A afiação das ferramentas é feita somente nas superfícies que determinam os ângulos de ataque, de cunha e saída.
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- Bárbara Bicalho de Paiva
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1 O que é afiação? 1 Afiação é a operação de dar forma e perfilar arestas de ferramentas novas (última fase do processo de fabricação) e de restaurar o corte ou o perfil de ferramentas desgastadas pelo uso. A afiação das ferramentas é feita somente nas superfícies que determinam os ângulos de ataque, de cunha e saída. Ferramentas de corte monocortantes: uma aresta de corte (ferramentas de torno e de plaina) Ferramentas de corte policortantes: várias arestas de corte (fresas, brocas e serras). Especificação do rebolo Para o aço-carbono e aço rápido, utilizar o rebolo de óxido de alumínio, para fazer a afiação. Para o metal duro utilizar o rebolo de carboneto de silício. A afiação A afiação das ferramentas monocortantes (torno, plaina) pode ser feita manualmente ou em máquinas. Quando manual, o resultado depende da habilidade do operador. As ferramentas policortantes são afiadas em máquinas especiais, sendo impossível afiá-las manualmente. Nessas máquinas é possível afiar todo tipo de fresas: cilíndricas, angulares, com dentes postiços, etc. A afiação é necessária para que a broca mantenha um bom poder de corte do material e para que suas arestas ou fios cortantes fiquem simétricos em relação ao eixo da broca. Às vezes, é necessário afiar ferramentas de corte com três tipos de operações: desbaste, semi-acabamento e acabamento, utilizando-se rebolos diferentes em cada operação. Operação de afiar No caso que se queira apenas reavivar arestas cortantes de uma ferramenta. Nesse caso, pode-se fazer apenas uma afiação manual utilizando esmeril ou uma pedra abrasiva. Se for preciso afiar fresas por meio de rebolo: Para essa operação, é preciso levar em conta que cada dente da fresa é limitado por duas superfícies ativas: uma de saída e uma de incidência. O dente da fresa deve se manter numa mesma posição em relação ao rebolo. Durante a afiação, a mesa é acionada pelo operador com movimentos rápidos de vaivém. A fresa deve ser mantida constantemente apoiada na guia da máquina afiadora.
2 2 AFIAÇÃO FERRAMENTAS DE CORTE DEVEM SER AFIADAS QUANDO... Quando a qualidade da superfície da peça trabalhada não é mais satisfatória. Quando a extensão da marca de desgaste (VB) nas costas do gume de corte for superior a 0,2 mm. Aberturas são encontradas no gume de corte. O serviço é de acordo com o material constituinte da peça: aço de alta liga, stellite, metal duro ou diamante.
3 3 DESGASTE DO GUME DE CORTE 1) DESG ASTE EM SERRAS P AR A REDUÇÃO DA M ADEIRA a) Desgaste do gume de corte (metal duro) Desgaste mecânico e químico causam boleam ento nos gumes de corte do dente da serra. Processando madeira úmida (estado verde) o desgaste químico é aproximadamente o mesmo do desgaste mecânico. Empregando graduações de carboneto de tungstênio (metal duro) com ligas especiais, o desgaste químico pode ser reduzido. Entretanto, o setor madeireiro processa madeira seca, onde o desgaste mecânico predomina. b) Lascas e fraturas no gume de corte (metal duro) Objetos duros estranhos, com o partículas minerais inseridos nas peças a serem trabalhadas, ocasionam lascas nos gumes de corte e a deterioração da qualidade de corte, elevando as forças de cisalham ento ao mesmo tempo. As pontas formadas podem cortar, contudo, devido a razão de alimentação, o desgaste do gum e e as f orças de corte aum entam consideravelm ente. Quando a altura do dente é alta dem ais, pode ocasionar a obstrução do fundo do dente e a quebra do mesmo do corpo da serra. AT411 Proc ess os de cort e Prof. Iv an Vens on
4 c) Quebra do corpo da lâmina de serra (metal duro) 4 O gume de corte altamente pressurizado e o corpo da lâmina de serra causam vibrações, devido ao aumento da perda do fio de corte, do elevado avanço do dente ou do stress desigual. Isto pode causar fissuras no fundo do dente ou fendas excêntricas. Elevado e desigual stress ocorre quando o gume de corte induz ao flexionamento, lascamento ou cisalhamento do corpo da ferramenta. d) Desgaste do gume de corte em metal duro diamantado (diamante policristalizado - PKD) Desgaste mecânico de peças de trabalho uniforme causam boleamento nos gumes de corte de dentes de serra. Além do boleamento, pequenas lascas podem ocorrer devido a objetos estranhos presentes em determinados derivados de madeira quando são processados. Boleamento dos gumes secundários do dente de serra pode induzir um reduzido tempo de performance (duração) e a deterioração na qualidade do gume e do corte. Ação desgaste lateral superior no ângulo de saída do dente. Conseqüência projeção lateral do dente inferior; perda da largura de corte; custos de retificação mais elevados.
5 e) Lascas e fraturas no gume de corte em metal duro diamantado (diamante policristalizado - PKD) 5 Minerais duros ou objetos metálicos ocasionam lascas no gume de corte e a deterioração na qualidade de corte. Lascas no gume de corte também podem ser causadas pela ineficiente extração de resíduo (fluxo de cavaco). Extrema perda do gume de corte e lascas ocasionam elevadas forças de corte e, conseqüentemente, a quebra do corpo da lâmina de serra. As condições dos gumes de corte e o corpo das lâminas de serra devem ser checados regularmente. Quando o tempo de desempenho aumenta as ferramentas devem ser reafiadas por especialistas.
6 6 2) DESG ASTE EM FERRAMENT AS DE CORTE TIPO HOGGER a) Desgaste do gume de corte (metal duro) Quando se processa m adeira sólida ou produtos derivados de madeira, com ou sem revestimento, os dentes da ferram enta de corte sofrem desgaste mecânico e químico. A qualidade da superfície determina o tam anho da abrasão do gume de corte. Dentes extrem amente gastos requerem afiação adicional e reduzem o núm ero de afiações possíveis de serem feitas na ferramenta. b) Destruição do gume de corte causado por uso impróprio (metal dur o) Se a relação do número de dentes com a razão de alimentação estiver errada, as forças de corte tornam-se elevadas demais em madeira sólida, principalm ente em madeiras com alto teor de umidade. Tal condição entope a garganta do dente e, conseqüentemente, ocorre a destruição do dente de serra. AT411 Proc ess os de cort e Prof. Iv an Vens on
7 c) Destruição do gume de cor te devido ao over-str ess (metal duro) Se o material a ser removido é superior à largura da ferramenta de corte tipo hogger, a pastilha de metal duro é destruída pelo over-stress. A extenção do corte deve ser sempre inferior a largura do corte da ferramenta. 7 d) Desgaste do gume de corte em metal duro diamantado (diamante policristalizado PKD) A figura apresenta um gume de corte sem fio devido à abrasão mecânica resultante do processamento em materiais uniformes (Ex.: MDF). A retirada da incrustação de resina na lateral dos dentes deve ser feita entre os intervalos de afiação, pois desta maneira a performance ou duração torna-se superior, pois evita uma perda de relevo lateral do dente. A extenção do desgaste deve estar entre 0,2 a, no máximo, 0,3 mm.
8 8 e) Desgaste do gume de corte e formação de camada de resina (diamante policristalizado PKD) Além do desgaste do gume de corte, também se forma uma camada lateral de adesivo devido a poeira de adesivo e das partículas de madeira quando o material a ser trabalhado possui um alto teor de resina e/ou quando a ferramenta de corte é utilizada por um longo período de tempo sem ser limpa. Isto leva a um aumento da força de corte e a uma má qualidade de superfície trabalhada, além de um tem po de performance (duração) consideravelm ente inferior. f) Destruição do gume de corte (diamante policristalizado PKD) Os gumes de corte podem ser destruídos quando as peças a serem trabalhadas contêm alto teor de areia com diâmetro de 2 a 3 mm, ou que contenham partículas m etálicas. Este tipo de material não é recomendado por ser muito problemático. AT411 Proc ess os de cort e Prof. Iv an Vens on
9 Manutenção e reafiação de ferramentas de corte para madeira. Como afiação, se entende principalmente a retificação do gume da ferramenta, que também é denominado geometria de corte da ferramenta. A afiação de ferramentas de aço rápido é diferente da afiação de ferramentas de metal duro (Norma DIN 8085). Para afiação de discos de serra calçados com metal duro foram desenvolvidas máquinas automáticas que trabalham com óleo refrigerante. Espécies de afiação a) Afiação a seco: desvantagens: pela pressão ou oscilação excessiva podem aparecer trincas ou perda de dureza (destempera). Pode acontecer aquecimento exagerado. b) Afiação com óleo refrigerante: Vantagens: sem nenhum aquecimento, sem trincas ou perda de dureza da ferramenta. Desvantagem: má visibilidade da afiação; quando o óleo refrigerante for insuficiente também causará trincas na ferramenta. 9 Cuidados de manutenção e afiação de serras circulares A primeira etapa para a afiação de uma ferramenta é sua limpeza. Equipamentos disponíveis: afiadora automática ou uma máquina universal manual de afiação. O desgaste nunca deve ser superior a 0,2 mm por gume de ferramenta. O desgaste normal deve ser, no máximo, de 0,2 mm no ângulo de saída e 0,05 mm no ângulo de ataque da pastilha. Etapas da afiação Retificação da periferia da ferramenta; Operação para igualizar e retificar os dentes Retificação das costas dos dentes da serra circular (rebaixamento do corposuporte) Afiação do ângulo de ataque (peito do dente); Afiação do ângulo de saída (costa do dente); Máquinas para afiar ferramentas Retífica universal Uma retífica universal com todos os acessórios resolve a maioria dos problemas de afiação de ferramentas de corte para madeira e seus derivados. Ela deve ser uma máquina de alta precisão, na qual se possa fixar vários acessórios com regulagens rápidas. É equipada para afiar serras circulares, fresas retas e de perfil, brocas de todos os tipos, fresas de haste, cabeçotes para plainas moldureiras, facas para plainas.
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12 12 Afiadeiras para serras circulares Pode-se afiar muito bem uma serra circular utilizando todas as regulagens numa afiadeira simples. As máquinas especiais, ou seja, as automáticas sãoúteis quando a empresa necessitar afiar maior quantidade de serras circulares.
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14 14 Afiadeiras para facas e navalhas de plainas As facas para plainas podem ser afiadas com o chanfro em forma côncava ou reta. Os ângulos mais corretos podem variar de 40 a 45º
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