SUMÁRIO Edição nº 103

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1 Nossa palavra Com licença companheiros, chegou à hora, estarmos assumido este importante espaço dentro do e lembramos a todos sendo que ele é responsável por receber as palavras principais de nossa principal publicação, ou seja, este é o nosso editorial. Um espaço onde podemos expressar nossas opiniões, nossas criticas, sugestões e apontamentos. Só que isso não é uma coisa muito fácil, lembrando que nos últimos anos, quem tocou esse barco com grande maestria foi o Danilo, e isso é mais um fator, que faz com que a nossa responsabilidade fique maior. Ora... o companheiro sabia como poucos traduzir em palavras os anseios de nossa Federação e por isso não é fácil substituílo. Olha, nunca é demais lembrar que o nosso principal papel, o nosso compromisso principal é com a base, com os trabalhadores e com os sindicatos que os representam, sendo assim, este continuará a ser o nosso norte. Em nosso discurso de posse, destacamos o papel do sindicalista, uma responsabilidade que no Brasil não é tarefa fácil, onde é preciso fazer a opção em defesa dos menos favorecidos, mesmo que o regime capitalista esteja presente em quase todo o planeta, sabemos que seu processo econômico não solucionou e nem proporcionou um maior bem estar à sociedade, onde a maioria dos trabalhadores ainda sofre com as diversas formas de exploração e injustiças sociais existentes. Sendo assim, precisamos sempre reafirmar o compromisso de nossa entidade, com os seus dirigentes, junto a nossa central Força Sindical, na luta pelos trabalhadores dos segmentos químicos. Todas as bandeiras de luta da Fequimfar refletem e respaldam todas as nossas ações e atividades realizadas, seja pela redução da jornada de trabalho; no combate a precarização; na ratificação da convenção 158 da OIT; pelo fim do fator previdenciário; pela recomposição do poder de compra dos aposentados; por uma política nacional do salário mínimo; na luta contra a interferência do MPT nas organizações sindicais; no combate ao trabalho escravo; junto ao fortalecimento do ramo químico através da CNTQ; além da manutenção da unidade de ação do setor químico, sempre em busca de melhorias para os trabalhadores. Bandeiras de luta que também destacam, com na proposta de rearticularmos as negociações do setor do álcool, no estado de São Paulo, com também, em todo o território nacional, visto a importância dessa matriz energética. Lutamos também para fortalecer cada vez mais os níveis de negociação coletiva, no âmbito local, estadual e nacional. Além disso, precisamos ampliar nossas conquistas por melhores condições de trabalho na área de saúde e segurança do trabalhador, aumentando nossa prioridade para esse tema. Precisamos com urgência intensificar uma melhor qualificação para os dirigentes sindicais, bem como investir na formação de novos quadros, e consequentemente, novas lideranças. A presença no movimento sindical das mulheres, jovens, negros e portadores de deficiência, entre outros grupos de gênero, raça e etnia, precisam ser ampliados, em relação a um aumento de ações e debates, junto a maiores atividades na áreas de comunicação, da cultura, do esporte e do lazer. Nesse sentido, precisamos ampliar o uso de ferramentas imprescindíveis como o acesso à informação, via internet e demais veículos de mídia. Somado a todos esses esforços e necessidades, precisamos organizar com urgência uma Campanha Permanente de Sindicalização. É isso aí, são essas as ações que integram as bandeiras de luta da Fequimfar, e junto a elas, também podemos somar luta e o apoio aos nossos sindicatos filiados e demais entidades do ramo químico, nos processos eleitorais e demais ações e atividades, cuja participação de nossa Federação seja necessária e requisitada. Nesse processo, lembramos também o apoio às ações desenvolvidas pela Força Sindical, hoje a maior central sindical do Brasil. Hoje nossa FEQUIMFAR, através do espaço político conquistado dentro da Força Sindical, tem participado de todas as discussões nacionais que envolvem os trabalhadores. Nesse processo destacamos o deputado federal e presidente da Força Sindical, o companheiro Paulinho, que se mostrou o grande representante dos trabalhadores brasileiros na Câmara dos Deputados. Em especial, destacamos a nossa participação junto as ações e trabalho da Força Sindical São Paulo, que foram iniciados e idealizados pelo companheiro Danilo, que vindo do nosso setor químico, foi conduzido democraticamente à presidência da estadual. Lembramos que no campo político, em 2006, respeitando a pluralidade partidária da FEQUIMFAR reunimos um grupo de dirigentes em apoio ao Presidente Lula para sua reeleição ao cargo de presidente da republica, e isso, sem desrespeitar aqueles que pensavam diferente. Ressaltamos que inegáveis, foram às conquistas obtidas pelos trabalhadores, no governo Lula. Também não podemos esquecer dos esforços conjunto com os governos Covas e Alckmin, no processo de valorização do álcool combustível. Mesmo com todos essa luta, sabemos que ainda falta muito para uma sociedade mais justa e igualitária. No inicio do ano, com o advento da crise econômica, o movimento sindical brasileiro mostrou ao mundo que ela poderia ser superada através da luta pelo emprego, por uma melhor distribuição de renda, pela diminuição dos juros, pelo cumprimento da Política do Salário Mínimo, entre outras. Foi uma triste ironia constatarmos que as mesmas elites que ignoraram as conquistas do movimento sindical, que perseguiram os sindicatos em ações neoliberais, foram salvas por causa da nossa luta pelo emprego. Na ocasião, os grandes veículos da mídia, ou seja, a grande maioria das revistas, jornais, emissoras de rádio e televisão, que destratavam o movimento sindical, vieram em peso questionar nosso papel em relação à crise. Antes falavam que o movimento sindical estava fadado a morrer, só que depois que o fogo chegou junto a eles, vieram atrás de nós, reconhecendo nossa existência e questionando formulas e soluções. Os sindicatos lutaram pelo emprego dos trabalhadores, a renda aumentou e o consumo interno também, nossas lutas continuam: aumento real, PLR, redução da jornada para 40 horas, reformas política e tributaria e por aí vai. Ora, a história mostra quem somos nós e o resultado está aí para quem quiser ver. Agora em 2010 teremos um novo desafio e certamente os dirigentes do setor químico não ficarão omissos em tão importante momento político vivido pelos trabalhadores. Nós do setor químico não podemos temer e sim ousar mais nesse processo político. Os trabalhadores mostraram a sociedade brasileira sua capacidade de gerir um país de forma a beneficiar quem mais necessita. E nós fazemos parte desse movimento sindical capacitado. A diretoria da Fequimfar, junto com os seus 33 sindicatos filiados, dará continuidade a filosofia de trabalho desta casa, pois somente assim, conseguiremos vencer os desafios e superar as dificuldades. Sérgio Luiz Leite - Presidente da Fequimfar 2 EXPEDIENTE JORNAL DA FEQUIMFAR é publicado pela Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo Rua Tamandaré, 120/124 - Liberdade CEP São Paulo/SP - Tel: (11) Fax: (11) Correio Eletrônico: fequimfar@fequimfar.org.br. Diretor Responsável: Danilo Pereira da Silva. Editor: Paulo de Tarso Gracia - MTb Jornalista Responsável: Amanda de Paula - Mtb Fotos: Departamento de Imprensa e Comunicação Fequimfar. Diagramação e Impressão: Gráfica e Editora JBA (11) *Esta publicação é impressa em papel reciclato. Faça sua parte e conserve a natureza SUMÁRIO Edição nº GERAL 4... DIRETO DA BASE 8... UMA NOVA DIRETORIA PARA A FEQUIMFAR FORÇA SÃO PAULO / CNTQ ESPAÇO DA FORÇA SNQ SETOR DO ÁLCOOL 14...INTERNACIONAL / CDES SAÚDE E SEGURANÇA

2 O Congresso Nacional já está discutindo a PEC pela Redução da Jornada de Trabalho GERAL Lideranças e dirigentes da Fequimfar estiveram presentes, na Comissão Geral, da Câmara dos Deputados para a discussão Químicos da Força manifestam em Brasília da proposta de redução da Jornada de trabalho de 44 para 40 horas semanais Edson, Serginho e Danilo lutam pela redução da jornada O Projeto de Emenda Constitucional 231/95 (PEC 231/95), que reduz a jornada sem perdas salariais e aumenta o adicional da hora extra de 50% para 75% sobre o valor da hora trabalhada, precisa ser votado em dois turnos pelo Plenário da Câmara, com 2/3 dos votos para ser aprovada. Após a sua aprovação, o mesmo procedimento será realizado no Senado. Danilo Pereira da Silva cobrou urgência na votação da Proposta de Emenda Constitucional (PEC) 231/95 junto aos parlamentares, no plenário da Câmara. Sérgio Luiz Leite lembra a todos que a jornada de 40 horas contribuirá para a criação de mais de 2 milhões de empregos. Paulinho discursa para o plenário Curso de Formação Sindical conclui primeira fase Após ser realizado em Cosmópolis e Salto, o curso de Formação Sindical encerrou o nível básico formando cerca de 75 lideranças. O último ciclo de palestras aconteceu em Bauru, na sede do Sindicato, com a participação de 26 pessoas Participantes do curso em Bauru, ao lado de Edson, secretário geral da Fequimfar e Levy, diretor do departamento de formação da Fequimfar Participaram das mesas de abertura Sergio Luiz Leite, presidente da Fequimfar, Edson Dias Bicalho, secretário geral da Federação e presidente do STI Bauru, e Levy Gonçalves Ferreira, 1º tesoureiro da Fequimfar e Coordenador do departamento de formação. Segundo Sergio, o movimento sindical é muito dinâmico e por isso, a Fequimfar criou departamentos para dar conta da demanda dos filiados e da base de trabalhadores. É importante que o dirigente tenha uma noção geral do que é a ação sindical da Federação, porque a pauta do movimento sindical não é só discutir o dia a dia da fábrica, mas também debater possíveis mudanças na legislação brasileira, disse. Fernando Monteiro, assessor do departamento de formação da Fequimfar, organizou o evento e explicou que esta primeira fase ofereceu o nível básico de conceitos para depois, avançar em discussões mais aprofundadas. Edson afirmou que desde o S.O.S. Federação, o objetivo do grupo que dirige a Fequimfar é formar novas lideranças sindicais. Vamos dar continuidade ao curso de Formação, sempre com o cuidado de transmitir conteúdo atualizado e que faça pate do dia a dia dos sindicatos filiados, disse. 3

3 DIRETO DA BASE Químicos de Guarulhos fazem paralisação de advertência na Furp Os trabalhadores da Furp, empresa estatal que fabrica medicamento paralisaram a empresa reivindicando que ela cumpra a Convenção Coletiva, assinada em abril Silvan reúne trabalhadores na porta da empresa Na manhã do dia 3 de setembro, trabalhadores e líderes sindicais retardaram a entrada dos trabalhadores da Furp e realizaram uma assembleia para avaliação e decisão das próximas providências a serem tomadas. Antonio Silvan de Oliveira, presidente do STI Guarulhos e presidente da CNTQ, declara: A direção da empresa e a Secretaria de Saúde do Estado insistem em desrespeitar o acordo assinado a quatro meses, na data-base de 1º de abril. Nosso acordo prevê o pagamento de abono linear de R$ 500, que deveria ter sido pago em agosto, porém, a Furp não está cumprindo suas responsabilidades trabalhistas. Além disso, outras normas coletivas, como ajustes no cartão de alimentação e PLR a ser paga agora em setembro, também estão sendo descumpridas. As manifestações terminaram, porque o governo do Estado entrou na Justiça e entrou com ação de interdito proibitório. STI Guarulhos promove encontro de Saúde e Segurança O Departamento de Saúde, Segurança do Trabalho e Meio Ambiente do Sindicato do STI Guarulhos realizou, no dia 23 de junho, o 1º Encontro para discussão sobre cumprimento das Convenções Coletivas sobre Saúde e Segurança dos Trabalhadores em Máquinas Injetoras, Máquinas Sopradoras e Moinho na Região de Mairiporã e Adjacências O evento aconteceu no Itapetinga Plaza Hotel, em Atibaia. Foram abordados temas como A participação do Departamento Pessoal e Sesmt das empresas do setor plástico nos cursos de Trabalhadores participam de palestras e Segurança na Operação de Máquinas Injetoras de Plástico e Responsabilidade Civil e Criminal. debates sobre saúde e segurança O objetivo foi orientar, trocar experiências e informações sobre os assuntos abordados dos trabalhadores dentro das empresas. STI Instrumentos Musicais e Brinquedos conquistam 7% de reajuste Mª Auxiliadora fala aos trabalhadores da Estrela durante manifestação Com data-base em 1º de junho, o Sindicato fechou a campanha salarial deste ano com a conquista de 7% de reajuste salarial, piso de R$ 701,80 (reajusete de 8,14%) e a manutenção de todas as cláusulas sociais. Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do STI Instrumentos Musicais e Brinquedos, disse que as manifestações nas empresas foram importantes para que os trabalhadores pudessem ser beneficiados. Sindicato comemora o Dia das Crianças No dia 11 de outubro, o STI Instrumentos Musicais e Brinquedos realizou a 12ª Festa em comemoração ao Dia das Crianças. O evento aconteceu no Clube Independência, no bairro do Brás, em São Paulo, capital, e teve a presença de mais de mil pessoas. O tesoureiro da Fequimfar, Jurandir Pedro de Souza, participou do evento. A festa contou com shows musicais, Shows musicais e distribuição de presentes na festa Jurandir participa do evento representando a Fequimfar brincadeiras para as crianças e distribuição de brinquedos, que foram doados por 70 empresas do setor. 4

4 DIRETO DA BASE Campanha Salarial dos Químicos A Fequimfar e seus 33 sindicatos deram continuidade à campanha salarial do setor químico, cuja a data-base é 1º de novembro, com a Edson, Sergio, Jurandir e Danilo aprovam pauta de reivindicações junto aos trabalhadores entrega da pauta de reivindicação dos trabalhadores aos representantes patronais. As rodadas de negociação estão previstas para começarem em outubro. Edson, Geraldo, presidente do STI Suzano, Sergio, Jurandir e Mª Auxiliadora, presidente do STI Brinquedos na mesa de abertura Toninho, presidente do STI Presidente Prudente, participa de assembleia Principais Destaques da Pauta de Reivindicação 5% de aumento de real Reposição da inflação do período (INPC) Piso salarial de R$ 850,00 PLR no valor de 02 salários normativos Redução da Jornada para 40 horas semanais Acesso à informação (empresas devem disponibilizar um local com acesso à Internet, jornais e livros) A pauta que foi entregue no dia 29 de setembro, aos representantes patronais, do Grupo CEAG 10, da Fiesp, foi deliberada por lideranças e dirigentes sindicais de todo o estado de São Paulo, que integram a Fequimfar e seus 33 sindicatos filiados, representando os mais de 110 mil trabalhadores do setor químico nos segmentos químico, petroquímicos, plásticos, abrasivos, tintas e vernizes, fertilizantes, cosméticos, perfumarias, fabricação de lápis e canetas, entre outros, após discussão e aprovação das reivindicações, junto às bases. Sergio Luiz Leite, presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Estado de São Paulo, destaca que todas as reivindicações foram avaliadas e discutidas em plenária no dia 27 de agosto, durante o seminário de negociação coletiva da categoria, que foi realizado na sede da Federação em São Paulo. Em seguida, os sindicatos realizaram assembléias, junto às suas bases, em todo o estado de São Paulo, para discussão e aprovação dessas reivindicações, sendo que no dia 23 de setembro, os dirigentes do setor químico estiveram reunidos na sede da Fequimfar, para deliberação e aprovação da pauta final. Total condições de conquistar um aumento Djalma, presidente do STI Rio Claro e Silvan em rodada de negociação Serginho lembra que esse um dos melhores momentos para que o movimento sindical possa reivindicar um aumento real para a classe trabalhadora, Temos total condições de conquistar um aumento real digno para os trabalhadores químicos. Os números do DIEESE nos mostram que a indústria química, como um todo, vem demonstrando um franco reaquecimento em suas vendas, produção e, consequentemente, no aumento no numero de vagas. Serginho também ressalta que todos os segmentos químicos industriais tiveram crescimento em seu faturamento em 2008, e que, além de tudo isso, no acumulado do 1º semestre deste ano, a produção das empresas teve alta de 35,06%, em relação dezembro de Edson Dias Bicalho, secretário geral da Fequimfar informa, Estamos mobilizados, junto aos trabalhadores da nossa base para a luta pelo aumento real e demais direitos reivindicados, declara. Edson também Sergio entrega pauta aos representantes patronais lembra esse ano, nas rodadas de negociação, não serão discutidas cláusulas sociais, porque, segundo o acordo firmado no ano passado, as mesmas têm a vigência de dois anos e por isso, somente serão novamente discutidas em

5 DIRETO DA BASE 50 anos do STI Santos Na ocasião, a diretoria da Fequimfar representada por Danilo Pereira da Silva, presidente, Sergio Luiz Leite, presidente eleito, e Jurandir Pedro de Souza, tesoureiro, homenageou o sindicato, com a entrega de uma placa comemorativa, reafirmando os votos de compromisso com a entidade Jurandir, Danilo e Serginho fazem homenagem ao STI Santos, na pessoa de seu presidente Herbert Passos A solenidade, que também reuniu dezenas de autoridades e sindicalistas, foi realizada no dia 23 de julho, na Sociedade União Portuguesa, em Santos SP. Na ocasião dói prestada uma bonita homenagem à família de Cláudio José Ribeiro, ex-presidente e fundador do STI Santos, que foi preso e perseguido pela Ditadura Militar. Festa e conquistas para os trabalhadores da Base Hebert Passos Filho destacou as conquistas da categoria e a grande festa para os associados, realizada no dia 8 de agosto, para comemorar os 50 anos da entidade, Fizemos um churrasco para os associados, na sede da Associação Atlética dos Portuários, porque eles são os que mais tem motivos para comemorar, disse Passos. Segundo ele, ao longo das cinco décadas a categoria conquistou direitos acima dos previstos pela Consolidação das Leis do Trabalho. Entre os benefícios estão férias em dobro e a participação nos lucros e resultados (PLR) média é de R$ 11 mil. Ele diz que é o único pólo industrial do País com jornada de 40 horas semanais de trabalho e multa de 40% sobre o fundo de garantia também paga à família em caso de morte do trabalhador, aposentadoria e invalidez permanente. Outra conquista relevante, na opinião de Passos, é o programa de recuperação dos dependentes químicos a drogas lícitas e ilícitas. A adesão ao programa é voluntária e todo o tratamento do funcionário e da família é custeado pela empresa. Ele disse que a classe também comemora o sucesso da estratégia do sindicato atuar dentro das empresas, em uma espécie de auditoria independente. STI Suzano comemora 51 anos O evento contou com a participação de um grande número de associados, além de dirigentes sindicais e autoridades, para a festa que teve shows musicais e de dança, além da entrega de uma série de prêmios aos trabalhadores O evento marcou a comemoração do 51º aniversário do STI Suzano, sendo promovido no dia 13 de setembro, no Rotary Club, em Suzano. Edson Dias Bicalho, secretário geral da Fequimfar e presidente do STI Bauru, e Antonio Silvan de Oliveira, presidente da CNTQ e do STI Guarulhos participaram do evento e homenagearam a diretoria, funcionários e assessores do STI Suzano com uma placa de homenagem, que foi entregue ao presidente da entidade, Geraldo Pereira Filho. 6 Silvan, Geraldo e Edson Geraldo recebe os companheiros do STI Guarulhos na comemoração

6 Posse da nova diretoria do STI Ipaussu DIRETO DA BASE Serginho entrega credencial a Zé Carlos, presidente eleito do STI Ipaussu José Carlos de Paula, presidente empossado, continuará a dar ênfase à luta do sindicato, que sempre objetivou melhores condições de trabalho e de vida para os trabalhadores da base A solenidade foi realizada no dia 2 de outubro, no Ipaussu Clube, na própria cidade. Lembrando que a diretoria do STI Ipaussu foi eleita no dia 7 de julho. Diversas lideranças sindicais estiveram presentes, entre eles, Sergio Luiz Leite, presidente da Fequimfar, Edson Dias Bicalho, secretário geral da Federação, Jurandir Pedro de Souza, tesoureiro geral da entidade e Danilo Pereira da Silva, presidente da Força São Paulo e vice-presidente da Fequimfar. Atividades Nos dias anteriores à posse, o STI Ipaussu realizou dois eventos: o 1º Encontro de Cipeiros e Profissionais do SESMT e o 1º Encontro das Mulheres do Setor Químico de Ipaussu e Região. José Carlos, presidente do sindicato, declarou que o verdadeiro papel do sindicato é aquele que se preocupa com a base que representa, promovendo atividades que informem o trabalhador, dando formação para conquistarem melhores condições de vida e trabalho. Mesa de abertura 1º Encontro das Mulheres em Ipaussu reuniu mais de 50 pessoas STI Brinquedos realiza Seminário de Cipeiros No dia 25 de setembro, o sindicato promoveu um importante evento na área de saúde e segurança para os trabalhadores do setor O Seminário foi voltado a membros de CIPA e trabalhadores interessados, que participaram de palestras e discussões. Na ocasião, foi criado, oficialmente, o Edenilza, médica do trabalho da Fequimfar, Mª Auxiliadora, departamento de saúde e segurança do STI Brinquedos, que será coordenado por Adeílson, responsável pelo depto. de saúde do trabalhador Adeílson Santos. Temos que conscientizar nossos colegas de trabalho sobre a do STI Brinquedos, e João Scaboli, do depto. de saúde do função da CIPA e trabalhar para realizar um grande encontro estadual, porque trabalhador da Fequimfar participam da mesa de abertura nossa categoria está presente todo o estado, disse Maria Auxiliadora dos Santos, presidente do sindicato. STI Itapetininga faz greve na usina Vista Alegre Em campanha salarial desde o começo do ano, os trabalhadores da usina Vista Alegre, liderados pelo STI Itapetininga e pela Fequimfar, paralisaram suas atividades durante toda a manhã do dia 5 de julho, para protestar contra a proposta insatisfatória dos patrões. As lideranças sindicais foram repreendidas pela empresa, que com práticas anti-sindicais, foram obrigados a retornar às atividades no período da tarde. Neste intervalo, o STI Itapetininga entrou em contato com a direção da empresa buscando a reabertura da negociação, porém, novamente a proposta não beneficiava em nada os trabalhadores. Então, a usina Vista Alegre convocou uma mesa redonda em que foi discutido o valor da cesta básica, abono. Sem entrar em acordo e após algumas outras rodadas de negociação, foi estabelecida nova proposta com abono de R$ 100,00, reajuste salarial de 6%, sobre a folha de pagamento do mês de abril de 2009 e PLR de R$ 679,80. Antonio, diretor do STI Itapetininga, fala para trabalhadores da Vista Alegre 7

7 Uma nova diretoria Sergio Luiz Leite, o Serginho e os novos d 20 de agosto novo presidente da Fequimfa com a presença dos sindicatos filiados, do governador José Se Guilherme Afif Domingos, secretários de Desenvolvimento do respectivamente, além do secretário nacional do MTE, Luiz Anto da Força Sindical e deputado federal Para Serginho, sua posse como novo presidente reforça o processo de mudança de postura da entidade, que foi liderado democraticamente por Danilo Pereira da Silva, nos últimos anos. Danilo afirma: Nossa Federação rompeu com o formalismo burocrático e adotou uma atitude mais política e militante. Essa é a principal herança que Sergio recebe e patamar a partir do qual deve nortear sua gestão. Nos últimos anos, a Federação passou a ter força política, sempre atuando em sintonia com os Sindicatos filiados e, conseqüentemente, estando mais presente junto às bases. Uma Federação que luta pelos direitos dos trabalhadores, por uma melhor qualidade de vida, pela redução da jornada, aumento do salário mínimo, organização dos aposentados e pela redução dos juros, declara o presidente empossado. Serginho nasceu em Araras (SP), onde atuou por muitos anos como dirigente sindical, (e hoje faz parte da diretoria do STI Rio Claro) e agora substitui Danilo Pereira (hoje, presidente da Força Sindical São Paulo), que nos últimos anos dirigiu a Federação, conseguindo dar uma nova dinâmica à entidade e iniciando um ciclo de importantes conquistas para a categoria. Serginho destaca o acordo que estabelece jornada de 40 horas para os trabalhadores do setor farmacêutico, os aumentos reais de salário e o fornecimento de remédio (muitos de forma gratuita) para trabalhadores do setor e seus dependentes. Sobre as iniciativas futuras, Serginho aponta para a necessidade da melhoria nas condições de trabalho do setor do álcool. Fazemos parte do setor energético e estratégico. Nossos trabalhadores não podem mais enfrentar péssimas condições de trabalho e riscos à saúde. Vamos buscar avanços nesse setor, ele afirma. Para o presidente Serginho, essa ação deve ser articulada em âmbito nacional. Serginho também lembra que nenhuma dessas políticas poderá ser efetiva se a Federação não estiver sintonizada com as entidades filiadas. O centro da nossa atuação será o fortalecimento das relações entre Federação e filiados, buscando beneficiar a base trabalhadora. Uma dessas ações deve ser a ampla Governador José Serra fala aos presentes, ao lado de Paulinho, Serginho, Danilo e Guilherme Afif Domingos, secretário estadual de emprego e relações do trabalho 8 sindicalização. Ele diz: Temos de manter uma campanha permanente e articulada, em todo o Estado. A posse teve como

8 para a Fequimfar iretores da Fequimfar tomaram posse no dia numa concorrida solenidade, que contou rra, que foi acompanhado dos secretários Geraldo Alckmin e Estado de São Paulo e do Emprego e Relações do Trabalho, nio de Medeiros e Paulo Pereira da Silva, o Paulinho, presidente, que deu posse aos diretores eleitos ramos e categorias profissionais; representantes do setor patronal, empresários e lideranças políticas, junto a representantes do movimento sindical de outros países. defensivos agrícolas, brinquedos e instrumentos musicais, entre outros, de todo o Estado de São Paulo. Bandeiras de luta Representatividade No total, a Fequimfar e seus 33 sindicatos filiados representam 150 mil trabalhadores lema a tradição de luta, trabalho e conquistas da Fequimfar, sendo considerada como uma nova etapa de crescimento e realizações para os Químicos da Força, segundo palavras de Danilo Pereira da Silva, que liderou a Fequimfar nos últimos anos. A nova direção da Fequimfar eleita em abril tem como secretário-geral, Edson Dias Bicalho, e Jurandir Pedro de Souza, como tesoureiro-geral. Danilo Pereira da Silva, que também é presidente da Força Sindical São Paulo, assume o cargo de vice-presidente da Fequimfar. Cerimônia de posse Contou com a presença dirigentes sindicais de vários estados brasileiros, representando diferentes segmentos, em todo o Estado de São Paulo, distribuídos nos segmentos químicos, farmacêuticos, produção de álcool, plástico, tintas e vernizes, lápis, abrasivos, fertilizantes, cosméticos, perfumarias, Redução da jornada de trabalho para 40 horas semanais, a exemplo do setor farmacêutico, que foi uma das primeiras categorias a ter essa conquista; Luta por uma legislação que iniba a dispensa imotivada, ou seja, retificação da Convenção 158 da OIT Combate à terceirização e a precarização das relações de trabalho. 9

9 FORÇA SÃO PAULO Força São Paulo participa de debate sobre segurança Representando a Força Sindical São Paulo, João Donizete Scaboli, que é secretário de saúde da entiadade esteve no 3º Encontro de Cipeiros da Construção Civil do Estado de São Paulo, realizado pelo Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil de São Paulo e pelo Sindicato dos Técnicos de Segurança de São Paulo Durante o evento, centenas de cipeiros participaram de palestras que debateram a importância da prevenção de acidentes no setor da construção civil. O evento aconteceu em São Paulo, paralelamente às atividades da Expo Proteção e Expo Emergência. Segundo Scaboli, o objetivo foi sensibilizar trabalhadores e empresários do setor para a segurança no trabalho. O presidente do Sindicato da Construção Civil, Antônio de Souza Ramalho, disse que a cidade de São Paulo teve, nos primeiros nove meses de 2009, um total de 12 mortes por acidente de trabalho em canteiros de obras, e o número de acidentes com sequelas é superior a nos primeiros oito meses do ano, segundo levantamento do sindicato. CNTQ CNTQ promove Seminário no setor de gases Atendendo a demanda das entidades filiadas, a CNTQ realizou o Seminário do setor de gases industriais e medicinais, entre os dias 16 e 18 de setembro, na Colônia de Férias da Fequimfar Silvan e Orlando, presidente da Federação do Químicos do RS, na mesa de abertura Lideranças sindicais de São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul e Minas Gerais participaram das atividades elaboradas com base na experiência de entidades sindicais e Ministério do Trabalho e Emprego nas áreas da saúde do trabalhador, jurídicas e trabalhistas e econômicas. Orlando Salvador, secretário geral da CNTQ e presidente da Federação dos Trabalhadores nas Indústrias Químicas e Farmacêuticas do Rio Grande do Sul, abriu os trabalho e falou que o objetivo do evento surgiu da Comissão de Negociação da PLR e teve como meta integrar os representantes dos trabalhadores e discutir propostas conjuntas para os problemas comuns nas diversas unidades fabris. Antonio Silvan Oliveira, presidente da CNTQ e do STI Guarulhos, afirmou que esse trabalho também está sendo desenvolvido com os demais setores que compõem o grupo químico, por meio de reuniões para tratar de empresas do setor plástico, químico, farmacêutico, fertilizantes, fabricação do álcool e outros. Visite nossa página eletrônica (site) Comunique-se também pelo nosso correio eletrônico ( ) fequimfar@fequimfar.org.br 10

10 ESPAÇO DA FORÇA Químicos da Força no 6º Congresso Participação ativa dos dirigentes da Fequimfar e sindicatos filiados no evento cujo o tema foi Toda Força pelo Trabalho Decente Ao longo dos três dias de trabalhos, os quase 4 mil dirigentes sindicais de todo o país que estiveram presentes no 6º Congresso da Força Sindical discutiram temas importantes nas áreas econômicas, políticas, sociais, ambientais e sindicais. Fequimfar reafirma seu compromisso com a central com o fator previdenciário, além de conquistar a redução da jornada de trabalho, sem diminuição de salários. Ele também conclamou os líderes das demais centrais sindicais a reagirem contra o que Sergio Luiz Leite, presidente da Fequimfar e 1º secretário da central, disse que o Edson participa da reunião Eventos paralelos também ocorreram, facilitando os debates, como a 3ª Conferência Internacional da Força Sindical e a Reunião da Direção Nacional do Sindicato Nacional dos Aposentados, Pensionistas e Idosos da Força Sindical. Danilo Pereira da Silva, presidente da Força São Paulo, e vice-presidente da Fequimfar disse que o evento recebeu cerca de entidades filiadas a central e foi prestigiado por outras centrais, como a CGT, UCG, CTB, Nova Central, CUT, além da delegação internacional. Fabrizio Rigoldi, líder sindical da Itália, esteve presente, representando a categoria química, disse. Durante a abertura, em seu discurso, Paulo José Roberto, presidente do STI Araçatuba Pereira da Silva, o Paulinho, presidente da Força Sindical, disse que foram os trabalhadores que acabaram com a crise econômica no Brasil e vão acabar também Danilo na mesa de abertura do Congresso chamou de intervenção branca do Ministério Público do Trabalho, que vem questionando as contribuições repassadas aos sindicatos. Na ocasião, o ministro do Trabalho, Carlos Lupi, disse ter observado que as centrais estão unidas na defesa dos trabalhadores e devem manter essa postura Herbert Passos, presidente do STI Santos, Jurandir e josé Roberto para ampliar os avanços conquistados no Governo Lula. As centrais deram uma demonstração de que têm dirigentes que defendem os trabalhadores e isso ficou claro durante a crise ao enfatizarem que nenhum empresário poderia receber dinheiro do poder público se demitisse, salientou. Também participaram da mesa de abertura: Luiz Dulci, ministro-chefe da Secretaria Geral da Presidência da República, o ministro da Previdência, José Pimentel, o governador de Minas Gerais, Aécio Neves e o secretário de Desenvolvimento de São Paulo, Geraldo Alckmin. Silvan, Vilma, do STI Guarulhos, Serginho e Vandeir, presidente do STI químicos de BH evento terminou com o fortalecimento da entidade, que se tornou mais unida, pluralista e mais democrática. Desafiados a inaugurar uma nova fase nas negociações entre as centrais sindicais e o governo federal numa tentativa de firmar Maria Nalva, president do STI Jaguariúna alguns acordos que fazem parte da agenda de reivindicações urgentes dos trabalhadores, os Químicos da Força Diretoria do STI Rio Claro reafirmaram o seu compromisso com a central. 11

11 SNQ 3º Encontro da SNQ definiu propostas para os segmentos químicos Lideranças sindicais de todo o Brasil se reuniram na Colônia de Férias do STI Borracha e Pneumáticos de São Paulo, na Praia Grande, no dia 28 de julho, para debater sobre o setor Mesa de abertura conta com lideranças sindicais de diversos ramos químicos O Encontro da SNQ, cuja realização já é tradição no setor químico da Força Sindical, precede o congresso da central e também orienta os participantes para os debates do grande evento. O coordenador nacional da SNQ, Luciano Martins Lourenço, disse que a luta da SNQ é respaldada por todas as entidades que a integram, uma luta pelos direitos conquistados dos trabalhadores e, consequentemente, de toda a categoria dos ramos químicos. Hoje, a SNQ representa os segmentos químicos, petroleiros, papeleiros, borracheiros, vidreiros, joalheiros e comércio de minérios e derivados de petróleo da Força Sindical. Resultados A SNQ deliberou propostas que foram apresentadas no 6º Congresso da central. Veja: Incluir nas disposições estatutárias: Capítulo V Seção IV: DA EXECUTIVA NACIONAL Art. 19. A executiva Nacional é constituída pelos seguintes cargos: Secretário(a) de Políticas para Pessoas com Deficiência 1º Secretário(a) de Políticas para Pessoas com Deficiência Capítulo VIII DOS SECRETARIADOS PROFISSIONAIS DA FORÇA SINDICAL: Art. 65: O funcionamento dos secretariados Profissionais será regido por Regimento Interno padrão elaborado pela Secretaria-Geral e aprovado pela Executiva Nacional. Parágrafo Único: Cabe a secretaria elaborar e apresentar o Plano de Ação e Trabalho e a proposta orçamentária anual das ações propostas, as quais somente serão objetos de deliberação pela Executiva Nacional após a aprovação das contas e do Plano de Ação e Trabalho. Apresentamos como proposta do temário, a inclusão no Programa de Luta: Garantia da Estabilidade do Dirigente Sindical, em especial gestões através dos Deputados e Senadores para aprovação do Projeto de Lei do Senado Federal nº. 177/2007, de autoria do Senador Paulo Paim, que dá nova redação ao 3º do art. 543 do Decreto-Lei 5.452, de 1º de maio de 1943, e dá outras providências, ou seja, veda a dispensa de empregado sindicalizado que seja membro ou candidato de Conselho Fiscal, para o qual prestamos nosso total apoio. Ampliação das contratações de auditores fiscais do trabalho, com destaque especial à fiscalização da saúde do trabalhador; Denúncia a OIT sobre as práticas anti-sindicais e contra a organização do trabalho feitas pelo Ministério Público do Trabalho que interferem na organização sindical e insistem na assinatura do Termo de Ajustamento de Conduta TAC, objetivando retirar das convenções e acordos coletivos cláusulas referente às contribuições sindicais Assistencial e Confederativa, ferindo inclusive a deliberação e aprovação da assembléia da categoria, que é soberana nas decisões. Elaborar e fortalecer as discussões e Programas de Igualdade Racial; Elaborar e fortalecer as discussões e Programas voltados para a Saúde do Trabalhador; Elaborar e fortalecer as discussões e Programas relacionados ao Meio-Ambiente. Você Conhece o ($eu) Dinheiro? Se dinheiro não traz felicidade, me dê o seu e seja feliz A célebre frase rende risos e boas discussões. Apesar de dinheiro ser um assunto quase sempre polêmico, é algo que interessa a todos ou ao menos deveria. Gostaria de convidar você, caro leitor, para refletir o valor do dinheiro, a começar pelo título deste artigo. Dinheiro é uma metáfora, ou seja, uma coisa que designa outra: moeda, cédula, cheque, cartões e saldo bancário são apenas algumas formas de representá-lo. Dinheiro de fato é aquilo que ele pode comprar; aquilo que custou para ganhá-lo. O dinheiro é um gerador de riqueza, elemento que potencializa a capacidade dos homens de produzir bens. Para o pensador McLuhan, dinheiro é a linguagem que permite traduzir o trabalho na sociedade, ou como facilmente se encontra nos livros de economia, é o meio de troca ou de pagamento. Deste modo arrisco-me a dizer que por exercer um papel tão central na sociedade, não é algo que possamos simplesmente negligenciar. A história da humanidade, como muito bem contada pelo jornalista Pilagallo em seu livro A aventura do dinheiro, nos revela curiosidades a cerca de algo capaz tanto de gerar avareza como estimular o desejo de poder. Como explicar a motivação e o deleite de Tio Patinhas nadando em sua piscina de dinheiro, ou de Calígula que mantinha hábito similar em sua relação com sua fortuna (ele costumava andar descalço sobre moedas de ouro), ou ainda de tantos outros opostos que esbanjam muito além do que tem? Ambos não têm interesse pelas coisas que o dinheiro pode comprar. O prazer dos que gastam por gastar se encerra no momento da compra, ao passo que a satisfação do pão duro se limita ao potencial de compra, o que nos remete a Nietzschie Por fim amamos o desejo e não o desejado. Karl Marx muito bem observou ao afirmar que o dinheiro é a base do capitalismo, o qual tem como prerrogativa o aumento constante do capital, possibilitado através da conhecida mais valia. O autor de O Capital ainda expressou que o dinheiro é a mercadoria por excelência, pois serve como medida de valor para todas as outras mercadorias, inclusive o trabalho. Ao longo dos anos o dinheiro se apresentou de várias faces, desde o escambo até os meios eletrônicos dos dias atuais. Porém seu significado e papel na vida dos homens permanece intacto e substancialmente necessário para a sobrevivência de nossas vidas, queiramos ou não. Partindo destes devaneios lhe pergunto: Quanto vale seu trabalho? O que você tem feito para aumentar sua mais valia e valorizar sua mais preciosa mercadoria? Você! Se vives de acordo com as leis da natureza, nunca serás pobre; se vives de acordo com as opiniões alheias, nunca serás rico. (Sêneca) Leonardo Garutti é administrador, controller da Komax Comercial do Brasil e professor da Universidade Anhanguera. Fonte: artigo publicado no Portal da Administração ( em 20 de julho de 2009 às 16:26 12

12 Consumo de álcool combustível cresce 17,7% no primeiro semestre SETOR DO ÁLCOOL O consumo álcool combustível cresceu 17,7% no primeiro semestre deste ano no país, atingido 10,7 bilhões de litros, ante 9,1 bilhões de litros dos primeiros seis meses de 2008, de acordo com levantamento da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustível (ANP) Essas informações constam do boletim gerencial Abastecimento em Números, que contém os principais dados do mercado de combustíveis de janeiro a junho deste ano. O documento foi divulgado no dia 10 de agosto. Segundo a ANP, as vendas de combustíveis no mercado brasileiro fecharam o primeiro semestre deste ano em 51,3 bilhões de litros, 0,3% maior que os 51,1 bilhões de litros vendidos entre janeiro e junho de O país só não registrou queda no consumo de combustíveis por causa etanol, beneficiado pela safra de cana-deaçúcar favorável, o que propiciou preços mais competitivos do que os da gasolina. Abastecer com etanol é mais vantajoso em 22 Estados do país. Os preços estão em até 70% das cotações da gasolina. Lula defende etanol brasileiro em discurso na ONU O presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse, no dia 23 de setembro, em seu tradicional discurso inaugural na Assembléia Geral das Nações Unidas (ONU), que o Brasil não renunciará à agenda ambiental por conta da descoberta do pré-sal e a possibilidade de se tornar uma potência petrolífera Lula defendeu o etanol e sugeriu que todos os países devem se empenhar em realizar ações para reverter o aquecimento global. O etanol brasileiro e os demais biocombustíveis são produzidos em condições cada vez mais adequadas, sobretudo a partir do Zoneamento Agroecológico que acabamos de implantar. O discurso de Lula agradou o presidente da Unica (União da Indústria de Cana-de-Açúcar), Marcos Jank, que considerou a defesa do etanol brasileiro uma iniciativa correta e importantíssima por ser levada a um público decisivo e global. É fundamental disseminar mundialmente as importantes medidas que têm sido tomadas no Brasil para garantir o reconhecimento da sustentabilidade socioambiental de nossa produção de biocombustíveis. O Presidente Lula faz isso ao levar essa mensagem essencial à ONU, e portanto, ao mundo, disse Jank, que estava ontem em Nova Iorque. Lula disse aos líderes mundiais que a matriz energética brasileira é uma das mais limpas do planeta, informando que 45% da energia consumida no País são renováveis. No resto do mundo apenas 12% é renovável, enquanto que nos países da OCDE essa proporção não supera 5%. O presidente brasileiro falou sobre a importância da mistura de 25% de etanol à gasolina, o que contribui para a redução das emissões dos gases de efeito estufa. Mais de 80% dos carros produzidos no País têm motor flex, o que permite a utilização indiscriminada de gasolina ou álcool, disse Lula. A proibição do cultivo da cana e da instalação de usinas em áreas de vegetação nativa também foi destacada por Lula. A decisão vale para toda Amazônia e nossos principais biomas. O plantio da cana-de-açúcar não ocupa mais do que 2% de nossas terras agricultáveis. Distinto de outros biocombustíveis, ele não afeta nossa segurança alimentar nem compromete o equilíbrio ambiental. Para derrubar argumentos dos eventuais opositores ao biocombustível brasileiro, Lula citou o Compromisso Nacional para o Aperfeiçoamento do Trabalho na Canade-Açúcar, acordo firmado entre empresários, trabalhadores e governo para valorizar as melhores práticas trabalhistas do setor sucroenergético. Para Marcos Jank, medidas como o Compromisso Nacional são fortes destruidores de mitos que invariavelmente são utilizados para denegrir nossa indústria. É importantíssimo que a existência de medidas nesse sentido se torne de conhecimento amplo e global. O mesmo vale para o Zoneamento Agroecológico da cana-de-açúcar, disse. O presidente da Unica considerou o discurso de Lula coerente ao afirmar que o crescimento das reservas brasileiras de petróleo não significa renúncia à agenda ambiental. Temos certeza que o governo entende que no atual contexto, com as mudanças desafiando o mundo, é muito mais importante para o Brasil continuar sendo reconhecido como pioneiro mundial das energias renováveis e sustentáveis. 13

13 INTERNACIONAL Serginho representa os trabalhadores brasileiros em congresso nos Estados Unidos Aproximadamente 800 delegados sindicais, representando 60 países, estiveram presentes no congresso da a AFL-CIO Nilton de Souza, o Neco, secretário de Relações Internacionais da central, e Serginho (Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais), realizado entre os dias 13 e 17 de setembro, em Pittsburgh, na Pensilvânia, Estados Unidos, evento que também contou com a participação do presidente dos Estados Unidos, Barak Obama Sergio Luiz Leite, presidente da Fequimar e 1º secretário da Força Sindical, representou os trabalhadores brasileiros, pela central, junto com Nilton de Souza, secretário de Relações Internacionais da Força. No dia 15, o presidente dos EUA, Barak Obama, falou aos congressistas por uma hora e destacou a universalização da saúde. Afinado com as resoluções da AFL-CIO, ele está debatendo este assunto no Congresso Nacional dos EUA. A proposta em debate é de criar, através do governo, uma seguradora de saúde pública, que irá concorrer com as seguradoras privadas, com o objetivo de dar oportunidade de acesso a população mais carente. Outra meta é também concorrer com as seguradoras privadas para reduzir custos também para a classe média (grande cliente das seguradoras). As seguradoras privadas estão contra. O presidente norte-americano falou também de democratizar a legislação sindical adotando liberdade para organização dos trabalhadores. Hoje a lei americana é restritiva para a criação de sindicatos. Outro item abordado por Obama foi sobre o trabalho dos imigrantes que hoje, na sua maioria ou totalidade, não tem nenhum direito trabalhista, inclusive sindical. Outros temas destacados pelo presidente Obama foram: investimentos em obras e serviços públicos e o seu empenho para recuperar os empregos perdidos na crise financeira; e a lei de igualdade de direitos e oportunidades entre homens e mulheres. Serginho comentou que outros temas também tiveram relevância nas discussões, como a geração de empregos de qualidade, segurança no trabalho, trabalho do imigrante, sobre a diversidade, além do lançamento da campanha JOBS NOW - Emprego já! CDES Políticas sociais para o desenvolvimento O presidente da Força Sindical São Paulo e vice-presidente da Fequimfar, Danilo Pereira da Silva, esteve presente no Simpósio Internacional sobre Desenvolvimento Social, em Brasília O evento foi realizado entre os dias 5 e 7 de agosto, e reuniu cerca de 800 pessoas, de 34 países. Danilo é membro do CDES (Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social) e participou dos debates, que envolveram professores, pesquisadores nacionais e internacionais sobre temas como políticas para distribuição de renda no Brasil e no mundo. Em seu discurso, Lula declarou que onde não tem Estado, onde ele é fraco, não há política social. Ele também deixou claro sobre a questão da carga tributária no Brasil e defendeu estudos do IPEA que demonstram que a carga no Brasil não é tão alta como defende a oposição: Quem pede para ter carga tributária pequena, vem de países com altas taxas de impostos e forte rede de proteção social. Danilo concordou com o presidente e defende: Diante da forte diminuição da desigualdade social em nosso país nos últimos anos, fortalecer o Estado de Bem estar Social e o Bolsa Família, são deveres do movimento sindical brasileiro. Na ocasião, Danilo entregou convite especial para a solenidade de posse da nova diretoria da Federação dos Químicos ao Presidente da República, que agradeceu muito pela lembrança de seu nome. Posse no CDES No dia 27 de agosto, Danilo foi reconduzido ao posto de conselheiro do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, da Presidência da República. O mandato dos conselheiros é de dois anos e Danilo foi convidado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva a permanecer no cargo de conselheiro. A cerimônia aconteceu durante a 31ª reunião do Pleno do Conselho, em Brasília. Ao longo de seis anos, o trabalho do CDES tem sido reconhecido por atividades como a regulamentação do crédito consignado, Lei das Parcerias Público Privadas, Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas, Plano de Desenvolvimento da Educação e o Compromisso Nacional para Trabalhadores da Canade-Açúcar, além do acompanhamento das desigualdades da escolarização no Brasil e o inédito trabalho sobre o sistema tributário nacional sob o ponto de vista da equidade. 14

14 SAÚDE E SEGURANÇA Estratégias na área da saúde do setor farmacêutico Reunião de dirigentes sindicais discute saúde no setor farmacêutico A bancada dos trabalhadores que integram o projeto sobre a Indústria farmacêutica e a saúde de seus trabalhadores do Estado de São Paulo esteve reunida em agosto para discutir e avaliar novas estratégias para o setor A bancada dos trabalhadores que participa do projeto tripartite sobre a Indústria farmacêutica e a saúde de seus trabalhadores do Estado de São Paulo reuniu-se na sede da Fequimfar, para definir estratégias na condução dos trabalhos. Estiveram presentes representantes de todos os sindicatos envolvidos no projeto, Sindicatos filiados e Sindicatos da CUT. A reunião contou com apoio e presença da diretoria executiva da casa, Sergio Luiz Leite, presidente da federação e Edson Dias Bicalho, secretário geral da Fequimfar que incentivou a iniciativa da bancada dos trabalhadores em promover o encontro e a união na busca de estratégias conjuntas. Segundo João Donizete Scaboli, responsável pelo departamento de saúde do trabalhador a Fequimfar, houve unanimidade em considerar positiva a articulação da bancada dos trabalhadores. Esta reunião é um importante modelo que deve ser repetido em outros fóruns e esse momento não deve passar em branco, disse Scaboli. Os trabalhadores, representando as centrais Força Sindical CUT e Intersindical, definiram pontos comuns de trabalho, unindo forças em prol da defesa da Saúde dos Trabalhadores do setor farmacêutico. Comemorando os 20 anos do SUS O SUS foi criado em 1988, pela Constituição que foi chamada de Cidadã Antes de sua criação, os brasileiros que não tinham carteira assinada, não tinham direito à assistência médica gratuita pela Previdência Social. Existia a medicina dos privilegiados. Com o Sistema Único de Saúde, o SUS, houve um verdadeiro processo de democratização, sem que houvesse apenas o privilégio de atendimento quando se estava doente, para aqueles que eram assalariados e podiam ser atendidos pela Previdência Social, ou pelos convênios particulares. A universalidade do SUS é uma verdade e o que ainda deixa a desejar é a questão da resolutividade, ou seja, os exames solicitados demoram para ser realizados, alguns tipos de cirurgia exigem uma grande dose de paciência para quem necessita delas e as filas para os atendimentos, sobretudo nas grandes cidades, ainda são muito grandes e o atendimento é demorado. Mas, observando-se os prós e os contras, o SUS deve ser comemorado em seus 20 anos como uma das melhores coisas que já aconteceu na área da Saúde para os mais carentes e a sociedade como um todo. E o SUS não se restringe apenas ao atendimento de doentes. O SUS tem vários programas que merecem destaque, como o programa da AIDS e de algumas doenças crônicas. A vacinação em massa que tem contribuído para um índice menor de doenças é digna de elogios. Tem ainda a Vigilância Sanitária, o controle de alimentos, o programa de Saúde da Família, o fornecimento de medicamentos gratuitos, principalmente remédios caros e de uso contínuo. O SUS é um modelo para países em desenvolvimento, não só pelo tratamento da AIDS, como pelo tratamento da tuberculose, da hipertensão arterial, da diabetes, da malária. Vale lembrar que, nos últimos anos, o Brasil tem cooperado até com outras partes do mundo, como em Moçambique, onde a Fundação Oswaldo Cruz, Fiocruz, está implantando uma fábrica de antiretrovirais. É claro que o Sistema Único de Saúde precisa melhorar muito ainda, em várias questões, como por exemplo, os médicos precisam ser contratados em maior número e com melhores remunerações, bem como os demais profissionais de saúde. A atuação dos Centros de Referência em Saúde do Trabalhador precisa continuar e é preciso aumentar sua eficiência, contando com profissionais cada vez mais capacitados e comprometidos com as questões relativas às fiscalizações dos ambientes e das condições de trabalho e com o atendimento dos trabalhadores, principalmente com relação ao diagnóstico de acidentes e doenças relacionadas ao trabalho, que, como sabemos, são sub notificadas. As unidades e hospitais de atendimento precisam ser melhores equipadas, os equipamentos para realização de exames precisam ser modernizados e disponibilizados em todo o País. É preciso que haja acompanhamento quanto às verbas destinadas ao Sistema Único de Saúde e sua aplicabilidade. Para isso, é importante o Controle Social, por meio de Conselhos. E por falar em Conselhos, quero lembrar, aqui, o quanto é necessária a participação dos sindicatos nesses conselhos, como legítimos representantes dos trabalhadores. Eu, como líder sindical, faço parte do Conselho Nacional de Saúde. Lá, são discutidas as mais variadas questões sobre a Saúde coletiva e, logicamente, sobre a Saúde dos trabalhadores. Acredito no processo democrático do SUS e, apesar das críticas existentes, sou otimista quanto ao futuro dele. Parabenizo o SUS pelos seus vinte anos, porque acredito nele e porque sei que um País como o Brasil, com grande índice de pessoas carentes,precisa de um atendimento médico como o SUS oferece, diminuindo as desigualdades sociais. Meu desejo é que mais lideranças sindicais façam parte dos Conselhos Estaduais de Saúde e que a resolutividade tão esperada seja conquistada o mais brevemente possível. A sociedade brasileira, em sua maioria, tão sofrida, merece um Sistema Único de Saúde que a atenda com dignidade. Isso é o que queremos e sabemos que é possível. João Donizeti Scaboli, Responsável pelo Departamento de Saúde do Trabalhador da Fequimfar 15

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