Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) tráfico africano; escravidão; Brasil; políticas de alforria; escravo.

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) tráfico africano; escravidão; Brasil; políticas de alforria; escravo."

Transcrição

1

2 FICHA PARA CATÁLOGO PRODUÇÃO DIDÁTICO PEDAGÓGICA Título: O fim do tráfico de escravos africanos para o Brasil e a crise do sistema escravista brasileiro ( ). Autor Isabel Cristina da Glória Matheus Bicário Escola de Atuação Colégio Estadual Dr. Duílio Trevisani Beltrão E. F. M. Município da escola Núcleo Regional de Educação Orientador Instituição de Ensino Superior Disciplina/Área (entrada no PDE) Produção Didático-pedagógica Relação Interdisciplinar (indicar, caso haja, as diferentes disciplinas compreendidas no trabalho) Público Alvo (indicar o grupo com o qual o professor PDE desenvolveu o trabalho: professores, alunos, comunidade...) Localização (identificar nome e endereço da escola de implementação) Tamboara Paranavaí Dr. Ricardo Tadeu Caires Silva UNESPAR Campus Paranavaí História Unidade Didática Não Alunos do 1º. ano do Ensino Médio Colégio Estadual Dr. Duílio Trevisani Beltrão E. F. M. Rua Marechal Floriano Peixoto n Tamboara PR Apresentação: (descrever a justificativa, objetivos e metodologia utilizada. A informação deverá conter no máximo 1300 caracteres, ou 200 palavras, fonte Arial ou Times New Roman, tamanho 12 e espaçamento simples) Este projeto tem como objetivo estudar o fim do tráfico de escravos africanos para o Brasil e sua importância para a crise do sistema escravista brasileiro. Por mais de trezentos anos o tráfico de escravos se constituiu a mola mestra do sistema escravista e a sua supressão definitiva só aconteceu após quase meio século de pressões, lutas e negociações entre governos, traficantes e senhores de escravos. Buscaremos problematizar quais foram os fatores internos e externos que contribuíram para o fechamento do tráfico internacional de escravos para o Brasil; além de avaliar o quanto a sua supressão definitiva afetou os destinos da escravidão

3 nas diferentes regiões do país. Com o fim do infame comércio, o governo brasileiro e a sociedade escravista em geral foram obrigados a adotar estratégias que encaminhassem a questão servil de forma a manter a continuidade das relações de dominação dos escravos e seus descendentes sem desorganizar o sistema produtivo, assentado na agricultura agroexportadora. Por sua vez, os escravos procuraram lutar para manter a política de alforrias e os direitos conquistados na dura negociação com seus senhores. As ações pedagógicas decorrentes dos estudos realizados serão desenvolvidas no Colégio Estadual Dr. Duílio Trevisani Beltrão, junto aos alunos da turma do 1 ano de História do Ensino Médio. A proposta é desenvolver uma Unidade Temática abordando a História e cultura-afro brasileira, tal como preconiza as Leis /03 e /08 e também a Deliberação CEE-PR nº 04/06. Palavras-chave ( 3 a 5 palavras) tráfico africano; escravidão; Brasil; políticas de alforria; escravo.

4 DADOS DE IDENTIFICAÇÃO: PROFESSOR PDE: Isabel Cristina da Glória Matheus Bicário ÁREA PDE: História NRE: Paranavaí PROFESSOR ORIENTADOR: Dr. Ricardo Tadeu Caires Silva IES VINCULADA: UNESPAR Campus de Paranavaí ESCOLA DE IMPLEMENTAÇÃO: Colégio Estadual Dr. Duílio Trevisani Beltrão - EFM PÚBLICO OBJETO DA INTERVENÇÃO: alunos do 1 ano do Ensino Médio Apresentação Esta unidade didática foi elaborada a partir dos estudos desenvolvidos no Programa de Desenvolvimento Educacional do Paraná PDE Turma O material foi estruturado a partir das leituras e reflexões dos autores da chamada nova história social da escravidão. Em comum, estes estudos têm como premissa a necessidade de destacar que, malgrado as injustiças derivadas do sistema escravista, os milhares de escravos africanos que aqui desembarcaram forçosamente e seus descendentes contribuíram significativamente para a prosperidade econômica e cultural do Brasil (REIS e SILVA: 1989). Privilegiamos trabalhar com a História temática pelo fato de as Diretrizes Curriculares de História para o Ensino Médio enfatizarem que a organização do trabalho pedagógico por meio de temas históricos possibilita ao professor ampliar a percepção dos estudantes sobre um determinado contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre passado e presente (Diretrizes

5 Curriculares de História do estado do Paraná, 2008: p.76). Buscamos abordar a temática escolhida a partir da análise de diferentes fontes documentais documentos manuscritos, impressos, imagéticos e audiovisuais -, nas quais as experiências dos afrodescendentes sejam evidenciadas de forma a destacá-los como sujeitos ativos do processo histórico, tal como preconiza as Leis /03 e /08 e também a Deliberação CEE-PR nº 04/06. Neste sentido, a intenção do trabalho com documentos em sala de aula é de desenvolver a autonomia intelectual adequada, que permite ao aluno realizar análises críticas da sociedade por meio de uma consciência histórica (Bittencourt, 2004). As ações pedagógicas serão desenvolvidas no Colégio Estadual Dr. Duílio Trevisani Beltrão E. F. M, em Tamboara-Pr, junto aos alunos das turmas do 1 ano de História, no Ensino Médio. Acreditamos que a abordagem positiva da história do Brasil, resgatando as contribuições dos povos de matriz cultural africana e afrobrasileira para a formação da nossa sociedade, em muito contribuirá para a construção de práticas sociais que levem a construção da igualdade racial no nosso país.

6 1. O fim do tráfico de escravos africanos para o Brasil e a crise do sistema escravista brasileiro ( ) Introdução Você sabia que apenas um país da África tem mais negros que o Brasil? Segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) a população brasileira em 2007 é de aproximadamente 90 milhões de negros, se somarmos negros e pardos. Isso corresponde a 49,7% da nossa população, o que significa que a população negra não é minoria em nosso país. O Brasil é o 2º país com a maior população de origem africana no mundo ficando atrás apenas da Nigéria. A presença negra no Brasil é grande porque, entre os séculos XVI e XIX, os responsáveis pelo tráfico negreiro trouxeram para o território brasileiro cerca de 5 milhões de africanos. Essas pessoas não vieram para cá espontaneamente. Na verdade, elas foram arrancadas à força de suas terras e obrigadas a trabalhar em regime de escravidão. Como escreveu um importante religioso da época, eles eram as mãos e os pés dos senhores de engenho. Nesta Unidade estudaremos como e porque o tráfico de seres humanos se formou, desenvolveu e, depois de alguns séculos, chegou ao fim. Problematizaremos a sua importância para a manutenção e reprodução da escravidão no Brasil, destacando como o seu fim afetou o sistema escravista brasileiro. Buscaremos problematizar quais foram os fatores internos e externos que contribuíram para o fechamento do tráfico internacional de escravos para o Brasil; além de avaliar o quanto a sua supressão definitiva afetou os destinos da escravidão nas diferentes regiões do país.

7 Vamos começar nosso estudo pela análise do poema abaixo: O NAVIO NEGREIRO (Castro Alves) 'Stamos em pleno mar... Doudo no espaço Brinca o luar dourada borboleta; E as vagas após ele correm... cansam Como turba de infantes inquieta. 'Stamos em pleno mar... Do firmamento Os astros saltam como espumas de ouro... O mar em troca acende as ardentias, Constelações do líquido tesouro... 'Stamos em pleno mar... Dois infinitos Ali se estreitam num abraço insano, Azuis, dourados, plácidos, sublimes... Qual dos dous é o céu? qual o oceano?... 'Stamos em pleno mar... Abrindo as velas Ao quente arfar das virações marinhas, Veleiro brigue corre à flor dos mares, Como roçam na vaga as andorinhas... Donde vem? onde vai? Das naus errantes Quem sabe o rumo se é tão grande o espaço? Neste saara os corcéis o pó levantam, Galopam, voam, mas não deixam traço. Bem feliz quem ali pode nest'hora Sentir deste painel a majestade! Embaixo o mar em cima o firmamento... E no mar e no céu a imensidade! Oh! que doce harmonia traz-me a brisa! Que música suave ao longe soa! Meu Deus! como é sublime um canto ardente Pelas vagas sem fim boiando à toa! Homens do mar! ó rudes marinheiros, Tostados pelo sol dos quatro mundos! Crianças que a procela acalentara No berço destes pélagos profundos! Esperai! esperai! deixai que eu beba Esta selvagem, livre poesia Orquestra é o mar, que ruge pela proa, E o vento, que nas cordas assobia... Por que foges assim, barco ligeiro? Por que foges do pávido poeta? Oh! quem me dera acompanhar-te a esteira Que semelha no mar doudo cometa! Albatroz! Albatroz! águia do oceano, Tu que dormes das nuvens entre as gazas, Sacode as penas, Leviathan do espaço, Albatroz! Albatroz! dá-me estas asas. II Antônio Frederico de Castro Alves ( ), o poeta dos escravos, foi um dos maiores abolicionista do seu tempo. Sua obra pt.wikipedia.org/wiki/castro_alves acesso em 26/07/2011 Que importa do nauta o berço, Donde é filho, qual seu lar? Ama a cadência do verso Que lhe ensina o velho mar! Cantai! que a morte é divina! Resvala o brigue à bolina Como golfinho veloz. Presa ao mastro da mezena Saudosa bandeira acena As vagas que deixa após. Do Espanhol as cantilenas Requebradas de langor, Lembram as moças morenas, As

8 andaluzas em flor! Da Itália o filho indolente Canta Veneza dormente, Terra de amor e traição, Ou do golfo no regaço Relembra os versos de Tasso, Junto às lavas do vulcão! O Inglês marinheiro frio, Que ao nascer no mar se achou, (Porque a Inglaterra é um navio, Que Deus na Mancha ancorou), Rijo entoa pátrias glórias, Lembrando, orgulhoso, histórias De Nelson e de Aboukir... O Francês predestinado Canta os louros do passado E os loureiros do porvir! Os marinheiros Helenos, Que a vaga jônia criou, Belos piratas morenos Do mar que Ulisses cortou, Homens que Fídias talhara, Vão cantando em noite clara Versos que Homero gemeu... Nautas de todas as plagas, Vós sabeis achar nas vagas As melodias do céu!... III Desce do espaço imenso, ó águia do oceano! Desce mais... inda mais... não pode olhar humano Como o teu mergulhar no brigue voador! Mas que vejo eu aí... Que quadro d'amarguras! É canto funeral!... Que tétricas figuras!... Que cena infame e vil... Meu Deus! Meu Deus! Que horror! IV Era um sonho dantesco... o tombadilho Que das luzernas avermelha o brilho. Em sangue a se banhar. Tinir de ferros... estalar de açoite... Legiões de homens negros como a noite, Horrendos a dançar... Negras mulheres, suspendendo às tetas Magras crianças, cujas bocas pretas Rega o sangue das mães: Outras moças, mas nuas e espantadas, No turbilhão de espectros arrastadas, Em ânsia e mágoa vãs! E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais... Se o velho arqueja, se no chão resvala, Ouvem-se gritos... o chicote estala. E voam mais e mais... Presa nos elos de uma só cadeia, A multidão faminta cambaleia, E chora e dança ali! Um de raiva delira, outro enlouquece, Outro, que martírios embrutece, Cantando, geme e ri! No entanto o capitão manda a manobra, E após fitando o céu que se desdobra, Tão puro sobre o mar, Diz do fumo entre os densos nevoeiros: "Vibrai rijo o chicote, marinheiros! Fazei-os mais dançar!..." E ri-se a orquestra irônica, estridente... E da ronda fantástica a serpente Faz doudas espirais... Qual um sonho dantesco as sombras voam!... Gritos, ais, maldições, preces ressoam! E ri-se Satanás!... V Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus! Se é loucura... se é verdade Tanto horror perante os céus?! Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas De teu manto este borrão?... Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão! Quem são estes desgraçados Que não encontram em vós Mais que o rir calmo da turba Que excita a fúria do algoz? Quem são? Se a estrela se cala, Se a vaga à pressa resvala Como um cúmplice fugaz, Perante a noite confusa... Dize-o tu, severa Musa, Musa libérrima, audaz!... São os filhos do deserto, Onde a terra esposa a luz. Onde vive em campo aberto A tribo dos homens nus... São os guerreiros ousados Que com os tigres mosqueados Combatem na solidão. Ontem simples, fortes, bravos. Hoje míseros escravos, Sem luz, sem ar, sem razão... São mulheres desgraçadas, Como Agar o foi também. Que sedentas, alquebradas, De longe... bem longe vêm... Trazendo com tíbios passos, Filhos e algemas nos braços, N'alma lágrimas e fel... Como Agar sofrendo tanto, Que nem o leite de pranto Têm que dar para Ismael. Lá nas areias infindas, Das palmeiras no país, Nasceram crianças lindas, Viveram

9 moças gentis... Passa um dia a caravana, Quando a virgem na cabana Cisma da noite nos véus Adeus, ó choça do monte,... Adeus, palmeiras da fonte! Adeus, amores... adeus!... Depois, o areal extenso... Depois, o oceano de pó. Depois no horizonte imenso Desertos... desertos só... E a fome, o cansaço, a sede... Ai! quanto infeliz que cede, E cai p'ra não mais s'erguer!... Vaga um lugar na cadeia, Mas o chacal sobre a areia Acha um corpo que roer. Ontem a Serra Leoa, A guerra, a caça ao leão, O sono dormido à toa Sob as tendas d'amplidão! Hoje... o porão negro, fundo, Infecto, apertado, imundo, Tendo a peste por jaguar... E o sono sempre cortado Pelo arranco de um finado, E o baque de um corpo ao mar... Ontem plena liberdade, A vontade por poder... Hoje... cúm'lo de maldade, Nem são livres p'ra morrer.. Prende-os a mesma corrente Férrea, lúgubre serpente Nas roscas da escravidão. E assim zombando da morte, Dança a lúgubre coorte Ao som do açoute... Irrisão!... Senhor Deus dos desgraçados! Dizei-me vós, Senhor Deus, Se eu deliro... ou se é verdade Tanto horror perante os céus?!... Ó mar, por que não apagas Co'a esponja de tuas vagas Do teu manto este borrão? Astros! noites! tempestades! Rolai das imensidades! Varrei os mares, tufão!... meu Deus! mas que bandeira é esta, Que impudente na gávea tripudia? Silêncio. Musa... chora, e chora tanto Que o pavilhão se lave no teu pranto!... Auriverde pendão de minha terra, Que a brisa do Brasil beija e balança, Estandarte que a luz do sol encerra E as promessas divinas da esperança... Tu que, da liberdade após a guerra, Foste hasteado dos heróis na lança Antes te houvessem roto na batalha, Que servires a um povo de mortalha!... Fatalidade atroz que a mente esmaga! Extingue nesta hora o brigue imundo O trilho que Colombo abriu nas vagas, Como um íris no pélago profundo! Mas é infâmia demais!... Da etérea plaga Levantai-vos, heróis do Novo Mundo! Andrada! arranca esse pendão dos ares! Colombo! fecha a porta dos teus mares! Letra do poema disponível em Assista o clipe em com imagens do filme Amistad, realizado por Steven Spielberg e Escute Tragédia no mar (ou O navio negreiro) de Castro Alves, na voz de Paulo Autran disponível em: Assista também o clipe O Navio negreiro de Castro Alves, juntamente com o filme Amistad, ao som de Caetano Veloso OxfRw VI Existe um povo que a bandeira empresta P'ra cobrir tanta infâmia e cobardia!... E deixa-a transformar-se nessa festa Em manto impuro de bacante fria!... Meu Deus!

10 Sob a orientação do professor (a), os alunos devem formar grupos e proceder à escuta e posterior análise do poema, respondendo às seguintes questões: 1 - Qual o sentimento vocês tiveram ao escutarem o poema e qual sentimento o texto deixa transparecer? 2 - Quais as idéias centrais do poema? 3 - O poema permite entender a visão que o poeta Castro Alves tinha a respeito do tráfico de escravos e da escravidão? Comente. 4 - O poema traz uma oposição entre dois momentos da vida do africano. Que oposição é essa? O Navio Negreiro Tragédia em alto Mar é um dos poemas mais conhecidos da literatura brasileira, foi concluído pelo poeta em São Paulo, em Quase vinte anos depois, portanto, da promulgação da Lei Eusébio de Queirós, que proibiu o tráfico de escravos, 4 de setembro de A proibição, no entanto, não vigorou o que levou Castro Alves a se empenhar na denúncia da miséria a que eram submetidos os africanos na cruel travessia oceânica. Para apresentar o poeta e sensibilizar os alunos o professor poderá projetar o vídeo Castro Alves, disponível no portal: sor.mec.gov.br/fichate cnica.html?id= O vídeo apresenta dados da vida de Castro Alves, fazendo referência ao poema Navio Negreiro.

11 1.2 Orientando-se no tempo e no espaço Linha do tempo Observe o organograma. Ele nos mostra as principais leis contra o tráfico negreiro para o Brasil A Inglaterra abole o tráfico em seus domínios coloniais Lei de 1831, que declarava livres os africanos Tratado de Aliança e importados para o Brasil. Amizade com a Grã Bretanha A lei é desobedecida Lei Eusébio de Queiróz, que acaba definitivamente com o Bill Aberdeen tráfico africano para o Brasil Os ingleses aumentam a pressão pela abolição do tráfico. 1850

12 1.3. Por que o tráfico foi instituído? O tráfico de escravos da África para o Brasil foi instituído logo após o início da nossa colonização, no século XVI. Segundo os especialistas, várias foram as razões para isso, dentre as quais podemos citar: a necessidade de mão de obra para substituir os indígenas, a afinidade dos portugueses com os escravos africanos, a crença na inferioridade destes povos, etc. O fato é que, a partir de então milhares de escravizados atravessaram o oceano atlântico para viver em terras brasileiras, num movimento que só viria a cessar por completo em meados do século XIX. Foram, portanto, mais de três séculos de infame comércio, como também era conhecido esse tráfico. Vejamos no mapa abaixo de onde provinham os indivíduos que ajudaram a construir o Brasil com o seu trabalho, sua cultura e sabedoria milenar. Nesse momento o professor poderá dividir os alunos em equipes e com a ajuda de um retroprojetor realizar a elaboração de um mapa, utilizando EVA. Localizar no mapa a rota do tráfico no Atlântico. O mapa abaixo nos mostra como o tráfico a África exportou forçadamente aproximadamente 12 milhões de indivíduos para o restante do mundo, entre os séculos XVI e XIX. Destes, cerca de 5 milhões foram enviados para o Brasil. Haviam diversas rotas que os navios negreiros seguiam da África para as Américas. Observe o mapa e responda:

13 Fonte: livro didático público de história acesso em 26/07/2011 Mapa rotas do comércio de escravos negros entre a América e a África 1- Que portos recebiam os navios negreiros e em que atuais estados dos Brasil eles estão situados? 2- Em que regiões do Brasil mais se concentrava a população escrava? 3- De que regiões da África saíam e para onde iam os escravos africanos? 4- Como se iniciou o tráfico negreiro pelo Atlântico? Os escravos africanos vinham, sobretudo, de duas grandes regiões. A primeira delas fica localizada ao sul do Saara e é mais conhecida como Costa do Marfim. De lá provinham os escravos sudaneses. Já a segunda região compreende a África central, na região do Congo, Angola e também de Moçambique, onde viviam os negros bantos.

14 1.4. Quem eram os traficantes de escravos? O comércio de gente era feito através de uma poderosa rede de colaboradores na África e no Brasil. Dela participavam indivíduos de diferentes condições sociais, sendo os magnatas do negócio os traficantes de maior prestígio e poder. Em geral, estes possuíam muitas propriedades e desfrutavam de muito prestígio social, sendo por vezes agraciados com títulos de nobreza. Os grandes traficantes eram os responsáveis pelo comércio de grande porte. Eles financiavam as travessias marítimas e revendiam parte de suas cargas para traficantes de menor cabedal, que por sua vez os redistribuíam pelo mercado nas cidades e também nas propriedades rurais. Tratava-se de um comércio extremamente lucrativo, que em muitos casos oferecia lucros superiores a 1.000% do que era investido. Francisco Félix de Sousa ( ) é considerado o maior traficante de escravos brasileiro. Radicou-se em África por volta de 1800, vindo a se tornar um dos principais fornecedores de cativos. Ao morrer, aos 94 anos de idade, Xaxá, como era conhecido, deixou 53 mulheres, 80 filhos, 12 mil escravos e inúmeros agregados. /250px- Francisco_F%C3%A9lix_de_So uza.jpg

15 1.5. A Escravidão Africana Quando os portugueses e demais europeus aportaram em costas africanas, a escravidão já era praticada naquele continente. Contudo, as razões pelas quais alguém podia ser escravizado eram bem diferentes da chamada escravidão moderna cujo foco central era a obtenção de riquezas. Documento 1 A escravidão na África Desde os tempos mais antigos, alguns homens escravizavam outros homens, que não eram vistos como seus semelhantes, mas sim como inimigos e inferiores. A maior fonte de escravos sempre foram as guerras, com os prisioneiros sendo postos a trabalhar ou sendo vendidos pelos vencedores. Mas um homem podia perder seus direitos de membro da sociedade por outros motivos, como a condenação por transgressão e crimes cometidos e impossibilidade de pagar dívidas, ou mesmo de sobreviver independentemente por falta recursos. (...) Se considerarmos a escravidão como: situação na qual a pessoa não pode transitar livremente nem pode escolher o que vai fazer, tendo, pelo contrário, de fazer o que manda o seu senhor; situação na qual o escravo não é visto como membro completo da sociedade em que vive, mas como ser inferior e sem direitos, então a escravidão existiu em muitas sociedades africanas bem antes de os europeus começarem a traficar escravos pelo oceano Atlântico. (...) SOUZA, Marina de Melo e, África e Brasil africano. São Paulo: Ática, p. 47. Após a leitura do texto e do documento responda as seguintes questões: 1 - O que caracteriza a escravidão de uma pessoa? 2 - Levantem hipóteses do que significa a escravidão do ponto de vista do escravizado. 3- Embora a escravidão existisse na África, os escravos só se tornaram mercadoria a partir da conquista européia. Reflita sobre isso e debata com seus colegas: que diferenças existiam entre o escravo que vivia no local onde

16 nasceu e o escravo transformado em mercadoria e vendido em uma terra estrangeira. 5 - Ainda hoje existem denuncias de trabalho escravo em nosso país, inclusive infantil. Procure reportagens e artigos em jornais e revistas sobre essa realidade. Anote a situação onde e quando isso acontece. 6 - Pesquise sobre as punições previstas em lei, para quem utiliza a mão de obra escrava no Brasil atualmente A travessia atlântica De um modo geral, a travessia entre a costa africana e a costa brasileira durava em média 40 (quarenta) dias. Dentro dos tumbeiros, como eram chamados os navios negreiros, os escravizados passavam as mais diversas privações, sendo muitas as mortes por conta de doenças, fome e desnutrição. Nesta imagem, o pintor Rugendas retrata o interior de um negreiro. Analisemos a imagem: Documento 1 Negros no porão de navios (Rugendas) Fonte: - acesso em 26/07/2011

17 Documento 3 O Tráfico Negreiro Embarcam-se, anualmente, cerca de negros da Costa da áfrica, unicamente para o Brasil, e é raro chegarem a seu destino mais de 80 a 90 mil. Perde-se, portanto, cerca de 1/3 durante uma travessia de dois meses e meio a 3 meses. Reflita-se sobre a impressão cruel do negro diante da separação violenta de tudo que lhe é caro, sobre os efeitos do mais profundo abatimento ou a mais terrível exaltação de espírito unidos às privações do corpo e aos sofrimentos da viagem, e nada terão de estranhos tão incríveis resultados. Esses são amontoados num compartimento cuja altura raramente ultrapassa 5 pés. Esse cárcere ocupa todo o comprimento e a largura do porão do navio; aí são eles reunidos em número de 200 a 300 de modo que para cada homem adulto se reserva apenas um espaço de 5 pés cúbicos. Certos relatórios oficiais apresentados ao parlamento, a respeito do tráfico no Brasil permitem afirmar que no porão de muitos navios o espaço disponível para cada indivíduo se reduz a 4 pés. Os escravos são aí amontoados de encontro às paredes do navio e em torno do mastro, onde quer que haja lugar para uma criatura humana, e qualquer que seja a posição que se lhe faça tomar, aproveita-se. O mais das vezes, as paredes comportam, a meia altura, uma espécie de prateleira de madeira sobre a qual jaz uma segunda camada de corpos humanos. Todos, principalmente, nos primeiros tempos de travessia, têm algemas nos pés e nas mãos e são presos uma aos outros por uma comprida corrente. Acrescentamos a essa deplorável situação, o calor ardente do Equador, as fúrias das tempestades e a alimentação, a que não estão acostumados, de feijão e carne salgada, a falta d água, finalmente, conseqüência quase sempre inevitável da cobiça em virtude da qual se aproveita o menor espaço para tornar a carga mais rica, e teremos a razão da enorme mortalidade a bordo dos navios negreiros. Às vezes acontece ficar um cadáver vários dias entre os vivos. A falta d água é a causa mais freqüente das revoltas dos negros; mas, ao menor sinal de sedição, não se distingue ninguém; fazem-se impiedosas descargas de fuzil nesse antro atravancado de homens, mulheres e crianças. Acontece que, desvairados pelo desespero, os negros furiosos se atiram contra seus companheiros ou rasgam em pedaços seus próprios membros. (Fonte: Johann-Moritz Rugendas. Viagem pitoresca através do Brasil, São Paulo, Martins-EDUSP, P. 136.) Documento 2 Mercado na rua do Valongo (Debret.) Os africanos desembarcados no Brasil eram conservados nos mercados à espera de compradores Fonte: 28Rio_de_Janeiro%29 - acesso em 26/07/2011 Documento 4 O desenho anônimo mostra uma visão esquemática do navio negreiro (Fonte pa/quem-conta-um-conto acesso em 25/07/2011)

18 1.7. Os tipos de escravos O escravo recém-chegado, que desconhecia o Brasil e seus costumes, era apelidado de boçal. Este era facilmente reconhecido pelo fato de não falar o português e também trazer marcas tribais no corpo. Já aqueles que haviam se adaptado à nova terra, pois estavam aqui há algum tempo, recebiam o apelido de ladino. Falavam bem nossa língua e conheciam nossos costumes, podendo transitar entre o mundo africano e a sociedade local. Os africanos e ladinos, por sua vez, se distinguiam dos escravos crioulos, os quais eram assim chamados por terem nascido aqui no Brasil. Em geral, estes desconheciam o mundo africano e estavam mais próximo dos costumes da sociedade local. Na gravura abaixo, o artista Debret retratou diferentes povos africanos: Fonte: Debret. Jean Baptiste. Viagem Pitoresca e Histórica ao Brasil. São Paulo: Livraria Martins Editora, vols. Outro fator bastante importante na organização do tráfico era o fato de os traficantes misturarem diferentes etnias, ou seja, povos com costumes diferentes e até rivais uns dos outros. Tal prática servia para estabelecer rivalidades entre os escravizados, dificultando assim sua união contra os opressores.

19 1.8. Sistematizando conhecimentos Após lerem o texto e analisarem as imagens e documentos que relatam como eram as viagens nos navios negreiros o professor poderá formar grupos e lançar o desafio de enfrentar o mar, com a proposta de elaborarem um diário de bordo, descrevendo uma viagem realizada em um tumbeiro. - O diário de bordo deverá conter detalhes das viagens e do tráfico desde o aprisionamento feito na África, o porto para onde os cativos eram levados e a partir daí trocados por diversos produtos com os traficantes europeus, o batismo, a mercadoria jogada ao mar, o Valongo, local onde os negros eram vendidos e leiloados, não esquecendo de relatar os sentimentos diante desses acontecimentos. O grupo determinará o ano mas o século deverá ser o XIX. - O professor poderá ainda orientá-los com as seguintes sugestões: Comecem a sua viagem partindo da África, observe no mapa sobre as rotas do comércio de escravos negros entre a América e a África e escolha um dos portos para a partida, a rota de viagem e o porto de chegada. Cada componente do grupo poderá imaginar-se numa função como: capitão, tripulação, escravo e outros para melhor caracterizar as ações do diário. Não se esqueçam de descrever os fenômenos metereólogicos ocorridos durante a viagem. Incentive os grupos a criar essa grande aventura e depois peça que exponham para a classe. Recolha os textos produzidos pelos grupos e analise-os para avaliar as dificuldades e os avanços Por que o tráfico acabou em 1850? Em meados do século XVIII, a escravidão moderna começou a ser combatida por indivíduos que a consideravam um crime contra a humanidade. A Inglaterra foi a nação que mais se empenhou no combate ao fim do tráfico de escravos africanos para outras partes do mundo. Alegando razões

20 humanitárias, os ingleses procuraram pressionar os governos de diversos países a fechar acordos para a abolição do comércio humano. Por sua vez, os traficantes de escravos e os defensores do tráfico e da escravidão alegavam que os ingleses estavam interessados em se apossar das riquezas da África, além de explorar a mão de obra que era até então direcionada para o tráfico. Como nação mais poderosa do mundo na época, os britânicos pressionaram Portugal e depois o Brasil a abolir o tráfico. Os acordos começaram ser firmados quando da vinda da Corte portuguesa para o Brasil, em 1808, no contexto das guerras napoleônicas. E continuaram quando se deu a independência, tendo o Imperador D. Pedro I se comprometido a acabar com o tráfico em Contudo, essa lei jamais foi cumprida e o que se viu foi o aumento do número de escravos traficados para nossas províncias, como podemos perceber na tabela abaixo: Segundo o historiador britânico Leslie Bethell, além das considerações de ordem moral, a Grã- Bretanha tinha fortes razões econômicas para adotar tal política. Privados os plantadores de açúcar das Antilhas Britânicas do seu suprimento regular de mãode-obra barata, era importante que os seus rivais, principalmente Cuba e o Brasil, que já gozavam de muitas vantagens sobre eles, ficassem colocados no mesmo pé, pelo menos nesse ponto. E, se o continente africano ia se transformando num mercado para produtos manufaturados e numa fonte de matérias primas (além de ser civilizado e cristianizado ), como muitos, na Grã-Bretanha, esperavam, era essencial que se fizessem todos os esforços para precipitar a total destruição do tráfico Fonte BETHELL, Leslie. A abolição do tráfico de escravos para o Brasil. Tradução de Vera Nunes Neves Pedroso. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1976, p.368 BETHELL, Leslie. A abolição do tráfico de escravos para o Brasil. Tradução de Vera Nunes Neves Pedroso. Rio de Janeiro: Expressão e Cultura; São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 1976, p. 37.

21 O tráfico só cessou quando os ingleses acirram a política de repressão aos negreiros brasileiros. Em 8 de agosto de 1845 o governo britânico decretou o Bill Aberdeen, Esta lei considerava pirataria o tráfico negreiro e permitia buscas e detenções em alto mar de navios brasileiros considerados suspeitos de traficar escravos. O comandante e os membros da tripulação seriam julgados em tribunais britânicos. A partir da crescente pressão britânica e motivados pelas constantes ameaças de uma africanização da sociedade brasileira - haja vista que os negros era maioria esmagadora da população-, os políticos resolveram agir. Em 4 de setembro de 1850, o governo finalmente aprovou a Lei nº 581, mais conhecida como Lei Eusébio de Queiroz, que proibia definitivamente o tráfico de escravos africanos para o Brasil. Desta feita, o governo imperial envidou todos os esforços para reprimir as ações dos traficantes. Alguns desembarques até chegaram a serem feitos em praias isoladas do extenso litoral brasileiro. Contudo, a repressão foi exemplar e o tráfico não revigorou. Alguns traficantes transferiram-se do Brasil para outros países; enquanto que outros redirecionaram o capital investido no tráfico para outras atividades comerciais. almas. Assim, depois de mais trezentos anos chegava ao fim o comércio de

22 1.10. Século XXI: o tráfico de seres humanos não acabou! Você sabia que ainda nos dias de hoje o tráfico de seres humanos é realidade? Sim, a cada ano milhares de pessoas são traficadas em todo o mundo. Contudo, as razões que motivam esse crime são outras, como se pode constatar da leitura da reportagem abaixo: CONHEÇA O PERFIL DO TRÁFICO DE SERES HUMANOS NO BRASIL Mulheres jovens (entre 18 e 21 anos), solteiras e de baixa escolaridade são as principais vítimas das redes internacionais de tráfico de seres humanos que operam no Brasil. Os aliciadores, por sua vez, são majoritariamente homens entre 31 a 40 anos, com bom grau de instrução e relações estáveis. Estas informações fazem parte de um levantamento inédito sobre o tráfico de seres humanos no Brasil, realizado por um projeto do Escritório das Nações Unidas contra Drogas e Crime (UNODC) com o Ministério da Justiça. Iniciado em agosto de 2003, o projeto visa capacitar operadores de direito e funcionários públicos que lidam com esta questão, formar um banco de dados sobre o tema e produzir uma campanha nacional de conscientização do problema. A pesquisa foi realizada nos estados de Goiás, Ceará, Rio de Janeiro e São Paulo, tendo como base informações de 22 processos judiciais e 14 inquéritos policiais instaurados entre janeiro de 2000 e dezembro de Goiás e Ceará foram escolhidos por já terem sido identificados como importantes pontos de origem das vítimas dessa atividade criminosa no Brasil. Rio e São Paulo, com seus aeroportos internacionais, são as principais portas de saída dessas vítimas. Perfil - O baixo nível de escolaridade das vítimas influi na decisão das vítimas, pois muitas são aliciadas por falsas promessas de emprego e de melhoria nas condições de vida. Entretanto, parte das vítimas é formada por profissionais do sexo que entram em contato com as redes de tráfico por meio dessa atividade. Outra constatação é a de que parte dos agentes responsáveis pelos casos considera este crime menos importante que o tráfico de drogas ou contrabando de armas, apesar de serem atividades criminosas interligadas. Grande parte dos aliciadores é composta por empresários que atuam em diferentes negócios, como casas de shows, comércio, agências de encontro, bares, agências de turismo e salões de beleza. O bom nível de escolaridade dos réus se explica pelo fato de que eles necessitam estabelecer conexões em diferentes países e transitar fora do Brasil. Os países latinos (Espanha, Itália e Portugal) são os principais destinos das vítimas, que também são enviadas para a Suíça, Israel, França, Japão e Estados Unidos. Panorama global - O UNODC estima que o tráfico de seres humanos movimenta anualmente cerca de US$ 7 bilhões a US$ 9 bilhões, sendo que o lucro por cada pessoa traficada pode chegar a US$ 30 mil. Numa escala global, as principais vítimas são as mulheres (principalmente as jovens), crianças e adolescentes. Segundo relatório do governo norte-americano, entre 800 e 900 mulheres brasileiras são levadas para fora do país por aliciadores a cada ano. Brasília, 19 de maio de 2004 UNDOC Fonte: Acessado em 27 de julho de 2011.

23 A partir da leitura e analise da reportagem os alunos devem responder as seguintes questões: 1 O que motiva o tráfico de seres humanos nos dias de hoje? 2- Qual o perfil das pessoas traficadas? 3-Aponte semelhanças e diferenças entre o tráfico dos africanos e o tráfico humano atual. 4 Qual a sua opinião sobre as atitudes tomadas pelo governo brasileiro para combater o tráfico humano nos dias atuais. De sugestões de atitudes que você acha que poderiam ser tomadas. 5 - Existe na região em que você mora algum tipo de trabalho que se assemelhe as situações citadas nas reportagens acima. Comente Atividade: A história vai ao cinema Reúna a turma para uma sessão de cinema. Exiba o filme Amistad, de Steven Spielberg. Baseado em fatos reais relata a história de um grupo de escravos africanos que se rebela e se apodera do controle do navio que os transporta e tenta retornar à sua terra de origem. Fonte: interfilmes.com/filme_1257 7_Amistad-(Amistad).html acesso em 26/07/2011 Elabore um roteiro de questões para que os alunos, reunidos em grupos, descrevam e debatam suas percepções do filme e dos fatos históricos.

24 Exemplo: - Você conhece ou já ouviu falar de filmes que abordam o mesmo assunto? - Você assimilou/ aprendeu alguma coisa com este filme? O quê? - Algum elemento do filme não foi compreendido? - Do que você mais gostou neste filme? Por quê? - Todos os eventos retratados no filme são verdadeiros? Descreva as cenas que você achou especialmente bem coerentes e fiéis à realidade. Quais sequências que parecem menos realistas? Por quê? - Há uma sequência no filme em que Cinque conta sua história desde quando vivia na África até a captura, do cativeiro, da travessia do Atlântico nos navios negreiros. Relacione com o que foi estudado sobre a escravidão africana, a travessia do Atlântico e o poema de Castro Alves Navio Negreiro. - Como o filme mostra o papel dos escravos na luta para a libertação? - E o papel do governo? Por que havia um empenho tão grande por parte da Inglaterra para libertar os escravos? Em seguida, promova um debate a partir das questões trabalhadas no filme e as questões mais gerais abordadas durante a unidade temática. Dica: O professor (a) poderá ter mais informações de como trabalhar o cinema em sala de aula no livro NAPOLITANO, Marcos. Como usar o cinema na sala de aula. São Paulo: Contexto, 2005.

25 1.12. Considerações finais O tráfico de escravos era a mola propulsora do sistema escravista no Brasil. Devido à alta taxa de mortalidade dos escravos bem como a prática da alforria, necessitava-se de novos cativos para ocupar o lugar dos que se libertavam ou morriam. Portanto, era o tráfico que alimentava a crescente procura pela mão de obra nas mais diversas atividades econômicas Com o seu término, o governo e as elites brasileiras tiveram que encaminhar o fim da escravidão em nosso país. E isso foi feito através de lei que visavam libertar os escravos de forma gradual, sempre seguindo a lógica de manterem no cativeiro os escravos em idade produtiva, como se pode perceber do exame das leis do ventre Livre (1871) e Sexagenários (1885). Mas essa já é outra história... Referências: ALENCASTRO, Luiz Felipe de. O trato dos viventes: formação do Brasil no Atlântico Sul séculos XVI e XVII. São Paulo: Cia. das Letras, BETHELL, Leslie. A abolição do tráfico de escravos no Brasil: a Grã-Bretanha, o Brasil e a questão do tráfico de escravos, (trad. port.) São Paulo/Rio de Janeiro, Edusp/Expressão e Cultura, CHALHOUB, Sidney. Visões da liberdade: uma história das últimas décadas da escravidão na Corte. São Paulo: Companhia das Letras, CHESNEAUX, Jean. Devemos fazer tábula rasa do passado? São Paulo: Ática, CONRAD, Robert E. Tumbeiros. O tráfico de escravos para o Brasil. (trad.port.) São Paulo, Brasiliense, FLORENTINO, Manolo Garcia. Em Costas Negras: Uma História do Tráfico Atlântico de Escravos entre a África e o Rio de Janeiro (sécs.xviii-xix). Rio de Janeiro, Arquivo Nacional, GENOVESE, Eugene D. A terra prometida. O mundo que os escravos criaram. Rio de Janeiro: Paz e Terra, GIROUX A. Os professores como intelectuais. Rumo a uma pedagogia crítica da aprendizagem. Porto Alegre: Artes Médicas, HOBSBAWN, Eric. O que os historiadores devem a Karl Marx. In: Sobre História. São Paulo: Companhia das Letras, LARA, Silvia Hunold. Blowin' In the Wind: E. P. Thompson e a experiência negra no Brasil. Projeto História, n. 12, São Paulo, out. de 1995, p LIBBY, Douglas Cole; PAIVA, Eduardo França. A Escravidão no Brasil: relações sociais, acordos e conflitos. São Paulo: Moderna, LOVEJOY, Paul. Escravidão na África: uma História de Suas Transformações. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2002.

26 MARQUESE, Rafael de Bivar. A dinâmica da escravidão no Brasil: resistência, tráfico negreiro e alforrias, séculos XVII a XIX. Novos Estudos - CEBRAP. Nº 74, 2006, pp MATTOS, Hebe Maria. Escravidão e cidadania no Brasil monárquico. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, MATTOSO, Kátia de Queirós. Ser escravo no Brasil. São Paulo: Brasiliense, MONTENEGRO, Antônio Torres. Reinventando a liberdade: a abolição da escravatura no Brasil. São Paulo: Atual, NEVES, Maria de Fátima Rodrigues das. Documentos sobre a escravidão no Brasil. São Paulo: Contexto, OLIVER, Roland. A experiência Africana. Da pré-história aos dias atuais. Rio de Janeiro: Jorge Zahar Ed., 1994 PARANÁ, Secretaria de Estado Da Educação. Diretrizes Curriculares Estaduais para o Ensino de História. Disponível em: Acessado em 21 de agosto de QUEVEDO, Júlio; ORDOÑEZ, Marlene. A Escravidão no Brasil: trabalho e resistência. São Paulo: FTD, REIS, João J. e SILVA, Eduardo. Negociação e conflito: a resistência negra no Brasil escravista. São Paulo: Companhia das Letras, REDIKER, Marcus. O navio negreiro. Uma história humana. São Paulo: Companhia das Letras, RODRIGUES, Jaime. De Costa a Costa: Escravos, Marinheiros e Intermediários do Tráfico Negreiro de Angola ao Rio de Janeiro ( ). São Paulo: Companhia das Letras, Jaime Rodrigues. O infame comércio. Propostas e experiências no final do tráfico de africanos para o Brasil ( ). Campinas, SP: Unicamp/Cecult, SCHMIDT, Maria Auxiliadora e CAINELLI, Marlene. Ensinar História. São Paulo: Scipione, SCHWARTZ, Stuart. Escravos, roceiros e rebeldes. Bauru, SP: Edusc, SILVA, Ricardo Tadeu Caires. Silva, Caminhos e descaminhos da abolição: escravos, senhores e direitos nas últimas décadas da escravidão ( ). Tese de Doutorado. Curitiba, Pr: UFPR, THOMPSON, E. P. Costumes em comum. São Paulo: Companhia das Letras, A Miséria da Teoria ou um planetário de erros: uma crítica ao pensamento de Althusser. RJ, Zahar, FILMOGRAFIA: AMISTAD. Drama: 154 minutos. Ano de Lançamento: (Estados Unidos, 1997). Direção: Steven. BRASIL: UMA HISTÓRIA INCONVENIENTE. (Documentário: BBC/History Channel, 2000). Duração: 46 min. Dir.: Phil Grabsky. COBRA VERDE. Aventura: 111 minutos. Ano de Lançamento: (Alemanha, 1987). Direção: Werner Herzog. O POVO BRASILEIRO. Documentário: 260 minutos. Ano de Lançamento (Brasil, 2000). Direção: Isa Grinspum Ferraz.

O Navio Negreiro Castro Alves

O Navio Negreiro Castro Alves O Navio Negreiro Castro Alves I Stamos em pleno mar... Doudo no espaço Brinca o luar dourada borboleta; E as vagas após ele correm... cansam Como turba de infantes inquieta. Stamos em pleno mar... Do firmamento

Leia mais

Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas

Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas Atividade extra Fascículo 2 História Unidade 4 Sociedades indígenas e sociedades africanas Questão 1 O canto das três raças, de Clara Nunes Ninguém ouviu Um soluçar de dor No canto do Brasil Um lamento

Leia mais

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos

DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69. 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos DANIEL EM BABILÔNIA Lição 69 1 1. Objetivos: Ensinar que devemos cuidar de nossos corpos e recusar coisas que podem prejudicar nossos corpos 2. Lição Bíblica: Daniel 1-2 (Base bíblica para a história e

Leia mais

E alegre se fez triste

E alegre se fez triste Manuel Alegre Manuel Alegre nasceu em 1936 e estudou na Faculdade de Direito de Coimbra, onde participou activamente nas lutas académicas. Cumpriu o serviço militar na guerra colonial em Angola. Nessa

Leia mais

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça

Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Serviço de Rádio Escuta da Prefeitura de Porto Alegre Emissora: Rádio Guaíba Assunto: Entrevista com a primeira dama de Porto Alegre Isabela Fogaça Data: 07/03/2007 14:50 Programa: Guaíba Revista Apresentação:

Leia mais

Festa da Avé Maria 31 de Maio de 2009

Festa da Avé Maria   31 de Maio de 2009 Festa da Avé Maria 31 de Maio de 2009 Cântico Inicial Eu era pequeno, nem me lembro Só lembro que à noite, ao pé da cama Juntava as mãozinhas e rezava apressado Mas rezava como alguém que ama Nas Ave -

Leia mais

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo

História. Programação 3. bimestre. Temas de estudo História Olá, pessoal! Vamos conhecer, entre outros fatos, como era o trabalho escravo no Brasil? CHIQUINHA GONZAGA Programação 3. bimestre Temas de estudo O trabalho escravo na formação do Brasil - Os

Leia mais

Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957.

Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957. Rio de Janeiro, 5 de junho de 2008 IDENTIFICAÇÃO Meu nome é José Guilherme Monteiro Paixão. Nasci em Campos dos Goytacazes, Norte Fluminense, Estado do Rio de Janeiro, em 24 de agosto de 1957. FORMAÇÃO

Leia mais

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012.

MALDITO. de Kelly Furlanetto Soares. Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. MALDITO de Kelly Furlanetto Soares Peça escritadurante a Oficina Regular do Núcleo de Dramaturgia SESI PR.Teatro Guaíra, no ano de 2012. 1 Em uma praça ao lado de uma universidade está sentado um pai a

Leia mais

Deus: Origem e Destino Atos 17:19-25

Deus: Origem e Destino Atos 17:19-25 1 Deus: Origem e Destino Atos 17:19-25 Domingo, 7 de setembro de 2014 19 Então o levaram a uma reunião do Areópago, onde lhe perguntaram: "Podemos saber que novo ensino é esse que você está anunciando?

Leia mais

O menino e o pássaro. Rosângela Trajano. Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava

O menino e o pássaro. Rosângela Trajano. Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava O menino e o pássaro Era uma vez um menino que criava um pássaro. Todos os dias ele colocava comida, água e limpava a gaiola do pássaro. O menino esperava o pássaro cantar enquanto contava histórias para

Leia mais

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria

A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria A Cura de Naamã - O Comandante do Exército da Síria Samaria: Era a Capital do Reino de Israel O Reino do Norte, era formado pelas 10 tribos de Israel, 10 filhos de Jacó. Samaria ficava a 67 KM de Jerusalém,

Leia mais

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação Coordenação de Biblioteca 24 Discurso na solenidade de entrega

Leia mais

SAMUEL, O PROFETA Lição 54. 1. Objetivos: Ensinar que Deus quer que nós falemos a verdade, mesmo quando não é fácil.

SAMUEL, O PROFETA Lição 54. 1. Objetivos: Ensinar que Deus quer que nós falemos a verdade, mesmo quando não é fácil. SAMUEL, O PROFETA Lição 54 1 1. Objetivos: Ensinar que Deus quer que nós falemos a verdade, mesmo quando não é fácil. 2. Lição Bíblica: 1 Samuel 1 a 3 (Base bíblica para a história o professor) Versículo

Leia mais

MESOPOTÂMIA ORIENTE MÉDIO FENÍCIA ISRAEL EGITO PÉRSIA. ORIENTE MÉDIO origem das primeiras civilizações

MESOPOTÂMIA ORIENTE MÉDIO FENÍCIA ISRAEL EGITO PÉRSIA. ORIENTE MÉDIO origem das primeiras civilizações MESOPOTÂMIA FENÍCIA ISRAEL EGITO ORIENTE MÉDIO PÉRSIA ORIENTE MÉDIO origem das primeiras civilizações CIVILIZAÇÕES DA ANTIGUIDADE ORIENTAL Mesopotâmia - Iraque Egito Hebreus Israel Fenícios Líbano Pérsia

Leia mais

o coração ruge como um leão diante do que nos fizeram.

o coração ruge como um leão diante do que nos fizeram. um o coração ruge como um leão diante do que nos fizeram. 11 pois eles tinham coisas para dizer os canários estavam lá, e o limoeiro e a mulher velha com verrugas; e eu estava lá, uma criança e eu tocava

Leia mais

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO. Autor: José Marcos da Silva Instituição: UFF/CMIDS E-mail: mzosilva@yahoo.com.br RESUMO A presente pesquisa tem como proposta investigar a visão

Leia mais

AS VIAGENS ESPETACULARES DE PAULO

AS VIAGENS ESPETACULARES DE PAULO Bíblia para crianças apresenta AS VIAGENS ESPETACULARES DE PAULO Escrito por: Edward Hughes Ilustradopor:Janie Forest Adaptado por: Ruth Klassen O texto bíblico desta história é extraído ou adaptado da

Leia mais

Marketing Educacional como manter e captar novos alunos

Marketing Educacional como manter e captar novos alunos Marketing Educacional como manter e captar novos alunos Baiard Guggi Carvalho Publicitário, consultor em marketing educacional e em tecnologia aplicada à educação N os dias de hoje, se perguntarmos para

Leia mais

Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA

Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA Os negros na formação do Brasil PROFESSORA: ADRIANA MOREIRA ESCRAVIDÃO ANTIGA A escravidão é um tipo de relação de trabalho que existia há muito tempo na história da humanidade. Na Antiguidade, o código

Leia mais

Desafio para a família

Desafio para a família Desafio para a família Família é ideia de Deus, geradora de personalidade, melhor lugar para a formação do caráter, da ética, da moral e da espiritualidade. O sonho de Deus para a família é que seja um

Leia mais

COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO. Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção.

COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO. Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção. COLÉGIO O BOM PASTOR PROF. RAFAEL CARLOS SOCIOLOGIA 3º ANO Material Complementar Módulos 01 a 05: Os modos de produção. Modos de Produção O modo de produção é a maneira pela qual a sociedade produz seus

Leia mais

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de Junho de 2010

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de Junho de 2010 INTERVENÇÃO DO SENHOR PRESIDENTE DA CÂMARA MUNICIPAL DE OEIRAS Dr. Isaltino Afonso Morais Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de Junho de 2010 LOCAL: Figueirinha, Oeiras REALIZADO

Leia mais

Daniel Chaves Santos Matrícula: 072.997.003. Rio de Janeiro, 28 de maio de 2008.

Daniel Chaves Santos Matrícula: 072.997.003. Rio de Janeiro, 28 de maio de 2008. Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro Departamento de Artes & Design Curso de especialização O Lugar do Design na Leitura Disciplina: Estratégia RPG Daniel Chaves Santos Matrícula: 072.997.003

Leia mais

Era uma vez um príncipe que morava num castelo bem bonito e adorava

Era uma vez um príncipe que morava num castelo bem bonito e adorava O Príncipe das Histórias Era uma vez um príncipe que morava num castelo bem bonito e adorava histórias. Ele gostava de histórias de todos os tipos. Ele lia todos os livros, as revistas, os jornais, os

Leia mais

Miscelânea de Tempos Verbais

Miscelânea de Tempos Verbais Miscelânea de Tempos Verbais Leia o texto adaptado do artigo do Brasil para o mundo e preencha as lacunas, conjugando corretamente os verbos entre parênteses: a) Há alguns anos a cachaça (cruzar) as fronteiras

Leia mais

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos.

Indicamos inicialmente os números de cada item do questionário e, em seguida, apresentamos os dados com os comentários dos alunos. Os dados e resultados abaixo se referem ao preenchimento do questionário Das Práticas de Ensino na percepção de estudantes de Licenciaturas da UFSJ por dez estudantes do curso de Licenciatura Plena em

Leia mais

Prova bimestral 4 o ANO 2 o BIMESTRE

Prova bimestral 4 o ANO 2 o BIMESTRE Prova bimestral 4 o ANO 2 o BIMESTRE HISTÓRIA Escola: Nome: Data: / / Turma: Pedro Álvares Cabral foi o comandante da primeira expedição portuguesa que chegou ao território que mais tarde receberia o nome

Leia mais

Transcriça o da Entrevista

Transcriça o da Entrevista Transcriça o da Entrevista Entrevistadora: Valéria de Assumpção Silva Entrevistada: Ex praticante Clarice Local: Núcleo de Arte Grécia Data: 08.10.2013 Horário: 14h Duração da entrevista: 1h COR PRETA

Leia mais

Memórias de um Brasil holandês. 1. Responda: a) Qual é o período da história do Brasil retratado nesta canção?

Memórias de um Brasil holandês. 1. Responda: a) Qual é o período da história do Brasil retratado nesta canção? Material elaborado pelo Ético Sistema de Ensino Ensino fundamental Publicado em 2012 Prova bimestral 3 o Bimestre 4 o ano história Data: / / Nível: Escola: Nome: Memórias de um Brasil holandês Nessa terra

Leia mais

OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA

OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA OLIMPIADAS DE MATEMÁTICA E O DESPERTAR PELO PRAZER DE ESTUDAR MATEMÁTICA Luiz Cleber Soares Padilha Secretaria Municipal de Educação de Campo Grande lcspadilha@hotmail.com Resumo: Neste relato apresentaremos

Leia mais

UMA ESPOSA PARA ISAQUE Lição 12

UMA ESPOSA PARA ISAQUE Lição 12 UMA ESPOSA PARA ISAQUE Lição 12 1 1. Objetivos: Ensinar que Eliézer orou pela direção de Deus a favor de Isaque. Ensinar a importância de pedir diariamente a ajuda de Deus. 2. Lição Bíblica: Gênesis 2

Leia mais

Acorda, seu Zé Preguiça, hoje é domingo. Dia do Senhor. A sua mãe tá passando a roupa que você separou ontem, e o seu café já está pronto, só

Acorda, seu Zé Preguiça, hoje é domingo. Dia do Senhor. A sua mãe tá passando a roupa que você separou ontem, e o seu café já está pronto, só Acorda, seu Zé Preguiça, hoje é domingo. Dia do Senhor. A sua mãe tá passando a roupa que você separou ontem, e o seu café já está pronto, só esperando a sua boa vontade. Felipe tentou voltar a dormir,

Leia mais

Educação Patrimonial Centro de Memória

Educação Patrimonial Centro de Memória Educação Patrimonial Centro de Memória O que é história? Para que serve? Ambas perguntas são aparentemente simples, mas carregam uma grande complexidade. É sobre isso que falarei agora. A primeira questão

Leia mais

As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso

As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso As 10 Melhores Dicas de Como Fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso Nesse artigo quero lhe ensinar a fazer um Planejamento Financeiro Pessoal Poderoso. Elaborei 10 dicas para você fazer um excelente

Leia mais

Cultura Juvenil e as influências musicais: pensando a música afro-brasileira e a sua utilização entre os jovens na escola

Cultura Juvenil e as influências musicais: pensando a música afro-brasileira e a sua utilização entre os jovens na escola Cultura Juvenil e as influências musicais: pensando a música afro-brasileira e a sua utilização entre os jovens na escola Patrícia Cristina de Aragão Araújo 1 Thaís de Oliveira e Silva 2 A escola existe

Leia mais

PROBLEMATIZAÇÃO DA E. M. MARIA ARAÚJO DE FREITAS - GOIÂNIA TEMA GERADOR

PROBLEMATIZAÇÃO DA E. M. MARIA ARAÚJO DE FREITAS - GOIÂNIA TEMA GERADOR PROBLEMATIZAÇÃO DA E M MARIA ARAÚJO DE FREITAS - GOIÂNIA TEMA GERADOR FALAS SIGNIFICATIVAS A violência cresce muito São as drogas e estruturas familiares, porque os pais tem que sair para o trabalho e

Leia mais

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt São Paulo-SP, 05 de dezembro de 2008 Presidente: A minha presença aqui

Leia mais

Zumbi dos Palmares Vida do líder negro Zumbi dos Palmares, os quilombos, resistência negra no Brasil Colonial, escravidão, cultura africana

Zumbi dos Palmares Vida do líder negro Zumbi dos Palmares, os quilombos, resistência negra no Brasil Colonial, escravidão, cultura africana DIA DA CONSCIÊNCIA NEGRA O Dia da Consciência Negra é celebrado em 20 de novembro no Brasil e é dedicado à reflexão sobre a inserção do negro na sociedade brasileira. A data foi escolhida por coincidir

Leia mais

MENSAGEM DE NATAL PM

MENSAGEM DE NATAL PM MENSAGEM DE NATAL PM Boa noite, Como todos sabemos, os últimos 3 anos foram fortemente marcados pela resposta ao colapso financeiro de 2011. Todos sentimos no nosso dia-a-dia as dificuldades e como nos

Leia mais

Meu nome é Rosângela Gera. Sou médica e mãe de uma garotinha de sete anos que é cega.

Meu nome é Rosângela Gera. Sou médica e mãe de uma garotinha de sete anos que é cega. Prezado Editor, Meu nome é Rosângela Gera. Sou médica e mãe de uma garotinha de sete anos que é cega. Gostaria de compartilhar com os demais leitores desta revista, minha experiência como mãe, vivenciando

Leia mais

GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA A

GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA A A GERAÇÃO DO CONHECIMENTO Transformando conhecimentos em valores www.geracaococ.com.br Unidade Portugal Série: 6 o ano (5 a série) Período: MANHÃ Data: 12/5/2010 PROVA GRUPO GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR OS VALORES NA EDUCAÇÃO

A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR OS VALORES NA EDUCAÇÃO A IMPORTÂNCIA DE SE TRABALHAR OS VALORES NA EDUCAÇÃO Eliane Alves Leite Email: li.phn.louvoregloria@hotmail.com Fernanda Cristina Sanches Email: fer_cristina2007@hotmail.com Helena Aparecida Gica Arantes

Leia mais

BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL)

BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL) BANDEIRAS EUROPÉIAS: CORES E SÍMBOLOS (PORTUGAL) Resumo A série apresenta a formação dos Estados europeus por meio da simbologia das cores de suas bandeiras. Uniões e cisões políticas ocorridas ao longo

Leia mais

Juniores aluno 7. Querido aluno,

Juniores aluno 7. Querido aluno, Querido aluno, Por acaso você já se perguntou algumas destas questões: Por que lemos a Bíblia? Suas histórias são mesmo verdadeiras? Quem criou o mundo? E o homem? Quem é o Espírito Santo? Por que precisamos

Leia mais

Relações Étnico-raciais no Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Ementa da Disciplina. Teleaula 1. Conceitos Básicos.

Relações Étnico-raciais no Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana. Ementa da Disciplina. Teleaula 1. Conceitos Básicos. Relações Étnico-raciais no Ensino de História e Cultura Afro-brasileira e Africana Teleaula 1 Profa. Dra. Marcilene Garcia de Souza Grupo Uninter Ementa da Disciplina Contextos e conceitos históricos sobre

Leia mais

Período Joanino 1808-1821

Período Joanino 1808-1821 Período Joanino 1808-1821 Bloqueio Continental - 1806 Tratado de Fontainebleau - 1807 Guerras Napoleônicas Fatores Motivadores Invasão das tropas Napoleônicas - Espanha Invasão das tropas Napoleônicas

Leia mais

1º Domingo de Agosto Primeiros Passos 02/08/2015

1º Domingo de Agosto Primeiros Passos 02/08/2015 1º Domingo de Agosto Primeiros Passos 02/08/2015 JESUS ESTÁ COMIGO QUANDO SOU DESAFIADO A CRESCER! OBJETIVO - Saber que sempre que são desafiados a crescer ou assumir responsabilidades, Jesus está com

Leia mais

Alegoria da Caverna. Platão

Alegoria da Caverna. Platão Alegoria da Caverna Platão Imagina homens que vivem numa espécie de morada subterrânea em forma de caverna, que possui uma entrada que se abre em toda a largura da caverna para a luz; no interior dessa

Leia mais

AUTO DE NATAL OUTRO NATAL

AUTO DE NATAL OUTRO NATAL AUTO DE NATAL OUTRO NATAL Escrito em conjunto com Cristina Papa para montagem pelo curso Técnico Ator 2007/2008 do SENAC Araraquara-SP, sob supervisão do professor Carlos Fonseca. PERSONAGENS: CORO / NARRADORES

Leia mais

A escola para todos: uma reflexão necessária

A escola para todos: uma reflexão necessária A escola para todos: uma reflexão necessária Área: Inclusão Selecionador: Maria da Paz de Castro Nunes Pereira Categoria: Professor A escola para todos: uma reflexão necessária A escola é, por excelência,

Leia mais

eunice arruda - poesias alguns (poemas selecionados de eunice arruda)

eunice arruda - poesias alguns (poemas selecionados de eunice arruda) eunice arruda - poesias alguns (poemas selecionados de eunice arruda) propósito Viver pouco mas viver muito Ser todo o pensamento Toda a esperança Toda a alegria ou angústia mas ser Nunca morrer enquanto

Leia mais

30/09/2008. Entrevista do Presidente da República

30/09/2008. Entrevista do Presidente da República Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, em conjunto com o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, com perguntas respondidas pelo presidente Lula Manaus-AM,

Leia mais

Marxismo e Ideologia

Marxismo e Ideologia Rita Vaz Afonso 1 FBAUL, 2010 Marxismo e Ideologia 1 rita.v.afonso@gmail.com. O trabalho responde à disciplina semestral de Cultura Visual I do primeiro ano da Faculdade de Belas Artes da Universidade

Leia mais

COMUNIDADE DO TAQUARAL

COMUNIDADE DO TAQUARAL COMUNIDADE DO TAQUARAL Histórico Taquaral, localizada na região da morraria era uma sesmaria, que originou aos primeiros tempos da fundação da então Vila Maria do Paraguai. É um povoado antigo e tradicional,

Leia mais

DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL

DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL DICA PEDAGÓGICA EDUCAÇÃO INFANTIL 1. TÍTULO DO PROGRAMA As Letrinhas Mágicas. 2. EPISÓDIO(S) TRABALHADO(S) Ideias Lunáticas. 3. SINOPSE DO(S) EPISÓDIO(S) ESPECÍFICO(S) O episódio Ideias Lunáticas faz parte

Leia mais

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE

SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE SIGNIFICADOS ATRIBUÍDOS ÀS AÇÕES DE FORMAÇÃO CONTINUADA DA REDE MUNICIPAL DE ENSINO DO RECIFE/PE Adriele Albertina da Silva Universidade Federal de Pernambuco, adrielealbertina18@gmail.com Nathali Gomes

Leia mais

MINERAÇÃO NO BRASIL A DESCOBERTA E EXPLORAÇÃO DO OURO E DO DIAMANTE

MINERAÇÃO NO BRASIL A DESCOBERTA E EXPLORAÇÃO DO OURO E DO DIAMANTE A DESCOBERTA E EXPLORAÇÃO DO OURO E DO DIAMANTE O início da mineração no Brasil; Mudanças sociais e econômicas; Atuação da Coroa portuguesa na região mineira; Revoltas ocorridas pela exploração aurífera;

Leia mais

POR QUE O MEU É DIFERENTE DO DELE?

POR QUE O MEU É DIFERENTE DO DELE? POR QUE O MEU É DIFERENTE DO DELE? Rafael chegou em casa um tanto cabisbaixo... Na verdade, estava muito pensativo. No dia anterior tinha ido dormir na casa de Pedro, seu grande amigo, e ficou com a cabeça

Leia mais

Rica. Eu quero ser... Especial ???????? Luquet. Um guia para encontrar a rota da prosperidade. Apoio: por Mara. Elas&Lucros

Rica. Eu quero ser... Especial ???????? Luquet. Um guia para encontrar a rota da prosperidade. Apoio: por Mara. Elas&Lucros ???????? Apoio: Rica Eu quero ser... Um guia para encontrar a rota da prosperidade por Mara Luquet 81 Era uma vez... Era uma vez uma princesa, dessas que passeiam pelos campos e bosques e são muito bonitas

Leia mais

1º Domingo de Julho Conexão Kids -05/07/2015

1º Domingo de Julho Conexão Kids -05/07/2015 1º Domingo de Julho Conexão Kids -05/07/2015 Sinalizar o Amor de Deus através da obediência e do respeito! Objetivo: Mostrar a importância de respeitar as regras e obedecer aos pais e responsáveis. Reforçar

Leia mais

OS SENTIDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA CONTEMPORANEIDADE Amanda Sampaio França

OS SENTIDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA CONTEMPORANEIDADE Amanda Sampaio França OS SENTIDOS DA EDUCAÇÃO DE JOVENS E ADULTOS NA CONTEMPORANEIDADE Amanda Sampaio França amandi'a_07@hotmail.com Jaqueline dos Santos Costa santoscosta_jaqueline@hotmail.com Mirsa Gabriela gabiflorosa@hotmail.com

Leia mais

DATAS COMEMORATIVAS. CHEGADA DOS PORTUGUESES AO BRASIL 22 de abril

DATAS COMEMORATIVAS. CHEGADA DOS PORTUGUESES AO BRASIL 22 de abril CHEGADA DOS PORTUGUESES AO BRASIL 22 de abril Descobrimento do Brasil. Pintura de Aurélio de Figueiredo. Em 1500, há mais de 500 anos, Pedro Álvares Cabral e cerca de 1.500 outros portugueses chegaram

Leia mais

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios.

Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios. Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. Empreenda! 9ª Edição Roteiro de Apoio ao Plano de Negócios Caro (a) aluno (a), Preparamos este roteiro para ajudá-lo (a) a desenvolver o seu Plano de Negócios. O Plano de Negócios deverá ter no máximo

Leia mais

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE

A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE A QUESTÃO ÉTNICO-RACIAL NA ESCOLA: REFLEXÕES A PARTIR DA LEITURA DOCENTE Kallenya Kelly Borborema do Nascimento 1 Universidade Estadual da Paraíba (UEPB) E-mail: kallenyakelly2@hotmail.com Patrícia Cristina

Leia mais

Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de

Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de Israel por um período de seis anos (Jz 2:7 ). Jefté viveu em Gileade e foi

Leia mais

DESIGN DE MOEDAS ENTREVISTA COM JOÃO DE SOUZA LEITE

DESIGN DE MOEDAS ENTREVISTA COM JOÃO DE SOUZA LEITE DESIGN DE MOEDAS ENTREVISTA COM JOÃO DE SOUZA LEITE Por Sérgio Cohn Sergio Cohn: Como foram as suas experiências na criação de cédulas ao lado do Aloísio Magalhães? João de Souza Leite: Eu tive duas experiências

Leia mais

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br

O céu. Aquela semana tinha sido uma trabalheira! www.interaulaclube.com.br A U A UL LA O céu Atenção Aquela semana tinha sido uma trabalheira! Na gráfica em que Júlio ganhava a vida como encadernador, as coisas iam bem e nunca faltava serviço. Ele gostava do trabalho, mas ficava

Leia mais

Resumo da dissertação de mestrado do Professor César Vicente da Costa. Da Escola Estadual Padre Ezequiel Ramin, Juina-MT.

Resumo da dissertação de mestrado do Professor César Vicente da Costa. Da Escola Estadual Padre Ezequiel Ramin, Juina-MT. Resumo da dissertação de mestrado do Professor César Vicente da Costa. Da Escola Estadual Padre Ezequiel Ramin, Juina-MT. O FACEBOOK COMO ESPAÇO DE CIRCULAÇÃO E SOCIALIZAÇÃO DE TEXTOS DE UMA TURMA DO 9º

Leia mais

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele

Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele O Plantador e as Sementes Era uma vez, numa cidade muito distante, um plantador chamado Pedro. Ele sabia plantar de tudo: plantava árvores frutíferas, plantava flores, plantava legumes... ele plantava

Leia mais

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION LIÇÕES DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS - 3 ano Semana de 23 a 27 de março de 2015.

COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION LIÇÕES DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS - 3 ano Semana de 23 a 27 de março de 2015. COLÉGIO NOSSA SENHORA DE SION LIÇÕES DE MATEMÁTICA E CIÊNCIAS - 3 ano Semana de 23 a 27 de março de 2015. Leia o texto a seguir para realizar as lições de Matemática da semana. Os alunos do 3º ano foram

Leia mais

BOM DIA DIÁRIO. Guia: Em nome do Pai

BOM DIA DIÁRIO. Guia: Em nome do Pai BOM DIA DIÁRIO Segunda-feira (04.05.2015) Maria, mãe de Jesus e nossa mãe Guia: 2.º Ciclo: Padre Luís Almeida 3.º Ciclo: Padre Aníbal Afonso Mi+ Si+ Uma entre todas foi a escolhida, Do#- Sol#+ Foste tu,

Leia mais

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV

Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV Top Guia In.Fra: Perguntas para fazer ao seu fornecedor de CFTV 1ª Edição (v1.4) 1 Um projeto de segurança bem feito Até pouco tempo atrás o mercado de CFTV era dividido entre fabricantes de alto custo

Leia mais

coleção Conversas #11 - agosto 2014 - n a h u e s Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça.

coleção Conversas #11 - agosto 2014 - n a h u e s Respostas perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. coleção Conversas #11 - agosto 2014 - Não quero s o a negra a m e pr s s eu e n ta min Respostas r pais. So perguntas para algumas que podem estar passando pela sua cabeça. h u a n ra a m cis o t r a a?

Leia mais

Carta de Paulo aos romanos:

Carta de Paulo aos romanos: Carta de Paulo aos romanos: Paulo está se preparando para fazer uma visita à comunidade dos cristãos de Roma. Ele ainda não conhece essa comunidade, mas sabe que dentro dela existe uma grande tensão. A

Leia mais

APRENDENDO NOS MUSEUS. Exposição no Bloco do estudante: O brinquedo e a rua: diálogos

APRENDENDO NOS MUSEUS. Exposição no Bloco do estudante: O brinquedo e a rua: diálogos APRENDENDO NOS MUSEUS Exposição no Bloco do estudante: O brinquedo e a rua: diálogos Este material foi desenvolvido a fim de ajudar alunos e professores a tirar maior proveito de suas experiências museais.

Leia mais

Habilidades e competências no Cuidado à pessoa idosa. Karla Giacomin, MD, PhD

Habilidades e competências no Cuidado à pessoa idosa. Karla Giacomin, MD, PhD Habilidades e competências no Cuidado à pessoa idosa Karla Giacomin, MD, PhD Roteiro Seminário Preâmbulo Envelhecimento ativo Cuidado Habilidades e competências Ferramentas da gestão 2003 Estatuto do

Leia mais

Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho

Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho Futuro Profissional um incentivo à inserção de jovens no mercado de trabalho SOUSA, Pedro H. 1 Palavras-chave: Mercado de Trabalho, Formação Acadêmica, Empreendedorismo. Introdução: O mercado de trabalho

Leia mais

DEUS DA FAMÍLIA ISRC BR MKP 1300081 Ivan Barreto (MK Edições)

DEUS DA FAMÍLIA ISRC BR MKP 1300081 Ivan Barreto (MK Edições) DEUS DA FAMÍLIA ISRC BR MKP 1300081 Ivan Barreto (MK Edições) Sei que em minha casa estás Sempre cuida do meu lar O Senhor é o meu pastor e nada vai faltar Pois sei que tu és fiel, tu és fiel a mim Sei

Leia mais

Direitos Humanos em Angola: Ativista é detido na entrada do Parlamento

Direitos Humanos em Angola: Ativista é detido na entrada do Parlamento Direitos Humanos em Angola: Ativista é detido na entrada do Parlamento por Por Dentro da África - quinta-feira, outubro 15, 2015 http://www.pordentrodaafrica.com/noticias/direitos-humanos-em-angola-ativista-e-detido-na-entrada-doparlamento

Leia mais

coleção Conversas #9 - junho 2014 - m i o o Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça.

coleção Conversas #9 - junho 2014 - m i o o Respostas que podem estar passando para algumas perguntas pela sua cabeça. sou Eu Por do que coleção Conversas #9 - junho 2014 - Candomblé. tã estou sen d o o discri m i na da? Respostas para algumas perguntas que podem estar passando pela sua cabeça. A Coleção CONVERSAS da Editora

Leia mais

LIÇÃO 2 AMOR: DECIDIR AMAR UNS AOS OUTROS

LIÇÃO 2 AMOR: DECIDIR AMAR UNS AOS OUTROS LIÇÃO 2 AMOR: DECIDIR AMAR UNS AOS OUTROS RESUMO BÍBLICO I João 4:7-21; Jo 13:35 Tudo começou com o amor de Deus por nós. Ele nos amou primeiro e nós precisamos responder a isso. Ele provou seu amor, através

Leia mais

TIPOS DE RELACIONAMENTOS

TIPOS DE RELACIONAMENTOS 68 Décima-Segunda Lição CONSTRUINDO RELACIONAMENTOS DE QUALIDADE Quando falamos de relacionamentos, certamente estamos falando da inter-relação de duas ou mais pessoas. Há muitas possibilidades de relacionamentos,

Leia mais

7 - Romantismo. Gerações Poéticas do Romantismo

7 - Romantismo. Gerações Poéticas do Romantismo 7 - Romantismo O final do século XVIII foi marcado pela revolução francesa, pela revolução industrial, pela independência dos EUA, enfim, foi um período de intensas transformações que contribuíram para

Leia mais

A OFERTA DE UM REI (I Crônicas 29:1-9). 5 - Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR?

A OFERTA DE UM REI (I Crônicas 29:1-9). 5 - Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR? A OFERTA DE UM REI (I Crônicas 29:1-9). 5 - Quem, pois, está disposto a encher a sua mão, para oferecer hoje voluntariamente ao SENHOR? Esse texto é um dos mais preciosos sobre Davi. Ao fim de sua vida,

Leia mais

18/11/2005. Discurso do Presidente da República

18/11/2005. Discurso do Presidente da República Discurso do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, na cerimônia de entrega de certificado para os primeiros participantes do programa Escolas-Irmãs Palácio do Planalto, 18 de novembro de 2005

Leia mais

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro

Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Rio de Janeiro Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu Mestrado Profissional em Ensino de Ciências Campus Nilópolis Ana Paula Inacio Diório AS MÍDIAS

Leia mais

CADERNO DE EXERCÍCIOS 3F

CADERNO DE EXERCÍCIOS 3F CADERNO DE EXERCÍCIOS 3F Ensino Médio Ciências Humanas Questão Conteúdo Habilidade da Matriz da EJA/FB 1 Movimentos Sociais e Lei Maria da Penha H33 2 Arte, Cultura Global e Identidade Cultural H58, H59

Leia mais

Arquivo Público do Estado de São Paulo

Arquivo Público do Estado de São Paulo Arquivo Público do Estado de São Paulo Oficina: O(s) Uso(s) de documentos de arquivo na sala de aula Ditadura Militar e Anistia (1964 a 1985). Anos de Chumbo no Brasil. Ieda Maria Galvão dos Santos 2º

Leia mais

Dicas para você trabalhar o livro Mamãe, como eu nasci? com seus alunos.

Dicas para você trabalhar o livro Mamãe, como eu nasci? com seus alunos. Dicas para você trabalhar o livro Mamãe, como eu nasci? com seus alunos. Caro professor, Este link do site foi elaborado especialmente para você, com o objetivo de lhe dar dicas importantes para o seu

Leia mais

Para colocar a vida em ordem é preciso primeiro cuidar do coração. O coração é a dimensão mais interior da nossa existência

Para colocar a vida em ordem é preciso primeiro cuidar do coração. O coração é a dimensão mais interior da nossa existência Para colocar a vida em ordem é preciso primeiro cuidar do coração O coração é a dimensão mais interior da nossa existência Sobre tudo o que se deve guardar, guarda o coração, porque dele procedem as fontes

Leia mais

CANTOS DO FOLHETO O DOMINGO

CANTOS DO FOLHETO O DOMINGO CANTOS DO FOLHETO O DOMINGO 1. UM POUCO ALÉM DO PRESENTE (10º DOMINGO) 1. Um pouco além do presente, Alegre, o futuro anuncia A fuga das sombras da noite, A luz de um bem novo dia. REFRÃO: Venha teu reino,

Leia mais

Relatório: Os planos do governo equatoriano: incentivo ao retorno da população migrante 38

Relatório: Os planos do governo equatoriano: incentivo ao retorno da população migrante 38 Relatório: Os planos do governo equatoriano: incentivo ao retorno da população migrante 38 Karina Magalhães, Kenny Afolabi, Milena Ignácio, Tai Afolabi, Verônica Santos e Wellington Souza 39 Inter-Relações

Leia mais

Congada PROJETOS CULTURAIS. e ucáçá~o I fa til. Justificativa

Congada PROJETOS CULTURAIS. e ucáçá~o I fa til. Justificativa Congada e ucáçá~o I fa til Justificativa PROJETOS CULTURAIS O Brasil é um país com grande diversidade étnica e cultural. É preciso dar importância e valorizar a cultura dentro e fora da escola, criando

Leia mais

Projeto - por que não se arriscar com um trabalho diferente?

Projeto - por que não se arriscar com um trabalho diferente? Projeto - por que não se arriscar com um trabalho diferente? Gisele Bischoff Scherer 1 Resumo O texto a seguir defende um trabalho diferenciado em sala de aula a partir de um planejamento conjunto entre

Leia mais

A formação moral de um povo

A formação moral de um povo É um grande desafio evangelizar crianças nos dias de hoje. Somos a primeira geração que irá dizer aos pais e evangelizadores como evangelizar os pequeninos conectados. Houve um tempo em que nos colocávamos

Leia mais

As Tendências Românticas Através da Pintura e do Desenho no século XIX. Prof. Vinicius Rodrigues

As Tendências Românticas Através da Pintura e do Desenho no século XIX. Prof. Vinicius Rodrigues As Tendências Românticas Através da Pintura e do Desenho no século XIX Prof. Vinicius Rodrigues Romantismo Nacionalista Associado à primeira geração da poesia romântica brasileira Fortemente influenciado

Leia mais

Objetivo principal: aprender como definir e chamar funções.

Objetivo principal: aprender como definir e chamar funções. 12 NOME DA AULA: Escrevendo músicas Duração da aula: 45 60 minutos de músicas durante vários dias) Preparação: 5 minutos (se possível com introduções Objetivo principal: aprender como definir e chamar

Leia mais