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1 O material original (2003) deste módulo foi fornecido pela Srta. Siobha Mullan/ Dr. David Main da Universidade de Bristol e WSPA e foi, posteriormente, revisado e atualizado (em 2007) pela Dra. Caroline Hewson e WSPA. 1

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3 No Módulo 13, estudamos as principais causas de problemas de bem-estar em animais de produção e diferenciamos entre os problemas evitáveis e aqueles inerentes ao sistema. Discutimos o conceito de potencial de bem-estar dos diferentes sistemas. Também desenvolvemos uma estrutura, baseada nas Cinco Liberdades, que pode ser utilizada para avaliar o bem-estar e identificar os principais problemas de bem-estar em uma fazenda. Vimos como problemas evitáveis podem estar presentes em qualquer sistema e que podem ser resolvidos mais facilmente que os problemas inerentes. Este módulo tem dois objetivos: Primeiramente, equipar você, como médico veterinário, com informações para auxiliá-lo durante uma visita a uma fazenda. Se sabe o que provavelmente encontrará em um dado sistema de criação, você está mais bem equipado para identificar e quantificar o problema. Em segundo lugar, equipá-lo com informações sobre os sistemas de produção de forma que você possa assessorar adequadamente produtores ou legisladores quando for consultado sobre os méritos relativos e pontos fracos dos diferentes sistemas. Seu treinamento como médico veterinário o preparou para prestar consultoria sobre produção e doenças. Este módulo o capacitará para consultoria sobre outros aspectos em bem-estar. Para cada espécie de animal de produção, estudaremos os principais sistemas de produção, os problemas inerentes de bem-estar de cada um deles e as mutilações realizadas rotineiramente. 3

4 Os sistemas de produção de suínos podem ser classificados para: porcas, leitões não desmamados, leitões desmamados e animais de terminação. Em uma visita a uma fazenda de reprodução, você também deve querer inspecionar as acomodações do cachaço. Os problemas inerentes dos sistemas de criação de porcas foram estudados no Módulo 13. Para uma revisão ilustrada de diferentes sistemas de produção de suínos ao redor do mundo, que minimizam o uso de confinamento em todos os estágios de produção, veja: Arey D, Brooke P Animal Welfare Aspects of Good Agricultural Practice: pig production. Compassion in World Farming, Petersfield, UK. 4

5 Os principais problemas de bem-estar para leitões incluem o risco de esmagamento pela porca. Como discutido no Módulo 13, os altos níveis de esmagamento de leitões são creditados a uma combinação de leitegadas anormalmente grandes, graças à seleção genética, com um deitar desajeitado pela porca devido ao desconforto e à pobre condição física pela falta de exercício quando são confinadas em baias individuais durante a gestação. A utilização das gaiolas parideiras (veja a foto na esquerda) previne amplamente o esmagamento de leitões, porém causa uma restrição comportamental severa à porca. É particularmente estressante imediatamente antes do parto quando a porca precisa se movimentar e fazer ninho. Entretanto, a porca não pode ter muita liberdade de movimento após o parto porque aumenta a chance dela pisotear e esmagar os leitões. Uma solução para esse desafio, que evita as gaiolas parideiras, não é simples mas pode ser encontrada se: As porcas forem selecionadas para boa aptidão materna (suas raças e características individuais) Porcas parindo forem mantidas em baias individuais que não tenham espaço muito limitado e que tenham espaço de segurança para o leitão Houver material de cama nas baias para fazer o ninho (ver figura na direita) Houver bom manejo 5

6 Corte de dentes Os dentes caninos de leitões são freqüentemente cortados com alicate ou lixados com um aparelho elétrico aos 2 ou 3 dias de idade, sem um agente anestésico. A razão dada para este procedimento é que os dentes pontiagudos danificam a face dos outros leitões e as tetas da porca. Não está claro por que alguns produtores não cortam os dentes e, mesmo assim, não têm problemas com ferimentos faciais nos leitões ou nas tetas das porcas. O corte de dentes é um procedimento muito doloroso e todas as fazendas deveriam, pelo menos, tentar um período sem ele, uma vez que talvez não seja necessário. Corte da cauda A cauda dos leitões é geralmente cortada aos 2 ou 3 dias de idade, sem agente anestésico. As caudas podem ter apenas a porção distal removida ou serem cortadas proximalmente, deixando somente poucas vértebras coccígeas. As caudas são cortadas para a prevenção de sua mordedura em porcos de engorda. Existem muitos aspectos da criação de suínos que são suspeitos de contribuir para um surto de mordeduras de cauda, entre os quais ambientes estéreis (pisos parcial ou totalmente ripados sem cama) e altas densidades de lotação, apesar de que, algumas vezes, a mordedura pode acontecer em pisos com palha em baixas densidades de lotação. Se a mordedura de cauda é um problema na fazenda, e as caudas são rotineiramente amputadas, uma solução alternativa seria reduzir a densidade de lotação de engorda e propiciar um ambiente mais favorável, preferencialmente com material para fuçar. Castração Em muitos países, a maioria dos suínos é castrada sem agente anestésico aos 2 ou 3 dias de idade (ver figura). Isto é realizado para se prevenir a formação da carne de cachaço, com um odor forte e característico, que é causado pela presença de um hormônio na carne de suínos machos ao abate. Entretanto, existem claras (e não surpreendentes) evidências de que, quando suínos são castrados sem analgesia, sofrem dor severa, todos eles, ao mesmo tempo, e mostram sinais de dor e de estresse por até 5 dias depois (isto é indicado ao se medir hormônios, tais como cortisol, e avaliar o comportamento). Hay M, Vulin A, Génin S, Sales P, Prunier A. Assessment of pain induced by castration in piglets: behavioral and physiological responses over the subsequent 5 days. Appl Anim Behav Sci 2003;82: Taylor AA, Weary DM. Vocal responses of piglets to castration: identifying procedural sources of pain. Appl Anim Behav Sci 2000;70: Taylor AA, Weary DM, Lessard M, Braithwaite L. Behavioural responses of piglets to castration: the effect of piglet age. Appl Anim Behav Sci 2001;73: Weary DM, Braithwaite LA, Fraser, D. Vocal response to pain in piglets. Appl Anim Behav Sci 1998;56: Existe um argumento econômico para não se usar anestesia ao se castrar leitões: geralmente os fazendeiros fazem a cirurgia e, quando há centenas de leitões para serem operados, o argumento é que estreita a margem de lucro para a carne suína, o que significa que não pode pagar pelo pessoal ou pelo tempo necessário para dar a anestesia local antes de fazer a operação. Alguns médicos veterinários e fazendeiros também argumentam que, porque machuca injetar anestésico local, é melhor não usar. Esse argumento não é sustentado pela pesquisa, que indica que a dor causada pela injeção é muito menor que a dor causada pela castração sem analgesia. Além disso, o uso de anestesia local reduz a dor no pós-operatório porque a anestesia interfere com as vias da dor desde a hora em que a cirurgia começa (veja o Módulo 30 para discussão sobre as vias da dor). Além dos custos de bem-estar do leitão castrado sem anestesia, a castração reduz o rendimento de carne magra no suíno macho. Alguns mercados se preocupam menos com esse odor e suínos abatidos mais jovens (menos de 90 kg) têm 6

7 Em condições naturais, leitões são desmamados entre 7 e 12 semanas de idade. Para se aumentar o número de leitões produzidos por uma porca em cada ano, cada leitegada é desmamada entre 3 a 4 semanas ou, até mesmo, aos 14 dias de idade visando reduzir o risco do leitão de contrair uma doença da porca. A mudança abrupta de dieta geralmente causa diarréia e a imaturidade do sistema imune aumenta a susceptibilidade a doenças. Isso é exacerbado pelo estresse de uma perda abrupta do contato materno e por ambientes estéreis. Muitos dos sistemas de cercados com piso puro utilizados são estéreis, causando tédio e restrição do comportamento normal. 7

8 Este é um sistema de criação típico para leitões desmamados. 8

9 Sistemas de criação para suínos de engorda podem ter pisos totalmente ripados; parcialmente ripados com uma área sólida para descanso e uma ripada para dejetos; pisos de concreto com áreas de descanso e dejetos separadas, onde o canal de escoamento de dejetos é varrido por máquina; pisos com palha ou outros substratos ou sistemas ao ar livre. Substrato é qualquer material que possa ser manipulado, utilizado para cama, tal como cepilho. 9

10 Cercados parcialmente ripados, naturalmente ventilados, formam um ambiente muito estéril e mordeduras de cauda podem acontecer. O conforto térmico pode ser difícil de ser obtido tanto em clima quente quanto frio. 10

11 Cercados com palha fornecem excelente conforto térmico e físico, assim como um substrato adequado para o comportamento normal. 11

12 Os problemas principais para suínos de engorda são: altas densidades de lotação; ambientes estéreis, resultando em mordeduras de cauda, flanco e orelhas; instalações escuras com alto nível de amônia atmosférica e conseqüentes taxas altas de doenças respiratórias. 12

13 O bem-estar animal deve ser avaliado levando-se em consideração o bem-estar de todos os animais que contribuem para um produto alimentício. Assim, apesar do frango de corte ser o produto final, o bem-estar das aves reprodutoras e dos grupos de elite (onde existe seleção genética para melhoria na produtividade) também deve ser incluído. Alguns consumidores preferem comer aves criadas soltas ou por produção orgânica, onde métodos profiláticos artificiais não são utilizados. 13

14 Frangos de corte sofrem com muitos dos problemas que ocorrem com suínos criados em sistemas muito intensivos. Entretanto, as aves são menos agressivas que os suínos e brigas entre elas não é comum. Canibalismo é muito incomum exceto no caso de galinhas poedeiras, alojadas em grupo, mantidas juntas por muito mais do que seis semanas, que é o tempo que leva para frangos de corte crescerem até a idade de abate. São geralmente mantidos em um ambiente controlado; em instalações estéreis e escuras há densidades de lotação tão altas quanto 45 kg de aves por metro quadrado. 14

15 Todos os principais problemas de aves de corte surgem a partir de uma combinação de seleção genética para crescimento rápido com altas densidades de lotação nas instalações. A indústria da carne de frango tem por objetivo aumentar a taxa de crescimento dos frangos de corte de forma a reduzir o tempo para atingir idade de abate em um dia por ano e tem conseguido alcançar esse objetivo pelos últimos 40 anos. Um frango para consumo em 1960 teria sido abatido entre 70 a 84 dias de idade com 2 kg; hoje, ele é abatido entre 40 e 42 dias com 2 kg. Isto resultou em uma ave muito pesada sobre ossos das patas cartilaginosos e imaturos, que são facilmente deformados quando jovens, levando a altos níveis de deformidade de patas. Além disso, altas densidades de lotação culminam com cama úmida, altamente contaminada por bactérias nas instalações de frangos de corte. Aves mancas deitam nessa cama contaminada (ver figura), que causa queimaduras por amônia nos pés, articulações das patas e peito; isto é denominado dermatite por contato. Nesse cenário, as bactérias prontamente invadem as lesões de pele causando doenças, especialmente infecções ósseas. O sistema circulatório também recebe uma sobrecarga pesada pelo tamanho excessivo da ave e a falta de ar em função da insuficiência cardíaca é comum. Efeitos secundários à insuficiência cardíaca são hipertensão pulmonar e ascite. As aves foram selecionadas para altas taxas de crescimento. Isso significa que elas apresentam apetite voraz e, por conseguinte, estão sempre famintas. Não se pode permitir que as aves reprodutoras cresçam à mesma taxa das aves de corte, pois se tornariam incapazes de se reproduzir entre 16 e 21 semanas de idade, em virtude da incapacidade de suas patas de suportar seu peso. Essas aves são mantidas em dieta muito restrita e passam por fome severa. Aves de elite passam por um grau ainda maior de fome. Inicialmente, são alimentadas à vontade para se avaliar desempenho e, então, aquelas selecionadas sofrem restrição alimentar severa para reduzi-las a um peso compatível com reprodução. 15

16 Densidades de lotação muito altas podem resultar em baixa qualidade do ar, especificamente altos níveis de amônia e poeira. Altos níveis de morte por causa de estresse térmico foram relatados, seja em conseqüência de sistemas de ventilação inadequados ou de falências dos sistemas. Como vimos até o momento, sistemas intensivos tendem a favorecer ambientes estéreis e escuros e o caso de frangos de corte não é uma exceção. A escuridão encoraja taxas de crescimento aumentadas pela supressão tanto de atividade quanto de comportamento agressivo. Entretanto, a escuridão pode não afetar a agressividade tanto quanto outros fatores: as linhagens de frango de corte usadas comercialmente hoje em dia não tendem à agressividade. Também, em sistemas intensivos, a maioria das aves não demonstra muita agressão porque elas claudicam e não são muito ativas. O nível de luz usual nos galpões de frango varia entre 3 e 10 Lux. A 50 Lux uma pessoa normal começa a discernir as letras em uma impressão padrão de jornal. 16

17 As aves orgânicas soltas ao ar livre terão mais espaço e acesso ao pasto, sendo desta forma capazes de desempenhar comportamentos mais naturais. Entretanto, essas aves podem estar menos protegidas de doenças introduzidas por aves silvestres e mais susceptíveis à predação por mamíferos e aves silvestres. 17

18 Apesar de que as aves em sistemas soltos ao ar livre possam exibir mais comportamentos naturais, existem problemas significativos. Aves geneticamente selecionadas para sistemas intensivos são freqüentemente utilizadas em sistemas ao ar livre. Graças à sua alta taxa de crescimento, essas aves podem estar sujeitas à fome pelos regimes de restrição alimentar necessários para se cumprir os requerimentos legais de idade ao abate (56 dias na Europa). Raças de crescimento mais lento reduziriam este problema. Além disso, muitos sistemas de produção ao ar livre e orgânicos são pobremente cercados e pode haver cobertura insuficiente. A mortalidade pode ser alta por predação, levando a medo nas aves que permanecem. Os genótipos das aves atuais foram selecionados para levá-las a crescer consumindo dietas com vistas à engorda, que incluem muitos micronutrientes, alguns dos quais sintéticos. Esses micronutrientes foram adicionados durante os últimos 30 anos para superar causas metabólicas de claudicação, resultante de taxas de crescimento mais altas. Padrões orgânicos proíbem a inclusão de nutrientes sintéticos na dieta e isto resulta em um ressurgimento de problemas nas patas, para cuja solução foram desenvolvidas as dietas incluindo nutrientes sintéticos. Também pode haver um problema com bicadas de penas em aves orgânicas, que pode ser devido a deficiências na dieta ou ao genótipo das aves utilizadas. A maioria destes problemas ocorre em virtude do uso de raça inapropriada, o que pode ser melhorado com a utilização de raças de crescimento mais lento. Com a raça correta, muitas aves nesses sistemas extensivos têm bom estado de bemestar. Em outras palavras, o potencial de bem-estar deste sistema é alto. O total potencial de bem-estar do sistema pode ser alcançado quando são utilizados a raça apropriada de aves e os níveis adequados de manejo. 18

19 Os principais sistemas de criação de poedeiras são: gaiolas industriais, galinheiros e galpões de poleiros e soltas ao ar livre, associado ou não à produção orgânica. Na União Européia, onde as gaiolas industriais têm de ser eliminadas até o ano 2012, gaiolas enriquecidas permanecerão legais. Gaiolas enriquecidas desenhadas para suprir necessidades comportamentais: incluindo caixa para ninho, poleiro, substrato para banho de areia e espaço adicional. Entretanto, ainda não está claro se estes sistemas serão economicamente viáveis. A Compassion in World Farming (CIWF) critica as gaiolas enriquecidas porque: O aumento no espaço destinado a cada ave é muito pequeno A altura mínima da cobertura das gaiolas é muito baixa e as poedeiras ainda não são capazes de se esticar ou bater as asas A cama e o espaço são insuficientes, o que significa que as aves não podem ter um banho de poeira adequado O poleiro nas gaiolas enriquecidas são muito baixos e as aves não podem empoleirar adequadamente A competição por ninho é estressante para a poedeira Em 2006, a CIWF relatou ter um vídeo de sistemas de gaiolas enriquecidas em fazendas de diferentes países na Europa, que demonstrava que as gaiolas enriquecidas não eram melhores para o bem-estar das poedeiras do que as gaiolas tradicionais. Compassion in World Farming (2002). Laid Bare: the case against enriched cages in Europe. Compassion in World Farming, Petersfield. Compassion in World Farming. News Release Sept Disponível em: 19

20 O espaço fornecido atualmente em sistema de gaiolas industriais é de 320 cm 2 (17,9 x 17,9 cm) por ave nos EUA a 550 cm 2 (23,5 x 23,5 cm) na Europa; a área da gaiola da UE é aproximadamente o tamanho de uma folha de sulfite. A alimentação, o fornecimento de água e a colheita dos ovos são automatizadas. Em alguns países as poedeiras são submetidas à muda forçada, através de restrição severa de alimentos, água e às vezes luz, por até duas semanas, com o objetivo de fazer retornar a postura e maximizar a produção, devido à estrutura de preço do mercado local. Um tratador pode ser responsável por vários galpões e, em cada um, podem existir dezenas de milhares de aves. 20

21 Galpões de poleiros são um sistema de colônia. Eles oferecem às aves mais liberdade comportamental que gaiolas. Caixas ou áreas coletivas para construção de ninho são fornecidas. Alguns sistemas, entretanto, podem ser utilizados em densidades de lotação muito altas (veja figura). Assim como nas gaiolas industriais, a remoção das aves das instalações pode levar a altos níveis de fraturas. 21

22 O principal problema inerente para poedeiras, em todos os sistemas de criação, é representado pelas fraturas ósseas, tanto durante o ciclo de postura quanto durante a remoção das aves das instalações. As fraturas são resultantes da seleção genética para alta produtividade, reduzindo os níveis de cálcio no organismo. Para comparação, uma matriz de frangos de corte produz aproximadamente a metade do número de ovos de uma poedeira, com aproximadamente 150 ovos por ano. Os níveis de fratura encontrados em poedeiras variam com o sistema de criação. Fraturas durante um ciclo completo são menos freqüentes em gaiolas industriais do que em galpões de poleiros e galinheiros. Entretanto, a fraqueza óssea crônica é inerente às gaiolas industriais devido à falta de exercício. Altas taxas de lotação e gaiolas estéreis restringem severamente os comportamentos normais, o que inclui bater asas, bicar o chão, andar, fazer ninhos, banhos de poeira e empoleirar. Além disso, porque as aves podem se tornar agressivas, elas sofrem a debicagem com um dia de idade, como demonstrado no próximo slide. 22

23 Aves que são criadas para postura de ovos para o consumo humano (ou para produzir ovos de frangos de corte matrizes de corte ) sofrem debicagem (amputação) por termocauterização com um dia de idade. É feito com uma lâmina de metal quente que corta e cauteriza o bico, como demonstrado na figura à esquerda. É doloroso para a ave se boa parte do bico for removida, o que pode acontecer se o operador não tiver muita experiência ou se as condições de trabalho do operador forem precárias (baixos salários; longas jornadas de trabalho; pagamento por aves, não por hora de trabalho). A dor ocasionada pela debicagem pode continuar à medida que a ave cresce: pesquisa demonstra que a ave sofre dor considerável ao usar o bico amputado. Isso porque o bico é bastante inervado e neuromas podem ser formados na extremidade do corte. Além disso, quanto mais curta a parte superior do bico, mais difícil é para a ave se alimentar. As poedeiras recebem ração e o farelo tende a acumular nas narinas das aves, devido à sua dificuldade em usar o bico adequadamente. A figura à direita mostra poedeiras com bico superior encurtado, devido à debicagem. É um desafio encontrar uma maneira de controlar o bicar de penas e o canibalismo que por si só podem ser um problema de bem-estar significativo. Pesquisa recente indica que a debicagem por infravermelho com um dia de idade é um método mais humanitário do que a debicagem com lâmina quente (Gentle & McKeegan 2007), em parte porque o primeiro é mais preciso do que o método da lâmina quente. Gentle MJ, McKeegan DEF 2007 Evaluation of the effects of infrared beak trimming in broiler breeder chicks. Vet Rec 160: Gentle MJ, Waddington D, Hunter LN, Jones RB 1990 Behavioural evidence for persistent pain following partial beak amputation in the chicken. Appl Anim Behav Sci 27: Para uma revisão sobre debicagem, veja: Glatz PC Review of Beak-Trimming Methods. Asian Australian Journal of Animal Sciences 13: Disponível online no: 23

24 Aves em sistemas de colônia têm mais espaço (em comparação com sistemas de gaiolas industriais) para liberdade comportamental e têm possibilidade de interagir com outras aves. As aves não são capazes de formar uma hierarquia estável em grupos com mais de 100 animais. Entretanto, companhias comerciais geralmente mantêm as aves em grupos de tamanho grande. Isto leva a altos níveis de bicadas agressivas nas penas, medo, estresse e alta mortalidade. Como resultado: As aves podem não conseguir usar o espaço disponível (isto é, podem não conseguir caminhar pela extensão designada). Isso pode ser exacerbado por cobertura inadequada da área e proteção deficiente contra predadores. Devido à necessidade de rotação de área por motivos de prevenção de doenças, as áreas designadas para os animais podem ser estreitas e alongadas, aumentando assim as distâncias do perímetro e reduzindo a motivação para caminhar. As aves podem cometer canibalismo, bicando de maneira bastante agressiva. Isso é reduzido aparando o bico ou amputando. 24

25 Os galos utilizados para reprodução, tanto de poedeiras quanto de frangos de corte, são também rotineiramente debicados para reduzir danos a outras aves durante bicadas agressivas. A remoção de dedos é rotineira no pinto de um dia de idade para a redução de ferimentos às galinhas durante a cruza. Os galos podem ser castrados para encorajar a produção de gordura. Cristas e barbelas podem ser removidas para reduzir os ferimentos em sistemas de restrição de alimentos através da cobertura de cochos com grades. Também podem ser removidas para se prevenir ferimentos durante brigas. Esta é uma operação de rotina em galos de corte, onde a seleção genética para altas taxas de ganho de peso torna essencial uma restrição alimentar severa. Algumas dessas mutilações podem ser ilegais em certos países. Todas podem causar dor severa e restrição de comportamento. 25

26 Na indústria de ovos, o pintinho macho tem uso limitado. Alguns são usados como reprodutores quando adultos. Os restantes, não têm uso do ponto de vista econômico: eles não crescem suficientemente rápido para serem mantidos como frangos de corte e milhares deles nascem todos os dias. Como resultado, muitos desses pintinhos machos são mortos com um dia de idade. Durante o processo de classificação, os trabalhadores separam os machos das fêmeas; isso é feito, geralmente, rápido e os pintinhos podem ser manuseados de maneira rude. Esses machos são colocados em um cinto condutor que os direciona para o ponto de abate. Esse processo pode ser estressante ou causar medo. Eles são mortos usando um dos seguintes métodos: Macerador: os pintinhos são colocados em um macerador de alta velocidade que os esmaga. É mais humanitário do que sufocar os pintinhos ou decapitá-los. Aparentemente, as lâminas afiadas giram tão rapidamente (até vezes por minuto) que leva apenas milésimos de segundos antes do pintinho morrer; é menos que o tempo necessário para o pintinho processar no cérebro o que está acontecendo. Entretanto, alguns maceradores não são ajustados adequadamente, resultando em revoluções de lâminas tão lentas que podem causar mortes não humanitárias. Misturas de gases: as misturas apresentadas no slide são permitidas em alguns países, por exemplo, Reino Unido. Entretanto, concentrações de CO 2 maiores do que 25% são aversivas. A Humane Slaughter Association recomenda uma das duas outras misturas, isto é, com argônio e com não mais do que 2% de oxigênio. Eles enfatizam que o pintinho deve permanecer na mistura até morrer. Humane Slaughter Association 2006 Gas killing of chicks in hatcheries. HAS, Petersfield. Disponível em: A sobra de pintinho macho é uma questão ética profunda sobre um sistema de produção de alimento (ovo) que, de um lado, traz muitos animais ao mundo e, de outro, os descarta imediatamente porque eles não têm utilidade. 26

27 Os principais sistemas de criação de vacas leiteiras têm baias e cercados com palha ou concreto. Para bezerros, os principais sistemas são gaiolas de vitelo e grupos em cercados com palha. 27

28 Quais são as questões de bem-estar para vacas leiteiras? Claudicação Desconforto na área de descanso Mastite Gaiolas de vitelo 28

29 A seleção genética para alta produção aumentou a produção de leite por lactação de, aproximadamente, kg por lactação na vaca Friesian para mais de kg por lactação na vaca Friesian-holandesa, nos últimos 30 anos. Este estresse levou a um aumento na susceptibilidade a infecções, especialmente mastite e laminite. A vaca leiteira também é susceptível a doenças metabólicas e fome. Úberes aumentados causam desconforto e anormalidade no andar, que, por sua vez, leva a problemas nas patas em função de o peso do animal ser deslocado para os dedos laterais nos membros pélvicos. Esses problemas de bem-estar devem ser vistos no contexto de clima econômico difícil no qual os fazendeiros de gado de leite operam. No Reino Unido, em 2006, por exemplo, fazendeiros recebiam 17p por litro de leite, mas a média do custo de produção era 21p por litro. Isso torna difícil para o produtor encontrar dinheiro para melhorar as instalações ou pagar as despesas com médico veterinário. 29

30 Os principais problemas em sistemas de baias incluem: Baias insuficientes para o número de animais, levando as vacas a ficarem por muito tempo em pé, especialmente as subordinadas e as novilhas jovens Desenho inadequado das baias (geralmente muito curtas ou muito estreitas): insuficiente área para se levantar (área necessária na frente do animal para permitir um movimento livre da cabeça durante o ato de se levantar), divisões sólidas e pouca ou nenhuma cama causam desconforto, dificuldade para se deitar, cama/concreto sujos e mastite 30

31 Baias antigas podem ser muito curtas, muito estreitas com divisões sólidas ou ter espaço insuficiente para o animal se levantar e altura insuficiente do degrau. 31

32 Uso de silagem causa dejetos úmidos, ácidos e doenças de casco e concreto excessivamente liso pode levar a escorregões. 32

33 Um problema principal inerente aos sistemas de produção de leite em países desenvolvidos é a separação dos bezerros de suas mães no momento do parto ou logo após. Esta prática causa prejuízos ao bem-estar, tanto para a vaca quanto para o bezerro, por causa da perda do contato materno, e predispõe o bezerro a doenças, em função de seu sistema imune imaturo. O volume de leite que seria ingerido pelo bezerro é pequeno em comparação à produção de leite de uma vaca leiteira moderna. A vantagem econômica de um bezerro saudável pode superar os custos do leite fornecido ao bezerro. Adicionalmente, a produção de leite de vacas leiteiras aumenta quando elas são ordenhadas mais freqüentemente; deixar o bezerro com a mãe pode aumentar a produção total de leite e reduzir mastite. Os bezerros também se beneficiam por ficarem com a mãe porque adquirem comportamento materno mais forte quando as fêmeas têm bezerros, têm menos chances de ficar com medo e mais chances de se tornarem sociáveis. Flower FC, Weary DM. The effects of early separation on the dairy cow and calf. Animal Welfare :

34 As gaiolas de vitelo para a criação de bezerros causam problemas severos de bemestar em conseqüência de: restrição do comportamento normal, incluindo comportamento oral, locomotor e social; deficiências nutricionais, tais como de fibra e ferro; e Desconforto físico: as gaiolas são tão estreitas que os bezerros logo são incapazes de se virar ou se exercitar, e eles não podem se deitar com suas patas esticadas. A figura ilustra esses pontos. O bezerro na gaiola tem diarréia severa, o que pode levá-lo à desidratação e colapso. A falta de cama e a inabilidade do bezerro de deitar com as patas esticadas, assim como a desidratação, sugerem manejo precário. O bezerro precisaria estar numa baia com cuidados médicos, tendo espaço adequado e palha e recebendo terapia para reposição de fluídos, por via oral ou, mais provavelmente, intravenosa. Doenças entéricas são prevalentes em bezerros mantidos em sistemas fechados, mesmo que o bezerro não seja usado para vitelo. Embora as gaiolas de vitelos diminuam o risco de transmissão de doenças entéricas entre bezerros, a dieta baseada em leite predispõe os bezerros usados para vitelo às doenças entéricas. Doenças respiratórias também são prevalentes em bezerros mantidos em sistemas fechados. A prevenção dessas doenças depende principalmente do manejo (mantendo um rebanho fechado e não comprando bezerros de diferentes origens; vacinação; colostro adequado, etc.) e do sistema de ventilação. 34

35 Gaiolas de vitelo são ilegais em muitos países, incluindo os países da União Européia. Dentro da UE, bezerros com menos de 8 semanas de idade são mantidos em baias individuais, mas não em gaiolas (o que significa que os bezerros devem ter espaço suficiente para se virarem); bezerros com mais de 8 semanas são mantidos em grupo. 35

36 A descorna envolve a remoção dos botões dos chifres utilizando-se agentes químicos cáusticos ou termocauterização durante a primeira semana de vida. Infelizmente, os bezerros, às vezes, são consideravelmente mais velhos que isso quando a operação é realizada, frequentemente sem um agente anestésico local. Isto é ilegal em muitos países. Os chifres são removidos para facilitar o manejo dos animais e diminuir ferimentos a outros animais. Os chifres podem ser removidos em animais adultos, que não sofreram descorna quando pequenos, utilizando-se uma serra de lâmina ou fio e termocautério. A anestesia local raramente é empregada. A reprodução de raças mochas, para se evitar a necessidade de descorna, deve ser fortemente encorajada. A castração é realizada cirurgicamente ou pela compressão do suprimento sangüíneo e cordão espermático, geralmente nas primeiras semanas de vida, apesar de que, em alguns países que utilizam sistemas extensivos, os animais podem ser bem mais velhos que isso. Estudos têm demonstrado que todos os métodos de castração causam um grau significativo de dor, tanto aguda quanto crônica. A castração é realizada para facilitar o manejo dos animais, apesar de que alguns países criam com sucesso uma alta proporção de machos não castrados (touros) para a produção de carne; a Alemanha produz cerca de 70% da sua carne a partir de touros. O corte de cauda é utilizado rotineiramente em alguns países, tais como Nova Zelândia, Estados Unidos e Canadá, com o objetivo de diminuir o contágio de doenças, incluindo leptospirose, e melhorar o conforto do ordenhador. As caudas são removidas no bezerro usando uma faca com 1-2 dias de idade; em bezerros mais velhos é usado um castrador. Em novilhas ou vacas, as caudas são removidas pela aplicação de um anel de elástico para constrição, aproximadamente 12 cm abaixo da vulva e, duas semanas depois, secionando-se a cauda com aparadores de casco ou instrumentos agudos similares. Isto, comprovadamente, produz dor aguda e crônica. Existe pouca evidência de diminuição de contágio de doenças pela amputação da cauda e vários estudos fracassaram na tentativa de mostrar algum efeito desta amputação na condição de limpeza da vaca. Devido a essa pesquisa, muitos fazendeiros na Columbia Britânica, no Canadá (onde a pesquisa foi feita), pararam de cortar a cauda de suas vacas. O corte de cauda é ilegal em alguns países tais como Inglaterra e Suécia. 36

37 Questões de bem-estar em bovinos de corte incluem: Descorna Marcação a quente Colocação de brincos Marcação a frio A descorna acaba de ser descrita. Marcação a quente envolve a utilização de um ferro quente para se queimar uma marca de identificação na pele. É realizada sem anestesia e, de forma similar a você se queimar em um fogão ou com um ferro, é muito dolorosa. A figura mostra um bezerro com uma marcação a quente M em sua mandíbula. Brincos podem ser utilizados para identificação, apesar de que os mesmos podem ser removidos se o gado for roubado. Marcação a frio imprime uma marca permanente através da utilização de um ferro super-resfriado em gelo-seco; acredita-se que também seja dolorosa. 37

38 Bezerros de corte podem ser removidos da mãe logo após o nascimento e passarem por problemas similares àqueles de bezerros de leite: estresse pela separação, doenças intestinais e respiratórias, que surgem a partir do estresse e da imaturidade do sistema imune. Bezerros mantidos com a mãe, que esteja amamentando somente o seu bezerro, geralmente gozam de maior grau de bem-estar. Gado de corte pode ser selecionado para taxa de crescimento e para aumento de tamanho dos cortes de carne mais valorizados. Isto resultou no desenvolvimento do gene para musculatura dobrada no gado Belgian Blue que, por sua vez, resultou na incapacidade das vacas Belgian Blue e de algumas de suas cruzas de parir sem assistência. Esses animais têm problemas severos de bem-estar por causa da distocia, incluindo traumatismos ao canal do parto e infecções subseqüentes, paralisia do nervo obturador, retenção de placenta e as conseqüências de cesarianas, tais como dor, aumento do risco de infecção e complicações pós-operatórias. Bovinos que passam o inverno em pisos totalmente ripados, sem cama, são geralmente lotados em alta densidade, uma vez que se defende esta prática sob a alegação de ser necessária para que os animais forcem os dejetos através das ripas para o tanque de esterco abaixo. O espaço fornecido para um novilho de 600 kg pode ser tão pequeno quanto 2,2 m 2 ; ao se deitarem, sofrem de desconforto e estão sujeitos a serem pisoteados pelos outros animais. A principal preocupação quanto ao bem-estar de bovinos em sistemas confinados ao ar livre é a exposição ao clima sem abrigo. Bovinos de corte a pasto têm poucos problemas de bem-estar, desde que haja abrigos e que o pasto não se torne lamacento em função de superlotação em clima úmido. 38

39 Este animal tem a musculatura do quadríceps hipertrofiada, conhecida como Musculatura dobrada. Muitos dos outros músculos também são hipertrofiados. A hipertrofia é resultado de uma anormalidade genética que afeta a miostatina, um fator de crescimento que regula a massa muscular esquelética. Raças como a Belgian Blue (figura) e Piemontês carregam essa anomalia genética. Raças com musculatura dobrada são favorecidas porque a musculatura aumentada favorece os cortes de carne mais caros na carcaça. O sêmen desses touros são usados para inseminar artificialmente vacas leiteiras, para que elas produzam bezerros para a produção de carne. Vacas que carregam bezerros com musculatura dobrada frequentemente têm um parto difícil, sofrem trauma no canal vaginal ou precisam de cesariana. As cesarianas são melhores para o bem-estar da vaca e do bezerro se comparado ao parto normal, pois evitam o risco de paralisia do nervo perineal e a síndrome da vaca caída ou a paralisia do nervo obturador. Entretanto, a cirurgia oferece outros riscos, por exemplo, a peritonite. Uma melhor solução seria não usar raças com musculatura dobrada. 39

40 Caprinos e ovinos podem ser tratados com negligência por causa de seu baixo valor. Eles são suscetíveis à fome, doenças e parasitas em conseqüência da falta de profilaxia e tratamento. Problemas específicos incluem claudicação em conseqüência da podridão de cascos, pneumonia por Pasteurella e miíase. Miíase é uma condição na qual as moscas colocam seus ovos em ferimentos ou lã suja de fezes, os quais então se desenvolvem para larvas, que se abrigam na musculatura, causando dor, necrose e infecção. Em alguns países, os problemas são exacerbados pela superlotação das pastagens; ex.: devido a sistemas de subsídio que pagam por número de animais no rebanho. Mutilações comumente realizadas em ovinos sem anestesia ou analgesia incluem castração para facilitar o manejo e melhorar o acabamento de carcaça, amputação de cauda e, em alguns países (Austrália), mulesing para reduzir a susceptibilidade a miíase. Mulesing é a remoção de uma área de pele na região perineal, para que fezes e urina (em fêmeas) não sejam acumuladas e não atraiam moscas que colocariam ovos. A cirurgia é feita para prevenir a miíase. Quando a pele é removida, há a formação de tecido cicatricial, que cobre a área. Há evidências de que esse procedimento é muito doloroso. A indústria de ovinos australiana se comprometeu a deixar, gradativamente, o mulesing até 2010, e está investigando o uso de clipes que interrompem o suprimento sangüíneo para a área em questão; eles relataram que pesquisa recente indica que é menos doloroso do que o museling. AWI Insight. Clip Alternative to Mulesing. Australian Wool Innovation Limited. Disponível em: A transferência de embriões em ovelhas atualmente envolve implantação cirúrgica de embriões, com a dor e os riscos associados, e é considerada por muitos como causadora de dor e estresse desnecessários. 40

41 Fazendas de peixes trabalham com altas densidades, o que impede comportamento normal e aumenta o risco de parasitas e outras doenças. O bemestar de peixes é discutido no Módulo

42 Perus geralmente são criados em ambientes intensivos e controlados, em instalações iluminadas artificialmente (similares àquelas utilizadas para frangos de corte) e em densidades de lotação muito altas, freqüentemente excedendo 60 kg de ave por metro quadrado de espaço de piso. Visto que perus são muito mais agressivos a outras aves do mesmo grupo que frangos de corte, têm de ser mantidos em níveis muito baixos de luz, usualmente com menos de 1 lux, o que é praticamente escuridão. Altas densidades de lotação e iluminação escassa impedem a maior parte do comportamento normal. Coelhos são geralmente criados em gaiolas comerciais similares àquelas de poedeiras e, da mesma forma, sofrem com ambientes estéreis, espaço de piso inadequado e gaiolas muito baixas, que os impedem de manter uma posição em pé normal. 42

43 Patos são freqüentemente criados em ambientes intensivos e controlados, em instalações iluminadas artificialmente (similares àquelas utilizadas para frangos de corte), em densidades de lotação muito altas. Além disso, algumas raças sofrem de traumas por bicadas e golpes de unhas pontiagudas de outros patos. Geralmente não têm acesso à água para se banhar, o que é uma necessidade para seu comportamento normal. 43

44 Em alguns países, tais como França e Estados Unidos, gansos e patos são alimentados de maneira forçada durante as últimas semanas de vida, para a obtenção de fígados com acúmulo de muita gordura, para a produção final de patê de foie gras. Um tubo é inserido em seu trato digestivo através da boca e grãos são colocados diretamente no estômago, resultando em diarréia. Fígado gorduroso é uma doença metabólica do fígado que é verificada espontaneamente em outras espécies, por exemplo: Em gatos, o fígado gorduroso é uma das doenças hepáticas mais comuns. Está associada com deficiências de aminoácidos ou de carboidratos ou ocorre secundariamente a outras condições, tais como obesidade, câncer e doença renal. Em vacas leiteiras de alta produção, o fígado gorduroso pode resultar de nutrição inadequada durante as primeiras semanas de lactação. A doença não é intencional. No caso do ganso, a doença é causada deliberadamente. Em 2005, Israel baniu o uso da alimentação forçada para produzir foie gras. Veja: 44

45 Em resumo, um sistema de criação deve ser delineado para se adequar às necessidades de manutenção de saúde e bem-estar dos animais mantidos. Sete indicações-chave de que talvez esta não seja a situação são listadas abaixo. O bem-estar de animais em qualquer sistema de criação é provavelmente baixo se mutilações de rotina são realizadas ou se existem ferimentos causados pelo sistema, como feridas de amarras ou por agressão. Se os animais têm baixo escore de condição corporal, geralmente visto em vacas de leite de alta produção alimentadas inadequadamente, ou apresentam estereotipias, tais como morder barras da gaiola em porcas, isto pode ser tomado como evidência conclusiva que os animais estão num estado de bem-estar pobre. Um número de animais com locomoção prejudicada em uma fazenda, geralmente visto em granjas de frango de corte, é uma indicação clara de um sistema de bemestar pobre. Qualquer sistema que requeira uso rotineiro de antibióticos para a manutenção de animais saudáveis, como em muitas granjas de suinocultura intensiva, provavelmente está escondendo comprometimentos do bem-estar. E, finalmente, considerando nossas sete pistas, qualquer sistema que requeira a manutenção dos animais com iluminação muito baixa não é adequado aos animais que abriga. Quando você entrar em qualquer fazenda, busque informações sobre mutilações de rotina, ferimentos do sistema ou por agressão, animais com baixo escore de condição corporal, estereotipia, locomoção comprometida, uso de antibióticos de rotina e instalações escuras. Dirão a você que são inevitáveis ou que, se os antibióticos e as mutilações não forem empregados rotineiramente, o resultado será um comprometimento maior do bem-estar dos animais. Isto pode ser o caso para aquele sistema de criação específico mas é o sistema que não é adequado aos animais e é o sistema de criação que deve ser mudado. Em outras palavras, aquele sistema de criação específico tem baixo potencial de bem-estar. 45

46 Em resumo: Se você for solicitado para avaliar o bem-estar em uma fazenda, utilize as Cinco Liberdades, modificadas para se adequar ao sistema de produção que você está avaliando. Cada Liberdade pode ser avaliada através de exame dos animais, avaliação das instalações e dos equipamentos, dos dados da fazenda e sistemas de manejo ou através da observação ou entrevista do tratador. Para cada problema de bem-estar você tem de decidir a causa. Será decorrente de pressões para produção, negligência, conhecimento ou treinamento insuficientes do tratador, inadequação genética dos animais para o sistema ou falta de recursos? A seguir, você deve decidir se o problema é inerente ao sistema ou evitável. Mesmo problemas inerentes podem ser melhorados através da provisão de enriquecimento ambiental, mais espaço ou reagrupamento dos animais. Agora você está em posição de decidir o que pode fazer para melhorar o bem-estar dos animais na fazenda em questão. 46

47 Médicos veterinários têm um papel claro na assessoria de clientes sobre o impacto de seu sistema de criação no bem-estar dos animais. Essa assessoria pode ser feita no sentido de melhorar o sistema atual ou de mudar o sistema de forma mais radical. Para animais de produção, essa assessoria tem de considerar o contexto econômico. Entretanto, em muitas situações, as melhorias de bem-estar (ex.: redução nos níveis de doenças) também irão, na verdade, produzir melhorias na lucratividade. A legislação (desde que acompanhada de aplicação e fiscalização) pode trazer melhorias reais de bem-estar através da proibição de sistemas com baixo potencial de bem-estar e da criação de requisitos mínimos para cada sistema de produção. O mercado é outra influência significativa. Alguns consumidores buscam produtos de padrão de bem-estar mais alto. Varejistas, em muitos países, também estão aumentando as demandas de melhoria nos padrões de bem-estar na negociação com seus fornecedores. A motivação principal, neste caso, é evitar publicidade negativa em relação ao bem-estar animal. 47

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