A RELAÇÃO ENTRE OS CUSTOS DE TRANSAÇÃO E O FLUXO DE CAIXA DAS ORGANIZAÇÕES

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1 A RELAÇÃO ENTRE OS CUSTOS DE TRANSAÇÃO E O FLUXO DE CAIXA DAS ORGANIZAÇÕES Oldair Luiz Goncalves (IFES) ogoncalves@ifes.edu.br Simone de Souza (IFES) simones@ifes.edu.br A economia dos custos de transação se desenvolve no interior de uma discussão teórica que busca mudar os rumos da análise econômica. Se antes a formulação neoclássica definia a firma como uma mera função de produção, a partir de Coase (19377), a visualização da existência de custos nas transações efetuadas pelas firmas passa a ser motivo de estudo no âmbito da nova economia institucional. As análises de Coase (1960) suscitam algumas críticas, uma vez que ele, visando contrapor as idéias de Pigou (1932), utiliza a proposição de custos de transação inexistentes. Após Coase (1960), outros autores desenvolveram conceitos na abordagem, mas foi Williamson (1985) quem mais se aproximou da realidade ao definir o tamanho da firma e explicá-la como um conjunto de contratos. Williamson (1985) descreveu as estruturas de governança (mercado, híbridas e hierárquicas) e os atributos das transações (especificidade dos ativos, frequência e incerteza), o que é aplicado neste artigo visando a minimização dos custos de transação ocorridos na administração financeira do caixa nas empresas. Palavras-chaves: custos de transação, nova economia institucional, caixa.

2 1. Introdução A economia neoclássica definia a firma como uma função de produção, onde os insumos eram as entradas e os produtos a saída. A firma era uma simples tomadora de preços que buscava igualar os custos marginais à receita marginal. Esta visão começou a mudar quando Coase (1937) apresentou uma nova definição, e identificou a existência de custos nas transações, sejam estas, as trocas efetuadas, os acordos ou quaisquer resultados entre agentes econômicos. Assim, a firma passa de um mero depositário da atividade tecnológica de transformação do produto para um complexo sistema de contratos que regem as transações (AZEVEDO, 1998). A partir da natureza da transação, objeto das relações contratuais entre os diferentes membros da organização, as análises realizadas no âmbito da teoria dos custos de transação visam encontrar mecanismos capazes de minimizar os custos de transação e a concepção da empresa como uma estrutura de governança. Deste modo, a firma não pode ser vista apenas como função transformadora de insumo em produto, mas como um feixe de arranjos contratuais que regulam as interações entre agentes econômicos. A economia dos custos de transação constitui-se na estrutura básica para o desenvolvimento deste artigo, o qual busca no seu uso uma maior eficiência na administração financeira do caixa das empresas, através da aplicação de mecanismos de governança. 2. Mapa do contrato O mapa dos contratos (WILLIAMSON, 1985) é dividido em duas linhas de análise, o monopólio e a eficiência (Figura 1). No estudo do monopólio existem quatro abordagens para a análise contratual: alavancagem, discriminação de preços, barreiras à entrada, e comportamento estratégico. Figura 1: O Mapa Cognitivo do Contrato Fonte: Williamson (1985, p. 24). 2

3 No estudo da eficiência desenvolve-se o arcabouço teórico da nova economia institucional, onde, por um lado, centra-se nas abordagens dos direitos de propriedade e teoria da agenteprincipal, cujos incentivos são evidenciados ao se considerar a análise ex-ante do contrato; e, por outro, a principal preocupação incide sobre os custos de transação nas abordagens das estruturas de governança e mensuração. 2. A abordagem teórica de Coase (1937) a Williamson (1985) A economia neoclássica definia a firma como uma função de produção, onde insumos necessários eram entradas e produtos a saída. A firma era uma simples tomadora de preços que buscava igualar os custos marginais à receita marginal. Coase (1937) busca uma nova definição de firma e identifica a existência de custos nas transações, sejam estas, trocas efetuadas, acordos ou quaisquer resultados entre agentes econômicos. Assim, a firma passa de um mero depositário da atividade tecnológica de transformação do produto, a um complexo sistema de contratos que regem as transações (AZEVEDO, 1998). Coase (1960) passa, então, a investigar as externalidades, ou seja, ações de firmas que geram efeitos prejudiciais a terceiros, e os custos de transação envolvidos nestas ações. A análise econômica foi desenvolvida com base na divergência entre o produto privado e o social, onde a maioria dos economistas seguia a proposta de Pigou (1932). Dos elementos utilizados por Coase (1960) para a construção de uma solução visando internalizar os custos externos, a utilização de custos de transação nulos ou desprezíveis despertou um maior ardor nos críticos à sua abordagem. Neste artigo, as relações estabelecidas entre direitos de propriedade e custos de transação, são dadas com a finalidade de mostrar que direitos de propriedade mal definidos são fontes dos custos de transação, sendo, portanto, uma investigação fomentada pelo interesse nos custos de transação com os quais o autor trabalhava. Em comparação com a alocação de recursos promovida pela solução Pigouviana, a solução Coaseana somente se mostra superior, em termos de eficiência global, quando os custos de transação são considerados nulos, pois, segundo Coase (1960), a ineficiência da solução Pigouviana residiria na existência de custos administrativos associados à gestão de um sistema de imposição, fiscalização e controle das taxas Pigouvianas. Os custos da estrutura administrativa Pigouviana seriam equivalentes aos custos de transação decorrentes da negociação privada. Portanto, quando estes são assumidos como nulos na abordagem da negociação privada, esta se apresenta como a mais vantajosa. Talvez este tenha sido o motivo pelo qual o estudo dos custos de transação tenha se destacado em relação aos direitos de propriedade, uma vez que a diferença entre as soluções Pigouviana e a negociação privada seria apenas o nível dos custos de transação envolvidos em cada uma das modalidades de governança, onde bastaria identificar os determinantes e o nível destes custos para que se pudesse tomar a decisão mais acertada para a internalização dos custos externos. Segundo a teoria dos custos de transação, para que seja realizada uma transação é necessário descobrir quem é a parte com quem se deseja negociar, informá-la sobre sua predisposição à negociação, as condições sob as quais deseja fazê-lo, conduzir as negociações em direção ao acordo, formular o contrato, empreender meios de inspeção que assegurem o cumprimento do contrato, e assim por diante. Contudo, tais operações são custosas e podem inviabilizar as transações. 3

4 O problema da realocação dos direitos via mercado se daria, assumindo que as transações ocorressem sem custos, sempre que levasse a um aumento no valor da produção. Uma vez que os custos das transações realizadas no mercado são levados em conta, fica claro que a realocação de direitos ocorrerá somente quando o aumento no valor da produção por ela gerado for maior do que os custos incorridos para implementá-la. Considerando que as transações ocorram sem custos, o que importa é definir os direitos das partes. No entanto, a situação muda quando as transações no mercado possuem custos tão altos que tornem difícil mudar a alocação de direitos estabelecida pelo sistema jurídico. Williamson (2002) defende que o volume dos custos de transação e a natureza dos contratos dependem das especificidades dos ativos. Por outro lado, suas diferentes análises associam as especificidades dos ativos aos contratos, que ao contrário de Coase (1960), defende que não são completos, à interdependência dos agentes envolvidos na transação, à assiduidade das transações e ao caráter irreversível do investimento realizado. Williamson (2002) oferece uma abordagem contratual que traz à discussão a dimensão intertemporal da coordenação, destacando o papel das formas institucionais em estabelecer mecanismos que adaptam as relações dos agentes produtivos ao desdobramento de um futuro carregado de eventos imprevistos. Portanto, a teoria dos custos de transação é uma teoria contratual, assim como a teoria da Agência, sendo que os contratos devem ser definidos como uma promessa de conduta futura, e a coordenação como resultado da ação de instituições que possibilitam a manutenção de tais promessas. Desta forma, a firma não pode ser vista apenas como uma função transformadora de insumos em produto, mas como um feixe de arranjos contratuais que regulam as interações entre os agentes econômicos. O estudo sobre a economia dos custos de transação se intensifica com os trabalhos de Williamson (1985), no âmbito da nova economia institucional, cujo objetivo é explicar a formação das instituições econômicas do capitalismo. Diversas contribuições inspiraram os estudos de Williamson (1985), entre elas, a proposição sobre a transação como unidade fundamental de análise econômica (COMMONS, 1934), a importância da informação (ARROW, 1984), e os princípios da racionalidade limitada (SIMON, 1957). A partir da natureza da transação, objeto das relações contratuais entre os diferentes membros da organização, as análises realizadas no âmbito da teoria dos custos de transação visam encontrar mecanismos capazes de minimizar os custos de transação, e a concepção da empresa como uma verdadeira estrutura de governança. A economia dos custos de transação parte de dois pressupostos comportamentais: os indivíduos são oportunistas, ou seja, são fortemente auto-interessados, podendo até mesmo mentir, trapacear e quebrar promessas; a racionalidade é limitada, uma vez que existem limites em sua capacidade cognitiva para processar, acumular e transferir informação disponível. Logo, o agente se empenhará em obter aquilo que considera melhor para si, no entanto, a obtenção de informações necessárias às decisões que levem a esse objetivo, assim como a capacidade de processamento de contratos complexos que dêem conta de todas as contingências é limitada, ou na melhor das hipóteses, custosa. Isto faz com que o agente se contente com uma decisão satisfatória ao invés de uma decisão ótima. Com a impossibilidade de se estabelecer uma relação ótima, visto que os contratos são incompletos, a renegociação é inevitável, e, como há possibilidade de comportamentos oportunistas nas transações econômicas, as partes agem precavendo-se do comportamento dos 4

5 demais agentes mediante coleta de informações, salvaguardas contratuais e utilização do sistema judiciário. Segundo Azevedo (1998), os custos de transação podem ser maiores ou menores, baseados em suas características. Williamson (2002) identifica três dimensões principais que permitem induzir estes custos: especificidade dos ativos, freqüência e incerteza. A especificidade dos ativos assume a posição de variável chave do modelo. Os ativos são específicos se o retorno associado a eles depende da continuidade de uma transação específica. Quanto maior a especificidade dos ativos, maiores as perdas associadas a uma ação oportunista, e maiores os custos de transação, em contrapartida, se a especificidade dos ativos for nula, os custos de transação serão negligenciáveis, não havendo necessidade de controle. Para Williamson (2002), ativos específicos são aqueles especializados, que não podem ser reempregados sem sacrifício do seu valor produtivo, caso os contratos tenham de ser interrompidos ou encerrados prematuramente. Sua presença faz com que a identidade dos participantes da transação, assim como a continuidade dos vínculos estabelecidos entre estes ganhe uma dimensão econômica fundamental, e as interações entre os agentes econômicos deixam de ser impessoais e instantâneas, o que acarreta custos para geri-la e conservá-las. Os ativos específicos podem ser de quatro tipos: humano diferentes formas de aprendizado fazem com que firmas contratantes e contratadas sirvam-se mutuamente com maior eficiência do que poderiam fazer com novos parceiros; locacional há exigência de proximidade geográfica entre as partes que transacionam; dedicado exigem equipamentos especializados para atender certos requerimentos envolvidos na transação; capital físico decidem a dimensão da capacidade produtiva direcionada e dimensionada unicamente para atender à demanda de um conjunto de transações, implicando uma inevitável ociosidade no caso de interrupção da relação. A freqüência é uma medida da quantidade de repetições em um determinado espaço de tempo, portanto, quanto maior a freqüência, menores os custos de transação, seja pelo menor custo fixo médio em coletar informações, seja pela possibilidade dos agentes desenvolverem reputação, o que limita a ação oportunista. O grau de incerteza refere-se à maior ou menor confiança dos agentes na sua capacidade de antecipar acontecimentos futuros. A incerteza tem como papel principal a ampliação das lacunas que um contrato não pode cumprir. Assim, quanto maior esta lacuna, maiores as possibilidades de oportunismo e maiores os custos de transação. A busca pela diminuição dos custos de transação resultou no desenvolvimento de certas instituições para a coordenação das transações que buscam criar estruturas de governança: hierarquia, híbrida e mercado. 5

6 Figura 2: Custos comparativos de governança Fonte: Williamson (2002, p. 181) De acordo com Williamson (2002), a Figura 2 demonstra de modo heurístico os custos de transação que são conseqüências da transação organizacional em mercados (M) e hierarquia (H) como uma função da especificidade dos ativos (k). Os encargos burocráticos da hierarquia o colocam em desvantagem inicial (k=0), mas as diferenças de custos entre os mercados M(k) e a hierarquia H(k) diminuem conforme a especificidade dos ativos se acumula e, eventualmente, revertem de acordo com o aumento da necessidade de adequação cooperativa (k>>0). A previsão pode ser feita ainda para o modo híbrido de organização X(k), que é visto como o mercado preservador do modo de contratação crível e que possuem atributos adaptativos localizados entre mercados clássicos e hierarquias. Logo, a amplitude do incentivo e o controle administrativo assumem valores intermediários e se aplica o conceito de Llewwellyn (1931) de contratos como modelo. Como demonstrado na figura 2, M(0) < X(0) < H(0) pela razão da diferença de custos burocráticos, enquanto M > X > H, o que reflete o custo de adaptação coordenada. Caberá à firma escolher a de menor custo. Se os custos de transação forem negligenciáveis, a forma organizacional mais eficiente para produzir seria o mercado. Por outro lado, se os custos de transação forem altos, sendo mais interessante um controle maior sobre as transações opta-se pela integração vertical que aumenta a burocracia e diminui a motivação em termos de eficiência, é a chamada hierarquia. Entre os dois existe a forma de governança híbrida. Com esta abordagem, Williamson (2002) avança em relação à Coase (1937), pois consegue definir os limites da firma, os quais estão condicionados à quantidade de transações que a firma realiza via mercado ou com a internalização de suas transações. 2.4 Os diferentes conceitos de custos de transação Ao longo dos anos, vários autores deram sua contribuição para o entendimento da economia dos custos de transação, conforme apresentado a seguir. De acordo com Cheung (1990), os custos de transação são os custos da elaboração e negociação dos contratos, da mensuração e fiscalização dos direitos de propriedade, do monitoramento do desempenho e da organização das atividades. 6

7 Já para Williamson (1985) os custos ex-ante são ligados a elementos como racionalidade limitada, complexidade e incerteza como determinantes de contratos que inevitavelmente serão incompletos e os custos ex-post são diretamente influenciados pela adoção de proteções contra o risco da incerteza comportamental (oportunismo) e pela adoção de mecanismos sociais e técnicos. Milgron e Roberts (1990) definem custos de transação como os custos do funcionamento do sistema: os custos da coordenação e os custos da motivação. Assim, sob a hipótese de que a estrutura e o design da organização são determinados para minimizar os custos de transação, ambos os aspectos da organização afetam a alocação da atividade entre as formas organizacionais. Hobbs (1998) apresenta uma definição dos conceitos básicos dos custos de transação baseados no comportamento pessoal presente no processo da contratação e na especificidade dos ativos necessários para consecução do contrato: racionalidade limitada, que é a restrição física das pessoas considerarem todas as alternativas para a tomada de decisão; oportunismo, onde os atores possuem a tendência de explorar uma situação em seu único e exclusivo benefício; c) especificidades de ativos, onde há o uso de recursos exclusivos para determinada troca, sem utilidade alternativa. Para Sagari (1999) os custos de transação são os custos de fazer negócios ou os custos de utilização do mercado, não se referindo aos fatores de produção ou aos bens e serviços em si, mas focando a utilização dos mecanismos de produção e as trocas. Uma classificação alternativa para os custos de transação, que ocorrem em diferentes estágios das transações como resultados dos atritos no sistema econômico, é proposta por Larsen (2000): custos de informações (obtenção das informações necessárias para realizar a transação); custos de negociação (processo de planejamento e execução da negociação); c) custos de monitoramento (administração do contrato para atendimento dos termos estabelecidos no acordo). 3. A economia dos custos de transação e o fluxo de caixa das empresas Administrar os recursos financeiros de uma empresa, através de suas aplicações e da captação de recursos financeiros é a busca pela minimização dos custos totais advindos das transações financeiras de investimentos e empréstimos que então são caracterizados como transações. Ao se analisar estes trâmites financeiros, o caixa é o principal mecanismo de controle das entradas e saídas de recursos, pois é através deste que se efetivam as movimentações. O diagrama de fluxo de caixa de uma empresa (SMITH, 1980, p.6) apresentado na Figura 3, demonstra as incontáveis transações que ocorrem dentro do caixa em uma empresa. Verificase que as entradas de recursos como: contas a receber, empréstimos bancários, recursos próprios e de terceiros, e venda de ativos, são demonstrados por setas contínuas que seguem em direção ao caixa da empresa. As saídas de recursos são demonstradas por setas que seguem em direção contrária ao caixa, e são os pagamentos a fornecedores, colaboradores e empresas de arrendamento mercantil, juros, dividendos e impostos, e aquisição de ativos fixos. 7

8 Figura 3: Diagrama de fluxo de caixa. Fonte: Smith (1980, p.6). A parte superior da figura apresenta a movimentação do capital de giro da empresa, ou seja, administração de ativos e passivos de curto prazo. Já a parte inferior do diagrama se relaciona com a administração financeira de longo prazo, ou seja, administração dos ativos permanentes, do capital próprio e do endividamento de longo prazo. A administração dos fluxos dos recursos da firma como um todo é demonstrado pelo caixa, e sua importância é tão grande que ele está sempre presente, em todas as etapas financeiras da empresa, seja no longo ou no curto prazo. Os custos de transação, analisados neste trabalho, são gerados pelas contas, que se transacionam direta ou indiretamente com o caixa. Procura-se então estabelecer um modelo teórico com base nos atributos da economia dos custos de transação, onde serão consideradas as movimentações do caixa apresentadas na Figura 3, com vistas à utilização dos mesmos para o estudo da administração financeira no caixa das empresas. Os atributos da economia dos custos de transação são apresentados na Tabela 1. A movimentação dos recursos financeiros pode ser analisada como um conjunto de transações onde as estruturas de governança fornecerão um melhor resultado das transações existentes no ambiente financeiro. Para uma maior realidade nas análises, os custos de transação aqui avaliados são diferentes de zero. Atributos Est. Governança Mercado Híbridas Hierárquicas Especificidade dos Ativos Não Específicos Médios Altamente Específicos Frequência Ocasionais / Recorrentes Ocasionais / Recorrentes Recorrentes / Ocasionais Incerteza Baixa Média Alta Custos de Transação Baixos Médios Altos 8

9 Tabela 1: Atributos das Transações em Relação às Estruturas de Governança Fonte: Elaborado pelo autor. 3.1 A especificidade dos ativos A especificidade dos ativos varia de acordo com a estrutura de governança escolhida (Tabela 1). Ao se escolher o mercado, as transações ocorridas se caracterizam por não serem específicas; na estrutura de governança híbrida, temos especificidade de ativos média e na estrutura de governança hierárquica, os ativos são altamente específicos quando da ocorrência de transações. As transações de caixa com os ativos circulantes e os passivos circulantes estão em constante mudança no ciclo operacional e financeiro, por isso, se caracterizam por serem pouco específicas. As transações que ocorrem no caixa da empresa com os ativos permanentes (recursos aplicados em bens de uso ou direitos duradouros) caracterizam-se por serem altamente específicas e, uma vez implementadas, dificilmente revertidas, sob pena de perda de valor do capital investido. Deste modo, deve-se verificar em quais termos de estrutura de governança a especificidade dos ativos é mais viável para a ocorrência das transações, pois tanto a busca de recursos através do capital próprio como pelo capital de terceiros, representa a escolha de instrumentos financeiros que melhor se adaptem à realidade da empresa. Entretanto, a busca destes recursos não pode ser definida apenas nos termos de uma escolha de instrumentos financeiros, mas também, na determinação da estrutura de governança que melhor se adapte a uma determinada transação. 3.2 A frequência A freqüência, que é o segundo atributo das transações ocorridas, ao se relacionar com o caixa da empresa e com os ativos e passivos circulantes localizados no balanço patrimonial da empresa, são repetitivas. Porém, transações com patrimônio líquido, ativo permanente e exigível a longo prazo são ocasionais. Em ambos os casos busca-se uma estrutura de governança que seja a mais especializada possível visando o controle adequado do fluxo de recursos, considerando-se o custo-benefício da realização de tal estrutura. 3.3 A Incerteza A incerteza é a parte da transação que busca a proteção da possibilidade de que os elementos acordados entre as partes não sejam cumpridos. Por outro lado, ao se administrar o setor financeiro de uma empresa, são realizadas transações de captação e aplicação de recursos que geram custos de transação, sejam estes ex-ante ou ex-post. A incerteza está relacionada à possibilidade da empresa não ter recursos suficientes para cumprir com as obrigações ou não conseguir efetuar aplicações de valores pré-determinados dentro do período combinado. 3.4 As estruturas de governança: mercado, hierárquicas e híbridas Ao se utilizar as estruturas de governança, é facilmente visualizado que em estruturas de mercado os custos de transação possuem baixos custos, pois existem altos incentivos e baixos controles. À medida que aumentam os controles e diminuem os incentivos, os custos de transação seguem em um crescente desde as estruturas híbridas até as hierárquicas. 3.5 A racionalidade limitada e o oportunismo dos agentes A administração financeira das empresas demanda conhecimento e muito estudo dos administradores. Por ser um setor de mercado fundamental para a sobrevivência e crescimento das empresas, as decisões tomadas se refletirão diretamente nos negócios das organizações. 9

10 A racionalidade limitada dos administradores é observada no setor financeiro, pois a oscilação no mercado pode gerar custos ex-post que os administradores dificilmente conseguirão prever. Deste modo, a criação de salvaguardas contratuais que busquem a minimização dos problemas de contratos incompletos, que viabilizem a redução dos custos se torna necessária. O oportunismo dos agentes é também outra suposição comportamental inserido na Economia dos Custos de Transação, pois, nas transações de financiamento em empresas que busquem a maximização de seu valor de mercado, eles se preocupam unicamente com suas aspirações. 4. Percurso metodológico Este artigo, de caráter qualitativo, foi realizado por meio de pesaquisa bibliográfica. A análise qualitativa permite uma abordagem mais profunda da qualidade dos fenômenos ou dos objetos estudados, uma vez que [...] a pesquisa qualitativa não procura enumerar e/ou medir os eventos estudados, nem empregar instrumental estatístico na análise dos dados [...] envolve a obtenção de dados descritivos [...] (GODOY, 1995, p. 58). 5. Conclusões Partindo dos estudos de Coase (1937), e seguindo através da nova economia institucional, verifica-se que as firmas transacionam infinitas vezes durante seu ciclo produtivo, e estas transações ocasionam a existência de custos. A minimização destes custos é fator crucial para que a firma se torne competitiva no mercado. A análise feita a partir deste artigo demonstra que uma das áreas mais importantes na administração de uma firma é a área financeira, e que esta área efetua diversas transações, as quais não são livres de custos, sejam na entrada ou na saída dos recursos. Este artigo teve como objetivo principal, apresentar a economia dos custos de transação como uma ferramenta teórica da administração financeira no caixa das empresas. O estudo administrativo, focado no caixa das empresas é aqui analisado de acordo com a relação entre as estruturas de governança e os atributos minimizadores dos custos envolvidos nestas transações. Referências ARROW, K. J. Moral hazard, In: The economics of information. Harvard Univ. Press AZEVEDO, P. F. Comercialização de produtos agroindustriais. In: Batalha, M. O. (Coord.). Gestão Agroindustrial. São Paulo: Editora Atlas, CHEUNG, S. On the new institucional economics. In: Contract economics, COASE, R. The nature of the firm, In: the firm, the market, and the law. Chicago: The University of Chicago Press, COASE, R. H. The problem of social cost. Journal Law and Economics, Chicago: University of Chicago COMMONS, J. R. Institutional economics. Madison: University Wisconsin Press, GODOY, A. S. Introdução à pesquisa qualitativa e suas possibilidades. Revista de Administração de Empresas. v. 35, n. 2, p , mar/abr, HOBBS, J. E. A transaction cost analysis of quality, tracebility and animal welfare issues in UK beef retailing. British Food Journal. v. 98, n. 6, pp , LARSEN, T. S. Third party logistics from interorganizational point of view. International Journal Physical Distribution & Logistics. v. 30, n. 2, pp ,

11 LLEWELLYN, K. N. What price contract? an essay in perspective. Yale Law Journal. v. XL, n. 5, p , MILGRON, P.; ROBERTS, J. Bargaining, influence costs and the organization of economic activity. In: Perspectives on Positive political Economy. NY: Cambridge University Press, PIGOU, A. C. The economics of welfare. 4. ed. Londres: Macmillan, SAGARI, S. B. The potencial to incorporate SMEs in development projects. The International Development, USA, SIMON, H. Models of man. New York: John Wiley, SMITH, K.V. An overview of working capital managemente. West Publishing, WILLIAMSON, O. The economic institutions of capitalism: firms, markets, relational contracting. New York: Freee Press, WILLIAMSON, O. The theory of the firm as governance structure: from choice to contract. Journal of Economic Perspectives, vol. 16, n. 3,

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