NOTAS BIOGRÁFICAS Organizadoras: Margarida Calafate Ribeiro Jessica Falconi. Elena Brugioni

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1 NOTAS BIOGRÁFICAS Organizadoras: Margarida Calafate Ribeiro é Doutora em Literatura e Cultura Portuguesa pelo King s College, Universidade de Londres. É investigadora no Centro de Estudos Sociais (CES), da Universidade de Coimbra e docente nos programas de doutoramento do CES «Pós- Colonialismos e Cidadania Global» e «Patrimónios de Influência Portuguesa». Responsável pela cátedra Eduardo Lourenço, na Universidade de Bolonha/ Instituto Camões. Os seus interesses de investigação incluem estudos pós-coloniais, literatura portuguesa e de países de língua portuguesa, história do império português, em particular o império africano e as guerras coloniais e mulheres e guerra. Das suas publicações, destacam-se os livros de autor África no Feminino: as mulheres portuguesas e a Guerra Colonial (Edições Afrontamento, 2007); Uma História de Regressos: Império, Guerra Colonial e Pós-Colonialismo (Edições Afrontamento, 2004) e os livros coletivos, Antologia da Memória Poética da Guerra Colonial (org. com Roberto Vecchi; Edições Afrontamento, 2011), Literaturas da Guiné-Bissau: cantando os escritos da história (org. com Odete Costa Semedo); Edições Afrontamento, 2011), Lendo Angola (org. com Laura Cavalcante Padilha; Edições Afrontamento, 2008), Moçambique: das palavras escritas (org. com Maria Paula Meneses; Edições Afrontamento, 2008), Atlantico Periferico Il Postcolonialismo Portoghese e Il Sistema Mondiale (org. com Roberto Vecchi, Vincenzo Russo; Reggio Emilia, 2008); Fantasmas e Fantasias Imperiais no Imaginário Português Contemporâneo (org. com Ana Paula Ferreira; Campo das Letras, 2003). Jessica Falconi. é doutorada em Culture e Istituzioni dei Paesi di Lingue Iberiche, pela Universidade de Nápoles, L Orientale (2007). É investigadora de Pós-doutoramento no Centro de Estudos Sociais (CES) da Universidade de Coimbra, com o projeto Categorias em viagem: para uma cartografia dos Estudos das Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, financiado pela Fundação para a Ciência e a Tecnologia. Atualmente é docente de Literatura Portuguesa e Brasileira na Universidade de Nápoles, L Orientale, onde desenvolve atividade de orientação de teses de licenciatura e mestrado. Os seus interesses de investigação incluem estudos pós-coloniais e literaturas africanas de língua portuguesa, com particular enfoque na literatura moçambicana e na receção crítica das literaturas africanas. Tem publicado vários artigos em revistas internacionais e publicou em Itália a sua tese de doutoramento, com o título Utopia e conflittualità. Ilha de Moçambique nella poesia mozambicana contemporanea (Aracne, 2008), financiado pela Universidade de Nápoles L Orientale. Elena Brugioni é investigadora doutorada do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho e Bolseira de Pós-doutoramento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia com o Projecto Provincianizando o Cânone. O questionamento das grandes narrativas europeias em literaturas homoglotas [SFRH/BPD/62885/2009] supervisionado por Ana Gabriela Macedo (CEHUM) e Roberto Vecchi (Universidade de Bolonha). É membro do Grupo de Investigação em Estudos Pós-coloniais e Literaturas de Intervenção GruPocLi do Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho, tendo participado na organização de várias actividades científicas entre as quais se destacam as conferências internacionais Contemporary Africa(s)-_África(s) Contemporânea(s) (CEHUM Maio 2009) e Teorias Itinerantes - Travelling Theories (CEHUM 1-3 Julho 2010). Os seus interesses de investigação incluem literaturas africanas homoglotas e comparadas e estudos pós-coloniais, com particular enfoque nos fenómenos de recepção crítica das literaturas africanas homoglotas nos contextos europeus. Das suas publicações, destacamos a co-organização da antologia Áfricas Contemporâneas Contemporary Africas (com Joana Passos, Andreia Sarabando, Marie-Manuelle Silva. Húmus Edições, 2010) e actualmente trabalha na publicação da sua tese de doutoramento: Mia Couto, o contador de estórias ou a travessia da interpretação da Tradição.

2 Académicos: Carmen Tindó Secco possui graduação em Português (Literaturas) pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro (1970), mestrado em Letras pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (1976) e doutoramento pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1992). Actualmente é pesquisadora do CNPq - nível 1 c - consultora ad hoc do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e professora associada 3 da Universidade Federal do Rio de Janeiro. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, actuando principalmente nos seguintes temas: literaturas africanas, cultura africana, ficção angolana, poesia angolana e literatura brasileira. Entre as suas publicações, destacamos o livro A Magia das Letras Africanas (Editora Quartet, 2008, 2ª edição), e a organização do livro África, escritas literárias (EdUFRJ e UEA, 2010; organização com Maria Teresa Salgado e Silvio Renato Jorge). Inocência Mata é doutora em Letras, na área de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, onde lecciona Literaturas Pós-coloniais Comparadas, Língua Portuguesa e Linguagens Literárias e Multiculturalismo e Dinâmicas Interculturais. Como investigadora das literaturas africanas de língua portuguesa, particularmente das literaturas angolana e são-tomense, tem proferido conferências e participado em colóquios e congressos em Portugal, onde reside, Alemanha, Espanha, França, Inglaterra, Polónia, Angola, Burkina Faso, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, São Tomé e Príncipe, Senegal, Índia, Brasil e Estados Unidos. Tem colaboração dispersa em jornais e revistas da especialidade e é autora de livros de ensaios entre os quais Emergência e Existência de uma Literatura: o Caso Santomense (1993), Diálogo com as Ilhas: sobre Cultura e Literatura de São Tomé e Príncipe (1998), Literatura Angolana: Silêncios e Falas de Uma Voz Inquieta (2001), Laços de Memória & Outros Ensaios sobre Literatura Angolana (2006); organizou com Laura Padilha, Mário Pinto de Andrade: um Intelectual na Política (2001), A Poesia e a Vida: Homenagem a Alda Espírito Santo (2006) e A Mulher em África: Vozes de uma Margem sempre Presente (2007) e com Rita Chaves e Tania Macêdo, Boaventura Cardoso: a Escrita em Processo (2005). Laura Cavalcante Padilha é pós-doutorada em Letras pela Universidade de São Paulo, doutorada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (mesma área) e Professora Associada I da Universidade Federal Fluminense, na área de Literaturas de Língua Portuguesa, em particular nas Literaturas Africanas. É pesquisadora do CNPq (Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico) e investigadora associada do Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. Foi Presidente da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Letras, Vice-presidente da Associação Brasileira de Literatura Comparada, Directora da Faculdade de Letras da Universidade Federal Fluminense, e da Editora da mesma universidade. Para além de inúmeros artigos publicados em revistas da especialidade, Laura Cavalcante Padilha é autora de Entre Voz e Letra - A Ancestralidade na Literatura Angolana (1995), que recebeu o Prémio Mário de Andrade da Biblioteca Nacional do Brasil como o melhor ensaio do ano, e de Novos pactos, outras ficções: Ensaios sobre literaturas afro-luso-brasileiras (2001). Ambas as obras contam também com uma edição portuguesa pela Imbondeiro. Organizou com Inocência Mata Mário Pinto de Andrade: um intelectual na política (2001), A Poesia e a Vida. Homenagem a Alda Espírito Santo (2006) e Mulher em África Vozes de uma margem sempre presente (2007) e, com Margarida Calafate Ribeiro, Lendo Angola (2008). Livia Apa é professora na Università degli Studi di Napoli L Orientale e doutoranda pela Faculdade de Letras de Lisboa na área das literaturas africanas. Trabalha na área dos estudos culturais de língua portuguesa, nomeadamente sobre a relação guerra/ literatura, memória cultural e sobre biografias literárias. Traduziu para italiano, entre outros, os escritores Mia Couto, Ruy Duarte de Carvalho, Mário Cesariny de Vasconcelos e Ana Luísa Amaral. Entre as suas publicações destacamos Poesia Africana de Língua Portuguesa: Antologia (Lacerda, 2003).

3 Moema Parente Augel possui graduação em Curso de Letras Neolatinas pela Universidade Federal da Bahia (1961), mestrado em Ciências Humanas pela Universidade Federal da Bahia (1974) e doutorado em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (2005), actuando principalmente nos seguintes temas: literatura e cultura guineenses, literatura afro-brasileira, literatura de viagem (séc. XIX). É professora aposentada, tendo leccionado Português e Cultura Brasileira nas Universidades de Bielefeld e Hamburgo, Alemanha. Entre as suas múltiplas publicações, destacamos o livro O desafio do escombro. A literatura guineense e a narração da nação (Garamond, 2007), e a organização do livro Mato virgem (Editora da Universidade Estadual de Santa Cruz, 2010; com Ferdinand Maximilian von Habsburg). Odete Costa Semedo é doutora em Letras pela Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, licenciada em Línguas e Literaturas Modernas pela Faculdade de Ciências Sociais e Humanas da Universidade Nova de Lisboa. Foi Ministra da Educação e da Saúde da Guiné- Bissau e Presidente da Comissão Nacional para a UNESCO Bissau. É fundadora da "Revista de Letras, Artes e Cultura Tcholona". Entre a sua obra literária, destacamos os livros de poemas Entre o Ser e o Amar, em Bissau (1996), e No fundo do canto (2003). É actualmente investigadora, na capital guineense, do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas, para as áreas de Educação e Formação. Pires Laranjeira é Professor Associado da Universidade de Coimbra, Faculdade de Letras, onde é responsável pela cadeira de Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e onde leccionou a cadeira de Literatura Brasileira. Da sua actividade académica, destaca-se ainda a direcção do Mestrado e da Pós-graduação em Literaturas e Culturas Africanas e da Diáspora na mesma universidade, a docência no programa de mestrado em Relações Interculturais da Universidade Aberta (Porto), e a colaboração com universidades como a de Salamanca e de Macau. Os seus interesses actuais de investigação englobam história, sociedade e política nas literaturas africanas e também culturas orientais e do Médio Oriente. Entre as suas publicações, destacamos Literatura calibanesca (1987); A negritude africana de língua portuguesa (1995); Literaturas africanas de expressão portuguesa (1995); Le monde lusophone (chapitre V): la littérature coloniale portugaise, in Jean Sévry (ed.), Regards sur les littératures coloniales. Afrique anglophone et lusophone, tomo III (1999); Estudos afro-literários (2005, 2ª ed.). Silvio Renato Jorge é Doutor em Letras (Letras Vernáculas) pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1999), desenvolveu estágio de pós-doutoramento junto ao Programa de Pós-Graduação em Estudos Comparados de Literaturas de Língua Portuguesa da USP e no Centro de Estudos Sociais da Universidade de Coimbra. É professor Associado da Universidade Federal Fluminense. É vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Letras da UFF. É bolseiro de produtividade em pesquisa do CNPq. Pertence ao conselho editorial de diversas revistas da área, como Gragoatá e a Diadorim. Entre as suas publicações, destacamos o livro Sobre Mulheres e Estrangeiros: alguns romances de Olga Gonçalves (2009); a organização do volume Pensando África: ensaios (com Carmem Lúcia Tindó Ribeiro Secco e Maria Teresa Salgado no prelo); e os ensaios Entre guerras e narrativas: percursos da escrita de Paulina Chiziane e Lília Momplé (in Ribeiro e Meneses, Moçambique: das palavras escritas, 2008) e Sobre exílio e dor: o contratado e a cena colonial (in Delgado et al, Vozes (além) da África: Tópicos sobre Identidade Negra, Literatura e História Africanas, 2006). Simone Pereira Schmidt é Doutora em Teoria Literária pela Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (1997) e realizou um pós-doutoramento em Literaturas de Língua Portuguesa pela Universidade Nova de Lisboa (2005). Actualmente é Professora Associada da Universidade Federal de Santa Catarina. Tem experiência na área de Letras, com ênfase em Literatura Portuguesa, Literaturas Africanas de Língua Portuguesa e Teoria Literária. Actua principalmente nos seguintes temas: género, pós-colonialismo, identidade,

4 teorias feministas e narrativa contemporânea. É membro do conselho editorial da Revista de Estudos Feministas. De sua produção científica destacamos Poéticas e políticas feministas (com Cláudia Lima Costa, 2004); e Gênero e História no Romance Português (2000). Criadores: Ana Mafalda Leite é Professora Associada com Agregação na Universidade de Lisboa e especializou-se em Literaturas Africanas, desenvolvendo actividade de pesquisa e de docência em várias universidades de língua portuguesa e estrangeiras. As suas áreas de investigação incluem literatura moçambicana, literaturas e culturas africanas de língua portuguesa, literaturas orais e estudos pós-coloniais. É autora de livros de ensaio, entre os quais A Poética de José Craveirinha (1990), Oralidades & Escritas nas Literaturas Africanas de Língua Portuguesa (1998) e Literaturas Africanas e Formulações Pós-coloniais (2003). Publicou vários livros de poemas, entre os quais Passaporte do Coração (2002); Livro das Encantações (2005); O Amor essa forma de desconhecimento (2011). Ana Paula Tavares nasceu no planalto da Huíla em Angola. É historiadora, doutora pela Universidade Nova de Lisboa e mestre em Literaturas Africanas de Língua Portuguesa, pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa. De 1983 a 1985, foi responsável pelo Gabinete de Investigação do Centro Nacional de Documentação e Investigação Histórica, em Luanda. Foi membro do júri do Prémio Nacional de Literatura de Angola entre 1988 e Tem participação com poesia e prosa em várias antologias em Portugal, Brasil, França, Alemanha, Espanha. Publicou ensaios sobre História de Angola. Em Angola, publicou Ritos de Passagem: poemas (UEA, 1985), e em Cabo Verde, Praia, O Sangue da Buganvília (1998). Na Editora Caminho publicou os livros de poemas O Lago da Lua (1999), Dizes-me Coisas Amargas como os Frutos (2001), e Ex-Votos (2003). A Editora Caminho viria ainda a publicar A Cabeça de Salomé (crónicas, 2004), Os Olhos do Homem que Chorava no Rio (2005), e Manual Para Amantes Desesperados (2007). Com Dizes-me Coisas Amargas como os Frutos obteve o Prémio Mário António de Poesia 2004 da Fundação Calouste Gulbenkian e em 2007, com Manual Para Amantes Desesperados, o Prémio de Cultura de Angola, variante literatura. João Melo nasceu em Luanda, é escritor e jornalista angolano. Estudou Direito em Portugal e em Angola. Licenciou-se em Comunicação Social e fez o mestrado em Comunicação e Cultura no Rio de Janeiro. Como jornalista profissional, dirige actualmente a revista África 21, e trabalhou na Rádio Nacional de Angola, no Jornal de Angola e na Agência Angola Press. Membro fundador da União dos Escritores Angolanos (UEA), actuou neste órgão como secretário-geral e presidente da Comissão Directiva. Das suas publicações, destacamos O homem que não tira o palito dos dentes: estórias (Caminho, 2009), Auto-retrato: poesia (Caminho, 2007), e The serial killer e outros contos risíveis ou talvez não: romance (Caminho, 2004). Joaquim Arena nasceu na ilha de São Vicente, Cabo Verde. Aos seis anos a família instalou-se em Lisboa e aí estudou Direito e Jornalismo. Nos anos oitenta iniciou uma carreira como músico e mais tarde como jornalista. No final dos anos noventa regressa a Cabo Verde, onde funda o jornal O Cidadão, em São Vicente. Mais tarde é convidado para assessor cultural da Alliance Française local, ao mesmo tempo que exerce advocacia. Em 2000, publica a novela Um Farol no Deserto, e em 2006 regressa a Lisboa, onde o seu primeiro romance, A Verdade de Chindo Luz, é publicado pela editora Oficina do Livro. O livro é bem recebido pela crítica que o considera o primeiro romance escrito sobre as comunidades africanas residentes na capital portuguesa. Em 2008, A Verdade de Chindo Luz é publicado em Espanha. Em 2010, publicou o segundo romance Para onde Voam as Tartarugas, pela Caminho. Actualmente, vive e trabalha como jornalista em Lisboa.

5 José Luandino Vieira é cidadão angolano pela sua participação no movimento de libertação nacional e contribuição no nascimento da República Popular de Angola. Passou a sua infância e juventude em Luanda, onde fez o ensino primário e secundário. Foi preso pela PIDE em 1959, no âmbito do Processo dos 50. Foi preso de novo, em 1961 e condenado a 14 anos de prisão e medidas de segurança. Em 1964 foi transferido para o campo de concentração do Tarrafal, onde passou oito anos. Foi libertado em 1972, em regime de residência vigiada em Lisboa. Membro fundador da União dos Escritores Angolanos, exerceu a função de secretário-geral desde a sua fundação ( ) e em vários mandatos até Da Geração Cultura, a grande maioria da sua obra foi escrita, e parte publicada clandestinamente, enquanto esteve preso. A sua extensa obra conta com títulos recentes como A Guerra dos Fazedores de Chuva com os Caçadores de Nuvens. Guerra para Crianças (2006); O Livro dos Guerrilheiros (2009); De Rios Velhos e Guerrilheiros O Livro dos Rios (2006); Nosso Musseque (2003); e com edições anteriores a 1974, A Vida Verdadeira de Domingos Xavier; Nós, os do Makulusu; João Vêncio: os Seus Amores; Luuanda; No Antigamente, na Vida; Macandumba; Velhas Estórias; Vidas Novas; Lourentinho Dona Antónia de Sousa & Eu, entre outras obras. Em 1965 obteve o Prémio de Ficção da Sociedade Portuguesa de Escritores, que não pode receber por estar preso no Tarrafal. Na sequência desta atribuição, a Sociedade Portuguesa de Escritores foi encerrada pela PIDE. Em 2006, foi-lhe atribuído o Prémio Camões, que recusou receber. Em 2008 recebeu o Prémio Nacional de Cultura de Angola, variante literatura. Luis Carlos Patraquim é natural de Lourenço Marques. Foi colaborador do jornal A Voz de Moçambique e em 1973 refugiou-se na Suécia. Regressou a Moçambique em Janeiro de 75, integrando os quadros do jornal A Tribuna. Foi membro do núcleo fundador da AIM (Agência de Informação de Moçambique) e do Instituto Nacional de Cinema (INC), onde trabalhou de 1977 a 1986 como roteirista/argumentista e redactor principal do jornal cinematográfico «Kuxa Kanema». Foi fundador e coordenador da «Gazeta de Artes e Letras» (1984/86) da revista Tempo. Desde 1986 reside em Portugal, colabora na imprensa moçambicana e portuguesa em roteiros para cinema e escreve para teatro. Foi consultor do programa «Acontece» de Carlos Pinto Coelho, e é comentador regular na RDP-África. Da sua obra poética, destacamos Monção (Maputo: Instituto Nacional do Livro e do Disco, 1980); A Inadiável Viagem (Maputo: AEM, 1985); Vinte e tal Novas Formulações e uma Elegia Carnívora (Linda-a-Velha: ALAC 1992); Lidemburgo Blues (Caminho, 1997); O Osso Côncavo e outros Poemas (Caminho, 2004); Pneuma (Caminho, 2009). Em 2010 publicou a sua primeira obra de ficção, A Canção de Zefanias Sforza (Porto Editora). Odete Costa Semedo (ver acima) Jornalismo e políticas editorais e culturais: José Sousa Ribeiro é licenciado em Economia, pela Universidade do Porto, onde foi docente desde 1974 até Nesse ano, abandona as funções de docente, para dedicar-se a tempo inteiro à gestão e direcção das Edições Afrontamento, que integra como editor desde Zeferino Coelho, é licenciado em Filosofia pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto. Começou a trabalhar como editor em 1969, sendo editor da Editorial Caminho desde a sua fundação. Cecília Andrade, Dom Quixote-Leya. É licenciada em História pela Faculdade de Letras da Universidade de Lisboa, exerce actualmente as funções de editora de ficção literária nas Publicações Dom Quixote, integradas no grupo LeYa. Tendo ingressado na empresa em 1986, desempenhou funções de relações públicas, responsável pela promoção e marketing, assistente editorial, editora e directora literária. Nesse âmbito, nos últimos 20 anos, participa com regularidade em feiras internacionais do livro.

6 É editora de autores como Ana Luísa Amaral, Inês Pedrosa, José Eduardo Agualusa, Lídia Jorge, Manuel Alegre, Maria Teresa Horta, Nuno Júdice, Patrícia Reis e Pepetela, entre muito outros. André Heráclio do Rêgo é diplomata brasileiro, escritor e Doutor em Estudos Portugueses, Brasileiros e da África Lusófona pela Universidade de Paris Ouest. Tem livros publicados em português e francês, nas áreas de ficção (romance), folclore, história social e crítica literária. Faz parte do CRILUS (Centre de Recherche Interdisciplinaire sur le Monde Lusophone), da Universidade acima mencionada, e ocupa atualmente o cargo de Assessor de Cultura e Língua Portuguesa da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa. José Carlos Vasconcelos é o director do Jornal de Letras. É licenciado em Direito pela Universidade de Coimbra iniciou a carreira em 1966 no Diário de Lisboa. Foi directoradjunto do Diário de Notícias e um dos fundadores do semanário O Jornal, de que veio a ser director. João Céu e Silva é jornalista do Diário de Notícias, desde É também escritor, tendo publicado um livro de viagens, Caravela Tropical, um romance, 28 Dias em agosto, e as entrevistas biográficas Uma Longa Viagem com Álvaro Cunhal, Uma Longa Viagem com Miguel Torga, Uma Longa Viagem com José Saramago, Uma Longa Viagem com António Lobo Antunes e, mais recentemente, Uma Longa Viagem com Manuel Alegre. Marta Lança estudou Literatura na FCSH Universidade Nova de Lisboa. É jornalista, tradutora (do francês), editora e produtora em regime de free-lancer. Escreveu em várias publicações no âmbito da cultura (Público, DN, Le Monde Diplomatique e revista LER). Em 2000 criou a revista V-ludo e em 2005 a revista Dá Fala (em Mindelo, Cabo Verde). Viveu em Luanda durante dois anos onde leccionou, trabalhou em jornalismo e na Trienal de Arte de Luanda. Luís Carlos Patraquim (ver acima) João Melo (ver acima)