INDIARA DOS SANTOS SALES AS INFLUÊNCIAS DAS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS NAS ZOONOSES EMERGENTES E RE-EMERGENTES TRANSMITIDAS POR VETORES

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1 INDIARA DOS SANTOS SALES AS INFLUÊNCIAS DAS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS NAS ZOONOSES EMERGENTES E RE-EMERGENTES TRANSMITIDAS POR VETORES RIO DE JANEIRO 2010

2 INDIARA DOS SANTOS SALES AS INFLUÊNCIAS DAS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS NAS ZOONOSES EMERGENTES E RE-EMERGENTES TRANSMITIDAS POR VETORES Monografia apresentada para a conclusão do Curso de Especialização Latu sensu em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e Exóticos - UCB Orientador: Profª. Drª. Letícia Koproski RIO DE JANEIRO 2010

3 AS INFLUÊNCIAS DAS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS NAS ZOONOSES EMERGENTES E RE-EMERGENTES TRANSMITIDAS POR VETORES Elaborado por Indiara dos Santos Sales Aluna do Curso de Especialização Latu sensu em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e Exóticos UCB. Foi analisado e aprovado com grau: Rio de Janeiro, de de. Membro Membro Prof. Orientador Presidente Rio de janeiro, Setembro de iii

4 Dedico este trabalho a todos os profissionais que atuam em prol da preservação e da conservação da Biodiversidade. iv

5 Agradecimentos A Deus, pela orientação na conclusão de mais uma etapa na minha vida profissional; A minha orientadora Letícia Koproski, pelo apoio, confiança e carinho; A todos os professores (as) que contribuíram para o meu aprimoramento profissional durante esta especialização. v

6 Enquanto o homem continuar a ser o destruidor dos seres animados dos planos inferiores, não conhecerá a saúde nem a paz. Enquanto os homens massacrarem os animais, eles se matarão uns aos outros. Aquele que semeia a morte e o sofrimento não pode colher a alegria e o amor. Pitágoras de Samos (c a.c.) vi

7 Resumo Sales, I. S. As influências das alterações ambientais nas zoonoses emergentes e reemergentes transmitidas por vetores f. Monografia (Especialização Latu sensu em Clínica Médica e Cirúrgica de Animais Selvagens e Exóticos) Universidade Castelo Branco, Rio de janeiro, Diante do cenário, que marcou o século passado (e atingiu níveis críticos no presente século), de intensa expansão de diversas atividades antrópicas associadas ao esgotamento da biodiversidade e ao surgimento e reaparecimento de várias doenças, em especial, as infecto-contagiosas, surgiu na década de 1990 a Medicina da Conservação, uma nova ciência transdisciplinar voltada para o estudo do amplo contexto ecológico de saúde, estabelecendo uma conexão entre saúde humana, saúde animal e saúde do ecossistema. Neste contexto, este trabalho objetivou copilar as informações trazidas por pesquisadores de diferentes áreas, acerca das relações entre as mudanças climáticas, o desmatamento e a extinção global de espécies de animais selvagens e as diferentes zoonoses emergentes e re-emergentes transmitidas por vetores, realizando um apanhado mais aprofundado a respeito da Malária e descrevendo os principais desafios para os sistemas de saúde no enfretamento dessas doenças nesta nova conjuntura. Palavras chave: conservação, zoonoses, vetores, malária. Abstract Before the scenery, that marked last century (and it reached critical levels in the present century), of intense expansion of several activities human associated to the exhaustion of the biodiversity, and of the appearance and resurgence of several diseases, especially, the infect-contagious ones, it appeared in the decade of 1990 the Medicine of the Conservation, a new science transdisciplinare, gone back to the study of the wide ecological context of health, establishing a connection among human health, animal health and health of the ecosystem. In this context, this work aimed at joining the information brought by researchers of different areas, concerning the relationship among the climatic changes, the deforestation and the global extinction of species of wild animals and the different emerging and reverse-emerging zoonosis transmitted by vectors, accomplishing a picked more deepened regarding the Malaria and describing the main challenges for the systems of health in the combat of those diseases in this new conjuncture. Words key: conservation, zoonosis, vectors, malaria vii

8 Lista de figuras 1- A relação entre a saúde dos agentes que compõem o meio ambiente... pág Efeitos do El Niño e da La Niña sobre a América do Sul... pág Possíveis caminhos dos efeitos das mudanças climáticas sobre as condições de saúde... pág Possíveis ciclos de vida dos vetores biológicos... pág Incidência Parasitária Anual /mil habitantes e casos autóctones da malária no Brasil... pág. 16 Lista de tabelas 1- Distribuição mundial dos parasitas causadores de malária... pág Áreas de ocorrência de alguns vetores da malária no mundo... pág. 17 viii

9 SUMÁRIO LISTA DE FIGURAS... viii LISTA DE TABELAS... viii 1 INTRODUÇÃO REVISÃO DE LITERATURA CRISE AMBIENTAL E DOENÇAS: O SURGIMENTO DA MEDICINA DA CONSERVAÇÃO AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS O DESMATAMENTO O PROCESSO GLOBAL DE EXTINÇÃO DA FAUNA SELVAGEM A fragmentação e a perda do habitat Introdução de espécies A Poluição A super exploração e o crescimento populacional humano Dispersão de doenças ZOONOSES VETORIAIS EMERGENTES E RE-EMERGENTES E AS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS: O EXEMPLO DA MALÁRIA OS DESAFIOS PARA OS SISTEMAS DE SAÚDE NO ENFRENTAMENTO DAS ZOONOSES EMERGENTES E RE- EMERGENTES TRANSMITIDAS POR VETORES CONCLUSÃO REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 21

10 1. INTRODUÇÃO Situações de transformações ambientais e demográficas são as que mais favorecem o aparecimento de novas doenças e a alteração do comportamento epidemiológico de antigas, em especial, as doenças infecto-contagiosas. Por definição, doenças emergentes são as que surgiram ou foram identificadas nas últimas duas décadas ou ainda as que assumiram uma nova situação, passando de doenças raras e restritas para constituírem problemas de Saúde Pública; já as doenças re-emergentes, por sua vez, são aquelas que ressurgiram enquanto problema de Saúde Pública, após terem sido controladas no passado (CARMO, et al., 2003). Dentre as características relacionadas com o aparecimento das doenças emergentes, a degradação ambiental é citada como condição primordial, porém é pouco considerada em estratégias de políticas públicas, em que a terapêutica é a regra antes da prevenção de doenças. (SCHMIDT, 2007; AGUIRRE e TABOR, 2008) Nessa conjuntura, as zoonoses - doenças ou infecções que se transmitem naturalmente entre os animais vertebrados e o homem, ou vice-versa (SILVA, 2004), possuem caráter emergencial, já que as diversas agressões que o homem vem sistematicamente praticando contra o meio ambiente, produziram condições para a disseminação de patógenos e a existência de ambientes modificados e degradados propícios ao aparecimento de novas doenças. Aproximadamente 75% das doenças consideradas emergentes durante as últimas duas décadas, têm uma fonte de vida selvagem. Tanto microparasitas (bactérias, vírus, fungos e príons) como macroparasitas (helmintos e ectoparasitas em geral) atingem a espécie humana, seja da forma direta ou indireta por meio de vetores (BENGIS et al., 2004; FENTON e PEDERSEN 2005; MONTEIRO, 2008). Segundo Pignatti (2004), os habitats que foram alterados pelas atividades humanas ou naturais são mais vulneráveis, pois quando predadores e competidores são eliminados, oportunidades para novas espécies se instalarem são criadas. A atual expansão mundial da malária é apenas um dos vários exemplos de zoonoses emergentes e re-emergentes que possuem correlação direta ou indireta comprovada com alterações ambientais, situação essa, que se apresenta ao mesmo tempo como um risco e um desafio sem precedentes para a saúde pública global. Diversas pesquisas realizadas em todo o mundo nas últimas décadas concluem que as mudanças climáticas afetam tanto os vetores quanto os agentes infecciosos que transmitem doenças (MENDONÇA, 2003). Haines (1992), destacou que várias doenças que são influenciadas por temperaturas mais elevadas, portanto restritas às zonas tropicais, como a malária, tripanossomíase, leishmaniose, filariose, amebíase, oncocercíase, esquistossomose e diversas verminoses poderíam, teoricamente, ser afetadas pelas mudanças do clima. Dez anos mais tarde,

11 Pereira e Gomes (2002), ressaltaram a questão do aquecimento global contribuindo com o alastramento da malária para algumas zonas atípicas de sua ocorrência, como as montanhas no continente asiático. Schmidt (2007), cita autores que enfatizam que novas e antigas doenças estão relacionadas com diferentes contextos ecológicos e sociais, onde ocorre o desequilíbrio das relações entre hospedeiro-ambiente-agente. Sendo assim, esse trabalho objetivou copilar as relações entre alguns processos de desequilíbrio ambiental de influência antrópica, como mudanças climáticas, desmatamento e a extinção global de espécies animais, com o agravamento e ressurgimento das zoonoses, dando ênfase para aquelas que possuem um reservatório em áreas naturais e um vetor biológico realizando uma revisão a respeito da malária e descrevendo os principais desafios para os sistemas de saúde no enfretamento dessas doenças nesse novo contexto.

12 2. REVISÃO DE LITERATURA 2.1. CRISE AMBIENTAL E DOENÇAS: O SURGIMENTO DA MEDICINA DA CONSERVAÇÃO Na década de 1960, iniciaram os primeiros grandes movimentos sociais organizados em prol da natureza que defendiam a preservação dos recursos naturais e da biodiversidade, baseados no seu valor existencial. Entretanto, a partir da década de 1970, uma parcela de estudiosos ambientalistas percebeu que era necessário, quantificar em valores monetários, os bens naturais e os prejuízos decorrentes do uso inadequado desses recursos (PRIMACK e RODRIGUES, 2001; MANGINI e SILVA, 2006). A partir de então, surgiu no final da década de 1980, a Biologia da Conservação, uma ciência multidisciplinar proposta pelo pesquisador Michael Soulé, baseada fundamentalmente no desenvolvimento de pesquisas e abordagens que visam à prevenção da extinção de espécies, a proteção da diversidade biológica e a reintegração de espécies ameaçadas ao habitat natural (PRIMACK e RODRIGUES, 2001). Contudo, as pesquisas realizadas no âmbito da Biologia da Conservação não exploravam os efeitos das alterações ambientais sobre a saúde do homem e da diversidade biológica. Concomitantemente, diferentes epidemias começaram a ocorrer com maior freqüência em todo o mundo: a mortalidade em massa de mamíferos marinhos nas décadas de 1980 e 1990, provocada por morbilivírus, à chegada da Febre do Nilo a América do Norte no verão de 1999 e o surgimento da Síndrome Respiratória Aguda Severa (SARS) também conhecida como Pneumonia Asiática em 2000, são alguns exemplos (MANGINI e SILVA, 2006). Diante de um cenário que marcou o século XX e atingiu níveis críticos no século XXI, de intensa expansão de diversas atividades antrópicas associadas ao esgotamento da biodiversidade e do surgimento e reaparecimento de várias doenças no mundo. Koch em 1996 propôs uma nova ciência transdisciplinar, a Medicina da Conservação, para descrever o amplo contexto ecológico de saúde estabelecendo uma conexão entre saúde humana, saúde animal e saúde do ecossistema (TABOR, 2002; MANGINI e SILVA, 2006). Complexas e múltiplas são as relações entre os seres vivos e os ambientes logo, a concepção atual de Medicina da Conservação considera que a saúde humana, animal e vegetal estão interligadas, e a saúde do ecossistema depende da conjunção destas (figura 1) (MANGINI e SILVA, 2006). Sendo assim, a Medicina da Conservação é uma ciência voltada para enfrentar a ameaça crescente de diferentes agentes etiológicos, que possui relação direta com as alterações sofridas pelos ecossistemas e pretende minimizar esses efeitos por meio da elaboração de pesquisas e

13 ações de manejo que visem restabelecer e preservar a saúde ambiental ou ecológica como um todo (MANGINI e SILVA, 2006). Figura 1: A relação entre a saúde dos agentes que compõem o meio ambiente. Fonte: Mangini e Silva, AS MUDANÇAS CLIMÁTICAS Uma das características da atmosfera terrestre é o aprisionamento de calor proveniente do sol através do processo de radiação, mecanismo conhecido por efeito estufa terrestre, e que tem sua origem na própria dinâmica natural do planeta. Contudo, o aquecimento observado na contemporaneidade, tratado no âmbito das discussões das mudanças globais, parece estar diretamente vinculado às atividades humanas. Essa é a constatação resultante da maioria dos estudos relativos à evolução da temperatura da atmosfera terrestre (MOLYNEUX, 2002; MENDONÇA, 2003). De acordo com o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas - IPCC (2001), grande parte das mudanças climáticas observadas no século XX pode ser atribuída a diferentes atividades humanas intensificadas a partir da Revolução Industrial no século XIX. O fenômeno do aquecimento global é causado pelo acúmulo excessivo de gases do chamado efeito estufa (Dióxido de Carbono CO 2, Monóxido de carbono CO, e o Metano CH 4 ) ao redor do planeta, impedindo que a radiação de raios infravermelhos volte ao espaço, aumentando assim o calor retido na atmosfera (ARAÚJO, 2007). Durante os primeiros séculos da Revolução Industrial ( ), os níveis de concentração de CO 2 atmosférico aumentaram de 277 partes por milhão (ppm) para 317ppm. Entre

14 os anos de 1960 a 2001, as concentrações desse gás aumentaram de 317ppm para 371ppm. Estudos realizados nas geleiras da Antártica revelam que as concentrações atuais de carbono são as mais altas dos últimos anos e, provavelmente, dos últimos 20 milhões de anos (MARENGO, 2007). O Relatório da Organização Meteorológica Mundial (OMM) das Nações Unidas divulgado em 2007aponta que nos últimos 25 anos a concentração de CO 2 na atmosfera subiu 37%. Os níveis de óxido nitroso também registraram elevações recordes em O relatório cita ainda o crescimento da população, do desmatamento e da queima de combustíveis fosseis como carvão e petróleo como os principais responsáveis pelo aumento das concentrações dos chamados Gases de Efeito Estufa (PINHEIRO, 2008). Epstein (2002), alerta sobre um significativo aceleramento do aquecimento global. Enquanto a taxa de aquecimento da terra era de cerca de 1 C por 100 anos até a década de 80, verificou-se um aumento relativo para 3 C entre os anos de 1997 e 1998, sendo que para o século XXI, o IPCC (2001) destaca que as temperaturas globais subirão em média entre 1.5 C e 6.0 C antes do ano de Contudo, sabe-se que o efeito estufa não é uniforme. Estudos indicam que áreas de latitudes altas, em particular no hemisfério Norte, estão aquecendo mais quando comparadas a outras regiões do globo terrestre (EPSTEIN, 2002; MARENGO, 2007). O aquecimento global está no cerne de um contexto dinâmico de transformações que são as mudanças climáticas. Segundo Marengo (2007), os modelos globais de clima projetam para o futuro possíveis mudanças em extremos climáticos, como ondas de calor e frio, chuvas intensas e enchentes, secas e mais intensos e/ou frequentes furações e ciclones tropicais e extratropicais. Eventos extremos relacionados à variabilidade do clima são naturalmente causados pela instabilidade da interação dos oceanos tropicais com a atmosfera global. Os fenômenos El Niño- Oscilação Sul (fase quente), também conhecido como ENSO (El Niño/Southern Oscillation) e La Niña (fase fria) são exemplos desses eventos extremos do clima (MARENGO, 2007). Essas oscilações são caracterizadas por irregularidades da temperatura da superfície de águas do oceano Pacífico, que influenciam a circulação atmosférica e alteram as precipitações e a temperatura em diversos lugares do mundo (CONFALONIERI, et al., 2002; BARCELLOS, et al., 2009) (figura 2). Segundo Barcellos, et al. (2009), a origem dessas modificações ainda é não é intereiramente conhecida. No entanto, discute-se sobre as possíveis relações entre o aquecimento global e as alterações observadas recentemente na periodicidade e intensidade dos episódios El Niño e La Nina, caracterizados pela predominância de episódios quentes (CONFALONIERI, et al., 2002).

15 Figura 2: Efeitos do El Niño (mapa da esquerda) e da La Niña (mapa da direita) sobre a América do Sul. Fonte Barcellos et al, Seguindo em paralelo aos estudos sobre as alterações climáticas, diversos pesquisadores em todo o mundo alertam sobre o impacto dessas mudanças sobre a saúde ecológica do planeta já que diferentes doenças, em especial as transmitidas por vetores, são limitadas por variáveis meteorológicas e ambientais como temperatura, umidade e cobertura vegetal, que influenciam diretamente no ciclo de vida dos vetores, reservatórios e hospedeiros. O evento El Niño de chamou a atenção devido às graves conseqüências em nível mundial. Entre elas, epidemias importantes de malária foram registradas em vários países (BARCELLOS, et al., 2009). Por outro lado, segundo Confalonieri e colaboradores (2002) no mesmo período, a seca produzida pelo El Niño na região amazônica teria contribuído para a redução dos casos de malária na região. A questão é que as diferentes epidemias observadas a partir da ocorrência do El Niño de , fizeram com que epidemiologistas e entomologistas em todo o mundo passassem a dar uma atenção especial aos impactos dos grandes fenômenos climáticos sobre a saúde (BARCELLOS, et al., 2009). Araújo (2007), cita pesquisadores que alertam para o fato de que o aumento da faixa tropical levará a migração dos vetores para áreas em que não havia transmissores, o que poderá ser um grave problema de saúde pública, já que os sistemas de saúde não estão preparados para receber tal demanda.

16 Pignatti (2004), cita autores que relatam que o aumento da temperatura, registrado em diversos países, tem proporcionado a ocorrência de vetores em altas altitudes como, por exemplo, o Aedes aegypti encontrado no México, a uma altitude de metros. Anteriormente, o vetor era encontrado apenas em locais com altitude de até metros. Segundo Conrado, et al. (2006) e Araújo (2007), períodos de seca também são igualmente responsáveis por disseminar os vetores de doenças como o mosquito transmissor da malária para centros urbanos. Em adição, as mudanças climáticas também afetam a atividade humana e a movimentação de pessoas, acentuando processos de migração. Possibilitando assim, uma redistribuição dos vetores para novos locais e consequentemente a propagação de doenças para novas regiões (PIGNATTI, 2004; IANNI, 2005; ARAÚJO, 2007; BARCELLOS, et al., 2009). Contudo, é importante destacar que o clima enquanto elemento do meio exerce considerável influência sobre as condições de saúde-doença de uma população, mas não é isoladamente seu determinante. A figura 3 resume os diferentes efeitos das mudanças climáticas sobre a saúde. Figura 3: Possíveis caminhos dos efeitos das mudanças climáticas sobre as condições de saúde. Fonte: Barcellos, et al., O DESMATAMENTO

17 A intensificação de atividades como a expansão de fronteiras agrícolas e da agropecuária, a crescente demanda por madeira, carvão e demais produtos florestais, a construção de estradas, a urbanização acelerada sem adequada infra-estrutura, e a descentralização das instalações industriais ocorridas nas últimas décadas, entre outras, se deram as custas de um compulsivo processo de desmatamento em todo o planeta. Segundo Primack e Rodrigues (2001), mais de 50% do habitat selvagem de florestas foi destruído em 47 dos 57 paises tropicais da Ásia. As maiores taxas de destruição foram nas Filipinas, Bangladesh, Sri Lanka, Vietnã e Índia. Ainda segundo os mesmos autores, na região mediterrânea densamente habitada por humanos a milhares de anos, restam apenas 10% da floresta original. No Brasil, a situação não é diferente. De agosto de 2007 a julho de 2008 foram desmatados Km 2 de florestas na Amazônia Legal, segundo o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE). Este número é 3,8% maior em relação ao desmatamento verificado no ano anterior (PINHEIRO, 2008). Confalonieri et al. (2002), destacam que as mudanças climáticas resultam tanto do aquecimento global como também de alterações da cobertura vegetal. De acordo com estudo citado por Barcellos et al. (2009), a floresta amazônica, por exemplo, desempenha um importante papel de tamponar variações de temperatura no planeta, devido à grande quantidade de água circulante e da atividade de evapotranspiração. A drástica diminuição da sua cobertura vegetal nativa produziria efeitos imprevisíveis sobre todo o planeta, pois haveria um excedente de água e calor a ser redistribuído pelo globo terrestre. Marengo (2007), relata que o desmatamento e as mudanças no uso da terra, como resultado das atividades humanas na Amazônia e na bacia do Rio Prata, aumentaram rapidamente nas recentes décadas e há evidências de que estas ações modificam as características termodinâmicas da baixa atmosfera. Em relação às doenças, em especial as metaxênicas, a exposição do homem a novos e antigos patógenos e seus respectivos vetores biológicos devido ao desmatamento é consenso entre os pesquisadores. Confalonieri et al. (2002), sinalizaram que o desmatamento em florestas tropicais afeta diretamente os microclimas coexistentes, repercutindo em modificações de parâmetros do ciclo vital de vetores e reservatórios de doenças infectocontagiosas. Semelhantemente, Lallo et al. (2008), citam o desmatamento como uma das alterações ambientais que mais afetam os nichos ecológicos das doenças, favorecendo as suas transmissões. De acordo com Pignatti (2004), o aumento das infecções ocorre num primeiro momento, tanto nas populações diretamente envolvidas como nas comunidades localizadas próximas da área desmatada. Num segundo momento, essas doenças podem atingir periferias das grandes cidades

18 ou populações inteiras, como no caso da febre amarela urbana. Outro exemplo dessa tríade desmatamento-doença-homem é o recrudescimento da doença de Lyme nos Estados Unidos. Segundo o HAVARD WORKING GROUP, citado por Pignatti (2004), a derrubada das florestas durante séculos anteriores, para dar lugar à agricultura, eliminou os cervídeos e seus predadores da área. As florestas retornaram ao longo do presente século, assim como os cervídeos, mas não seus predadores. Os carrapatos, portadores do agente etiológico da Doença de Lyme, a disseminaram para toda a população de veados. Ao mesmo tempo, casas foram construídas nas proximidades das florestas, levando um maior número de pessoas a serem picadas pelos carrapatos infectados, espalhando-se por diversos estados. Desde 1982 (até o ano do referido trabalho) foram relatados casos pelo Centro de Controle e Prevenção de Doença (CDC) dos Estados Unidos. Segundo Ellis e Wilcox (2009), o desmatamento associado com a migração humana para essas novas áreas, pode levar a um aumento da exposição de populações não imunes a novos vetores ou patógenos. Molyneux et al. (2004), descrevem que em áreas de florestas asiáticas, a maioria dos casos de malária é devido à infecção por Plasmodium vivax, e as comunidades florestais, possuem altos níveis de imunidade para essa espécie. Contudo, nas áreas periféricas as florestas, o P. falciparum é encontrado mais comumente. Dessa forma, processos de desmatamento aumentaram o risco de exposição das comunidades florestais aos vetores do P. falciparum. Outro fator também bastante preocupante atribuído ao desmatamento é a possibilidade de transmissão cruzada de espécies de patógenos. Patz e Wolfe (2002), destacam que quanto menor a distância genética entre os hospedeiros, maior a probabilidade de infecções cruzadas. Neste contexto, o autor enfatiza que primatas não humanos e humanos são similarmente susceptíveis a diferentes infecções microbianas. No que concerne à transmissão das zoonoses veiculadas por vetores, Molyneux (2002), relata que a mesma é afetada por características moleculares como grau de diversidade genética e freqüência de inversão cromossomal dos vetores e do patógeno albergado, pela região geográfica e pela ecologia do habitat. O autor cita que com as mudanças ambientais, alguns vetores passaram de predominantemente zoofílicos (afinidade para animais) para antropofílicos (afinidade para humanos). Como exemplo, Tartarotti et al. (2004), relatam que a Doença de Chagas, primitivamente uma endozootia, passou a constituir um problema de saúde humana a partir da domiciliação dos triatomíneos, devido à destruição gradativa dos biótipos naturais, que provocou redução significante da fauna silvestre com conseqüente escassez de alimentos. Monteiro (2008), alerta para o atual ritmo acelerado de derrubada das florestas tropicais e sub-tropicais, principalmente em países sub-desenvolvidos e em desenvolvimento, o que pode ser

19 considerado como fator predisponente para a franca expansão de diferentes vetores biológicos responsáveis pela transmissão das chamadas Doenças Tropicais nas últimas décadas. Teodoro et al. (1999), realizaram um estudo sobre a ecologia de fletomíneos em uma fazenda no sul do Brasil, onde observaram que o uso de inseticidas e a derrubada de árvores para a abertura de uma clareira ao redor de um galinheiro, resultaram em um aumento significativo de 89,8 % na prevalência de Lutzomya whitmani (principal espécie envolvida na transmissão de leishmania tegumentar) em relação a demais espécies do gênero, ocorridas na área estudada. Araújo (2007), descreve que os registros de infecção por malária no Brasil tiveram um significativo aumento a partir do final da década de 70 em função da ocupação desordenada da região amazônica. Por fim, deve-se ainda considerar que a invasão e a degradação de ambientes naturais pelo homem produz um contato direto deste e de animais domésticos com animais selvagens antes isolados, o que pode eventualmente, ocasionar o cruzamento interespécies de patógenos resultando no surgimento de novos agentes etiológicos potencialmente virulentos tanto para o homem como para a fauna doméstica e selvagem (ELLIS e WILCOX, 2009) O PROCESSO GLOBAL DE EXTINÇÃO DA FAUNA SELVAGEM A degradação ambiental que põe em risco a sustentabilidade ecossistêmica mundial tem implicações diretas nas condições de sobrevivência das diferentes formas de vida do planeta. De acordo com Primack e Rodrigues (2001), a Terra está passando pelo sétimo evento de megaextinção em sua história tendo como principal agente causador à espécie humana. Uma espécie é considerada extinta quando nenhum indivíduo permanece vivo no ambiente selvagem, mesmo que haja exemplares em cativeiro ou sobre quaisquer outras situações controladas pelo homem. Por outro lado, o termo ecologicamente extinta, é utilizado quando uma espécie encontra-se com um número de indivíduos significativamente reduzido na natureza, ao ponto da sua influência no sistema ecológico ser praticamente imperceptível (PRIMACK e RODRIGUES, 2001; ANDRIOLO, 2006). Embora a extinção seja um processo natural, mais de 99% das atuais extinções de espécies podem ser atribuídas às atividades humanas segundo Primack e Rodrigues, (2001). Para esses autores, os eventos decorrentes de atividades humanas que ocasionam a extinção das espécies são: fragmentação e perda de habitat; introdução de espécies; poluição; super exploração e crescimento da população humana e dispersão de doenças. A seguir, esses tópicos serão resumidamente abordados e serão destacados os principais fatores que propiciam o aumento da ocorrência de enfermidades nas espécies da fauna selvagem já que, segundo Aguirre e Tabor (2008), as doenças podem causar uma diminuição catastrófica de

20 indivíduos em uma população, podendo em alguns casos levar à extinção local, regional e até mesmo global de espécies A fragmentação e a perda do habitat A fragmentação e a perda do habitat consistem respectivamente, na divisão de uma grande e contínua área em fragmentos isolados, uns dos outros, por uma paisagem altamente modificada ou degradada, e na drástica redução de uma área natural em tamanho (PRIMACK e RODRIGUES, 2001; ANDRIOLLO, 2006). Segundo Primack e Rodrigues (2001), as destruições de habitat tendem a ocorrer em locais de alta densidade humana e em ilhas. Como exemplo, os autores citam o estado do Mato Grosso, que é um dos mais populosos da Amazônia Legal e no qual são registradas as maiores taxa de desmatamento. A destruição e a fragmentação de habitats levam ao isolamento de indivíduos em pequenas áreas restritas, gerando sub-populações adensadas devido à restrição espacial. O adensamento populacional facilita o trânsito, a adaptação e a disseminação de vetores e diferentes agentes patogênicos, devido a um maior contato entre as espécies selvagens e destas com animais domésticos e com o homem além de impedir o fluxo gênico e a diversificação genética das espécies tornando-as mais vulneráveis ao desaparecimento por doenças (PRIMACK e RODRIGUES, 2001; AGUIRRE e TABOR, 2008) Introdução de espécies A invasão de espécies exóticas é a segunda maior ameaça para a diversidade biológica ficando atrás apenas da perda de hábitat pelo processo de fragmentação (VERMIJ, 1996; RENCTAS, 2001). Ocorre quando indivíduos de uma espécie são deslocados, seja de forma acidental ou planejada, dos seus habitats nativos para um novo ambiente, onde serão considerados indivíduos ou espécie exótica (PRIMACK e RODRIGUES, 2001). De acordo com Primack e Rodrigues (2001), a grande maioria das espécies exóticas não se estabelece na nova área devido a condições inadequadas aos seus hábitos. Contudo, algumas espécies conseguem se adaptar, reproduzindo descontroladamente e se mantendo em detrimento das espécies nativas. Frequentemente, as invasões biológicas resultam em prejuízo econômico e ecológico para a região em questão. Os autores destacam ainda, que as concentrações mais altas de espécies exóticas encontram-se em habitats que sofreram alteração antrópica. Do ponto de vista sanitário, a introdução de espécies exóticas possibilita a inserção de novas doenças transmissíveis, e novos reservatórios para os agentes etiológicos de doenças pré-

21 existentes segundo Vasconcellos (2001), provocando um aumento significativo da incidência de enfermidades entre as espécies nativas. Um estudo realizado por Jansen et al. (1999), para avaliar a ocorrência de Trypanossoma cruzi em área utilizada para a reintrodução do Mico-leão-dourado no Estado do Rio de Janeiro, na qual também foram introduzidos sagüis, revelou a presença desse parasito apenas nos sagüis. Contudo, após dois anos uma nova avaliação foi feita na mesma área, resultando na detecção de infecção por T. cruzi também nos Micos-leões-dourados (VERONA, 2001) A Poluição Os efeitos gerais da poluição do ar, água, solo e até mesmo as alterações do clima global também representam importante ameaça à fauna. Primack e Rodrigues (2001), citam a contaminação por organofosforados utilizados por anos nos Estados Unidos da América na agricultura, provocando uma diminuição das populações de falcões e águias. O acúmulo na cadeia trófica desses inseticidas ocasionou o afinamento das cascas dos ovos dessas aves levando a rachaduras durante a incubação. O aumento da temperatura global impulsionado pela poluição atmosférica e também devido à ação dos gases do efeito estufa, também pode influenciar no aparecimento de doenças entre as espécies selvagens. Segundo Conrado et al. (2006) e Araújo (2007), determinados parasitos podem ter maior incidência com o aumento das temperaturas, levando à diminuição de espécies ou mesmo sua extinção. Fungos e vírus, por exemplo, podem rapidamente entrar em crescimento em temperaturas mais elevadas. Um dos exemplos mais recentes dos efeitos das diferentes formas de poluição ambiental sobre a sobrevivência de espécies, é o declínio global das populações de anfíbios, que tem relação direta com o aumento da incidência de doenças infectocontagiosas beneficiadas pelo aumento da temperatura do planeta, da incidência de raios UV e da contaminação de rios com pesticidas, fertilizantes e dejetos orgânicos (CONFALONIERI et. al., 2002; ANDREW et al., 2003) A super exploração e o crescimento populacional humano Os efeitos do crescimento da população humana com consequente aumento da exploração dos recursos naturais, nunca foram tão intensamente impactantes como a partir da Revolução Industrial (ANDRIOLLO, 2006). Se por um lado, o crescimento populacional impulsionou a perda de áreas naturais e o esgotamento dos seus recursos para viabilização de atividades agropecuárias e industriais, construção de moradias e obras de infra-estrutura, por outro, possibilitou o acesso a áreas que

22 antes não eram acessíveis para exploração da fauna, intensificando a sua comercialização e de seus sub-produtos para diferentes finalidades (PRIMACK e RODRIGUES, 2001; RENCTAS, 2001). De acordo com Primack e Rodrigues (2001), tanto o comércio legal quanto o ilegal da vida silvestre são responsáveis pela redução de muitas espécies. Em todo o mundo, o comércio ilegal da vida silvestre, o qual inclui a fauna e seus produtos, movimenta de 10 a 20 bilhões de dólares por ano, sendo que o Brasil participa com cerca de 5% a 15% do total mundial (RENCTAS, 2001). De acordo com o Primeiro Relatório Nacional sobre o Tráfico de Fauna Silvestre divulgado em 2001, pela RENCTAS - Rede Nacional de Combate ao Tráfico de animais Silvestres, por ano, o tráfico de animais silvestres é responsável pela retirada de cerca de 38 milhões de espécimes da natureza no Brasil, o que representa uma pressão de exploração impossível de reposição natural. Não obstante, a translocação de animais selvagens, seja de forma legal ou ilegal, também representa um grave risco para a saúde pública mundial e sobrevivência das espécies. Friend (2006), destaca que o transporte, a venda, a distribuição, bem como a soltura inadequada de animais selvagens no ambiente influenciam diretamente na epidemiologia e expansão de doenças entre as espécies, por promover uma interação entre animais selvagens, domésticos e o homem, que na maioria das vezes, não ocorreria naturalmente, podendo causar uma mortalidade em massa de indivíduos por não estarem imunologicamente preparados aos novos agentes introduzidos Dispersão de doenças A dispersão de doenças é um fenômeno influenciado pelo adensamento de populações e pode acometer tanto animais em vida livre como cativos. Em habitats naturais fragmentados, as populações coexistem mais próximas devido às restrições espaciais, favorecendo a um maior contato com fontes naturais de infecção como fezes, saliva, urina e conseqüente transmissão direta de doenças (PRIMACK e RODRIGUES, 2001; ANDRIOLLO, 2006). Outro fator a ser considerado, é que em ambientes degradados ocorre uma significativa diminuição da qualidade de vida dos indivíduos devido à diminuição da disponibilidade de alimento e abrigo, aumento da competição e da predação, entre outros eventos, que fazem com que os animais se encontrem em um estado permanente de estresse com consequente comprometimento do sistema imune tornando o organismo mais susceptível ao desenvolvimento de doenças (PRIMACK e RODRIGUES, 2001; MALYOUX, 2002; ANDRIOLLO, 2006; AGUIRRE e TABOR, 2008). Enfim, atuando isolada ou conjuntamente, os fatores responsáveis pela progressiva intensificação do processo global de extinção de espécies da fauna, hospedeira natural de uma imensa gama de micro e macro patógenos, exercem uma pressão para a dispersão e adaptação

23 destes agentes etiológicos e de seus vetores a novos hospedeiros e o homem, faz parte desse repertório. Aguirre e Tabor (2008) relatam que pouco se discute sobre as conseqüências para a saúde humana, dos surtos de doenças em espécies selvagens que podem levá-las a extinção. A capacidade adaptativa dos agentes etiológicos é denominada na literatura como spill-over (alastramento) e refere-se à situação em que um agente infecta um novo hospedeiro e torna-se adaptado a esse. Depois de inserido em um novo nicho, o agente pode seguir adaptando-se a novos hospedeiros sucessivamente o que pode trazer conseqüências imprevisíveis para os novos hospedeiros (MANGINI e SILVA, 2006; ELLIS E WILCOX, 2009). De acordo com Friend (2006), mutações genéticas, ativação ou inativação de genes e recombinações genômicas são eventos que ocorrem naturalmente durante a multiplicação de vírus e bactérias e, de acordo com determinadas condições ambientais, podem gerar microorganismos geneticamente modificados capazes de adaptarem-se a novos hospedeiros. De acordo com esses autores, estas mudanças têm influência na epidemiologia das doenças infecciosas emergentes que possuem animais selvagens como reservatórios. Por outro lado, Forattini (1998), destaca que os vetores também passam por processos de modificações biológicas e comportamentais, possibilitando uma adaptação a ambientes e hospedeiros novos e/ou modificados. Dentro desse contexto de alterações ambientais, os vetores biológicos são classificados como vetores emergentes e vetores ressurgentes. A figura 4 ilustra os ciclos adaptativos das doenças metaxênicas em vertebrados. ambiente natural (ciclo enzoótico) ambiente modificado (ciclo epizoótico) ambiente urbano (ciclo epidêmico) Figura 4: Possíveis ciclos de vida dos vetores biológicos. Alterações ambientais antrópicas forçam a adaptação dos vetores, antes isolados no ambiente natural, a novos ambientes (modificado ou urbano) e hospedeiros. Fonte: modificado de Ellis e Wilcox, Molyneux (2002), cita a habilidade de alguns vetores hematófagos como o Lutzomyia whitmani, (transmissor da leishmaniose tegumentar) adaptarem-se ao homem como fonte de

24 alimentação, particularmente em casos de migração ou extinção das espécies de animais naturalmente utilizadas. De acordo com Macedo e Júnior (2004), processos de desequilíbrios ambientais e sócioeconômicos provocaram o deslocamento e a adaptação dos triatomíneos às habitações humanas tornado o homem, uma fonte alternativa de alimentação para esses vetores, o que por sua vez, fez com que a Doença de Chagas, antes restrita a hospedeiros vertebrados silvestres, seja atualmente considerada uma das principais doenças tropicais transmitidas por vetores no mundo. Segundo Araújo (2007), estudos indicam mudanças na epidemiologia da leishmaniose tegumentar americana (LTA) no Brasil, com o aparecimento de surtos epidêmicos associados ao surgimento de atividades exploratórias como garimpos, expansão de fronteiras agrícolas e extrativismo, em condições ambientais altamente favoráveis à transmissão da doença. Da mesma forma, a intensificação das alterações nos ecossistemas florestais, como o desmatamento, a construções de hidrelétricas e estradas, a urbanização dentro e no entorno das áreas florestais, práticas agrícolas com irrigação artificial, entre outros, promoveram a multiplicação e a invasão geográfica de diferentes espécies do mosquito Anopheles, agente transmissor da malária, na África, Ásia e América Latina (PATZ e CONFALONIERI, 2004; TAUIL, 2006). 3. ZOONOSES VETORIAIS EMERGENTES E RE-EMERGENTES E AS ALTERAÇÕES AMBIENTAIS: O EXEMPLO DA MALÁRIA A malária é uma doença infecciosa febril aguda, causada por protozoários do gênero Plasmodium, transmitidos através da picada do mosquito Anopheles sp, que possui elevada importância epidemiológica, por sua gravidade clínica e potencial de disseminação, responsável por consideráveis perdas sociais e econômicas em diversos países sub-desenvolvidos e em desenvolvimento (BRASIL, 2002; ARAÚJO, 2007). Em nível mundial, a malária representa a mais séria e impactante das doenças transmissíveis. Sua estimativa é de 300 a 500 milhões de novos casos ao ano com mais de 1,5 milhão de mortes anuais no continente africano, responsável por cerca de 90% dos casos, e afeta mais de um milhão de pessoas por ano no continente americano (DIAS, 1998; TAUIL, 2006; ARAÚJO, 2007). Na região das Américas, o Brasil é o país com maior incidência de malária, sendo responsável por cerca de 50% dos casos no continente. Aproximadamente 99% das notificações no Brasil, se concentram na região Amazônica, área endêmica, que compreende os estados do Acre, Amapá, Amazonas, Maranhão, Mato Grosso, Pará, Rondônia, Roraima e Tocantins. Na região extra-amazônica 92% dos casos registrados, são oriundos dos estados pertencentes à área endêmica e da África (BRASIL, 2002; ARAÚJO, 2007).

25 Casos autóctones esporádicos ocorrem nos municípios localizados às margens do lago da usina hidrelétrica de Itaipu, áreas cobertas pela Mata Atlântica nos estados do Espírito Santo, Minas Gerais, Rio de Janeiro, São Paulo e Bahia, região centro-oeste nos estados de Goiás e Mato Grosso do Sul (figura 3) (ARAÚJO, 2007). Figura 5: Incidência Parasitária Anual /mil habitantes e casos autóctones da malária no Brasil. Fonte: BRASIL, Existem 4 espécies de Plasmodium causadoras de malária em humanos em todo o mundo (tabela 1), sendo que 3 dessas espécies ocorrem no Brasil: P. vivax, P. falciparum e P. malariae. As principais espécies de Anopheles envolvidas na transmissão desta enfermidade no Brasil são: A. darlingi, A. aquasalis, A. albitarsis, A. cruzii e A. bellator, sendo que o A. darlingi e o A. aquasalis se destacam na região amazônica e o A. cruzii e A. bellator na região de Mata Atlântica do Estado de São Paulo (BRASIL, 2002; ARAÚJO, 2007). A tabela 2 mostra a distribuição de algumas espécies de Anopheles no mundo. Tabela 1: Distribuição mundial dos parasitas causadores de malária. Fonte: Araújo, Espécie Ocorrência Plamodium falciparum África tropical, partes da Ásia, pacífico ocidental, América central e América do sul. P. vivax Quase ausente na África, Ásia, América Central e América do sul. P. malarie Ocorre em todo o mundo de forma pontual P. ovale África ocidental tropical e raramente no pacifico ocidental.

26 Tabela 2: Áreas de ocorrência de alguns vetores da malária no mundo. Fonte: modificado de Molyneux, O O S Mosquito Distribuição Observações Anopheles dirus A. minimus A. balabacensis A. leucosphyrus Sul da Ásia A. dirus e A. minimus, são adaptados a áreas de agricultura. A. fluviatilis Índia, Nepal Substituído pelo A. culicifacies em áreas desmatadas A. darlingi Região Amazônica Incidência aumentada em áreas florestais alteradas A. gambiae Oeste da África Comum em florestas desmatadas devido à formação de áreas alagadiças favoráveis Os hábitos alimentares do mosquito Anopheles diferem entre o sexo. Os machos alimentam-se de seivas das plantas e as fêmeas são hematófagas logo, apenas as fêmeas anofelinas têm importância na epidemiologia e transmissão da malária (BRASIL, 2002). O homem é o único reservatório com importância epidemiológica para a malária de acordo com BRASIL (2005), contudo Araújo (2007) cita autores que destacam a participação de diferentes gêneros de primatas não humanos na cadeia epidêmica da malária no Brasil, devido ao fato dos mesmos serem potenciais reservatórios de P. simium e P. malariae. Segundo esses autores, o P. simium é morfologicamente idêntico ao P. vivax e pode infectar tanto macacos como seres humanos, causando a malária benigna ou assintomática em ambos os hospedeiros. A malária possui um comportamento epidemiológico singular nas diferentes regiões do mundo, reaparecendo em áreas nas quais havia sido supostamente eliminada e espalhando-se para outras não afetadas anteriormente (PIGNATTI, 2004). No sudeste da Ásia em países como a Tailândia, Myanmar e Cambodia, a manutenção da malária é associada à migração do homem e a exploração de pedras preciosas em áreas de floresta tropical extensivamente desmatada, o que também contribui para um aumento da população de Anopheles minimus em detrimento a espécie prevalente anteriormente, levando a expansão de malária resistente a drogas nessa região (MOLYNEUX, 2002). No Brasil, devido ao processo desordenado de ocupação e exploração da região amazônica, observou-se um aumento significativo do número de casos a partir do final da década de 70, com mais de meio milhão de casos notificados anualmente (PIGNATTI, 2004; BRASIL, 2004; ARAÚJO, 2007) Anteriormente, o número de casos registrados era de menos de 100 mil por ano (BRASIL, 2004; ARAÚJO, 2007). O surto de malária ocorrido em 1987 na região da construção da usina de Itaipu no Paraná é outro exemplo da influência antrópica na distribuição da doença no país. De acordo com estudos, o

27 vetor A. darlingi ocorria de forma discreta na região que até então não havia apresentado casos da doença. Acredita-se que a formação do lago para a construção da usina hidrelétrica, favorecendo o desenvolvimento de criadouros do mosquito, associado à migração de indivíduos da região endêmica (Norte), tenham sido responsáveis pela epidemia (COSTA FERREIRA e LOMBARDO, 1997; COSTA FERREIRA, 2003). Atualmente, a malária é classificada pelo Ministério da Saúde (MS) como Doença transmissível com quadro de persistência. O próprio MS enfatiza que alterações do meio ambiente, desmatamento, ampliação de fronteiras agrícolas e processos migratórios contribuem para a endemicidade da malária no país (BRASIL, 2004). Logo, seja de forma direta ou indireta, diferentes atividades humanas têm papel fundamental na manutenção e expansão da malária não só no Brasil como também em outros países. Mudanças climáticas também podem contribuir para a expansão geográfica da malária segundo diferentes pesquisadores (MENDONÇA, 2003; CONRADO et al., 2006; ARAÚJO, 2007; MARENGO, 2007; BARCELLOS et al. 2009). Nos anos de 1998 e 1999, ocorreram epidemias de malária no Paquistão, Sri Lanca, Vietnã e em diversos países endêmicos da África e da América Latina (BARCELLOS et al. 2009). No Brasil, foram notificados casos em 1999, maior índice já registrado desde a década de 1960 (ARAÚJO, 2007). Coincidentemente, Marengo (2007), cita que o ano de 1998 foi o mais quente do século XX e houve significativa variação pluviométrica em diferentes países devido ao El niño. Com o Plano de Intensificação das Ações de Controle da Malária (PIACM) instituído pelo Ministério da Saúde no período de 2000 a 2002, houve uma redução de 50,2% na incidência de malária na região da Amazônia Legal, ao final do ano de 2002, entretanto a partir de 2003, foi observado um aumento de 17,9%, chegando a um total de casos no referido ano (BRASIL, 2004). Pesquisadores alertam que, com a expansão para o norte e para o sul (zona subtropical da Europa, das Américas, da África, Oriente Médio e sul da China e Austrália) e em altitude (Andes e a parte elevada da África) das condições de tropicalidade, ocorrerá um aumento do risco de transmissão da malária no planeta. Em boa parte desses lugares, o Anopheles já está presente, todavia o parasita Plasmodium não sobreviveria devido às baixas temperaturas dos climas do presente (MENDONÇA, 2003) Estima-se que cerca de 2,4 a mais de 3,0 bilhões de pessoas encontram-se em situação de risco potencial em todo o mundo, sendo que entre milhões destas, a maioria na África, desenvolverão a doença (MENDONÇA, 2003). Molyneux (2002), cita estudos norte americano que projetam cenários relacionados a diferentes concentrações de CO 2 na atmosfera, os quais prevêem um aumento da infecção por P.

28 falciparum de cerca de 150 a 220 milhões de pessoas até 2020 em todo o mundo. Ainda segundo esses estudos, esse número pode chegar a mais de 320 milhões em Conrado et al. (2006), cita autores que ressalvam que as alterações nos índices pluviométricos, associado às características do habitat, também influenciaram no comportamento dos vetores. Em caso de chuvas muito intensas em áreas descampadas como o semi-árido, ocorrerá a formação de poças d água, que servirão como criadouro para os vetores, aumentando assim a incidência da doença. È provável que esses eventos também ocorram em áreas florestais devastadas, já que segundo o autor, precipitações muito intensas em áreas de floresta tropical produzem um escoamento superficial, o que faz com que as larvas do mosquito sejam arrastadas, provocando uma diminuição da incidência de malária. Por outro lado, existem pesquisadores que possuem uma posição mais otimista com relação à influência das mudanças climáticas sobre a ocorrência da malária no mundo. Molyneux (2002), cita autores que utilizando uma metodologia estatística alternativa baseada na atual distribuição do P. falciparum, estimam mudanças muito limitadas na distribuição do protozoário no futuro, mesmo em condições extremas de mudanças climáticas. 4. OS DESAFIOS PARA OS SISTEMAS DE SAÚDE NO ENFRENTAMENTO DAS ZOONOSES EMERGENTES E RE-EMERGENTES TRANSMITIDAS POR VETORES Fatores de ordem biológica, geográfica, ecológica, social, cultural e econômica atuam sinergicamente na produção, distribuição e controle das doenças vetoriais em todo o mundo (TAUIL, 2002). Elevadas e crescentes taxas de urbanização ocorridas nas últimas décadas provocaram sérios problemas, em especial nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento, que ameaçam a manutenção da saúde dos habitantes das cidades. Crescimento desordenado com carência de planejamento, ineficiência de infra-estrutura e de serviços públicos essenciais como o saneamento básico, degradação ambiental através de desmatamentos, assoreamento dos rios, exploração de minerais, grandes monoculturas, entre outros, geraram situações de desequilíbrios ambientais que freqüentemente acarretam na domicilização de vetores e agentes infecciosos (MINAYO, 2004). Ximenes, et al. (2007), relatam sobre epidemias de Leishmaniose Visceral no Sudão devido a alterações ecológicas provocadas por grandes movimentos migratórios para áreas endêmicas, criando condições favoráveis ao aumento da reprodução do vetor. Ainda segundo esses autores,

29 no Brasil ocorreu situação bastante semelhante na região Nordeste com a Leishmaniose Visceral Americana. Schmidt (2007), cita pesquisadores que defendem a necessidade do Ministério da Saúde dar maior ênfase a execução de políticas ambientais educativas e preventivas relacionadas à saúde. O autor também destaca que, apesar das mudanças ocorridas nas últimas décadas na formação dos diferentes profissionais de saúde, a adoção de estratégias não-preventivas são ainda frequentes. A Doença de Chagas é um dos exemplos de enfermidades que merecem um rigoroso monitoramento ambiental. Segundo o Ministério da Saúde (2004), a doença encontra-se sob controle devido ao sucesso no combate ao principal vetor, o Triatoma infestans, contudo Tartarotti, et al. (2004), alertam para os riscos de outras espécies de Triatoma, consideradas secundárias na transmissão da doença, ocuparem a posição vetorial primária, por já estarem realizando ciclo peri e intradomiciliar, como o T. vitticeps no Rio de Janeiro e o T. pseudomaculata na Caatinga cearense. Peiter (2005), destaca para o risco de urbanização da malária na faixa de fronteira da região amazônica, já que de acordo com o autor, mesmo sendo relativamente pequenas, as cidades existentes na região da fronteira possuem sistemas de saúde altamente carentes em infraestrutura, recursos humanos e equipamentos. Silva (2006), encara a questão da saúde na Amazônia Legal como um desafio, pois segundo ele, pouco se sabe sobre as condições de saúde de grande parte da população regional, composta pelos índios, rurais não indígenas, caboclos e ribeirinhos. O autor destaca ainda, que embora muitos dos indicadores epidemiológicos e sóciodemográficos tradicionais como mortalidade infantil e longevidade tenham melhorado no país nos últimos anos, esses avanços ocorrem de forma lenta e não igualitária na região da Amazônia legal, privilegiando os grandes centros urbanos locais em detrimento ao grande contingente populacional rural. Cabe enfatizar que, o acesso desigual aos serviços de saúde não ocorre apenas na região amazônica ou no Brasil, mas em todo o mundo sendo mais crítico nos países subdesenvolvidos e em desenvolvimento. È fato que o atual sistema político-econômico que prevalece em grande parte do planeta, privilegia apenas uma pequena parcela mantenedora de grandes recursos. Enquanto a maior parte da população mundial tem os seus direitos básicos negligenciados, diferentes doenças surgem, ressurgem, proliferam e se mantêm. Tauil (2006), destaca que as medidas adotadas para o controle de doenças vetoriais devem considerar os problemas específicos para cada uma das doenças. A Dengue e a Doença de Chagas, por exemplo, devem ter como principal estratégia de combate, o extermínio dos vetores (OMS, 2008).

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