A Abaf. Bahia Florestal
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- Maria das Graças Ávila Pacheco
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1 Oportunidades de Negócios Sustentáveis
2 2 A Abaf Fundada em 2004, a Associação Baiana das Empresas de Base (Abaf) representa as empresas do setor de base florestal atuantes no Estado e os principais fornecedores envolvidos na produção. O foco das atividades está na motivação ao plantio e ao uso racional das florestas, apoio a iniciativas para o crescimento e ordenamento do setor florestal e defesa de políticas públicas para o desenvolvimento sustentável. A Associação atua na busca do desenvolvimento econômico do setor e consequentemente do Estado aliado à preservação do meio ambiente, promovendo a união dos atores envolvidos e dedicados à indústria de base florestal bem como sua relação com órgãos públicos, ONGs e sociedade civil organizada. A Abaf divulga e estimula a pesquisa e o aperfeiçoamento da ati - vidade e atua em prol da humanização das relações do trabalho e da conservação dos recursos naturais, coletando e divulgando da - dos e estatísticas que informem e construam uma imagem positiva das atividades que envolvem o setor. A Abaf e as empresas representadas desenvolvem ações socioambientais que impulsionam a sustentabilidade cotidiana. São estas práticas que a Associação representa e são elas que comprovam a qualidade dos produtos gerados pelos nossos plantios.
3 3 Economia verde e competitiva A Associação Baiana das Empresas de Base (Abaf) representa um dos mais competitivos segmentos econômicos do nosso Estado. Esta cadeia produtiva especializada, moderna e ambientalmente responsável vem se destacando no cenário econômico local e estadual, trazendo desenvolvimento para regiões, até en - tão, economicamente deprimidas. Este é o novo conceito que queremos apresentar: a e suas oportunidades de negócios. Uma que se multiplica no plantio de flo - restas, na produção de papel, celulose e carvão vegetal legalizado, na geração de energia, na produção de móveis, na madeira da construção civil, no desenvolvimento de fármacos, na economia climática e no sequestro de carbono. O setor aposta e indica como tendência presente e futura o desenvolvimento econômico baseado em ganhos sociais e ambientais. Há muito por vir, com possibilidades de diversificação dos investimentos por parte de empresas e seus líderes. Futuramente, a economia global terá base nas áreas verdes do nosso planeta, e o que queremos é que a que reúne condições de solo e clima extremamente favoráveis para o plantio de rápido crescimento esteja atenta e seja pioneira nesse processo. Para a Abaf, os dados apresentados a seguir atestam uma nova visão estratégica: a de que estamos caminhando para um novo ciclo de desenvolvimento no qual a chamada economia verde não será mais uma projeto de futuro mas sim realidade. Leonardo Genofre Presidente da abaf
4 4 O Sindpacel Um dos mais antigos sindicatos da, o Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da (Sindpacel) está próximo de completar seis décadas de atuação. Nesse tempo, suas lideranças estiveram à frente da evolução do setor de papel e celulose com a chegada de novas tecnologias e a incorporação das melhores práticas corporativas e ambientais. Mais do que trazer novos conceitos para a produção industrial do Estado, o setor de papel e celulose tornou-se referência para outros segmentos ao aliar conceitos fundamentais nos dias de hoje com o desenvolvimento social e econômico aliado à proteção ambiental. O Sindpacel atua na defesa das indústrias de seu segmento, trabalhando para que estes conceitos ocupem lugar de destaque no dia a dia das indústrias sejam elas pequenas, mé - dias ou grandes. A entidade também tem como desafio integrar as indústrias de papel e celulose em suas relações com os trabalhadores, governos, órgãos públicos e entidades da sociedade civil organizada. Além disso, busca ser fonte de informações, análises e estatísticas que possam servir de base para o melhor entendimento do setor. O Sindpacel e, consequentemente, seus associados estão cientes da sua importância para o crescimento do Estado e imbuídos em contribuir para que a se consolide como um dos principais polos produtores do País.
5 5 Papel e celulose como eixos do desenvolvimento sustentável As indústrias de papel e celulose representam hoje um diferencial econômico para a. O setor acumula resultados impressionantes, como a geração de milhares de empregos diretos e indiretos no Estado, a disputa saudável pela liderança no ranking de exportações e um volume expressivo de investimentos em diversas áreas. Nosso Estado abriga o maior parque industrial com matéria prima proveniente de eucalipto do mundo, localizado no Extremo Sul o que nos orgulha e coloca a região em evidência mundial. Nossa presença, porém, está também em outras localidades, como na Região Me tropolitana de Salvador, onde temos importantes indústrias. Orgulha-nos saber que a cada quatro toneladas de celulose exportada pelo País, uma é produzida na. Da mesma forma, alegra-nos saber que as cidades nas quais estamos presentes, apresentam evoluções substanciais em seus indicadores sociais. E, não menos importante, todos estes ganhos andam lado a lado com a proteção do meio ambiente, já que 100% da matéria-prima utilizada por nossas indústrias é proveniente de reflorestamentos de eucalipto. Somos um elo importante do que chamamos de e queremos, com a divulgação dos dados adiante, reafirmar nossos conceitos e compromissos e ainda reforçar nossa pujança econômica. Porém, mais do que mostrar nossa contribuição para o desenvolvimento econômico do Estado, queremos ressaltar que somos comprometidos com a, seu povo e seu ambiente natural. Jorge Cajazeira Presidente do sindpacel
6 A
7 A : um setor que não para de crescer 7 A economia florestal constitui-se atualmente em uma das mais importantes atividades econômicas do País, e a situa-se entre os quatro principais estados de base florestal. O crescimento da atividade e a ampliação dos investimentos tornam crescente a importância dessa atividade para a economia baiana de tal maneira que já se pode falar de uma, como uma referência à cadeia produtiva de base florestal dividida em segmentos como plantio de florestas, produção de papel e celulose, geração de energia, economia climática, sequestro de carbono e produção de móveis, madeira para construção civil, postes, compensados, painéis e outros. Quando se trata de economia florestal, a é um dos players nacionais. O Estado abriga empresas de porte, a exemplo da Fibria Celulose, da Suzano Papel e Celulose, BSC ( Specialty Cellulose), Ferbasa, Veracel Celulose e outras de menor porte, todas com planos de ampliar as atividades em médio prazo. A aparece em quarto lugar no País em termos de localização de maciços florestais, com 658 mil hectares plantados, segundo dados da Associação Brasileira de Produtores de Florestas Plantadas e considerando-se as empresas associadas e não associadas à entidade e as áreas de fomento e arrendamento florestal. O total representa 10,1% da área plan tada com pinus e eucalipto no Brasil. distribuição da área de plantios de eucalipto e pinus por estado (2010) MG 23,69% MS 6,0% RS 6,8% SC 10,0% BA 10,1% PR 13,0% SP 18,5% Outros 12% fonte: associadas individuais e coletivas da abraf (2011) e diversas fontes compiladas por Pöyry silviconsult (2011)
8 AP PA MA TO PI MT BA Área e distribuição de plantios florestais (eucalipto e pinus) no brasil, 2010 Total: ha MS GO SP MG ES PR Total: ha RS SC fonte: abraf, com base nas associadas individuais e coletivas da entidade
9 O Estado especializou-se no plantio da variedade eucalipto, que corresponde a 96% das florestas plantadas na e que encontra, em determinadas regiões, condições ótimas de cultivo, que lhe permitem alcançar o tamanho ideal de corte entre seis e sete anos. Essa mesma variedade demora 21 anos para atingir a idade de corte na Austrália, Suécia ou Finlândia. 9 O eucalipto corresponde a 96% das florestas plantadas na distribuição da área de plantios de eucalipto por estado (2010) SP 22,0% MG 29,4% PR 3,4% ES 4,3% RS 5,7% MS 8,0% BA 13,3% Outros 13,9% fonte: bracelpa
10 A produtividade média dos plantios de eucalipto no Bra sil é de 44 m 3 /hectare/ano, mas as condições favoráveis de solo e cli ma da permitem que os plantios flo restais apresentem a maior produtividade brasileira e mundial, atingindo 65 m 3 por hectares/ano. Em geral, os estados de Minas Ge rais, São Paulo,, Mato Grosso do Sul, Rio Grande do Sul, Es pírito Santo e Paraná detêm 86,1% dos plantios do gênero Eucaliptus no Brasil. 10 Produtividade das florestas de rápido crescimento (m 3 /ha/ano) brasil (eucalipto)* Uruguai (eucalipto) indonésia (acácia) Potencial atual Chile (eucalipto) fonte: Pöyry *bracelpa
11 Embora possua o terceiro maior maciço florestal da variedade eucalipto do País, atrás apenas de Minas Gerais e São Paulo, a ampliou o plantio em 2,3% entre os anos de 2009 e A área plantada deverá, no entanto, expandir-se nos próximos anos, com a entrada em operação da nova planta da Veracel, que demandará novos plantios florestais. Nesse mesmo período, os estados que mais ampliaram os plantios foram o Mato Grosso e o Maranhão, que, consequentemente, aumentaram a participação no mercado. O movimento foi decorrente do aque cimento do setor e dos níveis atuais de preços de terras em mercados consolidados, como São Paulo, Paraná e Santa Catarina, fatores que estão incentivando a migração da atividade florestal para áreas denominadas de novas fronteiras florestais Crescimento da área plantada com eucalipto por estado (2009/2010) 30, ,7 10,2 6,4 7,3 1,5 2,2 2,3 0,5 0,4 1,0 0,7 0, , MG sp Pr ba sc rs Ms es Pa Ma Go ap Mt to fonte: anuário abraf (2010), associadas individuais e coletivas da abraf (2011) e diversas fontes compiladas por Pöyry silviconsult (2011)
12 12 A produção total de pasta de celulose na atingiu em 2009 um total de 2,3 milhões de toneladas, representando cer ca de 17% da produção nacional e colocando o Estado em segundo lugar no ranking dos maiores produtores brasileiros, atrás apenas do Estado de São Paulo. Já a produção de papel foi da ordem de 400 mil toneladas em 2009, representando cerca de 4,5% da produção nacional. distribuição nacional da produção total de pasta de celulose (t) Pernambuco 0,2% Pará 2,5% rio Grande do sul 3,5% Mato Grosso do sul 6,1% santa Catarina 6,7% Minas Gerais 9,5% Paraná 10,4% espírito santo 16,6% bahia 16,9% são Paulo 27,7% fonte: bracelpa - dados de 2009
13 As estatísticas demonstram a importância da para a economia do Estado 13
14 As estatísticas demonstram claramente a importância da Flo restal para a economia baiana. Tomando como base apenas o faturamento das empresas do setor, estima-se em 2,5% a participação da cadeia florestal no PIB da. Já em relação ao comércio exterior, pode-se verificar que as exportações baianas de papel e celulose atingiram US$ 1,6 bilhão, respondendo por 18,5% do total das exportações estaduais em 2010 e ocupando o segundo lugar no ranking de produtos da pauta de exportações do Estado, atrás apenas dos produtos quí micos e petroquímicos que participaram com 19,6%, segundo dados da SEI Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais, órgão vinculado à Secretaria do Planejamento do Estado da. Em 2010, as exportações baianas de papel e celulose apresentaram um crescimento de 30,4% em relação ao ano anterior, demonstrando o dinamismo do setor. Aliás, numa analogia histórica, é possível dizer que o agronegócio florestal ocupa hoje na eco nomia baiana a liderança que por muito tempo esteve nas mãos do agronegócio do cacau, que atualmente representa apenas 3,3% das vendas externas. 14 Principais produtos das exportações baianas (2010) Automóveis Cacau Minerais 3,33% 6,14% 3,84% fonte: sei/seplan Metalúrgicos 7,22% Soja e derivados 10,44% 18,55% Papel e celulose Química e petroquímica 19,68%
15 Mais de 30 mil empregos gerados na 15 No que concerne à geração de postos de trabalho e impacto sobre a renda estadual e municipal, o setor florestal emprega, direta e indiretamente, cerca de 30 mil pessoas em todo o Estado. O setor empregou em 2009, somente na área de papel e celulose, trabalhadores diretos e outros indiretos na, gerando uma massa salarial de R$ 102 milhões e pagando R$ 39,1 milhões em encargos sociais, segundo dados da Associação Brasileira de Celulose e Papel Bracelpa. Mas os benefícios da não se limitam à elevação da produção e à ampliação dos níveis de emprego e renda, estendendose também à área social diretamente, por meio de projetos de responsabilidade social, e indiretamente, por meio da geração de tributos. As empresas de celulose sediadas na recolheram aos cofres estaduais impostos no montante de R$19,2 mi lhões em 2009 e tributos municipais no mon tante de R$ 7,5 mi - lhões, situando-se em quarto lugar no País em termos de recolhimento desses impostos. Em relação aos impostos federais, foi arrecadado, em 2009, um montante de R$ 52,7 milhões, colocando a entre os seis estados que mais ar recadam com o setor. Os dados permitem mensurar a importância da atividade florestal para a economia baiana. E essa importância deve se ampliar nos próximos anos com os investimentos já anunciados, a exemplo da ampliação da Veracel Celulose, um investimento de R$ 6 bilhões. O projeto prevê também o aumento da base florestal em 107 mil hectares, prevendo-se o plantio da mesma quantidade de hectares em áreas protegidas. Vale destacar que quantidade semelhante de hectares será preservada e/ou recuperada com vegetação nativa. O investimento vai gerar cerca de quatro mil empregos diretos, com a previsão de plantio de florestas em sete municípios da região. Este investimento será responsável por um novo ciclo de desenvolvimento regional, constituindo-se no maior investimento privado do
16 Estado no atual ciclo de desenvolvimento. A construção da nova fábrica deve durar em torno de 24 meses, e as duas unidades da Veracel juntas vão gerar um total de sete mil empregos. A Suzano Papel e Celulose também programa investir, até 2018, US$ 6,6 bilhões na construção de três novas fábricas, com capacidade de produção de 1,3 milhão de toneladas/ano de celulose cada, estando contemplada a expansão da capacidade de produção da unidade de Mucuri, no Extremo Sul do Estado. Além disso, merece destaque a Specialty Cellulose (BSC), empresa do Grupo Sateri Internacional, com sede em Camaçari, que é a única produtora de celulose solúvel com alto teor de pureza da América Latina. Os investimentos, ao longo dos últimos seis anos, superam a marca de US$ 1 bilhão, incluindo a ampliação da fábrica e da área florestal. Sua produção destina-se, principalmente, ao mercado de viscose, para aplicação na indústria têxtil, e também para especialidades químicas dos setores alimentício, farmacêutico, eletroeletrônico, entre outros. 16
17 Na Europa, são necessários 21 anos para colher a madeira A é uma cadeia produtiva global e, além dos efeitos positivos no âmbito econômico, gera uma série de outros benefícios, especialmente na área de proteção ao meio ambiente. O plantio florestal é uma atividade fortemente preservacionista, que convive em harmonia com as matas nativas e fornece toda a matéria-prima necessária ao beneficiamento industrial dos produtos de origem florestal, reduzindo assim a pressão sobre os maciços nativos remanescentes. Além disso, tem papel importante na recuperação de áreas degradadas e na proteção da nascente dos rios, sendo que, para cada árvore colhida, outra é plantada em seu lugar, de modo que a área florestal preservada no Brasil é, atualmente, de 2,8 milhões de hectares, e na é da ordem de 280 mil hec tares. Em termos de área protegida, que inclui as reservas e áreas de preservação permanente e as Reserva particular do patrimônio patural (RPPN), apenas as três grandes empresas do setor, Suzano, Fibria e Veracel, já possuem uma área que se aproxima dos 600 mil hectares. Além do caráter preservacionista, a cumpre importante papel no combate ao aquecimento do planeta, ao sequestrar car bono da atmosfera com o plantio rápido, constante e crescente de árvores. As florestas plantadas absorvem gás carbônico (CO 2 ) e se constituem numa maneira racional e econômica de reduzir os 28 bilhões de toneladas/ano de CO 2 que são jogados no ar do planeta, fruto da queima de combustíveis. Atualmente, o maciço de florestas plantadas no Brasil absorve um bilhão de toneladas/ano de CO 2, e mais de 10% desse sequestro é absorvido pelas florestas plantadas da. Estima-se que o sequestro de carbono pelas florestas baianas seja da ordem de 120 milhões de toneladas/ano. No Brasil, cada ciclo de eucalipto dura ente 6 e 7 anos 17
18 Além disso, essa característica da exploração de florestas plantadas torna-se gradualmente um diferencial no âmbito econômico, gerando recursos no mercado de carbono através da compra e da venda de créditos de carbono entre os países industrializados mais poluidores. A constitui-se assim um dos mais competitivos vetores de desenvolvimento da economia regional, com impactos bahia: localização de maciços florestais por empresa BA Cadeia florestal está presente em 47 cidades baianas significativos sobre a formação do PIB baiano, a geração de em prego e renda, o recolhimento de tributos e a ampliação da base produtiva, mas também apresenta papel fundamental na recuperação e preservação da Mata Atlântica, além de ge rar alterações benéficas no ambiente socioeconômico. Espacialmente, a dissemina-se por 47 municípios no território baiano. As principais regiões produtoras estão no Extremo Sul, onde se encontram os maiores maciços, no Litoral Norte e na região Oeste. A competitividade do complexo florestal na é resultante das vantagens das regiões produtivas, devido às excelentes condições edafocli - máticas (clima, solo e boa rede hidrográfica), pela utilização de tecnologia florestal avançada, manejo florestal adequado e pelos plantios de rápido crescimento, entre outros fatores. 18
19 Florestas nativas e plantadas compartilham o espaço na paisagem do Estado 19
20 As indústrias geram renda e desenvolvimento social nas cidades, beneficiando a população local Esses fatores vêm determinando a ampliação das florestas plantadas em várias regiões do Estado, cabendo ressaltar que os plantios obedecem a um planejamento sustentável, de acordo com a legislação, que limita em 20% a área municipal destinada a esse tipo de atividade e mantendo rígidos padrões de preservação e de convivência sustentável com o meio ambiente e as comunidades. Um aspecto importante a destacar é que o plantio de florestas não conflita com a agricultura regional. No Sul da, por exemplo, o plantio de florestas vem ocupando preferencialmente áreas destinadas à pecuária, atividade que, em termos de número de hectares por trabalhadores, emprega muito menos que a atividade florestal. As condições logísticas dessas regiões também se constituem em vantagem importante. A região Sul da tem localização privilegiada em termos de proximidade com o Centro-Sul do Brasil e também pela articulação, através da BR-101, com a Região Metropolitana de Salvador, o Nordeste do País e demais regiões do Estado. A região abriga empresas de porte como a Veracel, a Suzano e a Fibria, que têm grande percentual de área ocupado com plantios de eucalipto e possuem planos de expansão que podem transformar a região na mais importante área de produção florestal do País. O Litoral Norte também apresenta condições especiais de localização, por sua proximidade com os principais distritos industriais do Es - tado, o Porto de Aratu e o principal entroncamento rodoviário do Nordeste. A região Oeste, por seu turno, começa a ampliar a pro du ção florestal e também se apresenta como área privilegiada de expansão da cultura. Os municípios que detêm florestas plantadas e unidades industriais se beneficiam, além da geração de renda, emprego e tributo, dos programas sociais implantados pelas diversas empresas, e esta é outra das importantes características da. Os programas de responsabilidade social são desenvolvidos por todas as empresas envolvidas com a cadeia florestal. Destacam-se, por exemplo, os investimentos socioambientais da Suzano nos municípios do Extremo Sul da, que atingiram um montante da ordem de R$ 16 milhões em O programa Educar e Formar, parceria com o Instituto Ayrton Senna, que prevê ações para melhorar a qualidade, da educação, beneficiou 11 cidades, sete na e quatro no Espírito Santo, atendeu 92 mil alunos, e reciclou cinco mil educadores, e reformou 120 escolas, num programa que se estende até dezembro de
21 No caso da Veracel, cabe destacar o lançamento realizado na comemoração dos 20 anos da empresa, ocorrido no mês de julho de 2011, com a presença do governador Jaques Wagner, do Pacto para o Desenvolvimento, da Costa do Descobrimento que, numa parceria entre a empresa e o governo do Estado, prevê investimentos de R$ 9 milhões nos dez municípios de atuação da empresa no período de 2011 a Em maior ou menor grau, todas as empresas da cadeia florestal têm realizado programas de responsabilidade social buscando melhorar a qualidade de vida da população dos municípios em que atuam, de modo a elevar o IDH Índice de Desenvolvimento Humano da região. A vem se desenvolvendo com o apoio integral do governo do Estado, que viabiliza parceria e apoia a implantação de novos investimentos. Nesse sentido, vale destacar o programa de implantação das câmaras setoriais pelo governo do Estado, em especial a Câmara de Produtos Florestais, um importante avanço no sentido de contribuir para o planejamento estratégico do setor e para uma maior coesão nas políticas públicas. As informações disponíveis permitem afirmar, portanto, que a se consolidou como um dos principais segmentos da economia baiana e tende a ampliar sua influência à medida que eleva o nível de beneficiamento da produção no próprio Estado, sendo indispensável, nesse sentido, o estabelecimento de políticas públicas que possam estimular a produção de móveis, embalagens e outros produtos no território estadual. Torna-se indispensável também a ampliação dos investimentos públicos federais e estaduais na melhoria da logística de produção e comercialização, especialmente no que se refere aos sistemas rodoviário e portuário. Entre outras ações, cabe destacar a restauração, duplicação, triplicação e reforço das pontes da BR-101, a restauração da malha rodoviária que serve ao complexo florestal, a adequação do Porto de Ilhéus e alternativas para utilização do Porto de Caravelas Além disso, é fundamental modernizar e ampliar o aparato relacionado com a liberação de licenças e de controle ambiental do setor de modo a agilizar o processo de atração de empresas e de novos investimentos. Não há dúvida, porém, que a cresce a cada dia e se consolida como uma das principais cadeias produtivas da, gerando benefícios econômicos e sociais e contribuindo para o desenvolvimento sustentável do Estado e para a melhoria da qualidade de vida de sua população. 21
22 A indústria de papel e celulose na cadeia florestal
23 Papel e celulose garantem bons resultados para a O setor de papel e celulose é um segmento líder da economia florestal e, portanto, tem papel fundamental na cadeia produtiva da. O Brasil é o 4º maior produtor mundial de celulose, com 13,3 milhões de toneladas/ano produzidas em 2009, e a participa com cerca de 17% desse montante. florestas plantadas destinadas a produção de celulose por estado (1.000 ha) outros 12% 345 ap 19% 64 Pa 35% 140 es 82% 209 Ms 50% 308 rs 50% 46% 443 sc 50% 26% 651 ba 50% 80% 659 Pr 50% 31% 854 sp 50% 35% 1,197 MG 50% 16% 1,440 fonte: abraf/bracelpa Celulose floresta Plantada ranking de celulose País Produção t EUA China Canadá Brasil Suécia Finlândia Japão Rússia Indonésia Chile Produção mundial total: 178 milhões/toneladas fonte: bracelpa No Brasil, existem cerca de 220 empresas operando no segmento de papel e celulose, e na existe quase uma dezena delas. O País, em âmbito mundial, é líder na produção de celulose de fibra curta (Eucalyptus) e na essa variedade predomina nos maciços florestais plantados, com mais de 95% do total. Do total de 659 mil hectares de florestas plantadas na, cerca de 80% são destinada à indústria de papel e celulose, cor respondendo a 527 mil hectares. 23
24 A detém a terceira maior área de florestas plantadas com eucalipto, representando 13,3% do total do País, e, en - quanto a variedade Pinnus vem reduzindo sua participação no maciço florestal, esta variedade vem tendo o plantio ampliado para novas áreas. Há 10 anos, a indústria de celulose cresce em média 5,9% ao ano no Brasil. Em 2010, a produção nacional de celulose totalizou 14,1 milhões de toneladas, crescimento de quase 6% em relação a No mesmo período, o consumo interno atingiu 6,1 milhões de toneladas, 8,9% superior ao registrado em A vem crescendo em ritmo semelhante e já se posiciona entre os três maiores estados produtores. 24 Histórico da produção e consumo de celulose no brasil (2000/ milhões/toneladas) 7,5 Consumo Produção 7,4 8,0 9,1 9,6 10,4 11,2 12,0 12,7 13,5 14,1 4,9 4,5 5,0 4,9 5,1 5,2 5,3 5,8 6,0 5,6 6, fontes: abipa, abimci, bracelpa (2010/2011)
25 Na área de produção de papel, o Brasil aparece como o 9º maior produtor, com 9,4 milhões de toneladas/ano, e a responde por cerca de 5% desse total. A produção brasileira de papel retomou, em 2010, o crescimento observado no período pré-crise econômica de 2009, ao registrar uma elevação de 5,4% em relação a O consumo superou em 9,5% o patamar alcançado em 2009, totalizando 9,2 milhões de toneladas, reflexo da melhoria do mercado interno e da retomada das importações pelo mercado asiático. Histórico da produção e consumo de papel no brasil (2000/ milhões/toneladas) 6,8 Consumo Produção 7,2 7,4 6,7 7,8 7,9 6,9 6,7 8,5 8,6 8,7 7,1 7,3 7,7 9,0 8,1 9,4 9,3 8,8 8,4 9,8 9,2 ranking de papel País fonte: bracelpa Produção t China EUA Japão Alemanha Canadá Suécia Finlândia Coreia do Sul Brasil Indonésia Produção mundial total: 371 milhões/t fontes: abipa, abimci, bracelpa (2010/2011) As dimensões continentais do Brasil favoreceram o desenvolvimento do parque industrial ao longo de todo o seu território. Entretanto, as empresas tendem a se concentrar em regiões onde aspectos logísticos favorecem a geração de economias de escala, como no caso da.
26 26 A é o segundo estado 2 que mais produz celulose no Brasil
27 A possui atualmente nove indústrias, algumas especializadas na produção de celulose, como a Veracel, outras integradas, produzindo celulose e papel, como a Suzano, outras dedicadas exclusivamente à produção de papel, a exemplo da Fofex, Penha, OL, Santex, Sapelb e outras especializadas, como a Specialty Cellulose (BSC), que atua no ramo da produção de celulose solúvel. 27 Localização atual dos principais centros industriais do País Celulose Siderurgia a Carvão Vegetal Sólidos Energia Biomassa Multiprodutos Painéis de Madeira Industrializada fonte: bracelpa
28 As exportações brasileiras de produtos derivados das florestas plantadas alcançaram, em 2010, o montante de US$ 7,5 bilhões 28
29 A produção baiana de celulose alcançou 2,32 milhões de toneladas em 2010, enquanto a produção de papel chegou às 450 mil to neladas. Esse desempenho propiciou ao setor um faturamento de R$3,4 bilhões, que representou 10% do faturamento nacional deste segmento. As exportações brasileiras de produtos derivados das florestas plantadas alcançaram, em 2010, o montante de US$ 7,5 bilhões. Des se total, quase 90% são vendas externas de papel e celulose, sendo que as exportações de celulose representaram 63,2%, e as de papel, 26,7%. 29 Participação da bahia florestal na economia florestal brasileira brasil bahia Part. Nº de Empresas % Nº de Municípios* % Produção (mil t) Celulose % Papel % Faturamento (R$ milhões) % Impostos (R$ milhões) % Mão de obra % Exportação (US$ milhões) % fonte: bracelpa * inclui a área de florestas
30 exportação brasileira de produtos de florestas plantadas (Us$ milhões) Celulose Papel Madeira serrada Painéis Compensados outros fonte: secex/midc As exportações baianas de papel e celulose alcançaram o patamar de US$ 1,67 bilhão, elevando-se em 30,8%, em relação a 2009, e represen tando cerca de 23% das exportações brasileiras no setor. A exportou 2,6 milhões de toneladas de papel e celulose em 2010, um crescimento de 1,9% em relação ao volume exportado em Com esse desempenho, as exportações de papel e celulose assumiram a 2ª posição no ranking dos principais produtos da pauta de exportação da. 30 exportações baianas de papel e celulose fonte: sei/seplan Us$
31 O setor tende a assumir a liderança no ranking da pauta de exportações baianas e, no período janeiro a maio de 2011, superou as exportações de produtos petroquímicos com um volume exportado de US$ 910 milhões, sendo o principal produto de exportação do Estado, com 19,6% do total. Esse bom desempenho vem sendo obtido porque o mercado externo vem ampliando sua demanda e, consequentemente, elevando os preços das commodities. A balança comercial do setor é nitidamente favorável, apresentando em 2010 um superávit de US$ 1,65 bilhão. Em termos de volume, foram exportados 2,9 milhões de toneladas destes produtos. A China assumiu o primeiro lugar na aquisição da celulose brasileira, com 34% do valor das vendas no primeiro quadrimestre de Nesse mesmo ano, o Brasil respondeu por metade das importações chinesas do produto. balança comercial do setor no estado da bahia fluxo 2010 Us$ milhões toneladas fob Exportação Importação Saldo fonte: sei/seplan 31 exportações brasileiras por destino (2010) Celulose América do Norte 18% Us$ 4,8 bilhões Ásia/ Oceania 11% África 0% Europa 46% China 24% América Latina 1% Papel África América do 5% Norte 10% Europa 18% Us$ 2,0 bilhões Ásia/ Oceania 6% China 4% fonte: bracelpa América Latina 57%
32 exportações de papel e celulose por país originadas da bahia/2011 (Us$ milhões) China eua itália bélgica Holanda alemanha frança Coreia indonésia taiwan As exportações baianas de papel e celulose também encontram na China seu maior mercado. Em 2010, as vendas externas para esse país atingiram o montante de US$ 534 milhões, representando um crescimento de 13,6% em relação a Para os Estados Unidos, as vendas de papel e celulose alcançaram a cifra de US$ 300 milhões, um crescimento de 87% em relação a 2009, demonstrando que o mercado americano começa a se recuperar da crise. A China é, portanto, o maior mercado para as exportações baianas de papel e celulose, representando cerca de 32% do total. Em seguida estão os Estados Unidos, com 17,5%, e Itália, Bélgica e Holanda revezando-se no terceiro lugar, com cerca de 10% das vendas externas fonte: sei/seplan
33 33 A produção industrial do setor tende a se expandir na, e já estão sendo anunciados investimentos da ordem de R$ 8 bilhões para o período Além disso, estão previstos investimentos em novos plantios florestais, para fazer frente à demanda. As empresas que compõem a, representadas pelos diversos segmentos e pelas associações que representam o setor, como a Associação Baiana de Empresas de Base (Abaf) e o Sindicato das Indústrias do Pa pel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira de Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da (Sindpacel), vão continuar investindo e trabalhando em prol do desenvolvimento socioeconômico do Estado da.
34 Cadeia produtiva dos produtos madeireiros e não madeireiros Primário Processamento Secundário Terciário 34 Produtos Madeireiros Cavaco Celulose Papel Papéis Especiais Outros Usos Insumos Tora Energia Tora Celulose Tora Serraria Tora Laminação Painéis de Madeira Reconstituida MDF MDP Chapa de Fibra OSB Móveis/ Partes p/móveis Outros Usos Sementes e mudas Fertilizantes Agroquímicos Máquinas e Equipamentos Produção Produtos Não Madeireiros Borracha Gomas Madeira Serrada Lâmina de Madeira 1 1 Vigas Tábuas Pranchas Ripas Sarrafos PMVA 2 Outros Compensado 1 Móveis/ Partes p/móveis Construção Civil Embalagens Outros Usos Móveis/ Partes p/móveis Construção Civil Uso Naval Outros Usos Mercados interno e externo Indústria Química Farmacêutica, Automobilística, Alimentícia, etc. Ceras Fibras Tanantes Aromáticos Medicinais e Corantes Outros Madeira Imunizada Carvão Vegetal Ferro Gusa Ferro Lisas Aço Tubos/Chapas Outros Energia Consumo Industrial Ind. Base Agroindústria Cerâmicas Urbano Fonte: Anuário Abraf 2011: STCP 2010, baseado em VIEIRA, L. Setor em Minas Gerais: caracterização e dimensionamento. Belo Horizonte - Universidade Federal de Minas Gerais, PMS (Produtos de Madeira Sólida) - madeira serrada, compensado, lâminas, PMVA. 2 PMVA (Produtos de Maior Valor Agregado) portas, janelas, molduras, pisos, desks, dormentes, outros. Resíduos Industriais de Madeira Resíduos Industriais de Madeira Usos Diversos Outros Resíduos Industriais de Madeira
35 35 Associação Baiana das Empresas de Base Abaf Av. Professor Magalhães Neto, Ed. Lena Empresarial, sala Pituba Salvador / Diretoria PRESIDENTE Leonardo Genofre VICE-PRESIDENTE Silas Zen VICE-PRESIDENTE Leonardo Bertola de Abreu VICE-PRESIDENTE Adelino Nogueira Netto DIRETOR-ExECUTIVO Wilson G. Andrade 1º CONSELHO FISCAL João Comério VICE-PRESIDENTE Sérgio Curvelo Dória 2º CONSELHO FISCAL Luiz Fernando Horta 2º CONSELHO FISCAL - SUPLENTE Paulo Rosa Gonçalves Nós apoiamos essa iniciativa Associados
36 36 Sindicato das Indústrias do Papel, Celulose, Papelão, Pasta de Madeira para Papel e Artefatos de Papel e Papelão no Estado da Sindpacel Av. Tancredo Neves, 274 bloco B sala 831 Caminho das árvores Salvador Diretoria PRESIDENTE Jorge Cajazeira 1º VICE-PRESIDENTE Leonardo Genofre 2º VICE-PRESIDENTE Adelino Netto DIRETORA-SECRETáRIA Mariana Nogueira Lisboa DIRETOR-TESOUREIRO Marcio Augusto S. Gonçalves Expediente : Oportunidades de Negócios Sustentáveis COORDENAçãO Comitê de Comunicação da Abaf ASSESSORIA DE COMUNICAçãO ABAF/SINDPACEL Yes Assessoria e Comunicação PROJETO GRáFICO Débora Nascimento FOTOS Arquivo Abaf e Empresas Associadas Conselho Fiscal Ivan Alves Sebastião da Cruz Andrade Rosane Oliveira de Deus TExTO Armando Avena REVISãO Cristiane Sampaio Salvador, julho de Associados
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