PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)"

Transcrição

1 AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) PRODUTO 08:SISTEMA DE GERENCIAMENTO PROPOSTOPARA RCCV ARM_TEC_02_08_RCCV_REL_04_ Consórcio: Outubro de 2015

2 PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) Consórcio: Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte Consórcio: IDP FERREIRA ROCHA Status: Externo Título do documento: Produto 08: sistema de gerenciamento proposto para RCCV Nome/código: ARM_TEC_02_08_RCCV_REL_04_ Versão: 4 Elaboração: Equipe Técnica Consócio IDP FR Data: 25/10/2015 Revisão: Equipe Técnica Consócio IDP FR Data: 27/10/2015 Aprovação: Jesús Blasco Data: 28/10/2015 Observações: Aprovação do Gestor: Nome: Gustavo Batista de Medeiros Data da Aprovação: Visto:

3 APRESENTAÇÃO O presente documento, formalmente denominado Sistema de Gerenciamento Proposto ou Produto 08, é o sexto Produto da Fase 02 do PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV). Este produto foi elaborado pelo Consórcio formado pelas empresas IDP Engenharia e Arquitetura Iberia e Ferreira Rocha - Gestão de Projetos Sustentáveis (Consórcio IDP Ferreira Rocha) sob coordenação da Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte (ARMBH) e seu Grupo de Acompanhamento (GA). Como definido inicialmente, a elaboração do Plano está estruturada em três fases: Fase 01: Diagnóstico da situação atual dos RCCV na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) e Colar Metropolitano de Belo Horizonte; Fase 02: Elaboração de proposta para a gestão e gerenciamento dos RCCV; e Fase 03: Preparação para elaboração e implantação das alternativas para gestão e gerenciamento dos RCCV. O prazo previsto para a conclusão do projeto é de 22 (vinte e dois) e seu término foi previsto para outubro de A Fase 01, finalizada em setembro de 2014, apresentou o Diagnóstico da Situação Atual dos RCCV na RMBH e Colar Metropolitano de Belo Horizonte e, por sua vez, foi composta por três Produtos, além de um Resumo Executivo, conforme esquema apresentado na Figura 1. Fase O Produto 01: Diagnóstico 04 descreverá da situação as diferentes atual etapas dos RCCV que na fazem RMBH parte e Colar da gestão Metropolitano integrada de BH dos resíduos dos serviços de saúde para o seu gerenciamento intra estabelecimento, focando nos requisitos mínimos para o acondicionamento, Produto segregação, 02: transporte intra Produto estabelecimento, 00: Balizamento armazenamento Produto 01: externo Geração e e transporte Levantamento externo de dos planos mesmos. Resumo Executivo: técnico, legal e fluxo de gestão e e projetos, executados e Síntese analítica de metodológico para gerenciamento dos em execução, para dados e informações elaboração do Plano RCCV gestão e gerenciamento Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado, Elaboração Própria, Consórcio dos IDP RCCV FR, Figura 1 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o gerenciamento, tratamento e disposição final dos RCCV. Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, 2014.

4 A Fase 02, iniciada paralelamente a etapa final da Fase 01 com a elaboração do Produto 03, é composta por seis Produtos e um resumo executivo, conforme descrito de forma sintética na Figura 2 e no organograma geral de todos os Produtos que compõe o Plano. Fase 02: Elaboração de proposta para o manejo, tratamento e disposição final dos RCCV Produto 03 - Benchmarking Referencial Nacional e Internacional de Gestão e Gerenciamento de RCCV Produto 04 - Alternativa de Gestão e Gerenciamento de RCCV recomendada Produto 05 - Alternativas para o Transbordo, Tratamento e Disposição Final Produto 06 - Áreas Favoráveis para Instalação de Infraestruturas de RCCV Produto 07 - Possibilidades de Implantação de Soluções Integradas Produto 08 - Sistema de Gerenciamento Proposto Resumo Executivo Figura 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o gerenciamento, tratamento e disposição final dos RCCV. Fonte: Plano de Trabalho Atualizado aprovado, Elaboração Própria, Consórcio IDP FR, O Produto 08 propõe o Sistema de gerenciamento dos RCCV da Região e Colar Metropolitano de Belo Horizonte. A trajetória para a construção do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de RCCV conta com o levantamento e compreensão de dados secundários e também com informação de âmbito primário de diagnóstico, como estabelecido em Produtos anteriores, sendo eles: Produto 00 - Planejamento Técnico e Conteúdo Introdutório Referente aos Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV), Produto 01 - Tipologia / Atividade, Geração, e Custo Referente aos RCCV, Produto 02 - Levantamento de planos e projetos, executados e em execução, para gestão e gerenciamento dos RCCV, Produto 03 - Benchmarking Internacional e Nacional Referencial RCCV, Produto 04 - Alternativa de Gestão e Gerenciamento de RCCV RSS recomendada, Produto 05 - Alternativas para o Transbordo, Tratamento e Disposição Final dos RCCV, Produto 06: Áreas favoráveis para instalação de infraestruturas de RCCV, Produto 07: Possibilidades de implantação de soluções integradas de RCCV e Produto 08: Sistema de gerenciamento proposto para RCCV. Todos elaborados pelo Consórcio IDP Ferreira Rocha. O objetivo da elaboração deste Produto 08 é proceder à análise de custos e viabilidade econômica para as alternativas de gestão e gerenciamento dos RCCV na RMBH e CM possuindo um caráter dinâmico e podendo ser complementado em função das necessidades técnicas específicas, buscando ser um instrumento que, junto aos mecanismos e infraestruturas já implantados na região, possa contribuir para implementação do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV).

5 Figura 3 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP). Fonte: Elaboração Própria. Consórcio IDP Ferreira Rocha, Pag. 5

6 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO... 3 SUMÁRIO... 6 DEFINIÇÕES... 8 ABREVIATURAS LISTA DE QUADROS LISTA DE FIGURAS INTRODUÇÃO BASE LEGAL E NORMATIVA PARA OS RCCV METODOLOGIA ESTUDO DE CONCEPÇÃO E VIABILIDADE CUSTOS DE INVESTIMENTOS CUSTOS DE OPERAÇÃO RECEITA POTENCIAL BENEFÍCIOS DIRETOS E INDIRETOS PARA A POPULAÇÃO ATINGIDA E PARA OS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS APORTE DE RECURSOS FINANCEIROS DE FONTES PÚBLICAS E PRIVADAS PRAZOS PARA EXECUÇÃO DOS INVESTIMENTOS PREVISTOS ALTERNATIVAS TÉCNICAS CONCEPÇÃO DAS ALTERNATIVAS INTEGRADAS ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA REDE DE PONTOS LIMPOS (URPV) ÁREA DE TRANSBORDO ÁREA DE TRIAGEM E TRANSBORDO UNIDADE DE TRATAMENTO CERÂMICO E PRODUÇÃO DE CDR UNIDADE DE TRATAMENTO DE MADEIRA E PAPEL UNIDADE DE PRODUÇÃO DE AGREGADO RECICLADO UNIDADE DE ATERRAMENTO ANÁLISE GLOBAL DOS INVESTIMENTOS AUTO SUSTENTABILIDADE DAS SOLUÇõES TÉCNICAS ANÁLISE DE CUSTO/BENEFÍCIO ANÁLISE DE MERCADO CLIENTES/FORNECEDOR CONCORRENTES DIRETOS E INDIRETOS FORNECEDORES ANÁLISE DE RISCO E PLANO DE CONTROLE DOS POTENCIAIS RISCOS RISCOS NO SETOR DE CONSTRUÇÃO RISCOS ECONÔMICOS E DE NEGÓCIO RISCOS SOCIOAMBIENTAIS E CULTURAIS COMPARAÇÃO DOS CUSTOS DE DISPOSIÇÃO FINAL PARA TODAS AS TECNOLOGIAS CUSTOS DE DISPOSIÇÃO FINAL CUSTOS DE RECICLAGEM Pag. 6

7 9.3 PREÇOS DE VENDA CUSTOS DE REUTILIZAÇÃO CONDIÇÕES PARA VIABILIZAR O REAPROVEITAMENTO E A RECICLAGEM DE RCCV ADOÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS PARA A GESTÃO DE RCCV NORMAS TÉCNICAS, LEGISLAÇÃO E RESPONSABILIDADES CONTROLE PREVENTIVO MUNICIPAL PARA A GESTÃO e GERENCIAMENTO DE RCCV ADEQUAÇÃO/FECHAMENTO DE ATIVIDADES IRREGULARES DE GERENCIAMENTO DE RCCV INCENTIVO AOS SISTEMAS DE RETORNO DE EMBALAGEM DE CONSTRUÇÃO INCENTIVAR A RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS COM RESÍDUOS INERTES ADEQUADOS DESENVOLVIMENTO DE PLANOS DE MANEJO DE RESÍDUOS NA OBRA CONSIDERAÇÕES E RECOMENDAÇÕES REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS Anexos Anexo 1 base de dados - custos de investimentos Anexo 2 base de dados - custos de operação Pag. 7

8 DEFINIÇÕES A seguir, serão apresentadas as definições de alguns termos técnicos utilizados ao longo do documento. Acondicionamento O gerador deve garantir o confinamento dos resíduos após a geração até a etapa de transporte, assegurando em todos os casos em que seja possível, as condições para a sua reutilização e de reciclagem. Agregado reciclado Material granular proveniente do beneficiamento (trituração) de resíduos de construção Classe A com características técnicas para utilização em obras de edificação, infraestrutura, recobrimento em aterros sanitários ou outras obras de engenharia, de acordo com os critérios técnicos e orientações exigidas pela legislação vigente. Área contaminada Local onde há contaminação causada pela disposição, regular ou irregular, de quaisquer substâncias ou resíduos. Área órfã contaminada Área contaminada cujos responsáveis pela disposição não sejam identificáveis ou individualizáveis. Áreas de armazenamento transitório Área que tenha como atividade fim o armazenamento de resíduos da construção civil e volumosos em local adequado, de forma controlada e sem risco à saúde pública e ao meio ambiente, com o intuito de viabilizar sua triagem, reutilização, reciclagem ou disposição final, conforme a Normativa COPAM nº 155. Áreas de destinação de resíduos São áreas destinadas ao beneficiamento/reciclagem ou tratamento de resíduos. Áreas de disposição final de resíduos São áreas destinadas à disposição em solo de rejeitos. Áreas de reciclagem Área onde ocorre o processo de transformação de um resíduo para fins de reaproveitamento conforme a Normativa COPAM nº 155. Áreas de Triagem e Transbordo ATT Estabelecimento privado ou público destinado ao recebimento de resíduos da construção civil e volumosos, usado para triagem dos resíduos recebidos e posterior remoção para destinação adequada conforme a Normativa COPAM nº 155. Pag. 8

9 Aterro Controlado É uma fase intermediária entre o vazadouro a céu aberto (lixão) e o aterro sanitário. Os resíduos são dispostos em terreno sem impermeabilização, não dispondo de sistemas de drenagem de percolado ou gases, como exigido para os aterros sanitários. Entretanto, a operação é bastante similar ao previsto para os aterros sanitários, com espalhamento, compactação e recobrimento dos resíduos diariamente. A área é cercada sem a presença de animais e atividades de catação, ao contrário do que normalmente se verifica nos lixões. Aterro de resíduos Classe A de reserva de material para usos futuros É a área tecnicamente adequada onde serão empregadas técnicas de destinação de resíduos da construção civil Classe A no solo, visando a reserva de materiais segregados de forma a possibilitar seu uso futuro ou futura utilização da área, utilizando princípios de engenharia para confiná-los ao menor volume possível, sem causar danos à saúde pública e ao meio ambiente e devidamente licenciado pelo órgão ambiental competente (nova redação dada pela Resolução 448/12). Aterro sanitário Instalação destinada à disposição sanitária e ambientalmente segura dos resíduos sólidos urbanos do âmbito da Administração Municipal na superfície ou subterrâneo, baseados nos princípios e métodos da engenharia sanitária e ambiental. Beneficiamento Processos que tenham por objetivo agregar valor aos resíduos para sua utilização como matéria-prima ou produto. Britadores Equipamentos utilizados para o processo de britamento que consiste no uso da energia mecânica de caráter compressivo, de impacto ou de cisalhamento. Alguns tipos de britadores mais utilizados são: Britador de mandíbulas, Britador giratório e Britador de rolos. Os britadores são equipamentos usados para a redução grosseira de grandes quantidades de sólidos como materiais rochosos, carvão, vidro, etc. Bacia de Captação de Resíduos A bacia de Captação de Resíduos é a parcela da área urbana que apresenta condições homogêneas para o recebimento dos resíduos de construção ou resíduos volumosos nela gerados, em um único ponto de captação (Ponto de Entrega para Pequenos Volumes). Estes Pontos podem ser compartilhados para recebimento de outros resíduos com potencial para a logística reversa ou reciclagem. Banco de áreas para aterramento O banco de áreas para aterramento é composto por lotes ou pequenas glebas urbanas ou rurais, públicas ou particulares, que necessitam de aterramento para correção de seus relevos, em caráter definitivo e de forma adequada, com vistas à implantação de atividade requerida. A implantação desse banco de áreas deve conter, além do Pag. 9

10 cadastro das áreas disponíveis para aterramento, critérios corretos para atender à demanda de materiais limpos, definição das responsabilidades e procedimentos para o licenciamento e execução do aterramento. Também deve ser exigido dos responsáveis pelas obras o uso exclusivo dos resíduos de classe A, adequadamente triados nas instalações propostas à readequação do sistema de gestão atual. Capacidade de recebimento Capacidade máxima de recebimento do empreendimento ou atividade, a qual deverá ser informada levando-se em conta a capacidade de processamento dos equipamentos e sistemas instalados. A capacidade de recebimento deverá ser expressa necessariamente na unidade explicitada no texto descritivo do porte do empreendimento ou atividade, conforme especificado na Normativa COPAM nº 155. Caracterização É uma das etapas do Projeto de Gerenciamento de RCC e consiste na identificação e quantificação dos resíduos, de acordo com o Artigo 9º, da CONAMA 307/2002. Ciclo de vida do produto É constituído por todas as etapas relativas a um produto, desde a obtenção de matérias-primas e insumos, processo de produção, consumo, resíduos pós consumo, destinação e disposição final. Este ciclo é conhecido internacionalmente pela expressão From cradle to Grave (Do Berço ao Túmulo). Ciclones É o equipamento mais usado para coleta de poeira. Os ciclones são equipamentos utilizados para a coleta de partículas (limpeza de gases). Colar Metropolitano Conjunto de municípios pertencentes ao Colar Metropolitano da região metropolitana de Belo Horizonte, segundo o art. 3, 1, da Lei Complementar Estadual n 124/2012, bem como eventuais alterações. São eles: Barão de Cocais, Belo Vale, Bom Jesus do Amparo, Bonfim, Fortuna de Minas, Funilândia, Inhaúma, Itabirito, Itaúna, Moeda, Pará de Minas, Prudente de Morais, Santa Bárbara, São Gonçalo do Rio Abaixo, São José da Varginha Sete Lagoas. Coleta diferenciada Coleta e transporte externos de resíduos, por grupos e/ou classe de resíduos segregados no local de geração e por tipo de tratamento ou disposição final ambientalmente adequada. Coleta e transporte Externo Atividade que prevê a coleta dos resíduos sólidos por transportador devidamente registrado, cujos veículos devem contar com as autorizações previstas na legislação vigente, de âmbito local, estadual e federal, com informações de origem e destino. Os Pag. 10

11 resíduos perigosos devem sempre serem transportados separadamente por veículos especiais fechados. Coleta Interna Atividade que prevê a coleta dos resíduos sólidos desde o local de geração de uma obra, até o armazenamento temporário e/ou externo conforme determina a legislação vigente e o PMGRCC. Coleta seletiva Coleta de resíduos sólidos previamente segregados conforme sua constituição, composição ou classes previstas em norma legal. Coletor Recipiente fixo ou móvel, de capacidade variável, no qual os resíduos são depositados para seu posterior armazenamento ou transporte. Coprocessamento Técnica de destinação final, na qual se utiliza o processamento de resíduos da construção civil e volumosos como substituto parcial de matéria-prima e/ou de combustível em processos de fabricação de cimento e/ou similares. Consórcios municipais Consiste em um contrato regulamentado pela Lei Federal nº , de 6 de abril de 2005, formado por dois ou mais municípios, com adesão aprovada por lei municipal. Consultora contratada Empresa (ou Consórcio) contratada para a modelagem do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) de Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV). Contratante Órgão que contrata a elaboração da modelagem do Plano Metropolitano de Gestão Integrada de Resíduos com foco em Resíduos de Serviços de Saúde (RSS) de Resíduos da Construção Civil e Volumosos (RCCV), no caso, a Agência de Desenvolvimento da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Controle de Transporte de Resíduos (CTR) O CTR (ou MTR Manifesto de Transporte de Resíduos) é um documento emitido pelo transportador de resíduos que fornece informações sobre gerador, origem, quantidade e descrição dos resíduos e seu destino, conforme especificações das normas brasileiras NBR /2004, NBR /2004 e NBR /2004 da ABNT. Pag. 11

12 Convênio Arranjo institucional entre entes federativos de caráter associativo para atingir objetivos comuns. Depósito clandestino (Bota-fora) Área de deposição irregular de resíduos, utilizadas por transportadores de RCC-RV, que utilizam grandes áreas sem as licenças ambientais requeridas. Trata-se de atividade clandestina passível de sanções administrativas, civis e criminais. Desmonte Processo utilizado antes da demolição completa de um edifício, através do qual se realiza a extração e segregação de peças ou materiais presentes nos resíduos, de forma que cada parte possa receber a destinação mais adequada em função das suas características, sejam resíduos passíveis de reutilização, bem como os perigosos. Destinação final ambientalmente adequada Conforme a Lei /2010 considera-se destinação ambientalmente adequada de resíduos a reutilização, reciclagem, compostagem, recuperação e aproveitamento energético ou outras destinações admitidas pelos órgãos competentes do Sisnama, do SNVS e do Suasa, entre elas a disposição final, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos. Disposição final ambientalmente adequada Distribuição ordenada de rejeitos em aterros, observando normas operacionais específicas de modo a evitar danos ou riscos à saúde pública e à segurança e a minimizar os impactos ambientais adversos, conforme a definição legal presente na Política Nacional de Resíduos Sólidos. Ecoponto Ponto de Entrega para Pequenos Volumes Unidade de Recebimento de Pequenos Volumes de RCCV (URPV) Equipamento público destinado ao recebimento e triagem de pequenos volumes de resíduos da construção civil e resíduos volumosos, gerados e entregues pelos municípios ou por pequenos transportadores, sem causar danos à saúde pública e nem ao meio ambiente, observando as especificações da norma brasileira NBR /2004. Empresa prestadora de Serviços de Resíduos Sólidos (EPS-RS) Pessoa jurídica que presta serviços relacionados aos resíduos sólidos mediante uma ou várias das seguintes atividades: limpeza de vias e espaços públicos, coleta e transporte, transbordo, destinação e disposição final de resíduos sólidos. Pag. 12

13 Fragmentação de sólidos É a operação que tem por objetivo a redução do tamanho de um determinado material sólido, podendo este ser matéria prima, insumo ou produto nas diversas etapas de um processo de transformação. Existe uma grande variedade de equipamentos para a realização deste processo, que podem ser classificados de acordo com a redução do tamanho das partículas em grossos, médios e finos. Geração Momento em que se gera um material que, de acordo com a legislação vigente, é considerado resíduo. Geradores São pessoas, físicas ou jurídicas, públicas ou privadas, responsáveis por atividades que gerem resíduos, inclusive RCCV. Gerenciamento de resíduos sólidos Conjunto de ações exercidas, direta ou indiretamente, nas etapas de coleta, transporte, transbordo, tratamento e destinação final ambientalmente adequada dos resíduos sólidos e disposição final ambientalmente adequada dos rejeitos, de acordo com o plano municipal de gestão integrada de resíduos sólidos ou com o plano de gerenciamento de resíduos sólidos, exigidos na forma da Lei nº , de 2 de agosto de 2010 (nova redação dada pela Resolução 448/12). Estas ações podem ser desenvolvidas pelo poder público ou delegadas a terceiros. Gestão de resíduos sólidos Conjunto de etapas que inclui o planejamento, diretrizes, procedimentos, objetivos e metas, atribuindo responsabilidades aos geradores, de acordo com a legislação vigente, além das atividades de supervisão, monitoramento e fiscalização. Trata-se de responsabilidade pública, indelegável. Grandes geradores Pessoas físicas ou jurídicas, públicas ou privadas que gerem RCCV acima do limite diário estipulado pelo poder público municipal. Grelha vibratória São equipamentos utilizados na separação dos sólidos menores para a alimentação de britadores e rebritadores, a fim de permitir que esses equipamentos trabalhem em seus níveis máximos de capacidade. Servem para remover materiais finos do material bruto (ROM) antes do britador primário e para o escape do material antes de rebritadores. A adoção de grelhas proporciona vários benefícios, entre os quais: permite que o britador alcance sua plena capacidade de produção; reduz a capacidade nominal necessária do britador; reduz o desgaste por abrasão dos revestimentos do britador; Pag. 13

14 os materiais finos (ou particulados) formam uma camada de material que protege a correia transportadora contra o impacto direto da descarga do britador. Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) É um imposto brasileiro previsto constitucionalmente, de competência municipal, que incide sobre a propriedade predial e territorial urbana e tem como fato gerador a propriedade, o domínio útil ou a posse de bem imóvel por natureza ou por acessão física, localizado na zona urbana do município. Infraestrutura de disposição final Instalação devidamente equipada e operada que permite dispor sanitária e ambientalmente de forma segura os resíduos sólidos, mediante aterros sanitários e aterros de segurança. Infraestrutura de tratamento Instalação onde se aplicam ou operam tecnologias, métodos ou técnicas que modificam as características físicas, químicas ou biológicas dos resíduos sólidos, de maneira compatível com requisitos sanitários, ambientais e de segurança. Insalubridade São consideradas atividades ou operações insalubres aquelas que, por sua natureza, condições ou métodos de trabalho, exponham aos empregados a agentes nocivos à saúde, acima dos limites de tolerância fixados em razão da natureza e da intensidade do agente e do tempo de exposição aos seus efeitos. Lixão Denominação popular para a disposição final inadequada de resíduos sólidos, caracterizada pela sua descarga sobre o solo, sem critérios técnicos nem medidas de proteção ambiental adequadas à saúde pública. É o mesmo que vazadouro ou descarga a céu aberto. Logística reversa Instrumento de desenvolvimento econômico e social caracterizado por um conjunto de ações, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituição dos resíduos sólidos pós consumo ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinação final ambientalmente adequada. Manejo de resíduos sólidos Toda atividade técnica operacional de resíduos sólidos que envolva o manuseio, acondicionamento, segregação, transporte, armazenamento, transferência, tratamento, disposição final ou qualquer outro procedimento técnico operacional utilizado desde a geração até a destinação e disposição final dos mesmos. Pag. 14

15 Material valorizado Material segregado e submetido, ou não, a outros processos que agreguem valor, para serem utilizados como matéria prima. Minimização Ação de reduzir ao mínimo possível o volume e periculosidade dos resíduos sólidos, através de qualquer estratégia preventiva, procedimento, método ou técnica utilizada na atividade geradora. Misturadores Equipamentos destinados à mistura de pós e grãos. Não degrada o produto e possui ampla acessibilidade para limpeza e descontaminação. Pá Carregadeira Trator escavo-carregador usado para amontoar terra, entulho, lama, lixo e carregar os veículos em operação nas vias públicas e nos aterros sanitários. Padrões sustentáveis de produção e consumo Produção e consumo de bens e serviços de forma a atender as necessidades das atuais gerações e permitir melhores condições de vida, sem comprometer a aplicação ambiental e o atendimento das necessidades das gerações futuras. Parceria Público-Privada (PPP) Contrato de prestação de obras ou serviços não inferior a R$ 20 milhões, com duração mínima de 5 e no máximo 35 anos, firmado entre empresa privada e o governo federal, estadual ou municipal. Peneiramento Operação de separação mecânica de materiais com o objetivo de separar sólidos granulados de diâmetros diversos por meio da utilização de peneiras manuais. Peneira Vibratória Equipamento eletromecânico que separa materiais em diversas granulometrias, inclusive as muito finas (particulado). Neste processo, as partículas são separadas e as maiores ficam na peneira. A peneira vibratória ou tela está relacionada com as indústrias que trabalham com classificação, separação por diferentes tamanhos e seleção de materiais em misturas. Pequenos geradores São pessoas físicas que geram pequenas quantidades de RCCV, em geral até 1m³ por dia, ou um objeto de grande volume para este mesmo período. Pag. 15

16 Plano de Gerenciamento de Resíduos de Construção Civil e Volumosos Documento integrante do processo de licenciamento ambiental, baseado nos princípios da não geração de resíduos e na minimização da geração de resíduos, que aponta e descreve as ações relativas ao seu manejo, cujos procedimentos são regularizados pelas Resolução CONAMA n 307/2002, contemplando os aspectos referentes à geração, segregação, acondicionamento, coleta, armazenamento, transporte, reutilização, reciclagem, tratamento e disposição final, bem como a proteção à saúde pública e ao meio ambiente. Plano de recuperação de áreas degradadas O PRAD (Plano de Recuperação de Área Degradada) é um tipo de Estudo Ambiental que contém uma série de programas e ações que permitem minimizar o impacto ambiental causado por uma determinada atividade ou empreendimento. Tem por objetivo o retorno do sítio degradado a uma forma de utilização, de acordo com um plano preestabelecido para o uso do solo, visando à obtenção de estabilidade, em termos ambientais e de segurança. Protocolo Documento que contém um conjunto de procedimentos específicos de forma ordenada, estabelecidos para a realização de alguma atividade. Sempre possui a mesma estrutura e conteúdo. Também se emprega este termo nos protocolos dedicados às comunicações nos sistemas de automatização e controle, bem como no transporte de dados, etc. Reaproveitamento Obtenção de benefício de um material, artigo, elemento ou parte de resíduos sólidos, a partir de técnicas de reaproveitamento, tais como reciclagem, recuperação ou reutilização. Receptores de Resíduos da Construção Civil e de Resíduos Volumosos Pessoas jurídicas, públicas ou privadas, operadoras de empreendimentos, cuja função seja o manejo adequado de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos em pontos de entrega, áreas de triagem, áreas de reciclagem, aterros, entre outras. Reciclagem Ato de submeter o resíduo a um processo de transformação física, química ou biológica, obtendo um novo produto, idêntico ou não ao anterior. Rejeitos Resíduos que, depois de esgotadas todas as possibilidades de tratamento e recuperação por processos tecnológicos disponíveis e economicamente viáveis, não apresentem outra possibilidade que não a disposição final ambientalmente adequada. Pag. 16

17 Reserva de Resíduos A Reserva de Resíduos é o processo de disposição segregada de resíduos selecionados para reutilização ou reciclagem futura. Resíduos biodegradáveis São restos orgânicos que se descompõe facilmente no ambiente e que podem ser transformados facilmente em compostos orgânicos para acondicionamento de solos. Resíduos da Construção Civil - RCC Aqueles provenientes das atividades de construção, reforma, reparo ou demolição de obras de construção civil, bem como os provenientes da preparação e da escavação de terrenos para fins de construção civil, conforme especificado na Resolução CONAMA 307/2002 e na Deliberação Normativa COPAM nº 155/ Resíduos inertes São aqueles que não se descompõe e a degradação natural não ocorre ou demandaria grandes períodos de tempo. Entre estes se encontram os RCC Classe A, além do poliestireno expandido, alguns papéis e a grande maioria de plásticos. Resíduos não perigosos São aqueles gerados em qualquer lugar e no desenvolvimento de sua atividade, que não apresentam riscos para a saúde humana e/ou ao meio ambiente. Resíduos perigosos São aqueles resíduos que por suas características ou manuseio ao que serão submetidos, representam um risco significativo para a saúde ou ao ambiente. São considerados perigosos os que apresentem pelo menos uma das seguintes características: autoinflamabilidade, explosivo, corrosivo, reatividade, toxicidade ou patogenicidade, os quais podem causar dano à saúde humana e/ou ao ambiente. Também se consideram perigosos os envases e embalagens que tenham estado em contato com eles ou com substâncias ou produtos perigosos. Resíduos sólidos Material, substância, objeto ou bem descartado resultante de atividades humanas em sociedade, a cuja destinação final se procede, se propõe proceder ou se está obrigado a proceder, nos estados sólido ou semissólido, bem como gases contidos em recipientes e líquidos cujas particularidades tornem inviável o seu lançamento na rede pública de esgotos ou em corpos d água, ou exijam para isso soluções técnica ou economicamente inviáveis quanto a melhor tecnologia disponível. Resíduos volumosos (RV) Os Resíduos Volumosos (RV) são os resíduos considerados como os não provenientes de processos industriais, constituídos basicamente por material volumoso não removido pela coleta pública municipal rotineira, como móveis e Pag. 17

18 equipamentos domésticos inutilizados, grandes embalagens e peças de madeira, podas e assemelhados. Reutilização É o processo de reuso de um resíduo, sem transformação do mesmo. Segregação Ato de (após a geração) garantir a separação dos resíduos na fonte de sua geração ou posteriormente, por tipo ou classe previstos em norma. Transportadores São pessoas, físicas ou jurídicas, encarregadas da coleta e transporte dos resíduos entre as fontes geradoras e as áreas de destinação ou disposição final. Tratamento É o processo, método ou técnica que permite modificar as características físicas, químicas ou biológicas do resíduo, a fim de reduzir volume, peso ou seu perigo potencial capaz de causar danos à saúde e ao ambiente, tornando mais seguras e econômicas as condições de armazenagem, transporte e disposição final. Tratamento térmico É todo e qualquer processo cuja operação seja realizada acima da temperatura mínima de oitocentos (800) graus Celsius (CONAMA 316/2002). Triagem A triagem de resíduos consiste na operação de separação e limpeza dos diversos resíduos e/ou componentes dos resíduos de outros materiais indesejáveis, para posterior acondicionamento e envio à recuperação ou reciclagem. Usina de Triagem e Compostagem Local onde é realizada a separação manual ou mecanizada da matéria orgânica, materiais recicláveis, rejeitos e resíduos especiais presentes no lixo. A parte orgânica é destinada ao pátio de compostagem, onde é submetida a um processo de conversão biológica em adubo, e o que não pode ser aproveitado é aterrado em valas de rejeitos. Valorização Operação manual ou mecânica, desenvolvida apenas por um gestor autorizado, que permite o máximo aproveitamento de todos os recursos contidos nos resíduos da construção, com garantia de aplicação de acordo com as normas e as leis vigentes, e que permite sua reinserção no ciclo econômico e produtivo dos materiais de segundo uso. Pag. 18

19 ABREVIATURAS AAF ABNT ANTT APP AUTORIZAÇÃO AMBIENTAL DE FUNCIONAMENTO ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS AGÊNCIA NACIONAL DE TRANSPORTE TERRESTRE ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE ARMBH AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE AS BDE BID ATERRO SANITÁRIO BASES DE DESCARGA DE ENTULHO BANCO INTERAMERICANO DE DESENVOLVIMENTO BIRD BANCO INTERNACIONAL PARA RECONSTRUÇÃO E DESENVOLVIMENTO CM CONAMA CONTRAN COPAM CAPEX CTRS EPI FEAM GIRSU INCA COLAR METROPOLITANO CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DE TRÂNSITO CONSELHO ESTADUAL DE POLÍTICA AMBIENTAL CUSTOS DE INVESTIMENTO CENTRAL DE TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL FUNDAÇÃO ESTADUAL DO MEIO AMBIENTE GESTÃO INTEGRADA DOS RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS INCINERAÇÃO E CONTROLE AMBIENTAL ISO ORGANIZAÇÃO INTERNACIONAL DE NORMALIZAÇÃO (INTERNATIONAL ORGANIZATION FOR STANDARDIZATION) JBIC LA LO LP JAPAN BANK FOR INTERNATIONAL COOPERATION (BANCO JAPONES DE COOPERAÇAO INTERNACIONAL) LICENÇA AMBIENTAL LICENÇA DE OPERAÇÃO LICENÇA PRÉVIA Pag. 19

20 LPOUS MMA NBR OPEX PAC PCA PDDI-RMBH PDE PEAD PGIRCC PGIREEE PGIRPN LEI PARA PARCELAMENTO, OCUPAÇÃO E USO DO SOLO URBANO NO MUNICÍPIO DE BELO HORIZONTE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE NORMA BRASILEIRA CUSTOS OPERACIONAIS PROGRAMA DE ACELERAÇÃO DO CRESCIMENTO PLANO DE CONTROLE AMBIENTAL PLANO DIRETOR DE DESENVOLVIMENTO INTEGRADO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE POSTOS DE DESCARGA DE ENTULHO POLIETILENO DE ALTA DENSIDADE PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS DE EQUIPAMENTOS ELÉTRICOS E ELETRÔNICOS PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS PNEUMÁTICOS PGRCCV PLANO DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS PNRS RCA PRL PRAD REEE RCC RCCV RDC RMBH RSU SCO POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS RELATÓRIO DE CONTROLE AMBIENTAL PREVENÇÃO DE RISCOS LABORAIS PLANO DE RECUPERAÇÃO DE AREAS DEGRADADAS RESÍDUOS ELETROELETRÔNICOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS RESOLUÇÃO DA DIRETORIA COLEGIADA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS SISTEMA DE CUSTOS E ORÇAMENTOS Pag. 20

21 SEBRAE SLMU SLU SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS SECRETARIA MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA SUPERINTENDÊNCIA DE LIMPEZA URBANA SNIS SISTEMA NACIONAL DE INFORMAÇÕES SOBRE SANEAMENTO SMMA SECRETARIA MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE TCPO TABELA DE COMPOSIÇÃO DE PREÇOS PARA ORÇAMENTOS TIR TR UC URP URPV UTDF ZEE-MG TAXA INTERNA DE RETORNO TERMO DE REFERÊNCIA UNIDADES DE CONSERVAÇÃO UNIDADE DE RECEBIMENTO DE PNEUS UNIDADE DE COLETA DE PEQUENOS VOLUMES UNIDADE DE TRATAMENTO E DISPOSIÇÃO FINAL DE RSS ZONEAMENTO ECONÔMICO E ECOLÓGICO DO ESTADO DE MINAS GERAIS Pag. 21

22 LISTA DE QUADROS Quadro 1 - Resumo das Infraestruturas existentes e novas infraestruturas propostas Quadro 2 Relação das infraestruturas propostas por zona e por município da RMBH e CM Quadro 3 Receita potencial das unidades a partir da prestação de serviços Quadro 4 - Receita potencial das unidades a partir da comercialização de produtos.. 37 Quadro 5 Somatório da receita potencial de prestação de serviços e comercialização de produtos Quadro 6 Receitas potenciais para cada unidade, de acordo com sua capacidade produtiva Quadro 7 - Fontes de aportes públicos e privados Quadro 8 - Prazos de implantação do sistema proposto Quadro 9 - Novos aterros Classe A propostos para Região Leste Quadro 10 Novos aterros Classe A propostos para Sub-Região Norte Quadro 11 - Novos aterros Classe A propostos para Sub-região Oeste Quadro 12 - Novos aterros Classe A propostos para Sub-região Sul Quadro 13 Custos de Investimentos para implantação dos Pontos Limpos Quadro 14 - Custos Operacionais para as Unidades de Pontos Limpos Quadro 15 Demonstrativo de resultados anual para os Pontos Limpos Quadro 16 Custos de Investimentos para implantação da Unidade de Transbordo. 63 Quadro 17 - Custos Operacionais para a Unidade de Transbordo Quadro 18 Demonstrativo de resultados anual para a Unidade de Transbordo Quadro 19 Custos de Investimentos para implantação das Unidades de Triagem e Transbordo Quadro 20 - Custos Operacionais para as Unidades de Triagem e Transbordo Quadro 21 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Triagem e Transbordo Quadro 22 Custos de Investimentos para implantação da Unidade de Tratamento Cerâmico e Produção CDR Quadro 23 - Custos Operacionais para a Unidade de Tratamento Cerâmico e Produção CDR Pag. 22

23 Quadro 24 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Tratamento Cerâmico e Produção CDR Quadro 25 Custos de Investimentos para implantação das Unidades de Tratamento de Madeira e Papel Quadro 26 - Custos Operacionais para as Unidades de Unidades de Tratamento de Madeira e Papel Quadro 27 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Tratamento de Madeira e Papel Quadro 28 Custos de Investimentos para implantação das Unidades de Produção de Agregado Reciclado Quadro 29 - Custos Operacionais para as Unidades de Produção de Agregado Reciclado Quadro 30 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Produção de Agregado Reciclado Quadro 31 Custos de Investimentos para implantação das Unidades de Aterramento de resíduos inertes Quadro 32 - Custos Operacionais para as Unidades de Aterramento de resíduos inertes Quadro 33 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Aterramento de resíduos inertes Quadro 34 Investimento total necessário para implantação de 192 estruturas de apoio ao gerenciamento de RCCV Quadro 35 - Possíveis clientes para as unidades do GRCCV Quadro 36 Concorrentes diretos e indiretos para as unidades do GRCCV Quadro 37 Custos, ao gerador, para reciclagem de RCC em algumas plantas Espanholas, Quadro 38 Valores cobrados ao gerador para encaminhamento de concreto à reciclagem Quadro 39 Taxas, proporcional ao volume de embalagens gerado, pagas a ECOEMBES pelas empresas aderidas Quadro 40 Tarifa cobrada por ano das empresas que optam por esta modalidade de cobrança, Quadro 41- Preço médio ( ) originalmente pago pelo fabricante para o fornecedor espanhol para o material limpo e embalado Quadro 42 - Preços dos materiais reciclados em Junho de 2015 na Espanha Pag. 23

24 Quadro 43 - Preços de venda de agregados reciclados Quadro 44 - Preços de venda de agregados reciclados de uma Planta de tratamento de Madrid, Espanha, Quadro 45 - Preços de venda de agregados reciclados de uma Planta de tratamento de RCD em Jaen, Espanha, Quadro 46 - Bolsa de metais em 17/09/ Quadro 47- Preços da madeira reciclada na Espanha Quadro 48 Preço de pellets comercializados na Espanha.Erro! Indicador não definido. Pag. 24

25 LISTA DE FIGURAS Figura 1 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o gerenciamento, tratamento e disposição final dos RCCV Figura 2 - Etapas da Fase 02: Elaboração de proposta para o gerenciamento, tratamento e disposição final dos RCCV Figura 3 - Estrutura Analítica de Projeto (EAP) Figura 4 - Principais relações entre as instalações de RCCV Figura 5 - Áreas de descartes ilegais de entulho Figura 6 - Níveis de tecnologia das plantas de RCCV Figura 7 - Riscos inerentes ao cenário de gerenciamento de RCCV Figura 8 - Riscos inerentes ao cenário do setor construtivo correlato ao RCCV Figura 9 - Riscos inerentes ao cenário econômico e de negócio correlato ao RCCV. 100 Figura 10 - Variação do PIB Brasil comparado com PIB Construção Civil Figura 11 - Riscos inerentes ao cenário econômico e de negócio correlato ao RCCV Figura 12 - Vista geral da parte externa da URPV Flávio Marque Lisboa, Regional Barreiro Figura 13 - Preço médio originalmente pago pelo fabricante para o fornecedor espanhol em relação ao mês anterior, para o material depois de limpo e embalado de acordo com a norma europeia EN 643: Figura 14 - Circuito de reciclagem de paletes Figura 15 - Tarifas de admissão de madeira nas usinas de reciclagem em Astigal (Galicia, España) Figura 16 a. Pellet feito de madeira reciclável; b. Palete de madeira Figura 17 - Preço pellets Espanha Figura 18- Exemplo web venda de palets novos na Espanha Figura 19 - Exemplo web de venda de paletes reciclados na Espanha Figura 20 Exemplos de RCCV Figura 21- Simbologia usada para o sistema SIG de embalagens na Espanha Figura 22 - Base de dados utilizados para CAPEX dos empreendimentos Figura 23 - Base de dados utilizados para cálculo do insumo Equipamentos ST>EPI Pag. 25

26 Figura 24 - Base de dados utilizados para CAPEX dos empreendimentos INTRODUÇÃO De acordo com o Termo de Referência, o presente documento possui como objetivo geral analisar a proposta de um sistema de gerenciamento para os RCCV contemplando, no estudo de concepção e viabilidade, o desenvolvimento de critérios para os seguintes itens: custos de investimentos, custos de operação, receita potencial da venda de subprodutos e de produtos com valor para reciclagem, benefícios diretos e indiretos para a população potencialmente atingida e para os estabelecimentos comerciais, a necessidade de aporte de recursos financeiros de fontes públicas e privadas e, por fim, os prazos para execução dos investimentos. Esta análise contemplará as infraestruturas necessárias para atendimento da geração de RCCV prevista para o período de 30 anos ( ), quais sejam: 138 Pontos Limpos 21 Áreas de Transbordo e Triagem de RCCV 02 Plantas de Armazenamento e Transferência de material Cerâmico 04 Plantas de Beneficiamento de Papel/Madeira 01 Planta de Produção de CDR 18 Usinas de Reciclagem de Entulho e Produção de Agregados Reciclados 08 Aterros Classe A O fluxo do RCCV para cada uma destas infraestruturas sugeridas está representado no esquema da Figura 4. Pag. 26

27 Figura 4 - Principais relações entre as instalações de RCCV. Fonte: Elaboração própria. Consórcio IDP-FR, Pag. 27

28 A consolidação das infraestruturas, existentes e propostas (acrescidas de um +), por cada região proposta no estudo de regionalização, está apresentada no Quadro 1 e, por município, no Quadro 2. Quadro 1 - Resumo das Infraestruturas existentes e novas infraestruturas propostas. ZONA NORTE LESTE CENTRO Pontos limpos ATT Área armazenamento e transferência + 1 Material Cerâmico Usinas reciclagem entulho +4 3 Planta reciclagem Aterro Classe A 3 Galpões de Triagem Madeira + 1 Papel cerâmica + CDR 4 Galpões de Triagem Madeira Papel Galpões de Triagem OESTE + 1 Material + 1 Madeira Cerâmico + 1 Papel 1 Galpão triagem 5 SUL + 1 Madeira Papel 11 Galpões de Triagem TOTAL + 4 Madeira + 2 Material Papel Cerâmico + 1 cerâmica + CDR Obs: As novas unidades são representadas precedidas de um símbolo de adição (+), Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, Pag. 28

29 Quadro 2 Relação das infraestruturas propostas por zona e por município da RMBH e CM. MUNICÍPIO PONTOS LIMPOS ATT ÁREA ARMAZENAMENTO E TRANSFERÊNCIA USINAS RECICLAGEM ENTULHO GALPÃO DE RECICLAGEM ATERRO CLASSE A ZONA CENTRAL Belo Horizonte ZONA NORTE Baldim +1 Capim Branco +1 +1(*) Confins +1 Funilândia +1 Jaboticatubas (*) +1 Lagoa Santa +3 Matozinhos Pedro Leopoldo +3 Prudente de Morais +1 Galpão triagem +1 cerâmica + CDR +1 Madeira +1 Papel Ribeirão das Neves Mat. cerâmicos 2 São José da Lapa Sete Lagoas Galpão triagem 1 Vespasiano Galpão triagem 4 TOTAL Mat. cerâmicos +4 3 Galpões triagem +1 Madeira +1 Papel +1 cerâmica + CDR ZONA LESTE Barão de Cocais Galpão triagem 1 Bom Jesus do Amparo +1 Caeté +2 Galpão triagem Nova União +1 Raposos +1 Santa Bárbara +2 Galpão triagem Pag. 29

30 MUNICÍPIO PONTOS LIMPOS ATT ÁREA ARMAZENAMENTO E TRANSFERÊNCIA USINAS RECICLAGEM ENTULHO GALPÃO DE RECICLAGEM São Gonçalo do Rio Abaixo +1 Sabará Santa Luzia Galpão triagem +1 Madeira +1 Papel 8 Taquaraçu de Minas +1 ATERRO CLASSE A TOTAL 4 Galpões triagem Madeira Papel ZONA OESTE Betim Mat. cerâmicos +2 Galpão triagem +2 Contagem Galpão triagem +1 Madeira +1 Papel Esmeraldas (*) Galpão triagem +2 Florestal +1 +1(*) Fortuna de Minas +1 Inhaúma +1 Pará de Minas São José da Varginha +1 TOTAL Mat. cerâmicos +5 3 Galpões triagem +1 Madeira Papel ZONA SUL Belo Vale +1 Bonfim Brumadinho +2 1 Ibirité Igarapé +2 Itabirito Itaguara +1 +1(*) Itatiaiuçu +1 +1(*) Itaúna Galpão triagem +1 Pag. 30

31 MUNICÍPIO PONTOS LIMPOS ATT ÁREA ARMAZENAMENTO E TRANSFERÊNCIA USINAS RECICLAGEM ENTULHO GALPÃO DE RECICLAGEM Juatuba +1 +1(*) 1 Mário Campos +1 Mateus Leme +2 +1(*) Moeda +1 Nova Lima (*) 2 Rio Acima +1 Rio Manso +1 São Joaquim de Bicas +2 Sarzedo TOTAL TOTAL RMBH e CM Mat. cerâmicos Madeira +1 Papel 1 Galpão triagem +1 Madeira +1 Papel 11 Galpões triagem +4 Madeira +4 Papel +1 cerâmica + CDR ATERRO CLASSE A Fonte: Elaboração Própria, Consórcio IDP Ferreira Rocha, Obs: os números para cada infraestrutura, representados no Erro! Fonte de referência não encontrada. quando precedidos de um sinal ositivo (+) representam as novas instalações propostas para a RMBH e CM. Quando não precedidos de símbolo (+), indicam uma instalação existente. Pag. 31

32 1.1 BASE LEGAL E NORMATIVA PARA OS RCCV Para os aspectos legais, existe ampla gama de instrumentos normativos, a saber: Leis e Decretos federais, estaduais e municipais; Resoluções CONAMA, Instrução Normativa IBAMA, Deliberações Normativas COPAM, normativas municipais e Normas Brasileiras (NBR) da ABNT. Cerca de uma centena de documentos enunciados e consolidados em quadros e tabelas, estão disponíveis no Banco de Dados e Informações /Plano Metropolitano de RCCV/ARMBH. Considerando os aspectos legais foram exaustivamente tratados desde a Fase 01, ressaltam-se as leis /2007 e /2010, as Resoluções CONAMA 307/2002, 348/2004, 431/2011, 448/2012 e 469/2015 e as seis Normas Brasileiras que regem a classificação, o gerenciamento e valorização dos RCC: ABNT NBR /2004; NBR /2004; NBR :2004; NBR :2004; NBR :2004; NBR : METODOLOGIA O presente documento visa analisar a viabilidade da implantação de infraestruturas indicadas para o gerenciamento de RCCV no contexto da RMBH e CM. Esse processo se deu após as considerações qualitativas levantadas nos produtos anteriores (legislação e impactos socioambientais positivos e negativos das unidades) e elementos quantitativos relativos ao CAPEX Custos de Investimento e OPEX Custos de Operação de cada unidade. As considerações da viabilidade econômica para a implantação das unidades são estimativas, uma vez que diversos valores necessários aos investimentos e operação não são totalmente tangíveis neste momento. Ou seja, só é possível uma determinação exata da viabilidade econômica de negócio após análise mais aprofundada por um plano de negócios já em um cenário mais completo - terreno definido, fornecedores desejados, detalhes de projeto de engenharia, entre outros detalhes. A metodologia utilizada para elaboração do presente produto considerou as seguintes etapas: Etapa 1: Análise do conteúdo elaborado anteriormente, objetivando o levantamento de informações qualitativas sobre a gestão e gerenciamento de RCCV na RMBH e CM, sobretudo no que diz respeito à legislação, unidades propostas para este estudo e Benchmarking nacional e internacional; Etapa 2: Pesquisa de mercado para obtenção de dados sobre custos (em moeda brasileira, reais - R$) para investimentos e operação de cada uma das instalações propostas. Os custos foram levantados preferencialmente via orçamento formal com fornecedores. Contudo, em casos onde os orçamentos não foram possíveis, adotaram-se valores referenciais. Nos casos em que esta última alternativa tenha sido adotada, considerou-se a obtenção dos valores de Pag. 32

33 fontes de dados confiáveis e reconhecidas como SINAPI, Empresas privadas, Sinduscon, Sine, IBGE, e outras; Etapa 3: Organização dos dados obtidos orçados e pesquisados na Etapa 2, em planilhas de Excel distintas para o que seriam custos de investimento e operacionais, gerando o banco de dados a ser utilizado nas planilhas CAPEX e OPEX (Etapa 5). Ou seja, o arquivo criado na Etapa 4 estará relacionado diretamente à esta base de dados, culminando na Etapa 5; Etapa 4: Criação de arquivo (em Excel) para estabelecimento de CAPEX e OPEX, assim como planilha padrão para DRE - Demonstrativo de Resultados e Fluxo de Caixa, que subsidia as etapas subsequentes, permitindo a navegação pelo usuário; Etapa 5: Tabulação dos dados obtidos na Etapa 2 nas planilhas CAPEX e OPEX elaboradas na Etapa 4, com base de dados gerada na Etapa 3, dimensionando cada instalação de acordo com sua demanda de investimentos, material e pessoal; Etapa 6: Análise econômico-financeira acerca da viabilidade de implantação com base em referências estabelecidas nas planilhas DRE e Fluxo de Caixa, para todas as instalações. Assim é possível a análise de cada instalação, selecionando a unidade desejada; Etapa 7: Análise de custo-benefício para implantação das instalações e consideração dos cenários com seus potenciais impactos positivos e negativos; Etapa 8: Considerações conclusivas relativas às questões legais, administrativas, gerenciais, econômicas, sociais e ambientais, para cada instalação. Para esta análise foram considerados custos que poderiam sofrer variações em função de cessões de terreno, otimização de equipes, compartilhamento de instalações e redimensionamento de equipamentos Os custos sempre ocorrerão, mas poderão ser minimizados pela redução dos investimentos monetários necessários, reduzindo os valores de CAPEX e/ou OPEX do negócio. Este relatório apresenta anexo arquivo em Excel que permite aos usuários análises de cenários de maneira dinâmica. Pag. 33

34 3 ESTUDO DE CONCEPÇÃO E VIABILIDADE 3.1 CUSTOS DE INVESTIMENTOS CAPEX Capital Expenditure é a sigla em inglês que designa o montante de dinheiro despendido na aquisição ou melhorias de bens de capital em um negócio, ou seja, os custos de investimento/reinvestimento no empreendimento. Os custos de investimento são detalhados no item 13.1 do Anexo 1 base de dados - custos de investimentos, onde são apresentadas as seguintes informações: Coluna A - Item - Planejamento, Terreno, Construção, Equipamento, Equipamentos de Segurança do Trabalho que incluem Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e Equipamentos de Proteção Coletiva (EPC), Mobilização de Equipe, e Outros; Coluna B - Subitem (insumo propriamente dito) Britador para Entulho, Motoserra, Caçamba, Treinamento, Água, Luz, Diesel, entre outros; Coluna C - Observação Explicativo sobre o que foi considerado no custo apresentado. Exemplo: O custo de treinamento obrigatório considerou todo o treinamento exigido em NRs - Normas Regulamentadoras aplicáveis para cada atividade; Colunas D e E - Valor mensal em R$ (com exceções pontuais onde adotase % e unidade de medida considerada (Un., m², m³); Coluna F - Tempo de depreciação contábil, em anos. O valor adotado para a maioria dos equipamentos foi de uma vida útil de 6,53 anos. Este valor tem como referência o SINAPI - Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil, base referencial para uma média de 204 itens relacionados; Para os equipamentos mais robustos foram considerados 10 anos de vida útil, enquanto que para as instalações foram considerados os 30 anos de projeção do plano; Coluna G - Custo estimado de manutenção por hora Também com referência ao SINAPI, onde foi adotada a seguinte fórmula para cálculo de manutenção horária: Onde: M = Custo horário de manutenção Va = Valor de aquisição do equipamento; HTA = horas trabalhadas por ano (consideradas 2000) n = vida útil em anos; K = Coeficiente de manutenção adotado K médio de 0,71 entre 92 itens listados. Pag. 34

35 Coluna H Referências Fontes dos dados apresentados (Empresas privadas, Sinduscon, Sine, IBGE, entre outros). Aproximadamente 40 insumos foram considerados para viabilização da implantação das oito diferentes tipologias de unidades (Usina de Reciclagem, AT, ATT, etc.). Cada unidade apresenta em média 24 (19 a 27) insumos diferentes, visando criar um parâmetro mais próximo possível da realidade. 3.2 CUSTOS DE OPERAÇÃO OPEX Operational Expenditure é a sigla em inglês que se refere ao custo associado à manutenção dos equipamentos, despendidos em consumo, mão de obra, e outras despesas para operação do negócio, ou seja, os custos operacionais. Os custos de operação levantados são detalhados no item 13.2 do Anexo onde são apresentadas as seguintes informações: Coluna A - Item Equipe, Terceirização, Manutenção, Consumo e Outros; Coluna B - Subitem (insumo propriamente dito) Responsável Q/MA/SS, servente, assessoria jurídica, contábil, RH, água, energia, combustível, entre outros; Coluna C - Observação Explicativo sobre o que foi considerado nos custos apresentados. Exemplo: O custo de mão de obra considerou salário médio mensal de mercado, acrescido de encargos sociais (décimo terceiro salário, adicional de férias, INSS e FGTS, etc) e benefícios como vale refeitório e vale transporte; Coluna D - Valor mensal em R$ (com exceções pontuais onde adota-se %); Coluna E Referências Fontes dos dados apresentados (Empresas privadas, Sinduscon, Sine, IBGE, entre outros). 3.3 RECEITA POTENCIAL Considerando todas as unidades propostas, é possível que as receitas sejam provenientes de duas vertentes: prestação de serviços e venda de produtos. As receitas provenientes da prestação de serviços são aquelas relacionadas à realização do trabalho de recebimento dos resíduos, seleção/limpeza de materiais indesejados, e beneficiamento/tratamento por meio do processo de triagem, transbordo, britagem, trituração ou aterramento. O Quadro 3 apresenta as receitas potenciais a serem obtidas a partir de prestação de serviços. Pag. 35

36 Quadro 3 Receita potencial das unidades a partir da prestação de serviços. Etapa do Gerenciamento Unidade Receitas Potenciais Serviço Composição R$/t Referência Instalações de Coleta Plantas Intermediárias Pontos Limpos - R$ - Áreas de Transbordo e Triagem Armazenamento e transferência de RCC Triagem e Transbordo R$ 15,00 Transbordo R$ 10,50 Potencial de cobrança direta pelo serviço prestado R$ 90,00 por caçamba com 6t - valor de mercado*² majorado R$63,00 por caçamba com 6t - 90% do valor de mercado para aterro*² Reciclagem de madeira Reciclagem de papel e papelão R$ - Recebimento gratuito conforme prática de R$ - mercado Plantas de Tratamento e Destinação Final Trituração de material cerâmico Recebimento, seleção e processamento R$ 8,33 Produção de CDR R$ 8,33 R$50,00 por caçamba com 6t - valor de mercado para ATT*², reduzido devido necessidade de maior segregação por parte do gerador Produção de agregados reciclados R$ 10,83 R$ 65,00 por caçamba com 6t - valor de mercado*² Aterro Classe A (resíduos inertes) Recebimento e aterramento R$ 11,67 R$70,00 por caçamba com 6t - valor de mercado*² *Peso específico considerado para o resíduo Classe A - 1,2t/m³ *²Valor de mercado para aterramento e triagem/transbordo - R$50,00 a R$70,00 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, As receitas provenientes de Produtos são aquelas obtidas quando o beneficiamento/tratamento dos resíduos resulta na obtenção de itens que podem ser comercializados como matérias-primas para outros processos produtivos, material segregado, material enfardado, cavaco de madeira, agregado reciclado, combustível derivado de resíduos (CDR) e agregado reciclado cerâmico. O Quadro 4 apresenta as receitas potenciais obtidas a partir da comercialização destes produtos. Pag. 36

37 Quadro 4 - Receita potencial das unidades a partir da comercialização de produtos. Etapa do Gerenciamento Instalações de Coleta Unidade Receitas Potenciais Comercialização Produto R$/t Observações Pontos Limpos - R$ - - Plantas Intermediárias Áreas de Transbordo e Triagem Diversos R$ 14,00 Considerada a venda de 10% dos materiais ao custo de R$0,20 o quilo, descontado o valor para destinação dos outros 90% de resíduos Armazenamento e transferência de RCC Resíduo em grandes volumes -R$ 5,83 Custo para destinação do resíduo - Adotado 50% do valor de mercado para aterramento*² Reciclagem de madeira Reciclagem de papel e papelão Cavaco R$130,00 Valor de mercado Fardos R$400,00 Valor de mercado Trituração de material cerâmico Agregado fino R$ 37,50 Produto não encontrado no mercado - Adotado valor 25% superior ao do Agregado Reciclado Plantas de Tratamento e Destinação Final Produção de CDR CDR R$ 40,00 Produto não encontrado no mercado - Adotado valor 33,3% superior ao do Agregado Reciclado Produção de agregados reciclados Agregado Reciclado R$ 30,00 75% do valor médio de mercado para britas Aterro Classe A (resíduos inertes) - R$ - - *Peso específico considerado para o resíduo Classe A - 1,2t/m³ *²Valor de mercado para aterramento e triagem/transbordo - R$50,00 a R$70,00 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, O Quadro 5 apresenta o somatório dos valores potenciais de receita provenientes da prestação de serviços e comercialização de produtos. Pag. 37

38 Quadro 5 Somatório da receita potencial de prestação de serviços e comercialização de produtos. Etapa do Gerenciamento Instalações de Coleta Receitas Potenciais Unidade Serviço Comercialização Total R$/t R$/t Pontos Limpos R$ - R$ - R$ - Plantas Intermediárias Áreas de Transbordo e Triagem Armazenamento e transferência de RCC R$ 15,00 R$ 14,00 R$ 29,00 R$ 10,50 -R$ 5,83 R$ 4,67 Reciclagem de madeira Reciclagem de papel e papelão Trituração de material cerâmico R$ - R$ 130,00 R$ 130,00 R$ - R$ 400,00 R$ 400,00 R$ 8,33 R$ 37,50 R$ 45,83 R$202,44* Plantas de Tratamento e Destinação Final Produção de CDR R$ 8,33 R$ 40,00 R$ 48,33 R$ 46,58* Produção de agregados reciclados Aterro Classe A (resíduos inertes) R$ 10,83 R$ 30,00 R$ 40,83 R$ 11,67 R$ - R$ 11,67 *Operação em conjunto - valores rateados (média ponderada entre a capacidade instalada e receita potencial) Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, O Quadro 6 apresenta o valor total de receita considerando a capacidade de produção de cada uma das unidades previstas para cada tipo de instalação. Pag. 38

39 Quadro 6 Receitas potenciais para cada unidade, de acordo com sua capacidade produtiva. Unidade Período Produção (t/ano) Unidades P1 P2 P3 P4 P5 Produção Produção Produção Produção Receita Potencial Receita Potencial Receita Potencial Receita Potencial Receita Potencial (t/ano) (t/ano) (t/ano) (t/ano) Pontos Limpos Áreas de Transbordo e Triagem Armazenamento e transferência de RCC Reciclagem de madeira Reciclagem de papel e papelão Trituração de material cerâmico Produção de CDR Produção de agregados reciclados Aterro Classe A (resíduos inertes) Anual R$ , R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Mensal R$ , R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Anual R$ , Mensal R$ , Anual R$ , R$ , R$ , R$ , Mensal 900 R$ , R$ , R$ , R$ , Anual R$ , R$ , R$ , R$ , Mensal 330 R$ , R$ , R$ , R$ , Anual R$ , Mensal R$ , Anual R$ , Mensal R$ , Anual R$ , R$ , R$ , R$ , Mensal R$ , R$ , R$ , R$ , Anual R$ , R$ , R$ , R$ , Mensal 833 R$ 9.722, R$ , R$ , R$ , Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 39

40 As receitas potenciais apresentadas são estimadas, e podem sofrer ajustes e variações em função de mercado, diretrizes políticas, fatores ambientais, gestão do negócio, entre outros, podendo atingir valores distintos. Outro ponto a ser considerado é que se estimou a produção em 100% de rendimento, o que de forma geral apresenta dificuldades para ocorrer durante toda a operação de um negócio, consideradas a curva crescente durante o processo de mobilização e as variações constantes por fatores externos à organização. Por meio do arquivo em Excel que acompanha este produto, é possível prever outros índices de produtividade e verificar a variação dos resultados econômico-financeiros de maneira dinâmica. 3.4 BENEFÍCIOS DIRETOS E INDIRETOS PARA A POPULAÇÃO ATINGIDA E PARA OS ESTABELECIMENTOS COMERCIAIS O descarte de RCCV na rede de Pontos Limpos (URCV) e a destinação ou disposição final adequada, além de evitar danos ao meio ambiente e à saúde, propicia grande aproveitamento desses resíduos pela reutilização, recuperação, e reciclagem, poupando recursos naturais e gerando recursos econômicos. Ressalta-se ainda a melhoria urbana que ocorre com a eliminação de bota fora que são pontos atrativos para lançamentos de outros resíduos, se constituindo em focos para proliferação de vetores e disseminação de doenças, além da poluição visual causada. O sistema de coleta, triagem e reciclagem dos RCCV apresenta também potencial para a inclusão sócio produtiva dos catadores de materiais recicláveis, à exemplo da unidade existente no Parque Jardim Gramacho (RJ). Em geral, os benefícios da implementação de um sistema de gerenciamento para os RCCV podem ser classificados em: Benefícios ambientais. Benefícios econômicos. Benefícios sociais Benefícios ambientais Uma das principais razões para eliminar as áreas de descarte irregular é a redução dos impactos ambientais advindos dessa atividade. Além da obstrução dos sistemas de drenagem (galerias, canais e corpos d água) e da degradação urbana associada à presença de entulho, podem ser citados a redução da qualidade de vida urbana, a contaminação dos solos e das águas, impactos visuais paisagísticos, sobre a fauna e flora, proliferação de vetores de doenças, entre outros (Figura 5). Pag. 40

41 Figura 5 - Áreas de descartes ilegais de entulho. Fonte: O MUNDO DOS INCONFIDENTES, 2011, Léo Quintino, A reciclagem do entulho que seria descartado permite reduzir a quantidade de resíduos disposta em aterros e estimula a redução da exploração de recursos naturais primários. Apesar dos Aterros Classe A, para RCC, serem infraestruturas legais e seguras - quando construídos e gerenciados de forma adequada - exigem áreas mais extensas. Além disso, para sua localização em um município, podem ser alvo da síndrome do NIMBY (Not In My Back Yard 1 ) não no meu quintal, o que pode gerar pressão popular e dificultar ou, até mesmo, retardar a instalação e o início das operações. O processo de produção de materiais reciclados e sua aplicação na construção civil consome menos água e energia o que significa menor impacto na disponibilidade dessas fontes na natureza e, ainda, reduzem os níveis de poluição atmosférica (inclusive dos gases de efeito estufa), que são mais elevados no processo tradicional de exploração, em função da diminuição da extração, processamento e logística de transporte. Além disso, reduz o volume de material para disposição final Benefícios econômicos O principal benefício econômico da reciclagem de RCCV está relacionado com a oferta de materiais de baixo custo para as construtoras e também para comercialização deste tipo de material. A promoção de reutilização de RCCV reduz volumes para disposição final com consequente redução de custos. Além disso, contribui para eliminação de disposição inadequada, com custos de reparação e sanções administrativas. A geração de empregos diretos e indiretos que o trabalho de reciclagem propicia, na medida em que também incentiva essa atividade, incluí a criação de um mercado 1 Tradução livre: Não No Meu Quintal Pag. 41

42 possível para microempresas recicladoras, com consequente aumento do nível da mão-de-obra economicamente ativa Benefícios sociais O controle do descarte e da coleta de RCCV é essencial para proporcionar condições sanitárias adequadas e, se realizada de forma seletiva e combinada com a reciclagem, também pode contribuir para a preservação do meio ambiente e para a melhoria dos índices sociais da região. O aumento da qualidade de vida é resultante das melhorias sanitárias com a redução de focos irregulares de disposição e maior aceitação da comunidade pelo ambiente em que vivem. A cadeia de reciclagem gera trabalho e renda com novos postos de trabalho. As associações cooperativas de catadores de materiais recicláveis têm sido uma forma de resgate da cidadania para a inclusão sócio produtiva. 3.5 APORTE DE RECURSOS FINANCEIROS DE FONTES PÚBLICAS E PRIVADAS O resultado da pesquisa de mercado sobre as possibilidades de aporte de recursos financeiros de fontes públicas e privadas pode ser vista no Quadro 7, considerando os seguintes parâmetros de busca: Meio ambiente; Infraestrutura; Saneamento; Gestão/manejo de resíduos sólidos; Financiamento setor privado em gestão pública; Convênios setor público/privado e parceria público/privado resíduos sólidos; BID, BIRD, JBIC x PAC; Fonte de recurso privado para investimento em setor público; Recursos financiáveis setor privado; Bancos privados e financiamentos em obras públicas. Pag. 42

43 Quadro 7 - Fontes de aportes públicos e privados. Linha de Financiamento/ Banco/Órgão MMA/Funasa - Programa de saneamento ambiental para municípios até 50 mil habitantes Ministério das Cidades/Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental - Programa Resíduos Sólidos Urbanos BNDES - Fundo de Investimento em Participações (FIP) - Caixa Ambiental Finalidade do Financiamento Fomentar a implantação e/ou a ampliação de sistemas de coleta, transporte e tratamento e/ou destinação final de resíduos sólidos para controle de propagação de doenças e outros agravos à saúde, decorrentes de deficiências dos sistemas públicos de limpeza urbana. Apoio à implantação e ampliação dos sistemas de limpeza pública, acondicionamento, coleta, disposição final e tratamento de resíduos sólidos urbanos, com ênfase à promoção da inclusão e emancipação econômica de catadores e encerramento de lixões. Foco em saneamento, tratamento de resíduos sólidos, geração de energia limpa e biodiesel Origem do recurso Público Público Público Privado Fonte de Informação secretaria-nacional-de-saneamento/programas-e-acoes/1525-residuos-solidos Ambiente/ BNDES - Saneamento Ambiental e Recursos Hídricos BNDES - Projetos Multissetoriais Integrados Urbanos - PMI BNDES - Finame Empresarial Banco Interamenricano de Desenvolvimento (BID) Apoio a projetos de investimentos, públicos ou privados, que visem à universalização do acesso aos serviços de saneamento básico e à recuperação de áreas ambientalmente degradadas, a partir da gestão integrada dos recursos hídricos e da adoção das bacias hidrográficas como unidade básica de planejamento. O Projeto Multissetorial Integrado é um modelo alternativo de tratamento dos problemas sociais que abrange soluções para os variados tipos de carências, articulando, no âmbito municipal, investimentos em diversos setores sociais, como, por exemplo, saneamento básico e transportes. Para sua empresa que busca financiamento de longo prazo para aquisição e produção de máquinas e equipamentos novos, de fabricação nacional, incluindo veículos de carga, o BB disponibiliza o Finame Empresarial. Esta linha permite a aquisição de máquinas e equipamentos cadastrados no BNDES. Também possibilita o financiamento de capital de giro associado para micro, pequenas e médias empresas na linha do MPME BK. Apoiar projetos para reduzir a pobreza na América Latina e no caribe. Prioridades transportes, saneamento, meio ambiente, melhoria de bairros, fortalecimento institucional e renovação de centros históricos Público Público Público Internacional eiro/produtos/finem/saneamento.html eiro/produtos/finem/pmi.html 42&codigoMenu=102&codigoRet=1924&bread=2_2_1 Japan Bank for International Cooperation (JBIC) desempenha importante papel na execução da política de cooperação econômica, apoiando o desenvolvimento estável e sustentável dos países estrangeiros e promovendo, assim, o fortalecimento das relações econômicas do Japão com a comunidade internacional. Internacional ensa/noticias/2011/todas/ _jbic.html MMA - Convênios Convênios são acordos celebrados entre os órgãos públicos e outras instituições, públicas ou privadas, para a realização de um objetivo comum, mediante formação de parceria. Público Privado Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 43

44 3.6 PRAZOS PARA EXECUÇÃO DOS INVESTIMENTOS PREVISTOS Consideramos que a implementação do conjunto de instalações devem estar associados a um calendário de priorização das mesmas para a distribuição de investimentos ao longo do tempo (Quadro 8). Quadro 8 - Prazos de implantação do sistema proposto. Ecopontos Instalações Áreas de Transbordo e Triagem (ATT) Áreas de armazenagem e transferência Plantas de Reciclagem de Madeira/Papel Plantas de Reciclagem de Papel/Madeira Planta de trituração de material cerâmico Planta de fabricação de CDR Plantas de fabricação de Agregados Aterros Classe A Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Prazo implantação (anos) Esse deslocamento temporal permite, além de ajustes nas instalações definidas, oriundos das revisões e controle, a implantação do plano de gestão. Consideramos prioritária a universalização da coleta e destino final, portanto, para absorver esta demanda, é importante que, no primeiro período, haja uma ênfase de investimentos para estruturação das Redes de Pontos Limpos (URPVs) e Aterros Classe A. A Rede de Pontos Limpos (URPV) total contará com, aproximadamente 190 unidades, sendo 138 novas instalações e, são propostas três fases para sua implementação, quais sejam; Em uma primeira fase propõem-se 60 instalações, no mínimo, uma (01) por município, começando por aqueles que atualmente não possuem nenhuma instalação. Em uma segunda fase propõem-se que sejam construídas 40 instalações, naqueles municípios de maior geração. Em uma terceira fase propõem-se as demais 38 instalações. Para as Áreas de Transbordo e Triagem (ATT) estão sendo consideradas 21 novas instalações e sugere-se que sua instalação seja feita em duas fases, a saber: Em uma primeira fase propõe-se a instalação de 11 ATT s nos municípios de maior geração. Em uma segunda fase propõe-se a instalação das demais. Pag. 44

45 Para a implantação das quatro Plantas de Reciclagem de Madeira, que compartilharão a infraestrutura com as quatro Plantas de Reciclagem de Papel, recomenda-se a implementação em três fases. Em uma primeira fase, a implantação de duas Plantas de Reciclagem de Madeira. Em uma segunda fase, duas Plantas de Reciclagem de Papel conectadas às duas plantas de madeira já implantadas e a implantação de duas novas Plantas de Reciclagem de Madeira. Em uma terceira fase, as duas Plantas de Reciclagem de Papel conectadas às duas plantas de madeira implantadas na segunda fase. Para a Planta de trituração de material cerâmico, que compartilhará a infraestrutura com a Planta de CDR, propõe-se sua implementação em duas fases. Em uma primeira fase, a implantação da planta de trituração de material cerâmico. Em uma segunda fase, a implantação da planta de produção de CDR. Para as instalações das duas áreas de armazenamento e transferência (AAT), propõese que a instalação seja executada concomitantemente à implantação da planta de trituração de material cerâmico / Planta de CDR. Para as 11 instalações de Plantas de Agregados, sendo uma ou duas móveis, propõese sua implementação em duas fases. Em uma primeira fase, a implantação de 5 Plantas de Agregados nos municípios de maior geração e uma planta móvel. Em uma segunda fase, a implantação de 6 Plantas de Agregados no resto dos municípios considerados e uma planta móvel. Para os oito Aterros Classe A, propõe-se sua implementação em três fases. Na primeira fase, a implantação de cinco unidades, sendo quatro de pequeno porte situadas mais distantes da área central da RMBH e CM, e uma de grande porte próxima à área central. Na segunda fase, a implantação de duas unidades, sendo uma de porte médio e outra de grande porte próximas à área central da RMBH e Colar. Na terceira fase propõe-se uma unidade de grande porte próxima à área central da RMBH e Colar. A seguir são apresentados os prazos para a execução das instalações propostas, considerados a partir do momento que já se dispõe do terreno e de todas as autorizações necessárias. O período de implementação inclui a preparação dos terrenos, o período de construção e de instalação de equipamentos necessários ao início de operação. Pag. 45

46 Os prazos devem ser considerados indicativos, uma vez que podem variar dependendo do terreno em particular onde a instalação será implementada, especificidades do projeto, etc. Pag. 46

47 CRONOGRAMA PARA CONSTRUÇÃO DE ECOPONTO CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DE ECOPONTO Meses Nº TAREFA Compra de terrenos 2 Cercamento do terreno 3 Instalações temporárias obra 4 Preparação e nivelamento do solo 5 Urbanização e Paisagismo 6 Pavimentação das vias de serviço 7 Instalações água/luz/saneamento/rede de dados 8 Montagem módulos recepção, vestiários, refeições 9 Equipamento e mobiliário instalações 10 Início operação CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DA ÁREA DE TRANSBORDO CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DA ÁREA DE TRANSBORDO Meses Nº TAREFA Compra de terrenos 2 Cercamento do terreno 3 Instalações temporárias obra 4 Preparação e nivelamento do solo 5 Urbanização e Paisagismo 6 Pavimentação das vias de serviço 7 Instalações água/luz/saneamento/ rede de dados 8 Montagem módulos recepção, vestiários, refeições 9 Equipamento e mobiliário instalações 10 Início operação Pag. 47

48 CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DA ÁREA DE TRIAGEM CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DA Meses ÁREA DE TRIAGEM Nº TAREFA Compra de terrenos 2 Cercamento do terreno 3 Instalações temporárias obra 4 Preparação e nivelamento do solo 5 Urbanização e Paisagismo 6 Concretagem das vias de serviço 7 Instalações água/luz/saneamento/rede de dados 8 Montagem maquinário 9 Montagem módulos recepção, vestiários, refeições 10 Equipamento e mobiliário instalações 11 Testes de operação 12 Início operação Pag. 48

49 CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DA PLANTA MADEIRA E PAPEL CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DA Meses PLANTA MADEIRA E PAPEL Nº TAREFA Compra de terrenos 2 Cercamento do terreno 3 Instalações temporárias obra 4 Preparação e nivelamento do solo 5 Urbanização e Paisagismo 6 Concretagem das vias de serviço 7 Impermeabilização 8 Montagem da estrutura 9 Instalações água/luz/saneamento/rede de dados 10 Montagem maquinário 11 Montagem módulos recepção, vestiários, rejeições 12 Equipamento e mobiliário instalações 13 Testes de operação 14 Início operação Pag. 49

50 CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DA PLANTA DE AGREGADOS RECICLADOS CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DA PLANTA DE AGREGADOS Meses RECICLADOS Nº TAREFA Compra de terrenos 2 Cercamento do terreno 3 Instalações temporárias obra 4 Preparação e nivelamento do solo 5 Urbanização e Paisagismo 6 Concretagem das vias de serviço 9 Arremetidas água/luz/saneamento/dados 10 Montagem maquinário 11 Montagem módulos recepção, vestiários, refeições 12 Equipamento e mobiliário instalações 13 Testes de operação 14 Início operação Pag. 50

51 CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DA PLANTA DE TRITURAÇÃO CERÂMICA E FABRICAÇÃO DE CDR CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO Meses CERÂMICO E CDR Nº TAREFA Compra de terrenos 2 Cercamento do terreno 3 Instalações temporárias obra 4 Preparação e nivelamento do solo 5 Urbanização e Paisagismo 6 Concretagem das vias de serviço 7 Impermeabilização 8 Montagem da estrutura 9 Instalações água/luz/saneamento/dados 10 Montagem maquinário 11 Montagem módulos recepção, vestiários, refeições 12 Equipamento e mobiliário instalações 13 Testes de operação 14 Início operação Pag. 51

52 CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DO ATERRO CLASSE A CRONOGRAMA CONSTRUÇÃO DO Meses ATERRO CLASSE A Nº TAREFA Compra de terrenos 2 Cercamento do terreno 3 Instalações temporárias obra 4 Preparação e nivelamento do solo 5 Escavações e terraplanagens 6 Escavação de poços e instalação de Piezômetro 7 Canais pluviais exteriores 8 Tubos de drenagem de lixiviados 9 Poço de extração de lixiviados 10 Balsa de lixiviados 11 Urbanização e Paisagismo 12 Concretagem das vias de serviço 13 Instalações água/luz/saneamento/dados 14 Montagem módulos recepção, vestiários, rejeições 15 Equipamento e mobiliário instalações 16 Provas de qualidade 17 Início operação Pag. 52

53 4 ALTERNATIVAS TÉCNICAS 4.1 CONCEPÇÃO DAS ALTERNATIVAS INTEGRADAS Primeira alternativa Conforme apresentado no Produto 05, conforme as operações individuais realizadas no processo de reciclagem, as plantas de reciclagem de RCCV podem ser classificadas em diferentes níveis de tecnologia variando de 01 a 03 apresentadas no esquema abaixo (Figura 6). Figura 6 - Níveis de tecnologia das plantas de RCCV. Fonte: Tecnologia das plantas de reciclagem de RCCV e níveis tecnológicos na UE. Revista Resíduos Nível 01: Retirada dos elementos indesejáveis, classificação dos produtos por tamanho e processo de trituração dos elementos maiores. Nível 02: Utilizadas para o tratamento de materiais de obra capazes de produzir materiais reciclados que podem ser aplicados nas obras públicas ou privadas, bem como na construção civil em geral. A britagem ou fragmentação com liberação dos diferentes materiais e a classificação granulométrica destes permite a sua venda imediata, diminuindo nitidamente o volume de resíduo a ser depositado em aterro. Nível 03: São plantas de tratamento de materiais limpos. Estas plantas, para resíduos volumosos, são de tratamento de material específico e limpo, tais como madeira, metal e plástico, derivados de outras frações em estado tal que permite um aproveitamento quase total de seus componentes. As plantas de Nível 3 para RCC nesse Plano são as denominadas Plantas de produção de agregados reciclados ou Planta de trituração de materiais cerâmicos para coprocessamento. Pag. 53

54 Nesta primeira alternativa foram propostas instalações de Nível 1 - áreas de triagem e transbordo - e de Nível 3 - plantas de reciclagem de madeira e papel, planta de produção de CDR, plantas de produção de agregados reciclados. A primeira alternativa, incluí Plantas de Nível 1 para realizar a reciclagem de entulho com instalações e equipamentos de baixa complexidade e, portanto, de baixo custo, apesar de existirem opções mais sofisticadas tecnologicamente. Esta opção, portanto, consiste em realizar o gerenciamento de RCCV da RMBH e CM composto por plantas de nível 1 e, em alguns casos, serão incluídas plantas de nível 3. Esta alternativa reduziria substancialmente os custos da implantação do plano, mas apresenta a grande desvantagem de reduzir drasticamente a obtenção de produtos reciclados de maior valor agregado como a madeira, papel, material cerâmico para coprocessamento, o CDR e os agregados reciclados de maior valor. Segunda alternativa Para esta alternativa, seguindo a proposta do Ministério do Meio Ambiente no Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em consórcios públicos 2010, considerando um aterro Classe A em cada município, apresentamos a seguinte análise. Para a Sub-região Central não há área disponível para novos Aterros Classe A. A geração prevista para 2040 dessa sub-região é de t/ano que deverão ser, em grande parte, encaminhadas para disposição final em outras sub-regiões. Para a Sub-região Leste existem instalações com potencial de instalação capaz de tratar as t/ano geradas t/ano da Sub-região Central. No entanto, com o critério estabelecido de um aterro por município, e tendo em conta que já existem nesta Sub-região Aterros Classe A em Barão de Cocais, Sabará e Santa Luzia, devem ser instalados também outros 07 aterros classe A, nos seguintes municípios: Quadro 9 - Novos aterros Classe A propostos para Região Leste. Município Geração de RCCV com destino aterro classe A (t/ano) Bom Jesus do Amparo Caeté Nova União Raposos Santa Bárbara São Gonçalo do Rio Abaixo Taquaraçu de Minas TOTAL Para a Sub-região Norte as instalações existentes são capazes de tratar as t/ano geradas. No entanto, com o critério estabelecido de um aterro por município, e tendo em conta que já existem Aterros Classe A em Matozinhos, Ribeirão das Neves, São José da Lapa, Sete Lagoas, Pedro Leopoldo e Vespasiano, deveriam também ser instalados 07 novos Aterros Classe A, nos seguintes municípios: Pag. 54

55 Quadro 10 Novos aterros Classe A propostos para Sub-Região Norte. Município Geração de RCCV com destino aterro Classe A (t/ano) Baldim Capim Branco Confins Funilândia Jaboticatubas Lagoa Santa Prudente de Morais TOTAL Para a Sub-região Oeste não existem instalações para o aterramento das t/ano geradas. Tendo em vista a regionalização proposta, à este volume de geração devem ser acrescidos outras t/ano da Sub-região Central. Com o critério estabelecido de um aterro por município, e tendo em conta que não se dispõe de informação sobre os Aterros Classe A nesta Sub-região deveriam também instalar 08 novos Aterros Classe A nos seguintes municípios: Quadro 11 - Novos aterros Classe A propostos para Sub-região Oeste. Município Geração de RCCV com destino aterro classe A (t/ano) Betim Contagem Esmeraldas Florestal Fortuna de Minas Inhaúma Pará de Minas São José da Varginha TOTAL Seria necessário aumentar a capacidade do conjunto de aterros para a demanda de t/ano consideradas na projeção. Para a Sub-região Sul não existem instalações capazes de tratar as t/ano geradas. Tendo em vista o critério estabelecido de um aterro por município, e, sabendo que já existem aterros Classe A em Brumadinho, Ibirité, Itabirito, Juatuba e Nova Lima, deveriam também ser instalados 13 novos Aterros Classe A nos seguintes municípios: Quadro 12 - Novos aterros Classe A propostos para Sub-região Sul. Município Geração de RCCV com destino aterro classe (t/ano) Belo Vale Bonfim Igarapé Itaguara Itatiaiuçu Itaúna Pag. 55

56 Município Geração de RCCV com destino aterro classe (t/ano) Mário Campos Mateus Leme Moeda Rio Acima Rio Manso São Joaquim de Bicas Sarzedo TOTAL A capacidade total do conjunto de aterros (existentes e novos) seria suficiente para o as t/ano geradas. Para esta alternativa, poderiam ser reduzidos, de forma substancial, os custos de transporte de RCCV, mas com o grave inconveniente de que os 35 novos aterros Classe As resultantes gerariam um significativo impacto socioambiental de difícil implementação frente à legislação ambiental vigente, além de maior custo de investimento em terrenos e instalações, em comparação com 8 aterros Classe A da solução proposta pelo Consórcio IDP-FR, apresentada na primeira alternativa. Além disso, a disseminação de Aterros Classe A estimularia a opção pelo aterramento em contraposição à prioridade prevista, na PNRS, para a reutilização e reciclagem dos RCCV. Pag. 56

57 5 ANÁLISE DE VIABILIDADE ECONÔMICA A análise da viabilidade econômica foi desenvolvida a partir de itens previstos para investimentos e operação, além de impostos incidentes e depreciação. Os itens de investimento e operação considerados podem ser verificados na planilha anexa. As alíquotas de impostos consideradas foram: PIS / COFINS: 3,65%; CSLL: 9%; IRPJ: 15%; Adicional IRPJ (incidente sobre resultado acima de R$ por mês, ou R$ por ano): 10%. A depreciação considera a vida útil dos equipamentos com base nas Instruções Normativas da SRF - Secretaria da Receita Federal nº 162/98 e 130/99, e é considerada no DRE Demonstrativo do Resultado do Exercício para realizar a apuração do resultado e da tributação. Normalmente, o valor da depreciação é posteriormente adicionado ao valor do fluxo de caixa do exercício, pois não representa um efetivo desembolso, dado que essas despesas ocorrem apenas na ocasião da substituição dos equipamentos. Para fins de análise de viabilidade, a depreciação é considerada como valor destinado a reinvestimento, e por esse motivo não foi adicionada na apuração do fluxo de caixa. Adicionalmente, para alguns equipamentos o prazo de depreciação é diferente do prazo definido pela SRF, para que as projeções se aproximem mais da realidade. Embora, principalmente nos primeiros anos de operação, o índice de produtividade possa ter variações, para fins de análise de viabilidade foi considerado um índice de produtividade máxima para todo o período em análise (30 anos). O arquivo Excel, em meio digital, que acompanha este produto Relatório 08 é uma ferramenta que permite ao usuário calcular os valores com base em parâmetros previamente estabelecidos como referências para a instalação e operação das infraestruturas. Todavia esses parâmetros podem ser ajustados de acordo com o Plano de Negócios a ser elaborado. 5.1 REDE DE PONTOS LIMPOS (URPV) Esta análise considerou um índice de produtividade de 100% para as unidades: P1; P2 e P3, operando por um período de 30 anos. Para análise da viabilidade do projeto, foi considerado um custo de capital de 14,25%, que equivale à taxa Selic 2 vigente em 21/10/2015. O investimento é considerado viável caso a Taxa Interna de Retorno seja maior que esse custo de capital. 2 A taxa Selic foi utilizada, pois é um referencial mínimo para a formação de taxas de juros no mercado, já que é a taxa utilizada como referência para a remuneração de títulos públicos que, teoricamente, seriam livres de risco. Pag. 57

58 5.1.1 Custos de investimento (CAPEX) O custo de investimento (CAPEX) variável de 1,9 a 3,9 milhões de reais para a implantação dos Pontos Limpos são detalhados no Quadro 13. Além de custos dentre serviços de planejamento, construções e mobilização de equipe, também foram considerados para os Pontos Limpos investimentos em equipamentos como balança plataforma e caçambas estacionárias. Observa-se que o custo com aquisição de terrenos tem grande impacto sobre o CAPEX, representando cerca de 80% do valor de cada unidade P1 a P3. Foi considerado terreno no município de Belo Horizonte, o que tornou esse valor demasiadamente alto. Mas deve ser considerado que os Pontos Limpos poderiam aproveitar-se de estruturas existentes como URPVs, ou espaços públicos ociosos, por exemplo, reduzindo necessidade de aportes financeiros. Portanto, sem o custo de terreno, o CAPEX seria entre 216 e 402 mil reais. A seleção dos portes dos pontos limpos nas localizações pretendidas deverá considerar o potencial de recebimento da unidade e a frequência de transporte necessária. Pag. 58

59 Quadro 13 Custos de Investimentos para implantação dos Pontos Limpos. Unidades CAPEX P1 P2 P3 Ponto Limpo m³ 100 m³ 150 m³ 300 Item Subitem Unidade Preço Un. Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Planejamento Plano de negócio m² R$ ,00 0,3 R$ 3.600,00 0,3 R$ 3.600,00 0,3 R$ 3.600,00 Planejamento Projeto executivo m² R$ ,00 0,3 R$ 3.600,00 0,3 R$ 3.600,00 0,3 R$ 3.600,00 Planejamento Licenciamento Un. 5% 1 R$ ,56 1 R$ ,56 1 R$ ,56 Terreno Belo Horizonte m² R$ 1.599, R$ , R$ , R$ ,00 Construção Urbanização e vias m² R$ 75, R$ , R$ , R$ ,00 Construção Cercamento perimetral m² R$ 60, R$ 7.800, R$ 9.600, R$ ,00 Construção Guarita m² R$ 790,04 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 Construção Depósito m² R$ 790,04 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 Construção Sistema de Segurança m² R$ ,00 0,3 R$ 3.900,00 0,3 R$ 3.900,00 0,3 R$ 3.900,00 Equipamento Balança Plataforma Un. R$ 5.550,00 1,0 R$ 5.550,00 1,0 R$ 5.550,00 1,0 R$ 5.550,00 Equipamento Caçamba 8m³ Un. R$ 4.800,00 11 R$ ,00 16 R$ ,00 30 R$ ,00 Equipamento Informática Un. R$ 2.499,00 1 R$ 2.499,00 1 R$ 2.499,00 1 R$ 2.499,00 Equipamento - ST EPI Un. R$ 199,37 1 R$ 208,04 1 R$ 208,04 1 R$ 208,04 Equipamento - ST Lava-olhos Un. R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 Mobilização de equipe Contratação (RH) - 80% R$ 1.324,38 R$ 1.324,38 R$ 1.324,38 Mobilização de equipe Treinamento Obrigatório Un. R$ 410,00 9 R$ 3.690,00 9 R$ 3.690,00 9 R$ 3.690,00 Mobilização de equipe Treinamento Interno Un. R$ 250,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 Outros Mobília Escritório Un. R$ 1.000,00 1 R$ 1.000,00 1 R$ 1.000,00 1 R$ 1.000,00 Outros Taxas, impostos e afins Un. 5% R$ ,23 R$ ,73 R$ ,73 Total R$ ,89 R$ ,39 R$ ,39 P1 P2 P3 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 59

60 5.1.2 Custos operacionais (OPEX) O custo operacional (OPEX) para a implantação da Rede de Pontos Limpos está detalhado no Quadro 14. Foram considerados custos básicos dentre equipe, terceirização de serviços e consumíveis (água, energia e combustível). A equipe prevista foi a mesma para diferentes capacidade de armazenamento consideradas em P1 a P3. Para efeito de comparação, a unidade P3 tem capacidade de armazenamento 200% maior que a unidade P1, enquanto o custo operacional é apenas 19% maior. Pag. 60

61 Quadro 14 - Custos Operacionais para as Unidades de Pontos Limpos. OPEX Ponto Limpo m³ 100 m³ 150 m³ 300 Insumo Observações Unidade Preço Un. Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Equipe Gerente Un. R$ ,85 0,007 R$ 86,48 0,007 R$ 86,48 0,007 R$ 86,48 Equipe Responsável de Q/MA/SS Un. R$ 7.353,06 0,007 R$ 53,28 0,007 R$ 53,28 0,007 R$ 53,28 Equipe Administrador nível superior Un. R$ 4.870,37 0,007 R$ 35,29 0,007 R$ 35,29 0,007 R$ 35,29 Equipe Encarregado operacional Un. R$ 6.110,24 0,007 R$ 44,28 0,007 R$ 44,28 0,007 R$ 44,28 Equipe Oficial especializado Un. R$ 2.608,84 0,014 R$ 37,81 0,014 R$ 37,81 0,014 R$ 37,81 Equipe Funcionário Operacional Un. R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 Terceirização Assistência TI Un. R$ 350,00 0,25 R$ 87,50 0,25 R$ 87,50 0,25 R$ 87,50 Terceirização Contabilidade Un. R$ 1.700,00 0,25 R$ 425,00 0,25 R$ 425,00 0,25 R$ 425,00 Terceirização Jurídico Un. R$ 150,00 0,25 R$ 37,50 0,25 R$ 37,50 0,25 R$ 37,50 Terceirização Zeladoria Un. R$ 6.742,81 0,5 R$ 3.371,41 0,5 R$ 3.371,41 0,5 R$ 3.371,41 Terceirização Risco (Seguro) Un. 0,5% R$ 824,61 R$ 1.297,86 R$ 1.636,88 Terceirização Telefonia/Rede Un. R$ 819,89 0,25 R$ 204,97 0,25 R$ 204,97 0,25 R$ 204,97 Terceirização Treinamento Obrigatório Un. R$ 205,00 0,1 R$ 20,50 0,1 20,5 0,1 R$ 20,50 Terceirização Treinamento Interno Un. R$ 250,00 0,5 R$ 125,00 0,5 125,0 0,5 R$ 125,00 Consumo Água m³ R$ 8,40 1,87 R$ 15,75 18 R$ 148,73 20 R$ 164,47 Consumo Energia kwh R$ 2, R$ 918, R$ 1.225, R$ 1.633,32 Outros Outros Un. 5% 1 R$ 0,05 1 R$ 0,05 1 R$ 0,05 Total R$ 8.790,16 R$ 9.702,64 R$ ,72 *TOTAL (custo mensal inclusos todos os encargos, exceto os referentes à manutenção) Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, P1 Unidades P2 P3 P1 P2 P3 Pag. 61

62 5.1.3 Receitas e demonstração do resultado A demonstração do resultado anual para cada unidade de Ponto Limpo está detalhada no Quadro 15. Não foi considerada receita potencial. Estão considerados os custos de manutenção do negócio, reinvestimento em equipamentos devido à depreciação e aos impostos. Quadro 15 Demonstrativo de resultados anual para os Pontos Limpos. DRE - Anual Ponto Limpo Unidades P1 P2 P3 CAPEX R$ ,89 R$ ,39 R$ ,39 R$ - R$ Receita Bruta R$ - R$ - R$ - R$ - R$ (-) Impostos sobre vendas (PIS e COFINS)¹ R$ - R$ - R$ - R$ - R$ (=) Receita Líquida R$ - R$ - R$ - R$ - R$ (-) OPEX R$ ,94 R$ ,66 R$ ,66 R$ - R$ (-) Manutenção de Equipamentos R$ 8.058,49 R$ ,27 R$ ,84 R$ - R$ (=) Resultado Bruto -R$ ,43 -R$ ,93 -R$ ,50 R$ - R$ (-) Depreciação² R$ ,76 R$ ,10 R$ ,07 R$ - R$ (=) Resultado Operacional Bruto -R$ ,19 -R$ ,03 -R$ ,57 R$ - R$ (-) CSLL R$ - R$ - R$ - R$ - R$ (-) IR R$ - R$ - R$ - R$ - R$ (=) Resultado Líquido do Exercício -R$ ,19 -R$ ,03 -R$ ,57 R$ - R$ Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, A Rede de Pontos Limpos é voltada para atender o pequeno gerador e, nos modelos atualmente adotados (URPV), é considerada atividade de utilidade pública, sem cobrança para recebimento dos RCCV. Devido a isso, a receita deverá ser indireta por meio de impostos municipais (IPTU). O custo anual para operação e manutenção da Rede de Pontos Limpos, em valores nominais, é de R$ ,19 para a unidade P1; R$ ,03 na unidade P2; e R$ ,57 na unidade P3. Na ocasião da implantação das unidades, o Plano de Negócio deve considerar esses custos para promover a viabilidade desta Rede. Destaca-se que o uso de terrenos próprios poderia reduzir sensivelmente os custos. 5.2 ÁREA DE TRANSBORDO Esta análise considerou um índice de produtividade de 100% para a unidade P1, operando por um período de 30 anos. Para análise da viabilidade do projeto, foi considerado um custo de capital de 14,25%, que equivale à taxa Selic vigente em 21/10/2015. O investimento é considerado viável caso a Taxa Interna de Retorno seja maior que esse custo de capital. Pag. 62

63 5.2.1 Custos de investimento (CAPEX) O custo de investimento (CAPEX) na ordem de 4 milhões para a implantação da Unidade de Transbordo são detalhados no Quadro 16. Além de custos dentre serviços de planejamento, construções e mobilização de equipe, também foram considerados para as Unidades de Transbordo investimentos em equipamentos como balança rodoviária, varredora industrial, pá carregadeira, gerador e contêineres. O principal custo é a compra de terreno, que representa 53% do investimento total 6.000m² na RMBH por mais de 2 milhões de reais. O segundo valor mais representativo foi a urbanização e vias internas do empreendimento, que se feito em paralelepípedo, custaria 11% do total, ou R$ ,00. Os equipamentos representam pouco mais de 30% do total. Quadro 16 Custos de Investimentos para implantação da Unidade de Transbordo. CAPEX Unidades P1 t/h 74 Área de Transbordo t/ano Insumo Observações Unidade Preço Un. Quant. Preço total Planejamento Plano de negócio m² R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Projeto executivo m² R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Licenciamento Un. 5% R$ ,96 Terreno Região Metropolitana m² R$ 355, R$ ,00 Construção Urbanização e vias m² R$ 75, R$ ,00 Construção Cercamento perimetral m² R$ 60, R$ ,00 Construção Guarita m² R$ 790,04 18 R$ ,73 Construção Depósito m² R$ 790,04 24 R$ ,96 Construção Sistema de Segurança m² R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Balança Rodoviária Un. R$ ,76 1 R$ ,76 Equipamento Pá Carregadeira Un. R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Varredora industrial Un. R$ ,60 1 R$ ,60 Equipamento Contêiner 36m³ Un. R$ ,00 8 R$ ,00 Equipamento Informática Un. R$ 2.499,00 1 R$ 2.499,00 Equipamento Grupo Gerador 800KVA Un. R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento - ST EPI Un. R$ 199,37 4 R$ 849,49 Equipamento - ST Lava-olhos Un. R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 Mobilização de equipe Contratação (RH) - 80% R$ 7.709,71 Mobilização de equipe Treinamento Obrigatório Un. R$ 410,00 11 R$ 4.510,00 Mobilização de equipe Treinamento Interno Un. R$ 250,00 2 R$ 500,00 Outros Mobília Escritório Un. R$ 1.000,00 1 R$ 1.000,00 Outros Taxas, impostos e afins Un. 5% R$ ,56 Total R$ ,77 P1 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Custos operacionais (OPEX) Pag. 63

64 O custo operacional (OPEX) na ordem de 30 mil reais para a implantação da Unidade de Transbordo são detalhados no Quadro 17. Foram considerados custos básicos dentre equipe, terceirização de serviços e consumíveis (água, energia e combustível). O custo com equipe representa 53,23% do total, e pode ser objeto de estudo para uma eventual redução de custos, ainda que este não se apresente alto. Quadro 17 - Custos Operacionais para a Unidade de Transbordo. OPEX Unidades P1 t/h 74 Área de Transbordo t/ano Insumo Observações Unidade Preço Un. Quant. Preço total Equipe Gerente Un. R$ ,85 0,04 R$ 518,86 Equipe Responsável de Q/MA/SS Un. R$ 7.353,06 0,04 R$ 319,70 Equipe Administrador nível superior Un. R$ 4.870,37 0,04 R$ 211,76 Equipe Encarregado operacional Un. R$ 6.110,24 1,04 R$ 6.375,90 Equipe Operador de maquinário Un. R$ 2.953,42 2 R$ 5.906,85 Equipe Oficial especializado Un. R$ 2.608,84 0,09 R$ 226,86 Equipe Funcionário Operacional Un. R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 Terceirização Assistência TI Un. R$ 350,00 0,5 R$ 175,00 Terceirização Contabilidade Un. R$ 1.700,00 0 R$ 425,00 Terceirização Jurídico Un. R$ 150,00 1 R$ 150,00 Terceirização Zeladoria Un. R$ 6.742,81 0,5 R$ 3.371,41 Terceirização Risco (Seguro) Un. 0,5% 1 R$ 1.668,74 Terceirização Telefonia/Rede Un. R$ 819,89 0,5 R$ 409,95 Terceirização Treinamento Obrigatório Un. R$ 205,00 1 R$ 205,00 Terceirização Treinamento Interno Un. R$ 250,00 1 R$ 250,00 Terceirização Vigilância Un. R$ 5.800,00 0,5 R$ 2.900,00 Consumo Água m³ R$ 8,40 11 R$ 89,24 Consumo Energia kwh R$ 2, R$ 1.225,00 Consumo Diesel L/Mês R$ 2, R$ 1.805,31 Outros Outros Un. 5% 1 R$ 1.436,83 Total R$ ,37 P1 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Receitas e demonstração do resultado A demonstração do resultado anual para a Unidade de Transbordo está detalhada no Quadro 18. A receita potencial considerada é de R$4,67 por tonelada de resíduo. Também estão considerados os custos de manutenção do negócio, reinvestimento em equipamentos devido à depreciação e aos impostos. Pag. 64

65 Quadro 18 Demonstrativo de resultados anual para a Unidade de Transbordo. DRE - Anual Área de Transbordo Unidades P1 CAPEX R$ ,77 Receita Bruta R$ ,67 (-) Impostos sobre vendas (PIS e COFINS)¹ R$ ,33 (=) Receita Líquida R$ ,33 (-) OPEX R$ ,46 (-) Manutenção de Equipamentos R$ ,66 (=) Resultado Bruto R$ ,21 (-) Depreciação² R$ ,56 (=) Resultado Operacional Bruto R$ ,65 (-) CSLL R$ ,33 (-) IR R$ ,55 (=) Resultado Líquido do Exercício R$ ,77 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, A Área de Transbordo gera um resultado anual positivo, porém não suficiente para proporcionar o retorno sobre o capital investido. A taxa interna de retorno é negativa, de -2,58%, o que tornaria o investimento inviável do ponto de vista econômico nas condições avaliadas. Para a viabilidade econômica do empreendimento, a receita deveria ser 45% maior, o que elevaria para R$6,77 o custo da tonelada recebida. Outra alternativa para a viabilidade econômica seria o uso de terrenos cedidos ou redimensionamento dos equipamentos. Por ocasião da implantação efetiva das unidades, o Plano de Negócio deve ser ajustado para se obter o resultado economicamente viável. 5.3 ÁREA DE TRIAGEM E TRANSBORDO Esta análise considerou um índice de produtividade de 100% para as unidades: P1; P2; P3; P4 e P5, operando por um período de 30 anos. Para análise da viabilidade do projeto, foi considerado um custo de capital de 14,25%, que equivale à taxa Selic vigente em 21/10/2015. O investimento é considerado viável caso a Taxa Interna de Retorno seja maior que esse custo de capital. Pag. 65

66 5.3.1 Custos de investimento (CAPEX) O custo de investimento (CAPEX) variável de 1,7 a 5,4 milhões de reais para a implantação das Unidades de Triagem e Transbordo está detalhado no Quadro 19. Além de custos dentre serviços de planejamento, construções e mobilização de equipe, também foram considerados para as Unidades de Triagem e Transbordo investimentos em equipamentos como balança rodoviária, varredora industrial, pá carregadeira, empilhadeira, gerador, contêineres e esteira de triagem. Observa-se que o custo com aquisição de terrenos é relativamente maior nas unidades com maior capacidade de produção. Na unidade P1, de menor capacidade produtiva, o custo com compra de terreno representa 20,4% do custo total, enquanto em P5, unidade com maior capacidade produtiva, esse valor representa 51,7%. Os equipamentos representam 59% de CAPEX na unidade P1, enquanto na unidade P5 esse valor representa cerca de 26%. Pag. 66

67 Quadro 19 Custos de Investimentos para implantação das Unidades de Triagem e Transbordo. CAPEX Unidades P1 P2 P3 P4 P5 t/h 8,8 t/h 17 t/h 35 t/h 47,5 t/h 60 Área de Triagem e Transbordo t/ano t/ano t/ano t/ano t/ano Item Subitem Unidade Preço Un. Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Planejamento Plano de negócio m² R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Projeto executivo m² R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Licenciamento Un. 5% R$ ,34 R$ ,74 R$ ,09 R$ ,09 R$ ,48 Terreno Região Metropolitana m² R$ 355, R$ , R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Urbanização e vias m² R$ 75, R$ , R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Cercamento perimetral m² R$ 60, R$ 7.800, R$ 9.600, R$ , R$ , R$ ,00 Construção Guarita m² R$ 790,04 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 Construção Vestiário m² R$ 790,04 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 Construção Depósito m² R$ 790,04 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 Construção Sistema de Segurança m² R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Balança Rodoviária Un. R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 Equipamento Pá Carregadeira Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Empilhadeira Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Varredora industrial Un. R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 Equipamento Esteira de Triagem Un. R$ ,00 1 R$ ,00 2 R$ ,00 3 R$ ,00 5 R$ ,00 6 R$ ,00 Equipamento Contêiner 36m³ Un. R$ ,00 4 R$ ,00 4 R$ ,00 4 R$ ,00 4 R$ ,00 4 R$ ,00 Equipamento Informática Un. R$ 2.499,00 1 R$ 2.499,00 1 R$ 2.499,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 Equipamento Grupo Gerador 800KVA Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento - ST EPI Un. R$ 199,37 7 R$ 1.430,26 9 R$ 1.829,00 11 R$ 2.227,74 11 R$ 2.227,74 13 R$ 2.626,48 Equipamento - ST Lava-olhos Un. R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 Mobilização de equipe Contratação (RH) - 80% R$ ,85 R$ ,03 R$ ,21 R$ ,21 R$ ,40 Mobilização de equipe Treinamento Obrigatório Un. R$ 410,00 11 R$ 4.510,00 11 R$ 4.510,00 11 R$ 4.510,00 11 R$ 4.510,00 11 R$ 4.510,00 Mobilização de equipe Treinamento Interno Un. R$ 250,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 Outros Mobília Escritório Un. R$ 1.000,00 1 R$ 1.000,00 1 R$ 1.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 Outros Taxas, impostos e afins Un. 5% R$ ,16 R$ ,08 R$ ,19 R$ ,69 R$ ,61 Total R$ ,39 R$ ,63 R$ ,01 R$ ,51 R$ ,74 P1 P2 P3 P4 P5 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 67

68 5.3.2 Custos operacionais (OPEX) O custo operacional (OPEX) variável entre 45 e 105 mil reais para a implantação das Unidades de Triagem e Transbordo está detalhado no Quadro 20. Foram considerados custos básicos dentre equipe, terceirização de serviços e consumíveis (água, energia e combustível). Nas unidades com maior volume de produção, observa-se uma melhor utilização do custo com equipe, ao passo que a produção aumenta relativamente mais do que a mão de obra necessária à operação. Também é evidente um aumento significativo na utilização dos itens de consumo, que vai de uma representatividade de 16,81% em P1 a 49,16% em P5. Pag. 68

69 Quadro 20 - Custos Operacionais para as Unidades de Triagem e Transbordo. OPEX P1 P2 P3 P4 P5 t/h 8,8 t/h 17 t/h 35 t/h 47,5 t/h 60 Área de Triagem e Transbordo t/ano t/ano t/ano t/ano t/ano Item Subitem Unidade Preço Un. Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Equipe Gerente Un. R$ ,85 0,04 R$ 518,86 0,04 R$ 518,86 0,04 R$ 518,86 0,04 R$ 518,86 0,04 R$ 518,86 Equipe Responsável de Q/MA/SS Un. R$ 7.353,06 0,04 R$ 319,70 0,04 R$ 319,70 0,04 R$ 319,70 0,04 R$ 319,70 0,04 R$ 319,70 Equipe Administrador nível superior Un. R$ 4.870,37 0,04 R$ 211,76 0,04 R$ 211,76 0,04 R$ 211,76 0,04 R$ 211,76 0,04 R$ 211,76 Equipe Encarregado operacional Un. R$ 6.110,24 1,04 R$ 6.375,90 1,04 R$ 6.375,90 1,04 R$ 6.375,90 1,04 R$ 6.375,90 1,04 R$ 6.375,90 Equipe Operador de maquinário Un. R$ 2.953,42 1 R$ 2.953,42 1 R$ 2.953,42 1 R$ 2.953,42 1 R$ 2.953,42 1 R$ 2.953,42 Equipe Oficial especializado Un. R$ 2.608,84 2 R$ 5.217,68 2 R$ 5.217,68 2 R$ 5.217,68 2 R$ 5.217,68 2 R$ 5.217,68 Equipe Funcionário Operacional Un. R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 Equipe Servente Un. R$ 1.884,57 2 R$ 3.769,13 4 R$ 7.538,26 6 R$ ,39 6 R$ ,39 8 R$ ,52 Terceirização Assistência TI Un. R$ 350,00 0,5 R$ 175,00 0,5 R$ 175,00 0,5 R$ 175,00 0,5 R$ 175,00 0,5 R$ 175,00 Terceirização Contabilidade Un. R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 Terceirização Jurídico Un. R$ 150,00 1 R$ 150,00 1 R$ 150,00 1 R$ 150,00 1 R$ 150,00 1 R$ 150,00 Terceirização Laboratório Un. R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 Terceirização Zeladoria Un. R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 Terceirização Risco (Seguro) Un. 0,5% R$ 722,66 R$ 837,96 R$ 1.073,67 R$ 1.916,26 R$ 2.288,63 Terceirização Telefonia/Rede Un. R$ 819,89 0,5 R$ 409,95 0,5 R$ 409,95 0,5 R$ 409,95 0,5 R$ 409,95 0,5 R$ 409,95 Terceirização Treinamento Obrigatório Un. R$ 205,00 1 R$ 205,00 1 R$ 205,00 1 R$ 205,00 1 R$ 205,00 1 R$ 205,00 Terceirização Treinamento Interno Un. R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 Terceirização Vigilância Un. R$ 5.800,00 0,5 R$ 2.900,00 0,5 R$ 2.900,00 0,5 R$ 2.900,00 0,5 R$ 2.900,00 0,5 R$ 2.900,00 Consumo Água m³ R$ 8,40 12 R$ 104,98 16 R$ 134,73 20 R$ 164,47 39 R$ 327,20 46 R$ 386,69 Consumo Energia kwh R$ 2, R$ 5.389, R$ , R$ , R$ , R$ ,12 Consumo Diesel L/Mês R$ 2, R$ 2.146, R$ 4.147, R$ 8.538, R$ , R$ ,66 Outros Outros Un. 5% - R$ 2.164,74 - R$ 2.711,56 - R$ 3.684,01 - R$ 4.269,51 - R$ 5.014,78 Total R$ ,56 R$ ,74 R$ ,31 R$ ,65 R$ ,46 *TOTAL (custo mensal, inclusos todos os encargos, exceto os referentes à manutenção) Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Unidades P1 P2 P3 P4 P5 Pag. 69

70 5.3.3 Receitas e Demonstração do resultado A demonstração do resultado anual para cada unidade de Triagem e Transbordo está detalhada no Quadro 21. A receita potencial considerada é de R$29,00 por tonelada de resíduo. Também estão considerados os custos de manutenção do negócio, reinvestimento em equipamentos devido à depreciação e aos impostos. Quadro 21 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Triagem e Transbordo. DRE - Anual Área de Triagem e Transbordo Unidades P1 P2 P3 P4 P5 CAPEX R$ ,39 R$ ,63 R$ ,01 R$ ,51 R$ ,74 Receita Bruta R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 R$ ,00 (-) Impostos sobre vendas (PIS e COFINS)¹ R$ ,28 R$ ,57 R$ ,13 R$ ,64 R$ ,02 (=) Receita Líquida R$ ,72 R$ ,43 R$ ,87 R$ ,36 R$ ,98 (-) OPEX R$ ,75 R$ ,87 R$ ,74 R$ ,81 R$ ,49 (-) Manutenção de Equipamentos R$ ,27 R$ ,57 R$ ,45 R$ ,05 R$ ,35 (=) Resultado Bruto -R$ ,30 R$ ,00 R$ ,68 R$ ,50 R$ ,13 (-) Depreciação² R$ ,23 R$ ,68 R$ ,94 R$ ,84 R$ ,29 (=) Resultado Operacional Bruto -R$ ,54 R$ ,31 R$ ,74 R$ ,66 R$ ,84 (-) CSLL R$ - R$ 7.623,30 R$ ,94 R$ ,14 R$ ,55 (-) IR R$ - R$ ,50 R$ ,94 R$ ,16 R$ ,96 (=) Resultado Líquido do Exercício -R$ ,54 R$ ,52 R$ ,87 R$ ,36 R$ ,34 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Na unidade P1 o resultado anual é negativo, e nas demais unidades o resultado é positivo. Isso acontece devido à otimização de infraestrutura e mão de obra nas unidades com maior capacidade de produção. Mesmo com resultado positivo, a unidade P2 tem taxa interna de retorno negativa, de - 0,26%, o que tornaria o investimento inviável a partir dos dados adotados. As unidades P3, P4 e P5 apresentam altas taxas de retorno, de 21,19%, 57,17% e 62,1% respectivamente. Outra alternativa para a viabilidade seria o uso de terrenos próprios. Para a viabilidade econômica das unidades P1, seria necessário mais que dobrar a receita potencial do negócio, o que poderia ser feito pelo encarecimento do serviço de recebimento para R$64,10 por tonelada, ou pela melhoria nas condições financeiras de destinação final venda de produtos. Para P2, a receita deve ser aumentada em um acréscimo de 33%, podendo isso ocorrer no valor de recebimento de resíduos, que chegaria a R$38,60 por tonelada. Analisando o conjunto de unidades em um mesmo demonstrativo de resultados, o investimento se tornaria viável com a taxa de retorno global de 39,03%, com a receita Pag. 70

71 potencial considerada de R$29,00. Assim sendo, se realizado por um mesmo investidor, o investimento tornar-se-ia viável em seu conjunto. 5.4 UNIDADE DE TRATAMENTO CERÂMICO E PRODUÇÃO DE CDR Esta análise considerou um índice de produtividade de 100%, para a unidade P1, operando por um período de 30 anos. Para análise da viabilidade do projeto, foi considerado um custo de capital de 14,25%, que equivale à taxa Selic vigente em 21/10/2015. A taxa Selic foi utilizada, pois é um referencial mínimo para a formação de taxas de juros no mercado, já que é a taxa utilizada como referência para a remuneração de títulos públicos que, teoricamente, são livres de risco. O investimento é considerado viável caso a Taxa Interna de Retorno seja maior que esse custo de capital Custos de investimento (CAPEX) O custo de investimento (CAPEX) na ordem de 10 milhões de reais para a implantação da Unidade de Tratamento Cerâmico e Produção CDR está detalhado no Quadro 22. Além de custos dentre serviços de planejamento, construções e mobilização de equipe, também foram considerados para a Unidade de Tratamento Cerâmico e Produção CDR investimentos em equipamentos como balança rodoviária, varredora industrial, 2 pás carregadeiras, 2 empilhadeiras, gerador, e 4 britadores. Os principais custos são compra de terreno, representando cerca de 37% do investimento total, e o custo com equipamentos representando 32%, equivalentes a cerca de 3 e 3,5 milhões de reais, respectivamente. Pag. 71

72 Quadro 22 Custos de Investimentos para implantação da Unidade de Tratamento Cerâmico e Produção CDR. CAPEX Unidades P1 t/h 181,4 Unidade de Tratamento de Cerâmico + CDR t/ano Item Subitem Unidade Preço Un. Quant. Preço total Planejamento Plano de negócio Un. R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Projeto executivo Un. R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Licenciamento Un. 5% R$ ,82 Terreno Região Metropolitana m² R$ 355, R$ ,00 Construção Galpão m² R$ 626, R$ ,00 Construção Área Verde m² R$ 35, R$ 7.000,00 Construção Urbanização e vias m² R$ 75, R$ ,00 Construção Cercamento perimetral m² R$ 60, R$ ,00 Construção Guarita m² R$ 790,04 18,2 R$ ,73 Construção Vestiário m² R$ 790,04 18,2 R$ ,73 Construção Depósito m² R$ 790,04 24 R$ ,96 Construção Sistema de Segurança m² R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Balança Rodoviária Un. R$ ,76 1 R$ ,76 Equipamento Pá Carregadeira Un. R$ ,00 2 R$ ,00 Equipamento Empilhadeira Un. R$ ,00 2 R$ ,00 Equipamento Varredora industrial Un. R$ ,60 1 R$ ,60 Equipamento Britador 1 Un. R$ ,00 2 R$ ,00 Equipamento Britador 2 Un. R$ ,00 2 R$ ,00 Equipamento Informática Un. R$ 2.499,00 2 R$ 4.998,00 Equipamento Grupo Gerador 800KVA Un. R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento - ST EPI Un. R$ 199,37 25 R$ 4.984,25 Equipamento - ST Lava-olhos Un. R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 Mobilização de equipe Contratação (RH) - 80% R$ ,39 Mobilização de equipe Treinamento Obrigatório Un. R$ 410,00 13 R$ 5.330,00 Mobilização de equipe Treinamento Interno Un. R$ 250,00 2 R$ 500,00 Outros Mobília Escritório Un. R$ 1.000,00 2 R$ 2.000,00 Outros Taxas, impostos e afins Un. 5% 1 R$ ,91 Total R$ ,15 P1 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Custos Operacionais (OPEX) O custo operacional (OPEX) de 500 mil reais para a implantação da Unidade de Tratamento Cerâmico e Produção CDR está detalhado no Quadro 23. Foram considerados custos básicos dentre equipe, terceirização de serviços e consumíveis (água, energia e combustível). Destaque para o custo com energia elétrica, que representa 67% do custo operacional total, e é um dos itens que poderia ser explorado a fim de se obter redução. A equipe composta por 24 membros representa uma proporção de 15% sobre OPEX. Pag. 72

73 Quadro 23 - Custos Operacionais para a Unidade de Tratamento Cerâmico e Produção CDR. OPEX. Unidades P1 Unidade de Tratamento de Cerâmico + CDR t/h 181,4 t/ano Item Subitem Unidade Preço Un. Quant. Preço total Equipe Gerente Un. R$ ,85 0,25 R$ 2.983,46 Equipe Responsável de Q/MA/SS Un. R$ 7.353,06 0,25 R$ 1.838,26 Equipe Administrador nível superior Un. R$ 4.870,37 0,25 R$ 1.217,59 Equipe Mestre de Obra Un. R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 Equipe Encarregado operacional Un. R$ 6.110,24 2,25 R$ ,03 Equipe Operador de maquinário Un. R$ 2.953,42 4 R$ ,69 Equipe Oficial especializado Un. R$ 2.608,84 10 R$ ,40 Equipe Funcionário Operacional Un. R$ 2.501,99 2 R$ 5.003,97 Equipe Servente Un. R$ 1.884,57 4 R$ 7.538,26 Terceirização Assistência TI Un. R$ 350,00 0,5 R$ 175,00 Terceirização Contabilidade Un. R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 Terceirização Jurídico Un. R$ 150,00 3 R$ 450,00 Terceirização Laboratório Un. R$ 530,00 1 R$ 530,00 Terceirização Zeladoria Un. R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 Terceirização Risco (Seguro) Un. 0,5% - R$ 4.113,26 Terceirização Telefonia/Rede Un. R$ 819,89 0,8 R$ 614,92 Terceirização Treinamento Obrigatório Un. R$ 205,00 2 R$ 410,00 Terceirização Treinamento Interno Un. R$ 250,00 2 R$ 500,00 Terceirização Vigilância Un. R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 Consumo Água m³ R$ 8,40 41 R$ 342,95 Consumo Energia kwh R$ 2, R$ ,17 Consumo Diesel L/Mês R$ 2, R$ ,52 Outros Outros Un. 5% - R$ ,72 Total R$ ,04 P1 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Receitas e demonstração do resultado A demonstração do resultado anual para a Unidade de Tratamento Cerâmico e Produção CDR está detalhada no Quadro 24. A receita potencial considerada é de R$46,58 por tonelada de resíduo. Também estão considerados os custos de manutenção do negócio, reinvestimento em equipamentos devido à depreciação e aos impostos. Pag. 73

74 Quadro 24 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Tratamento Cerâmico e Produção CDR. DRE - Anual Unidade de Tratamento de Cerâmico Unidades P1 CAPEX R$ ,15 Receita Bruta R$ ,33 (-) Impostos sobre vendas (PIS e COFINS)¹ R$ ,17 (=) Receita Líquida R$ ,17 (-) OPEX R$ ,52 (-) Manutenção de Equipamentos R$ ,03 (=) Resultado Bruto R$ ,62 (-) Depreciação² R$ ,71 (=) Resultado Operacional Bruto R$ ,92 (-) CSLL R$ ,40 (-) IR R$ ,23 (=) Resultado Líquido do Exercício R$ ,29 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, A projeção de resultado da planta de tratamento de material cerâmico produção de CDR indica uma alta lucratividade, com resultado líquido anual na ordem de seis milhões de reais. A taxa interna de retorno para a unidade P1 é de 64,61%, e considerando o custo de capital de 14,25%, o investimento gera um spread de 50,36%, o que nos leva a concluir que o investimento é viável e bastante lucrativo. Dessa forma, a receita potencial poderia ser reduzida, uma vez que foi considerada cobrança para recebimento de resíduos no valor de R$8,33/t. Esse valor suprimido reduziria a TIR para 47%, investimento ainda bastante lucrativo, e incentivaria o gerador a segregar os resíduos objetivando reduzir custo com destinação final. Ainda assim, por ocasião da implantação efetiva das unidades, o plano de negócio deve ser mais bem detalhado e ajustado para efetivamente se garantir uma significativa taxa de retorno interno. 5.5 UNIDADE DE TRATAMENTO DE MADEIRA E PAPEL Esta análise considerou um índice de produtividade de 100%, para as unidades: P1; P2; P3; P4, operando por um período de 30 anos. Para análise da viabilidade do projeto, foi considerado um custo de capital de 14,25%, que equivale à taxa Selic vigente em 21/10/2015. A taxa Selic foi utilizada, pois é um referencial mínimo para a formação de taxas de juros no mercado, já que é a taxa utilizada como referência para Pag. 74

75 a remuneração de títulos públicos que, teoricamente, são livres de risco. O investimento é considerado viável caso a Taxa Interna de Retorno seja maior que esse custo de capital Custos de investimento (CAPEX) O custo de investimento (CAPEX) variável entre 3,9 e 5,9 milhões de reais para a implantação das Unidades de Tratamento de Madeira e Papel está detalhado no Quadro 25. Além de custos dentre serviços de planejamento, construções e mobilização de equipe, também foram considerados para o empreendimento investimentos em equipamentos como balança rodoviária, varredora industrial, pá carregadeira, empilhadeira, gerador, e motosserra e picador. Observa-se que o custo com construção tem grande impacto sobre o custo total, representando 37,4%, 39%, 41,5% e 42,3% para P1, P2, P3 e P4, respectivamente. As proporções de investimento em equipamentos são de 29,2%, 27,2%, 23,9% e 23,5%, enquanto o terreno representa 22,6%, 23,1%, 24% e 23,8%. Pag. 75

76 Quadro 25 Custos de Investimentos para implantação das Unidades de Tratamento de Madeira e Papel. CAPEX Unidade de Tratamento de Madeira e Papel - Rateado Unidades P1 P2 P3 P4 t/ano 7 t/ano 9,5 t/ano 12,5 t/ano 20,4 t/ano t/ano t/ano t/ano Item Subitem Unidade Preço Un. Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Planejamento Plano de negócio Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Projeto executivo Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Licenciamento Un. 5% R$ ,02 R$ ,48 R$ ,10 R$ ,25 Terreno Região Metropolitana m² R$ 355, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Galpão m² R$ 626, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Área Verde m² R$ 35, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Urbanização e vias m² R$ 75, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Cercamento perimetral m² R$ 60, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Guarita m² R$ 790,04 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 Construção Vestiário m² R$ 790,04 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 Construção Depósito m² R$ 790,04 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 Construção Sistema de Segurança m² R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1,2 R$ ,00 Equipamento Balança Rodoviária Un. R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 Equipamento Pá Carregadeira Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Empilhadeira Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Varredora industrial Un. R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 Equipamento Motoserra Un. R$ 1.722,90 1 R$ 1.722,90 1 R$ 1.722,90 2 R$ 3.445,80 2 R$ 3.445,80 Equipamento Picador p/ Madeira Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 2 R$ ,00 Equipamento Informática Un. R$ 2.499,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 3 R$ 7.497,00 Equipamento Grupo Gerador 800KVA Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento - ST EPI Un. R$ 199,37 10 R$ 1.993,70 11 R$ 2.193,07 12 R$ 2.392,44 13 R$ 2.591,81 Equipamento - ST Lava-olhos Un. R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 Mobilização de equipe Contratação (RH) - 80% R$ ,14 R$ ,38 R$ ,63 R$ ,87 Mobilização de equipe Treinamento Obrigatório Un. R$ 410,00 12 R$ 4.920,00 12 R$ 4.920,00 12 R$ 4.920,00 12 R$ 4.920,00 Mobilização de equipe Treinamento Interno Un. R$ 250,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 Outros Mobília Escritório Un. R$ 1.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 3 R$ 3.000,00 Equipamento Prensa Un. R$ 1.722,90 1 R$ 1.722,90 2 R$ 1.722,90 2 R$ 3.445,80 3 R$ 3.445,80 Outros Taxas, impostos e afins Un. 5% R$ ,52 R$ ,15 R$ ,10 R$ ,77 Total R$ ,96 R$ ,16 R$ ,14 R$ ,07 P1 P2 P3 P4 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 76

77 5.5.2 Custos operacionais (OPEX) O custo operacional (OPEX) variável entre 78 e 116 mil reais para a implantação das Unidades de Tratamento de Madeira e Papel está detalhado no Quadro 26. Foram considerados custos básicos dentre equipe, terceirização de serviços e consumíveis (água, energia e combustível). A equipe é composta por entre 9 e 13 colaboradores, representando custos entre 37,7 e 45,5 mil reais (P1 P5). Com o aumento proporcional da energia e diesel pelo aumento da produção, os custos com equipe citados representam mais para P1 tendendo a redução para P5, sendo proporcionalmente entre 48% e 39%, respectivamente. Pag. 77

78 Quadro 26 - Custos Operacionais para as Unidades de Unidades de Tratamento de Madeira e Papel. OPEX Unidade de Tratamento de Madeira e Papel P1 P2 P3 P4 t/ano 7 t/ano 9,5 t/ano 12,5 t/ano 20,4 t/ano t/ano t/ano t/ano Item Subitem Unidade Preço Un. Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Equipe Gerente Un. R$ ,85 0,25 R$ 2.983,46 0,25 R$ 2.983,46 0,25 R$ 2.983,46 0,25 R$ 2.983,46 Equipe Responsável de Q/MA/SS Un. R$ 7.353,06 0,25 R$ 1.838,26 0,25 R$ 1.838,26 0,25 R$ 1.838,26 0,25 R$ 1.838,26 Equipe Administrador nível superior Un. R$ 4.870,37 0,25 R$ 1.217,59 0,25 R$ 1.217,59 0,25 R$ 1.217,59 0,25 R$ 1.217,59 Equipe Mestre de Obra Un. R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 Equipe Encarregado operacional Un. R$ 6.110,24 1,25 R$ 7.637,80 1,25 R$ 7.637,80 1,25 R$ 7.637,80 1,25 R$ 7.637,80 Equipe Operador de maquinário Un. R$ 2.953,42 1 R$ 2.953,42 1 R$ 2.953,42 1 R$ 2.953,42 1 R$ 2.953,42 Equipe Oficial especializado Un. R$ 2.608,84 3 R$ 7.826,52 4 R$ ,36 5 R$ ,20 6 R$ ,04 Equipe Funcionário Operacional Un. R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 Equipe Servente Un. R$ 1.884,57 2 R$ 3.769,13 2 R$ 3.769,13 2 R$ 3.769,13 2 R$ 3.769,13 Terceirização Assistência TI Un. R$ 350,00 1 R$ 350,00 1 R$ 350,00 1 R$ 350,00 1 R$ 350,00 Terceirização Contabilidade Un. R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 Terceirização Jardinagem Un. R$ 7.022,44 1 R$ 3.511,22 1 R$ 3.511,22 1 R$ 3.511,22 1 R$ 3.511,22 Terceirização Jurídico Un. R$ 150,00 4 R$ 600,00 4 R$ 600,00 4 R$ 600,00 4 R$ 600,00 Terceirização Laboratório Un. R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 Terceirização Zeladoria Un. R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 Terceirização Risco (Seguro) Un. 0,5% R$ 1.634,92 R$ 1.757,14 R$ 2.002,51 R$ 2.485,50 Terceirização Telefonia/Rede Un. R$ 819,89 1 R$ 819,89 1 R$ 819,89 1 R$ 819,89 1 R$ 819,89 Terceirização Treinamento Obrigatório Un. R$ 205,00 1 R$ 205,00 1 R$ 205,00 1 R$ 205,00 1 R$ 205,00 Terceirização Treinamento Interno Un. R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 Terceirização Vigilância Un. R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 Consumo Água m³ R$ 8,40 32 R$ 267,75 35 R$ 297,45 39 R$ 328,95 42 R$ 356,94 Consumo Energia kwh R$ 2, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Consumo Diesel L/Mês R$ 2, R$ 1.707, R$ 2.317, R$ 3.049, R$ 4.976,80 Outros Outros Un. 5% - R$ 3.736,40 - R$ 4.134,58 - R$ 4.591,04 - R$ 5.569,09 R$ ,36 R$ ,23 R$ ,89 R$ ,99 Total Unidades P1 P2 P3 P4 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 78

79 5.5.3 Receitas e demonstração do resultado A demonstração do resultado anual para cada unidade de Tratamento de Madeira e Papel está detalhada no Quadro 27. A receita potencial considerada é de R$202,44 por tonelada de resíduo. Também estão considerados os custos de manutenção do negócio, reinvestimento em equipamentos devido à depreciação e aos impostos. Quadro 27 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Tratamento de Madeira e Papel. DRE - Anual Unidade de Tratamento de Madeira e Papel Unidades P1 P2 P3 P4 CAPEX R$ ,96 R$ ,16 R$ ,14 R$ ,07 Receita Bruta R$ ,00 R$ ,87 R$ ,24 R$ ,24 (-) Impostos sobre vendas (PIS e COFINS)¹ R$ ,26 R$ ,77 R$ ,22 R$ ,47 (=) Receita Líquida R$ ,75 R$ ,10 R$ ,02 R$ ,77 (-) OPEX R$ ,32 R$ ,75 R$ ,70 R$ ,83 (-) Manutenção de Equipamentos R$ ,76 R$ ,28 R$ ,99 R$ ,58 (=) Resultado Bruto R$ ,67 R$ ,07 R$ ,34 R$ ,35 (-) Depreciação² R$ ,19 R$ ,44 R$ ,63 R$ ,18 (=) Resultado Operacional Bruto R$ ,48 R$ ,63 R$ ,71 R$ ,17 (-) CSLL R$ ,53 R$ ,32 R$ ,04 R$ ,67 (-) IR R$ ,37 R$ ,66 R$ ,68 R$ ,29 (=) Resultado Líquido do Exercício R$ ,57 R$ ,66 R$ ,99 R$ ,21 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Todas as unidades apresentam um bom resultado financeiro, atingindo taxa interna de retorno de 28,77%, 36,97%, 49,09% e 67,84%, para P1, P2, P3 e P4, respectivamente, o que comprova que o investimento é economicamente viável. Não obstante, na ocasião da implantação das unidades o plano de negócio deve ser detalhado e ajustado para atingir uma redução nos custos de investimento e operacionais, assim como a maximização da receita operacional, como forma de maximizar o resultado e minimizar ainda mais o risco do investimento. 5.6 UNIDADE DE PRODUÇÃO DE AGREGADO RECICLADO Esta análise considerou um índice de produtividade de 100%, para as unidades: P1; P2; P3; P4, operando por um período de 30 anos. Para análise da viabilidade do projeto, foi considerado um custo de capital de 14,25%, que equivale à taxa Selic vigente em 21/10/2015. A taxa Selic foi utilizada, pois é um referencial mínimo para a formação de taxas de juros no mercado, já que é a taxa utilizada como referência para a remuneração de títulos públicos que, teoricamente, são livres de risco. O investimento é considerado viável caso a Taxa Interna de Retorno seja maior que esse custo de capital. Pag. 79

80 5.6.1 Custos de investimento (CAPEX) O custo de investimento (CAPEX) variável entre 3,5 e 7,6 milhões de reais para a implantação das Unidades de Produção de Agregado Reciclado está detalhado no Quadro 28. Além de custos dentre serviços de planejamento, construções e mobilização de equipe, também foram considerados para o empreendimento investimentos em equipamentos como balança rodoviária, varredora industrial, pá carregadeira, gerador e britador. Observa-se que o custo com aquisição de terrenos entre 4 e 12 mil metros quadrados tem grande impacto sobre o custo total, representando mais de 41% na unidade P1 e mais de 55% na P4. Representando menor parcela no CAPEX, os equipamentos custariam 1,2 milhões para P1 e P2 e 1,6 milhões para P3 e P4 (31% a 21%). Pag. 80

81 Quadro 28 Custos de Investimentos para implantação das Unidades de Produção de Agregado Reciclado. Unidades CAPEX P1 P2 P3 P4 Unidade de Produção de Agregado Reciclado t/h 7,13 t/h 8 t/h 33,3 t/h 47,5 t/ano t/ano t/ano t/ano Item Subitem Unidade Preço Un. Quant Quant Quant Quant Preço total Preço total Preço total.... Preço total Planejamento Plano de negócio Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Projeto executivo Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Licenciamento Un. 5% R$ ,17 R$ ,33 R$ ,49 R$ ,65 Terreno Região Metropolitana m² R$ 355, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Urbanização e vias m² R$ 75, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Cercamento perimetral m² R$ 60, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Guarita m² R$ 790,04 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 Construção Vestiário m² R$ 790,04 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 18 R$ ,73 Construção Depósito m² R$ 790,04 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 Construção Sistema de Segurança m² R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Balança Rodoviária Un. R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 Equipamento Pá Carregadeira Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Varredora industrial Un. R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 1 R$ ,60 Equipamento Britador 1 Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 0 R$ 0,00 0 R$ 0,00 Equipamento Britador 2 Un. R$ ,00 0 R$ 0,00 0 R$ 0,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Informática Un. R$ 2.499,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 Equipamento Grupo Gerador 800KVA Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento - ST EPI Un. R$ 199,37 10 R$ 2.060,16 12 R$ 2.458,90 14 R$ 2.857,64 16 R$ 3.256,38 Equipamento - ST Lava-olhos Un. R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 Mobilização de equipe Contratação (RH) - 80% R$ ,38 R$ ,87 R$ ,35 R$ ,84 Mobilização de equipe Treinamento Obrigatório Un. R$ 410,00 13 R$ 5.330,00 13 R$ 5.330,00 13 R$ 5.330,00 13 R$ 5.330,00 Mobilização de equipe Treinamento Interno Un % 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 Outros Mobília Escritório Un. R$ 1.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 Outros Taxas, impostos e afins Un. 5% R$ ,92 R$ ,84 R$ ,26 R$ ,68 Total R$ ,40 R$ ,71 R$ ,52 R$ ,32 P1 P2 P3 P4 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 81

82 5.6.2 Custos operacionais (OPEX) O custo operacional (OPEX) variável entre 72,7 e 180,1 mil reais para a implantação das Unidades de Produção de Agregado Reciclado está detalhado no Quadro 29. Foram considerados custos básicos dentre equipe, terceirização de serviços e consumíveis (água, energia e combustível). Nas unidades com maior volume de produção, observa-se uma melhor utilização do custo com equipe, já que proporcionalmente aumenta mais a produtividade do que o quadro de mão de obra. A representatividade decai de cerca de 50% a 28% de P1 a P4. Naturalmente, também ocorreu o aumento na utilização dos itens de consumo, que representa cerca de 22% em P1 e 55% em P4. Pag. 82

83 Quadro 29 - Custos Operacionais para as Unidades de Produção de Agregado Reciclado. OPEX Unidades P1 P2 P3 P4 t/h 7,13 t/h 8 t/h 33,3 t/h 47,5 Unidade de Produção de Agregado Reciclado t/ano t/ano t/ano t/ano Item Subitem Unidade Preço Un. Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Equipe Gerente Un. R$ ,85 0,08 R$ 994,49 0,08 R$ 994,49 0,08 R$ 994,49 0,08 R$ 994,49 Equipe Responsável de Q/MA/SS Un. R$ 7.353,06 0,08 R$ 612,75 0,08 R$ 612,75 0,08 R$ 612,75 0,08 R$ 612,75 Equipe Administrador nível superior Un. R$ 4.870,37 0,08 R$ 405,86 0,08 R$ 405,86 0,08 R$ 405,86 0,08 R$ 405,86 Equipe Mestre de Obra Un. R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 Equipe Encarregado operacional Un. R$ 6.110,24 1,08 R$ 6.619,42 1,08 R$ 6.619,42 1,08 R$ 6.619,42 1,08 R$ 6.619,42 Equipe Operador de maquinário Un. R$ 2.953,42 2 R$ 5.906,85 2 R$ 5.906,85 2 R$ 5.906,85 2 R$ 5.906,85 Equipe Oficial especializado Un. R$ 2.608,84 3 R$ 7.826,52 5 R$ ,20 7 R$ ,88 9 R$ ,56 Equipe Funcionário Operacional Un. R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 Equipe Servente Un. R$ 1.884,57 2 R$ 3.769,13 2 R$ 3.769,13 2 R$ 3.769,13 2 R$ 3.769,13 Terceirização Assistência TI Un. R$ 350,00 1 R$ 175,00 1 R$ 175,00 1 R$ 175,00 1 R$ 175,00 Terceirização Contabilidade Un. R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 Terceirização Jurídico Un. R$ 150,00 2 R$ 300,00 2 R$ 300,00 3 R$ 450,00 3 R$ 450,00 Terceirização Laboratório Un. R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 Terceirização Zeladoria Un. R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 Terceirização Risco (Seguro) Un. 0,5% - R$ 1.439,82 R$ 1.540,47 R$ 2.583,85 R$ 3.180,53 Terceirização Telefonia/Rede Un. R$ 819,89 0,8 R$ 614,92 1 R$ 614,92 1 R$ 819,89 1 R$ 819,89 Terceirização Treinamento Obrigatório Un. R$ 205,00 1 R$ 205,00 1 R$ 205,00 2 R$ 410,00 2 R$ 410,00 Terceirização Treinamento Interno Un. R$ 250,00 1 R$ 250,00 1 R$ 250,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 Terceirização Vigilância Un. R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 Consumo Água m³ R$ 8, R$ 1.006, R$ 1.032, R$ 1.058, R$ 1.084,83 Consumo Energia kwh R$ 2, R$ , R$ , R$ , R$ ,29 Consumo Diesel L/Mês R$ 2, R$ 1.739, R$ 1.951, R$ 8.123, R$ ,15 Outros Outros Un. 5% - R$ 3.462,97 - R$ 3.820,73 - R$ 6.808,27 - R$ 8.577,93 Total R$ ,37 R$ ,32 R$ ,66 R$ ,50 P1 P2 P3 P4 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 83

84 5.6.3 Receitas e Demonstração do resultado A demonstração do resultado anual para cada unidade de Produção de Agregado Reciclado está detalhada no Quadro 30. A receita potencial considerada é de R$40,83 por tonelada de resíduo. Também estão considerados os custos de manutenção do negócio, reinvestimento em equipamentos devido à depreciação e aos impostos. Quadro 30 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Produção de Agregado Reciclado. DRE - Anual Unidade de Produção de Agregado Reciclado Unidades P1 P2 P3 P4 CAPEX R$ ,40 R$ ,71 R$ ,52 R$ ,32 R$ - Receita Bruta R$ ,00 R$ ,67 R$ ,33 R$ ,33 R$ - (-) Impostos sobre vendas (PIS e COFINS)¹ R$ ,25 R$ ,33 R$ ,17 R$ ,67 R$ - (=) Receita Líquida R$ ,75 R$ ,33 R$ ,17 R$ ,67 R$ - (-) OPEX R$ ,48 R$ ,88 R$ ,98 R$ ,04 R$ - (-) Manutenção de Equipamentos R$ ,78 R$ ,78 R$ ,07 R$ ,07 R$ - (=) Resultado Bruto -R$ ,51 -R$ ,33 R$ ,12 R$ ,56 R$ - (-) Depreciação² R$ ,31 R$ ,31 R$ ,31 R$ ,31 R$ - (=) Resultado Operacional Bruto -R$ ,81 -R$ ,63 R$ ,82 R$ ,25 R$ - (-) CSLL R$ - R$ - R$ ,45 R$ ,96 R$ - (-) IR R$ - R$ - R$ ,70 R$ ,56 R$ - (=) Resultado Líquido do Exercício -R$ ,81 -R$ ,63 R$ ,66 R$ ,73 R$ - Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Nas unidades P1 e P2 o resultado anual é negativo, e nas unidades P3 e P4 o resultado é positivo. Isso acontece devido à otimização da utilização de recursos nas unidades P3 e P4, que têm maior capacidade de produção com quase a mesma mão de obra. Mesmo com resultado positivo, as unidades P3 e P4 têm taxa interna de retorno respectivamente de 7,2% e 12,57%, que em uma economia com taxa básica de juros em 14,25% representam investimentos inviáveis. Por ocasião da implantação efetiva das unidades, o plano de negócios deve ser mais bem detalhado e ajustado para se obter o resultado economicamente viável, o qual não se apresentou distante. Com um hipotético acréscimo da receita na ordem de 80% em P1, 60% em P2, 10% em P3 e 3% em P4, o investimento se tornaria viável, sem que fossem revistos os itens considerados em CAPEX e OPEX. 5.7 UNIDADE DE ATERRAMENTO Esta análise considerou um índice de produtividade de 100%, para as unidades: P1; P2; P3; P4, operando por um período de 30 anos. Para análise da viabilidade do projeto, foi considerado um custo de capital de 14,25%, que equivale à taxa Selic Pag. 84

85 vigente em 21/10/2015. A taxa Selic foi utilizada, pois é um referencial mínimo para a formação de taxas de juros no mercado, já que é a taxa utilizada como referência para a remuneração de títulos públicos que, teoricamente, são livres de risco. O investimento é considerado viável caso a Taxa Interna de Retorno seja maior que esse custo de capital Custos de investimento (CAPEX) O custo de investimento (CAPEX) variável entre 2,5 e 5,6 milhões de reais para a implantação das Unidades de Aterramento de resíduos inertes está detalhado no Quadro 31. Além de custos dentre serviços de planejamento, construções e mobilização de equipe, também foram considerados para o empreendimento investimentos em equipamentos como balança rodoviária, 1 a 4 pás carregadeiras, carreta tanque e gerador. O custo com terreno foi suprimido, uma vez que locais escolhidos para serem aterrados geralmente necessitam dessa intervenção para sua própria valorização, sendo áreas degradadas/erodidas, depressões, e afins. São, então, colocados à disposição da empresa de aterramento para que ela realize o serviço, retornando o produto final ao proprietário. Esse valor, no caso da unidade P4, representava um total de 34,6 milhões de reais, o que elevaria o CAPEX de 5,5 para 43,6 milhões de reais. Pag. 85

86 Quadro 31 Custos de Investimentos para implantação das Unidades de Aterramento de resíduos inertes. Unidades CAPEX P1 P2 P3 P4 Unidade de Aterramento t/h 5 t/h 15 t/h 35 t/h 262,5 t/ano t/ano t/ano t/ano Item Subitem Unidade Preço Un. Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Planejamento Plano de negócio Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Projeto executivo Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Planejamento Licenciamento Un. 5% R$ ,17 R$ ,74 R$ ,69 R$ ,52 Terreno Região Metropolitana m² R$ 0, R$ 0, R$ 0, R$ 0, R$ 0,00 Construção Galpão m² R$ 626, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Área Verde m² R$ 35, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Urbanização e vias m² R$ 75, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Cercamento perimetral m² R$ 60, R$ , R$ , R$ , R$ ,00 Construção Guarita m² R$ 790,04 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 Construção Vestiário m² R$ 790,04 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 18,2 R$ ,73 Construção Depósito m² R$ 790,04 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 24 R$ ,96 Construção Sistema de Segurança m² R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Balança Rodoviária Un. R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 1 R$ ,76 Equipamento Pá Carregadeira Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 2 R$ ,00 4 R$ ,00 Equipamento Carreta Tanque Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento Informática Un. R$ 2.499,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 2 R$ 4.998,00 Equipamento Grupo Gerador 800KVA Un. R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 1 R$ ,00 Equipamento - ST EPI Un. R$ 199,37 9,5 R$ 1.894,02 11,5 R$ 2.292,76 13,5 R$ 2.691,50 15,5 R$ 3.090,24 Equipamento - ST Lava-olhos Un. R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 1 R$ 1.260,00 Mobilização de equipe Contratação (RH) - 80% R$ ,14 R$ ,43 R$ ,71 R$ ,00 Mobilização de equipe Treinamento Obrigatório Un. R$ 410,00 12 R$ 4.920,00 12 R$ 4.920,00 12 R$ 4.920,00 12 R$ 4.920,00 Mobilização de equipe Treinamento Interno Un. R$ 250,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 Outros Mobília Escritório Un. R$ 1.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 2 R$ 2.000,00 Outros Taxas, impostos e afins Un. 5% R$ ,02 R$ ,73 R$ ,73 R$ ,65 Total R$ ,52 R$ ,33 R$ ,31 R$ ,58 P1 P2 P3 P4 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 86

87 5.7.2 Custos operacionais (OPEX) O custo operacional (OPEX) variável entre 68,8 e 136,1 mil reais para a implantação das Unidades de Aterramento de resíduos inertes estão detalhados no Quadro 32. Foram considerados custos básicos dentre equipe, terceirização de serviços e consumíveis (água, energia e combustível). Na unidade P4 observa-se um volume de produção muito superior às demais, com um pequeno aumento no custo operacional. Ela prevê uma capacidade de produção de 52,5 vezes que P1, sendo o custo operacional somente duas vezes maior. Os custos mais representativos em todas as unidades P1 a P são com equipe e terceirização de serviços, respectivamente em média 47% e 23,6%. Pag. 87

88 Quadro 32 - Custos Operacionais para as Unidades de Aterramento de resíduos inertes. OPEX Unidades P1 P2 P3 P4 t/h 5 t/h 15 t/h 35 t/h 262,5 Unidade de Aterramento t/ano t/ano t/ano t/ano Insumo Observações Unidade Preço Un. Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Quant. Preço total Equipe Gerente Un. R$ ,85 0,13 R$ 1.491,73 0,13 R$ 1.491,73 0,13 R$ 1.491,73 0,13 R$ 1.491,73 Equipe Responsável de Q/MA/SS Un. R$ 7.353,06 0,13 R$ 919,13 0,13 R$ 919,13 0,13 R$ 919,13 0,13 R$ 919,13 Equipe Administrador nível superior Un. R$ 4.870,37 0,13 R$ 608,80 0,13 R$ 608,80 0,13 R$ 608,80 0,13 R$ 608,80 Equipe Mestre de Obra Un. R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 1 R$ 7.020,03 Equipe Encarregado operacional Un. R$ 6.110,24 1,13 R$ 6.874,02 1,13 R$ 6.874,02 1,13 R$ 6.874,02 1,13 R$ 6.874,02 Equipe Operador de maquinário Un. R$ 2.953,42 2 R$ 5.906,85 4 R$ ,69 6 R$ ,54 8 R$ ,39 Equipe Oficial especializado Un. R$ 2.608,84 3 R$ 7.826,52 3 R$ 7.826,52 3 R$ 7.826,52 3 R$ 7.826,52 Equipe Funcionário Operacional Un. R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 1 R$ 2.501,99 Equipe Servente Un. R$ 1.884,57 1 R$ 1.884,57 1 R$ 1.884,57 1 R$ 1.884,57 1 R$ 1.884,57 Terceirização Assistência TI Un. R$ 350,00 0,5 R$ 175,00 0,5 R$ 175,00 0,5 R$ 175,00 0,5 R$ 175,00 Terceirização Contabilidade Un. R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 1 R$ 1.700,00 Terceirização Jardinagem Un. R$ 7.022,44 0,5 R$ 3.511,22 0,5 R$ 3.511,22 0,5 R$ 3.511,22 0,5 R$ 3.511,22 Terceirização Jurídico Un. R$ 150,00 4 R$ 600,00 4 R$ 600,00 4 R$ 600,00 4 R$ 600,00 Terceirização Laboratório Un. R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 1 R$ 530,00 2 R$ 1.060,00 Terceirização Zeladoria Un. R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 1 R$ 6.742,81 Terceirização Risco (Seguro) Un. 0,5% - R$ 1.037,24 - R$ 1.163,69 - R$ 1.512,82 - R$ 2.302,04 Terceirização Telefonia/Rede Un. R$ 819,89 1 R$ 819,89 1 R$ 819,89 1 R$ 819,89 2 R$ 1.229,84 Terceirização Treinamento Obrigatório Un. R$ 205,00 1 R$ 205,00 2 R$ 410,00 2 R$ 410,00 4 R$ 820,00 Terceirização Treinamento Interno Un. R$ 250,00 1 R$ 250,00 2 R$ 500,00 2 R$ 500,00 4 R$ 1.000,00 Terceirização Vigilância Un. R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 1 R$ 5.800,00 2 R$ ,00 Consumo Água m3 R$ 8, R$ 3.618, R$ 3.644, R$ 3.670, R$ 3.696,70 Consumo Energia kwh R$ 2, R$ 1.225, R$ 1.633, R$ 3.266, R$ 6.125,00 Consumo Diesel L/Mês R$ 2, R$ 2.684, R$ 5.246, R$ , R$ ,00 Outros Outros Un. 5% - R$ 3.196,60 - R$ 3.670,83 - R$ 4.316,73 - R$ 5.690,64 Total R$ ,69 R$ ,44 R$ ,25 R$ ,41 P1 P2 P3 P4 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Pag. 88

89 5.7.3 Receitas e Demonstração do resultado A demonstração do resultado anual para cada Unidade de Aterramento de resíduos inertes está detalhada no Quadro 33. A receita potencial considerada é de R$11,67 por tonelada de resíduo, ou R$70,00 por caçamba de 5m³. Também estão considerados os custos de manutenção de itens como equipamentos, reinvestimento devido depreciação e impostos. Quadro 33 Demonstrativo de resultados anual para as Unidades de Aterramento de resíduos inertes. DRE - Anual Unidade de Aterramento Unidades P1 P2 P3 P4 CAPEX R$ ,52 R$ ,83 R$ ,31 R$ ,83 R$ - Receita Bruta R$ ,67 R$ ,00 R$ ,67 R$ ,00 R$ - (-) Impostos sobre vendas (PIS e COFINS)¹ R$ 4.258,33 R$ ,00 R$ ,33 R$ ,50 R$ - (=) Receita Líquida R$ ,33 R$ ,00 R$ ,33 R$ ,50 R$ - (-) OPEX R$ ,17 R$ ,94 R$ ,26 R$ ,45 R$ - (-) Manutenção de Equipamentos R$ ,77 R$ ,94 R$ ,65 R$ ,39 R$ - (=) Resultado Bruto -R$ ,60 -R$ ,88 -R$ ,58 R$ ,66 R$ - (-) Depreciação² R$ ,65 R$ ,90 R$ ,40 R$ ,15 R$ - (=) Resultado Operacional Bruto -R$ ,25 -R$ ,78 -R$ ,98 R$ ,51 R$ - (-) CSLL R$ - R$ - R$ - R$ ,84 R$ - (-) IR R$ - R$ - R$ - R$ ,88 R$ - (=) Resultado Líquido do Exercício -R$ ,25 -R$ ,78 -R$ ,98 R$ ,80 R$ - Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Nas unidades P1, P2 e P3 o resultado anual é negativo, e na unidade P4 o resultado é positivo. A produção anual em P4 é 650% superior à da P3, e o custo operacional em P4 é apenas 37% maior que em P3. Isso explica o resultado muito maior na unidade P4 em relação às demais. A unidade P4 tem taxa interna de retorno de 49,07%, um spread de 34,82%, que torna o investimento viável. Nas unidades P1, P2 e P3, para viabilizar o investimento com os itens considerados neste estudo seria necessário um acréscimo na receita na ordem de 1329%, 514% e 274%, respectivamente. Outra maneira de se chegar a um plano de negócios viável é reavaliar o dimensionamento dessas unidades, assim como buscar uma redução nos custos de investimento e operacionais. Por fim, ressalta-se que o aterro Classe A é uma unidade de disposição de resíduos inertes, que como premissa deveria ser desestimulada inclusive com extra fiscalidades negativas, para incentivo das diversas unidades de valoração dos RCCV. Pag. 89

90 5.8 ANÁLISE GLOBAL DOS INVESTIMENTOS O Quadro 34 apresenta o investimento total necessário até 2030 para implantação de 196 estruturas para gerenciamento de resíduos na RMBH e CM, entre: 138 Pontos Limpos entre P1 e P3; 2 Plantas de Armazenamento e Transferência de Cerâmica - P1; 21 Áreas de Triagem e Transbordo - entre P1 e P5; 4 Unidades de Tratamento de Madeira e Papel - entre P1 e P2; 1 Unidade de Tratamento de Cerâmicos e Produção de CDR - P1; 18 Unidades de Produção de Agregado Reciclado entre P1 e P4; 8 Aterros Classe A - entre P1 e P4. Quadro 34 Investimento total necessário para implantação de 192 estruturas de apoio ao gerenciamento de RCCV. Unidade Tipo Capacidade Quant. Pontos Limpos Plantas de Armazenamento e Transferência de Cerâmica Áreas de Transbordo e Triagem Invest. Unitário (R$) P1 100 m , ,17 P2 150 m , ,17 P3 300 m , ,17 Investimento Total (R$) ,50 P t/ano , , ,55 P t/ano , ,57 P t/ano , ,51 P t/ano , ,04 P t/ano , ,04 P t/ano , , ,88 Planta de Beneficiamento de Madeira e Papel P t/ano , ,87 P t/ano , ,16 P t/ano ,14 0,00 P t/ano ,07 0, ,03 Plantas de Tratamento de Cerâmica e Produção de CDR P t/ano , , ,15 Plantas de Produção de Agregados reciclados Unidade de Aterramento P t/ano , ,85 P t/ano , ,84 P t/ano , ,52 P t/ano , ,32 P t/ano , ,52 P t/ano , ,33 P t/ano , , , ,51 Pag. 90

91 P t/ano , ,74 TOTAL 192 R$ ,16 Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, AUTO SUSTENTABILIDADE DAS SOLUÇÕES TÉCNICAS As soluções técnicas propostas para viabilizar o adequado gerenciamento de RCCV na RMBH e CM mostraram-se auto sustentáveis pela viabilidade econômica apresentada. O cenário econômico apresentou bons indicativos de taxas internas de retorno para os investimentos, ainda que nem todas as unidades tenham apresentado resultado positivo e acima da taxa básica de juros considerada. Mas ficou evidente que com um planejamento minucioso dos negócios, a viabilidade econômica poderá ser alcançada. A legislação e a sensibilidade sobre o tema devem promover a internalização dos custos decorrentes do adequado gerenciamento de RCCV, contribuindo para a sustentabilidade das infraestruturas propostas. A implantação dessas infraestruturas também contribuirá para melhoria da qualidade de vida na RMBH e CM. Os incentivos econômicos e procedimentos contratuais para reutilização dos RCCV por parte do poder público são de grande importância para movimentar os processos de valorização dos RCCV. Esses mecanismos serão detalhados no Produto 9. 6 ANÁLISE DE CUSTO/BENEFÍCIO Os custos necessários à implantação e operação de unidades de apoio ao gerenciamento de resíduos devem estar consoantes aos benefícios que os empreendimentos propiciarão à sociedade e ao negócio propriamente dito. Porém, antes mesmo da abordagem relativa às facetas econômica, ambiental e social acerca da implantação das instalações, deve-se analisar a legislação e perceber a obrigatoriedade imposta à sociedade para que sejam viabilizadas as ações necessárias à solução da questão resíduos no País. Ou seja, de uma forma ou de outra, as instalações necessárias para promover o adequado gerenciamento dos RCCV devem ser disponibilizadas à sociedade, ainda que para viabilização econômica sejam necessários esforços conjuntos do poder público e setor privado no sentido de reduzir custos de investimento, de operação e riscos dos negócios. Ressalta-se, todavia, a obrigação exclusiva do setor privado pelas infraestruturas necessárias às diversas etapas do gerenciamento dos RCCV por ele gerados. Do ponto de vista econômico, conforme apresentado no Produto 03 Benchmarking Nacional, existe um histórico positivo de experiências análogas de iniciativas tanto privadas quanto públicas para implantação de instalações para o gerenciamento de RCCV. Reitera-se que os valores de taxa de retorno do investimento (TIR) para cada Pag. 91

92 tipo e capacidade da instalação considerada podem ser maximizados consideravelmente, já que, como citado, o CAPEX considerou diversos custos que poderiam ser reduzidos via parceria com poder público ou por agrupamento com base nos critérios da regionalização proposta, para aumento no poder de negociação para aquisições/contratações, facilitação logística, entre outros. O setor comercial também seria beneficiado ao passo que as instalações para o gerenciamento de RCCV previstas permitiria cumprir seu papel de responsabilidade socioambiental mais facilmente, podendo, inclusive, tornar-se mais competitivo. Do ponto de vista ambiental seria sempre positivo a implantação dessas infraestruturas inerentes aos princípios de preservação de recursos naturais e melhorias do meio ambiente e do convívio social. Contudo, o que deve ser evitado por meio da gestão estratégica do negócio é que a unidade, por ausência de uma gestão adequada, se torne mais um ponto de degradação ambiental e de disposição irregular (ver item 8.3 RISCOS SOCIOAMBIENTAIS E CULTURAIS). Do ponto de vista social, essas infraestruturas estimulariam a mudança de hábitos da comunidade por representar uma nova alternativa para a destinação adequada dos RCCV. Entretanto, há que se observar as restrições de cunho ambiental e de uso e ocupação do solo previstas no Relatório 06 para evitar conflitos de interesses de vizinhança relativas às previsões nos Planos Diretores Municipais e da Região Metropolitana (Macrozoneamento) os quais estão, em sua maioria, passando por revisão periódica. Do ponto de vista do poder público, essas infraestruturas são de fundamental importância para a viabilização da gestão dos RCCV que é sua responsabilidade. Além disso, alcançar metas para a destinação e disposição adequada dos RCCV, com altos índices de recuperação e reciclagem, contribuem para a avaliação positiva da gestão pública com redução de custos. Dessa forma, estas infraestruturas, apesar de demandarem investimento de recurso público para sua implantação, acarretam inúmeros benefícios, tangíveis e intangíveis, que devem ser contabilizados no processo de tomada de decisão. Diante disso, algumas ponderações positivas podem ser registradas especificamente sobre algumas instalações, como apresentado a seguir: Rede de Pontos Limpos (URPV) infraestruturas sem fins lucrativos uma vez que, normalmente, não há cobrança do usuário (pequeno gerador) pelo material encaminhado e o objetivo não é comercializar os resíduos recebidos. Deve ser de responsabilidade do poder público, por exemplo, aproveitando lotes vagos na área urbana e pontos viciados de disposição de entulho. É fundamental para facilitar o encaminhamento adequado dos RCC, evitando a criação de bota fora irregulares. Ressalta-se a necessidade de investimentos para criação de um bom contexto socioambiental para a instalação dessas infraestruturas, a fim de fomentar a aceitação e reconhecimento da comunidade, vital para a promoção da Pag. 92

93 sustentabilidade no município. Do contrário, seriam verificadas situações como a citada no item 8.3 RISCOS SOCIOAMBIENTAIS E CULTURAIS. Áreas de Transbordo A AT é uma infraestrutura intermediária que proporciona viabilidade ao gerenciamento adequado dos RCCV por possibilitar a logística do fluxo de pequenos volumes de RCCV que devem percorrer longas distâncias até as áreas de valorização/tratamento. Áreas de Transbordo e Triagem a ATT apresenta-se como oportunidade de negócio pelo fato de se tratar de uma tipologia de investimento ainda pouco explorada na RMBH. Muitas das unidades que se propuseram a realizar esse serviço nos últimos anos não se mantiveram por vários motivos, dentre eles, à falta de regularização ambiental, operação e gestão inadequada e, ainda, pela falta do planejamento e engajamento com a comunidade vizinha. Plantas de Beneficiamento de Madeira de acordo com estudos realizados, estas Plantas apresentaram boa relação custo-benefício, inclusive com a existência de empreendimentos desta natureza operando com sucesso na RMBH. Além disso, há fornecedores de resíduos e mercado para o produto conhecido como cavaco. Verifica-se, todavia a necessidade de melhorias na gestão e na operação de obtenção de produtos de maior valor agregado. Maiores investimentos poderiam ser compensados pela cobrança no recebimento dos resíduos, o que, atualmente, não ocorre pela maioria das empresas em atividade. Plantas de Beneficiamento de Resíduos Papel e Papelão trata-se de infraestruturas para recebimento, triagem e prensagem destes materiais recicláveis que, posteriormente, podem ser comercializados e reintroduzidos no ciclo de produção de novos materiais. A coleta e a triagem de papel e papelão na RMBH e CM vem sendo realizadas, em grande parte, pelos catadores de materiais recicláveis e reutilizáveis. Uma oportunidade indicada para o aumento da produtividade dessas unidades seria fomentar a organização em rede das associações e cooperativas de catadores, permitindo o ganho em escala. Planta de Trituração de Material Cerâmico são plantas que agregam valor aos resíduos cerâmicos para seu aproveitamento, como substituição de matéria prima, na indústria cimenteira, sendo ainda uma prática pouco explorada no País e que apresenta boa viabilidade econômica, principalmente na região em estudo pelo grande número de indústrias de cimento instaladas. A parceria com o setor cimenteiro no sentido de difundir e valorizar a utilização desses resíduos como insumo, seria uma ação de grande valia para ganho de escala e valor de mercado e encaminhamentos adequado desta parcela dos RCCV. Para o estabelecimento dessa prática, é de fundamental importância a segregação in loco. Na qualidade em que a segregação atualmente apresentase, a obtenção desses resíduos ocorre somente em casos isolados de perda de cargas de blocos cerâmicos ou utilização de alvenaria estrutural Pag. 93

94 exclusivamente deste material o que é pouco usual e, assim o volume não se torna atrativo para o uso sugerido. Plantas de Produção de CDR - a utilização de CDR ainda é uma prática pouco usual no País, mas com viabilidade, devido à geração de RCCV, na RMBH e CM, apresentar composição com potencial energético. Para o estabelecimento dessa prática é de fundamental importância a segregação in loco, notadamente de resíduos de madeira e de sacaria de cimento. Plantas de Produção de Agregados Reciclados trata-se da infraestrutura para valorização/reciclagem de RCC mais difundida no Brasil. A reciclagem de entulho é considerada uma boa oportunidade de negócios. A RMBH e seu Colar carecem dessa iniciativa, indicando uma boa oportunidade. Para a viabilidade dessas plantas, devem ser aprimoradas as etapas de segregação e coleta, além de incentivos públicos para o uso de agregados nas obras públicas e privadas. Aterro Classe A (resíduos inertes) o aterramento de RCCV como rejeitos e antes de sua valorização é uma prática que deve ser desestimulada uma vez que o resíduo classe A apresenta alto valor agregado e potencial de reutilização. Para essa atividade, o poder público deveria desenvolver mecanismos extra fiscalizadores negativos. Pag. 94

95 7 ANÁLISE DE MERCADO 7.1 CLIENTES/FORNECEDOR Os possíveis clientes para as infraestruturas propostas para o gerenciamento dos RCCV estão apresentados no Quadro 35. Estão incluídos os que fornecem resíduos e que já que pagam pela entrega dos mesmos no locais de recebimento, ou, ainda que não paguem, têm uma relação tal qual o cliente. Quadro 35 - Possíveis clientes para as unidades do GRCCV Unidade Pontos Limpos Áreas de Transbordo e Triagem Possíveis Clientes Serviço Possíveis Clientes Comercialização Composição Clientes/Parceiros Produto Clientes/Parceiros Recebimento, segregação e destinação Triagem e Transbordo Cidadão e pequenos comércios Construtoras, Poder Público e Transportadores - - Diversos - Indústrias de reciclagem ou intermediários Indústrias de reciclagem ou intermediários e plantas destinação final Reciclagem de madeira Construtoras, Poder Público, Transportadores e Silvicultores Cavaco Caldeiras/Fornos e Paisagismo Reciclagem de papel e papelão Cidadão, pequenos e médios comércios ou indústrias, poder público, Catadores Fardos Indústria de celulose ou intermediários Trituração de material cerâmico Recebimento, seleção e processamento Construtoras, Poder Público e Transportadores Agregado (Combustível) Indústria Cimenteira Produção de CDR Cidadão, Comércios, Indústrias, Construtoras, Poder Público, Transportadores e Pontos Limpos CDR Caldeiras/Fornos, Plantas Energéticas Produção de agregados reciclados Recebimento e aterramento Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Construtoras, Poder Público e Transportadores Construtoras, Poder Público e Transportadores Agregado Reciclado Construtoras, Poder Público e Cidadão CONCORRENTES DIRETOS E INDIRETOS Conforme citado em itens anteriores, o desenvolvimento de atividades irregulares concorrentes pode se apresentar como uma grande ameaça ao sucesso de implantação das unidades propostas, pois estes não estão sujeitos a uma série de Pag. 95

96 compromissos para manter-se em funcionamento. Adota-se como premissa que as áreas irregulares tenham suas atividades suspensas até que apresentem adequação legal e de gestão/operacional. Além de interagir com empresas que são concorrentes diretas por prestarem serviço de mesma natureza, também existe a concorrência indireta com atores que podem influenciar o crescimento da organização. Estes estão apresentados no Quadro 36. Quadro 36 Concorrentes diretos e indiretos para as unidades do GRCCV Unidade Serviços Concorrentes e Outros Relacionados Produtos Pontos Limpos "Descarte Irregular" - Áreas de Transbordo e Triagem ATT/AT, Aterros, Transportadores* ATT e Depósitos de Recicláveis - Reciclagem de madeira Reciclagem de papel e papelão Trituração de material cerâmico Produção de CDR Produção de agregados reciclados Fornecedores de outros combustíveis para indústrias, silvicultores ATT e Depósitos de Recicláveis, Catadores ATT/AT, Aterro, Usina p/ Agregado ATT/AT, Pontos Limpos ATT/AT, Aterro, Usina p/ Cerâmicos ATT/AT, Usina de reciclagem de Classe A Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Indústrias fornecedora de outros combustíveis (Petróleo, CDR, Briquetes, paisagismo, outras) ATT e Depósitos de Recicláveis Outros fornecedores de resíduos industriais e outros combustíveis Indústrias fornecedora de outros combustíveis (Petróleo, CDR, Briquetes, paisagismo, outras) Setor de comercialização de brita ou outros possíveis agregados - Conforme observação (*) destacaram-se também possíveis parceiros que, por vezes, não possuem relação de compra/venda ou fornecimento com a organização, mas que influenciam na maneira com que a atividade seja desenvolvida. Inclui-se neste quesito, muitas obras que não contratam diretamente o receptor dos resíduos, já que a transportadora realiza essa ação, não completando o elo dos agentes do gerenciamento. 7.3 FORNECEDORES Os fornecedores necessários para a viabilização da implantação das unidades em discussão foram em parte levantados no Produto 07 e estão apresentados em sua totalidade no referido produto. O presente documento recorreu a alguns destes fornecedores para obtenção de propostas/orçamentos, e outras vezes buscou novas referências via entrevista, pesquisa de mercado e pesquisa bibliográfica. Pag. 96

97 8 ANÁLISE DE RISCO E PLANO DE CONTROLE DOS POTENCIAIS RISCOS Riscos são eventos ou condições incertas que podem ou não se fazerem presentes durante o ciclo de vida de um curso definido, tendo como causa um determinado fator ou então diversos deles, ocasionando um ou mais impactos, sendo estes negativos ou positivos. Sendo, então, a natureza dos riscos a incerteza envolvida nos projetos, e, considerando todo o cenário da gestão e gerenciamento de RCCV em Belo Horizonte, região metropolitana, e Brasil, conforme apresentado em produtos anteriores, é possível afirmar que estamos diante de um grande risco. São apresentados na Figura 7 os cenários nos quais os principais riscos considerados podem se desenvolver. Observe que mesmo analisados separadamente, em cenários distintos, os riscos apresentam alta interação entre si. Além disso, um mesmo risco pode apresentar consequências de impacto positivo ou negativo, dependendo da perspectiva de observação. Os itens a seguir demonstram com mais detalhes cada um destes riscos. UNIVERSO DE OCORRÊNCIA DOS RISCOS Setor de construção Econômicos e de negócio Socioambientais e culturais Figura 7 - Riscos inerentes ao cenário de gerenciamento de RCCV. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, RISCOS NO SETOR DE CONSTRUÇÃO Os riscos considerados neste grupo estão relacionados aos envolvidos na cadeia de gerenciamento de RCC, de gestão pelo poder público, e também a informalidade e a concorrência desleal derivada das irregularidades dos agentes e ausência de fiscalização eficiente, que permite a prática de preços abaixo dos valores de mercado (Figura 8). Pag. 97

98 Setor de construção Gestão (Poder Público) Cadeia de agentes do gerenciamento Concorrência desleal Figura 8 - Riscos inerentes ao cenário do setor construtivo correlato ao RCCV. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Gestor público A ação do poder público sobre a cadeia de agentes do gerenciamento de resíduos deve estar inserida no contexto da gestão, onde caberá a definição de estratégias, políticas, diretrizes e metas que balizam o gerenciamento dos resíduos. Os próprios mecanismos de licenciamento das organizações muitas vezes não são claros, sendo esse um fator impeditivo para os geradores que pretendem gerenciar adequadamente seus resíduos. Como exemplo, tem-se uma área urbana para aterro onde foi licenciado o recebimento exclusivamente de solo. Porém, recebiam-se resíduos de concreto e cerâmica - o que é aceitável para o aterro de inertes, desde que com medidas claras de compactação e contenção e ausente de misturas indevidas. O local passou a ter diversas caçambas pertencentes às empresas transportadoras, que, quando carregavam material não inerte, as utilizavam para armazenamento e posterior coleta. O lugar passa então a ter características de triagem e transbordo. A fiscalização ocorre, as atividades permanecem, mas essa área não pode ser opção para o gerador que busca a conformidade com a legislação. Além de incrementar constantemente as formas de atuação do poder público para os processos como regulação urbana e licenciamento, uma grande ferramenta para garantir a correta atuação dos agentes é a sistematização das atividades por meio do uso de tecnologia da informação, permitindo um monitoramento em tempo real de toda a cadeia envolvida no setor, conforme discorrido em produtos anteriores. Essa sistematização é a grande oportunidade de tornar a gestão de RCCV em um modelo de qualidade e de referência internacional. A implantação de sistema eletrônico para monitoramento e controle da cadeia de gerenciamento é tida como uma grande evolução nos planos analisados no cenário brasileiro (Produto 03 Pag. 98

99 Benchmarking Nacional), mas, ainda, não está largamente implantada pelos municípios brasileiros. Essa é então uma tarefa primordial inerente ao poder público, o qual deverá ter a certeza de inclusão dos envolvidos na cadeia nos processos decisórios sobre o assunto. Isso simplificaria em muito a visão do poder público sobre o gerenciamento dos materiais facilitando o direcionamento e a eficiência da fiscalização. Os processos de licenciamento, conforme já citado, necessitam de melhorias evidentes em um ambiente no qual ainda predomina um alto índice de informalidade e ilegalidade, o que pode ser ajustado pela sistematização supracitada. As secretarias responsáveis pelo licenciamento não suportam o volume de planos protocolados aguardando aprovação. Sistematizar o fluxo de dados e informações garantiria também uma viabilização desta tarefa ao corpo técnico municipal que, muitas vezes, é insuficiente. Por último, programas de educação ambiental para a população é também uma missão do poder público e deve ser explorada insistentemente, contribuindo para uma verdadeira revolução no comportamento e cultura do indivíduo e da sua convivência em sociedade Cadeia de agentes do gerenciamento Os diversos atores, muitas vezes, não estão atentos e sensibilizados aos benefícios inerentes a um canteiro de obras organizado o qual possibilita, dentre outros fatores, a entrada de receitas com a venda de resíduos segregados sem contaminação, redução no desperdício de material mal acondicionado, despesas relacionadas a acidentes de trabalho, etc. Com legislatura mais incidente no setor em questão, o comportamento pode sofrer uma mudança positiva no sentido de que os grandes geradores passarão a preocuparse com o gerenciamento de seus resíduos sobre os quais são responsáveis. Consequentemente, passarão também a perceber as falhas dos demais responsáveis da cadeia, obrigando-os a rever suas formas de atuação. Quando se trata de transportadores e unidades de recebimento, a percepção também é que é grande o nível de informalidade e irregularidade. Os transportadores, por muito tempo, atuaram de maneira arbitrária, sem preocupação quanto ao seu desempenho e impacto. Assim, houve grande espaço para o descarte irregular, até mesmo em vias públicas, além da precariedade dos equipamentos e comportamento inadequado nas tarefas de coleta e transporte dos RCCV. Como somente poucos locais de recebimento de RCC apresentam-se regularizados, muito ainda deve ser feito para um cenário verdadeiramente favorável. Tendo em vista que a cobrança, isoladamente, não é suficiente para a regularização da situação diagnosticada, deve ser realizado, paralelamente, um programa de capacitação dos envolvidos, incluindo-os nos processos decisórios públicos com o objetivo de garantir que todos os atores interessados estarão envolvidos. Pag. 99

100 8.1.3 Concorrência desleal A não mudança no cenário de informalidade das organizações voltadas para transporte, tratamento e recebimento de RCC ocasiona um grande risco ao sucesso das unidades do gerenciamento aqui propostas, uma vez que a concorrência de mercado torna-se desleal. Neste caso, os geradores também estariam iludidos pelos baixos preços, algumas vezes por práticas clandestinas, e até mesmo por falsificação de documentos, o que propicia a irregularidade em toda a cadeia de gerenciamento. O cadastramento dos prestadores de serviço, a rastreabilidade, o monitoramento e a fiscalização inibem a informalidade e trazem maior rigor a todo o processo. Outra boa prática seria o estabelecimento de alternativa de linha direta entre o gerador e as unidades de recebimento de resíduos, o que hoje não ocorre sistematicamente na região estudada. 8.2 RISCOS ECONÔMICOS E DE NEGÓCIO Os riscos considerados neste grupo foram os relativos ao cenário econômico do país/região que refletem em oscilações de mercado e poder de compra da população, como também à gestão dos investimentos e operação da própria unidade (Figura 9). Econômicos e de negócio Cenário econômico Gestão do investimento e operação da unidade Figura 9 - Riscos inerentes ao cenário econômico e de negócio correlato ao RCCV. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Cenário Econômico O mercado da construção civil apresenta, historicamente, oscilações temporais. Entre os anos de 2004 e 2013, ainda que com períodos de altas e baixas, este mercado apresentou crescimento, por vezes, mais expressivos que o PIB nacional. Contudo, atualmente o que vivemos é reflexo de uma crise econômica no país, com consequência direta no mercado de construção. Dentre outras consequências podem ser citadas, a queda da participação da construção civil no PIB brasileiro, que também decresce (Figura 10), nível histórico de desemprego no setor, perda de faturamento Pag. 100

101 da indústria de materiais e na produção de insumos, diminuição de programas de financiamento (Sinduscon-MG, 2015). Figura 10 - Variação do PIB Brasil comparado com PIB Construção Civil. Fonte: CBIC, Acompanhando as estatísticas de desaceleração no desenvolvimento do setor e na economia, ocorre também uma queda na geração de resíduos, ocasionada pela diminuição do ritmo de construção e reformas. Os pontos limpos também poderão perceber a queda no volume de recebimento de resíduos volumosos, uma vez que as condições econômicas favorecem, ou desfavorecem, o impulso consumista da sociedade que está diretamente ligado à geração de resíduos eletroeletrônicos, mobiliários e afins. Dessa forma, as condições de operação das unidades de transferência, tratamento e/ou disposição final de resíduos, devem ser consideradas não somente em nível elevado de produtividade, mas também em condições econômicas desfavoráveis. O risco de mercado pode ser, em parte, neutralizado por meio de instrumentos políticos e administrativos que venham a favorecer empreendimentos com missão de favorecer as relações socioambientais, por meio de incentivos fiscais aos negócios, linhas de créditos diferenciadas, subsídios públicos, etc Gestão do investimento e operação da unidade A gestão do negócio apresenta-se como um risco negativo se mal conduzida, mas também pode ser um elemento diferencial em caso de desenvolvimento de um bom trabalho. Trata-se, então, da realização planejada de investimentos no negócio e condução da rotina de operação das unidades. Os investimentos em negócios, para que apresentem níveis reduzidos de incerteza, devem ser efetivamente realizados após a promoção de estudos detalhados da Pag. 101

102 economia nacional, regional e local e do setor de atuação propriamente dito. Isso por si só se configura um complicador inicial para o investimento no setor de resíduos de construção civil, uma vez que sua gestão e gerenciamento não se traduzem fielmente em dados e informações sistematizados e acessíveis. Não se sabe ao certo quanto se gera, como ocorre o gerenciamento no local de geração, pelos geradores, e como se trata ou dispõe finalmente todo o resíduo gerado. Estas constatações configuram-se em incertezas, elevando o nível de risco para novos e existentes empreendimentos. Quanto à operação, deve-se atentar à saúde financeira da atividade, considerada a relação custo/benefício para os quais a unidade foi contemplada, questões logísticas para fluidez dos processos, mobilização e desenvolvimento de equipes, marketing, relacionamento com clientes, fornecedores e outras partes interessadas, comportamento de respostas aos riscos, dentre outras ações gerenciais. Em termos de gestão da operação, atentar-se para criação de uma boa liderança interna e externa e capacitação e sensibilização da equipe, em todos os níveis hierárquicos, são meios para criação de um bom ambiente de trabalho, fortalecendo os elos entre própria equipe, fornecedores, clientes e outros interessados. 8.3 RISCOS SOCIOAMBIENTAIS E CULTURAIS Os riscos considerados neste grupo se referem ao arcabouço legal e normativo existente, os impactos sociais e ambientais da atividade realizada na unidade, e a cultura da sociedade no que concerne à educação ambiental (Figura 11). Socioambientais e culturais Marcos legais e normativos Impactos socioambientais das unidades Cultura da sustentabilidade Figura 11 - Riscos inerentes ao cenário econômico e de negócio correlato ao RCCV. Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, Marcos legais e normativos Conforme apresentado no Produto 00, a legislação brasileira e em nível estadual e municipal na RMBH aborda diversas nuances relativas à gestão e gerenciamento de Pag. 102

103 RCCV. Sabe-se que a legislação existe, e que por vezes apresenta-se em satisfatórios níveis teóricos, porém em insatisfatórios níveis de prática e fiscalização. A obrigatoriedade de execução de gerenciamento de resíduos pelos geradores, por exemplo, é imposta por Resolução Conama específica ao tema (nº307) desde 2002, e, ainda hoje, não é prioritariamente atendida. Ou seja, o marco é ignorado pelas organizações e pelo próprio poder público, cultura essa que tende à diminuição com o aumento da responsabilidade socioambiental das organizações e participação pública e sensibilização de todos os entes envolvidos. Exemplo disso é o ciclo de debates promovido pela ARMBH denominado Diálogos Metropolitanos, que promove discussões sobre a evolução do presente Plano com a participação ativa de atores como associações e sindicatos do setor, entes do gerenciamento dos RCCV, municípios do colar metropolitano, poder público/limpeza urbana e demais partes interessadas. Assim as organizações se fazem ouvidas, e satisfeitas com isso, passam a ter maior iniciativa para o cumprimento das exigências impostas. A normatização existente (ABNT) conforme apresentada em produtos anteriores, orienta a utilização de resíduo Classe A para camadas de pavimentação e ao preparo de concreto sem função estrutural. Áreas de triagem e transbordo, de reciclagem e aterros para resíduos inertes também são alvo de normas deste órgão. Porém, nem todos os RCC apresentam normatização especifica o que acaba permitindo uma atuação isolada ausente de procedimentos técnicos orientadores e sem respaldo dos atores envolvidos na cadeia do setor. Contudo, a revisão contínua das normas existentes acontece, incluindo, dentre outros itens, a sustentabilidade como foco das abordagens. Novas normativas também são fruto da necessidade de maior balizamento de distintas atividades correlatas ao gerenciamento dos resíduos, o que amplia as possibilidades de trabalho na cadeia do setor. Como ordinário exemplo de uma possível revisão de norma, cita-se que a partir de estudos de uma grande construtora para utilização de agregados reciclados exclusivamente oriundos de blocos de concreto estruturais, foi possível a obtenção de concreto com resistência aceitável estruturalmente. Porém, a norma NBR :2004 não permite tal procedimento. Aplicando-se também aos resíduos volumosos, o alinhamento de desempenho acerca de vida útil de materiais e produtos se faz pertinente nas normas, uma vez que o rápido fim da utilidade destes representa geração de resíduos prematuramente Impactos sócio ambientais das unidades Os impactos socioambientais de empreendimento estão diretamente ligados à natureza da atividade e a localização da instalação. A proposição de unidades apresentada por este plano considerou a configuração e condições do espaço físico Pag. 103

104 do conjunto de municípios em foco, elencando exemplos de locais ideais para implantação destas, conforme Produto 06. Este estudo de localização permitiu eliminar locais inadequados ou impossibilitados de receber as unidades propostas. Em Belo Horizonte, por exemplo, é impossível a implantação de um aterro. APPs - Áreas de Preservação Permanente e unidades de conservação mais sua zona de amortecimento, é outro exemplo de local desconsiderado pelo estudo como local para instalação de unidades de GRCCV. A unidade de recebimento de pequenos volumes (URPV, Pontos Limpos e afins) é um equipamento público com incidência de impactos sociais notórios, uma vez que estão localizadas em meio a zonas urbanas, em contato direto com a comunidade. Mais uma vez, tratamos de impactos tanto positivos quanto negativos, o que depende da forma como o desenvolvimento da unidade será conduzido. A unidade comporta-se como um relevante elo de aproximação entre o cidadão e a problemática do descarte irregular. Ao entender a função do equipamento, o cidadão passará a perceber-se como parte de um ciclo, no que diz respeito tanto aos RCC quanto RVOL. O grande desafio é que existe uma tênue divisória para que a comunidade passe a perceber a unidade como um lixão, como é vulgarmente tratado em alguns casos. Ao contrário de cases de sucesso como o Ecotudo de Votuporanga/SP, citado no Produto 3 Benchmarking Nacional, a URPV Flávio Marques Lisboa/BH apresenta-se inadequada em termos de localização e de operação. A unidade encontra-se localizada às margens de um córrego proveniente da Serra do Rola Moça, ainda nos seus primeiros metros adentro da zona urbana. O descontrole sobre os resíduos faz com que a via pública fique tomada por resíduos, apresentando poluição visual, problemas de saúde pública e descarte irregular, além de segregação e destinação falhas (Figura 12). Ainda assim, a URPV atende alguns dos objetivos, recebendo e destinando resíduos e integrando a ação dos carroceiros. Pag. 104

105 Figura 12 - Vista geral da parte externa da URPV Flávio Marque Lisboa, Regional Barreiro Fonte: Elaboração própria, Consórcio IDP - FR, O investimento só terá seu custo-benefício retornado para a sociedade quando o equipamento apresentar-se em alto padrão de organização e funcionamento. Além disso, um programa de comunicação aos cidadãos é essencial para o sucesso do investimento. Neste sentido, a mobília educativa também deve ser positivamente diferenciada, acompanhada de programas de sensibilização da comunidade à qual está destinado o ponto. As demais unidades tendem a ser localizadas em zonas que melhor recebam as respectivas instalações, de acordo com o estudo de localidade realizado. Assim, os impactos para a comunidade não deixam de existir, mas tendem a ser menos percebidos. Devido ao processamento de materiais, nas URPVs os impactos ao meio ambiente tendem a ser mais significativos se comparados com aqueles detectados para os pontos limpos. Assim, a gestão ambiental, e também social, de cada unidade deve ser conduzida de maneira a mitigar ou compensar os impactos ocasionados. Daí caberá o processo de sistema de gestão ambiental, em consonância com controle de qualidade e segurança e saúde ocupacional. Conforme tratado no Produto 05, cada unidade apresenta suas próprias características de operação, que incidirão em distintos aspectos ambientais da atividade. De maneira geral, são itens a observar na gestão ambiental, a ocupação do solo, consumo de água e energia, geração de resíduos sólidos, efluentes, emissões atmosféricas, poluição sonora e visual, atendimento à legislação. Unidades mais impactantes como as incineradoras deverão observar outros aspectos além dos citados. Por parte do poder público, o monitoramento e fiscalização das atividades, assim como o próprio processo de licenciamento, deverão complementar o conjunto de ações necessárias à garantia de bom funcionamento do processo. Pag. 105

106 9 COMPARAÇÃO DOS CUSTOS DE DISPOSIÇÃO FINAL PARA TODAS AS TECNOLOGIAS Com exceção do aterro para materiais inertes, todas as tecnologias em discussão permitem a não disposição final dos resíduos, ou seja, ocorre a destinação final à reciclagem, permitindo a reinserção do que era resíduo na cadeia produtiva do mesmo ou de outro setor. A reciclagem vai de acordo com as premissas de preservação de recursos naturais, necessidade da sociedade atual. Assim, o aterramento só se fará justificável caso o resultado final do trabalho atenda à uma necessidade de recuperação de uma área degradada, ou caso seja vislumbrada a utilização do espaço conformado para empreendimentos futuros. Caso contrário, o aterramento deve ser evitado, ainda que exista o discurso de reservação para uso futuro, já que essa intenção pode não se consolidar conforme previsto. O valor potencial contido nos resíduos Classe A é mais um motivo que não justifica o aterramento antes da valorização e reciclagem. A reciclagem é hoje tida como um bom negócio, e torna-se cada vez mais vasta a experimentação dessa alternativa em municípios brasileiros, comprovando a viabilidade de negócio. As tecnologias que visam o beneficiamento dos resíduos objetivando a posterior reciclagem energética do material devem ser adotadas com rigor, como é o caso das plantas de trituração de madeira, material cerâmico e produção de CDR. Muitas vezes, ainda antes da queima dos resíduos como combustíveis, é possível a sua reutilização ou reciclagem para outros fins que possam prolongar a vida útil do recurso natural extraído por mais tempo. As plantas de madeira, por exemplo, podem promover a reutilização de peças servíveis em eventos e bazares e a organização de programas de doação ao poder público como uma contrapartida, ao invés de triturar o material independentemente de seu estado de conservação. Outra tecnologia a ser desenvolvida cautelosamente é a produção de CDR. Deve-se reduzir ao máximo possível a existência de materiais recicláveis em meio ao produto final. Ou seja, esse combustível produzido deve conter resíduos que não possuem alternativa de reutilização ou reciclagem devida sua contaminação excessiva/deterioração. Os resíduos encaminhados aos pontos limpos e áreas de triagem e transbordo não devem ter o aterramento como única opção para o destino final. Pelo contrário, estas infraestruturas são ferramentas da sociedade para garantir que ocorra a segregação, promovendo a reutilização e reciclagem dos RCCV. Contudo a realidade em Belo Horizonte e região mostra que tais atividades parecem não se perceber como uma possível modificadora do sistema e quase todo resíduo entregue é enviado para aterro. Para coibir esta prática, tem que se possuir regras sobre as condições de limpeza e mistura aceitável, ou, caso contrário, estarão as unidades sujeitas ao recebimento de cargas contaminadas, algumas vezes de forma irreversível e que podem onerar o poder público. O fato de uma infraestrutura ser um ponto limpo/att não quer dizer que todo e qualquer tipo de resíduo será aceito. Pag. 106

107 Por isso, para garantir o correto manejo destes resíduos, deve-se ter a consciência de atuar em todos os elos da gestão e gerenciamento de RCCV. Desde a atuação em gestão pela administração pública educação ambiental, campanhas educativas, incentivo ao uso de reciclados -, até o compromisso dos geradores, pequenos e grandes, em segregar os seus resíduos. Na sequência estão apresentados valores de referência internacional para as diferentes etapas do gerenciamento de RCCV. 9.1 CUSTOS DE DISPOSIÇÃO FINAL Na Espanha 3, as taxas cobradas para o aterramento são determinadas em nível municipal, encontrando-se uma grande variação entre os diferentes municípios, tanto em termos de custos como em sua forma de implementação. Existem municípios que cobram uma taxa fixa de descarga, enquanto outros aplicam tarifas diferentes dependendo da natureza do resíduo. Alguns passam 10 anos sem atualizar os valores de suas taxas e outros realizam revisões periódicas conforme demanda. Além disso, em algumas regiões, a cobrança é diferenciada e subsidiada para os municípios localizados no distrito (ou agrupamento) sendo que os municípios não agrupados ou externos pagam valores maiores, não subsidiados para utilizar a infraestrutura de gerenciamento de resíduos. Para uma ideia geral e representativa foram consultados os custos de disposição final em aterros de várias cidades espanholas. Dentre os municípios de tarifa única, os preços variam de 1 euro/tonelada (Pamplona) e 25,2 euros/tonelada (Madrid). Dentre os municípios com taxas diferenciadas pela característica dos resíduos, os resíduos inertes limpos tem um custo de disposição entre 2 e 10 euros/tonelada, inferior ao cobrado para aterramento dos resíduos mistos que varia entre 8 e 30 euros/tonelada. 3 Fontes: CEDEX centro de estudios y experimentación de obras públicas (Ministerio de Fomento, gobierno de España). Actualización del Catálogo de Residuos Utilizables en Construcción Ayuntamiento de Malaga (España). ORDENANZA N.º 54: Tasa por la prestación de los servicios de tratamiento y/o eliminación de resíduos sólidos urbanos, así como outros servicios específicos de limpieza, recogida o transferencia de resíduos Ayuntamiento de Tomelloso, Ciudad Real (España). Tarifas Planta de Reciclaje de RCDs y Vertedero de Residuos Inertes de Tomelloso ECOINERTES. Centro de Valorización de RCDs de Granada (España). Tarifas Pag. 107

108 Na RMBH e CM o valor médio de mercado cobrado para aterramento de resíduos Classe A é de R$60,00 por caçamba com capacidade de 5m³, ou 6 toneladas, considerado peso específico de 1,2t/m³. 9.2 CUSTOS DE RECICLAGEM Reciclagem é o ato de submeter o resíduo a um processo de transformação física, química ou biológica, obtendo um novo produto, idêntico ou não ao anterior. A reciclagem envolve a conversão de resíduos em novas matérias-primas que podem ser utilizadas na fabricação de novos produtos, para novas obras. Difere-se da reutilização, uma vez que os produtos originais têm suas propriedades iniciais alteradas e são transformados em outros produtos. Além de evitar o aterramento de material com potencial de reutilização, após a reciclagem, um dos benefícios da reciclagem é evitar a extração de materiais virgens o que consiste em um benefício ambiental para todo o planeta. O processo de reciclagem, apesar de simples em termos técnicos, acarreta custos e, por isso, sua viabilidade deve ser avaliada antes da realização do investimento Custos de reciclagem de Agregados Para fins de exemplificação do sistema de cobrança, na Espanha, os custos de tratamento dos RCC nas plantas de reciclagem são estabelecidos pelo proprietário da instalação, que pode ser uma prefeitura ou uma empresa e neste último caso, costuma ser definido mediante um acordo formal com a administração. O Quadro 37 apresenta os valores cobrados ao geradores para reciclagem de RCC por plantas localizadas em municípios Espanhóis. Quadro 37 Custos, ao gerador, para reciclagem de RCC em algumas plantas Espanholas, Madrid Cáceres Córdoba Albacete RCC Limpo 3,50 euros/t 4 euros/t 4 euros/t 9 euros/t RCC Misto 10 euros/t 9 euros/t 8,5 euros/t 16 euros/t RCC Sujo euros/t RCC Muito Sujo euros/t 30 euros/t 25 euros/t Fonte: CEDEX centro de estudios y experimentación de obras públicas (Ministerio de Fomento, gobierno de España). Actualización del Catálogo de Residuos Utilizables en Construcción Salienta-se que o pavimento de concreto tem um valor diferente do RCC misturado. A tendência geral é sua reutilização na própria estrada, concomitantemente ao processo de reparo ou obra, sempre que possível. Os valores para recebimento deste material nas plantas de reciclagem em diferentes cidades espanholas são apresentados a seguir no Quadro 38: Quadro 38 Valores cobrados ao gerador para encaminhamento de concreto à reciclagem. Ano RCD NORTE (Madrid, Espanha) Plantas de Reciclagem, Espanha. SALMEDINA TRATAMIENTO DE INERTES SL (Madrid, Espanha) RECICLAJES DEL GUADALQUIVIR SL (Jaén, Pag. 108

109 Espanha) Concreto limpo (m 3 ) Concreto misto (m 3 ) Concreto limpo (m 3 ) Concreto misto (m 3 ) Concreto limpo (m 3 ) Concreto misto (m 3 ) /t 12 /t 6,45 /t 14,50 /t ,90 /t 13,80 /t Fonte: CEDEX Centro de Estudos e Experimentação de Obras Públicas (Ministério de Fomento, Governo da Espanha). Atualização do Catálogo de Resíduos Utilizáveis na construção Em Belo Horizonte o recebimento de resíduos Classe A nas Usinas de Reciclagem de Entulho da prefeitura ocorre gratuitamente, sendo limitado o número de descargas por empresa. Porém, essa prática não deve ser considerada como referência no caso de novos negócios. Dessa forma, pode-se considerar como valor ideal para reciclagem de entulho na RMBH e CM o mesmo valor médio de mercado cobrado para aterramento de resíduos Classe A - R$60,00 por caçamba com capacidade de 5m³, ou 6 toneladas, considerado peso específico de 1,2t/m³ Custos de reciclagem de Embalagens Na Espanha, os envases e embalagens presentes nos RCCV devem ser administrados via ECOEMBES, uma organização sem fins lucrativos responsável por gerenciar a recuperação e reciclagem de embalagens domésticas destinadas aos contêineres de cor amarela - recipientes plásticos, latas e caixas de cartão - e azuis - caixas de papelão e papel - em todo o país. Portanto, todas as empresas produtoras de envases e embalagens de materiais de construção devem aderir a esta organização. Para aderir à ECOEMBES as empresas pagam uma taxa proporcional aos envases e embalagens colocados no mercado e as empresas de reciclagem, por sua vez, cobram da ECOEMBES o encaminhamento do material para que possa ser reciclado. A seguir, são apresentados alguns números da ECOEMBES, na Espanha: empresas aderidas; 393 recicladores homologados; 1.707,3 milhões de toneladas de envases processados; contêineres amarelos dispostos em localidades variadas contêineres azuis dispostos em localidades variadas. 95 plantas de seleção e segregação de envases leves sendo que 54 delas são automatizadas e utilizam leitores óticos para separar um tipo de embalagem de outro tipo (pet, PEAD, etc). As taxas que uma empresa aderida paga a ECOEMBES para os diferentes tipos de material de embalagem produzido estão apresentadas no Quadro 39 abaixo. Pag. 109

110 Quadro 39 Taxas, proporcional ao volume de embalagens gerado, pagas a ECOEMBES pelas empresas aderidas. Tarifa Ponto Verde (vários tipos de embalagem) Tarifa Ponto Verde (Embalagens de Vidro) Tipo de embalagem (material) Tipo de embalagem (volume em ml) Aço /kg 125 ml Alumínio /kg > 125 ml e 250 ml PET e HDPE (corpo rígido e saco /kg bolsa UNE) > 250 ml e 500 ml HDPE flexível, LDPE, biodegradável /kg e outros plásticos > 500 ml e 750 ml Papelão para bebidas e alimentos /kg (embalagem tipo Brick) > 750 ml e 1000 ml Papel e papelão /kg Cerâmica /kg Madeira e Cortiça /kg > 1000 ml Outros materiais /kg Fonte: ECOEMBES /kg + /Ud Fator peso (0.0197) + Fator Uds (0.0028) Alternativamente, o cálculo da taxa pago pelas empresas aderentes pode ser calculado mediante a quantidade, em toneladas, de embalagens colocadas no mercado no ano anterior. Para isso, as empresas devem apresentar uma Declaração Simplificada que contem tal informação e o valor anual a ser pago varia com a quantidade total, em toneladas, encaminhada ao consumo, como pode ser visto no Quadro 40. Quadro 40 Tarifa cobrada por ano das empresas que optam por esta modalidade de cobrança, Tarifa Ponto Verde Faixa 1 Faixa 2 Faixa 3 Faixa 4 Toneladas de Material/ anos anteriores 0 a 01 t 01 a 03 t 03 a 06 t 06 a 08 t Euros/ano ,0 520, , ,0 Fonte: ECOEMBES. Disponível em: Custos de reciclagem de Papel A ASPAPEL (Associação Espanhola de Fabricantes de Pasta, Papel e Papelão) é uma organização profissional de âmbito estatal que reúne as empresas do setor de papel e celulose do país. As empresas filiadas, cerca de 60, são responsáveis por mais de 90% da produção do setor. O papel é recolhido em contêiner de cor azul, instalado em pontos definidos nos municípios, é recolhido e reciclado em empresas autorizadas. Os fabricantes de papel pagam para as empresas de reciclagem pelo papel reciclado que atende a determinados padrões de qualidade de acordo com a EN 643:2014. Somente no ano de 2013, a indústria de papel espanhola reciclou em suas fábricas toneladas de papel. Pag. 110

111 O gráfico seguinte apresenta os preços de papel para reciclagem. Figura 13 - Preço médio originalmente pago pelo fabricante para o fornecedor espanhol em relação ao mês anterior, para o material depois de limpo e embalado de acordo com a norma europeia EN 643:2014. Fonte: ASPAPEL - Associação Espanhola de Fabricantes de Pasta, Papel e Papelão. Disponível em: A Norma EN 643:2014. Papel e papelão apresenta a lista europeia de padrão de qualidade para papel e papelão reciclados e define o seguinte: Qualidade Mistura comum de papel e papelão: mistura de vários tipos de papel e papelão. Qualidade Papel e papelão ondulado ordinário: embalagens de papel e papelão usados, contendo pelo menos 70% de papelão ondulado, sendo o restante dos outros produtos papel e papelão. Qualidade Papel gráfico classificado para remoção de tintas: papel gráfico classificado, composto por um mínimo de 80% de jornais e revistas. Deve conter pelo menos 30% de jornais e 40% de revistas. Os produtos para a impressão que não são aptos para remoção de tintas se limitam a 1,5%. Qualidade 2.01 Jornais: jornais contendo um máximo de 5% de jornais com anúncios ou colorido em massa. Quadro 41- Preço médio ( ) originalmente pago pelo fabricante para o fornecedor espanhol para o material limpo e embalado. QUALIDADE Jan. Fev. Mar. Abr. Mai. Jun. Jul. Ago Mistura comum de papel e papelão Papel e papelão ondulado ordinário Papel gráfico classificado para remoção de tinta Pag. 111

112 2.01 Jornal Fonte: ASPAPEL (Asociación Española de Fabricantes de Pasta, Papel y Cartón). Na RMBH e CM, os depósitos de materiais recicláveis compram papel e papelão de geradores e catadores por preços variados, de acordo com os diversos tipos de papéis. Os valores pagos podem variar significativamente em função das condições, qualidade e quantidade de resíduo ofertado, sendo na região até R$0,20 / Kg. Os resíduos de papel e papelão presentes em RCCV gerados em canteiros de obras geralmente não apresentam valor de comercialização, podendo até ocorrer cobrança pela coleta, devido ao estado de conservação e pouco volume armazenado. Para este tipo de resíduo há potencial de aproveitamento, com destaque para a sacaria de cimento Custos de reciclagem de Plásticos Na Espanha, a ANARPLA, Associação Nacional de Recicladores de Plástico é a responsável pelo gerenciamento dos envases de plástico recolhidos no contêiner amarelo e são reciclados em empresas autorizadas. Os fabricantes de peças que usam plástico reciclado pagam para as empresas de reciclagem pelo plástico que cumpre com determinados padrões de qualidade. Os preços dos materiais reciclados estão descritos abaixo. Quadro 42 - Preços dos materiais reciclados em Junho de 2015 na Espanha. PREÇOS JUNHO 2015 (EUROS/KG) Preço mínimo Preço máximo Preço médio (junho 2015) preço médio (maio 2015) Variação s/maio PEBD NATURAL % PEBD COLOR % PEBD NEGRO % PEAD NATURAL % PEAD COLOR % PEAD NEGRO % PS BRANCO % PS NEGRO % PP NATURAL % PP NEGRO % ABS NEGRO % Fonte: ANARPLA (Asociación nacional de recicladores de plastico, España). Na RMBH e CM, os depósitos de materiais recicláveis compram resíduos de plásticos de geradores e catadores por preços variados, de acordo com os diversos tipos existentes. Os valores pagos podem variar significativamente em função das condições, qualidade e quantidade de resíduo ofertado, sendo na região entre zero e R$0,35 o quilo. Já o resíduo prensado limpo, possui o valor de cerca de R$950/t de plástico rígido e R$2.000,00 o PET. Os plásticos residuais provenientes de RCCV em canteiros de obras geralmente não apresentam valor de comercialização, por não estarem segregados e muitas vezes Pag. 112

113 contaminados, podendo até ocorrer cobrança pela coleta, devido ao estado de conservação e pouco volume armazenado Custos de reciclagem de Madeira Os resíduos de madeira presentes nos RCCV são geralmente classificados em um dos seguintes tipos: Móveis, portas, etc: são geralmente resíduos volumosos e pesados. São gerados pelos próprios cidadãos ao se desfazer de seu mobiliário. Restos de construção e demolição: na construção se utiliza madeira para forma, vigas de apoio, portas e janelas, etc. Após sua utilização, são descartadas. Recortes: este é o resíduo de madeira mais comum. São pedaços de madeira de forma e dimensões variadas que vão de vários centímetros a mais de um metro. Paletes: o palete de madeira é uma plataforma horizontal que é usada como base para o transporte de mercadorias. O palete descartado é gerado em toda a indústria. No setor de construção e demolição deve-se distinguir, por exemplo, dois circuitos, uma para os paletes e outro para aos demais materiais de madeira. Na Espanha, é a ANREPA - Associação Nacional de Recicladores de Paletes a responsável por reunir profissionais envolvidos na reciclagem de paletes. Pag. 113

114 Fabricante de paletes Fabricante de bens consumidor de paletes Distribuidor de bens consumidor de paletes Recuperador de paletes Paletes em boas condições Paletes danificados recuperáveis Paletes danificados não recuperáveis Paletes reparados Reparação de paletes Gerenciamento como resíduo valorizável Trituração Lascas de madeira Fabricação de aglomerado Uso como combustível Produtos de material triturado Figura 14 - Circuito de reciclagem de paletes. Fonte: ANREPA - Associação Nacional de Recicladores de Paletes. Conforme exposto no organograma acima, caso os paletes não tenham um uso privado viável devido à deterioração significativa o material é encaminhado para o ciclo de recuperação e valorização da madeira. Outros tipos de resíduos de madeira descartados - móveis, portas, restos de construção e demolição - são levados a uma planta de tratamento, onde passam por um processo de classificação, limpeza, trituração e armazenamento. O produto final obtido são lascas de madeira, de aproximadamente 5 centímetros de tamanho o qual pode ser útil para usos variados, em diferentes setores, quais sejam: Fabricação de painéis prensados: representa o destino do maior percentual das lascas recuperadas. Do ponto de vista ambiental, é uma ótima alternativa de reciclagem. Obtenção de energia: a utilização de biomassa, para obter tanto energia elétrica como energia térmica é uma alternativa aos combustíveis fósseis. Pag. 114

115 Compostagem: a produção de fertilizantes e resíduos orgânicos a partir de resíduos de madeira se concentra, fundamentalmente, nos restos de poda, que aportam o Carbono necessário à qualidade do composto resultante. Camas de gado: as lascas podem ser usadas como camas de gado o que representa um destino minoritário, mas para a realidade brasileira pode ter mais representatividade. As taxas de admissão cobrada aos geradores de resíduos da madeira para entrega do material em plantas de reciclagem varia amplamente, dependendo da área geográfica e os montantes a serem tratados. Em ASTIGAL (Astillas de Galiza), Espanha, o preço varia entre euros/tonelada. Figura 15 - Tarifas de admissão de madeira nas usinas de reciclagem em Astigal (Galicia, España) Fonte: Astillas de Galícia. Na RMBH e CM existem diversas indústrias que podem utilizar a madeira residual presente nos RCCV como combustível, processo caracterizado como reciclagem. Porém, não existem muitas empresas que produzem os combustíveis a partir de madeiras residuais de construção, sendo esse um nicho de mercado passível de ser explorado. Conforme apresentado em produtos anteriores, uma empresa que beneficia madeira residual fica em Contagem, as margens da Rodovia BR-040. Ela produz o cavaco de madeira para queima na indústria cerâmica, também presente na região. O gerador arcará com o transporte dos resíduos até o local, mas o recebimento ocorre gratuitamente. O lucro se dá pela venda do cavaco de madeira, que custa entre R$100,00 e R$130, PREÇOS DE VENDA A seguir, apresentamos alguns preços de venda de materiais reciclados na Espanha. Pag. 115

116 9.3.1 Preços de agregados reciclados Os preços de venda de produtos naturais, como, por exemplo, cascalhos, varia entre 6 e 12 euros/tonelada. Estes valores são mais elevados do que os preços de agregados reciclados, como pode ser visto no Quadro 43 a Quadro 45, a seguir: Quadro 43 - Preços de venda de agregados reciclados. Material Madri Córdoba Brita de concreto 0-20 mm 3,00 euros/t 2,40 euros/t Brita de concreto 0-40 mm 4,00 euros/t 4,20 euros/t Cascalho de concreto mm 4,00 euros/t 4,20 euros/t Cerâmica-concreto 0-40 mm 3,50 euros/t 3,00 euros/t Cerâmica-concreto mm 1,00 euro/t 3,00 euros/t Material para preenchimento 0-6 mm 2,00 euros/t 1,80 euros/t Fonte: CEDEX centro de estudios y experimentación de obras públicas (Ministerio de Fomento, gobierno de España). Actualización del Catálogo de Residuos Utilizables en Construcción Quadro 44 - Preços de venda de agregados reciclados de uma Planta de tratamento de Madrid, Espanha, Material Fração Preço ( /t) Areia 0-6 5,20 euros/t Brita ,40 euros/t Cascalho ,70 euros/t Cascalho ,70 euros/t Brita ,95 euros/t Fonte: CEDEX centro de estudios y experimentación de obras públicas (Ministerio de Fomento, gobierno de España). Actualización del Catálogo de Residuos Utilizables en Construcción Planta de tratamento SALMEDINA TRATAMIENTO DE INERTES SL Quadro 45 - Preços de venda de agregados reciclados de uma Planta de tratamento de RCD em Jaen, Espanha, Material Fração Preço Areia 0-6 3,00 euros/t Brita ,80 euros/t Cascalho ,50 euros/t Cascalho ,70 euros/t Brita ,20 euros/t Fonte: CEDEX centro de estudios y experimentación de obras públicas (Ministerio de Fomento, gobierno de España). Actualización del Catálogo de Residuos Utilizables en Construcción RCD RECICLAJES DEL GUADALQUIVIR SL (Jaén, Espanha). Pag. 116

117 9.3.2 Preços de venda de metais O preço de venda de metais reciclados depende da cotação diária do metal na bolsa de metais o qual varia, normalmente em função da disponibilidade de estoque no mercado. Quadro 46 - Bolsa de metais em 17/09/2015. Metal 17 de Setembro de 2015 ($/t) Estoque (t) Cu (Cobre) $/t t Zn (Zinco) 1.640,50 $/t t Pb (Chumbo) 1.700,00 $/t t Al (Alumínio) 1.606,00 $/t t Ni (Níquel) 9.885,00 $/t t Sn (Estanho) 1.694,50 $/t t Menor cotação no final do meio-dia Fonte: Gremi de recuperació de Catalunya Preços de venda de madeira reciclada A venda como combustível é a maior utilidade da madeira reciclada, seja em forma de lasca ou de pellet. Por Pellet entende-se o material combustível orgânico sólido em forma cilíndrica de dimensões reduzidas, produzido por meio de biomassa densificada proveniente de serrim, resíduos de madeira ou outros materiais naturais pelletizáveis sem quaisquer aditivos como colas ou vernizes, tal como apresentado na figura a seguir. a. b. Figura 16 a. Pellet feito de madeira reciclável; b. Palete de madeira Lasca O preço das lascas de madeira varia muito, dependendo da região geográfica e das quantidades comercializadas. São muito ativos os mercados de compra e venda online. Quadro 47- Preços da madeira reciclada na Espanha. Combustível Lasca de pinho triturada Densidade (kg/m 3 ) Tamanho (mm) Umidade Apresentação Preço ( /t) PCI (kcal/kg) Preço ( /kwh) /100 <20% A granel ,39 Pag. 117

118 Preço /t Pellet de madeira Pellet de madeira <15% A granel , <15% Saco 15 kg ,51 Fonte: idea Instituto para a Diversidade e Investimento Energetico (España). Pelos dados apresentados acima é possível notar que o valor pago é maior para o material que apresenta umidade de 15% e densidade acima de 200kg/ m 3. Além disso, a compra/venda pode ser feita de duas formas, a granel e em sacos de 15 kg e que para um mesmo tipo de combustível, os sacos individualizados custam mais caro ao consumidor do que a opção a granel Pellet de madeira Saco Palete Caminhão basculante Caminhão cisterna Trimestre - Ano Figura 17 Preço de pellets e Palete na Espanha. Fonte: AVEBIOM. Quadro 48 Preço de pellets comercializados na Espanha (valores de referência em Euros) PmB (pellet sacos 15 kg) 4,13 4,24 4,35 4,32 PmB (Palete de pellet kg) 264,61 273,86 280,98 274,94 PmB (pellet granel - caminhão basculante ,29 243,19 247,18 234,65 kg) PmB (pellet granel - caminhão cisterna 1000 kg) 230,79 244,59 253,50 246,83 Fonte: AVEBIOM. Pag. 118

119 9.3.4 Preço de venda de CDR (Combustível Derivado de Resíduos) O GREENPEACE, no seu relatório "Análise econômica e ambiental do uso de combustíveis derivados de resíduos (CDR) na Espanha" publicado em Maio de 2012, identificou que as cimenteiras espanholas cobram aproximadamente 20 euros/tonelada para receber os CDR, representando um custo aos seus produtores. Porém esse valor é variável em função de qualidade, poder calorífico (PCI), garantia de fornecimento e outros fatores. Um CDR com alto teor de cloro ou outros determinados elementos químicos, por serem nocivos ao processo produtivo, tornamse menos atrativo às cimenteiras, elevando o custo aos produtores. Contudo, um CDR composto por materiais que garantam alto poder calorífico poderia tornar-se investimento da cimenteira ao invés de custo aos produtores. Na prática, os valores de comercialização de CDR são fixados pelas cimenteiras, após negociar padrões de qualidade e de fornecimento com os fornecedores disponíveis no mercado. Ou seja, o valor é mais elevado pela quantidade de elemento químico nocivo do que pelo PCI. 9.4 CUSTOS DE REUTILIZAÇÃO Reutilização é o processo de reaplicação de um resíduo, sem transformação do mesmo. A sua nova aplicação pode ser similar a original, ou não. Para possibilitar o reuso de um material este deve passar por etapas de separação, limpeza e, algumas vezes, reparação. A execução destas etapas envolvem custos, pois necessitam de equipamentos específicos, mão de obra, água, energia, etc. Ao final do processo, o material pode ser comercializado por valores iguais ou ainda superiores, dependendo dos tipos de transformação utilizadas. O melhor exemplo de reutilização de resíduos gerados no setor da construção é o Palete. De acordo com a Associação Nacional de Recicladores de Paletes (ANREPA Espanha), em média, um mesmo Palete pode ser reinserido na indústria de 6 a 10 vezes. Ainda conforme dados da ANREPA, em 2011, foram reciclados/reutilizados aproximadamente unidades deste item. Na reciclagem de Palete, encontramos as seguintes fases: 1. Coleta: realizada por caminhões plataforma ou grandes contêineres. 2. Classificação: já na planta de recuperação, o material passa por etapas de classificação para segregação de cada um tendo em vista os aspectos de qualidade, tipo e defeitos. 3. Reparação: nesta operação, o paletes, previamente segregado, passível de ser reparado, é consertado e retorna ao uso inicial, ou outro. 4. Desmontagem: os paletes sem condição de serem reparados são desmontados e as tábuas e blocos obtidos são reutilizados para a reparação de outros paletes, caso apropriado, ou, podem ser triturados e transformados em biomassa. Pag. 119

120 5. Armazenamento: são armazenados os paletes reparados ou aqueles em bom estado, em função do tipo e medidas. 6. Expedição: é a etapa final que consiste na revenda dos paletes armazenados e a reentrada dos mesmos na cadeia de produção. Um palete Europeu usado, em bom estado, custa, atualmente (2015), de 08 a 10 euros/unidade. Entretanto, o preço de venda do Europalete está entre 15 a 18 euros/unidade, dependendo do número de unidades. Figura 18- Exemplo web venda de palete novos na Espanha. Fonte: shop.embamat.com. Figura 19 - Exemplo web de venda de paletes reciclados na Espanha. Fonte: paletsusados.com. Pag. 120

121 10 CONDIÇÕES PARA VIABILIZAR O REAPROVEITAMENTO E A RECICLAGEM DE RCCV A primeira condição, indispensável para a futura definição das instalações propostas, e para a viabilidade econômica do plano proposto, é conhecer com exatidão os seguintes dados: Geração real de RCCV na ARMBH e Colar: a qual pode ser conhecida por meio de uma pesquisa, in loco, realizada em cada um dos municípios. Composição dos RCCV: conhecimento da gravimetria dos RCCV, por meio de estudos de caracterizações em campo em todo o território ou em amostra representativa, se for o caso. Instalações de coleta existentes atualmente: levantamento, em campo, realizada em cada um dos municípios, de todas as empresas que atuam na coleta e transporte de RCCV na região. Instalações de tratamento existentes atualmente: levantamento da tipologia, capacidade, estado legal, vida útil, dentre outras, de todas as infraestruturas existentes para a valorização e tratamento de RCCV gerados na região. Estes dados serão imprescindíveis no momento da atualização do Plano de Gestão dos RCCV e, ainda, serão muito úteis para subsidiar a constituição de um agrupamento de municípios para a gestão e para o gerenciamento regionalizado ADOÇÃO DE NORMAS MUNICIPAIS PARA A GESTÃO DE RCCV É importante que haja legislação municipal especifica para este tema, antes de ser implementada e/ou revisada consoante com as diretrizes do Plano, favorecendo a implementação e alcance das metas e objetivos definidos. Os municípios que já possuem alguma ação ou normatização sobre o tema, como Belo Horizonte, podem servir de exemplo aos demais, mas, ainda assim é importante que os instrumentos sejam reavaliados para favorecer o cenário em questão. Um dos exemplos de normatização que pode ser pensada em nível regional, comum aos municípios da RMBH e CM é a padronização para o documento de controle de transporte de resíduos conhecido como CTR ou MTR, tendo em vista que o transporte intermunicipal de RCCV é uma prática comum na região. De todos os modos, o ideal é que a adoção de instrumentos legais seja efetiva com forte atuação da fiscalização para que não se transforme em uma questão conhecida de legislação ineficiente, meramente referencial, com pouco ou nenhum atendimento pelos responsáveis técnicos. O poder público municipal tem um papel fundamental no disciplinamento do fluxo dos resíduos podendo utilizar e criar instrumentos para regular especialmente a geração de resíduos, portanto, as soluções para a gestão dos resíduos da construção e demolição nas cidades visando a integração e atuação dos seguintes agentes: Pag. 121

122 - poder público/órgão público municipal responsável por normatizar, orientar, controlar e fiscalizar a conformidade da execução dos processos de gerenciamento do PGRCC. Equacionar soluções e adotar medidas para estruturação da rede de áreas para recebimento, triagem e armazenamento temporário de pequenos volumes de resíduos de obra civil para posterior destinação às áreas de beneficiamento; - gerador de RCCV responsável pela observância dos padrões previstos na legislação específica no que se refere à disposição final dos resíduos, fazendo sua gestão interna e externa com adoção de métodos, técnicas, processos de manejo compatíveis com as destinações existentes e previstas atendendo as normas ambientais vigentes; - transportadores responsável pelo encaminhamento dos RCCV aos locais licenciados mediante apresentação do comprovante da destinação (CTR ou MTR), cumprindo e fazendo cumprir as determinações normativas que disciplinam os procedimentos e operações do processo de gerenciamento de resíduos sólidos e de resíduos de obra civil em especial. A importância da valorização dos RCC está fundamentada não apenas no âmbito de preservação ambiental, mas também na geração de mercado para a região e da promoção da empresa por meio da transmissão de uma imagem de empresa-cidadã. Como um primeiro passo, o importante é que seja otimizada a gestão do processo produtivo, priorizando a diminuição na geração dos resíduos sólidos, o gerenciamento e a segregação no próprio canteiro de obra, partindo da conscientização e sensibilização dos agentes envolvidos, criando uma metodologia própria em cada empresa e setor. Dentre as diretrizes a serem alcançadas pelo setor, preferencialmente e em ordem de prioridade, devem ser estimuladas: Redução dos desperdícios e do volume de resíduos gerados. Segregação dos resíduos por classes e tipos seguindo as normativas locais aplicáveis e vigentes. Reutilização dos materiais, elementos e componentes que não requisitem transformações. Reciclagem dos resíduos, transformando-os em matéria-prima para a produção de novos produtos. Dentre as vantagens da redução da geração de resíduos tem-se: Diminuição do custo de produção. Diminuição da quantidade de recursos naturais e energia a serem gastos. Diminuição da contaminação do meio ambiente. Redução dos gastos com a gestão dos resíduos. Pag. 122

123 Vale ressaltar que se faz necessário uma mudança da cultura junto a todos os envolvidos no processo da construção, evidenciando a importância da preservação do meio em que vivemos NORMAS TÉCNICAS, LEGISLAÇÃO E RESPONSABILIDADES No conjunto de leis e políticas públicas, as normas técnicas são fundamentais ao gerenciamento dos resíduos da construção civil e, quando integradas às políticas públicas, representam importante instrumento para a viabilização do exercício da responsabilidade para os agentes públicos e os geradores de resíduos. Estes procedimentos e normas são definidos pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) que, no que se refere aos RCCV, versam sobre: a execução de camadas de pavimentação (NBR 15115:2004); utilização em pavimentação e preparo de concreto sem função estrutural (NBR 15116:2004); Áreas de transbordo e triagem - Diretrizes para projeto, implantação e operação (NBR 15112:2004); diretrizes para projeto, implantação e operação de aterros Classe A (NBR 15113:2004) e diretrizes para projeto, implantação e operação de áreas de reciclagem (NBR 15114:2004). Além das diretrizes técnicas, vale ressaltar, mais uma vez, que a Resolução CONAMA n. 307, de julho de 2002, define, classifica e estabelece os possíveis destinos finais dos resíduos da construção e demolição, além de atribuir responsabilidades para o poder público municipal e também para os geradores de resíduos no que se refere à sua destinação. Ao disciplinar os resíduos da construção civil, esta Resolução leva em consideração as definições da Lei de Crimes Ambientais (1998), que prevê penalidades para a disposição final de resíduos em desacordo com a legislação. Essa resolução exige do poder público municipal a elaboração de leis, decretos, portarias e outros instrumentos legais como parte da construção da política pública que discipline a destinação dos resíduos da construção civil. O exercício das responsabilidades pelo conjunto de agentes envolvidos nas etapas do gerenciamento de RCCV bem como o controle institucional sobre todos os envolvidos nestas etapas deve resultar na criação de alternativas de valorização dos resíduos na medida em que haja especificação técnica e infraestrutura para a recuperação de agregados reciclados. Para promover uma gestão ambiental adequada aos RCCV gerados pelo setor da construção e da demolição, propõe-se alguns modelos de Leis Municipais que podem ser estudadas pelas prefeituras com o objetivo de desencadear o Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil em nível local e, possibilitar, posteriormente, soluções em nível regional, quais sejam: a. Elaboração do Plano Municipal Integrado de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil e Resíduos Volumosos e seus componentes para disciplinar a ação dos geradores e transportadores destes resíduos no âmbito municipal, estabelecendo diretrizes, critérios e procedimentos, e criando responsabilidades para a cadeia geradora/transportadora/receptora; Pag. 123

124 b. Regulamentar cobrança obrigatória aos empreendedores os quais se viriam obrigados a uma fiança ou garantias financeiras, proporcionais aos resíduos gerados, assegurando o cumprimento da gestão adequada dos resíduos gerados em obra. Tal fiança poderia estar vincula à concessão da licença de funcionamento ou alvará para início das atividades e seria devolvida integralmente ao empreendedor mediante comprovação das ações adequadas pelo RCCV gerado; c. Cobrança diferenciada pela destinação final dos resíduos da construção civil com potencial de valorização; d. Disciplinar, em nível municipal ou regional (quando oportuno) a circulação de veículos de tração animal e de propulsão humana. Indicador associado: Nº de Prefeituras que adotaram a Portaria. Um modelo para o gerenciamento dos RCCV, em nível municipal, por exemplo, pode estar fundamentado na descentralização do recebimento e na centralização do tratamento e destinação final do RCC contemplando as seguintes ações: I. Projeto, licenciamento das áreas escolhidas para o gerenciamento dos resíduos para implantação das seguintes infraestruturas: a. Rede de Pontos Limpos (URPV). b. Área(s) de transbordo e triagem (ATT). c. Usina(s) de produção de agregados reciclados. d. Aterro Classe A para reservação e uso futuros dos RCCV. e. Planta(s) de beneficiamento e reciclagem de papel, papelão e madeira. f. Projeto, licenciamento e implantação de um aterro para resíduos da Construção Civil. II. III. IV. Intensificação da fiscalização de bota foras irregulares e clandestinos. Remediação e monitoramento de áreas degradadas pela disposição inadequada de RCCV. Estimular a disposição correta de RCCV por meio de ações de educação ambiental e orientação à população usuária das infraestruturas implantadas. Pag. 124

125 10.3. CONTROLE PREVENTIVO MUNICIPAL PARA A GESTÃO E GERENCIAMENTO DE RCCV A ideia da instituição do controle preventivo municipal visa garantir a gestão e o gerenciamento adequado dos RCCV por meio da intensificação dos processos de estruturação legal, licenciamento das atividades, fiscalização preventiva e de educação ambiental em todos os órgãos e níveis relacionados ao tema. A estruturação legal é essencial para que o assunto seja efetivamente colocado em pauta pelos atores da cadeia, principalmente, para aqueles municípios que não apresentam, atualmente, instrumentos legais específicos sobre o tema em questão. Além da criação de novos instrumentos legais é importante que os municípios da RMBH tenham um consenso único sobre alguns temas como é o caso, por exemplo, do MTR (ou CTR- Controle de Transporte de resíduos) de forma que a informação possa fluir de um município a outro, tal como já ocorre com o RCCV que, muitas vezes, é gerado em um território e disposto ou reciclado em outro. O licenciamento ambiental ou, ainda, a regularização da atividade de construção, sejam estas de pequeno ou de grande porte, vinculando o alvará de construção ao PGRCCV é uma importante ferramenta preventiva que estimula o gerenciamento adequado dos resíduos ainda na fase de projeto e planejamento da obra. O acompanhamento e controle das ações dos agentes transportadores também devem ser considerados como prioritário, uma vez que representa o elo de ligação entre os geradores (pequenos e grandes) e a destinação e permite a identificação de locais inadequados ou não aptos ao recebimento. Naturalmente, a implementação do sistema online facilitará as ações de rastreabilidade e monitoramentos destas etapas Ações de orientação e de educação ambiental para os agentes envolvidos Elaboração e realização de um plano de ações que tenha como objetivo principal a orientação técnica aos agentes envolvidos. Cada ação, neste sentido, pode e deve ser registrada e monitorada para que seja instituído um processo de avaliação periódica da sua eficácia possibilitando o aperfeiçoamento e adequação do conteúdo sempre que necessário. O Plano de Comunicação e Educação Ambiental deve contemplar ações de educação ambiental direcionada aos trabalhadores da construção civil que lidam diretamente com os resíduos gerados. No início dos trabalhos é interessante que o assunto seja abordado de forma simples, clara e objetiva salientando as metas de minimização, reutilização e segregação dos resíduos em sua origem e apontando a grande contribuição da equipe em obra para o alcance destas. Da mesma forma, deve ser comentado o correto acondicionamento, armazenamento e transporte até a disposição final do RCCV, de preferência com demonstrações de registros fotográficos. As ações de orientação e educação direcionadas aos pequenos geradores devem estar apoiadas nas diretrizes e definições em âmbito municipal já que é dever dos próprios municípios a definição do limite de geração diária, em m 3 ou toneladas, que Pag. 125

126 caracteriza um pequeno gerador. Neste sentido, os municípios poderão contar com o suporte para elaboração de conteúdo técnico informativo produzido pela Agência Metropolitana, por exemplo. As medidas para este perfil de gerador de RCCV, adotadas em nível municipal, não precisam, necessariamente, envolver a implantação de novas e robustas infraestruturas, mas podem surgir, por exemplo, de pequenos combinados entre a gestão pública e seus moradores, sendo que estas práticas apresentam um resultado muito positivo em municípios de pequeno porte. Pag. 126

127 Fiscalização e controle dos agentes envolvidos O programa de fiscalização deve ser implementado paralelamente às ações de aplicação da gestão e do gerenciamento dos RCCV por parte da administração pública. O objetivo principal é garantir o funcionamento adequado das ações propostas, sendo um importante instrumento para o monitoramento e controle das demais ações educação, capacitação e orientação proporcionando, ainda, instrumentos para a melhoria continua dos processos e atingimento das metas e objetivos propostos. O ideal é que as ações de fiscalização sejam delineadas com base na realidade local, mas, em termos gerais, devem abordar: Análise dos procedimentos a serem adotados durante a obra para quantificação diária dos resíduos sólidos gerados por classe/tipo de resíduo. Adequação dos agentes e empresas que realizam as etapas de coleta às regras e normas do novo sistema de gestão. Análise e verificação do cadastro nos órgãos municipais competentes de todas as empresas de coleta e transporte de resíduos. Análise dos serviços prestados pelos geradores quanto ao correto uso dos equipamentos de coleta e encaminhamento dos resíduos, considerando os princípios de responsabilidade solidária pelo gerenciamento adequado dos resíduos coletados. Verificar a existência e cumprimento dos Planos de Gerenciamento de Resíduos, previstos na Resolução 307/02 do CONAMA, quando aplicável. Registro e controle, de maneira a tornar possível a avaliação periódica de sua eficácia e aperfeiçoamento. Analise periódica dos relatórios oriundos do sistema de rastreabilidade, quando em funcionamento, verificando as rotas e os locais de descarte e identificando possíveis desvios e inadequações. A implantação gradativa e monitorada dos pontos de coleta e de descarte possibilita a análise e consideração de alternativas locacionais para estas infraestruturas de forma que os pontos sejam instalados de forma a facilitar e disciplinar o descarte adequado dos RCCV gerados pelos pequenos e grandes geradores. Uma alternativa é a implantação gradativa da fiscalização dos pontos de coleta para conhecimento do fluxo de descarte e destinação dos resíduos. Tais informações auxiliam a análise das possibilidades da distribuição das unidades de recebimento de RCCV com o objetivo de otimizar o fluxo e reduzir os custos a todos os envolvidos. O Plano de Fiscalização deve ser delineado em função do número de fiscais capacitados disponíveis. Sugere-se que o município seja dividido em áreas distribuídas para cada fiscal, ou grupo de fiscais, para o exercício das tarefas descritas nos itens anteriores. Pag. 127

128 O programa de fiscalização precisa ser rigoroso para garantir de as condições para a correta gestão dos resíduos sejam cumpridas de forma adequada. Com uma fiscalização bem estruturada é possível adequar o sistema atual para as novas normas e garantir o pleno funcionamento de todo o conjunto de ações, adequadas à realidade de cada município. A fiscalização inibe atuações irregulares por empresas clandestinas e a revisão frequente do sistema de fiscalização é necessária para a definição de novas competências e regras para os fiscais e geradores, coletores, receptores e dos gestores municipais. O programa deve manter-se estruturado e há de ser periodicamente atualizado, para que uma próxima administração tenha condições de dar continuidade sem dificuldades ADEQUAÇÃO/FECHAMENTO DE ATIVIDADES IRREGULARES DE GERENCIAMENTO DE RCCV A operação irregular das etapas de gerenciamento dos RCCV sem a atuação da fiscalização desestimula a execução destas em observância à legislação aplicável. As empresas se sentem desestimuladas, principalmente, devido aos custos, que, normalmente, são mais elevados para processos legalizados. Encerrar as atividades que não se enquadrarem nos requisitos legais é, então, primordial para que o investimento em novas unidades de coleta/recebimento seja visto pelo mercado como a melhor forma de execução das tarefas relacionadas ao gerenciamento. Porém, a fiscalização, da forma que acontece hoje não é capaz de detectar automaticamente possíveis irregularidades de forma efetiva, o que apenas seria possível com a sistematização das ações de gerenciamento por meio de um sistema eletrônico em rede, conforme já citado. A implementação deste sistema permite o monitoramento automático e o direcionado a fiscalização por meio da definição de alertas para incoerência de dados e informações alimentadas pelos próprios agentes da cadeia. Como já apresentado no Produto 5_Item Descontaminação de aterros clandestinos, a descontaminação dos aterros clandestinos contempla uma série de ações que incluem, sempre que necessário, critérios e valores quanto à presença de substâncias químicas, conforme previstos na Resolução CONAMA 420/2009. Dentre as situações possíveis de áreas inadequadas, podem ser citadas algumas ações para o seu fechamento ou recuperação: Grandes áreas e grande volume de resíduo disposto: nesta situação, o transbordo dos resíduos até um aterro não é recomendado, tanto econômica como tecnicamente. Geralmente, estas áreas demandam uma série de obras para completar o seu fechamento e posterior reintegração como, por exemplo, por meio da cobertura dos resíduos utilizando maquinaria pesada. Pag. 128

129 Pequenas áreas com pequeno volume de resíduos disposto: neste caso pode ser estudada a transferência dos resíduos a um aterro sendo esta a ação mais indicada. Áreas não regularizadas nas quais foi disposto um grande volume de resíduos sem autorização, mas seguindo alguns critérios técnicos de execução: neste caso, existem duas alternativas possíveis: o Caso a área seja regularizável: apresentação de um projeto de regularização às autoridades competentes; o Caso a área não seja regularizável: interdição definitiva seguida da apresentação de um projeto de encerramento e recuperação do local. No Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado (PDDI) do Governo de Minas Gerais está previsto um Programa de erradicação de bota fora clandestinos e de gestão adequada de resíduos da construção civil e demolição (RCC). Para atendimento desta meta e execução deste plano, sugere-se: Identificação de todos os bota-foras e outras áreas de disposição clandestina. Criação e manutenção de um registro das áreas afetadas. Implantação de medidas de controle das áreas identificadas para facilitar encerramento da sua utilização. Classificação das áreas de disposição clandestina conforme critérios de periculosidade e porte. Plano de ação para priorização de áreas que precisam ser recuperadas/ descontaminadas. Realização de um estudo detalhado de cada caso. - Identificação detalhada da área e do seu entorno mais próximo. - Classificação dos resíduos dispostos. - Delineamento de ações que deverão ser realizadas. - Decisão sobre a necessidade de instalações de controle (piezômetros, extração de biogás, etc.). Eliminação progressiva das áreas de disposição clandestina identificadas. Inclusão das ações realizadas no registro de áreas afetadas. Plano de monitoramento e controle dos terrenos recuperados. A composição dos resíduos procedentes da descontaminação de aterros clandestinos se apresenta diversificada e podem conter: RCC (solos, cerâmicos, concreto, Pag. 129

130 argamassa, etc.), plástico, papel, vidro, madeira, além de resíduos perigosos e não perigosos. Conforme citado por Cavalcante (2007), de forma indicativa, estima-se que os gastos com limpeza urbana variam entre R$ 1 milhão e R$ 1,5 milhão com recolhimento de entulho disposto irregularmente, em municípios acima de 1 milhão de habitantes como é o caso do município de Goiânia. A inexistência de um programa efetivo e para o gerenciamento dos RCCV em nível municipal, o qual deve estar contemplado no Plano Municipal de Gestão de RCC, pode ocasionar que as ações e medidas empregadas sejam sempre corretivas e emergenciais as quais representam um custo elevado aos cofres públicos. Por isso, é necessário um trabalho de conscientização ambiental dos pequenos e grandes geradores, bem como de toda a sociedade quanto à disposição irregular de RCD, priorizando a redução da geração de resíduos. O transportador ou as empresas transportadoras que dispõe os RCCV de forma irregular em vias e logradouros públicos minimizam seus custos de transporte e disposição transferindo estes para o poder público, ou seja, para toda a sociedade. Face à concorrência desleal, é grande a possibilidade dos transportadores cadastrados e regularizados passarem à ilegalidade. Conforme instrução normativa 018, o descarte, mesmo que provisório, em áreas diferentes das autorizadas pelo órgão ambiental competente acarretará na cassação da licença ambiental do Transportador, além de outras penalidades previstas na legislação vigente. Portanto, pode-se dizer que a falta do Plano de Gerenciamento dos RCC aliado a uma fiscalização ineficaz, contribuí para alimentação de um ciclo vicioso de disposições ilegais e custos indevidos ao órgão público responsável. A disposição irregular de RCC altera e/ou degrada as características ambientais peculiares das áreas de Proteção Ambiental. Ainda considerando o potencial existente em termos de reciclagem dos resíduos sólidos da construção civil, bem como o provável esgotamento dos recursos naturais e matérias primas em um futuro próximo, como por exemplo, o cascalho e a areia, um Plano Municipal de Gerenciamento de Resíduos Sólidos da Indústria da Construção torna-se oportuno e essencial. A construção é um dos maiores empregadores e grande impulsionador da economia nacional. São muitos os desafios a serem assumidos em um cenário no qual a complexidade dos processos leva ao envolvimento de vários agentes (setor produtivo, setor público e terceiro setor) no compartilhamento das responsabilidades pelo gerenciamento dos resíduos sólidos (Cavalcante, 2007). Pag. 130

131 10.5 INCENTIVO AOS SISTEMAS DE RETORNO DE EMBALAGEM DE CONSTRUÇÃO Ainda que a maior parcela de resíduo gerado em ambientes de construção seja classificada como inerte, Classe A, outras composições também devem ser alvo das ações de gerenciamento. Com destaque aos resíduos da Classe B são formados por embalagens, sacarias e que podem ser encaminhados para reciclagem, processos de logística reversa e reinseridos na cadeia de produção. Ao observar-se o fluxo logístico de fornecimento à atividade de construção, percebe-se a existência de uma lacuna que pode ser preenchida em prol do gerenciamento dos RCC. Os procedimentos de entrega de materiais, por exemplo, podem ser aliados à criação de um sistema de logística reversa, onde os fornecedores possam utilizar o trajeto de retorno para transportar resíduos que podem ser utilizados nos processos produtivos. Como exemplo, tem-se a indústria cimenteira que passou a considerar a utilização de resíduos cerâmicos no processo produtivo como substituição de matéria prima. O setor pode desenvolver, por exemplo, a prática de coletar resíduos desta natureza nas obras quando for realizar a entrega de material sendo que esta atitude pode incluir, ou não, compensações financeiras para equacionamento dos diferentes interesses. Ainda neste setor da indústria, as embalagens de cimento/argamassa (de difícil reciclagem) também poderiam ser consideradas no fluxo de reversão, pois podem ser incorporadas na atividade de coprocessamento de resíduos visando o aproveitamento energético. Algo semelhante já é um procedimento incorporado nas obras de construção: logística reversa de paletes. O fornecedor entrega um determinado número de blocos palletizados compensando com o resgate do mesmo número de paletes que foram deixados junto ao carregamento. Esse fluxo se estende por toda a duração da obra, até que os quantitativos entregues finalmente se igualem aos recebidos. Tem-se conhecimento também de uma ação, mesmo que isolada, de logística reversa de isopor, normalmente considerado como rejeito nos canteiros de obra. O processo se deu através da segregação do material na fonte de geração e de um relacionamento com o fornecedor que, no caso específico, é o próprio fabricante. Essas ações existentes denotam que é possível estabelecer um procedimento de logística reversa, mas que, para tal, a negociação deve ser conduzida com atenção em termos contratuais e operacionais. Neste aspecto, deve-se destacar que a segregação ineficiente e/ou contaminação do resíduo poderá acarretar na inviabilização de todo o processo INCENTIVAR A RESTAURAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS COM RESÍDUOS INERTES ADEQUADOS. A restauração de um espaço degradado consiste em devolver, tanto quanto possível, seu aspecto e função original. Pag. 131

132 Considera-se conveniente o estudo da utilização dos RCC para a restauração de espaços degradados e de atividades de extração (lavras, cavas de pedreiras desativadas ou em fim de operação etc.) como parte do PRAD (Plano de Recuperação de Áreas Degradadas), estabelecido na Instrução normativa nº 4, de 13 de abril de A medida, dentre outros fatores, deve incluir: Levantamento, registro detalhado e mapeamento de áreas degradadas devido antigas atividades de mineração e outras. Implementação de um banco de dados alimentado com as informações levantadas no item anterior o qual deve ser executado em cooperação com as autoridades competentes nas áreas de mineração e meio ambiente. Estudo e definição dos resíduos inertes adequados para a recuperação das áreas degradadas. Elaboração e execução dos Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas (PRAD). Indicador 1: Nº de ações realizadas em matéria de restauração. Indicador 2: Toneladas de resíduos utilizados em cada ação e em total. Neste sentido, existem duas variações possíveis: Realizar a restauração de áreas de uso extrativistas inalteradas: restauração da área extrativa como parte do fechamento da mina, conforme a Portaria nº 237, de 18 de outubro de 2001, que aprova as Normas Reguladoras de Mineração. Realizar a restauração de áreas degradadas (mineiras ou não) mediante mudanças de uso: de área degradada a aterro classe A e finalmente, quando o espaço for preenchido da atividade de extração e fechamento do aterro, mudando o uso deste para uso florestal. Todo material que chega a uma obra vem protegido por algum tipo de embalagem, geralmente por papel ou papelão, plástico ou madeira e, geralmente, são descartados em um contêiner junto com outros resíduos gerados em obra. A tendência crescente de utilização de peças pré-fabricadas aumenta o volume de embalagens necessárias ao transporte destas. Entretanto, pode-se inferir, que a proteção fornecida pela embalagem minimiza o volume de resíduos gerados já que reduz as incidências de quebra e ruptura devido à umidade e acondicionamento inadequado no transporte e no canteiro de obras. A madeira é um material utilizado frequentemente como meio auxiliar na execução da obra ou na fabricação de embalagens de produtos usados na construção. Pag. 132

133 PAPEL E PAPELÃO Saco de cimento PLÁSTICO Caixa azulejos Saco de Argamassa MADEIRA Embalagem de cabo Palete METAL Caixa Cintas Figura 20 Exemplos de RCCV. Tambores Fonte: Natalia González Pericot. GESTIÓN DE RESIDUOS DE EMBALAJES EN UNA OBRA DE EDIFICACIÓN Disponível em: Pag. 133

134 Os materiais alternativos, usados para o transporte dos materiais de construção e as próprias embalagens devem ser reutilizados o máximo possível e encaminhados à reciclagem somente quando seriamente danificados. A gestão de resíduos de embalagens na obra é uma questão de planejamento. Sem um planejamento adequado, a embalagem pode se tornar um problema real. É necessário, portanto, tempo e espaço para separar e armazenar a grande variedade de embalagens que se concentram na obra: papelão, papel e plástico. A melhor alternativa - que pode economizar tempo e dinheiro - é que o fornecedor de material recolha a sua própria embalagem, pois é ele quem tem as melhores condições logísticas para a reutilização ou reciclagem. No entanto, para a embalagem que permanece na obra, são apresentadas algumas recomendações: Não separar a embalagem até que se vá utilizar o produto. Assim será mantido em melhores condições de acondicionamento do produto e da própria embalagem. Guardar as embalagens imediatamente após a remoção do produto. Caso contrário, elas se deterioram rapidamente, causando desordem na obra e dificuldade na reciclagem. Utilizar materiais que venham acondicionados em embalagens com potencial de reciclagem e/ou recicladas. Os fornecedores devem conhecer e saber informar a origem dos materiais da embalagem. Se a obra gera grandes quantidades de papelão ou papel, pode ser conveniente adquirir uma máquina de compactação para reduzir o seu volume para posterior transporte e/ou comercialização. O ideal é que os contratos de fornecimento de materiais incluam uma seção padrão que defina claramente que o fornecedor de materiais e produtos da obra será responsável pelas embalagens que são transportados até a obra. Assim, torna-se responsável, também, pela gestão dos resíduos para revendedor ou distribuidor. Esta exigência administrativa também pode ter um efeito de conscientização sobre o uso excessivo de materiais de embalagem. Outra possibilidade é a compra de determinados materiais a granel, para evitar a gestão dos resíduos de embalagens. Isso pode ser feito com cimento, por exemplo Sistemas de gestão de envases e embalagens A melhor maneira de gerenciar os resíduos é prevenir que estes sejam gerados. Os resíduos de embalagens não são somente uma potencial fonte de contaminação, Pag. 134

135 quando bem administrados, podem chegar se tornar uma importante fonte de uso de matérias-primas secundárias além de uma boa oportunidade de negócio. Para assegurar a coleta dos resíduos de embalagens podem ser estabelecidos dois sistemas distintos, o primeiro baseado da Devolução e Retorno (SDDR) e o segundo conhecido como Sistema Integrado de Gestão de Embalagens (SIG). Por meio do SDDR os embaladores e comerciantes de produtos embalados ou, os responsáveis pela primeira colocação no mercado, cobram aos seus sucessivos clientes, até repercutir ao consumidor final, um valor para cada embalagem dos produtos que vendem. Em troca, aceitam a devolução do valor cobrado aos consumidores quando estes retornem as embalagens usadas. O aceite das embalagens usadas acontece somente quando os distribuidores são obrigados a aceitar a devolução e retorno das embalagens marcadas, colocados por eles no mercado, incluídos aqueles que os comerciantes venderam. Por sua vez, o detentor final dos resíduos de embalagens e recipientes usados, devem entregar, a um recuperador, a uma empresa de reciclagem ou um avaliador autorizado, as embalagens em condições adequadas para a separação de materiais constituintes. As embalagens incluídas em um SDDR são distinguidas por meio de um símbolo de identificação aprovado pelas autoridades competentes. O símbolo SDDR do Ministério do Ambiente espanhol pode ser visto na figura a seguir: O SIG é um modelo alternativo de sistema de gestão de resíduos de embalagens, cujo principal objetivo é evitar que os resíduos de embalagens terminem em aterros e sejam inutilmente eliminados. Ele funciona por meio de acordos adotados entre os agentes econômicos que operam nos setores interessados e devem ser autorizados pela autoridade competente no local que for aplicado. As embalagens incluídas em um sistema integrado de gestão devem ser identificadas por meio de símbolos comprovativos, idênticos em todo o território que vigora este sistema. Na Espanha, as embalagens dos produtos vendidos no mercado interno pelas empresas que aderiram ao SIG o qual é gerenciado pela Ecoembes, são identificadas com símbolo Ponto Verde, o qual pode ser visto na figura a seguir: Pag. 135

136 Figura 21- Simbologia usada para o sistema SIG de embalagens na Espanha. O Ponto Verde implica em uma "garantia de recuperação" e informa que o embalador pagou para que as suas embalagens sejam manuseadas corretamente, evitando a contaminação. Esse logotipo garante que, por exemplo, o vidro, caso seja depositado no recipiente correspondente, entre no circuito de reciclagem. A participação das empresas nos (SIG) impede que as empresas gerenciem as embalagens de forma isolada, facilitando, assim, a gestão final, reduzindo os custos, na maioria dos casos, e aumentando a eficiência na recuperação de resíduos de embalagens. As empresas de embalagens abrangidas pelo SIG arcam com um valor correspondente a quantidade e o tipo de material das embalagens colocadas no mercado. Por sua vez, o SIG colabora com as Prefeituras e outras autoridades competentes na coleta seletiva de resíduos de embalagens, financiando a diferença de custo entre o sistema normal de coleta de resíduos sólidos urbanos e a coleta seletiva de resíduos de embalagens Aplicações de materiais reciclados de embalagens e vasilhames Os resíduos e embalagens de plástico uma vez triturados podem ser utilizados para a fabricação de sacos de plástico, mobiliário urbano, sinalização, ou, ainda, para obtenção de novas embalagens sem função alimentícia. Os resíduos de envases e embalagens de aço podem ser utilizados na fabricação de outros envases ou como sucata nas fundições. Os envases e embalagens feitos de papel/papelão podem ser usados, principalmente, para fabricação de novos produtos de papel/ papelão tais como: novas embalagens, papel de jornal, lenço de papel, papelão, papéis de imprimir e escrever, papéis de embrulho, sacolas, caixas e caixas de papelão, etc. Há também empresas que fabricam artigos de decoração e até móveis a partir de papelão reciclado. Os resíduos de envases e embalagens de madeira, uma vez triturados podem ser usados para a fabricação de placas de aglomerados, briquetes, camas de animais, etc. e, por fim os envases e embalagens usados de plástico, papel e papelão e Pag. 136

137 madeira também pode ser valorizados energeticamente, caso a legislação vigente permita DESENVOLVIMENTO DE PLANOS DE MANEJO DE RESÍDUOS NA OBRA Com a maior adesão de grandes geradores à execução dos planos de gerenciamento de resíduos, fruto de ação da administração pública e elevação do nível de responsabilidade dos geradores, haverá um aumento na utilização de unidades devidamente regularizadas. Ao ver-se obrigado ao cumprimento de condicionantes ligadas à GRCC, e, sabendo de sua responsabilidade sobre o resíduo gerado, o gerador passa a exigir um maior compromisso dos parceiros na prestação dos serviços de coleta e destinação. Contudo, a análise de planos pelo poder público torna-se impraticável, como é realizada atualmente, devido ao grande volume de processos, impedindo a verificação de possíveis falhas contidas nos documentos. Sistematizar é, mais uma vez, a grande saída para viabilizar a ação do poder público na gestão de resíduos e garantir acessibilidade ao usuário, pois os dados passam a ser facilmente manejados pelas partes, permitindo análises isoladas e compiladas dos universos de RCCV, balizando novos planos e gerando conhecimento ao município. Os Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos PGRS são documentos com valor jurídico que comprovam a capacidade de uma empresa ou ente público de gerir todos os resíduos gerados em seu âmbito de atuação. Uma das funções de um documento como esse é, por exemplo, a segurança de que os processos produtivos em uma determinada cidade ou país sejam controlados para evitar grandes poluições ambientais e gerem consequências negativas à saúde pública, à fauna, flora e ao ecossistema local. No Brasil, desde 02 de agosto de 2010 os PGRS são obrigatórios para um determinado grupo de empresas. A Política Nacional de Resíduos Sólidos/Brasil tem nos Planos de Resíduos Sólidos um forte instrumento de aplicação da Lei /2010. A elaboração desses Planos deve ser feita pelo setor público a nível federal, estadual e municipal e por empresas públicas ou privadas. Estão obrigados à elaboração dos Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos de obra os geradores de resíduos da construção civil gerados nas construções, reformas, reparos e demolições, incluídos os resultantes da preparação e escavação de terrenos para obras civis. Os Planos de Gerenciamento de Resíduos de obra, designados na Resolução 307 do Conama como Projetos de Gerenciamento de Resíduos da Construção Civil, são peças fundamentais para a indução de procedimentos disciplinados na cadeia de produção onde se inserem os resíduos da construção. Exigido, pela Política Nacional de Resíduos Sólidos, de todas as empresas da área de construção, têm como aspecto Pag. 137

138 central a designação dos sucessores, na cadeia de responsabilidades, para o manejo dos resíduos de obra após o ato da geração. Se apresenta a seguir um modelo para o Plano de Gerenciamento de Resíduo em obra e um modelo de Controle de Transporte de Resíduos. Este documento, essencial para o conhecimento do correto fluxo dos resíduos entre as obras e seus locais de manejo ou destinação, está contemplado nas Normas Brasileiras para resíduos da construção: NBR , NBR e NBR , todas publicadas em Fonte: MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA - SECRETARIA DE RECURSOS HÍDRICOS E AMBIENTE URBANO. Manual para implantação de sistema de gestão de resíduos de construção civil em consórcios públicos Disponível em: _cp_125.pdf. Pag. 138

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E

Leia mais

PROJETO DE LEI N., DE 2015 (Do Sr. DOMINGOS NETO)

PROJETO DE LEI N., DE 2015 (Do Sr. DOMINGOS NETO) PROJETO DE LEI N., DE 2015 (Do Sr. DOMINGOS NETO) Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para gestão e aproveitamento dos resíduos da construção civil e dá outras providências. O CONGRESSO NACIONAL

Leia mais

PRODUTO 05 - ALTERNATIVA PARA O TRANSBORDO, TRATAMENTO, DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL PARA OS RCCV ARM_TEC_02_05_REL_RCCV_04_20150520

PRODUTO 05 - ALTERNATIVA PARA O TRANSBORDO, TRATAMENTO, DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL PARA OS RCCV ARM_TEC_02_05_REL_RCCV_04_20150520 PRODUTO 05 - ALTERNATIVA PARA O TRANSBORDO, TRATAMENTO, DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL PARA OS RCCV ARM_TEC_02_05_REL_RCCV_04_20150520 AGÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO DA REGIÃO METROPOLITANA DE BELO HORIZONTE

Leia mais

ANEXO VIII DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL

ANEXO VIII DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL ANEXO VIII DIRETRIZES PARA O LICENCIAMENTO AMBIENTAL PÁGINA 1 DE 6 I INTRODUÇÃO Os trabalhos e análises destinados à preparação dos documentos antecedentes e indispensáveis à abertura do processo licitatório

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS LEI 12.305/2010

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS LEI 12.305/2010 POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS LEI 12.305/2010 I RESUMO EXECUTIVO O que muda com a Lei 12.305/2010? Lixões a céu aberto e aterros controlados ficam proibidos. A Lei, determina que todas as administrações

Leia mais

1. OBJETIVO 2. APLICAÇÃO 3. REFERÊNCIAS 4. DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES GESTÃO DE RESÍDUOS

1. OBJETIVO 2. APLICAÇÃO 3. REFERÊNCIAS 4. DEFINIÇÕES E ABREVIAÇÕES GESTÃO DE RESÍDUOS Versão: 03 Página 1 de 6 1. OBJETIVO Estabelecer as diretrizes para a segregação, coleta e transporte interno, armazenamento temporário, transporte e destinação dos resíduos sólidos gerados, de acordo

Leia mais

PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO ÂMBITO MUNICIPAL PEGRSM.

PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO ÂMBITO MUNICIPAL PEGRSM. PROGRAMA ESTADUAL DE GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS NO ÂMBITO MUNICIPAL PEGRSM. Aprovado no CONSEMA Reunião N 0 180 em 20/08/2015 1. INTRODUÇÃO. A partir da Lei Federal 12.305/2010, foram definidos cronogramas

Leia mais

NORMA TÉCNICA. 1. Finalidade

NORMA TÉCNICA. 1. Finalidade 1. Finalidade Disciplinar os procedimentos administrativos e operacionais para o correto gerenciamento de resíduos gerados em operações portuárias, manutenção de máquinas e equipamentos e atendimento a

Leia mais

Alternativas tecnológicas disponíveis. Variações de custo e de segurança das operações.

Alternativas tecnológicas disponíveis. Variações de custo e de segurança das operações. DESTINAÇÃO E DISPOSIÇÃO FINAL AMBIENTALMENTE ADEQUADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS INDUSTRIAIS Alternativas tecnológicas disponíveis. Variações de custo e de segurança das operações. INTRODUÇÃO SUSTENTABILIDADE,

Leia mais

Considerando que o descarte de embalagens plásticas de óleo lubrificante pós-consumo para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais;

Considerando que o descarte de embalagens plásticas de óleo lubrificante pós-consumo para o solo ou cursos de água gera graves danos ambientais; RESOLUÇÃO N 037/2009 - SEMA Dispõe sobre a coleta, armazenamento e destinação de embalagens plásticas de óleo lubrificante pós-consumo no Estado do Paraná. O Secretário de Estado do Meio Ambiente e Recursos

Leia mais

III Simpósio sobre Gestão Empresarial e Sustentabilidade (SimpGES) Produtos eco-inovadores: produção e consumo"

III Simpósio sobre Gestão Empresarial e Sustentabilidade (SimpGES) Produtos eco-inovadores: produção e consumo 24 e 25 de outubro de 2013 Campo Grande-MS Universidade Federal do Mato Grosso do Sul RESUMO EXPANDIDO O CAMPO NACIONAL DE PESQUISAS SOBRE GERENCIAMENTO SUSTENTÁVEL DE RESÍDUO DA CONSTRUÇÃO CIVIL (RCD)

Leia mais

RESÍDUO SÓLIDO: UM PROBLEMA SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO.

RESÍDUO SÓLIDO: UM PROBLEMA SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO. RESÍDUO SÓLIDO: UM PROBLEMA SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO. POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI Nº 12.305/2010 DECRETO Nº 7.404/2010 O QUE MUDA COM A LEI 12.305/2010? Lixões a céu aberto e aterros

Leia mais

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE CANOAS

ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL MUNICÍPIO DE CANOAS TERMO DE REFERÊNCIA PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS - PGIRS 1 JUSTIFICATIVA O presente Termo de Referência tem por fim orientar a elaboração do PGIRS. 2 OBJETIVO O objetivo do PGIRS

Leia mais

Considerando a necessidade de minimizar os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado de pilhas e baterias;

Considerando a necessidade de minimizar os impactos negativos causados ao meio ambiente pelo descarte inadequado de pilhas e baterias; NOVA RESOLUÇÃO DE PILHAS E BATERIAS Estabelece os limites máximos de chumbo, cádmio e mercúrio para pilhas e baterias comercializadas em território nacional e os critérios e padrões para o seu gerenciamento

Leia mais

GERAÇÃO DO RCC COM CNPJ (CONSTRUTORAS FORMAIS) => 25% SEM CNPJ (MERCADO INFORMAL) => 25% COM CPF (AUTÔNOMOS) => 15% SEM CPF (LIMPEZA PÚBLICA) => 35%

GERAÇÃO DO RCC COM CNPJ (CONSTRUTORAS FORMAIS) => 25% SEM CNPJ (MERCADO INFORMAL) => 25% COM CPF (AUTÔNOMOS) => 15% SEM CPF (LIMPEZA PÚBLICA) => 35% GERAÇÃO DO RCC COM CNPJ (CONSTRUTORAS FORMAIS) => 25% SEM CNPJ (MERCADO INFORMAL) => 25% COM CPF (AUTÔNOMOS) => 15% SEM CPF (LIMPEZA PÚBLICA) => 35% LEGISLAÇÃO PERTINENTE - Resolução CONAMA n 307/2002

Leia mais

SUMÁRIO. Daniel Bortolin02/02/2015 ÍNDICE: ÁREA. Número 80 Título. Aprovação comunicada para Cintia Kikuchi/BRA/VERITAS; Fernando Cianci/BRA/VERITAS

SUMÁRIO. Daniel Bortolin02/02/2015 ÍNDICE: ÁREA. Número 80 Título. Aprovação comunicada para Cintia Kikuchi/BRA/VERITAS; Fernando Cianci/BRA/VERITAS Aprovado ' Elaborado por Daniel Bortolin/BRA/VERITAS em 02/02/2015 Verificado por Cintia Kikuchi em 02/02/2015 Aprovado por Americo Venturini/BRA/VERITAS em 02/02/2015 ÁREA QHSE Tipo Procedimento Regional

Leia mais

Perguntas frequentes Resíduos Sólidos. 1) Quais são os tipos de resíduos frequentemente gerados em plantas industriais?

Perguntas frequentes Resíduos Sólidos. 1) Quais são os tipos de resíduos frequentemente gerados em plantas industriais? Perguntas frequentes Resíduos Sólidos 1) Quais são os tipos de resíduos frequentemente gerados em plantas industriais? Resíduos industriais: gerados nos processos produtivos e instalações industriais.

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO

DIAGNÓSTICO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO DIAGNÓSTICO DA COLETA E DESTINAÇÃO FINAL DOS RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO MUNICÍPIO DE ANÁPOLIS-GO Cinthia Martins dos SANTOS Programa de Pós Graduação em Engenharia do Meio Ambiente, Escola de Engenharia,

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 257, DE 30 DE JUNHO DE 1999 * Revogada pela Resolução 401, de 4 de novembro de 2008.

RESOLUÇÃO Nº 257, DE 30 DE JUNHO DE 1999 * Revogada pela Resolução 401, de 4 de novembro de 2008. RESOLUÇÃO Nº 257, DE 30 DE JUNHO DE 1999 * Revogada pela Resolução 401, de 4 de novembro de 2008. O Conselho Nacional do Meio Ambiente - Conama, no uso das atribuições e competências que lhe são conferidas

Leia mais

O lançamento de Resíduos Industriais no trecho entre Resende e Volta Redonda

O lançamento de Resíduos Industriais no trecho entre Resende e Volta Redonda O lançamento de Resíduos Industriais no trecho entre Resende e Volta Redonda Janaina da Costa Pereira Torres janainacpto@gmail.com Lucas de Medeiros Figueira lucasfigueira.c4@gmail.com Danielle Alves de

Leia mais

MINUTA DE RESOLUÇÃO ABILUMI

MINUTA DE RESOLUÇÃO ABILUMI MINUTA DE RESOLUÇÃO ABILUMI O CONSELHO NACIONAL DE MEIO AMBIENTE - CONAMA, no uso de suas atribuições e competências que lhe foram concedidas pela Lei nº 6.938, de 31 de agosto de 1981, regulamentadas

Leia mais

PROJETO DE LEI N.º, DE 2011 (Do Sr. Deputado Marcelo Matos)

PROJETO DE LEI N.º, DE 2011 (Do Sr. Deputado Marcelo Matos) PROJETO DE LEI N.º, DE 2011 (Do Sr. Deputado Marcelo Matos) Institui diretrizes para a reutilização e reciclagem de resíduos de construção civil e dá outras providências. O Congresso Nacional decreta:

Leia mais

VIABILIDADE AMBIENTAL E ECONÔMICA DA RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS POR MEIO DE COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUO - CDR

VIABILIDADE AMBIENTAL E ECONÔMICA DA RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS POR MEIO DE COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUO - CDR VIABILIDADE AMBIENTAL E ECONÔMICA DA RECUPERAÇÃO ENERGÉTICA DE RESÍDUOS POR MEIO DE COMBUSTÍVEL DERIVADO DE RESÍDUO - CDR CONFERÊNCIA WASTE TO ENERGY 2014 MARILIA TISSOT DIRETORA EXECUTIVA VIABILIDADE

Leia mais

DECRETO Nº 10.296 DE 13 DE JULHO DE 2000

DECRETO Nº 10.296 DE 13 DE JULHO DE 2000 DECRETO Nº 10.296 DE 13 DE JULHO DE 2000 Aprova as Diretrizes Básicas e o Regulamento Técnico para apresentação e aprovação do Plano de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde no Município de Belo

Leia mais

RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO ORAL: Lourival Rodrigues dos Santos

RESPONSÁVEL PELA APRESENTAÇÃO ORAL: Lourival Rodrigues dos Santos TÍTULO DO TRABALHO: Sustentabilidade e Viabilidade do Tratamento de Resíduos de Serviço de Saúde pelo sistema de autoclavagem a experiência do município de Penápolis (SP ) TEMA : III Resíduos Sólidos NOME

Leia mais

A GESTÃO DOS RESÍDUOS DE OBRA EM UMA COMPANHIA DE SANEAMENTO CERTIFICADA

A GESTÃO DOS RESÍDUOS DE OBRA EM UMA COMPANHIA DE SANEAMENTO CERTIFICADA A GESTÃO DOS RESÍDUOS DE OBRA EM UMA COMPANHIA DE SANEAMENTO CERTIFICADA ENG JORGE KIYOSHI MASSUYAMA (APRESENTADOR) Cargo atual: Diretor de Operações da SANED. Formação: Engenheiro Civil, formado em 1981,

Leia mais

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS PGIRS Diretrizes para Implementação

PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS URBANOS PGIRS Diretrizes para Implementação AUDIÊNCIA PÚBLICA - PGIRS Engenheira Sanitarista Kátia Cristina de Souza Assessoria Técnica da Preifeitura de Cuiabá Cuiabá, 24 de Novembro de 2014 PLANO DE GERENCIAMENTO INTEGRADO DE RESÍDUOS SÓLIDOS

Leia mais

LEGISLAÇÃO - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA

LEGISLAÇÃO - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA LEGISLAÇÃO - LEGISLAÇÃO BRASILEIRA VEJA A NOVA LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA PARA PCBS RETIRADA DA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS: LEGISLAÇÃO ESPECÍFICA: - Portaria Interministerial (MIC/MI/MME) 0019 de

Leia mais

MMA. D i r e t o r a d e A m b i e n t e U r b a n o S e c r e t a r i a d e Re c u r s o s H í d r i c o s e M e i o U r b a n o

MMA. D i r e t o r a d e A m b i e n t e U r b a n o S e c r e t a r i a d e Re c u r s o s H í d r i c o s e M e i o U r b a n o M INISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA Zilda Maria Fa ria Veloso D i r e t o r a d e A m b i e n t e U r b a n o S e c r e t a r i a d e Re c u r s o s H í d r i c o s e M e i o U r b a n o POLÍTICA NACIONAL

Leia mais

Panorama sobre resíduos sólidos

Panorama sobre resíduos sólidos Panorama sobre resíduos sólidos Brasil Dinamarca: Cooperação em Meio Ambiente Setembro de 2009 Principais conceitos (proposta do setor industrial) Resíduos sólidos: qualquer material, substância, objeto

Leia mais

A Logística Reversa diante da PNRS e do PGRSS

A Logística Reversa diante da PNRS e do PGRSS A Logística Reversa diante da PNRS e do PGRSS Situação Atual O descarte de medicamentos em desuso, vencidos ou sobras é realizado muitas vezes pela população no lixo comum ou diretamente na rede de esgoto.

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE LEI Nº 12.305/2010 - DECRETO NO. 7.404/2010

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE LEI Nº 12.305/2010 - DECRETO NO. 7.404/2010 MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI Nº 12.305/2010 - DECRETO NO. 7.404/2010 BASE LEGAL Lei nº 12.305/2010 - Decreto No. 7.404/2010 Lei nº 11.445/2007 - Política Federal

Leia mais

ULC/0417 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL. 1.0 18/08/09 Ajuste de layout para adequação no sistema eletrônico.

ULC/0417 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL. 1.0 18/08/09 Ajuste de layout para adequação no sistema eletrônico. CONTROLE DE REVISÃO Código do Documento: Nome do Documento: ULC/0417 PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL Responsável pela Elaboração: Gerente de Segurança e Meio NE/SE Responsável

Leia mais

ESTUDO DE VIABILIDADE

ESTUDO DE VIABILIDADE ESTUDO DE VIABILIDADE REDE LOCAL / ARRANJO PRODUTIVO LOCAL / CADEIA PRODUTIVA NOME: SIGLA: ESTADO: 1º Parte - Viabilidade Econômica e Ambiental Esta é a dimensão mais importante do estudo de viabilidade

Leia mais

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV)

PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) PLANO METROPOLITANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS COM FOCO EM RESÍDUOS DE SERVIÇOS DE SAÚDE (RSS) E RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL E VOLUMOSOS (RCCV) II Workshop Construindo o diagnóstico dos RCCV e RSS

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DIRETRIZES E PERSPECTIVAS DE INVESTIMENTOS NO MINISTÉRIO DAS CIDADES Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Ministério das Cidades Nov 2012 DIAGNÓSTICO DO DESTINO

Leia mais

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE-CONAMA Resolução nº 307, de 5 de Julho de 2002. Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil, disciplinando as ações

Leia mais

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS NATURAIS RENOVÁVEIS Diretoria de Licenciamento Ambiental Coordenação Geral de Transporte, Mineração

Leia mais

Resíduos da Construção Civil INEA DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM)

Resíduos da Construção Civil INEA DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM) Resíduos da Construção Civil INEA DIRETORIA DE LICENCIAMENTO AMBIENTAL (DILAM) Legislação e Normas Resolução CONAMA n 307 de 04 de Maio de 2002 Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão

Leia mais

O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo

O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo Seminário: Compostagem na Cidade de São Paulo 10 de agosto de 2012 O licenciamento ambiental de unidades de compostagem no Estado de São Paulo Eng. Cristiano Kenji Iwai Divisão de Apoio ao Controle de

Leia mais

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. - Instrumento da PNRS -

Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos. - Instrumento da PNRS - Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos - Instrumento da PNRS - VISÃO para os Planos : 1 - conjunto de ações voltadas para a busca de soluções 2 - considerar as dimensões política, econômica, ambiental,

Leia mais

4º CONGRESSO SIMEPETRO

4º CONGRESSO SIMEPETRO 4º CONGRESSO SIMEPETRO POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS E LOGÍSTICA REVERSA Walter Françolin SINDIRREFINO - Agosto 2011 LEI nº 12.305 de 02 de Agosto de 2.010. institui a Política Nacional de Resíduos

Leia mais

SUSTENTABILIDADE: Melhor qualidade de vida na RMBH e COLAR METROPOLITANA de Belo Horizonte/MG.

SUSTENTABILIDADE: Melhor qualidade de vida na RMBH e COLAR METROPOLITANA de Belo Horizonte/MG. SUSTENTABILIDADE: Melhor qualidade de vida na RMBH e COLAR METROPOLITANA de Belo Horizonte/MG. Fevereiro 2013 Associação dos Catadores de Papel Papelão e Material Reaproveitável ASMARE INTRODUÇÃO SUSTENTABILIDADE:

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE RESÍDUOS SÓLIDOS: UM PROBLEMA DE CARÁTER SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO MODELO TECNOLÓGICO COM AÇÕES PARA A REDUÇÃO DA DISPOSIÇÃO FINAL DE RESÍDUOS Construção de Galpões de Triagem

Leia mais

EDITAL N O 01/2012 1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. A proposta de Acordo Setorial a ser apresentada deverá obedecer aos seguintes.

EDITAL N O 01/2012 1. DISPOSIÇÕES PRELIMINARES. A proposta de Acordo Setorial a ser apresentada deverá obedecer aos seguintes. CHAMAMENTO PARA A ELABORAÇÃO DE ACORDO SETORIAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE LÂMPADAS FLUORESCENTES, DE VAPOR DE SÓDIO E MERCÚRIO E DE LUZ MISTA. EDITAL N O 01/2012 O MINISTÉRIO

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE

TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE ANEXO I TERMO DE REFERÊNCIA PARA CONTRATAÇÃO DE EMPRESA ESPECIALIZADA PARA ELABORAÇÃO DE PLANO MUNICIPAL DE SANEAMENTO BÁSICO DOS MUNICÍPIOS DE BRASIL NOVO, MEDICILÂNDIA, URUARÁ E PLACAS PROJETO042/2014

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 (DOU de 17/07/2002)

RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 (DOU de 17/07/2002) RESOLUÇÃO Nº 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 (DOU de 17/07/2002) Estabelece diretrizes, critérios e procedimentos para a gestão dos resíduos da construção civil. Correlações: Alterada pela Resolução nº 469/15

Leia mais

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE 2005. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei:

LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE 2005. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte Lei: LEI Nº 9.038, DE 14 DE JANEIRO DE 2005 Dispõe sobre o Programa Municipal de Parcerias Público- Privadas. O Povo do Município de Belo Horizonte, por seus representantes, decreta e eu sanciono a seguinte

Leia mais

MINHA CASA, MINHA VIDA 2 Novas metas, maiores desafios

MINHA CASA, MINHA VIDA 2 Novas metas, maiores desafios MINHA CASA, MINHA VIDA 2 Novas metas, maiores desafios Desafios do PMCMV Sustentabilidade, Perenidade e Imagem O sucesso do PMCMV depende da produção de moradias bem localizadas, servidas de infraestrutura,

Leia mais

AUTORIDADE MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA AMLURB RESÍDUOS SÓLIDOS

AUTORIDADE MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA AMLURB RESÍDUOS SÓLIDOS AUTORIDADE MUNICIPAL DE LIMPEZA URBANA AMLURB PLANO DE GESTÃO INTEGRADA DE RESÍDUOS SÓLIDOS LEI FEDERAL 12.305/10 PNRS Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de

Leia mais

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS)

TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS) TERMO DE REFERÊNCIA PARA A ELABORAÇÃO DE PLANOS DE GERENCIAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS (PGRS) 1 - DIRETRIZ GERAL O presente Termo de Referência tem o objetivo de orientar os empreendimentos, sujeitos ao

Leia mais

Normas Técnicas -RCD

Normas Técnicas -RCD Mestrado em Engenharia Civil NORMAS TÉCNICAS DE RCD Profa. Stela Fucale Normas Técnicas -RCD NBR15.112/04 Resíduosdeconstruçãoeresíduosvolumosos Áreasde transbordo e triagem Diretrizes para projeto, implantação

Leia mais

RESOLUÇÃO TÉCNICA Nº XXX

RESOLUÇÃO TÉCNICA Nº XXX RESOLUÇÃO TÉCNICA Nº XXX Estabelece as condições gerais de prestação dos serviços de saneamento para abastecimento de água, esgotamento sanitário e resíduos sólidos. A DIRETORIA EXECUTIVA da Agência Reguladora

Leia mais

RESOLUÇÃO N o 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 Publicada no DOU nº 136, de 17/07/2002, págs. 95-96

RESOLUÇÃO N o 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 Publicada no DOU nº 136, de 17/07/2002, págs. 95-96 RESOLUÇÃO N o 307, DE 5 DE JULHO DE 2002 Publicada no DOU nº 136, de 17/07/2002, págs. 95-96 Correlações: Alterada pela Resolução nº 448/12 (altera os artigos 2º, 4º, 5º, 6º, 8º, 9º, 10 e 11 e revoga os

Leia mais

PMGIRS e suas interfaces com o Saneamento Básico e o Setor Privado.

PMGIRS e suas interfaces com o Saneamento Básico e o Setor Privado. PMGIRS e suas interfaces com o Saneamento Básico e o Setor Privado. Ribeirão Preto, 08 de junho de 2011 Semana do Meio Ambiente AEAARP Associação de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Ribeirão Preto

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

MINISTÉRIO DAS CIDADES. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 9 DE JUNHO DE 2015 (PUBLICADA NO DOU Nº 108, EM 10 DE JUNHO DE 2015, SEÇÃO 1, PÁGINAS 39 e 40)

MINISTÉRIO DAS CIDADES. INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 9 DE JUNHO DE 2015 (PUBLICADA NO DOU Nº 108, EM 10 DE JUNHO DE 2015, SEÇÃO 1, PÁGINAS 39 e 40) MINISTÉRIO DAS CIDADES INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 12, DE 9 DE JUNHO DE 2015 (PUBLICADA NO DOU Nº 108, EM 10 DE JUNHO DE 2015, SEÇÃO 1, PÁGINAS 39 e 40) Regulamenta a Política Socioambiental do FGTS, no âmbito

Leia mais

1º Encontro sobre Licenciamento Ambiental Municipal para Oficinas e Coligados. Fortaleza, 18 de Dezembro de 2015

1º Encontro sobre Licenciamento Ambiental Municipal para Oficinas e Coligados. Fortaleza, 18 de Dezembro de 2015 1º Encontro sobre Licenciamento Ambiental Municipal para Oficinas e Coligados Fortaleza, 18 de Dezembro de 2015 BioSfor PROFIAUTOS Objetivo do Evento: Promover a disseminação das diretrizes do processo

Leia mais

5. Criar mecanismos de incentivo para facilitar que as empresas atendam o PNRS.

5. Criar mecanismos de incentivo para facilitar que as empresas atendam o PNRS. 3.5. RESÍDUOS INDUSTRIAIS Diretrizes 01 : A principal diretriz da Política Nacional de Resíduos Sólidos para os resíduos sólidos industriais (RSI) é a eliminação completa dos resíduos industriais destinados

Leia mais

A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA IMPLANTAÇÃO DA LEI 12305/10

A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA IMPLANTAÇÃO DA LEI 12305/10 A VISÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO NA IMPLANTAÇÃO DA LEI 12305/10 ALEXANDRA FACCIOLLI MARTINS Promotora de Justiça do Grupo de Atuação Especial de Defesa do Meio Ambiente - GAEMA PCJ-Piracicaba MP/SP DESAFIOS

Leia mais

Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS

Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS 198 Eixo Temático ET-03-004 - Gestão de Resíduos Sólidos VANTAGENS DA LOGÍSTICA REVERSA NOS EQUIPAMENTOS ELETRÔNICOS Isailma da Silva Araújo; Luanna Nari Freitas de Lima; Juliana Ribeiro dos Reis; Robson

Leia mais

Belo Horizonte, 30 de novembro de 2012

Belo Horizonte, 30 de novembro de 2012 Belo Horizonte, 30 de novembro de 2012 JUSTIFICATIVA AUMENTO DA CIDADE SEM PLANEJAMENTO (ESPALHAMENTO URBANO) USO QUASE EXCLUSIVO DO MODO RODOVIÁRIO PARA O TRANSPORTE PÚBLICO AUMENTO DA UTILIZAÇÃO DE VEÍCULOS

Leia mais

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais

PROCEDIMENTO GERAL. Identificação e Avaliação de Aspectos e Impactos Ambientais PÁG. 1/8 1. OBJETIVO Definir a sistemática para identificação e avaliação contínua dos aspectos ambientais das atividades, produtos, serviços e instalações a fim de determinar quais desses tenham ou possam

Leia mais

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos

Copyright Proibida Reprodução. Prof. Éder Clementino dos Santos NOÇÕES DE OHSAS 18001:2007 CONCEITOS ELEMENTARES SISTEMA DE GESTÃO DE SSO OHSAS 18001:2007? FERRAMENTA ELEMENTAR CICLO DE PDCA (OHSAS 18001:2007) 4.6 ANÁLISE CRÍTICA 4.3 PLANEJAMENTO A P C D 4.5 VERIFICAÇÃO

Leia mais

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA

MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE MMA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS S PNRS RESÍDUOS SÓLIDOS RESÍDUOS SÓLIDOS: S UM PROBLEMA DE CARÁTER SOCIAL, AMBIENTAL E ECONÔMICO MODELO TECNOLÓGICO COM AÇÕES A PARA

Leia mais

GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL

GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL GESTÃO E MANEJO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL NO BRASIL O Ministério Público e a implementação da Resolução CONAMA 307/2002 Ministério das Cidades Secretaria Nacional de Saneamento Ambiental Ministério

Leia mais

Compartilhar objetivos e alcançar um novo patamar em tratamento de resíduos sólidos. Essa é a proposta do governo de minas.

Compartilhar objetivos e alcançar um novo patamar em tratamento de resíduos sólidos. Essa é a proposta do governo de minas. Compartilhar objetivos e alcançar um novo patamar em tratamento de resíduos sólidos. Essa é a proposta do governo de minas. Compartilhar objetivos e alcançar um novo patamar no tratamento de resíduos.

Leia mais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA

LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA LICENCIAMENTO AMBIENTAL NA INDÚSTRIA Renato das Chagas e Silva Engenheiro Químico Departamento de Controle FEPAM LEI FEDERAL 6938/81 DECRETO FEDERAL 99274/90 BASE PARA GESTÃO AMBIENTAL obrigatoriedade

Leia mais

Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria.

Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria. Avaliação do plano de gerenciamento dos RCC em Santa Maria. Resumo Mirdes Fabiana Hengen 1 1 Centro Universitário Franciscano (mirdes_hengen@yahoo.com.br) Com a Resolução nº 307, de 05 de Julho de 2002,

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE LICENÇA OPERAÇÃO/REGULARIZAÇÃO LO - Nº 14/2015 DEMA A Secretaria Municipal da Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Meio

Leia mais

LICENCIAMENTO AMBIENTAL

LICENCIAMENTO AMBIENTAL LICENCIAMENTO AMBIENTAL Página 1 / 7 O que é LICENCIAMENTO AMBIENTAL? O LICENCIAMENTO AMBIENTAL é o procedimento administrativo realizado pelo órgão ambiental competente, que pode ser federal, estadual

Leia mais

Curso E-Learning Licenciamento Ambiental

Curso E-Learning Licenciamento Ambiental Curso E-Learning Licenciamento Ambiental Todos os direitos de cópia reservados. Não é permitida a distribuição física ou eletrônica deste material sem a permissão expressa do autor. Objetivos do Curso

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº- 5, DE 28 DE JUNHO DE 2012

RESOLUÇÃO Nº- 5, DE 28 DE JUNHO DE 2012 Ministério da Justiça CONSELHO NACIONAL DE POLÍTICA CRIMINAL E PENITENCIÁRIA - CNPCP RESOLUÇÃO Nº- 5, DE 28 DE JUNHO DE 2012 CONSIDERANDO a ausência de preocupação com o tratamento dado aos resíduos gerados

Leia mais

LOGISTICA REVERSA INCLUSÃO SOCIAL REQUALIFICAR A CIDADE

LOGISTICA REVERSA INCLUSÃO SOCIAL REQUALIFICAR A CIDADE Prof. Carlos Alexandre Silva Graduado em Tecnologia da Gestão Ambiental Faculdade de Arquitetura e Engenharia CEUSNP - SP Pós Graduando em Arquitetura, Cidades e Sustentabilidade Faculdade de Arquitetura

Leia mais

Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico e os Resíduos da Construção Civil

Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico e os Resíduos da Construção Civil Regulação dos Serviços Públicos de Saneamento Básico e os Resíduos da Construção Civil Lei n 4.285 de 26 de dezembro de 2008 Art. 5º São áreas de competência da ADASA: I recursos hídricos, compreendidos

Leia mais

ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO, PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA.

ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO, PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA. ESTUDO DE ANÁLISE DE RISCO, PROGRAMA DE GERENCIAMENTO DE RISCOS E PLANO DE AÇÃO DE EMERGÊNCIA. OBJETIVOS DO PROGRAMA A VALEC, como concessionária da Ferrovia Norte Sul será a responsável pela operação

Leia mais

Sistema de Cadastro Ambiental Rural

Sistema de Cadastro Ambiental Rural Sistema de Cadastro Ambiental Rural XX Simpósio Jurídico ABCE ÂNGELO RAMALHO ASSESSOR MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE SERVIÇO FLORESTAL BRASILEIRO DIRETORIA DE FOMENTO E INCLUSÃO FLORESTAL São Paulo, Outubro/2014

Leia mais

CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA GESTÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM BELO HORIZONTE E REGIÃO

CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA GESTÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM BELO HORIZONTE E REGIÃO Porto Alegre/RS 23 a 26/11/2015 CONTRIBUIÇÃO PARA O ESTUDO DA GESTÃO DE RESÍDUOS DA CONSTRUÇÃO CIVIL EM BELO HORIZONTE E REGIÃO Sarah Moreira de Almeida ( * ), Raphael Tobias Vasconcelos Barros, Aylton

Leia mais

PLANEJAMENTO DA GESTÃO DE RSU

PLANEJAMENTO DA GESTÃO DE RSU PLANEJAMENTO DA GESTÃO DE RSU copyright A criatividade com visão de longo prazo Planejamento da Gestão de Resíduos Sólidos Urbanos 27/08/2015 1 SUMÁRIO 1 ENQUADRAMENTO LEGAL 2 PLANO DE GESTÃO INTEGRADA

Leia mais

Compras Públicas Sustentáveis

Compras Públicas Sustentáveis Seminário Produção e Consumo Sustentáveis Compras Públicas Sustentáveis Elenis Bazácas Corrêa Auditora Pública Externa Parte I - Atuação do Tribunal de Contas - gestão socioambiental. Parte II - Compras

Leia mais

O ENGAJAMENTO DA INDÚSTRIA DE TINTAS NA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS

O ENGAJAMENTO DA INDÚSTRIA DE TINTAS NA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS O ENGAJAMENTO DA INDÚSTRIA DE TINTAS NA POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS Há muitos anos, a indústria de tintas, sob a liderança da ABRAFATI (Associação Brasileira dos Fabricantes de Tintas), pesquisa

Leia mais

A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a questão dos Resíduos Sólidos Urbanos no Estado do Rio de Janeiro. Quanto à origem Sujeitos à lei

A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a questão dos Resíduos Sólidos Urbanos no Estado do Rio de Janeiro. Quanto à origem Sujeitos à lei A Política Nacional de Resíduos Sólidos e a questão dos Resíduos Sólidos Urbanos no Estado do Rio de Janeiro. A política Nacional de resíduos sólidos é muito importante na história do gerenciamento de

Leia mais

Município de Capanema - PR

Município de Capanema - PR LEI Nº. 1.557, DE 20 DE MAIO DE 2015. Dispõe sobre a política municipal de resíduos sólidos do Município de Capanema e dá outras providências. A Câmara Municipal de Capanema, Estado do Paraná, aprovou

Leia mais

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado)

ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado) ANTEPROJETO DE DECRETO (OU LEI) (A ser Publicado no Diário Oficial do Município/Estado) Considerando: 1) A importância dos mananciais e nascentes do Município para o equilíbrio e a qualidade ambiental,

Leia mais

O PREFEITO MUNICIPAL DE XINGUARA, Estado do Pará, faz saber que a câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte lei.

O PREFEITO MUNICIPAL DE XINGUARA, Estado do Pará, faz saber que a câmara Municipal aprovou e ele sanciona a seguinte lei. DO DO PARÁ LEI Nº 877/13 DE 09 DE DEZEMBRO DE 2013. Institui a Política Municipal de Saneamento Básico, e o Plano de Saneamento Básico (PMSB) do Município de Xinguara-Pa e dá outras providências. O PREFEITO

Leia mais

CHAMAMENTO PARA A ELABORAÇÃO DE ACORDO SETORIAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE MEDICAMENTOS EDITAL Nº 02/2013

CHAMAMENTO PARA A ELABORAÇÃO DE ACORDO SETORIAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE MEDICAMENTOS EDITAL Nº 02/2013 CHAMAMENTO PARA A ELABORAÇÃO DE ACORDO SETORIAL PARA A IMPLEMENTAÇÃO DE SISTEMA DE LOGÍSTICA REVERSA DE MEDICAMENTOS EDITAL Nº 02/2013 O MINISTÉRIO DO MEIO AMBIENTE, tendo em vista o disposto na Lei nº

Leia mais

Diário Oficial da União Seção 01 DOU 03 de agosto de 2010 Página [3-7]

Diário Oficial da União Seção 01 DOU 03 de agosto de 2010 Página [3-7] Diário Oficial da União Seção 01 DOU 03 de agosto de 2010 Página [3-7] LEI N 12.305, DE 2 DE AGOSTO DE 2010 Institui a Política Nacional de Resíduos Sólidos; altera a Lei no 9.605, de 12 de fevereiro de

Leia mais

RIO GRANDE DO NORTE LEI Nº 8.672, DE 8 DE JULHO DE 2005

RIO GRANDE DO NORTE LEI Nº 8.672, DE 8 DE JULHO DE 2005 RIO GRANDE DO NORTE LEI Nº 8.672, DE 8 DE JULHO DE 2005 Dispõe sobre o controle da produção, comércio, uso, armazenamento, transporte interno e o destino final de embalagens e resíduos de agrotóxicos,

Leia mais

política nacional de resíduos sólidos conceitos e informações gerais

política nacional de resíduos sólidos conceitos e informações gerais política nacional de resíduos sólidos conceitos e informações gerais 1 Índice PALAVRA DO PRESIDENTE 03. Palavra do Presidente 04. Introdução 06. Resíduos Sólidos 07. Classificação dos Resíduos Sólidos

Leia mais

O PAPEL DO MUNICÍPIO NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS

O PAPEL DO MUNICÍPIO NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS REALIZAÇÃO: O PAPEL DO MUNICÍPIO NA GESTÃO DOS RESÍDUOS SÓLIDOS O Município é estratégico na gestão dos resíduos sólidos. As atividades geradoras e de gestão de resíduos se desenvolvem no âmbito local.

Leia mais

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE CONSELHO NACIONAL DO MEIO AMBIENTE RESOLUÇÃO N. 307, DE 05 DE JULHO DE 2002 Alterações: Resolução CONAMA n. 348, de 16.08.04 Resolução CONAMA n. 431, de 24.05.11 Resolução CONAMA n. 448, de 18.01.12 Resolução

Leia mais

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO - PGR

POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO - PGR POLÍTICA DE GESTÃO DE RISCO - PGR DATASUS Maio 2013 Arquivo: Política de Gestão de Riscos Modelo: DOC-PGR Pág.: 1/12 SUMÁRIO 1. APRESENTAÇÃO...3 1.1. Justificativa...3 1.2. Objetivo...3 1.3. Aplicabilidade...4

Leia mais

Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Resíduos Sólidos

Ministério do Meio Ambiente. Política Nacional de Resíduos Sólidos Ministério do Meio Ambiente Política Nacional de Resíduos Sólidos POLÍTICA NACIONAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS REÚNE: Princípios, Objetivos, Instrumentos, Diretrizes, Metas e Ações A serem adotados pela União

Leia mais

Gestão social da valorização fundiária urbana

Gestão social da valorização fundiária urbana Gestão social da valorização fundiária urbana Audiência Pública PL n 5.015/2013 Ministério das Cidades Brasília, 20 de novembro de 2013 O que é a gestão social da valorização fundiária urbana? Ações e

Leia mais

1 Introdução aos procedimentos do Programa de Eficiência Energética da ANEEL - ProPEE Apresentação dos princípios norteadores às propostas de

1 Introdução aos procedimentos do Programa de Eficiência Energética da ANEEL - ProPEE Apresentação dos princípios norteadores às propostas de 1 Introdução aos procedimentos do Programa de Eficiência Energética da ANEEL - ProPEE Apresentação dos princípios norteadores às propostas de projetos de eficiência energética 2 Motivações Os contratos

Leia mais

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE

SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE Página 1 de 5 SECRETARIA MUNICIPAL DA AGRICULTURA, DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E MEIO AMBIENTE A Secretaria Municipal da Agricultura, Desenvolvimento Econômico e Meio Ambiente, através do Departamento de

Leia mais

CBCS -Seminário Riscos e Responsabilidades Ambientais na Construção: a Segurança Jurídica em Gestão e Práticas Sustentáveis

CBCS -Seminário Riscos e Responsabilidades Ambientais na Construção: a Segurança Jurídica em Gestão e Práticas Sustentáveis Seminário CBCS Inauguração do Comitê Temático Gerenciamento de Riscos Ambientais Gerenciamento dos Resíduos da Construção Civil Iniciativa Privada Gilberto Meirelles Abrecon Apresentação Abrecon Apresentação

Leia mais

1º SEMINÁRIO DA AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO

1º SEMINÁRIO DA AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO 1º SEMINÁRIO DA AGENDA AMBIENTAL NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA DO JARDIM BOTÂNICO DO RIO DE JANEIRO Gestão de resíduos sólidos impactos ambientais negativos BASE LEGAL 1/2 Lei 11.107/05 - Consórcios Públicos

Leia mais

REVISÕES C - PARA CONHECIMENTO D - PARA COTAÇÃO. Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data. 0 C Emissão inicial. RPT RPT RCA RPT 04/01/11

REVISÕES C - PARA CONHECIMENTO D - PARA COTAÇÃO. Rev. TE Descrição Por Ver. Apr. Aut. Data. 0 C Emissão inicial. RPT RPT RCA RPT 04/01/11 1/8 REVISÕES TE: TIPO EMISSÃO A - PRELIMINAR B - PARA APROVAÇÃO C - PARA CONHECIMENTO D - PARA COTAÇÃO E - PARA CONSTRUÇÃO F - CONFORME COMPRADO G - CONFORME CONSTRUÍDO H - CANCELADO Rev. TE Descrição

Leia mais

ANEXO VI - INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA COMERCIAL SUMÁRIO. Seção I Informações Gerais... Erro! Indicador não definido.

ANEXO VI - INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA COMERCIAL SUMÁRIO. Seção I Informações Gerais... Erro! Indicador não definido. ANEXO VI - INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DA PROPOSTA COMERCIAL SUMÁRIO Seção I Informações Gerais... Erro! Indicador não definido. Seção II Aspectos da Proposta Comercial... Erro! Indicador não definido.

Leia mais