relacionadas com a política de Educação a Distância (EAD). A estrutura tecnológica que sustenta as videoconferências permite a transmissão e recepção de imagem e som entre dois ou mais pontos distantes entre si, possibilitando a comunicação e interação em tempo real entre os seis estúdios e 40 auditórios com capacidade para atender pessoas simultaneamente no estado da Bahia. Mantém na sua estrutura 26 polos formativos estaduais da Universidade Aberta do Brasil (UAB). A UAB é um sistema do Governo Federal, que articula a oferta de curso de nível superior entre instituições públicas de ensino para a população que tem dificuldade de acesso a formação universitária, através da metodologia da educação a distância. Página 5 de 52

6 O corpo docente é composto de uma rede de 300 professores, entre especialistas, mestres e doutores, que atuam como formadores, tutores ou multiplicadores para realizar a formação ou atendimento pedagógico, presencial ou a distância, de aproximadamente 4.5 mil professores que atuam na sala de aula das unidades escolares em toda Bahia. Suas ações estão estruturadas em quatro linhas de ação: Formação Inicial de Professores Articula a oferta de cursos de licenciatura do PARFOR, nas modalidades presencial e a distância, para professores em efetiva regência das redes públicas da educação básica que não possuem licenciatura, estão em desvio de função ou bacharéis, por meio de parcerias com Instituições Públicas de Ensino Superior IPES (UNEB, UEFS, UFRB, UESB, UESC, UFBA, IFBA, UNIVASF e IFBaiano). Formação Continuada de Professores e demais Profissionais da Educação Promove a formação dos professores e demais profissionais da educação em nível de extensão e aperfeiçoamento, bem como coordena, em parceria com as IPES, a oferta de cursos de especialização nas modalidades presencial e a distância, em diversas áreas de conhecimento. Inovação e Experimentação Educacional Estabelece um conjunto de ações que viabilizam e disseminam pesquisas, experimentos e inovações pedagógicas na escola com foco na aprendizagem do estudante. Essa linha articula a formação do professor com a prática na sala de aula, envolvendo o estudante diretamente na ação formativa. Infraestrutura e Tecnologia Educacional Promove a produção e disseminação do uso de mídias e tecnologias como recursos didáticos para professores e estudantes nas unidades escolares da rede, por meio de infraestrutura tecnológica que serve de suporte às ações de educação presencial e a distância. O Instituto possui três diretorias e uma unidade de assessoria. A Diretoria de Formação e Experimentação Educacional DIRFE, a Diretoria de Educação a Distância e Tecnologia Educacional DIRED, e Diretoria de Administração e Finanças DIRAF. Atualmente, possui 450 colaboradores realizando diversas atividades necessárias para o cumprimento de sua finalidade institucional. Organograma do IAT Página 6 de 52

7 2. POLÍTICA DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DA EDUCAÇÃO BÁSICA A qualidade da Educação depende da gestão do Projeto Político Pedagógico da escola, que deverá ser construído e implementado com base no conhecimento da realidade escolar em todas as suas dimensões e na participação ativa da comunidade escola, tanto na fase do planejamento quanto na execução. A Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica estabelece no Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de 2009, inciso VII: a importância do docente no processo educativo da escola e de sua valorização profissional, traduzida em políticas permanentes de estímulo à profissionalização, à jornada única, à progressão na carreira, à formação continuada, à dedicação exclusiva ao magistério, à melhoria das condições de remuneração e à garantia de condições dignas de trabalho. É relevante apresentar como se articulam a política do Governo Federal e do Governo Estadual para atendimento às demandas da rede pública de ensino. O monitoramento da relação entre as duas esferas de governo é realizada pelo Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente (FORPROF) que foi criado para monitorar o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), instituído pelo Decreto nº 6.755, de 29 de janeiro de Estrutura organizacional dos Programas e Ações da Política de Formação de Professores O Governo Federal apóia a oferta de cursos de licenciatura para formação inicial na modalidade presencial, por meio da Plataforma Paulo Freire, através das IPES que aderirem ao PARFOR. Na modalidade à distância, a CAPES/MEC financia a formação, pela Universidade aberta do Brasil UAB. O processo formativo, composto de cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização, visa aprofundar aspectos do currículo, aperfeiçoando a prática docente e reflexão sobre sua ação pedagógica, devendo integrar-se ao cotidiano da escola, considerar os diferentes saberes e experiências docentes. Página 7 de 52

8 No que tange especificamente, a política do MEC nos últimos anos envolveu o financiamento de diversos cursos oferecidos aos professores. A forma como os cursos são solicitados pelos professores e ofertados por diversas instituições tem sido muito variada. A última experiência consistiu na inscrição direta de professores na Plataforma Paulo Freire. A iniciativa permitiu que milhares de professores se inscrevessem em cursos de extensão, aperfeiçoamento e especialização. Por outro lado, evidenciou uma série de dificuldades, como solicitações que não puderam ser atendidas e oferta de vagas em cursos para os quais não houve interessados. Por estes motivos, o MEC criou o novo Sistema Nacional de Formação Continuada (SINAFOR) que começou a ser implementado em 2012 e permitiu o planejamento de formação continuada da escola até 2016, com revisões anuais. O SINAFOR é acessado pela escola através do sistema PDE- Interativo, que é uma ferramenta de apoio à gestão escolar, onde é apresentado o atual quadro funcional da escola originado do Censo Escolar e, a partir disso, a escola pode relacionar a demanda de formação com os professores ativos. Essa demanda é analisada pelo FORPROF e ofertada pelas IPES. Na esfera do governo estadual, a Secretaria da Educação reformulou sua Política de Formação Continuada de professores, lastreada nos seguintes princípios: Direito de aprender do estudante; O reconhecimento da escola como lócus de formação; Abrangência estadual. Diante disso, deu-se início um novo processo de convergência das ações, antes dispersas e fragmentadas, para programas estruturantes, mais consistentes, integrados com outras ações da Secretaria na unidade escolar com estratégias de atendimento semelhantes e focadas na aprendizagem do estudante. A Secretaria da Educação, por meio do IAT, concentrou os esforços na oferta de cursos através de programas estruturantes de formação continuada para as séries finais do ensino fundamental e ensino médio em disciplinas do currículo escolar. Esses Programas Estruturantes, concebidos GESTAR NA ESCOLA, CIÊNCIA NA ESCOLA e ENSINO MÉDIO EM AÇÃO (EM-AÇÃO) possuíam estratégias de atendimento semelhantes, cujo principio era a adesão da escola ao Programa, tendo em vista que parte da formação do professor cursista seria desenvolvida no horário de atividade complementar (AC), com o apoio de uma metodologia de articulação pedagógica que formam e realizam o acompanhamento nas escolas. Dinâmica da atuação dos professores dos programas estruturantes Página 8 de 52

9 3. PANORAMA DA QUALIFICAÇÃO DOS DOCENTES NA BAHIA O desenvolvimento de políticas públicas voltadas para formação e qualificação dos 38 mil professores da educação do estado da Bahia tem mantido um alinhamento consistente com as diretrizes do Ministério da Educação (MEC), baseado no Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), vinculado à Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, por meio do Decreto de 29 de janeiro de Os investimentos federais e estaduais na oferta de formação para professores, gestores e técnicos da rede estadual de ensino alcançaram R$ 55,6 milhões no período de 2011 a 2013, com o crescimento de 25%, comparado ao período de 2007 a 2009 (os 03 primeiros anos de gestão política). Desde 2007, com a criação do Plano de Ações Articuladas (PAR) pelo MEC, o Governo Federal tem concentrado o apoio ao Estado através de assistência técnica, ou seja, por meio da oferta de vagas junto às Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES). Visando atender esta demanda por formação, em consonância com a legislação vigente, o Governo da Bahia atua em duas vertentes de forma integrada: a formação inicial e a continuada. A inicial atende aos professores que não possuem curso superior ou estão atuando em disciplina divergente com a sua graduação, por meio da oferta de cursos de licenciatura, nas modalidades presencial e a distância. Para atender essa demanda, o MEC desenvolveu duas iniciativas que reformularam completamente a forma de oferta de cursos de licenciatura para a rede estadual e municipal. A primeira foi em 2006 com a criação da Universidade Aberta do Brasil (UAB), um sistema integrado de universidades públicas e em 2009 foi criada a Plataforma Paulo Freire que possibilita ao professor possa fazer a pré-inscrição no curso de licenciatura do seu interesse a partir de uma relação disponibilizada online pelas IPES. Essas pré-inscrições são validadas pela Secretaria do Estado ou do Município. O Sistema UAB ampliou o acesso à educação superior por meio do uso da metodologia da Educação a Distância e, desde 2009, ano de início das ofertas, foram atendidos cursistas e hoje possui professores da rede pública matriculados, distribuídos em 26 polos ou unidades de apoio presencial, mantidas pelo Estado, onde são equipadas com laboratórios de informática ou ciências e salas de aula. Até 2009, a Secretaria de Educação contratava as IPES para a oferta de cursos, cuja demanda aproximada de docentes sem licenciatura, na época, era de mil professores. Ao total, em 6 anos ( ) foram ofertados 50 mil vagas em cursos de licenciatura para rede pública de ensino e professores da rede estadual foram licenciados, desse quantitativo, 202 concluíram em Presentemente a rede estadual possui 797 professores matriculados em cursos nas universidades. Está cadastrada na Plataforma Paulo Freire para oferta de vagas em 2014 uma demanda de professores, que atuam no ensino fundamental, e ainda não possuem licenciatura. Quanto à rede municipal, existem professores em formação. A consolidação da articulação necessária entre os entes federados da União, Estado e municípios para dar cumprimento aos objetivos do PARFOR foi realizada através da criação em 2009 do Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente (FORPROF), que é um órgão colegiado e instituído para organizar, em regime de colaboração, a formação inicial e continuada dos profissionais do magistério para as redes públicas da educação básica. O FORPROF da Bahia é um dos mais atuantes do Brasil, contribuindo com o levantamento de diagnósticos da rede, alinhando a necessidade das escolas com a oferta de cursos e a realização de eventos como os Simpósios Baianos de Licenciaturas, que reúnem todas as IPES públicas para repensar os currículos dos cursos de licenciatura que atendem a educação básica. Página 9 de 52

10 A formação continuada de professores da rede estadual também é beneficiada pela oferta do PARFOR, que utiliza o sistema informatizado PDE-Interativo (criado pelo MEC em 2011) que gerencia e valida a demanda por cursos de formação continuada, nas modalidades presencial e a distância, cadastrada pelas unidades escolares. Seguindo na mesma vertente, formação continuada, o Governo do Estado investiu R$ 49 milhões no período de 2011 a 2013 com certificados emitidos em cursos de extensão (com carga horária de até 80 horas), aperfeiçoamento (acima de 80 horas) e especialização (acima de 360 horas). O investimento teve crescimento de 42% comparado ao período de 2007 a 2009, quando foram investidos R$ 34 milhões com profissionais atendidos. Tipo de oferta de curso Total Extensão (até 80h) Aperfeiçoamento (acima de 80h) Especialização (acima de 360h) Subtotal Comparação entre os 3 primeiros anos de gestão política Quadro 01: número de professores atendidos com cursos de Formação Continuada. Bahia, 2007 a Esse resultado representa uma mudança positiva na abordagem de atendimento às necessidades de formação da rede estadual. No período de 2007 a 2010, a Secretaria de Educação possibilitou que o profissional da rede estadual com interesse em participar de cursos ou eventos na área que atua pudesse acessar a programação dos cursos pela internet e realizar a inscrição no site da Secretaria. Durante esse período, destacaram-se as ofertas de cursos nas áreas de Diversidades, História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena. A operacionalização dos cursos começava a ser realizada de forma descentralizada, em municípios sede de polos formativos e fortalecendo a utilização dos recursos tecnológicos para formação, como as salas de videoconferências, laboratórios dos Núcleos de Tecnologia Educacional (NTE) e o Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA). Em 2011, inicia-se um novo processo de convergência das ações para programas estruturantes, mais consistentes e sequenciados integrados com outras ações da Secretaria na unidade escolar com atendimentos estratégicos e semelhantes, focados na aprendizagem do estudante. Para tanto, várias medidas foram adotadas ao longo do percurso, conforme apresenta o Quadro nº 2, com foco em Língua Portuguesa, Matemática e Ciências. A Secretaria de Educação, ao implementar esse modelo de formação montou um sistema sofisticado de formação de professores, composto por uma rede de Formadores que formam e acompanham os Articuladores das Escolas em polos regionais, e estes últimos desenvolvem a articulação com seus colegas professores na escola, no horário de atividade complementar (AC). Os programas que seguem esse perfil são o GESTAR NA ESCOLA, que atende professores de Língua Portuguesa e Matemática que atuam nas séries finais do ensino fundamental, o CIÊNCIA NA ESCOLA, os quais atende professores de Ciências, Geografia, Biologia, Química e Física que atuam nas séries finais do ensino fundamental e ensino médio e o ENSINO MÉDIO EM AÇÃO (EM-AÇÃO), que atende professores de Língua Portuguesa e Matemática que atuam no ensino médio. Uma ação efetiva que converge à formação do professor com o estímulo à produção cientifica do estudante é a realização da Feira de Ciências da Bahia ocorridas desde 2011, num total de três edições, juntamente com a oferta de formação para Prática da Iniciação Científica na Educação Básica aos professores que viabilizaram a realização das feiras de ciências em 506 escolas de 188 municípios o que possibilitou a apresentação de 240 projetos científicos elaborados por 686 estudantes e professores expositores do ensino fundamental e médio e de 8 mil visitantes. Ao todo, cerca 320 mil estudantes foram envolvidos na Feira de Ciências. Página 10 de 52

11 Numa análise da política de assistência de formação continuada do MEC, disponibilizada por meio do PDE-Interativo, que escolhe as IPES do estado, atenderá certamente as necessidades de formação dos professores da rede pública, pois concentram a maior competência, com elevada qualidade, na formação de professores. Todavia, a formação continuada desenvolvida pela Secretaria, por meio dos programas estruturantes, que elegeu a escola como local de formação, privilegiando o fazer pedagógico da sala de aula, contempla ao mesmo tempo as peculiaridades da escola e as diferenças regionais, numa perspectiva de abrangência estadual, cuja ação pode ser mais adequadamente implantada pela Secretaria, devido a sua natureza e capilaridade, comparada às IPES. ESTRATÉGIAS Associação das atividades de formação do professor com o uso de material didático pelo estudante ou pelo próprio professor. Realização da formação e acompanhamento pedagógico ao professor na escola que atua, através de visitas sistemáticas. Estudo e aplicação dos recursos de tecnologia da informação e comunicação. RESULTADOS 2013 GESTAR NA ESCOLA CIÊNCIA NA ESCOLA EM-AÇÃO Cadernos de atividades distribuídos para estudantes. Formação de professores de Língua Portuguesa e Matemática das séries finais do ensino fundamental em 720 escolas em 276 municípios. Ambiente virtual de Aprendizagem. Conteúdos digitais no Ambiente Educacional Web. Livros didáticos distribuídos a 211 mil estudantes. Formação de 1370 professores séries finais do ensino fundamental e do ensino médio de 525 escolas em 270 municípios. Ambiente virtual de Aprendizagem. Pen drives com conteúdos científicos digitais para 9 mil docentes. Conteúdos digitais no Ambiente Educacional Web. Realização da feira de ciências em 506 escolas. Quadro 02: resultados dos Programas Estruturantes de Formação Continuada. Bahia, Disponibilidade de recursos digitais e o simulado GEEKIE. Formação de professores de Língua Portuguesa e de Matemática do ensino médio em 328 escolas em 177 municípios. Ambiente virtual de Aprendizagem. Simulado GEEKIE para o ENEM. Conteúdos digitais no Ambiente Educacional Web. Além da oferta da formação continuada e acompanhamento pedagógico pelos programas estruturantes, a Secretaria de Educação promoveu uma ação de impacto em 2013 para todos os professores ativos da rede estadual, por meio da oferta de curso de Atualização para Prática Pedagógica, que deu direito à promoção na carreira de professores e coordenadores pedagógicos. O curso foi realizado na modalidade de educação à distância, com duração total de 120 horas e objetivou fortalecer a qualidade da educação básica oferecida pela rede estadual. Em virtude das necessidades tecnológicas que a sociedade atual exige, a Secretaria da Educação tem investido na formação de professores na área de tecnologia da informação e comunicação. Desde 2011, foram atendidos 6 mil professores, coordenadores e técnicos em ações formativas para uso de mídias e tecnologias educacionais. Além disso, foram produzidas 575 peças audiovisuais com veiculações pela TV Educativa da Bahia. Outra importante ação, desde 2009, foi adisponibilização, ao todo, de conteúdos digitais educacionais em licenças livres (vídeos, áudios, imagens, jogos, animações, simulações, softwares educacionais etc.) para professores e estudantes, com registro de 408 mil acessos em Por fim, o Governo do Estado, nos últimos 03 anos ( ), atendeu mais de 30 mil professores e demais profissionais da educação em cursos de formação continuada, focando em áreas de maior Página 11 de 52

12 demanda da rede pública, como Língua Portuguesa e Matemática. Além disso, incentivou o espírito cientifico e inovador dos estudantes, através de ações formativas aos professores para a alfabetização cientifica e tecnológica em parceria com as IPES e instituições de pesquisa. Todas as ações foram apoiadas por conteúdos digitais e tecnologias da informação e comunicação, sem perder de vista a prática do professor na sala de aula e a aprendizagem do estudante. 4. SÍNTESE DOS RESULTADOS 2013 No ano de 2013, o Instituto Anísio Teixeira (IAT), órgão responsável pela execução da política de formação de professores da Secretaria Estadual da Educação da Bahia (SEC), investiu o montante de R$14,8 milhões, e cada vez mais empenho, em uma formação de professores da Bahia voltada para a aprendizagem do estudante na escola e articulada com o apoio das tecnologias aplicadas à educação. A diretriz estratégica dada aos programas concebidos integralmente no âmbito do Estado e desenvolvidos para atender às necessidades de aprendizagem do estudante tem sido conduzida para atender três ações simultaneamente: (1ª) a formação dos professores em serviço e em lócus na escola, (2ª) suporte pedagógico ao estudante e (3ª) distribuição de material didático. Para tanto, tem sido adotados métodos diferenciados como a constituição do articulador em cada escola, a potencialização dos recursos da educação a distância (EaD) e das tecnologias educacionais, a monitoria aos estudantes e uso intensivo e com qualidade dos laboratórios de informática das escolas. Para garantir que os professores em exercício na rede pública de educação básica obtenham a formação inicial adequada, o IAT, em articulação com o Governo Federal, Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES), realizou o atendimento para professores da rede estadual e professores da rede municipal em cursos de licenciatura ingressos a partir de 2010 e licenciou 455 professores da rede pública na modalidade EAD e presencial. Quanto à formação continuada e experimentação educacional, o programa GESTAR na Escola, responsável pela formação dos professores da rede estadual que atuam nas séries finais do ensino fundamental, atendeu estudantes, disponibilizando caderno do aluno e apostilas de atividades complementares de apoio à aprendizagem relacionada com a formação de 1278 professores, associado ao acompanhamento pedagógico de professores, sendo professores de Língua Portuguesa e de Matemática e manteve orientação metodológica em 720 escolas em 276 municípios. Em outra ação para as séries finais do ensino fundamental, o IAT realizou a formação de professores da rede estadual e municipal em cursos de aperfeiçoamento nas áreas de Ciências Naturais, História, Educação Física, Geografia e Currículo e Avaliação, em 20 municípios, através da parceria com o Ministério da Educação (MEC) pela Rede Nacional de Formação Continuada de Professores (RENAFOR). O atendimento à aprendizagem dos estudantes do ensino médio, por meio da formação dos professores, foi realizado pelo programa Ensino Médio em Ação (EM-Ação), que promoveu a formação e acompanhamento pedagógico de 754 professores de Língua Portuguesa e 385 de Matemática em 328 escolas estaduais de 177 municípios para que estes aplicassem as orientações e os conhecimentos na sala de aula. Ao total, estudantes foram atendidos, baseado na formação dos professores e suporte pedagógico realizado através da plataforma virtual GEEKIE e dos eventos De olho no ENEM. Visando atender à necessidade de fomentar a prática de iniciação cientifica, foi desenvolvido o programa Ciência na Escola, que além de ter distribuído material didático interdisciplinar para 211 mil estudantes de 5ª e 6ª séries, foram formados professores das séries finais do ensino Página 12 de 52

13 fundamental e ensino médio 525 escolas em 270 municípios que desenvolveram metodologias inovadoras para o ensino das ciências naturais aos estudantes. E ainda, foram realizadas Feiras de Ciências locais em 506 escolas de 188 municípios, que culminaram em 240 projetos apresentados na III Feira de Ciências da Bahia e VIII Feira Baiana de Matemática. A aplicação das tecnologias da informação e comunicação na educação foi o objetivo na formação de professores da rede pública através dos NTE e da Rede Anísio Teixeira. Os professores tiveram o apoio de 575 peças audiovisuais produzidas e veiculadas pela TV Anísio Teixeira e mais de conteúdos educacionais disponíveis no Portal da Educação para possibilitar o uso de mídias, ambientes virtuais de aprendizagem e softwares educacionais como recursos didáticos. Aos profissionais não docentes, que contribuem para a qualidade do sistema educacional da escola, o IAT apoiou a formação de 567 gestores e coordenadores escolares da rede estadual em cursos de pós-graduação, por meio do Programa Escola de Gestores. O IAT cumpriu com essas ações com apoio de instituições parceiras, através também de uma rede de mais de 483 tutores e multiplicadores que realizaram a formação ou atendimento pedagógico presencial ou à distância aos professores, atuação dos NTE nas escolas e manutenção dos 26 polos formativos estaduais vinculados ao UAB. No quadro 03 são apresentadas as principais ações formativas do IAT em Ao todo, professores, gestores e técnicos da educação básica, em exercício na unidade escolar, foram atendidos com cursos de formação inicial e continuada. Linha de Ação Formação Inicial Formação Continuada e Experimentação Educacional Projeto/ Curso Cursos de licenciatura Gestar na Escola Ciência na Escola III Feira de Ciências da Bahia e VIII Feira Baiana de Matemática Ensino Médio em Ação Curso de Atualização em Práticas Pedagógicas Aperfeiçoamento para séries finais do ensino fundamental Mídias na Educação Formação para Produção e Finalização de audiovisual Oficina de Interpretação para Audiovisual Oficina Fazeres Audiovisuais Uso integrado das tecnologias Carga horária 3 a 4 anos 185 horas 120 horas Profissionais formados Profissionais em formação Municípios atendidos Estudantes atendidos Escolas atendidas horas 120 horas 120 horas 360 horas horas horas Até 24 horas horas Página 13 de 52

14 Programa Um Computador por Aluno (PROUCA) Introdução a Educação Digital Ensinando e aprendendo com as TIC Redes de Aprendizagem 180 horas horas horas horas Oficinas dos NTE Até 20 horas PIBID Projetos de pesquisa Escola de Gestores 360 horas Total Quadro 03: quantitativo de profissionais da rede estadual atendidos por curso. Bahia, Página 14 de 52

15 FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES: Cursos de Licenciatura Página 15 de 52

16 5. FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES A Formação Inicial é realizada pelas Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES) que ofertam cursos de licenciatura, nas modalidades presenciais e a distância, para professores em efetiva regência das redes públicas da educação básica que não possuem licenciatura, estão em desvio de função ou são bacharéis, Cursos de Licenciatura O atendimento aos professores que não se enquadram na exigência legal da obrigatoriedade de licenciatura pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB) é desenvolvido através do Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), instituído em junho de 2009, no âmbito do Plano de Ações Articuladas (PAR), em regime de colaboração da União, por meio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES), com os Estados e Municípios. Os tipos de cursos oferecidos exclusivamente para professores em exercício na rede pública da educação básica são: 1ª licenciatura: para docentes que não tenham formação superior; 2ª licenciatura: para docentes que atuam há pelo menos 3 anos em área distinta da sua formação inicial; Formação pedagógica: para docentes graduados não licenciados. Com a finalidade de expandir e interiorizar a oferta de cursos e programas de educação superior, a SEC por meio do IAT mantém 26 pólos formativos estaduais vinculados ao sistema UAB. Esse sistema atende à população que tem dificuldade de acesso à formação universitária, por meio do uso da metodologia de educação à distância. Além disso, a UAB apóia pesquisas em metodologias inovadoras de ensino superior respaldadas em tecnologias de informação e comunicação. As Instituições Públicas de Ensino Superior participantes no PARFOR são: UNEB, UESC, UESB, UEFS, UFBA e UFRB, IFBA, UNIVASF e IFBaiano. A UFBA, UNIVASF e IFBaiano não ofertaram cursos em Outras duas universidades, a UNIFACS e PUC-Rio, finalizaram o contrato de serviços no ano de 2011 com a formação de 278 professores da rede estadual. No quadro 04 é apresentado o número de concluintes por universidade, de 2011 a Ao total, neste período, foram formados professores da rede estadual em 13 cursos. Nesse contexto, destacase a UESB, com a formação de 259 professores somente em 2013, sendo que, a maior turma foi da área de Biologia. ANO CURSO/ IPES PUC- RIO UNIFACS UESC UNEB UESC UESB UFBA Total Geral Artes Biologia Educação Física Filosofia Física Geografia Historia Letras Letras com Inglês Matemática Pedagogia Sociologia Química TOTAL GERAL Quadro 04: quantitativo de professores concluintes por curso e universidade. Bahia, 2011 a 2013.

17 O Estado da Bahia vem expandindo significativamente a oferta de cursos de licenciatura pelas Instituições Públicas de Ensino Superior (IPES) do estado em diversas áreas do conhecimento, nas modalidades ensino presencial e a distância (EaD), por meio da Plataforma Paulo Freire, sistema informatizado desenvolvido pelo Ministério da Educação (MEC) para possibilitar a pré-inscrição do professor nos cursos de graduação. O esforço conjunto dos governos municipais, estadual e federal tem criado condições para a licenciatura de professores da rede estadual e da rede municipal que estão em formação, em cursos com duração de 3 a 4 anos, nos diversos polos formativos das universidades, ingressos a partir de No exercício de 2013, foi concluída a formação de 202 professores da rede estadual e 253 da rede municipal, totalizando 455 professores licenciados. Existem professores da rede pública em processo de formação em diversos cursos das IPES parceiras na modalidade presencial e a distância, conforme quadro 05. Disciplina Quantidade de cursistas Ativos (A) e Concluintes (C) Presencial EaD Estado Município Estado Município A C A C A C A C Total Geral Artes Biologia Ciência da Computação Ciência da Natureza Ciências Biológicas Ciências Sociais Educação Física Filosofia Física Geografia Historia Informática Letras Letras com Inglês Matemática Pedagogia Química Sociologia Total Geral Quadro 05: quantidade de professores atendidos em cursos de licenciatura. Bahia, 2013 É importante ressaltar que a oferta de cursos de licenciatura foi realizada por meio do cruzamento de dados da demanda de cursos indicada pelos próprios professores na internet, por meio da Plataforma Paulo Freire, que será detalhada nas próximas páginas desse Relatório, mais os dados da região de lotação do professor e a localização de polo presencial com a oferta de curso pela IPES parceira. O mapa de abrangência do PARFOR, localizado a seguir. A UNEB apresenta 24 campos universitários e 62 campos avançados; a UESB, 03 campos universitários e 05 avançados; a UEFS, um campo universitário e um campo avançado; a UFRB dois campos universitários e a UESC e a UFBA um campo universitário cada um, totalizando 99 campos em 98 municípios baianos. Página 17 de 52

18 Mapa 01: abrangência do PARFOR Formação Inicial Plataforma Paulo Freire A Plataforma Paulo Freire consiste em um sistema interativo através do qual os professores poderão se inscrever em diversos cursos de formação em todo o País. Para tal, basta que o docente se cadastre, inserindo seus dados profissionais para proceder à solicitação das inscrições. Ele efetuará um login e acompanhará todas as ações do Plano. Página 18 de 52

19 Anualmente, a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoas de Nível Superior (CAPES), gestora do PARFOR, divulga o Calendário de Atividades do Plano. Além de apontar o período das pré-inscrições dos professores, nele também estão definidos os prazos e as atividades a serem realizadas pelas Secretarias de Educação Estaduais, Municipais e do Distrito Federal, os Fóruns Permanentes de Apoio à Formação Docente e as Instituições Públicas de Ensino Superior: Juntamente com Secretarias Municipais de Educação, a Secretaria de Educação do Estado da Bahia, por meio do Instituto Anísio Teixeira, procedeu com a inserção da demanda para a formação e, com isso, um mapeamento foi disponibilizado para as nove IPES envolvidas (UNEB, UESC, UEFS, UESB, UFBA, UFRB, IFBA, IFBaiano e UNIVASF) bem como para o FORPROF e para a UNDIME. Em seguida, após aprovação do FORPROF-BA, as Instituições de Ensino apontaram possibilidades de oferta dos cursos solicitados e suas vagas na Plataforma Paulo Freire, para fins de análise, homologação e publicação pela Capes, documento aprovado pelo Fórum supracitado. Com a etapa das pré-inscrições dos professores cadastrados no Educacenso na função Docente ou Tradutor Intérprete de Libras na rede pública de educação básica, foram estreitados contatos entre o Instituto Anísio Teixeira (IAT), as Diretorias Regionais de Educação, Secretarias Municipais, APLB Sindicato, União dos Dirigentes Municipais de Educação e União dos Conselhos Municipais de Educação, com o objetivo de assegurar maior mobilização dessa ação e ampliar a divulgação desse processo. Findada essa fase, as pré-inscrições foram validadas pelas Secretarias Municipais e Estaduais que disponibilizaram a relação de seus pré-inscritos na Plataforma Paulo Freire, onde as Instituições de Ensino procederam com a seleção dos mesmos e efetuaram o registro/matricula desses professorescursistas, com a abertura de mais 11 turmas, conforme quadro 06: IPES Turmas Ofertadas Turmas Cursos Ofertados Formadas UESC 6 1 Pedagogia UNEB 30 4 Pedagogia, Ed. Física, Letras, Geografia UEFS 5 2 Pedagogia UESB 17 1 Pedagogia UFBA 8 1 Matemática UFRB 2 2 Matemática e Ciências da Natureza Total Quadro 06: cursos ofertados por universidade. Bahia, Durante o ano de 2013, o IAT intensificou a sua participação em reuniões e em eventos com a UNDIME, representantes da APLB, com o intuito de apresentar e/ou reforçar as ações e programas voltados para formação dos professores da educação básica, uma vez que é a escola pública deve ser reconhecida como um espaço de produção e de apropriação de conhecimento. O PARFOR-BA se afirmou como ação importante para a ampliação das oportunidades de acesso à educação superior dos docentes em serviço, conforme quadro 07. Ano Vagas (B) Pré-inscritos (C) Avaliados (D+E) Validados (D) Negados (E) Não Avaliados (F) Matriculados (G) Total Quadro 07: dados da Plataforma Paulo Freire nos cursos do Parfor-BA. Bahia, 2009 a Página 19 de 52

20 FORPROF-BA Fórum Permanente de Apoio à Formação Docente da Bahia RELATÓRIO DE RESULTADOS 2013 O Fórum Estadual Permanente de Apoio à Formação Docente da Bahia - FORPROF-BA, é um órgão colegiado criado em 21 de janeiro de 2010, por iniciativa da Secretaria da Educação, SEC-BA, por meio do Instituto Anísio Teixeira (IAT), de acordo com o decreto 6.755, de 29 de janeiro de 2010, do Ministério da Educação MEC. O FORPROF-BA é um espaço de diálogo, entre as diversas instâncias representativas da Educação Pública na Bahia, que discute e coordena as ações de desenvolvimento da Política de Formação de Professores do Estado da Bahia. Reunião do FORPROF-BA no IFBA Tem com finalidade dar cumprimento ações da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica instituída pelo Ministério da Educação MEC, por meio do decreto 6.755, de 29 de janeiro de 2010, com a finalidade de organizar em regime de colaboração entre União, Estados, Distrito Federal e os Municípios a formação inicial e continuada de professores. E, considerando a necessidade do cumprimento dos objetivos da Política Nacional de Formação de Profissionais do Magistério da Educação Básica, o FORPROF BA participou e apoiou eventos sobre a formação de professores, bem como promoveu as seguintes atividades, durante o ano de O Fórum realizou cinco reuniões ordinárias das quais quatro atenderam o objetivo de promover uma aproximação entre as Instituições que possuem representação no FORPROF BA, discutir e planejar o desenvolvimento do Parfor na Bahia. As reuniões contaram com a participação dos membros natos, suplentes e convidados FORPROF BA. Além das reuniões ordinárias, o Fórum realizou, também, quatro reuniões regionais presenciais na UESC, UESB, UEFS, UFRB e uma por videoconferência, juntamente com a UNEB. Estas reuniões tiveram com principal finalidade mobilizar e reforçar a importância das Secretarias Municipais de Educação em informar a real demanda para os cursos do Parfor- BA/ 2014, por meio do sistema da Plataforma Paulo Freire, a fim de que as referidas Universidades planejassem as suas ofertas. Foram realizadas mais três reuniões através de videoconferência, com o objetivo de orientar os gestores das Diretorias Regionais de Educação e Secretários Municipais de Educação quanto aos procedimentos de utilização da Plataforma Paulo Freire, a saber: Inserção de demanda de cursos; Pré-inscrição de professores nos cursos na Plataforma Freire; Orientações para os Secretários Municipais de Educação sobre validação dos professores préinscritos. Houve também visitas técnicas às Universidades ocorridas ao longo do ano de 2013 que objetivaram atualizar e confirmar os dados sobre os professores vinculados aos cursos das IPES do Parfor-BA. Foi realizada a sistematização de dados extraídos do sistema da Plataforma Paulo Freire, da CAPES e fornecidos pelas IPES parceiras. Nas reuniões do FORPROF-BA também foi analisado e deliberado sobre a implementação de polos presenciais e da UAB, bem como a oferta de cursos e das pré-inscrições dos professores no sistema da Plataforma Paulo Freire. III Simpósio Baiano das Licenciaturas SBL O III SBL, que contou com a temática Articulação entre Ensino Superior e Educação Básica: a Página 20 de 52

21 construção de políticas públicas de formação de professores foi realizada no período de 07 e 09 de agosto de 2013, sediado e organizado pela UFRB, em parceria com o FORPROF-BA, a SEC e as IPES. O evento teve como objetivo geral refletir sobre a Política de Formação de Professores no Estado da Bahia e sua aderência e compromisso com a qualificação da Educação Básica no Estado, contou com cerca de 760 participantes, dentre eles, estudantes, professores coordenadores e gestores dos cursos de licenciaturas das IPES e professores, gestores de Unidades Escolares/Educação Básica. O Simpósio contou, em sua programação, com palestras, 6 mesas temáticas e 137 trabalhos apresentados, sendo 90 em forma de comunicação oral e 47 em forma de pôster, divididos entre 9 grupos temáticos, conforme o quadro 08: Grupos Temáticos Mesas Temáticas GT 1. Articulação as instituições de ensino superior e a escola básica; GT 2. Interface do estágio curricular dos cursos de licenciatura com a educação básica. GT 3. Inovações curriculares nos cursos de Licenciatura; GT 4. A EAD e as Tecnologias da Comunicação e Informação na formação de professores; GT 5. Práticas de Formação de Professores nas Ciências Naturais e Exatas; GT 6. Práticas de formação de professores nas Ciências Humanas e Sociais; GT 7. Formação de professores para atuação com as diversidades; GT 8. Formação de professores para Educação Infantil e anos iniciais do Ensino Fundamental. GT9. Políticas educacionais de formação de professores. Quadro 08: programação do III Simpósio Baiano das Licenciaturas. Bahia, Mesa 1: Instituições de Ensino Superior, escola básica e o estágio na formação de professores Mesa 2: Inovações Curriculares nos Cursos de Licenciaturas Mesa 3: Conhecimento, tecnologias e formação do professor Mesa 4: Formação de professores das diferentes áreas do conhecimento Mesa 5: Formação de professores para atuação com as diversidades. Mesa 6: A formação do professor para atuação na Educação Infantil, Anos Iniciais do Ensino Fundamental e Educação de Jovens e Adultos. Instituições que possuem representação no Fórum (membros e parceiros): Secretaria Estadual da Educação (SEC); Instituto Anísio Teixeira (IAT); Ministério da Educação (MEC); Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Ensino Superior (Capes); União dos Dirigentes Municipais de Educação (Undime); IPES parceiras: UESC, UESB, UNEB, UEFS, UFBA, UFRB, UNIVASF, IFBA, IFBaiano; Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (Anfope); Conselho Estadual de Educação da Bahia (CEE-BA); União Nacional dos Conselhos Municipais da Educação (UNCME-BA); APLB-Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia. Atualmente, o Professor Osvaldo Barreto Filho, Secretário da Educação, é o presidente do FORPROF- BA e a Professora Irene Cazorla é a vice-presidente. Página 21 de 52

22 FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO: Cursos de curta duração, extensão, aperfeiçoamento e especialização; Inovação e Experimentação Página 22 de 52

23 6. FORMAÇÃO CONTINUADA DOS PROFISSIONAIS DA EDUCAÇÃO RELATÓRIO DE RESULTADOS Programa Gestar na Escola O Programa Estruturante Gestar na Escola foi inspirado no programa do Governo Federal GESTAR (Gestão em Aprendizagem Escolar), cuja abordagem foi remodelada e o Estado da Bahia implementou em 2012, essa nova frente de atendimento a escola, baseado na realização de encontros presenciais regulares e assistência ao trabalho pedagógico com professores, apoiado com a utilização de material didático pelo estudante e incentivo à produção didática de autoria dos professores da rede. Dinâmica de atuação do GESTAR NA ESCOLA Em 2013, o atendimento às séries finais do Ensino Fundamental foi realizado, principalmente, através do Programa Estruturante GESTAR na Escola, que entregou para estudantes cadernos com atividades complementares de apoio à aprendizagem relacionada com a formação (185 horas) de professores, associado ao acompanhamento pedagógico de professores, sendo de Língua Portuguesa e de Matemática e desenvolveu orientação metodológica em 720 escolas em 276 municípios. A formação continuada dos professores foi desenvolvida através do estudo e realização de práticas como planejamento de aulas em diálogo com os parâmetros curriculares nacionais das séries finais do ensino fundamental e revisão de planos de ensino. A formação privilegiou o entendimento sobre as necessidades de aprendizagem dos estudantes valendo-se dos espaços de discussão com os professores para implementar a política de ensino e aprendizagem focada no desenvolvimento de habilidades e competências. Síntese de Resultados do GESTAR NA ESCOLA O Programa desenvolve-se por meio de assessoria às unidades de ensino na construção de projetos pedagógicos e de planejamentos didáticos; desenvolvimento Página 23 de 52

24 das propostas didáticas sugeridas para os anos/séries de atendimento da unidade de ensino parceira do projeto ou, especialmente, de unidades de ensino onde se registre lotação de professor em curso na ação formativa; atendimento aos alunos: disponibilidade do caderno de apoio à aprendizagem, sendo um exemplar de língua portuguesa e um de matemática constituídos por atividades sugeridas da fonte CADERNO DO ALUNO DE ATIVIDADES DE APOIO A APRENDIZAGEM - AAA/GESTAR II ; acompanhamento das práticas pedagógicas articuladas pelos grupos de professores no ambiente de atividade complementar e desenvolvidas com os alunos; assistência à gestão escolar na institucionalização de atividades que induzam à melhoria do ensino e, consequentemente, seus indicadores de qualidade. O Programa atuou ainda com a disponibilidade de material didático complementar ao plano de estudos do aluno e de apoio à prática pedagógica do professor. Trata-se do caderno complementar/atividades complementares. Este material didático é composto por exercícios de Língua Portuguesa e de Matemática (5ª a 8ª série ou ciclo correspondente, 6º ao 9º anos) intitulado CADERNO de Atividades Complementares para cada estudante com conteúdos conceituais e transversais previstos nas diretrizes curriculares do ensino de língua portuguesa e matemática. O GESTAR NA ESCOLA distribuiu material didático, cadernos individuais do aluno, para toda a rede educacional das séries finais do ensino fundamental e manteve acompanhamento e avaliação junto à instituição educacional por meio da articulação com seus professores. Além dos referidos cadernos, o programa disponibilizou atividades complementares de apoio à aprendizagem dos estudantes cuja produção, de autoria dos formadores do projeto, atende a atividades de reforço e revisão dos conteúdos curriculares, subsidiando o trabalho docente e garantindo a melhoria do ensino e aprendizagem. O material didático do Programa GESTAR NA ESCOLA é constituído de 08 cadernos do aluno Atividades de apoio à aprendizagem, sendo 04 de Língua Portuguesa e 04 de Matemática, correspondentes às anos finais do ensino fundamental. Este kit de material didático é um dos pilares da implementação do referido projeto nas escolas parceiras da rede estadual de ensino. O referido material dinamiza o trabalho docente articulado por grupos constituídos de professores em serviço, assistidos por formadores do Programa, numa dinâmica e linguagem voltadas para o atendimento ao estudante, que deve ser beneficiado com material de apoio à sua aprendizagem, o caderno do aluno, cujos conteúdos investem no desenvolvimento de competências e habilidades compreendendo o sujeito nas dimensões individual e social. Utilizando-se desse material didático, os professores desenvolvem situações de aprendizagem em diálogo com as diretrizes curriculares para o ensino e aprendizagem. O trabalho docente contou diretamente com a disponibilidade desse material de apoio à aprendizagem dos estudantes uma vez que a formação continuada realizada pelo programa preconiza que os professores desenvolvam as práticas efetivamente em sala de aula. A partir de dinâmicas que subjazem utilização do CADERNO DO ALUNO/AAA GESTAR II, atividades de apoio à aprendizagem dos alunos então sugeridas, partiu-se para várias contribuições à escola: I) dados que orientaram a revisão do currículo; II) fortalecimento do engajamento dos professores mediante a prática de trabalhos integrados em um nível intenso de interlocução; III) favorecimento a iniciativas paralelas assumidas institucionalmente pela escola em respeito às suas especificidades. Painel da Avaliação Complementar na unidade escolar Visando promover melhor qualidade e equidade ao processo de ensino e de aprendizagem no Ensino Fundamental II das escolas da Rede Estadual, inseriuse no acervo de suas atividades pedagógicas uma ação avaliativa de acompanhamento da trajetória da aprendizagem estudantil: a Avaliação Complementar. O processo avaliativo definiu-se por sua natureza Página 24 de 52

25 interdisciplinar, diagnóstica de caráter processual, de natureza formativa, com base nas disciplinas de Língua Portuguesa e Matemática e teve como objetivo colaborar para a aprendizagem estudantil, ao tempo em que contribuiu na ampliação do acervo didático da prática docente, corroborando para a eficiência e eficácia de seu planejamento com vistas a indicar quais competências e habilidades dos estudantes necessariamente deverão nortear o planejamento do professor trilhando as propostas curriculares de base do Ensino Fundamental II, garantindo a qualidade do percurso estudantil letivo, por ano/série, com vistas a elevar a qualidade de sua aprendizagem Programa Ciência na Escola O Programa Ciência na Escola (PCE) é uma ação estruturante da Secretaria da Educação do Estado da Bahia que visa fortalecer o processo de Educação Científica para professores e estudantes. Suas ações estão pautadas em propostas, que favorecem o desenvolvimento profissional de professores, ao considerá-los atores importantes do processo educativo, responsáveis pela mediação das interações discursivas em sala de aula, uma vez que, não somente estabelecem o processo de ensino, como também criam as condições para que a aprendizagem aconteça. Formação dos articuladores do Ciência na Escola em Salvador A proposta de realização de uma formação específica para os professores da Área de Ciências da Natureza (Química, Física e Biologia) e Geografia, busca fomentar a produção científica nas Unidades Escolares, e prevê a utilização dos materiais didáticos Bahia, Brasil: Espaço, Ambiente e Cultura; Bahia, Brasil, bem como a produção de material didático e instrucional, sequências didáticas, cartilhas, dentre outros, além da realização das feiras de ciências escolares como um espaço de mostra de experiências. Outra vertente de formação proposta pelo PCE é a produção colaborativa de projetos de pesquisa sociocientifica e socioambiental, orientados por professores; para estimular o ensino e a aprendizagem das Ciências na Educação Básica. Dinâmica de atuação do Programa Ciência na Escola O Programa Ciência na Escola tem como produto final a realização da Feira de Ciências da Bahia que tem como diferencial o fortalecimento do movimento de transformação do currículo das escolas estaduais e uma política pública de formação de professores visando à valorização dos mesmos como sujeitos portadores de direito à formação, à atualização e ao protagonismo nas decisões pedagógicas da escola em que atuam. O curso de Prática da Iniciação Página 25 de 52

26 Científica na Educação Básica (120 horas) realizou a formação de 1370 professores das séries finais do ensino fundamental e ensino médio em 525 escolas em 270 municípios. Ao total, foram 320 mil estudantes beneficiados. Durante o processo de formação, os multiplicadores (professores que realizaram a formação dos professores-cursistas) utilizaram conteúdos científicos e digitais armazenados em nove mil pen drives distribuídos, bem como no material didático, ambos os recursos direcionados à formação de grupos de pesquisa nas escolas. Com base nas orientações recebidas, os multiplicadores foram às escolas localizadas no interior e capital e desenvolveram proposta com os professores parceiros do Programa que, por sua vez, modificaram sua atuação nas salas de aulas com foco na aprendizagem do estudante. O Programa na escola foi executado pelos professores em curso, através do desenvolvimento de projetos de pesquisa estudantil orientado pelos professores e criação de propostas de sequências didáticas, com temas escolhidos pelos professores e acompanhados pelos articuladores em visitas durante o horário de Atividade Complementar (AC) e pelo Ambiente Virtual de Aprendizagem (AC). Os objetivos alcançados nas visitas às escolas foram: Organização da rede colaborativa na escola com foco no desenvolvimento profissional dos professores; Criação de instrumentos de coleta de dados para verificar o engajamento comportamental e cognitivo dos estudantes de forma a colaborar com a avaliação do professor de sua prática docente; Fortalecimento do ensino através da oferta do curso Construindo e Investigando Inovações Educacionais resultando no desenvolvimento de projetos de pesquisa estudantil com temas relevantes para a escola e comunidade a serem submetidos nas Feiras; Produção de sequências didáticas, materiais instrucionais e instrumentos de coleta de dados em parceria com grupos locais de pesquisa educacional, promovendo a interdisciplinaridade; Apoio à submissão de 506 projetos de pesquisa de caráter investigativo na III Feira de Ciências da Bahia. Mapa 02: Abrangência Territorial do Ciência na Escola Página 26 de 52

27 O livro didático Bahia, Brasil-Espaço, Ambiente e Cultura foi distribuído para 211 mil estudantes das séries finais do ensino fundamental e elevou a importância da alfabetização cartográfica, considerando as conexões com uso e ocupação do solo, vegetação, fauna, flora, rios, meio ambiente, ciclos biogeoquímicos e dinâmica da circulação atmosférica. A publicação guiou educadores e estudantes ao conhecimento dos elementos bióticos e abióticos que constituem o espaço social no qual vivem os grupos humanos. O Programa realizou diversos eventos visando ampliar as ações da educação científica a partir das solicitações oriundas das unidades escolares, estimular o envolvimento dos professores nas atividades do Projeto e fortalecer a pesquisa e produção de projetos. Dentre os eventos, destacam-se a realização de cinco videoconferências temáticas e quatro workshops com os temas descritos no quadro 09. Nº Tema I Reflexões e construção de uma agenda para a formação de professores de Ensino de Ciências II Construção de uma política para disseminação da ciência na educação básica III Rede colaborativa entre a Educação Superior e a Educação Básica na condução da Pesquisa Educacional nas escolas públicas da Bahia Quadro 09: temas do Workshop Formação em Educação Científica no IAT. Bahia, Quanto às videoconferências, foram realizadas com carga horária entre 4 e 8 horas e tiveram a participação de participantes ao total. Os temas trabalhados foram: O processo de construção colaborativa da III Feira de Ciências da Bahia; Metodologia de Pesquisa: Coleta e análise de dados; Projeto Energia que Transforma- 18 de setembro; Inovações Educacionais no Contexto do Desenvolvimento Profissional; Articulação da educação formal com projetos de ensino em espaços não-formais. Atendimento à Sociedade Escolar pelo Projeto Energia que Transforma O Programa promoveu também o diálogo com a comunidade escolar e científica, através dos projetos Energia que Transforma e das feiras de ciências escolares. O projeto Energia que Transforma, parceria com o Ministério de Minas e Energia, a Fundação Roberto Marinho e o Canal Futura, foi composto por uma unidade móvel, que promoveu a popularização da ciência e tecnologia em treze municípios baianos, envolvendo membros da comunidade escolar, através de ações formativas apoiadas por equipamentos/experimentos científicos que traduziram fenômenos através de conceitos simples e vivenciais do dia a dia. Esse projeto realizou também a distribuição de lâmpadas fluorescentes para os participantes, como um incentivo à mudança de comportamento, centrando-se no fato de que a eficiência energética pode ser alcançada pela melhor utilização da energia, por meio do uso de tecnologias eficientes. Os municípios contemplados foram: Paulo Afonso, Salvador, Feira de Santana, Jequié, Pojuca, Itaberaba, Ribeira do Pombal, Nazaré das Farinhas, Valente, Amélia Rodrigues, Elísio Medrado, Catú e Cachoeira. Página 27 de 52

28 6.3. III Feira de Ciências da Bahia e VIII Feira Baiana de Matemática RELATÓRIO DE RESULTADOS 2013 Nesse escopo da experimentação educacional, da formação de profissionais da Educação e de cooperação para criação de novas tecnologias de ensino e aprendizagem se situa o projeto da III Feira de Ciências da Bahia e VIII Feira Baiana de Matemática. O evento foi um espaço de mostra de experiências e projetos de Ciências de estudantes orientados por docentes para estimular o ensino e aprendizagem das Ciências na Educação Básica e valorizar as boas iniciativas nesse âmbito; assim como socializar em nível estadual os esforços de cada escola. Além disso, a Feira ao ser aberta à população se caracteriza, também, como um espaço não formal de acesso à ciência e de divulgação cientifica, à apresentação dos princípios das Ciências Exatas, da Natureza, da Matemática, das Ciências Humanas e das Engenharias. Tudo isso implicado no estímulo à experimentação e pesquisa científica nas escolas da Educação Básica: Ensino Fundamental e Ensino Médio. Esse estímulo se deu por uma estratégia que concatena iniciativas que já existem no âmbito da Secretaria da Educação, através do IAT, a seguir: Dinâmica de Atuação da Feira de Ciências 1. Formação de Professores em Ciências; 2. Estímulo à realização de experiências científicas e inovações experimentais de estudantes com orientação de professores; 3. Estabelecimento de uma política de mudança curricular visando à melhoria do ensino de Ciências; 4. Aproximação entre os campos da Ciência, da Cultura, dos Direitos Humanos, da Comunicação e das novas tecnologias da comunicação. Estudantes apresentando Projeto na III Feira de Ciências da Bahia em Salvador A realização da III Feira de Ciências da Bahia e VIII Feira de Baiana Matemática nos dias 27 a 29 de novembro de 2013 na Arena Fonte Nova promoveu a apresentação de 240 projetos científicos elaborados por 686 estudantes e professores expositores do ensino fundamental e médio, com objetivo de contribuir com soluções inovadoras para problemas contemporâneos por meio de metodologias colaborativos, investigativos e experimentais. Os melhores projetos foram premiados com a participação dos estudantes em diversos eventos na área científica no Brasil, além de 36 tablets e 18 pen drives. Ao total, o evento contou a visitação de pessoas, conforme quadro 10. Página 28 de 52

29 Indicador Nº de Projetos selecionados Nº de escolas atendidas Nº de municípios atendidos Quadro 10: atendimento realizado pela Feira de Ciências. Bahia, 2011 a A ampliação do número de projetos submetidos à III Feira de Ciências é um exemplo de ação exitosa do Programa Ciência na Escola junto aos professores, pois evidencia a ampliação do seu interesse para construção de projetos de pesquisa investigativa junto aos seus estudantes Programa Ensino Médio Em Ação (Em-Ação) O Programa Estruturante Ensino Médio em Ação (EM-Ação), implantado em 2012 em articulação com as universidades estaduais (UNEB, UESC, UEFS e UESB) e da UFRB, objetivou fortalecer o ensino e a aprendizagem dos conteúdos curriculares da Base Nacional Comum do Ensino Médio, ressignificando a formação através do uso de tecnologias educacionais. Os princípios do projeto foram: o estudante, cujo direito de aprender deve ser garantido; o professor, como mediador entre o conhecimento a ser aprendido e o estudante; e a unidade escolar, como espaço de formação, na perspectiva da educação integral. Para atuar nesses princípios, o EM-AÇÃO desenvolveu três linhas de ação: formação continuada de professores, produção de material didático e suporte pedagógico ao estudante. O Programa parte do pressuposto de que é preciso criar condições para que os professores possam trabalhar os conteúdos escolares de forma mais efetiva dentro da carga horária disponível para a disciplina. Dinâmica de atuação do EM-AÇÃO A ideia é que eles possam receber formação em serviço na própria unidade escolar, com orientações que potencializem seu fazer pedagógico; possam contar com suporte pedagógico para seus estudantes, seja na execução do reforço escolar, ou no desenvolvimento de atividades para além da sala de aula, incentivando o protagonismo juvenil, com atividades que integrem práticas curriculares inovadoras, fomentando a cultura digital, ampliando as oportunidades de aprendizagem e potencializando a escola como ambiente de educação de cidadãos. Para cumprir com o desafio de articular as três linhas de ação, o Projeto tem utilizado também de um ambiente virtual de aprendizagem para esclarecer dúvidas e dar orientações a toda equipe envolvida no Programa. Página 29 de 52

30 Articuladores Regionais do EM-AÇÃO em Salvador Em 2013, a formação de professores de Língua Portuguesa e Matemática ocorreram em dois níveis: formação de articuladores regionais e professores das escolas. Os 30 articuladores regionais que participaram de curso de formação, com carga horária de 120 horas, ministrado por especialistas das universidades em 2012, realizaram a formação e acompanhamento pedagógico de 754 professores de Língua Portuguesa e 385 de Matemática, para que estes aplicassem as orientações e os conhecimentos na sala de aula. A formação teve carga horária de 170 horas e esses professores tiveram o apoio também de 35 tutores.os tutores foram responsáveis por implementar o planejamento pedagógico, orientando os professores cursistas no cumprimento das atividades semanais, previstas no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA) do programa. Foram disponibilizados em ambiente virtual dois cadernos temáticos, utilizados como apoio ao livro didático, que contemplaram as disciplinas de Língua Portuguesa, Matemática, Literatura, História, Geografia, Biologia, Química e Física, promovendo os princípios de interdisciplinaridade, transversalidade e contextualização. Formação de articuladores em Bom Jesus da Lapa O suporte pedagógico para os estudantes das escolas parceiras do EM-Ação foi potencializado pelo uso das tecnologias da informação e comunicação. A plataforma virtual GEEKIE, que usa a mesma metodologia de avaliação do ENEM para identificar os pontos fortes e as dificuldades do estudante, foi disponibilizada para todos os estudantes do ensino médio. Dessa forma, os alunos identificaram suas dificuldades e direcionaram seus estudos, assim como os professores e escolas visualizaram como ajudar os estudantes a potencializar seu desempenho. Deste modo, o EM-Ação desenvolveu iniciativas em que o professor pudesse trabalhar as lacunas conceituais, identificadas por atividades de diagnóstico e planejamento durante o curso, articulando tarefas interdisciplinares e transversais com uso de materiais didáticos e tecnológicos. A fim de cumprir com o compromisso em orientar e acompanhar esses professores, o Programa realizou visitas técnicas em 328 escolas estaduais de 177 municípios, de modo que a fornecer subsídios metodológicos aos professores e informações aos gestores das escolas. Ao total, estudantes do ensino médio foram atendidos, conforme quadro 11. Página 30 de 52

31 DIREC MUNICIPIO QUANTIDADE Língua Portuguesa Matemática 1A/B Salvador e Região Metropolitana Feira de Santana Alagoinhas Santo Antonio de Jesus Ilhéus Itabuna Eunápolis Teixeira de Freitas Paulo Afonso Serrinha Jequié Itapetinga Juazeiro Jacobina Itaberaba Brumado Vitória da Conquista Irecê Macaúbas Caetité Barreiras Bom Jesus da Lapa Seabra Senhor Bonfim Amargosa Guanambi Total Quadro 11: distribuição dos professores atendidos pelo EM-AÇÃO por DIREC. Bahia, Página 31 de 52

32 Mapa 03: abrangência territorial do EM-AÇÃO A formação dos professores teve a contribuição da realização de diversas videoconferências que registrou a presença, ao total, de 600 professores e estudantes. Dentre os temas discutidos estão: Saberes e Praticas do professor de Língua Portuguesa do Ensino Médio; Discutindo a Matemática do Planeta Terra; Pesquisa EM-Ação no chão da Escola: Construindo um relato de experiência; Literatura Afro-Brasileira e possibilidades de leitura do Ensino Médio; Relatos e Memórias da prática docente no Ensino Médio: Uma trajetória com o EM-Ação; Programação do evento De Olho no ENEM. Página 32 de 52

33 Uma ação que merece destaque na programação do EM-Ação foi a realização do evento De Olho no ENEM, que objetivou revisar conteúdos importantes do ensino médio e promover momentos de reflexões acerca da importância da participação dos estudantes no ENEM. Ao total, estudantes do ensino médio de escolas da capital e interior participaram do evento. Nº de estudantes participantes dos aulões 6.5. Curso em Atualização em Práticas Pedagógicas O Curso de Atualização em Práticas Pedagógicas está inserido na Lei , de autoria do Governo do Estado, aprovada pela Assembléia Legislativa. A Lei estabelece as normas de promoção da carreira do magistério público para os anos de 2012 e 2013, assegurando um ganho médio de 14%, com a participação no curso. O objetivo do curso foi contribuir com a atualização da prática pedagógica em sala de aula de professores e coordenadores pedagógicos do ensino médio que atuam nas áreas de Língua Portuguesa, Matemática, Biologia, Física, Química, Ciências, Geografia, História, Sociologia e Filosofia; e professores do ensino fundamental de Ciências e Geografia da rede estadual, de modo a fortalecer a qualidade da educação básica oferecida pela rede estadual. O curso foi realizado pela Universidade de Brasília (UnB), na modalidade de Educação a Distância (EaD), com duração total de 120 horas, dividido em duas etapas de 60 horas cada. Os professores formados tiveram acesso a materiais didáticos adequados às tecnologias de educação a distância e conteúdos com interfaces aos programas estruturantes relacionados à educação no Estado. O curso proporcionou uma interação e convivência entre professores de diversos pontos do Estado, possibilitando a troca das experiências ocorridas no ambiente virtual e nas escolas e o fortalecimento do trabalho interdisciplinar. Entre os temas apresentados, destaque para A importância da interdisciplinaridade e da transversalidade na organização do ensino e na formação dos professores e estudantes, Pesquisa aplicada à educação básica: a prática docente em foco e, ainda, Avaliação do processo educativo: natureza, procedimentos técnicos e resultados. Página 33 de 52