As Categorias de Nobreza e Prestigio em uma Conquista Colonial (Comarca das Alagoas, XVII-XVIII) Dimas Bezerra Marques * Resumo

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "As Categorias de Nobreza e Prestigio em uma Conquista Colonial (Comarca das Alagoas, XVII-XVIII) Dimas Bezerra Marques * Resumo"

Transcrição

1 As Categorias de Nobreza e Prestigio em uma Conquista Colonial (Comarca das Alagoas, XVII-XVIII) Dimas Bezerra Marques * Resumo O processo de análise e compreensão da formação, distribuição e funcionamento dos cargos políticos e administrativos na capitania de Pernambuco, especificamente nas regiões de Penedo e Porto Calvo, requer boa base teórica e profunda pesquisa documental, afim de poder reconhecer suas particularidades frente o resto do território pernambucano daquela época. Mas, para que isso se faça possível, é preciso compreender um pouco a gênese desses cargos, tidos como de grande prestígio na colônia. É preciso entender o conceito da nobreza na América portuguesa, fazendo com isso um paralelo entre a Metrópole e sua conquista no Atlântico, traçando questões como a da nobreza hereditária e política, assim como a aparição de umas das classes de maior prestígio no ultramar, a dos senhores de engenho. Palavras-Chave: nobreza; elites; colônia Introdução Muito tem se discutido ao longo dos anos sobre a política administrativa portuguesa em relação a sua conquista no ultramar, ou seja, a América. Obras como O antigo regime nos trópicos de João Fragoso, Maria Fernanda Bicalho e Maria de Fátima Gouveia, entre outras, vieram à tona afim de por em conflito essas relações político-administrativas entre metrópole e colônia. Esse também é um dos objetivos do GEAC (Grupo de estudos Alagoas colonial), entender essas relações de poder e encaixá-las no contexto sócio-político da capitania de Pernambuco para assim tentar descobrir as particularidades surgidas entre a capitania e a parte de seu antigo território que hoje compreende o Estado de Alagoas, que desde pelo menos princípios do século XVIII já vinha demonstrando essas particularidades. Meu objetivo dentro do grupo é entender a formação e distribuição dos cargos políticos e, consequentemente, a formação das elites alagoanas com sua gênese no período colonial, só que para isso preciso primeiro buscar as origens e o conceito de nobreza, importantes para essa formação. Portanto, pretende-se neste artigo fazer uma breve conceituação da nobreza portuguesa, relacionando-a com o tipo de nobreza que se criou nas * Graduando em História Bacharelado pela Universidade Federal de Alagoas, bolsista PIBIC/FAPEAL.

2 2 terras ultramarinas, especificamente na Comarca de Alagoas, usando como exemplo documentação primária, proveniente do arquivo histórico ultramarino. O Conceito de Nobreza Segundo Jacques LeGoff, a origem da nobreza encontra-se na idade média, precisamente no ano Ele afirma que a mesma está ligada ao poder, à riqueza, mas essencialmente repousa no sangue. É uma classe de prestigio, preocupada em manifestar sua posição (LEGOFF, 2007:81). No caso português, José Mattoso avalia entre os séculos XI e XIV como sendo um período suficientemente vasto, coerente e significativo (MATTOSO, 1987:14) para o estudo de sua nobreza medieval, pois trata-se do principio da dinastia Navarra em Leão até a revolução que concede o trono português a uma nova família (IDEM, IBIDEM). Da idade média até os tempos modernos este conceito foi mudando, tanto é que LeGoff chegou a afirmar que a nobreza na Europa da era moderna e contemporânea é nada mais do que a sombra do que era na idade média, o que de fato não deixa de ter razão, porém deve-se levar em consideração que com o surgimento dos Estados modernos, cada reino constituirá seu próprio tipo de nobreza, o que pode ser visto em Perry Anderson, sobre os Estados absolutistas europeus 1. Mas não pretendo me alongar neste quesito. A categoria de nobre em Portugal apresenta algumas diferenças em relação a sua conquista no atlântico. Por exemplo, diferente do reino, não existia no Brasil a chamada nobreza hereditária ou de sangue, pois afirmava-se que o povoamento do território fora feito em sua maioria por degredados, ou seja, indivíduos considerados marginais na metrópole por ter cometido algum tipo de delito grave para a época, tendo por isso recebido tal punição. Se alguns desses indivíduos eram nobres, provavelmente perdiam seu status ao chegar ao território que ainda não possuía esta referência. Como citarei a seguir, um dos privilégios da nobreza em Portugal era poder estar à presença do rei, portanto, nenhum deles iria querer presenciar o processo de povoamento da América lusa. Porém Maria Beatriz N. Silva afirma o contrário quando diz que o Brasil não fora inicialmente apenas uma terra de degredo, uma vez que também atraia os nobres do reino (SILVA, 2005:39) e critica alguns historiadores por não dedicarem parcela maior de sua atenção a pesquisas documentais referentes à 1 Nessa obra, Perry Anderson faz uma análise, sob um ponto de vista Marxista, das diversas formas de absolutismo que surgiram na Europa, ocidental e oriental, como a Itália, Inglaterra, Prússia, entre outros.

3 3 nobiliarquia e dar devido valor ao trabalho de memorialistas, continuando a afirmar a exclusividade ao degredo com que o Brasil fora tratado. Não uma terra de degredo, e sim de promessas dadas a quem prestasse serviços na colônia. Rodrigo Ricupero afirma que os vassalos das partes do Brasil, nascidos no reino ou na colônia, ávidos pelas recompensas, procuravam de todas as formas fazerem jus a elas, assumindo os mais variados encargos do processo de colonização (RICUPERO, 2008:70). Os responsáveis pelo desenvolvimento das conquistas, ou seja, os capitães donatários e sesmeiros, esses tornavam-se nobres a partir da concessão do rei. Eram nobres políticos, os quais podiam a partir daí, independente da coroa, formar sua nobiliarquia familiar, podendo assim passar seus privilégios de geração em geração. Havia citado anteriormente a questão da linhagem do nobre, pois bem, em Portugal existiam dois tipos de nobre, um que assenta na linhagem, passada de pai para filho, e que se chamava nobreza natural; e outra, a nobreza civil ou política, concedida pelo monarca (OLIVEIRA apud SILVA, 2005:16) sendo esta última o que vemos acontecer nos territórios ultramarinos. E o modo como ela era concedida pode ser visto na explicação de Maria Beatriz: A vontade do rei em transformar alguém em nobre aparecia, segundo os tratadistas da nobreza, de duas maneiras: uma expressa, a outra tácita. A primeira ocorria quando o monarca, de palavra ou por escrito, declarava alguém fidalgo, cavaleiro ou simplesmente nobre. A segunda forma tinha lugar quando fosse conferida a um individuo alguma dignidade, posto ou emprego que de ordinário costume andar em gente nobre. (IDEM:18). Podemos ver então, de forma pertinente, essa diferença entre uma categoria e outra de nobre, nas palavras de Antonio Caetano: ( ) a nobreza de sangue era pautada pela hereditariedade da condição nobiliárquica, ou seja, os filhos herdavam do pai o estatuto de nobreza, não necessitando do monarca para poder revesti-la. Por outro lado, a nobreza civil ou política era aquela surgida seja através da compra do título, seja pela concessão desse mesmo estatuto pelo rei. ( ) No entanto, a nova condição atribuída pelo rei ( ) não igualava o nobre civil ao nobre de sangue, o que desqualificava o primeiro como um nobre verdadeiro ( ). (CAETANO, 2009: 203). Segundo o mesmo, o papel da nobreza na sociedade do antigo regime português ( ) era o de auxiliar o rei na defesa do reino, evitando as guerras e conflitos. (IDEM: 201). Mas, para cumprir esse papel, a nobreza exigia algo de seu soberano, que consistia nos privilégios e mercês, os quais dotavam-na de status e prestígio. Tais privilégios, como os títulos, por exemplo, eram distribuídos de acordo com a consideração que o rei tinha em relação a pessoa

4 4 ou aos seus serviços prestados, seja no âmbito militar, social, religioso e administrativo (IDEM:203). Laura de Mello e Souza também enxerga isso afirmando que sangue nobre, pertencimento a redes familiares, idade madura e experiência militar (MELLO e SOUZA, 2009:75) eram requisitos para se obter um cargo por exemplo. Tais títulos eram pouco distribuídos, e os poucos que o tinham gozavam de privilégios frente à corte, o que Maria Beatriz chama de prerrogativas da grandeza (SILVA, 2005:15). Assim, o nobre podia sentar-se à presença do rei, além de receberem os chamados assentamentos, quantias da fazenda real. Na metrópole, os principais títulos adquiridos eram os de duque, marquês e conde, já no Brasil, como afirma Maria Beatriz, não é este tipo de nobreza a relevante (IDEM:16). Uma das discussões que vemos tomar força no meio acadêmico é a da descentralização do poder português em relação as suas conquistas, na qual o poder soberano seria dado aos governadores gerais e das capitanias, sendo exercido quase que de forma autônoma, obtendo até autorização para tal. Sobre isso António Manuel Hespanha diz que a instituição da vice-realeza obedeceu ao propósito de dotar aos governadores ultramarinos com uma dignidade quase real, permitindo-lhes o exercício de atos de graça tal como concessão de mercês (HESPANHA, 2001:176). Como havia apontado antes, esses primeiros povoadores, os quais ficaram responsáveis pelo desenvolvimento da terra, seriam os primeiros nobres, pois além de receber seus lotes para o cultivo e distribuí-los, tornavam-se seus governadores, prestígio ganho pelos méritos que tinham com a coroa. Além do mais, esses primeiros povoadores podiam orgulharse de serem os primeiros desbravadores da terra, isso por si só já era grande prestigio, principalmente para os seus descendentes. E como foi citado anteriormente, estes podiam criar sua própria nobiliarquia, e consequentemente com seus herdeiros, uma categoria especifica da colônia de nobreza de sangue. É algo a ser estudado mais profundamente no futuro. Um dos fatos marcantes na constituição da nobreza na América portuguesa foi a formação das elites coloniais centrada na figura dos senhores de engenho, e porque não dizer nos senhores do couro e dos homens das minas. Mas o fato é que a figura que mais representou o poder da elite local e o maior prestígio de nobreza adquirido foi a do senhor de engenho, o título realmente espalhava aura de nobreza, riqueza e poder, fundada em seu controle sobre a terra e sobre as condições internas de produção (FERLINI, 2003:288). Isto porque além de representar em pessoa os responsáveis pelo desenvolvimento e cultivo da terra. Através desta, governou uma cultura a qual vingou durante séculos na economia

5 5 colonial e que existe até os dias de hoje, ou seja, a cultura do açúcar. E a explicação para esta economia ter sido a escolha certa entre os portugueses para os domínios pode ser vista nas palavras de Vera Ferlini: A coroa portuguesa (...) dominava desde o século XV a produção do açúcar com suas plantações nas ilhas do atlântico (...). Portugal já possuía experiência em sua produção; dispunha de contatos comerciais que permitiam a colocação do produto no mercado europeu; seu relacionamento com o mundo financeiro de então (...), abria-lhe linhas de crédito para os investimentos básicos; o Brasil possuía terras em abundancias e o açúcar poderia, aqui, ser produzido em larga escala (FERLINI, 1998:16-17). Ao redor dessa cultura açucareira formou-se uma estrutura social de origem patriarcal, na qual o senhor dominava, exercendo o poder e controle da região e das pessoas, principalmente dos escravos, fonte definidora de sua grandeza, e seguindo o raciocínio de Vera Ferlini, o grande definidor do status de um branco (IDEM: 79). Quanto mais escravos, mais poder e honra o senhor o possuía, ou seja, seu objetivo não era o lucro ou a racionalidade empresarial, mas a acumulação de escravos e terras, fatores de honraria e poder (IDEM, IBDEM). E continua: Senhores do mundo do açúcar, os grandes proprietários procuravam ostentar poder em roupas, cavalos, arreios, moveis, louças, cristais, mesa farta, serviçais. Arrogantes, senhores de si, donos de um modo de vida peculiar, caminhavam de chicote na mão, visitando seus domínios (IDEM:81). Como foi bem explicado pela autora, o senhor de engenho preocupava-se em acumular terras e escravos, para a manutenção de sua honra e status, e isso lhe custava caro, pois uma das características desse universo era o constante endividamento, já que eles só compravam seus acessórios fiado e gastavam mais em festas e jantares, mas mesmo assim, conseguiam manter-se poderosos. Ou seja, podemos dizer, concordando com Ferlini, que os senhores de engenho constituíram no Brasil, mais que simples categoria de empresários coloniais, cristalizando-se como potentados rurais, cujo domínio ultrapassou, e muito a esfera econômica (FERLINI, 2003:288). Alguns casos na Comarca Foi abordado anteriormente, o fato da conquista portuguesa ser um campo de promessas de mercês a quem prestasse serviços a coroa, pois bem, os indivíduos que assim

6 6 fizessem, cobrariam essas recompensas, e faziam emitindo cartas direcionadas a metrópole afim de conseguirem algum tipo de privilégio perante o rei. Rodrigo Ricupero explica como era feito: Os trabalhos realizados e, eventualmente, a serem realizados, justificavam os mais diversos tipos de pedidos (...) [os quais] eram feitos por meio de cartas, requerimentos, petições ou mesmo oralmente, nos quais eram apresentados os serviços realizados e requeridas as mercês esperadas (RICUPERO, 2008: 70). Na comarca de Alagoas, essas práticas eram correntes, sendo cargos administrativos as mercês mais desejadas pelos indivíduos em seus requerimentos, podendo-se notar na documentação algumas características de como essas pessoas justificavam seus méritos. No documento 1 do AHU (Arquivo histórico ultramarino) vemos na figura de Miguel da Cunha Leite um grande servidor da coroa: O capitão Miguel da Cunha Leite conta que tem servido a Vossa Alteza (...) havendo-se acabado em o ano de1 688 na estrada que se fez ao Palmar em que se matou setenta e tantos negros (...). Traz das minas de prata acompanhado o a embarcar ate barra e por estar a igreja matriz daquela vila por os por terra do tempo que os holandeses ocupavam a capitania de Pernambuco ser ele o primeiro motivo de se modificar dando para esse efeito de esmola sessenta mil réis (...)(AHU, Alagoas Avulsos, Documento 1, 1680). Este documento trata-se de uma informação do Conselho Ultramarino sobre os serviços de Miguel da Cunha Leite e o mesmo ocupou quatro cargos na câmara da vila das Alagoas, Juiz dos Órfãos, Escrivão da Câmara, Juiz Ordinário e Capitão de Infantaria da Ordenança. Uma primeira característica, que figurará em outros documentos, e a justificativa dos méritos para se conseguir mercê. Neste caso, dentre os bons serviços, consta-se o cerco a Palmares, assim como a luta contra os holandeses e serviços a igreja. No documento 17, o Alferes Bento Rebelo Pereira irá justificar seus serviço ao rei para conseguir a provisão do oficio de Escrivão da Correição da vila das Alagoas: Diz o Alferes Bento Rebelo Pereira, que ele serve a Vossa Majestade, no Estado do Brasil, no espaço de treze anos com bom procedimento, (...) em cuja ocasião assistiu o suplicante no porto dos franceses bastante tempo, fazendo um grande dispêndio de sua fazenda. E porque de presente se acha vago o oficio de Escrivão da Correição da dita Vila das Alagoas, e o suplicante se faz merecedor não só pela capacidade, mas também que tem servido a Vossa Majestade a tantos anos (...) (IDEM, Documento 17, 1670). No documento 92 Valerio Pereira Soares pede (...) a serventia do officio de Escrivão da Ouvidoria das Alagoas pello sumario de testemunhas incluzo Constar ter elle capacidade

7 7 inteligência e os mais Requezitos necessários para servir bem esta ocupação (IDEM, Documento 92, 1735). Há casos em que o suplicante recebe a mercê de um cargo doando donativos a fazenda real, como se vê no documento 166: Hey por bem fazer mercê ao Doutor João da Silva Oliveira a serventia do Oficio de Escrivão da Correição da Villa das Alagoas da Capitania de Pernambuco por tempo de três anos; (...) O Conselho Ultramarino o tenha assim entendido, e lhe mande passar os despachos necessários, constando-lhe primeiro haver feito entrega ao Tesoureiro da Casa da Moeda de duzentos cinquenta e cinco mil Reis, que oferece de donativo para a minha Real Fazenda (...). (IDEM, Documento 166, 1757). Outro exemplo bem constante no corpus documental são os pedidos de carta patente em cargos militares. Na maioria das vezes essas solicitações eram aceitas, vindo os documentos de solicitação em anexo às ditas cartas-patentes. Normalmente, as solicitações são justificadas por se achar vago aquele posto, seja por promoção, renúncia, ou por falecimento do antecessor. Diz João Gomes Calheiros que ele está provido pelo Governador da Capitania de Pernambuco, Manoel de Souza Tavares, em o posto de Capitão Mor da freguesia da Alagoa do Norte da mesma, Capitania que vagou por promoção de Bento da Rocha Mauricio Vandereley, ao de Capitão Mor da Vila das Alagoas, como consta da patente que oferece o posto (...) (IDEM, Documento 18, 1720). As cartas patentes geralmente vinham com os respeitos dados pelo governador da Capitania, assim como a dita nomeação junto de suas honras e graças. Vemos como exemplo, o caso de Manuel Rodrigues da Costa, o qual pede (e consegue) confirmação de patente no posto de Capitão de uma Companhia de ordenanças da vila de Alagoas, que se acha vago por renuncia de Bernardo Correia (...) (IDEM, Documento 19, 1720): Manoel de Souza Tavares, (...) Governador e Capitão General da Capitania de Pernambuco (...). Faço saber, aos que essa carta patente virem, que por quanto está vago o posto de Capitão da Infantaria da Ordenança do distrito da Vila das Alagoas, por deixação de Bernardo Correia Dantas (...) concorrem no dito Manoel Rodriguez da Costa (...) fez desta mesma companhia que anualmente esta exercendo com inteira satisfação (...), da mesma maneira e muito como deve a confiança que faço de sua pessoa. Ei por bem de o eleger e nomear como pela presente o elejo e nomeio no posto de Capitão da Infantaria da Ordenança do distrito da Vila das Alagoas (...), em virtude da faculdade que Sua Majestade me concedeu (...) para que como tal o seja e exerça e goze de todas as honras, graças, franquezas, privilégios, isenções, liberdades, que em razão do dito posto lhe tocarem (...) (IDEM, IBDEM). Nem sempre, na comarca das Alagoas, os cargos vagos eram requeridos por terceiros e nomeados aos mesmos. Havia casos particulares em que determinados cargos eram deixados

8 8 como herança pelos seus ocupantes aos seus filhos, como se os mesmos fossem sua propriedade. Isso acontecia frequentemente, Nuno Gonçalo Monteiro diz que na metrópole existiam cargos providos quer pela coroa, quer pela câmara ou pelos senhorios, que podiam ser de nomeação vitalícia ou até hereditária (...). Era o caso dos escrivães do Judicial (...) e ainda Juízes dos órfãos (...) (MONTEIRO, 1992:305). Na vila de Penedo, temos o caso de Francisco Álvares Camelo, falecido, que deixam de herança ao seu filho Francisco Álvares Camelo os cargos de Juiz e Escrivão dos Órfãos, Tabelião do Judicial e Escrivão do Conselho e Câmara da dita vila. No documento, quem faz o requerimento é sua esposa Dona Maria da Silveira: Dona Maria da Silveira fez petição a Vossa Majestade por este conselho, em que diz, (...) que foi legitimamente casada com Francisco Álvares Camelo, já falecido, e que ficou em posse (...), ficando-lhe deste matrimonio, só dois filhos, mais velho, Antonio Alvarez Bezerra, e Francisco Alvarez Camelo, e no qual nomeou seu pai os ofícios de juiz e escrivão dos órfãos, tabelião do judicial, e escrivão do conselho e câmara da vila de Penedo (...) (IDEM, Documento 2, 1689). Nota-se no documento, alguns pontos-chave que serviram para justificar o dito requerimento, o primeiro, foi exposto acima, que é o legitimo matrimônio de Dona Maria da Silveira, seguido pela condição de pobreza em que ficou depois da morte de seu marido. E o principal, o que legitima a dita herança, o alvará régio de nomeação, além de testemunhas confirmando o caso. Pelos traslados autênticos de (...) carta e alvará de Vossa Majestade, consta fazer mercê a Francisco Álvares Camelo dos ditos ofícios com faculdade, nem os nomear na pessoa que lhe parecer (...) qual os nomeou no dito seu filho (...), por conta de seu testamento. E porque por morte do dito seu marido, ficou muito desamparada e pobre, sem ter com que se sustentar, e o dito seu filho. (IDEM, IBDEM). Podemos ver no trecho a seguir, de uma forma mais direta e objetiva, a citação às testemunhas e o alvará régio, além da menção ao merecimento da suplicante a mercê: Sobre este requerimento, se pediu informação do Ouvidor Geral de Pernambuco, o qual deu por carta de 28 de julho deste presente ano e pelas testemunhas perguntadas, no papel que remetia (...) constava que o capitão Francisco Álvares Camelo proprietário dos referidos ofícios, por carta de Vossa Majestade, os nomeara no testamento com que faleceu, por alvará que tinha para poder fazer em seus filhos, Francisco Álvarez Camelo, (...) e que (...) sua mãe, e mulher do defunto, é merecidos de que Vossa majestade lhe faça mercê (...) (IDEM, IBDEM). As três testemunhas requisitadas confirmam o que foi posto acima, ou seja, a legitimidade do casamento, assim como o alvará de nomeação. É interessante notar que esse

9 9 caso dialoga com as palavras de Nuno Gonçalo já que tratamos do cargo de juiz dos órfãos. Esse caso se estende pelas décadas seguintes, no documento 151, veremos o neto de Francisco Álvares Camelo, José Camelo Bezerra de Andrade requerendo os ditos cargos à coroa, de que seu pai, Francisco Álvares Camelo, foi proprietário. Podemos notar então, que as elites alagoanas se dividiam entre os nobres que ocupavam cargos administrativos, os quais requeriam suas mercês à coroa através dos documentos. E os senhores de engenho, categoria de maior status e prestígio nas conquistas ultramarinas. Essas elites possuíam características da região, que eram usadas para solicitar títulos e mercês à metrópole, como por exemplo, as guerras de palmares e os conflitos contra os Holandeses. Outras duas características eram o acumulo de cargos e o fato de alguns desses serem tratados como a uma propriedade e serem passados como herança a outras gerações. Característica fundamental da influência européia na formação da sociedade colonial, a nobreza e as elites percorreram os séculos moldando a realidade dos trópicos, construindo os grandes sobrenomes familiares, os quais sobrevivem muitos no poder até hoje.

10 10 Referências bibliográficas. ANDERSON, Perry. Linhagens do Estado Absolutista. 3ª ed. São Paulo: Ed. Brasiliense, CAETANO, Antonio Filipe P. Entre a Sombra e o Sol. A revolta da cachaça e a crise política fluminense (Rio de Janeiro, ). Maceió: Ed. Gráfica, FERLINI, Vera Lucia A. A civilização do açúcar. 11ª ed, 1ª reimpressão. São Paulo: Ed Brasiliense, Terra, Trabalho e Poder. O mundo dos engenhos no Nordeste colonial. Bauru: EDUSC, HESPANHA, António Manuel. A constituição do Império português. Revisão de alguns enviesamentos correntes. In: FRAGOSO, João; GOUVEIA, Maria de Fátima; BICALHO, Maria Fernanda (Orgs.). O antigo regime nos trópicos. Rio de Janeiro: Civilização brasileira, LEGOFF, Jacques. As raízes medievais da Europa. 2ª ed. Petrópolis: Ed. Vozes, MATTOSO, José. A Nobreza Medieval Portuguesa. A família e o poder. 2ª ed. Lisboa: Imprensa Universitária. Editorial Estampa, MONTEIRO, Nuno Gonçalo. Os concelhos e as comunidades. IN: HESPANHA, Antonio Manoel (Coord). O antigo Regime. Vol. 4. IN MATTOSO, José (Dir). História de Portugal. Lisboa: Ed Estampa, PIERONI, Geraldo. Passagem para o purgatório. In: Revista Nossa História, Ano I, Número 4, Fevereiro, SILVA, Maria Beatriz N. da. Ser nobre na colônia. São Paulo: Ed UNESP, SOUZA, Laura de M. Política e Administração colonial: Problemas e perspectivas. IN: SOUZA, Laura de M; FURTADO, Júnia F; BICALHO, Maria Fernanda (Orgs). O Governo dos Povos. São Paulo: Alameda, Fontes documentais. Arquivo Histórico Ultramarino. Alagoas Avulsos. Documentos: 1, 2, 17, 18, 19, 92, 151, 166.

[fl. 1] Senhor, Despacho à esquerda: Como parece. Lisboa, 16 de novembro de 1689 [?] [rubrica]

[fl. 1] Senhor, Despacho à esquerda: Como parece. Lisboa, 16 de novembro de 1689 [?] [rubrica] AHU, Alagoas Avulsos, Documento 2 (Versão Adaptada) 1 Documento 2 Consulta do Conselho Ultramarino ao rei D. Pedro II sobre o requerimento de D. Maria da Silveira, viúva de Francisco Álvares Camelo, em

Leia mais

AHU, Alagoas Avulsos, Documento 34(Versão Adaptada) 1

AHU, Alagoas Avulsos, Documento 34(Versão Adaptada) 1 AHU, Alagoas Avulsos, Documento 34(Versão Adaptada) 1 Documento 34 Requerimento do Padre António Correia Pais, sacerdote do habito de São Pedro e morador do termo da vila de Alagoas, ao ouvidor e auditor-geral

Leia mais

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES - FACELI SELEÇÃO E COMENTÁRIO DE CENAS DO FILME GLADIADOR LINHARES

FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES - FACELI SELEÇÃO E COMENTÁRIO DE CENAS DO FILME GLADIADOR LINHARES FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES - FACELI SELEÇÃO E COMENTÁRIO DE CENAS DO FILME GLADIADOR LINHARES 2011 FACULDADE DE ENSINO SUPERIOR DE LINHARES FACELI Ana Cistina de Souza Pires Grasiela Sirtoli

Leia mais

Prova bimestral 4 o ANO 2 o BIMESTRE

Prova bimestral 4 o ANO 2 o BIMESTRE Prova bimestral 4 o ANO 2 o BIMESTRE HISTÓRIA Escola: Nome: Data: / / Turma: Pedro Álvares Cabral foi o comandante da primeira expedição portuguesa que chegou ao território que mais tarde receberia o nome

Leia mais

A OFERTA DE UM REI (I Crônicas 29:1-9). 5 - Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR?

A OFERTA DE UM REI (I Crônicas 29:1-9). 5 - Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR? A OFERTA DE UM REI (I Crônicas 29:1-9). 5 - Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR? Esse texto é um dos mais preciosos sobre Davi. Ao fim de sua vida,

Leia mais

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo História Olá, pessoal! Vamos conhecer, entre outros fatos, como era o trabalho escravo no Brasil? CHIQUINHA GONZAGA Programação 3. bimestre Temas de estudo O trabalho escravo na formação do Brasil - Os

Leia mais

Colégio Marista São José Montes Claros MG Prof. Sebastião Abiceu 7º ano

Colégio Marista São José Montes Claros MG Prof. Sebastião Abiceu 7º ano Colégio Marista São José Montes Claros MG Prof. Sebastião Abiceu 7º ano 1. CARACTERÍSTICAS GERAIS DO PERÍODO COLONIAL Colônia de exploração (fornecimento de gêneros inexistentes na Europa). Monocultura.

Leia mais

De que jeito se governava a Colônia

De que jeito se governava a Colônia MÓDULO 3 De que jeito se governava a Colônia Apresentação do Módulo 3 Já conhecemos bastante sobre a sociedade escravista, especialmente em sua fase colonial. Pouco sabemos ainda sobre a organização do

Leia mais

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Celso Furtado. Professor Dejalma Cremonese

FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Celso Furtado. Professor Dejalma Cremonese FORMAÇÃO ECONÔMICA DO BRASIL Celso Furtado Professor Dejalma Cremonese A ocupação econômica das terras americanas constitui um episódio da expansão comercial da Europa. O comércio interno europeu, em intenso

Leia mais

Memórias de um Brasil holandês. 1. Responda: a) Qual é o período da história do Brasil retratado nesta canção?

Memórias de um Brasil holandês. 1. Responda: a) Qual é o período da história do Brasil retratado nesta canção? Material elaborado pelo Ético Sistema de Ensino Ensino fundamental Publicado em 2012 Prova bimestral 3 o Bimestre 4 o ano história Data: / / Nível: Escola: Nome: Memórias de um Brasil holandês Nessa terra

Leia mais

AHU, Alagoas Avulsos, Documento 170(Versão Adaptada) 1

AHU, Alagoas Avulsos, Documento 170(Versão Adaptada) 1 AHU, Alagoas Avulsos, Documento 170(Versão Adaptada) 1 Documento 170 Consulta do Conselho Ultramarino ao rei [D. José] sobre o requerimento do vigário da igreja de Alagoas, Bispado de Pernambuco, padre

Leia mais

Banco de dados e website da História Colonial Alagoana

Banco de dados e website da História Colonial Alagoana 1 Banco de dados e website da História Colonial Alagoana Alex Rolim Machado Graduando em História/Ufal Colaborador PIBIC GEAC Grupo de Estudos Alagoas Colonial Prof. Orientador: Antonio Filipe Pereira

Leia mais

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã

O sucesso de hoje não garante o sucesso de amanhã Com certeza, esse final de século XX e começo de século XXI mudarão nossas vidas mais do que elas mudaram há 30-40 anos atrás. É muito difícil avaliar como será essa mudança, mas é certo que ela virá e

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA

A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA A GLOBALIZAÇÃO UM MUNDO EM MUDANÇA Que dimensões sociológicas existem numa passeio ao supermercado? A variedade de produtos importados que costumamos ver nos supermercados depende de laços econômicos

Leia mais

Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957.

Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957. Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 IDENTIFICAÇÃO Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957. FORMAÇÃO

Leia mais

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT Brasília-DF, 30 de outubro de 2006 Jornalista Ana Paula Padrão: Então vamos às perguntas, agora ao vivo, com

Leia mais

"Brasil é um tipo de país menos centrado nos EUA"

Brasil é um tipo de país menos centrado nos EUA "Brasil é um tipo de país menos centrado nos EUA" Neill Lochery, pesquisador britânico, no seu livro Brasil: os Frutos da Guerra mostrou os resultados da sua investigação histórica de um dos períodos mais

Leia mais

COMO MINIMIZAR AS DÍVIDAS DE UM IMÓVEL ARREMATADO

COMO MINIMIZAR AS DÍVIDAS DE UM IMÓVEL ARREMATADO PROLEILOES.COM COMO MINIMIZAR AS DÍVIDAS DE UM IMÓVEL ARREMATADO PROCESSOS QUE PODEM FAZER COM QUE VOCÊ CONSIGA QUITAR DÍVIDAS PENDENTES DE UM ÍMOVEL ARREMATADO EM LEILÃO, PAGANDO MENOS QUE O SEU VALOR

Leia mais

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS

CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS CARTILHA SOBRE DIREITO À APOSENTADORIA ESPECIAL APÓS A DECISÃO DO STF NO MANDADO DE INJUNÇÃO Nº 880 ORIENTAÇÕES DA ASSESSORIA JURIDICA DA FENASPS 1. Que entidades conseguiram no Supremo Tribunal Federal

Leia mais

6ª 10 4/out/11 HISTÓRIA 4º. Valor: 80

6ª 10 4/out/11 HISTÓRIA 4º. Valor: 80 6ª 10 4/out/11 HISTÓRIA 4º Valor: 80 1. A invasão holandesa no Nordeste brasileiro, ao longo do século XVII, está relacionada com a exploração de um produto trazido para o Brasil pelos portugueses. Que

Leia mais

TRIBUTO AOS MAÇONS. uma cerimônia aberta emitida pelo. Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil

TRIBUTO AOS MAÇONS. uma cerimônia aberta emitida pelo. Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil TRIBUTO AOS MAÇONS uma cerimônia aberta emitida pelo Supremo Conselho da Ordem DeMolay para a República Federativa do Brasil Segunda Edição 2008 TRIBUTO AOS MAÇONS Esta cerimônia tem por objetivo apresentar

Leia mais

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio

Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio Desvios de redações efetuadas por alunos do Ensino Médio 1. Substitua as palavras destacadas (ou mesmo aquelas que não estejam), de forma que os fragmentos abaixo fiquem mais elegantes, próximos à língua

Leia mais

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Serviço de Rádio Escuta da Prefeitura de Porto Alegre Emissora: Rádio Guaíba Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Data: 07/03/2007 14:50 Programa: Guaíba Revista Apresentação:

Leia mais

O PERFIL DO FIÉL NO CULTO AO SANTO POPULAR: O CASO CLODIMAR PEDROSA LÔ EM MARINGÁ.

O PERFIL DO FIÉL NO CULTO AO SANTO POPULAR: O CASO CLODIMAR PEDROSA LÔ EM MARINGÁ. O PERFIL DO FIÉL NO CULTO AO SANTO POPULAR: O CASO CLODIMAR PEDROSA LÔ EM MARINGÁ. VIANA, Roberto dos Santos(LERR/UEM). ANDRADE, Solange Ramos Os estudos das diferentes praticas e manifestações do catolicismo,

Leia mais

O que a Bíblia diz sobre o dinheiro

O que a Bíblia diz sobre o dinheiro Seção 2 O que a Bíblia diz sobre o A questão do e das posses é mencionada muitas vezes na Bíblia. Esta seção examina o que a Bíblia nos ensina sobre a nossa atitude para com o. Ela vai nos ajudar a considerar

Leia mais

A partir desse texto e de seus conhecimentos, responda às questões propostas.

A partir desse texto e de seus conhecimentos, responda às questões propostas. História 0 Na manhã de 12 de agosto de 1798, um panfleto revolucionário afixado em vários lugares da cidade de Salvador dizia: Povo, o tempo é chegado para vós defendêreis a vossa Liberdade; o dia da nossa

Leia mais

Notas sobre administração e a questão jurisdicional em Minas (1710 1750). Thiago Rodrigues da Silva*

Notas sobre administração e a questão jurisdicional em Minas (1710 1750). Thiago Rodrigues da Silva* Notas sobre administração e a questão jurisdicional em Minas (1710 1750). Thiago Rodrigues da Silva* Pretendo, de forma sucinta, apontar práticas administrativas e especificidades regionais. O Antigo Regime

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

O próprio secretário de saúde afirmou que seus antecessores adquiriam. medicamentos através de compras direcionadas e sem qualquer critério.

O próprio secretário de saúde afirmou que seus antecessores adquiriam. medicamentos através de compras direcionadas e sem qualquer critério. Senador Pedro Taques Discurso contas da Saúde MT (06/2013) Senhor presidente, Senhoras senadoras, senhores senadores, Amigos que nos acompanham pela Agência Senado A saúde de Mato Grosso pede socorro.

Leia mais

Informações sobre o Banif perguntas frequentes

Informações sobre o Banif perguntas frequentes Informações sobre o Banif perguntas frequentes 23 de dezembro de 2015 A. Medidas aplicadas ao Banif Banco Internacional do Funchal, SA (Banif) 1. Por que motivo foi aplicada a medida de venda em contexto

Leia mais

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria Samaria: Era a Capital do Reino de Israel O Reino do Norte, era formado pelas 10 tribos de Israel, 10 filhos de Jacó. Samaria ficava a 67 KM de Jerusalém,

Leia mais

COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO. Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção.

COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO. Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção. COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção. Modos de Produção O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus

Leia mais

(Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista. p. 18 e 39. Adaptado)

(Perry Anderson, Linhagens do Estado absolutista. p. 18 e 39. Adaptado) 1. (Fgv 2014) O paradoxo aparente do absolutismo na Europa ocidental era que ele representava fundamentalmente um aparelho de proteção da propriedade dos privilégios aristocráticos, embora, ao mesmo tempo,

Leia mais

MÓDULO 5 O SENSO COMUM

MÓDULO 5 O SENSO COMUM MÓDULO 5 O SENSO COMUM Uma das principais metas de alguém que quer escrever boas redações é fugir do senso comum. Basicamente, o senso comum é um julgamento feito com base em ideias simples, ingênuas e,

Leia mais

05/12/2006. Discurso do Presidente da República

05/12/2006. Discurso do Presidente da República , Luiz Inácio Lula da Silva, no encerramento da 20ª Reunião Ordinária do Pleno Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social Palácio do Planalto, 05 de dezembro de 2006 Eu acho que não cabe discurso aqui,

Leia mais

Período Joanino 1808-1821

Período Joanino 1808-1821 Período Joanino 1808-1821 Bloqueio Continental - 1806 Tratado de Fontainebleau - 1807 Guerras Napoleônicas Fatores Motivadores Invasão das tropas Napoleônicas - Espanha Invasão das tropas Napoleônicas

Leia mais

Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA

Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA ESCRAVIDÃO ANTIGA A escravidão é um tipo de relação de trabalho que existia há muito tempo na história da humanidade. Na Antiguidade, o código

Leia mais

Colégio dos Santos Anjos Avenida Iraí, 1330 Planalto Paulista www.colegiosantosanjos.g12.br A Serviço da Vida por Amor

Colégio dos Santos Anjos Avenida Iraí, 1330 Planalto Paulista www.colegiosantosanjos.g12.br A Serviço da Vida por Amor Colégio dos Santos Anjos Avenida Iraí, 1330 Planalto Paulista www.colegiosantosanjos.g12.br A Serviço da Vida por Amor Curso: Fundamental I Ano: 5º ano Componente Curricular: História Professor (a): Cristiane

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 24 Discurso na solenidade de entrega

Leia mais

Carta de Paulo aos romanos:

Carta de Paulo aos romanos: Carta de Paulo aos romanos: Paulo está se preparando para fazer uma visita à comunidade dos cristãos de Roma. Ele ainda não conhece essa comunidade, mas sabe que dentro dela existe uma grande tensão. A

Leia mais

Europa no Século XIX FRANÇA RESTAURAÇÃO DA DINASTIA BOURBON LUÍS XVIII CARLOS X LUÍS FELIPE ( 1824 1830 )

Europa no Século XIX FRANÇA RESTAURAÇÃO DA DINASTIA BOURBON LUÍS XVIII CARLOS X LUÍS FELIPE ( 1824 1830 ) Europa no Século XIX FRANÇA RESTAURAÇÃO DA DINASTIA BOURBON -Após a derrota de Napoleão Bonaparte, restaurou-se a Dinastia Bourbon subiu ao trono o rei Luís XVIII DINASTIA BOURBON LUÍS XVIII CARLOS X LUÍS

Leia mais

SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTA E DA DEFESA NACIONAL. Tomada de posse dos órgãos sociais do Centro de Estudos EuroDefense-Portugal

SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTA E DA DEFESA NACIONAL. Tomada de posse dos órgãos sociais do Centro de Estudos EuroDefense-Portugal INTERVENÇÃO DA SECRETÁRIA DE ESTADO ADJUNTA E DA DEFESA NACIONAL BERTA DE MELO CABRAL Tomada de posse dos órgãos sociais do Centro de Estudos EuroDefense-Portugal Lisboa, Instituto de Defesa Nacional,

Leia mais

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA

LIDERANÇA, ÉTICA, RESPEITO, CONFIANÇA Dado nos últimos tempos ter constatado que determinado sector da Comunidade Surda vem falando muito DE LIDERANÇA, DE ÉTICA, DE RESPEITO E DE CONFIANÇA, deixo aqui uma opinião pessoal sobre o que são estes

Leia mais

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida 1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida O Que Determina o Sucesso de Uma Dieta? Você vê o bolo acima e pensa: Nunca poderei comer um doce se estiver de dieta. Esse é o principal fator que levam

Leia mais

Meu nome é Elizeu Lopes, Ava Kuarahy, sou Guarani-Kaiowá, representante da

Meu nome é Elizeu Lopes, Ava Kuarahy, sou Guarani-Kaiowá, representante da Sra. Presidente do Fórum Permanente 2015 Sra. Relatora Especial para nós povos indígenas. Mba'éichapa!!! Meu nome é Elizeu Lopes, Ava Kuarahy, sou Guarani-Kaiowá, representante da Grande Assembleia Aty

Leia mais

Discussão Jurídica dos Direitos Humanos no âmbito da Saúde Pública.

Discussão Jurídica dos Direitos Humanos no âmbito da Saúde Pública. Discussão Jurídica dos Direitos Humanos no âmbito da Saúde Pública. Caroline Apª. Lasso Galhardo, 2º termo E Direito. Professor orientador: Cláudio José Palma Sanchez Resumo: A calamidade da saúde pública

Leia mais

Três grandes impérios, além de dezenas de outros povos, que encontravam-se subjugados aos grandes centros populacionais, viviam nas regiões almejadas

Três grandes impérios, além de dezenas de outros povos, que encontravam-se subjugados aos grandes centros populacionais, viviam nas regiões almejadas América Espanhola O que os Espanhóis encontraram aqui na América... Três grandes impérios, além de dezenas de outros povos, que encontravam-se subjugados aos grandes centros populacionais, viviam nas regiões

Leia mais

A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br

A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar. www.proenem.com.br A INFLUÊNCIA DA FAMÍLIA NA ESCOLHA DA PROFISSÃO Professor Romulo Bolivar www.proenem.com.br INSTRUÇÃO A partir da leitura dos textos motivadores seguintes e com base nos conhecimentos construídos ao longo

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 67 Discurso na cerimónia de outorga

Leia mais

Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra

Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra A PROIBIÇÃO DA DESPEDIDA ARBITRÁRIA NAS LEGISLAÇÕES NACIONAIS: UMA PERSPECTIVA DE DIREITO COMPARADO * Halton Cheadle ** Distintos convidados e demais pessoas nesta sala, é uma grande honra para mim estar

Leia mais

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV 1ª Edição (v1.4) 1 Um projeto de segurança bem feito Até pouco tempo atrás o mercado de CFTV era dividido entre fabricantes de alto custo

Leia mais

IDENTIDADE DE POLÍTICOS E DESENVOLVIMENTO DE LONGO- PRAZO

IDENTIDADE DE POLÍTICOS E DESENVOLVIMENTO DE LONGO- PRAZO IDENTIDADE DE POLÍTICOS E DESENVOLVIMENTO DE LONGO- PRAZO Aluno: Isabela Salgado Silva Pereira Orientador: Claudio Ferraz Introdução É de consentimento geral que o nível de desenvolvimento econômico de

Leia mais

Dia 4. Criado para ser eterno

Dia 4. Criado para ser eterno Dia 4 Criado para ser eterno Deus tem [...] plantado a eternidade no coração humano. Eclesiastes 3.11; NLT Deus certamente não teria criado um ser como o homem para existir somente por um dia! Não, não...

Leia mais

BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL)

BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL) BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL) Resumo A série apresenta a formação dos Estados europeus por meio da simbologia das cores de suas bandeiras. Uniões e cisões políticas ocorridas ao longo

Leia mais

Apresentação. O Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais

Apresentação. O Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais Apresentação O Cartório de Registro Civil das Pessoas Naturais A Corregedoria da Justiça apresenta aos cidadãos do Distrito Federal a série Conversando Sobre Cartórios, onde as dúvidas mais freqüentes

Leia mais

Exercícios Teóricos Resolvidos

Exercícios Teóricos Resolvidos Universidade Federal de Minas Gerais Instituto de Ciências Exatas Departamento de Matemática Exercícios Teóricos Resolvidos O propósito deste texto é tentar mostrar aos alunos várias maneiras de raciocinar

Leia mais

EIXO TEMÁTICO I: HISTÓRIAS DE VIDA, DIVERSIDADE POPULACIONAL E MIGRAÇÕES.

EIXO TEMÁTICO I: HISTÓRIAS DE VIDA, DIVERSIDADE POPULACIONAL E MIGRAÇÕES. EIXO TEMÁTICO I: HISTÓRIAS DE VIDA, DIVERSIDADE POPULACIONAL E MIGRAÇÕES. Tema 1: Histórias de vida, diversidade populacional (étnica, cultural, regional e social) e migrações locais, regionais e intercontinentais

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais

A porta de entrada para você receber os benefícios dos programas sociais do Governo Federal.

A porta de entrada para você receber os benefícios dos programas sociais do Governo Federal. A porta de entrada para você receber os benefícios dos programas sociais do Governo Federal. Para que serve o Cadastro Único? O Cadastro Único serve para que as famílias de baixa renda possam participar

Leia mais

Portugal e Brasil no século XVII. Domínio espanhol no Brasil(1580-1640)

Portugal e Brasil no século XVII. Domínio espanhol no Brasil(1580-1640) Portugal e Brasil no século XVII Domínio espanhol no Brasil(1580-1640) O domínio espanhol. Em 1580, o rei de Portugal, D. Henrique, morreu sem deixar herdeiros ( fim da dinastia de Avis) surgiram disputas

Leia mais

POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR?

POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR? POR QUE FAZER ENGENHARIA FÍSICA NO BRASIL? QUEM ESTÁ CURSANDO ENGENHARIA FÍSICA NA UFSCAR? Póvoa, J. M, Ducinei Garcia Departamento de Física - Universidade Federal de São Carlos Via Washington Luiz, Km

Leia mais

Colorindo Missões. Para obter este recurso em português e em outras línguas, visite: www.colorindomissoes.blogspot.com.br

Colorindo Missões. Para obter este recurso em português e em outras línguas, visite: www.colorindomissoes.blogspot.com.br Colorindo Missões Olá irmãos! É com felicidade que apresentamos a vocês a revista Colorindo Missões, uma revista totalmente gratuita de atividades para crianças, que tem como objetivo ensiná-las, de forma

Leia mais

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO

2015 O ANO DE COLHER ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO ABRIL - 1 A RUA E O CAMINHO Texto: Apocalipse 22:1-2 Então o anjo me mostrou o rio da água da vida que, claro como cristal, fluía do trono de Deus e do Cordeiro, no meio da RUA principal da cidade. De

Leia mais

Mineração e a Crise do Sistema Colonial. Prof. Osvaldo

Mineração e a Crise do Sistema Colonial. Prof. Osvaldo Mineração e a Crise do Sistema Colonial Prof. Osvaldo Mineração No final do século XVII, os bandeirantes encontraram ouro na região de Minas Gerais Grande parte do ouro extraído era de aluvião, ou seja,

Leia mais

3 Dicas Poderosas Para Investir Em Ações. "A única maneira de fazer um grande trabalho é. amar o que você faz." Steve Jobs. Por Viva e Aprenda 2

3 Dicas Poderosas Para Investir Em Ações. A única maneira de fazer um grande trabalho é. amar o que você faz. Steve Jobs. Por Viva e Aprenda 2 "A única maneira de fazer um grande trabalho é amar o que você faz." Steve Jobs Por Viva e Aprenda 2 Por Viva e Aprenda Declaração De Ganhos Com O Uso De Nossos Produtos A empresa O Segredo Das Ações"

Leia mais

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no

Brasil. 5 O Direito à Convivência Familiar e Comunitária: Os abrigos para crianças e adolescentes no Introdução A convivência familiar e comunitária é um dos direitos fundamentais 1 garantidos pelo Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA, 1990). A lei ainda enfatiza que: Toda criança ou adolescente

Leia mais

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de Junho de 2010

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de Junho de 2010 INTERVENÇÃO DO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OEIRAS Dr. Isaltino Afonso Morais Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de Junho de 2010 LOCAL: Figueirinha, Oeiras REALIZADO

Leia mais

GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA A

GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA A A GERAÇÃO DO CONHECIMENTO Transformando conhecimentos em valores www.geracaococ.com.br Unidade Portugal Série: 6 o ano (5 a série) Período: MANHÃ Data: 12/5/2010 PROVA GRUPO GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA

Leia mais

II Encontros Coloniais Natal, de 29 a 30 de maio de 2014

II Encontros Coloniais Natal, de 29 a 30 de maio de 2014 Meu ofício, moeda e sustento: notas sobre propriedade de ofícios em Pernambuco no período post-bellum Aledson Manoel Silva Dantas Graduando em História, UFRN Orientadora: Carmen Margarida Oliveira Alveal

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca Visita às Obras da Vila Brejal Minha

Leia mais

ATÉ QUANDO ESPERAR: DESLIZAMENTOS DE SENTIDOS ENTRE O RELIGIOSO E O DISCURSO CAPITALISTA

ATÉ QUANDO ESPERAR: DESLIZAMENTOS DE SENTIDOS ENTRE O RELIGIOSO E O DISCURSO CAPITALISTA ATÉ QUANDO ESPERAR: DESLIZAMENTOS DE SENTIDOS ENTRE O RELIGIOSO E O DISCURSO CAPITALISTA Felipe Souza Ferraz 1 Silvia Regina Nunes 2 INTRODUÇÃO Durante os anos 1960 e 1970, a MPB desempenhou um importante

Leia mais

Período pré-colonial

Período pré-colonial CHILE Período pré-colonial O navegador português Fernão de Magalhães, a serviço do rei da Espanha, foi o primeiro europeu a visitar a região que hoje é chamada de Chile. Os mapuches, grande tribo indígena

Leia mais

TER NOÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE UMA NAÇÃO

TER NOÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE UMA NAÇÃO TER NOÇÃO DA CONSTRUÇÃO DE UMA NAÇÃO Por: Edson Incopté * 18.05.2008 Como se pode desejar o desenvolvimento sem termos a real noção do que de facto aconteceu, acontece e o que realmente queremos?!

Leia mais

A Rainha, o guarda do tesouro e o. papel que valia muito ouro

A Rainha, o guarda do tesouro e o. papel que valia muito ouro A Rainha, o guarda do tesouro e o papel que valia muito ouro Há muito, muito tempo atrás, havia uma rainha que governava um reino chamado Portugal. Essa rainha chamava-se D. Maria I e como até tinha acabado

Leia mais

Senhor Presidente e Senhores Juízes do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, Senhores Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal Administrativo,

Senhor Presidente e Senhores Juízes do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias, Senhores Juízes Conselheiros do Supremo Tribunal Administrativo, Intervenção do Presidente do Supremo Tribunal Administrativo Conselheiro Manuel Fernando dos Santos Serra por altura da visita de uma Delegação do Tribunal de Justiça das Comunidades Europeias Supremo

Leia mais

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A PATERNIDADE GERALMENTE FEITAS POR MÃES

PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A PATERNIDADE GERALMENTE FEITAS POR MÃES PERGUNTAS E RESPOSTAS SOBRE A PATERNIDADE GERALMENTE FEITAS POR MÃES P. O QUE É A PATERNIDADE? R. Paternidade significa ser um pai. A determinação da paternidade significa que uma pessoa foi determinada

Leia mais

CADERNO DE ATIVIDADES

CADERNO DE ATIVIDADES COLÉGIO ARNALDO 2014 CADERNO DE ATIVIDADES HISTÓRIA Aluno (a): 5º ano Turma: Professor (a): Valor: 20 pontos CONTEÚDOS As fontes históricas Patrimônios históricos Da extração à plantação do pau-brasil

Leia mais

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns VOCÊ ESTÁ PREPARADO PARA CONVIVER COM OS HUMANOS APRIMORADOS? http://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=voce-esta-preparado-conviver-humanosaprimorados&id=010850090828 Redação do

Leia mais

A Maquina de Vendas Online É Fraude, Reclame AQUI

A Maquina de Vendas Online É Fraude, Reclame AQUI A Maquina de Vendas Online É Fraude, Reclame AQUI Muitas pessoas me perguntam se a maquina de vendas online é fraude do Tiago bastos funciona de verdade ou se não é apenas mais uma fraude dessas que encontramos

Leia mais

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural

O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural O Sindicato de trabalhadores rurais de Ubatã e sua contribuição para a defesa dos interesses da classe trabalhadora rural Marcos Santos Figueiredo* Introdução A presença dos sindicatos de trabalhadores

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema

1. Introdução. 1.1 Contextualização do problema e questão-problema 1. Introdução 1.1 Contextualização do problema e questão-problema A indústria de seguros no mundo é considerada uma das mais importantes tanto do ponto de vista econômico como do ponto de vista social.

Leia mais

Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de

Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de Israel por um período de seis anos (Jz 2:7 ). Jefté viveu em Gileade e foi

Leia mais

O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO

O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO 5.11.05 O TIGRE E A DEMOCRACIA: O CONTRATO SOCIAL HISTÓRICO Luiz Carlos Bresser-Pereira Primeira versão, 5.11.2005; segunda, 27.2.2008. No século dezessete, Hobbes fundou uma nova teoria do Estado que

Leia mais

A Música na Antiguidade

A Música na Antiguidade A Música na Antiguidade Josemar Bessa A palavra música deriva de arte das musas em uma referência à mitologia grega, marca fundamental da cultura da antigüidade ocidental. No entanto muitos estudiosos

Leia mais

500 anos: O Brasil- Um novo mundo na TV

500 anos: O Brasil- Um novo mundo na TV 500 anos: O Brasil- Um novo mundo na TV Episódio 3: Encontro no além-mar Resumo A série discute temas históricos, alternando a narrativa com encenações de bonecos animados que resgatam o contexto da época

Leia mais

Eixo Anhanguera-Bandeirantes virou polo lean, diz especialista

Eixo Anhanguera-Bandeirantes virou polo lean, diz especialista Eixo Anhanguera-Bandeirantes virou polo lean, diz especialista Robson Gouveia, gerente de projetos do Lean Institute Brasil, detalha como vem evoluindo a gestão em empresas da região O eixo Anhanguera

Leia mais

LIÇÃO 1 A SUPERIORIDADE DE CRISTO Cristo é superior a tudo e a todos, portanto, reina sobre tudo e todos Hebreus 1.1-2.18; 5.1-10

LIÇÃO 1 A SUPERIORIDADE DE CRISTO Cristo é superior a tudo e a todos, portanto, reina sobre tudo e todos Hebreus 1.1-2.18; 5.1-10 LIÇÃO 1 A SUPERIORIDADE DE CRISTO Cristo é superior a tudo e a todos, portanto, reina sobre tudo e todos Hebreus 1.1-2.18; 5.1-10 1. Pesquise cinco passagens no Antigo Testamento que anunciem o Messias,

Leia mais

E-book Grátis Como vender mais?

E-book Grátis Como vender mais? E-book Grátis Como vender mais? Emissão: 27/01/2015 Responsável: Luiz Carlos Becker Filho Cargo: Diretor Executivo E-book Grátis Como vender mais? Esse conteúdo pode realmente lhe ajudar: Premissas: Olá,

Leia mais

Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de assinatura de atos e declaração à imprensa

Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de assinatura de atos e declaração à imprensa , Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de assinatura de atos e declaração à imprensa Porto Príncipe-Haiti, 28 de maio de 2008 Meu caro amigo, presidente René Préval, presidente da República do

Leia mais

18/11/2005. Discurso do Presidente da República

18/11/2005. Discurso do Presidente da República Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de entrega de certificado para os primeiros participantes do programa Escolas-Irmãs Palácio do Planalto, 18 de novembro de 2005

Leia mais

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo

Freelapro. Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Palestrante: Pedro Quintanilha Freelapro Título: Como o Freelancer pode transformar a sua especialidade em um produto digital ganhando assim escala e ganhando mais tempo Quem sou eu? Eu me tornei um freelancer

Leia mais

Estórias de Iracema. Maria Helena Magalhães. Ilustrações de Veridiana Magalhães

Estórias de Iracema. Maria Helena Magalhães. Ilustrações de Veridiana Magalhães Estórias de Iracema Maria Helena Magalhães Ilustrações de Veridiana Magalhães 2 Era domingo e o céu estava mais azul que o azul mais azul que se pode imaginar. O sol de maio deixava o dia ainda mais bonito

Leia mais

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO

CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO TURMA ANO INTRODUÇÃO PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, ADMINISTRAÇÃO E ECONOMIA DISCIPLINA: ESTRUTURA E ANÁLISE DE CUSTO CÓDIGO CRÉDITOS PERÍODO PRÉ-REQUISITO

Leia mais

Existem duas teorias sobre a origem da cidade de Roma: Origem histórica Origem mitológica

Existem duas teorias sobre a origem da cidade de Roma: Origem histórica Origem mitológica Roma 1. Localização Roma se localiza na Península Itálica, na qual o rio Tibre é o seu segundo rio mais largo e atravessa toda a cidade de Roma indo desaguar no mar Tirreno. 2. Origem de Roma Existem duas

Leia mais

TIPOS DE RELACIONAMENTOS

TIPOS DE RELACIONAMENTOS 68 Décima-Segunda Lição CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS DE QUALIDADE Quando falamos de relacionamentos, certamente estamos falando da inter-relação de duas ou mais pessoas. Há muitas possibilidades de relacionamentos,

Leia mais

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados

Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados Motivos de transferência do negócio por parte dos franqueados Por Maria Teresa Somma Com o intuito de entender os motivos que levam franqueados a transferir o seu negócio, foi realizada uma pesquisa exploratória

Leia mais

ED WILSON ARAÚJO, THAÍSA BUENO, MARCO ANTÔNIO GEHLEN e LUCAS SANTIGO ARRAES REINO

ED WILSON ARAÚJO, THAÍSA BUENO, MARCO ANTÔNIO GEHLEN e LUCAS SANTIGO ARRAES REINO Entrevista Cláudia Peixoto de Moura Nós da Comunicação tendemos a trabalhar com métodos qualitativos, porque, acredito, muitos pesquisadores desconhecem os procedimentos metodológicos quantitativos ED

Leia mais