Ônibus e peruas sob vigilância

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1 Clipping produzido pelo Instituto de Políticas Públicas de Segurança da Fundação Santo André INSEFUSA 21/06/2006 Ônibus e peruas sob vigilância Editorial Jornal da Tarde, 21 de junho de 2006 As medidas que estão sendo tomadas pela Prefeitura para combater a infiltração do crime organizado no serviço de transporte coletivo por ônibus e peruas são de grande importância para a ação da polícia destinada a evitar que esse setor caia nas mãos do Primeiro Comando da Capital (PCC). Primeiro, a Secretaria Municipal dos Transportes estabeleceu que os depósitos referentes à remuneração da Cooper Pam, a maior cooperativa de perueiros da Capital, serão feitos em uma única conta corrente em vez de duas, como ocorria antes. A intenção é tornar mais eficiente o controle dos recursos, tendo em vista a suspeita de que uma parte deles era desviada para financiar ações do PCC. Agora, a Prefeitura decidiu que tanto as cooperativas de perueiros como as empresas de ônibus que operam na Cidade terão de exigir Atestados de Antecedentes Criminais de seus motoristas e cobradores. Segundo o presidente da São Paulo Transportes (SPTrans), Ulrich Hoffmann, "quem estiver devendo alguma coisa à polícia ou à Justiça não poderá trabalhar no sistema". Será feito um cronograma para a entrega dos atestados e definido um prazo para sua renovação, de maneira a garantir o cumprimento da exigência o mais rapidamente possível sem prejudicar o trabalho das empresas e cooperativas. Ele não acredita que vá haver resistência à medida, porque o assunto está sendo discutido há meses e, desde o início do ano, a Cooper Pam já vem entregando atestados de seus motoristas. A adoção dessa providência foi apenas precipitada pela prisão temporária, por 10 dias, do presidente da Cooper Pam, Luiz Carvalho Pacheco, o Pandora, acusado de utilizar dinheiro da cooperativa para pagar o resgate frustrado de um preso ligado ao PCC. Pandora negou a acusação, mas admitiu em depoimento à polícia que o PCC está infiltrado no setor, o que deixou clara a gravidade do problema. Outra medida já tomada é a exigência de que todas as cooperativas tenham garagens para guardar seus veículos à noite, para evitar que sejam usados para outros fins. E, ainda em fase experimental, parte da frota de ônibus está sendo monitorada via satélite, por sistema GPS, que permite controlar seus itinerários. Esse aumento da fiscalização é um instrumento fundamental para conter a investida do PCC.

2 PCC ameaça agentes e promete rebeliões Em enviado a coordenador de um dos CDPs de Pinheiros, detentos cobram melhorias na situação de quatro unidades prisionais do Estado de São Paulo Jornal da Tarde, 21 de junho de 2006 "Pelo presente informo a Vossa Senhoria que fomos procurados pelos detentos desta unidade, os quais disseram que estão recebendo ordem da 'torre' para iniciar uma série de homicídios de servidores do sistema prisional e uma nova megarrebelião sem precedentes, em que todas as unidades onde houver membros do PCC serão completamente destruídas, caso a situação (das cadeias) de Itirapina II, Mirandópolis I, Araraquara e Venceslau II não seja amenizada." Desta forma começou "urgentíssimo" escrito no último domingo pelo responsável pelo Centro de Detenção Provisória (CDP) 2 de Pinheiros, Cristiano Rosa Matarazzo, e enviado ao coordenador dos presídios da Capital e Grande São Paulo, Perci de Souza. No comunicado, obtido ontem pelo JT, Matarazzo também alerta que os detentos foram categóricos em afirmar: "Desta vez, não iremos atrás da PM, mas sim dos funcionários (referindo aos agentes de segurança penitenciária), pois sabemos que a maioria mora na periferia." Os presos também ameaçam "mandar para o chão" as 144 unidades do sistema prisional, por conta da "opressão" a que os detentos das três penitenciárias rebeladas no último fim de semana estariam submetidos. Eles reclamam da falta de atendimento médico aos feridos, mas, em sua mensagem, Matarazzo diz que a reivindicação lhe causa estranheza, pois os presidiários estão sendo medicados "na medida do possível". Em Venceslau 2, as queixas são de que as visitas estão restritas a duas horas por dia e com o acompanhamento do Grupo de Intervenção Rápida (GIR), unidade treinada pela própria Secretaria da Administração Penitenciária para controlar motins e rebeliões. No presídio, estão os homens apontados pela polícia como líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). A decisão de pedir apoio do GIR foi tomada dias antes do fim do período de isolamento imposto aos chefes da facção por conta das transferências. "Sem o apoio dos guardas armados, os presos poderão destruir a cadeia e atacar os funcionários", diz um funcionário do sistema prisional. "Sabemos que existe o risco de represália, mas não podemos voltar atrás." Túnel em Venceslau Ontem, pelo segundo dia consecutivo, detentos da Penitenciária 2 de Venceslau se recusaram a sair para o banho de sol. De manhã, em blitz realizada pela Tropa de Choque, policiais descobriram que os presos tinham celulares e preparavam uma fuga. O túnel, que estava sendo cavado a partir de uma cela, tinha um metro de extensão.

3 Os PMs também localizaram vários buracos feitos em paredes de cinco celas, numa tentativa dos presos de fazer uma interligação entre elas. Essa ligação deveria ser usada para reunir diversos detentos numa ação para render os agentes e facilitar fugas e rebeliões. Os policiais também encontraram mais 3 celulares, dispensados pelos detentos quando a revista teve início. No dia anterior, agentes já haviam achado outros 3 celulares dentro de um aparelho de TV. Em Araraquara, cem mulheres de presos fizeram ontem protesto no centro da cidade. Elas afirmam que não têm notícias de seus maridos. A violência mapeada Jornal da Tarde, 21 de junho de 2006 Um em cada cinco moradores desempregados. Áreas dominadas pelo tráfico. Ausência do poder público. Entre os jovens, muitas mortes, baixa escolaridade, gravidez precoce. Esse é o quadro que três distritos da Cidade - Grajaú, na Zona Sul, Lajeado, na Leste, e Brasilândia, na Norte - querem mudar com o Projeto São Paulo em Paz, parceria da Prefeitura e do Instituto Sou da Paz. O exemplo é o Jardim Ângela, bairro da Zona Sul que já foi um dos mais violentos do mundo e reduziu a criminalidade. De quebra, pretendem romper estigmas. Como o que por décadas atormentou o vigia aposentado José Rodrigues, 60 anos, cansado de perder empregos por viver na Brasilândia. "Falam que o bairro é perigoso, põem fama e acabam com quem está aqui." A primeira fase do São Paulo em Paz será apresentada hoje aos subprefeitos de Guaianazes, Capela do Socorro e Freguesia do Ó/Brasilândia. É um grande diagnóstico sobre os distritos, escolhidos por critérios de vulnerabilidade social e juvenil, taxas de homicídio e potencial de articulação comunitária. Feito por técnicos do Sou da Paz, traz de mapas de crimes a dados de renda, escolaridade, história. Os mesmos resultados serão mostrados nas próximas semanas às equipes das subprefeituras, líderes comunitários e representantes de entidades, como Consegs, conselhos tutelares, polícias. Depois, começa a discussão de prioridades para fazer o plano de melhorias e, a seguir, sua execução. "No fim do ano, já vai dar para sentir diferenças", promete o secretário especial de Participação e Parceria, José Police Neto. "A idéia é promover a segurança", diz a coordenadora do São Paulo em Paz, Carolina de Mattos Ricardo. Nos distritos, há problemas comuns, como falta de áreas de lazer e de iluminação, além da violência cotidiana. O estudo do Grajaú indica, por exemplo, que bandidos controlam entrada e saída de pessoas em vielas dos Jardins Itajaí e Noronha e na Favela ZR (Zona de Risco) e há toque de recolher no Jardim

4 Reimberg. No posto de saúde do Jardim Eliana, só há três médicos para atender 77 mil pessoas por mês. E vandalismo e violência renderam à Escola Estadual Jardim Varginha 3 o apelido de Carandiru. Para piorar, o Grajaú - distrito mais populoso da cidade - fica em área de mananciais - e reivindicações por melhorias esbarram na lei. Na Brasilândia, onde boa parte das vilas nasceu nos anos 70 a partir de loteamentos clandestinos em áreas públicas, moradores lembram de quando o bairro era coberto por matas e não faltavam campos de futebol. "Hoje não tem espaço vazio nem para pôr o pé. E sobrou só um campo bem pequeno no Parque Tietê", diz Cornélio Barbosa, 50 anos, no bairro desde Sem cuidados nem segurança, áreas livres são ocupadas por delinqüentes. "A melhor coisa foi construírem essa escola aí. O pessoal só vinha fumar droga e jogar lixo", diz o aposentado Aloísio de Castro, apontando para obras num antigo terreno baldio do Jardim Guarani. Para Police Neto, propostas simples mas eficazes na redução da violência, como abrir escolas para a comunidade aos sábados e domingos, serão levadas às autoridades municipais e estaduais com outros pedidos, como podas, rondas policiais, iluminação. "O importante é devolver o espaço público para a comunidade e potencializar programas que já existem." Polícia Federal faz greve hoje Jornal da Tarde/ O Estado de São Paulo, 21 de junho de 2006 A Polícia Federal faz hoje uma greve de 24 horas para pressionar por reajuste de, pelo menos, 30%, antes que entre em vigor a proibição de aumentos no funcionalismo, em 30 de junho, por força das eleições. O aumento faz parte de um percentual de 60% negociado com o governo em novembro passado, mas que, até agora, não pago. A paralisação atingirá todas as Unidades da Federação, menos o Estado do Rio, que não aderiu ao movimento.

5 Presídios paulistas continuam destruídos Unidades depredadas durante a megarrebelião promovida pelo PCC há mais de um mês ainda não foram reformadas Funcionários estão sem coragem de entrar na penitenciária de Iaras com medo de serem atacados pelos presos, diz sindicato Folha de São Paulo/ Agora, 21 de junho de 2006 Mais de um mês após o início das rebeliões provocadas pela facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), as penitenciárias de São Paulo enfrentam uma situação muito delicada que compromete a segurança dos próprios detentos, de funcionários e até mesmo de quem mora nas redondezas. Muitas prisões, sobretudo no interior, continuam danificadas. Em Iaras (a 282 km de SP), falta até o teto. Os presos estão abrigados em uma oficina e uma lona cobre parte do galpão, pois as telhas foram quebradas pelos detentos durante a megarrebelião de 12 de maio, que atingiu dezenas de presídios do Estado ao mesmo tempo. Segundo o Sifuspesp (o sindicato dos funcionários do sistema prisional do Estado), funcionários estão sem coragem de entrar no local com medo de serem atacados pelos presos. Cerca de 400 detentos comem com a mão e dividem apenas um banheiro. O sindicato diz já ter alertado a coordenadoria da região nordeste da SAP (Secretaria da Administração Penitenciária), a corregedoria da pasta, a Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa e a Pastoral Carcerária. Foi feito também um boletim de ocorrência. Mas o presídio ainda não passou por reforma. Nas cadeias de Jaboticabal e de Sertãozinho (na região de Ribeirão Preto), as prefeituras locais forneceram o material e a mão-de-obra para recuperar a estrutura das unidades e manter os presos nas celas. "Foi reformada do jeito que deu. A segurança não está 100% e nós temos medo de trabalhar", disse à Folha um carcereiro da cadeia de Jaboticabal, que não quis se identificar.

6 A Prefeitura de Jaboticabal informou que as reformas feitas não são as ideais e ainda há risco para a segurança, já que a cadeia fica dentro da cidade. Ratos Há outros pontos onde a situação é complicada. Na penitenciária 2 de Hortolândia (região de Campinas), as portas das celas foram arrancadas. Os funcionários não entram para trabalhar e o lixo (como os restos de comida) não é recolhido. Segundo o presidente do Sifuspesp, João Rinaldo Machado, os ratos proliferam no local. Em Mogi das Cruzes também não há condições adequadas de trabalho. "Após a segunda rebelião ficou tudo destruído, detonado. Os presos começaram a ser transferidos, mas os que ficaram estão no pátio", disse o secretário-geral do sindicato, Antonio Ferreira. No total, 74 unidades prisionais foram palco de rebeliões no Estado. Dessas, cerca de 20 tiveram danos. Em São Carlos, policiais civis estão desde ontem reforçando a segurança do lado de fora da cadeia. A medida foi implantada pelo delegado-seccional Odacir Cesário da Silva porque os presos estão fora das celas -toda a unidade foi destruída no último final de semana, durante uma rebelião. O governo reconhece a necessidade de reformar as unidades. Turquia julgará brasileira por tráfico de drogas Família de catarinense detida com 16 kg de cocaína diz que ela foi envolvida por um namorado que conheceu pela internet Sob risco de ser condenada a 20 anos de prisão, acusada nunca tinha viajado antes de avião, estudou até a 5ª série e tem prótese cardíaca Folha de São Paulo, 21 de junho de 2006 A catarinense Ângela Wress, 23, se envolveu em uma trama de cinema. Presa em Istambul, na Turquia, por tráfico internacional desde 18 de dezembro, irá a julgamento no próximo dia 26 por servir de "mula" -levava 16 quilos de cocaína no fundo falso da mala, segundo a Polícia

7 Federal. Com saúde frágil, uma prótese no coração por problemas crônicos e apenas a quinta série completa, pode pegar até 20 anos de prisão. Antes disso, nunca havia viajado de avião. O desaparecimento de Ângela, notificado pela sua família em dezembro, desencadeou investigação da Polícia Federal de Joinville (SC) que resultou na prisão de mais oito pessoas no Brasil e cinco no exterior. A jovem deixou o município catarinense em 8 de dezembro do ano passado -afirmou aos pais que tinha planos de ser babá em São Paulo. Ela havia conhecido pela internet um homem, paulista, com quem passou a manter um namoro virtual. Nas mensagens a que a polícia teve acesso, ele fazia promessas de lhe mostrar o mundo. Ângela contou à família que foi enganada e que não sabia o que transportava. Antes de viajar para a Turquia, a jovem passou uma semana no Chile, onde a PF suspeita que tenha pego a droga. Segundo o pai, o técnico em eletrônica Maurílio Wress, Ângela está "desesperada" devido ao seu problema cardíaco. "Ela reclama das condições da carceragem, onde tem de pagar tudo, e da "água podre'", disse o pai. Na cela, ela tem contado com a ajuda de uma presa paulista, também por tráfico. Ângela usa uma válvula de metal no coração e precisa de remédios de uso continuado. As cadeias da Turquia tiveram má fama difundida pelo filme "O Expresso da Meia-Noite", de 1978, que mostra a rotina de tortura nas prisões pelos olhos de um norte-americano, condenado a 30 anos de prisão por tráfico de heroína. Um advogado designado pela embaixada brasileira presta assistência a Ângela. O país não tem acordo de extradição com o Brasil, segundo a OAB, e ela ficará presa lá, se condenada. A família vem sendo assessorada pela Comissão de Direitos Humanos da OAB de Joinville, de acordo com a presidente do órgão, Cynthia da Luz. Apesar das reclamações da família, a Folha apurou com autoridades brasileiras na Turquia que o presídio Pasakapisi foi reformado e é usado como "modelo" e "vitrine" para mostrar à comunidade européia.

8 GCM é investigada por comprar munição sem arma Folha de São Paulo, 21 de junho de 2006 O Ministério Público de São Paulo abriu inquérito para apurar os motivos de a GCM (Guarda Civil Metropolitana) ter gasto cerca de R$ 41 mil em munição de balas de borracha para armas calibre 12. O problema é que esse tipo de armamento não é utilizado pelos guardas da capital. A investigação do MP também irá apurar o motivo de 115 carros e 70 motos da GCM estarem parados no pátio da guarda, na Aclimação (zona sul), por falta de manutenção. Segundo o próprio comando da guarda, apenas 265 carros e cem motos estão disponíveis para atender as ocorrências. O promotor de Justiça e Cidadania Sérgio Turra Sobrane informou que o MP recebeu a denúncia após reportagem veiculada ontem pela TV Record. A denúncia foi feita à reportagem pelo GCM Irineu da Rocha Ribeiro. "Os R$ 41 mil gastos com essa munição desnecessária podiam ser utilizados para arrumar 90% das motos paradas", disse Ribeiro. Guardas de diversos pontos da cidade relatam ainda que carros computados pela GCM como disponíveis não podem ser utilizados por falta de manutenção. Até problemas simples, mas que não são solucionados, impediriam a saída dos veículos da garagem. O GCM Clóvis Pereira, lotado em Cidade Tiradentes (zona leste de SP), diz que na região os defeitos variam de lanternas queimadas a suspensões quebradas. "Durante a onda de ataques do PCC tivemos de usar um carro que a porta não abria", relata o guarda-civil. Para o vice-presidente do sindicato (SindGuardas) que representa a categoria, Carlos Augusto de Souza Silva, a compra de munição incompatível com o calibre de armas usada pelos guardas é inexplicável. "Com esse dinheiro poderíamos comprar munição de 38 [calibre usado pela guarda], cujo prazo de validade acaba no próximo mês e ainda não há reposição." O prefeito Gilberto Kassab (PFL) disse ontem que espera que o guarda autor da denúncia não tenha sido "leviano, senão será punido". Kassab não especificou, no entanto, a que tipos de punição o denunciante estaria sujeito. O prefeito prometeu investigar todas as denúncias, mas disse acreditar na "idoneidade do comando da GCM". Ele disse, porém, que, se houver "equívocos", eles serão corrigidos.

9 Grupo de extermínio teria PMs envolvidos Corregedoria da Polícia Militar investiga policiais do 28º Batalhão Pessoas detidas naquela unidade apareceram mortas no dia seguinte O Estado de São Paulo/ Jornal da Tarde, 21 de junho de 2006 Policiais militares são suspeitos de formar um grupo de extermínio na Zona Leste de São Paulo. Dois deles foram detidos pela Corregedoria da PM e outros dois poderiam ter o mesmo destino ainda ontem. Todos trabalham no 28º Batalhão. Em um mês, o grupo teria sido responsável pela prisão de quatro pessoas na capital paulista que apareceram mortas no dia seguinte, no município vizinho de Ferraz de Vasconcelos. O caso mais recente ocorreu anteontem. Os corpos do mecânico Fábio Garcia, de 23 anos, e do gráfico José Luis da Costa, de 36, foram encontrados com base em uma denúncia feita à Corregedoria em uma rua de terra, a Rua da Adutora, no bairro de Cambiri, em Ferraz. As vítimas, mortas a tiros, estavam na Saveiro de José Luis. Os dois eram vizinhos no Parque Iguatemi e, segundo uma testemunha já ouvida pela Corregedoria, foram detidos à 1h20 do dia 19 pelos PMs em um Corsa da 3ª Companhia do 28º Batalhão. Os corpos foram reconhecidos no Instituto Médico Legal de Suzano pelo pai de Fábio, Anésio Cordeiro Garcia, que confirmou a denúncia contra os policiais. A Corregedoria interrogou os dois PMs da equipe suspeita e os manterá detidos por cinco dias administrativamente. "Eles negaram ter feito a prisão e disseram que estavam apoiando outra equipe", disse o major Mauro José. Quatro testemunhas do caso foram ouvidas, mas nenhuma reconheceu os policiais suspeitos por meio de fotografias. Os suspeitos serão submetidos a reconhecimento pessoal até sexta-feira. Os policiais de Ferraz de Vasconcelos se lembraram de outro caso ocorrido há um mês no mesmo bairro de Cambiri. Ali foi encontrado um casal morto a tiros dentro de um carro. Os parentes das vítimas, assim como no caso de Garcia e de Costa, disseram que elas também haviam sido detidas um dia antes, em Cidade Tiradentes, por policiais do 28º Batalhão.

10 "Abrimos inquérito, mas não havíamos conseguido confirmar a denúncia", disse o delegado Juarez Pereira Campos, titular da delegacia de Ferraz de Vasconcelos. A ficha policial do casal, que teve parte dos corpos queimados, era limpa. Assassinos de Liana vão a julgamento O Estado de São Paulo/ Jornal da Tarde, 21 de junho de 2006 Foi marcado para o dia 18 de julho, às 10h, em Embu-Guaçu, na Grande São Paulo, o julgamento dos assassinos maiores de idade de Liana Friedenbach. Liana, então com 16 anos, e seu namorado, Felipe Silva Caffé, de 19, foram seqüestrados e brutalmente assassinados enquanto acampavam em Embu-Guaçu, no mês de outubro de Champinha, o adolescente que participou do crime, na época com 16 anos, será ouvido como testemunha. Fraudadora de gasolina sai de prisão O Estado de São Paulo/ Jornal da Tarde/ Folha de São Paulo, 21 de junho de 2006 O Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo concedeu habeas-corpus à fazendeira Viviane Galetti de Oliveira Ambruster, que deixou a prisão depois de 70 dias. Ela é acusada de comandar a maior quadrilha de adulteração de combustível do País. Moradora de Olímpia (SP), Viviane "fabricava", ao lado dos irmãos, mais de 120 mil litros de combustível falsificado por dia com solventes e álcool misturados em laboratórios nas fazendas da família. PF desbarata quadrilha de falsários O Estado de São Paulo/ Jornal da Tarde, 21 de junho de 2006 Uma quadrilha que clonava cartões bancários e falsificava cheques de diversos bancos foi desfeita ontem, numa operação conjunta das Polícias Federal da Bahia e de São Paulo. Em Salvador foram presas 15 pessoas, entre elas o subgerente da agência do Unibanco do bairro do Itaigara, Ricardo Mesquita. Nos seis meses em que durou a investigação, a PF acredita que tenham sido desviados cerca de R$ 5 milhões de contas de correntistas.