REDES DE COOPERAÇÃO SOLIDÁRIA: estratégias emancipatórias de desenvolvimento
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- Isabela Bergler Machado
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1 REDES DE COOPERAÇÃO SOLIDÁRIA: estratégias emancipatórias de desenvolvimento Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
2 I.FUNDAMENTOS: POR UMA PERSPECTIVA EMANCIPATÓRIA DE DESENVOLVIMENTO Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
3 Crise ÉTICA Global Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
4 Crise ÉTICA Global DESIGUALDADES: 500 Grandes corporações controlam 50% do PIB mundial Fortuna dos 200 mais ricos do mundo (US$ 2,7 tri): maior que o PIB do Brasil; equivale ao PIB da França. (Bloomberg Markets). Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
5 Crise e Desemprego
6 Crise ECOLÓGICA: mudanças climáticas globais Fonte: IPCC WGI Imagens de cenários utilizados por Carlos A. Nobre Instituto de Pesquisas Espaciais no I Simpósio sobre Mudanças Climáticas e Desertificação no Semiárido Brasileiro. Embrapa/CPTASA, 2008.
7 Inclusão em qual Desenvolvimento? O estilo de vida criado pelo capitalismo industrial sempre será o privilégio de uma minoria. O custo em termos de depredação do mundo físico, desse estilo de vida é de tal forma elevado que toda tentativa de generalizá-lo levaria inexoravelmente ao colapso de toda uma civilização, pondo em risco a sobrevivência da espécie humana (O Mito do Crescimento Econômico - Celso Furtado, 1974)
8 Construir políticas contra hegemônicas de Desenvolvimento... POLÍTICAS HEGEMÔNICAS POLÍTICAS CONTRA HEGEMÔNICAS Mudança substancial do padrão civilizatório hegemônico. O Desenvolvimento é concebido como um projeto social que possibilita a transformação global da sociedade. (Celso Furtado, 1980)
9 Perspectiva contra hegemônica do Desenvolvimento Territorial PROCESSO ENDÓGENO de tempo largo para MOBILIZAÇÃO das FORÇAS SOCIAIS, das POTENCIALIDADES ECONÔMICAS e CULTURAIS com a finalidade de promover MUDANÇAS com a ELEVAÇÃO DAS CONDIÇÕES DE VIDA em HARMONIA COM O MEIO AMBIENTE e com a PARTICIPAÇÃO ATIVA E SOLIDÁRIA da comunidade no DESENVOLVIMENTO.
10 Dimensão Econômica da Sustentabilidade Sistemas produtivos sustentáveis como estratégias criativas de organização do trabalho e de relação da atividade produtiva com a natureza; Diversidade ambiental e riqueza cultural para impulsionar atividades econômicas apropriadas; Iniciativas includentes para democratizar o acesso aos meios necessários à produção; Diversificação e pluriatividade com distintas atividades e fontes de renda, evitando a dependência monopólica. Cooperação e associação como estratégia de integração e coesão socioeconômica.
11 II ESTRATÉGIA: INTEGRAÇÃO DE INICIATIVAS ECONÔMICAS SOLIDÁRIAS EM REDES DE COOPERAÇÃO Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
12 ECONOMIA SOLIDÁRIA Formas de organização econômica de produção, comercialização, finanças e consumo que têm por base o trabalho associado, a autogestão, a propriedade coletiva dos meios de produção, a cooperação e a solidariedade
13 Potencialidades de uma Economia Solidária Sistemas produtivos sustentáveis Consumo consciente e responsável Emancipação do trabalho e valorização do trabalhador/a Redução de disparidades de renda e de riqueza: propriedade coletiva ganhos compartilhados Sistemas financeiros solidários Reconhecimento da mulher e do feminino trabalho produtivo e reprodutivo - e empoderamento Resgate humano de populações em extrema pobreza e exclusão
14 Desafios 100% % DESAFIOS DOS EES 90% 88% 80% 70% 60% 61% 58% 62% 50% 40% 30% 20% 10% 0% FORMALIZAÇÃO ADEQUADA COMERCIALIZAÇÃO ADEQUADA ACESSAR CRÉDITO ACESSAR CONHECIMENTOS
15 Baixa Intercooperação entre os EES EES - Produção e Comercialização EES Comercialização EES - Prestação de Serviços EES Consumo e Serviços aos Sócios 5% Origem da matéria prima ou insumo: Empreendimentos de Economia Solidária 5% Venda a outros EES 2% Troca com outros EES 1% Empreendimentos de Economia Solidária como origem dos produtos comercializados 11% Próprios associados (as) como origem dos produtos comercializados 1% 3% 1% 1% 11% Empreendimentos de Economia Solidária como origem dos insumos utilizados p/ prestação serviços Próprios associados (as) como origem dos insumos utilizados p/ prestação serviços Prestação de serviços se destina a Empreendimentos de Economia Solidária Empreendimentos de Economia Solidária como origem dos bens,produtos ou serviços Próprios associados (as) como origem dos bens,produtos ou serviços
16 Participação em redes Empreendimento participa de alguma rede de produção, comercialização, consumo ou crédito? Participação em rede econômica Nº de EES Sim Não Total
17 Tipo de rede econômica (dos que participam) Rede de comercialização Rede de produção Central de comercialização Rede de crédito/finanças sol. Rede/org. de comércio justo Cooperativa central Complexo cooperativo Cadeia produtiva solidária Rede de consumo 11,1% 9% 7,9% 7,5% 4,1% 3,9% 3,7% 27,8% 51,8%
18 Resultados econômicos do último ano Participam de redes econômicas Não participam de redes econômicas 12% 11% 45% 9% 36% 15% 34% 38% Não deu para pagar as despesas Não se aplica (para empreendimentos sem função de lucro) Pagar as despesas e não ter nenhuma sobra Pagar as despesas e ter uma sobra/excedente
19 Estratégias Fortalecimento de redes de cooperação solidária: organização setorial de unidades familiares e de Empreendimentos da Economia Solidária de um mesmo segmento produtivo para fortalecimento das suas iniciativas produtivas e sociopolíticas. Organização de cadeias produtivas: possibilidade de estruturação da economia familiar e da economia solidária em cadeias produtivas como estratégia para dinamização econômica territorial.
20 Integração em Redes de Cooperação Condições mais favoráveis de superação da condição subalterna e subordinada. Inserção adequada dos EES nos espaços de mercado, de forma sustentável: ganho de escala constância na oferta dos produtos ou serviços intercâmbio tecnológico para melhoria da qualidade e da produtividade otimização de custos de produção e de gestão
21 Integração em Redes de Cooperação Articular demandas comuns dos empreendimentos: assessoria técnica e gerencial estratégias e mecanismos de acesso a mercado estruturas logísticas para capacidade produtiva atendimento aos aspectos legais... Ampliar o poder de governança sobre os resultados das diversas etapas do processo produtivo, aferindo uma renda justa para os seus integrantes.
22 Cadeia produtiva: elemento de integração Entender o funcionamento da cadeia e mapear o conjunto de EES, trabalhando o fluxo do produto desde o insumo até o consumo final. A abordagem de cadeias produtivas não deve suplantar a pluriatividade com seus sistemas de produção: Sistemas produtivos fortalecem a relação horizontal da unidade familiar de produção e As cadeias produtivas fortalecem as unidades de produção em sua relação vertical com os diversos elos e momentos das cadeias produtivas.
23 SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA MISSÃO: Promover o fortalecimento e a divulgação da economia solidária, mediante políticas integradas, visando a geração de trabalho e renda, a inclusão social e a promoção do desenvolvimento justo e solidário Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
24 EIXOS E INSTRUMENTOS DE AÇÃO EIXO 1 ORGANIZAÇÃO SOCIOCOMUNITÁRIA Identificação, sensibilização e organização Capacitação e atuação de Agentes Comunitários Espaços multifuncionais de referência Diagnóstico participativo de potencialidades Planejamento de investimentos Construção de ambiência institucional favorável: tributária, fiscal, sanitária, comercial etc. Participação e controle social EIXO 2 FORMAÇÃO E ASSESSORIA TÉCNICA Formação de formadores, agentes e gestores Elevação de escolaridade e qualificação Incubação de empreendimentos e redes Assessoramento técnico e organizativo para empreendimentos e redes de cooperação Tecnologias Sociais Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
25 EIXOS E INSTRUMENTOS DE AÇÃO EIXO 3 INVESTIMENTOS, CRÉDITO E FINANÇAS SOLIDÁRIAS Infraestrutura para Empreendimentos Microcrédito Produtivo Orientado Iniciativas de finanças solidárias: Bancos Comunitários de Desenvolvimento Fundos Rotativos Solidários Cooperativas de Crédito Solidário EIXO 4 ORGANIZAÇÃO DA COMERCIALIZAÇÃO Certificação e reconhecimento no Sistema Nacional de Comércio Justo e Solidário Espaços Fixos de Comercialização Solidária Centrais de comercialização Orientação para acesso às compras governamentais Bases de Serviço de Apoio Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
26 EXPANSÃO DAS AÇÕES Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
27 DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL Ampliação de iniciativas econômicas solidárias escala para organizar os desorganizados. Aproximar as oportunidades de investimentos e as potencialidades da economia solidária das necessidades da população em pobreza extrema e da promoção do desenvolvimento local e territorial sustentável. Instrumentos de execução de políticas públicas apropriados: Sistema público com repasse fundo a fundo e gestão social; Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
28 DESAFIOS PARA AS POLÍTICAS DE ECONOMIA SOLIDÁRIA NO BRASIL (cont.) Instrumentos de execução apropriados: Comercialização: compras governamentais diretas; Organização da oferta em razão das demandas de outros espaços de mercado; Certificação Declaração de Aptidão DECOSOL; Conhecimento: rede de assistência técnica - urbano; Verticalização da produção: encadeamentos e redes de cooperação para reduzir subordinação e subalternidade; Recursos: Investimentos em infraestrutura e linhas de crédito apropriadas. Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
29 CONTATOS Ministério do Trabalho e Emprego Secretaria Nacional de Economia Solidária senaes@mte.gov.br (61) Secretaria Nacional de Economia Solidária Ministério do Trabalho e Emprego
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