EXECUÇÃO CONCURSAL - Falência e recuperação judicial e extrajudicial -

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1 EXECUÇÃO CONCURSAL - Falência e recuperação judicial e extrajudicial - feresmarcelo@hotmail.com 06/08/2010 BIBLIOGRAFIA Lista pedir! AVALIAÇÕES Prova 1 17/09, 30pts Prof. Marcelo Féres 1. INTRODUÇÃO: APONTAMENTOS GERAIS SOBRE A DISCIPLINA Falência é uma forma de execução coletivamente, e abrange a insolvência civil. Tema da disciplina é a falência e as técnicas de recuperação de empresas (não deixa que a empresa chegue à falência), por meios judicial ou extrajudicial. Não entrará no tema de insolvência civil. A doutrina é controversa quanto à natureza da falência: processual ou de direito material. Nunca se chegou a um consenso, porque a Lei de Falência reúne aspectos de ambos. 2. CONCEITO DE CREDORES: PAR CONDITIO CREDITORUM A Lei de falências busca concentrar em um único processo todos os pagamentos daquele devedor insolvente. Isso porque se o devedor pudesse pagar aleatoriamente, sem regras, haveria beneficiamento de alguns em detrimento de outros, e assim entre o juiz determinando os pagamentos de acordo com a hierarquia nos créditos. 3. BREVES APONTAMENTOS HISTÓRICOS: DAS ORIGENS DA FALÊNCIA AO DIREITO CONCURSAL CONTEMPORÂNEO A falência sempre existiu, pois desde que existe uma sociedade existem mecanismos de execução concursal. Bancarrota que retoma a idéia de quebra do estabelecimento comercial da sociedade empresária insolvente. 4. O DECRETO-LEI N. 7661/1945 (ANTIGA LEI DE FALÊNCIA): VISÃO GERAL FALÊNCIA PRESA A ATOS DE COMÉRCIO, CONCORDATAS PREVENTIVA E SUSPENSIVA Decreto era todo baseado sobre a falência do comerciante individual (forma comercial de atuar que prevalecia naquele contexto). A lei antiga basicamente tratava da falência e da concordata (que não existe mais!). A concordata poderia ser preventiva ou suspensiva, que variava de acordo com o momento que ela era decretada: preventiva (antes de haver a falência) e suspensiva (no curso da falência). Concordata tinha por objeto perdoar parte das dívidas do comerciante devedor ( remissória ), dilatar o prazo para o pagamento das dívidas ( dilatória) e ambas ( mista ). Ela não levava em conta a viabilidade econômica da empresa. Juiz fazia breve análise, sem ver sua viabilidade econômica, e concedia concordata, sem análise do efeito futuro positivo ou não, mitigador ou não da falência. Aulas digitadas e não revisadas 1

2 4.1. As tentativas de reinterpretação da antiga lei de falência: aproximação à teoria da empresa e flexibilidade de recuperação suspensiva A lei de falências era vocacionada ao caso do comerciante individual insolvente. Assim, a doutrina tentou remodelar a interpretação dessa lei pra poder atender aos reclames contemporâneos. Com a CR/88 e a função social da propriedade, analogicamente sustentou-se a função social da empresa. Das tentativas de reinterpretação surgiu a Lei /05. Influência do direito francês e italiano majoritariamente. 5. A ATUAL LEI DE FALÊNCIAS E RECUPERAÇÃO E SUA IDEOLOGIA (Lei n /2005): A INEXISTÊNCIA DE RECUPERAÇÃO SUSPENSIVA Lei /05 (atual): Falência Recuperação de empresas sempre preventiva! No sistema antigo tinha a concordata suspensiva, decretada no curso do processo de falência, o que não existe mais. Assim, só pode pedir recuperação se não está falido ainda. o Judicial o Extrajudicial (na prática acabando sendo realizada judicialmente, porque é homologada pelo juiz) Algumas regras de transição (art. 192 e seus parágrafos): os processos iniciados pela antiga lei continuam a se orientar por ela; veda-se, nestes casos, a concessão de concordata suspensiva Processos antigos continuam regidos integralmente pela antiga lei. Os novos processos são regidos pela nova lei. Há uma vedação, mesmo pros processos antigos, à concessão de concordata suspensiva. Art Esta Lei não se aplica aos processos de falência ou de concordata ajuizados anteriormente ao início de sua vigência, que serão concluídos nos termos do Decreto-Lei no 7.661, de 21 de junho de o Fica vedada a concessão de concordata suspensiva nos processos de falência em curso, podendo ser promovida a alienação dos bens da massa falida assim que concluída sua arrecadação, independentemente da formação do quadro-geral de credores e da conclusão do inquérito judicial. 2o A existência de pedido de concordata anterior à vigência desta Lei não obsta o pedido de recuperação judicial pelo devedor que não houver descumprido obrigação no âmbito da concordata, vedado, contudo, o pedido baseado no plano especial de recuperação judicial para microempresas e empresas de pequeno porte a que se refere a Seção V do Capítulo III desta Lei. 3o No caso do 2o deste artigo, se deferido o processamento da recuperação judicial, o processo de concordata será extinto e os créditos submetidos à concordata serão inscritos por seu valor original na recuperação judicial, deduzidas as parcelas pagas pelo concordatário. 4o Esta Lei aplica-se às falências decretadas em sua vigência resultantes de convolação de concordatas ou de pedidos de falência anteriores, às quais se aplica, até a decretação, o Decreto-Lei no 7.661, de 21 de junho de 1945, observado, na decisão que decretar a falência, o disposto no art. 99 desta Lei. 5o O juiz poderá autorizar a locação ou arrendamento de bens imóveis ou móveis a fim de evitar a sua deterioração, cujos resultados reverterão em favor da massa. (incluído pela Lei nº , de 2005). 6. ÂMBITO SUBJETIVO DE APLICAÇÀO DA LEI DE FALÊNCIAS (art. 1º): A QUEM SE APLICA Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial (sempre preventivas) e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor. Aulas digitadas e não revisadas 2

3 6.1. A quem não se aplica (art. 2º) Campo de exclusão da sua aplicação. Art. 2º Esta Lei não se aplica a: I empresa pública e sociedade de economia mista; II instituição financeira pública ou privada (atualmente já tiveram falência decretada a dois bancos, mas foi sobre a égide da lei anterior, que não tinha essa previsão de impossibilidade subjetiva de aplicação da lei de falência às instituições financeiras. Atualmente há discussão na doutrina, pois há lei específica que permite que o interventor numa instituição financeira requeira a falência. Assim, o entendimento parece ser de que qualquer pessoa não pode pedir a falência, mas apenas o interventor ainda não tem decisão quanto a isso), cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde (ex: UNIMED), sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores. 7. FORO COMPETENTE PARA PROCESSAR A RECUPERAÇÃO OU A FALÊNCIA (art. 3º): COMARCA DA JUSTIÇA ESTADUAL ONDE SE ENCONTRA O PRINCIPAL ESTABELECIMENTO; BELO HORIZONTE; AS VARAS EMPRESARIAIS (Resolução do TJMG n. 498/2009) Art. 3o É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. Assim, foro da situação do principal estabelecimento b(aquele em que há maior volume de negócios, maior representação financeira). Se fosse levar em conta a sede seria mais fácil burlar os credores. A CR/88 veda expressamente o processamento de falência na Justiça Federal, recaindo sobre a justiça estadual/comum, cabendo a cada Estado, através da Lei de Organização Judiciária, decidir sobre o processamento da falência e recuperação. MG: em algumas comarcas do interior há varas empresariais. Na maioria não tem. Em BH existem três varas empresariais, que têm competência pra processar e julgar recuperação e falência, bem como dissolução de sociedades (Resolução do TJMG n. 498/2009). 8. PAPEL DO MINISTÉRIO PÚBLICO (o vetado art. 4º) Falava que o MP interviria em todos os atos do processo de falências, mas Lula vetou e não há norma genérica de sua presença. De toda forma, durante a lei há sim vários dispositivos que requerem a presença do MP em atos esparsos. ESTUDO DE CASO Uma sociedade de economia mista controlada pelo Município X, que exerce atividade econômica consistente na exploração de minérios, é devedora de uma duplicata no valor de R$ ,00, em favor de outra sociedade empresária. Insatisfeita, esta promove corretamente o protesto do título e o utiliza para requerer a falência da sociedade. O juiz, ao despachar a inicial, liminarmente extingue o feito, ao argumento único de que a companhia de economia mista não é parte legítima para figurar no processo de falência. O autor apela. Na qualidade de desembargador, analise o recurso sob dois enfoques principais: Aulas digitadas e não revisadas 3

4 a) a sociedade de economia mista do caso está ou não sujeita a falência? e Existe toda uma discussão doutrinária sobre o art. 3º. EP prestadoras de serviço público e EP que prestam atividade econômica. Essas que exercem atividades econômicas têm que ter regime idêntico em matéria de direito comercial, civil, trabalhistas (art. 173). Assim, alguns autores dizem que essa norma é parcialmente inconstitucional, na medida em que SEM que exercem atividade econômica está sim sujeita a falência. b) em caso afirmativo, o tribunal pode declarar a falência, ou apenas reconhecer a legitimidade passiva e restituir os autos ao juízo a quo para exame dos demais requisitos de declaração da falência? Não pode, porque tem que dar o prazo ao devedor fazer depósito e também apresentar contestação (contraditório). 13/08/2010 Pressupostos da falência 1. PRESSUPOSTOS DA FALÊNCIA cumulativos! a. Pressuposto subjetivo (empresário ou sociedade empresário) b. Pressuposto objetivo (condutas que a lei diz que constituem falência; falência juridicamente qualificada c. Pressuposto formal (sentença declaratória da falência) 2. PRESSUPOSTO MATERIAL SUBJETIVO Empresários e sociedades empresárias = devedores (art. 1º da LF: Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente como devedor ). * Empresário = empresário individual (PN que exerce atividade econômica determinada para fins de produção de bens ou serviços). Formalmente tem uma firma individual. Responsabilidade: com todo o patrimônio pelas dívidas inerentes ilimitação da sua responsabilidade. A sociedade também responde com todos os seus bens, ilimitadamente (a diferença é que existem regras de limitação dos sócios por dívidas da sociedade). A lei brasileira atual não permite limitação da responsabilidade do empresário individual. Para efeito tributário, o empresário individual é equiparado a PJ, mas não é pessoa jurídica. O empresário individual, pois, não é PJ e tem responsabilidade ilimitada. * Sociedade empresária: quem é sócio da sociedade é empreendedor (e não empresário, tecnicamente). ANTES: sociedade civil (não realizavam atos de comércio campo residual; prestação de serviços tipicamente), sociedade comercial (atos de comércio aqui em suas várias formas, S/A, Ltda. A S/A, excepcionalmente, sempre era sociedade comercial, tendo, pois, um critério formal). Sempre, assim, necessária a análise do objeto (com exceção da S/A que tinha o critério formal), com um critério material de definição, e esse critério era a prática de um ato de comércio. HOJE (CC 2002): sociedade empresária (tem por objeto a atividade própria do empresário atividade econômica organizada com fins de distribuição de bens ou serviços. Novidade! Serviços antes eram antes tipicamente civis, e agora serviços estão no âmbito das sociedades empresárias. Expansão direito empresarial. Continua tendo uma série de tipos: Ltda., S/A, comandita por ações, comandita simples, etc. Aulas digitadas e não revisadas 4

5 Precisa ver o objeto.) e sociedade simples/ não empresária (campo residual, ou seja, não tem âmbito empresarial. As sociedades simples têm um tipo de sociedade simples, que falam que elas podem ser organizar sob uma das formas das sociedades empresariais. Assim, continua como antigamente: critério material, sendo necessária a análise do objeto). Mas ao lado desse critério material têm-se critérios formais: S/A independentemente do objeto é sempre sociedade empresária. As sociedades cooperativas serão sempre sociedades simples. Atividade rural: faculdade de se registrar na Junta Comercial (se PN que se registra na Junta, aí sim tem um empresário individual ou uma sociedade; se a PN não se registrar, não é um empresário individual ou uma sociedade e não está sujeito à lei de falências precisa do requisito formal a PN que exerce atividade rural) Os excluídos do âmbito da falência (art. 2º da LF: Esta Lei não se aplica a: I empresa pública e sociedade de economia mista; II instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente equiparadas às anteriores ). 3. PRESSUPOSTO MATERIAL OBJETIVO: a insolvência do devedor A LF não se preocupa em analisar se o sujeito se encontra de verdade ou não em estado de insolvência (análise do patrimônio), pois o que importa é que ele tenha realizado certas condutas tipificadas pela lei, que são suficientes para decretar falência. Assim, a lei acaba gerando uma presunção de falência, pois desde que exerça certa conduta, cria a presunção e é decretada sua falência Insolvência econômica ou real X insolvência jurídica ou presumida (critério adotado pela LF). O Brasil adota o critério da insolvência jurídica ou presumida, pois a realização de certas condutas tipificadas pela lei são suficientes para decretar a falência O uso da ação de falência como meio de cobrança do devedor (não é admitido pela jurisprudência do STJ). O próprio requerimento da falência pelo credor tem que se fundar com um título executivo. Daí não se pode, com esse título, requerer de má-fé a falência quando seria caso de execução individual. STJ entende que os pedidos de falência sem motivo, como mero meio de pressão para pagamento, não podem ser julgados procedentes e os requerentes devem ser condenados por perdas e danos. Assim, seria necessário propor uma execução individual Os sistemas adotados pela LF: misto O sistema da impontualidade (quarenta salários mínimos; art. 94, I): o protesto necessário (art. 94, parágrafo 3º) e a possibilidade de litisconsórcio ativo (art. 94, parágrafo 1º). ANTES: impontualidade jurídica e atos falimentares. HOJE: impontualidade art. 94, I (antiga impontualidade justificada) e condutas determinadas do art. 94, II e seguintes (antigo atos falimentares ) * impontualidade (antiga impontualidade justificada): Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: I sem relevante razão de direito, não paga, no Aulas digitadas e não revisadas 5

6 vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência. * condutas: Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: II executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à penhora bens suficientes dentro do prazo legal;iii pratica qualquer dos seguintes atos, exceto se fizer parte de plano de recuperação judicial: a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso ou fraudulento para realizar pagamentos; b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade de seu ativo a terceiro, credor ou não; c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de recuperação judicial. * protesto necessário: requisito formal 3º Na hipótese do inciso I do caput deste artigo, o pedido de falência será instruído com os títulos executivos na forma do parágrafo único do art. 9º desta Lei, acompanhados, em qualquer caso, dos respectivos instrumentos de protesto para fim falimentar nos termos da legislação específica. * litisconsórcio ativo (art. 94, parágrafo 1º): 1o Credores podem reunir-se em litisconsórcio a fim de perfazer o limite mínimo para o pedido de falência com base no inciso I do caput deste artigo.. 4. PRESSUPOSTO FORMAL: sentença declaratória de falência (art. 99 da LF) Na verdade é uma decisão interlocutória é constitutiva do direito de falência. Sentença tem que ser averbada, tem que ser publicada em jornais Termo legal de falência (repercute na ineficácia de atos praticados antes da falência art. 129). É a sentença que firma o termo legal da falência (a lei permite que o juiz, ao decretar a falência, determine a incidência de efeitos de suspeição a data anterior ao requerimento, repercutindo na ineficácia de atos praticados antes da falência). Essa suspeição, portanto, se aplica desde o termo legal até a data da decretação da falência pelo juiz. Aulas digitadas e não revisadas 6

7 4.2. Nomeação do administrador judicial. Na lei antiga de falências o administrador judicial era chamado de síndico Dos recursos da sentença que aprecia o requerimento de falência (art. 100: Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença que julga a improcedência do pedido cabe apelação ). Assim, cabe agravo de instrumento quando a falência é decretada porque é, na verdade, uma decisão interlocutória, porque o juiz continuará atuando no processo. No caso, porém, de improcedência do pedido de falência, como a atuação do juiz acaba com aquele ato, é em verdade uma sentença e cabe, pois apelação. ESTUDO DE CASO João da Silva, empresário individual e credor da sociedade X&X comércio de bebidas Ltda., toma conhecimento que esta alienou seu estabelecimento, sem autorização de todos os seus credores e reduzindo-se a um estado de insolvência. Diante desta circunstância, João da Silva requer a falência da sociedade, com fundamento no art. 94, III, c da LF. Em defesa, a sociedade não consegue demonstrar sua boa situação econômica. Na qualidade de magistrado acolha ou não o requerimento de falência. Fundamente sua resposta. Se olhar só a LF, pode sim decretar a falência. Porque a lei trás essa conduta como ato falimentar? Porque se ele aliena o estabelecimento está na verdade perdendo a grande garantia dos credores, e daí presumia a insolvência/falência. Mas a LF acaba se relacionando com outros sistemas e leis, e nesse caso, como existe alienação do estabelecimento, vai ao art do CC O adquirente do estabelecimento responde pelo pagamento dos débitos anteriores à transferência, desde que regularmente contabilizados, continuando o devedor primitivo solidariamente obrigado pelo prazo de um ano, a partir, quanto aos créditos vencidos, da publicação, e, quanto aos outros, da data do vencimento solidariedade do adquirente pelas dívidas pré-existentes. Assim, os credores não ficam desamparados, porque o adquirente fica solidariamente obrigado, e então aumentam as possibilidades de adimplemento do crédito, já que pode acionar não só a sociedade empresária contra a qual tem o título, mas também a sociedade solidariamente obrigada, que responde com todos os seus bens com as dívidas. Em um ano, empresa A e empresa B solidária são passíveis de responsabilização, e depois de um ano só B. Assim, fazendo uma análise conjunta das leis, o credor não teria interesse de agir para pedir a falência, porque ele aumenta, em verdade, as possibilidades de satisfação do seu crédito. 20/08/2010 Não teve aula. 27/08/2010 Fase pré-falimentar: requerimento da falência 1. INTRODUÇÃO: FASES DO PROCESSO FALIMENTAR Fase pré-falimentar a falência propriamente dita encerramento fase pós-falimentar 2. O PEDIDO DE FALÊNCIA: PETIÇÃO INICIAL SUJEITA AOS REQUISITOS DO ART. 282 DO CPC Isso é confirmado pelo fato de que nas disposições finais da Lei de Falências tem a previsão de que o CPC se aplica subsidiariamente à lei. Lembrar do valor da causa. Aulas digitadas e não revisadas 7

8 2.1. A instrução da inicial (art. 97 parágrafo 1º) - credor empresário; protesto do título para a hipótese da impontualidade justificada. O credor empresário apresentará certidão do Registro Público de Empresas que comprove a regularidade de suas atividades. PI normal, mas com a instrução com certos documentos exigidos. 3. QUEM PODE REQUERER A FALÊNCIA DO DEVEDOR (ART. 97) legitimidade ativa Genericamente tem que ser credor, então em princípio qualquer credor do empresário/sociedade empresária pode pedir a falência. Além disso, o próprio devedor pode pedir a sua falência. Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: I o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei (a sociedade empresária requer a sua própria falência, e isso é feito por meio do seu representante/administrador; o próprio empresário. Obs.: a autofalência nas S/As tem a especificidade de que os sócios podem requerem a falência, ficando condicionado esse pedido a aprovação pela assembléia isso quer dizer que os administradores); II o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante (mais aplicável ao empresário individual); III o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da sociedade (os sócios, em nome próprio, requerem a falência da sociedade); IV qualquer credor (inclusive qualquer credor pode pedir a falência de um falecido!) O pedido de falência pelo próprio devedor (arts. 105 a 107) Quando se fala de autofalência não é preciso ir à lei pra saber, pois não há um rito específico, já que não existem duas partes se contrapondo (o próprio devedor requer a sua falência). Art O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, acompanhadas dos seguintes documentos (o que o devedor que pede a sua falência deve apresentar como documentos): I demonstrações contábeis referentes aos 3 (três) últimos exercícios sociais e as levantadas especialmente para instruir o pedido, confeccionadas com estrita observância da legislação societária aplicável e compostas obrigatoriamente de: a) balanço patrimonial; b) demonstração de resultados acumulados; c) demonstração do resultado desde o último exercício social; d) relatório do fluxo de caixa; II relação nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos respectivos créditos; III relação dos bens e direitos que compõem o ativo, com a respectiva estimativa de valor e documentos comprobatórios de propriedade; IV prova da condição de empresário, contrato social ou estatuto em vigor ou, se não houver, a indicação de todos os sócios, seus endereços e a relação de seus bens pessoais (o Direito Brasileiro permite inclusive que sociedades não registradas requeiram sua própria falência sociedades de fato/em comum. Inclusive um terceiro pode requerer a falência de uma sociedade não registrada! Mas uma sociedade de fato, na medida em que não está registrada, não preenche o requisito da petição inicial para pedir a falência de outrem); V os livros obrigatórios e documentos contábeis que lhe forem exigidos por lei; VI relação de seus administradores nos últimos 5 (cinco) anos, com os respectivos endereços, suas funções e participação societária. Aulas digitadas e não revisadas 8

9 Art Não estando o pedido regularmente instruído, o juiz determinará que seja emendado. Art A sentença que decretar a falência do devedor observará a forma do art. 99 desta Lei. Parágrafo único. Decretada a falência, aplicam-se integralmente os dispositivos relativos à falência requerida pelas pessoas referidas nos incisos II a IV do caput do art. 97 desta Lei. Quando se esta diante do auto-requerimento, o juiz não vai analisar os pressupostos objetivos (condutas previstas para se pedir a falência). Mas o devedor deve explicar os motivos pelos quais está pedindo a falência (pedido de apresentar a crise econômica que está vivendo). Assim, a observação dos três pressupostos está enfraquecida (1. Subjetivo ser empresário ou sociedade empresária; 2. Objetivo hipóteses de condutas qualificadas à falência; 3. Sentença de falência). A falência é hipótese de dissolução da sociedade (isso pro direito societário). Dissolução da sociedade é ato complexo importa a idéia de liquidação, porque o processo de falência propriamente dito é um processo de liquidação patrimonial da sociedade insolvente. Nessa fase cobra-se todos os créditos, pagar as dívidas e se sobrar, devolver os sócios, e no final decretar a recuperação ou então a falência. 4. O FORO COMPETENTE PARA PEDIR A FALÊNCIA (ART. 3º já estudado) Só pra relembrar, o requerimento de falência deve ser feito no juízo do foro da situação do principal estabelecimento do devedor. 5. A RESPOSTA DO DEVEDOR (exceções em geral) obviamente não cabível quando o pedido é de autofalência Prazo de 10 dias (não é o prazo normal de 15 dias! É prazo especial). Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) dias Depósito elisivo da falência. Art. 98. Parágrafo único. Nos pedidos baseados nos incisos I e II do caput do art. 94 desta Lei, o devedor poderá, no prazo da contestação, depositar o valor correspondente ao total do crédito, acrescido de correção monetária, juros e honorários advocatícios, hipótese em que a falência não será decretada e, caso julgado procedente o pedido de falência, o juiz ordenará o levantamento do valor pelo autor. O devedor, no prazo de resposta, pode fazer um depósito que elide a possibilidade de se decretar a falência, e pra isso deve depositar o valor do título, mais juros e correção monetária adicionada de honorários. A doutrina fala que a parte final desse parágrafo não é válida (deve ser desprezada), e que se o devedor fez o depósito, o juiz não pode de jeito nenhum decretar a falência. Não há jurisprudência que se manifeste quanto a isso, mas na prática, se o devedor deposita o juiz não decreta a falência Resposta a requerimento fundado no art. 94, I (hipóteses nos incisos I a VIII do art. 96). O requerimento de falência com base no Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: I sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência. A resposta do devedor: Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não será decretada se o requerido provar: I falsidade de título; Aulas digitadas e não revisadas 9

10 II prescrição; III nulidade de obrigação ou de título; IV pagamento da dívida; V qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança de título; VI vício em protesto ou em seu instrumento; VII apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, observados os requisitos do art. 51 desta Lei; VIII cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o qual não prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato registrado. 6. A SENTENÇA DECLARATÓRIA DA FALÊNCIA (ART. 98, único: em qlq hipótese) Na verdade é uma decisão interlocutória constitutiva da falência. 7. RECURSOS DA SENTENÇA QUE APRECIA O PEDIDO DE FALÊNCIA (ART. 100) Art Da decisão que decreta a falência cabe agravo, e da sentença que julga a improcedência do pedido cabe apelação. 8. REQUERIMENTO DOLOSO DE FALÊNCIA (ART. 101) Alguns autores entendem que o mero requerimento de falência, quando seria possível a execução individual, seria doloso. Art Quem por dolo requerer a falência de outrem será condenado, na sentença que julgar improcedente o pedido, a indenizar o devedor, apurando-se as perdas e danos em liquidação de sentença. OBS: EXQUEMA DA FASE PRÉ-FALIMENTAR (rito da falência requerida por terceiro) REQUERIMENTO DE FALÊNCIA - Petição inicial normal - Descrição dos fatos insolvência juridicamente qualificada (art. 94). - Com base na impontualidade injustificada tem que mostrar o protesto - Com base na prática de atos falimentares tem que fazer prova de que é credor - No caso do requerente ser empresário tem que fazer prova do requerimento Citação CONTESTAÇÃO - Resposta, pois abrange exceções (como de incompetência, etc.) - Art. 96 que trata da defesa quando for requerida a falência com base na impontualidade injustificada (art. 94, I) - Possibilidade de fazer um depósito elisivo (art. 98, parágrafo único) Dilação probatória eventual Com base nas disposições do CPC. Eventualmente designar AIJ, ouvir testemunhas, perícia, depoimento das partes, etc. Isso acontece se a prática dos atos falimentares não estiver claramente evidenciada. Aulas digitadas e não revisadas 10

11 SENTENÇA - Se declara a falência: art Natureza de decisão interlocutória, e é constitutiva (e não declaratória) do estado de falência. - Se julga improcedente, pode também condenar o autor por requerimento doloso (art. 101) RECURSOS (art. 100) Se decreta a falência agravo. Se não decreta a falência sentença. E o MP? Intervenção do MP em vários momentos quando previsto na lei, mas na fase préfalimentar não se fala em MP. Isso porque foi revogado o dispositivo genérico que previa a participação do MP. Mas membros do MP costumam requerer a sua entrada no processo como custus legis com base no art. 82 do CPC para fiscalizar o processo de falência. De toda forma, o juiz pode abrir vista ao MP antes da sentença, pra ver se decreta ou não a falência. Assim, na fase pré-processual não há previsão expressa de participação no MP. Se ele entrar é com base no art. 82 do CPC, de interesse público, como custus legis, ou então quando o juiz abrir vista para ele. ESTUDO DE CASO A Fazenda Pública do Estado de Minas Gerais, objetivando cobrar um crédito no valor de R$ ,00 (duzentos mil reais) da Sociedade Silva & Silva Ltda., após o protesto da certidão da dívida ativa, ajuizou requerimento de falência da sociedade. O juízo da 1ª Vara Empresarial de BH, após a defesa da devedora, houve por vem julgar procedente o pedido, pois não havia razão relevante para que a sociedade deixasse de pagar a dívida. Em agravo e instrumento, a falida suscitou a falta de interesse processual da Fazenda Pública para requerer a falência. Quais, a seu juízo, seriam os argumentos dessa alegação? Obs.: Protesto da certidão da dívida ativa durante muito tempo se discutiu se essa certidão podia ou não protestar. A FP gosta disso com medo de o nome entrar no SPC, SERASA, e os cartórios também adoram, porque recebem grana. Recentemente (abril 2009) o CNJ expediu recomendação falando que a certidão da dívida ativa é protestável. Razão relevante argumentos para justificar a impontualidade (art. 96 Lei de Falências). A FP não tem interesse processual pra requerer falência (tranqüilo na jurisprudência). Exceção ao qualquer credor. Isso porque (a) os créditos tributários não estão sujeitos a concurso de credores pode promover a execução fiscal de maneira eficiente; e (b) a falência ser decretada é prejudicial a FP, porque se ela for decretada a FP demora mais a receber, e haverá outros credores mais privilegiados do que ela. Assim os juízes entenderam que a FP queria utilizar o pedido de falência como sucedâneo processual. Aulas digitadas e não revisadas 11

12 03/09/ Introdução: delimitação do tema ÓRGAOS DA FALÊNCIA 2. O juiz: preside a administração da falência. O papel do juiz muda ao longo do processo. Na fase pré-falimentar ele se restringe a questões de direito e de fato, como um juiz normal e ao final eventualmente profere a sentença declaratória (que na verdade é uma decisão interlocutória com efeitos constitutivos). Depois da instauração da execução concursal, em verdade, o juiz passa a ter outras funções, pois passa a presidir o processo de falências. Assim, ele passa a ter que tomar decisões de cunho eminentemente econômico (valor do bem no mercado, realização alternativa do ativo) sempre ele tem a decisão final. O administrador judicial é um órgão auxiliar ao juiz, mas quem dá a última palavra é o próprio juiz. 3. O administrador judicial (arts. 21 a 25): auxiliar o juiz e representar a massa falida subjetiva (interesses dos credores) pessoa física ou jurídica, não necessariamente advogado; pode ter auxiliares; remuneração é crédito extraconcursal; substituição e destituição (sanção) responsabilidade por seus atos. A sentença que decreta falência nomeia um administrador judicial figura que substitui o antigo síndico (como ainda tem processos tramitando com Bse na antiga lei, ainda existem síndicos, mas atualmente o que existe é o administrador judicial). Ele é auxiliar ao juiz no procedimento de execução. Diz a lei que ele deve ser preferencialmente advogado, contador, administrador ou economista, podendo ser também uma PJ especializada. O administrador judicial pode contratar pessoas pra auxiliá-lo na administração, claro que com a autorização do juiz (porque isso gera diminuição dos ativos da massa falida). O administrador tem responsabilidades próprias ex: habilitação de crédito, que é habilitado perante o administrador, formado o quadro de credores e então submetido ao juiz para aprovação. Remuneração fixada na lei. Administrador judicial é nomeado pelo juiz, e pode ser substituído ou destituído. A destituição é uma forma de sanção, mas a substituição não (é uma simples impossibilidade de cumprir as funções de administrador, por exemplo). 4. A assembléia-geral de credores (art. 35 a 46): órgão consultivo e de fiscalização; constituição facultativa (reservado para falências de vulto). Deliberam sobre o fato de juiz realizar de um modo alternativo dos ativos; eles aprovam o plano de habilitação de credores apresentado pelo administrador judicial, deliberam sobre a prestação de contas. Assim, tentam buscar tutelar seus próprios interesses. O comitê de credores, em contraponto, encontrado em falências mais complexas, atua como fiscalizador da atuação do juiz, do administrador judicial, e em seguida apresentam à assembléia geral (isso porque existem muitos credores e fica difícil fazer sempre AG). Assim, é um órgão fiscalizador e auxiliar da assembléia de credores (representam uma classe de credores ), facultativo de criação pela AG. Aulas digitadas e não revisadas 12

13 5. O MP (diversas normas ao longo da LF; já tratado em aulas anteriores). A partir da decretação da falência, o MP atua em todos os atos da falência propriamente dita. Pode interpor recursos, manifestar sobre o quadro de credores, etc. Em princípio sabe-se que o MP pode atuar tanto como custus legis como parte aqui na falência ele atua majoritariamente como custus legis, mas existem algumas ações previstas na LF contam com o MP como um dos seus legitimados, o que o torna parte. EFEITOS DA FALÊNCIA (SOBRE O DEVEDOR) 1. Introdução: visão panorâmica dos efeitos da falência na vida do devedor, suas relações e seus credores 2. Efeitos da falência sobre o devedor (art. 102 a 104 LF): a legislação centra-se no empresário individual. A própria lei fala que se aplica tanto às sociedades quanto ao empresário individual. Mas esse capítulo específico é no empresário individual, pois trás uma série de sanções que se direcionam ao empresário individual. Principalmente arts. 81 e Inabilitação para exercer qualquer atividade empresarial (arts. 102 e 104 LF): a legislação centra-se no empresário individual Art Inabilitação empresarial: O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, respeitado o disposto no 1º do art. 181 desta Lei.. O falido pode exercer outras atividades no âmbito de uma empresa (ser, por exemplo, empregado), mas não pode ser titular da atividade empresarial. Função sancionatória, com função de punir o falido. Também tem a idéia de que concomitante à inabilitação, o falido perde a livre administração dos seus bens, e assim é correta a relação de que ele não pode mais administrar seus bens. Dura desde a decretação da falência até a extinção das obrigações do falido (art. 176) a reabilitação do falido pode até se dar em uma fase pós-falimentar. Essa reabilitação só pode acontecer depois de passados 5 anos a extinção das obrigações, ou então 10 anos caso ele tenha sido condenado pela prática de algum crime falimentar, contados da extinção das obrigações. O termo inicial da inabilitação, portanto, é a decretação da falência pelo juiz Desrespeito a inabilitação: crime falimentar (art. 176); responde pelos seus atos (art. 973 CC). Se ele realizar atos, mesmo impedido, tem que arcar com os atos e obrigações Reabilitação (parágrafo único do art. 102 c/c art. 158): após extinção das obrigações do falido; hipóteses: extinção com pagamento total e parcial (50% dos quirografários), decurso de 5 anos (sem condenação por crime falimentar) e decurso de 10 anos (com condenação por crime falimentar) 2.2. Perda, pelo falido, do direito de administrar os seus bens ou dele dispor (art. 103): até o encerramento da falência Aulas digitadas e não revisadas 13

14 Art. 103 Perda da livre administração dos seus bens e da possibilidade deles dispor. O temo inicial é a decretação da falência ou desde o seqüestro dos bens do falido (em sede de medida cautelar). A razão dessa norma é de índole processual, porque os bens serão arrecadados e comporão a massa falida. Esses bens serão administrados pelo juiz, com auxílio do administrador judicial. Ora, como poderia ter a administração feita pelo juiz/administrador judicial, e ao mesmo tempo a administração pelo falido? Assim, a fim de evitar a sobreposição de administrações sobre os bens, o falido perde. O termo final é o encerramento do processo de falência. A natureza dessa norma foi muito discutida na doutrina: prevalece que é uma conseqüência de natureza processual, que acarreta a perda de legitimidade para gerir seus bens (e não necessariamente perda da capacidade) Direito de fiscalização, requer providências e intervir nos processos da massa (parágrafo único do art. 103) Deveres do falido (art. 104): dever de lealdade processual Desobediência dos deveres (art. 104 parágrafo único): crime de desobediência falimentar? Crime de desobediência do art. 330 CP. Será que não seria melhor a instituição de um bem patrimonial? Não, porque ele não tem a livre administração dos seus bens. Assim, tiveram que criar essa responsabilização penal pelo descumprimento de uma obrigação processual. Trata-se de um crime do CP mesmo ou com alguns requisitos a méis previstos na LF? Isso tem implicação prática porque isso interfere no prazo pra reabilitação. crimes previstos nesta lei. A condenação por crime de desobediência é um crime da lei de falências especificamente ou do CP abstratamente? Se for por crime comum, reabilitação em 5 anos porque não é crime da LF. Se entender que a desobediência é crime da LF (desobediência própria da LF), a reabilitação se dá em 10 anos. Há autores que entendem ser este um crime falimentar, outros só o art. 330 CP. (Pedaço de aula anotado pela Helena obrigada!) 2.5. Efeitos da falência sobre a sociedade falida, seus sócios administradores e liquidantes (art. 81): hipótese de dissolução da sociedade, que pode ou não culminar com a extinção; extensão dos efeitos da falência sobre os sócios ilimitadamente responsáveis; os deveres se estendem sobre os administradores ou liquidantes da sociedade Art. 81. A decisão que decreta a falência da sociedade com sócios ilimitadamente responsáveis também acarreta na falência destes, que ficam sujeitos aos mesmos efeitos jurídicos produzidos em relação à sociedade falida e, por isso, deverão ser citados para apresentar contestação, se assim o desejarem. Art. 81 caput - falência de sociedade em que há sócios de responsabilidade ilimitada (sociedade em comum, comandita simples, comandita por ações, em nome coletivo). Previstos no CC. Aplico supletivamente a SA quando estiver diante de sociedade em comandita por ações. Aulas digitadas e não revisadas 14

15 No caso de sócios responsáveis ilimitadamente, serão decretados falidos junto com a sociedade. Os sócios, ao serem decretados falidos, serão tratados como empresários individuais. (conferir) Esses sócios também serão citados para no caso de quererem contestar - princípio do contraditório. É formado um litisconsórcio passivo unitário e necessário entre sócios e sociedade. A defesa é proveita aos demais. 1o O disposto no caput deste artigo aplica-se ao sócio que tenha se retirado voluntariamente ou que tenha sido excluído da sociedade, há menos de 2 (dois) anos, quanto às dívidas existentes na data do arquivamento da alteração do contrato, no caso de não terem sido solvidas até a data da decretação da falência. 2o As sociedades falidas serão representadas na falência por seus administradores ou liquidantes, os quais terão os mesmos direitos e, sob as mesmas penas, ficarão sujeitos às obrigações que cabem ao falido. O administrador ou liquidante (quando a sociedade está em fase de liquidação) responde pelos deveres A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, administradores e controladores (art. 82): apuração no juízo de falência Art. 82. A responsabilidade pessoal dos sócios de responsabilidade limitada, dos controladores e dos administradores da sociedade falida, estabelecida nas respectivas leis, será apurada no próprio juízo da falência, independentemente da realização do ativo e da prova da sua insuficiência para cobrir o passivo, observado o procedimento ordinário previsto no Código de Processo Civil. Art sociedade anônima e limitada. Mecanismo processual para responsabilizar o sócio dessas sociedades. De acordo com a lei, fica claro que não cabe a desconsideração da personalidade jurídica de ofício. Deve ser feita por meio de uma ação ordinária. ESTUDO DE CASO João da Silva, empresário individual, após ser declarado falido e, apesar disso, contando com o desconhecimento do fato por Lucas Ribeiro, aliena para este um automóvel de sua propriedade, no valor de R$ ,00. Diante do desrespeito, pelo falido, da proibição de dispor dos seus bens, qualifique esse negócio jurídico e defina a repercussão da falência sobre ele. Qual a consequência do desrespeito da indisponibilidade dos bens? A lei atual não traz sanção expressa. Não há crime, ainda que seja proibido. Esse ato é nulo, pq desrespeita a lei. O juiz pode, até de ofício, decretar sua nulidade. (CÓDIGO CIVIL) O comprador pode alegar o enriquecimento sem causa, cobrando o valor de volta. Em regra, esse crédito será meramente quirografário, não vindo a receber. Aulas digitadas e não revisadas 15

16 10/09/2010 (Aula da Leila c/c aula da Heloísa obrigada!) Aula de 09/09 : Efeitos da falência sobre a sociedade: - Art. 81, caput : falência de sociedade com sócios de responsabilidade ilimitada (sociedade em comum, em nome coletivo, comandita simples e comandita por ações esta última é sempre empresária, independentemente do objeto). - As outras sociedades só estão sujeitas à Lei de Falências se tiverem objeto empresarial. - Sócios com responsabilidade ilimitada também falem (requere-se falência da sociedade e dos sócios e juiz decreta falência de ambos). - Para os sócios os efeitos da falência são iguais àqueles previstos nos arts. 102 a 104 da Lei de Falências. - Os sócios também serão citados: forma-se litisconsórcio passivo necessário unitário (ou se decreta falência de todos ou de ninguém). Se efetuarem depósito elisivo, juiz não pode decretar falência dos sócios. - Art. 81, 1º : se houver dúvida após a apuração de haveres, posso chamar o sócio que se retirou (desde que obrigação tenha nascido ao tempo em que era sócio). Similarmente, posso chamar esse sócio em caso de falência. - Art. 81, 2º: Liquidante: quando o pedido de falência é feito na liquidação. Art.82 SOCIEDADE ANÔNIMA E LIMITADA: Quem sofre efeitos da falência é administrador ou liquidante. Para atingir patrimônio do sócio devo interpor ação para responsabilizá-lo por dívida da sociedade. Segue-se rito ordinário do CPC. Isto é, desconsideração não pode ser decretada de ofício, mas apenas em sede de ação ordinária. ESTUDO DE CASO: - Lei atual não traz sanção específica ao descumprimento da indisponibilidade de bens, ao contrário da lei antiga. Questão solucionada com base em Teoria Geral do Direito Civil. - Ato é nulo, por ofensa à disposição legal, podendo ser decretado de ofício ou a requerimento das partes. - Não há crime de desobediência, pois não há descumprimento a ordem, mas a norma legal. - Adquirente pode interpor ação contra enriquecimento ilícito do falido. Se ganhar, terá crédito contra o falido e será habilitado na execução concursal. REVISÃO: } } Fase pré- Fase falimentar Fase pós-falimentar falimentar propriamente dita Ex: reabilitação do falido; se falência não suficiente para quitação das dívidas prazo prescricional volta a correr. Fase pré-falimentar: análise dos pressupostos de decretação da falência (só posso dizer que alguém é falido se houver a soma dos pressupostos objetivos, subjetivos e formais). Aulas digitadas e não revisadas 16

17 - Subjetivos: falência destinada a empresário individual e sociedade empresária. Sociedades simples não estão sujeitas à Lei de Falências, apenas as sociedades empresárias. Art. 2º: Exclui certas sociedades do âmbito da Lei de Falências. Empresa Pública e Sociedade de Economia Mista que exercem atividade econômica estão sujeitas a falência por estarem sujeitas ao mesmo regime das Empresas Privadas. - Objetivos: Trata-se da INSOLVÊNCIA JURIDICAMENTE QUALIFICADA. Direito Brasileiro não se interessa pela Insolvência Econômica. Art. 94, I Impontualidade injustificada Art. 94, II e III Atos falimentares. - Formais: Sentença declaratória de falência. Se declarada falência: trata-se de decisão interlocutória e cabe Agravo de Instrumento que deve estar acompanhado de documentos previstos por Lei. Não há pretensão recursal. Rito da falência requerida por terceiro: - Falência do espólio cai na hipótese de auto-falência. - Terceiro: credor ou sócio da sociedade falida Requerimento citação Resposta Sentença 10 dias Requerimento (Petição Inicial): deve respeitar art. 282; deve ser endereçada ao juiz do principal estabelecimento da empresa. - Em caso de impontualidade injustificada, deve ser instruída com título protestado. - Piso de 40 salários mínimos: previsto apenas para caso de impontualidade injustificada. Respostas: - Exceções - Contestação - Depósito elisivo da falência - Falido pode requerer recuperação judicial Antes da Sentença: Eventual dilação probatória. Sentença: - Nomeia administrador judicial - Fixa termo legal de falência Se defere pedido Agravo de Instrumento em 10 dias. Se indefere pedido Apelação em 15 dias. Artigos estudados na matéria: 01 a 04, 92 a 99, 102 a 104. Aulas digitadas e não revisadas 17

18 17/09/2010 PROVA 24/09/2010 (dada pela monitora anotada pela Heloísa Paternost). Efeitos da Falência 3. Efeitos da declaração da falência sobre os bens do devedor - sociedade ou empresário individual. Arts. 108 a 114 da LF Responsável por arrecadar e por guardar a propriedade -> administrador judicial A responsabilidade do administrador depende de prova. 3.1 A arrecadação dos bens (ato de constrição judicial): todos os bens de propriedade e de posse do falido Só ao final da falência é que pode ocorrer a devolução de algum bem (no caso de falência positiva) São arrecadados quaisquer bens em posse do falido e que, não necessariamente, sejam do falido. O oficial o faz constar nos autos. O administrador procura quaisquer outros bens do falido que não estejam na posse deste (os alienados, os dissipados indevidamente pelo falido - com ou sem fraude) O administrador garante um melhor resultado do processo falimentar para os credores. 3.2 Impossibilidade de arrecadação dos bens impenhoráveis (art. 108, 4º da LF; vide art. 649 do CPC) Os bens impenhoráveis não serão arrecadados pelo administrador judicial. O salário é impenhorável. Mas, se invisto uma parte dele, esta parte será considerada penhorável. 3.3 Arrecadação de bens já penhorados em outros processos: carta precatória (art. 108, 3º) 3.4 Lacre do estabelecimento: na hipótese de risco para a arrecadação (art. 109) Sempre que for necessário para a proteção do bens, para que não haja risco de perda. Expedição do mandado após a decretação da falência. Pode ser feito antes que o administrador judicial compareça. 3.5 O auto de arrecadação: inventário e laudo de avaliação dos bens (art. 110) Após a arrecadação será feito o auto, constando todos os bens arrecadados e suas identificações. Se possível, suas respectivas avaliações. Os bens de garantia real devem ser avaliados separadamente. Os créditos de garantia real têm preferência até o valor do bem (art. 108, p. 5o.) 3.6 O depositário dos bens (art. 108, p. 1o.): pode ser inclusive o falido Responsável pela guarda dos bens arrecadados. 3.7 Possibilidade de adjudicação de bens pelos credores: respeito à classificação (art. 111) 3.8 Possibilidade de venda antecipada de bens perecíveis ou deterioráveis (art. 113) Provável perda ou redução do valor com a demora. Como o intuito é arrecadar o maior valor possível, procede-se à venda antecipada. 3.9 Possibilidade de aluguel ou outro contrato sobre os bens arrecadados (art. 114) Aulas digitadas e não revisadas 18

19 01/10/2010 AÇÃO REVOCATÓRIA Lei anterior - duas espécies de ação revocatória: Ação revocatória objetiva (rol taxativo e sem previsão de culpa) e Ação Revocatória Subjetiva. Lei atual - substituição da ação revocatória objetiva pelo sistema da ineficácia de certos atos antes da falência perante a massa. Esses atos estão previstos em um rol taxativo, e não há necessidade de ajuizamento da ação revocatória, pois o juiz pode reconhecer a ineficácia no curso do processo de falência (de ofício ou mediante requerimento). A ação revocatória atual substituiu a ação revocatória subjetiva (pois a objetiva passou a ter um andamento próprio dentro do processo de falência). Assim, quando se fala, na lei atual, em ação revocatória, tem-se sempre uma análise subjetiva, pois a objetiva diz respeito à ineficácia dos atos. Assim: ARev.Objt (lei anterior) Reconhecimento da ineficácia do rol taxativo de atos dentro da própria falência art. 129 (lei atual). ARev.Subj (lei anterior) Ação Revocatória (lei atual) sempre análise subjetiva. REQUISITOS DA AÇÀO REVOCATÓRIA (antiga ARev.Subj). Respeito aos atos realizados na fase prevista no art Prazo pra propositura: 3 anos. Prazo prescricional ou decadencial? Discussão na doutrina. Seria decadencial porque é uma ação meramente declaratória com prazo para exercício do direito potestativo. Seria prescricional porque a ação é declaratória e condenatória (maioria). LEGITIMADOS A PROPOR A AÇÃO REVOCATÓRIA Administrador judicial MP Qualquer credor SENTENÇA DA AÇÃO REVOCATÓRIA Conteúdo: a lei prevê que na sentença da ação revocatória o juiz vai restituir às partes do status quo ante, principalmente quando ele é. Também tem direito de pedir perdas e danos contra a massa falida. Recurso: apelação. É admissível o uso de cautelares, principalmente seqüestro de determinados bens no processo. RESOLUÇÃO DO CASO Fraudes trabalhistas logo antes da falência, pois viram crédito trabalhista e não quirografário. A mesma coisa com o reconhecimento do vínculo trabalhista, por exemplo, do administrador ou do sócio administrador. Discussão: art. 138 fala sobre a possibilidade de revogação ou tornar ineficaz atos, inclusive fundadas em sentença (judiciais) a sentença seria rescindida. Questão da constitucionalidade ou não desse dispositivo da lei: competência do juiz de 1º grau de uma vara da Justiça Estadual pra rescindir uma sentença Aulas digitadas e não revisadas 19

20 prolatada por um juiz trabalhista que tem competência pra isso? Ou o juiz diz que perante a massa falida esse decisão não se opõe ao processo de falência ineficácia perante a massa? Caminho correto: ação rescisória, por fraude, pra rescindir o julgado. Obs.: *Existência - pressupostos mínimos pra sua existência. *Validade competência, ultra petita, extra petita, conformidade com o ordenamento jurídico. (Desconformidade dará ensejo a um ato nulo, anulável). *Eficácia aptidão a produzir efeitos jurídicos. Ex: desconsideração da PJ. Quando se fala em ineficácia de atos, portanto, está falando da sua aptidão a produzir efeitos jurídicos. O juiz, no âmbito da ação revocatória, pode tomar uma decisão mais branda, visando à sua aplicação constitucional, e declarar a ineficácia de sentenças perante a massa ou rescindir a rescisão de um juiz que tenha competência constitucional distinta. É complicada a idéia da rescisão é mais fácil a ineficácia (considerar ineficaz perante a massa). Prof. acha que foge à competência do juiz da vara de falência rescindir uma sentença e outro juiz constitucionalmente competente. 08/10/2010 EFEITOS DA FALÊNCIA 6. EFEITOS DA FALÊNCIA SOBRE OS CREDORES DO FALIDO Entender que com a decretação da falência a via dos credores também muda, tanto quanto aos créditos quanto aos falidos. O direito material e a cobrança sofrem efeitos por conta da decretação da falência. Todos os credores do falido devem se reportar ao juiz para receberem os seus créditos Sujeições dos credores ao juízo universal da falência (várias disposições, entre elas, o art. 115 e 76). Lei antiga falava de juízo universal da falência e a lei atual fala de juízo indivisível da falência. Todos os credores devem se reportar ao juízo da falência pra cobrar os seus créditos. Como, todos os bens do falido serão transformados em ativos financeiros, isso fica concentrado no juízo da falência. É assim que o pagamento será feito por concurso de credores (classe de credores). Art. 76. O juízo da falência é indivisível e competente para conhecer todas as ações sobre bens, interesses e negócios do falido, ressalvadas as causas trabalhistas, fiscais e aquelas não reguladas nesta Lei em que o falido figurar como autor ou litisconsorte ativo 6.2. Credores admitidos (civis, trabalhistas ou empresariais) Excluídos nominalmente o credor de obrigação a título gratuito e as despesas de custas processuais, então todos os demais, de qualquer natureza que seja, são admitido no processo de falência (credores trabalhistas, empresariais, civis) Situação peculiar do Fisco (art. 76) Créditos fiscais considerados como não sujeitos a concurso FOMRAL de credores (CTN e Lei de Execução Fiscal). Aulas digitadas e não revisadas 20

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