Responsabilidade Social Corporativa Segundo o Modelo de Hopkins: Um Estudo nas Empresas do Setor Energético do Nordeste Brasileiro

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1 Responsabilidade Social Corporativa Segundo o Modelo de Hopkins: Um Estudo nas Empresas do Setor Energético do Nordeste Brasileiro Autoria: Wilton de Medeiros Daher, Marcelle Colares Oliveira, Vera Maria Rodrigues Ponte, Bruno Cals de Oliveira Resumo O trabalho discute aspectos teóricos e práticos relacionados à adoção de Responsabilidade Social Corporativa (RSC) e à análise das ações sociais adotadas e divulgadas por empresas utilizando-se do modelo analítico de Hopkins. Realizou-se estudo exploratório, de natureza qualitativa, delineado por pesquisa bibliográfica, documental e multicaso, tendo por base as demonstrações contábeis e balanços sociais do exercício findo em de um conjunto de empresas do setor energético do nordeste brasileiro. Foram estudadas as ações de natureza social da Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia (COELBA), da Companhia Energética de Pernambuco (CELPE), da Companhia Energética do Rio Grande do Norte (COSERN) e da Companhia Energética do Ceará (COELCE). Constatou-se que modelos analíticos de práticas de responsabilidade, como o de Hopkins, são instrumentos importantes para analisar o grau de envolvimento das empresas que pretendem alinhar-se com as exigências dos novos tempos empresariais; e que as empresas estudadas estão imbuídas do propósito de seguir práticas de RSC e, por meio de divulgação de indicadores sociais, prestam contas de seus negócios e de suas ações à sociedade. Introdução Toda empresa busca atingir seus objetivos fazendo o máximo com o mínimo, garantindo, assim, a participação no mercado, de forma duradoura e com desempenho sustentável, sendo para tanto fundamental a obtenção do lucro. Na visão de estudiosos como Drucker (2002), Friedman (1962, apud ZILBERSZTAJN, 2000) e Rappaport (2001), os gestores têm a função principal de buscar a maximização do retorno dos acionistas ou cotistas da empresa, devendo atuar somente de acordo com as forças impessoais do mercado, que demandam eficiência e lucro, tudo transcorrendo num ambiente de respeito aos ditames legais, fazendo isso parte da teoria do acionista. Outra corrente de pensamento, da qual participa Sen (1999), entre outros, argumenta, com base na teoria dos stakeholders, que os gestores exercem a função ética de respeitar os direitos coletivos e garantir o bem-estar de todos os agentes afetados pela empresa, compreendendo clientes, funcionários, fornecedores, proprietários, a comunidade, como também os gestores, os quais estão a serviço desse amplo grupamento de partes interessadas. Ambas as visões convergem no sentido de que as empresas têm uma função social a cumprir e, desse modo, possuem atribuições éticas; mas a discordância fundamental se dá quanto à natureza das atribuições éticas e aos seus beneficiários no âmbito da RSC (DIENHART, 2000, apud MACHADO FILHO, 2002). Independentemente do segmento em que atua a organização e do porte que ostenta, sua sobrevivência nos dias atuais requer a aplicação dos conceitos de ética, transparência e responsabilidade social, mediante implementação de políticas e práticas que contribuam para se alcançar sucesso econômico a longo prazo, em função de seu relacionamento com todas as partes interessadas, no agir permeado pela interação. A coerência ética nas práticas desenvolvidas e nas relações construídas pela empresa, de maneira a contribuir para o desenvolvimento das pessoas, para o fortalecimento das comunidades e para o amadurecimento dos relacionamentos tecidos tanto entre si como com o meio ambiente, caracteriza, de modo marcante, a RSC. 1

2 A RSC remete, na prática, à constituição de uma cidadania organizacional no ambiente interno da empresa (trabalhadores, gestores e proprietários) e à implementação de direitos sociais no ambiente externo (clientes, fornecedores, prestadores de serviços, credores, autoridades, entidades classistas, clubes de serviços etc.). A cada dia que passa, mais as corporações são impelidas a não só agir correta e eticamente, mas também a mensurar a extensão de suas ações empresariais e levá-las ao conhecimento das partes interessadas que gravitam no seu entorno. Assim, as empresas que desempenham sua função social de maneira correta e divulgam transparentemente as ações empreendidas têm maior propensão a se tornar respeitadas e admiradas pelos diversos stakeholders, elevando-se, conseqüentemente, o valor do seu capital reputacional. É de singular importância que as corporações desenvolvam e adotem junto ao sistema contábil tradicional, de predominância financeira e patrimonial, a avaliação e a divulgação de suas ações de cunho social que visam atender aos interesses de todos os stakeholders. A evidenciação e a divulgação de ações que ultrapassam o registro e o desempenho de natureza econômico-financeira, práticas que vêm ganhando prestígio e consolidação no mundo dos negócios internacionais, se concretizam por diversas maneiras e fazem parte de procedimentos sistematizados pela contabilidade sob o enfoque social, que dentre outras atribuições se ocupa de registrar, organizar, apresentar e interpretar as ações sociais das organizações e seus impactos econômicos e financeiros. A par da divulgação das ações sociais empresariais, cuida-se também de analisar essas ações por meio de informações divulgadas, mediante utilização de indicadores específicos, desenvolvidos por entidades e pesquisadores preocupados com o tema. Dentre os modelos utilizados para analisar a RSC, destaca-se aquele desenvolvido pelo pesquisador inglês Michael Hopkins. Os parâmetros de Hopkins são delineados em três níveis, envolvendo análise atinente aos Princípios de Responsabilidade Social; Processos de Capacidade de Resposta Social; e Resultados e Ações de Responsabilidade Social. Esses parâmetros são genéricos para todas as empresas. Hopkins propõe, no entanto, uma maneira de analisá-los, com a finalidade de servir de apoio à realização de auditoria social e aferição do grau de desempenho quanto à responsabilidade social. Este estudo buscou discutir e responder o seguinte problema: Quais as ações de natureza social evidenciadas pelas empresas do setor energético do nordeste brasileiro através de demonstrações contábeis, balanços sociais e demais informações divulgadas em meio impresso e em websites institucionais, à luz do Modelo de Hopkins? Partiu-se dos seguintes pressupostos: i) Empresas que atuam em mercados consumidores modernos, a cada dia mais exigentes, tendem a ampliar o propósito da Responsabilidade Social para além das responsabilidades legais e econômicas, procurando desenvolver ações sociais e ambientais mais amplas nas comunidades em que exercem suas atividades. ii) As empresas sob análise adotam práticas de responsabilidade social, que se aproximam daquelas propugnadas no Modelo de Hopkins, segundo evidenciado nas respectivas demonstrações contábeis e balanços sociais e demais informações divulgadas em meio impresso e em websites institucionais. iii) As empresas estudadas adotam ações de Responsabilidade Social que buscam elevar a qualidade e o padrão técnico dos serviços prestados à comunidade, mesmo sendo fornecedoras exclusivas desses serviços. A relevância do tema decorre do crescente envolvimento empresarial em atividades de responsabilidade social, fato que se observa nitidamente, não obstante estar o debate a merecer verticalização, principalmente no âmbito acadêmico, meio em que se propaga vigorosa ressonância do saber teórico para o ambiente empresarial e social. 2

3 1. Revisão da literatura 1.1 Teoria dos stakeholders e a RSC Freeman foi o primeiro estudioso a apresentar, de forma explícita e detalhada, a Teoria dos Stakeholders. Segundo Borenstein (1996), nessa teoria, Freeman argumenta que, nas decisões sobre alocação de recursos organizacionais, devem ser considerados os seus efeitos sobre os grupos de interesse que se relacionam com a organização, sejam grupos na própria organização ou exteriores a ela. De acordo com Bryson (2003), a simples definição de stakeholder encontra variações de autor para autor, como exposto no Quadro 1. Autor Definição Qualquer grupo ou indivíduo que afete ou seja afetado, quando uma Freeman (1984) organização atinge seus objetivos Todos os grupos que serão afetados ou que afetarão a estratégia da Nutt e Backoff (1992) organização Qualquer pessoa, grupo ou organização que possa atrair atenção, recursos Bryson (1995) ou produção da organização ou ainda ser afetado por aquela produção Indivíduos ou pequenos grupos com poder para reagir, negociar e alterar o Eden e Ackermann (1998) Johnson e Scholes (2002) Quadro 1 Algumas definições de stakeholder Fonte: Adaptado de Bryson (2003). futuro estratégico da organização Indivíduos ou grupos que dependem da organização para atingir seus próprios objetivos e de quem, por outro lado, a organização também dependa Segundo Machado Filho (2002), alguns estudiosos integram à definição de Freeman outros elementos, como a mídia, os ativistas e os agentes reguladores, ao relacionar as ações de Responsabilidade Social com a contraparte envolvida, sob a perspectiva de oportunidades para ganhos de valor reputacional e minimização de riscos, consoante demonstrado no Quadro 2. Stakeholder envolvido Oportunidade (Ganho de Reputação) Minimização de Riscos Comunidade Criação de legitimidade Minimizar risco de má aceitação/conflitos Mídia Cobertura favorável Minimizar risco de cobertura desfavorável Ativistas - Minimizar risco de boicote Investidores Geração de valor Minimizar risco de fuga de investidores Funcionários Aumento do comprometimento Minimizar risco de comportamento Consumidores Fidelização Minimizar risco de má aceitação/desentendimentos Agentes reguladores Ação legal favorável Minimizar risco de ação legal Parceiros comerciais Colaboração Minimizar risco de defecção Quadro 2 Efeitos das ações de Responsabilidade Social de acordo com a categoria de stakeholder envolvida. Fonte: Fombrun, 2000, apud Machado Filho, 2002, p. 95 A relação entre a teoria dos stakeholders e a RSC é íntima, pois o conhecimento da primeira é fundamental para que se tenha a clara compreensão da abrangência que a segunda vem tomando nas últimas décadas. No sentido de formular um pensamento de convergência dos posicionamentos pró e contra o engajamento das empresas em atividades de responsabilidade social, Certo e Porte (1993, apud MACHADO FILHO, 2002, p. 46) assim se manifestam: O ponto de vista clássico vê as empresas como entidades econômicas, enquanto o ponto de vista contemporâneo concebe as empresas como membros da sociedade. Embora as organizações de negócio exerçam claramente os dois papéis, o reconhecimento disso nem sempre responde à questão de como as companhias 3

4 devem se envolver em atividades de responsabilidade social. Entretanto, em muitos casos, ambos os pontos de vista levam à mesma conclusão sobre o fato de uma empresa dever ou não se engajar em uma atividade dessa natureza em particular. Por exemplo, quando a atividade for exigida por lei, ambas as abordagens apóiam o envolvimento nela. E, em situações em que há lucro, ambas as abordagens apóiam o envolvimento na atividade. Segundo Zilberstajn (2000), com a adoção de práticas de responsabilidade social, mesmo sob a ótica maximizadora do lucro, sem que a empresa obtenha ganhos econômicos, esta virá a se beneficiar com a elevação do seu capital reputacional e, a rigor, sem desalinhamento de interesses entre acionistas e demais partes interessadas. Para Ashley (2003, p. 3), a crescente complexidade dos negócios, em decorrência da velocidade das inovações tecnológicas e da transição das nações para um mundo globalizado, desperta no empresariado e nos governos uma nova maneira de agir, obrigando-os a desenvolver formatos diferenciados para o desenvolvimento econômico, social e ambiental. O mundo empresarial, conseqüentemente, enxerga na Responsabilidade Social estratégia inovadora, como elemento funcional auxiliar na incrementação de seus lucros e potencialização de seu desenvolvimento. A RSC fundamenta-se, portanto, em estratégias para orientar as ações das empresas em consonância com as necessidades sociais, de modo que a empresa garanta, além do lucro e da satisfação de seus clientes, o bem-estar da sociedade, como também os valores que suas ações possam agregar aos negócios e à sua imagem reputacional. Conquanto a definição de Empresa Socialmente Responsável possa parecer intuitivamente simples, há grande complexidade na conceituação da expressão. A subdivisão da responsabilidade social nas dimensões econômica, legal, ética e filantrópica é importante marco referencial para a operacionalização dessas variáveis. O Business for Social Responsibility Institute (BSRI), organizaçãonorte-americana sem fins lucrativos dedicada à divulgação de Responsabilidade Social nos negócios, relaciona a RSC, num sentido mais abrangente, ao processo decisório nos negócios, tendo como base valores éticos que contemplem uma perspectiva de respeito e concordância a valores legais, comunidades, indivíduos e meio ambiente (MACHADO FILHO, 2002). Segundo essa visão, o BSRI focaliza as empresas socialmente responsáveis como sendo aquelas que interagem, de maneira harmônica, no ambiente de negócios em que se inserem, desenvolvendo ações que possibilitem alcançar ou até mesmo superar expectativas éticas, legais e comerciais (BSRI, 2004). O Instituto Ethos de Empresas e Responsabilidade Social, fundado em 1998 por iniciativa de um grupo de empresários brasileiros e que tem como função ajudar os empresários nacionais a compreender e incorporar o conceito de Responsabilidade Social no cotidiano de sua gestão, assim caracteriza a ação socialmente responsável das empresas: A responsabilidade social das empresas tem como principal característica a coerência ética nas práticas e relações com seus diversos públicos, contribuindo para o desenvolvimento contínuo das pessoas, das comunidades e dos relacionamentos entre si e o meio ambiente. Ao adicionar às suas competências básicas a conduta ética e socialmente responsável, as empresas conquistam o respeito das pessoas e das comunidades atingidas por suas atividades, o engajamento de seus colaboradores e a preferência dos consumidores (INSTITUTO ETHOS, 2001). O conceito de RSC vincula-se ao reconhecimento de que as decisões tomadas e os resultados obtidos com suas atividades atingem um universo de agentes sociais muito mais vasto do que aquele expresso por sócios e acionistas, porquanto muitas das decisões e atividades dos negócios geram conseqüências para a comunidade, para o meio ambiente e outros interesses da sociedade. O pressuposto básico da RSC é que qualquer relação que a 4

5 empresa mantenha com qualquer grupo observará essa dinâmica, como nos casos ambiental, social, político, econômico e legal. Em decorrência do reconhecimento público, a adoção de práticas socialmente responsáveis transforma-se em elemento motivador do apoio da sociedade em relação à imagem positiva da empresa, resultando em grandes benefícios, como o da legitimidade, o da confiabilidade e o da credibilidade para a organização. 1.2 Transparência nas ações e informações empresariais As corporações interessadas em atrair capitais precisam aceitar e praticar normas de transparência contábil, desempenhar suas ações com probidade administrativa e prestar contas aos stakeholders. Sem a seriedade necessária, dificilmente as empresas aumentarão sua credibilidade e garantirão sua sobrevivência. O alinhamento de interesses faz-se necessário, porquanto os contratos são incompletos e os conflitos de interesse são inevitáveis. A empresa que adota melhores práticas organizacionais está mais credenciada a assegurar a fidelização dos clientes e atrair investimentos diretos, financiamentos externos e negócios internacionais. Segundo Lodi (2000, p ), gradativamente o mercado globalizado aumenta a exigência de uniformização e evidenciação de procedimentos gerenciais relativos à adoção de mecanismos de Responsabilidade Social e de governança corporativa como elementos indispensáveis para o sucesso da empresa que pretenda se consolidar em mercado extremamente competitivo e inter-relacionado. A transparência na divulgação das ações empresariais, também conhecida pelo desejo de informar, é uma medida de valor no ambiente da economia mundializada, sendo elemento constituinte do compartilhamento de poder, de informação e do processo decisório no sentido de que os agentes que gravitam em torno das corporações possam entender melhor o seu funcionamento. Por essa razão, constitui importante diferencial competitivo. Atualmente são utilizadas várias metodologias para a divulgação dessas ações. O Relatório da Administração, onde as corporações divulgam seus resultados econômicofinanceiros de caráter obrigatório, constitui veículo para divulgar também as ações sociais. O Balanço Social e a Demonstração do Valor Adicionado, documentos complementares e não obrigatórios, que consignam registros sobre aspectos relacionados à preservação ambiental, incentivo à cultura e à arte, bem-estar dos funcionários, ações de responsabilidade filantrópica, investimentos em pesquisa e desenvolvimento, benefícios sociais, geração de contribuições sociais, previdenciárias e tributárias, geração de riqueza, constituem-se noutras formas de divulgar as ações sociais. No Brasil, há o modelo criado em 1997 pelo Instituto Brasileiro de Análise Sociais e Econômicas (IBASE), que formula uma estrutura para elaboração do Balanço Social. De outra parte, há o modelo criado, em junho de 2000, pelo já citado Instituto Ethos, que sugere um relato pormenorizado das realizações sociais corporativas das empresas. No cenário internacional, há grande diversidade; entretanto, o modelo GRI (Global Reporting Initiative), concebido pelo Programa das Nações Unidas em 1997, é o mais difundido, e visa institucionalizar normas e padrões para relatórios de desempenho econômico e socioambiental. As empresas que valorizam a transparência de suas ações como princípio norteador das relações estabelecidas nos diversos segmentos de negócios e com os diversos stakeholders tendem a minimizar o oportunismo e os conflitos de interesse. Países que incorporam padrão contábil global na evidenciação e divulgação de suas ações socioeconômicas levam vantagem na corrida pela captação de investimentos. Ampliar práticas do exercício ético nas atividades empresariais e criar uma cultura de transparência é sempre benéfico à imagem corporativa. 1.3 Indicadores relacionados com a RSC Modelo de Hopkins 5

6 De acordo com Cochran e Wood (1984), há duas modalidades de avaliação da RSC. Uma embasada em índices e outra respaldada na análise de conteúdo; ou seja, uma de natureza quantitativa e outra de cunho qualitativo. A primeira modalidade está respaldada em métodos que avaliam o Índice de Reputação, embasando-se na rigorosa análise dos números. Já a qualitativa está mais voltada para a descrição do que para a quantificação dos dados. Nesta pesquisa, empregou-se o método analítico, de natureza qualitativa, desenvolvido por Hopkins, em Os indicadores de Hopkins (1997) estão subdivididos em três níveis, envolvendo análises dos Princípios de Responsabilidade Social (I), Processos de Capacidade de Resposta Social (II) e Resultados/Ações de Responsabilidade Social (III). De acordo com Queiroz (2001), os parâmetros de Hopkins (1997) são definidos em nove elementos, sendo apresentado um grupo de indicadores de Responsabilidade Social para cada um desses elementos, objetivando possibilitar a identificação e a visualização das dimensões e relacionamentos de uma empresa socialmente responsável. A intenção do trabalho de Hopkins (1997) é viabilizar a análise individual das empresas, assim como de organizações não lucrativas e de ONGs. A premissa do modelo é que o envolvimento com ações de Responsabilidade Social passe a ser uma prática usual e diária no ambiente interno das corporações, onde se compreenda que o seu papel na sociedade inclui o exercício da responsabilidade nas dimensões econômica, legal, ética, política e filantrópica (QUEIROZ, 2000). O Modelo de Hopkins (1997) utiliza dados extraídos das Demonstrações Contábeis tradicionais e informações socioeconômicas e ambientais complementares, como aquelas obtidas na Demonstração do Valor Adicionado e no Balanço Social. Apresenta-se a seguir (Quadro 3) a estrutura do modelo de indicadores de Responsabilidade Social desenvolvido por Michael Hopkins. Nível I Princípios de Responsabilidade Social Elemento Indicador Legitimidade Código de ética Litígios envolvendo violação das leis pela empresa Penalidades em conseqüência das atividades ilegais Responsabilidade pública Contribuição para inovações Criação de empregos diretos Criação de empregos indiretos Código de ética Arbitrariedades dos executivos Executivos condenados por atividades ilegais Nível II Processos de Capacidade de Resposta Social Elemento Indicador Mecanismo para examinar questões sociais relevantes para Percepção do ambiente a empresa Corpo analítico para as questões sociais, como parte integral da elaboração de políticas Stakeholders Existência de auditoria social Relatório de prestação de contas sobre ética Administração de questões Políticas com base nas análises de questões sociais 6

7 Nível III Resultados/Ações de Responsabilidade Social Elemento Indicador Proprietários/Acionistas Lucratividade/valor Irresponsabilidade administrativa ou atividades ilegais Bem-estar da comunidade Filantropia corporativa Código de ética Executivos Efeitos nos stakeholders internos Código de ética Funcionários Relações sindicato/empresa Questões de segurança Pagamentos, subsídios e benefícios Demissões Funcionários proprietários Políticas para mulheres e minorias Clientes/Consumidores Código de ética Recalls de produtos Litígios Controvérsia pública sobre produtos e serviços Propaganda enganosa Meio ambiente Poluição Lixo tóxico Efeitos nos stakeholders Reciclagem e uso de produtos reciclados externos Uso de etiqueta ecológica nos produtos Comunidade Doações corporativas para programas comunitários Envolvimento direto em programas comunitários Controvérsias ou litígios com a comunidade Fornecedores Código de ética da empresa Código de ética dos fornecedores Litígios/Penalidades Controvérsias públicas Organização como instituição social Código de ética Litígios genéricos Efeitos institucionais externos Processos por ações classistas Melhorias nas políticas e na legislação em decorrência de pressões da Empresa Quadro 3 Indicadores relacionados com a RSC, segundo o Modelo de Hopkins Fonte: Hopkins (1977, p. 581). Para a análise das práticas de Responsabilidade Social desenvolvidas pelas empresas selecionadas para esta pesquisa, optou-se pelo uso do Modelo de Hopkins como uma oportunidade para se divulgar no meio acadêmico método analítico ainda pouco conhecido, e, também, por se tratar de ferramenta abrangente quanto à pormenorização das categorias de análise em relação a outros existentes, como, por exemplo, o modelo desenvolvido pelo IBASE. 7

8 2. Metodologia 2.1 Tipologia da pesquisa quanto aos objetivos, ao delineamento e à natureza Trata-se de pesquisa exploratória e de natureza qualitativa. O estudo é dito exploratório porque, embora a RSC seja uma questão discutida no mundo contemporâneo, o Modelo de Hopkins ainda é pouco explorado cientificamente. A pesquisa é considerada qualitativa porque analisa o fenômeno com visão ampliada do contexto, utilizando-se de descrição e comparação, com base em objetivos classificatórios que possibilitam maior capacidade de reflexão, diferentemente da pesquisa quantitativa, que se apóia em números. Utilizou-se de pesquisa bibliográfica, documental e estudo multicaso. Procedeu-se à revisão da literatura sobre RSC e afins, a partir de textos selecionados de livros, artigos, dissertações, teses, periódicos, além de estudos colhidos na Internet. Com base em dados extraídos das demonstrações contábeis e dos balanços sociais anuais, referentes ao exercício social encerrado em 31/12/2005, divulgados em meios impresso e eletrônico, de quatro empresas distribuidoras de energia do Nordeste do Brasil, aplicou-se o Modelo de Hopkins de indicadores relacionados com a RSC. O suprimento de energia elétrica para os nove estados da Região Nordeste é atendido por onze concessionárias. As quatro empresas estudadas foram escolhidas intencionalmente, por serem distribuidoras de energia elétrica, privatizadas na década de 1990; possuírem perfis geográficos, sociais e econômicos homogêneos; atenderem a mais de 400 mil consumidores; serem reguladas pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) e filiadas à Associação Brasileira de Distribuidores de Energia Elétrica (ABRADEE); e terem recebido orientação expressa da ANEEL, por meio do Manual de Contabilidade do Setor Elétrico, para elaborar os respectivos balanços sociais seguindo os modelos Ibase e DVA, além de serem anualmente avaliadas pela ABRADEE através do Prêmio de Responsabilidade Social. Excluíram-se as outras sete por apresentarem atributos diferentes daqueles identificados nas quatro empresas pesquisadas. Foram estudadas a COELBA (Companhia de Eletricidade do Estado da Bahia), a CELPE (Companhia Energética de Pernambuco), a COSERN (Companhia Energética do Rio Grande do Norte) e a COELCE (Companhia Energética do Ceará). O estudo de caso constitui uma análise de um fenômeno presente, sob a ótica de uma situação real, devendo ser buscadas várias fontes de evidência. Visando a uma melhor compreensão do fenômeno RSC, optou-se pela realização de um estudo multicaso. 2.2 Caracterização das unidades de análise A holding Guaraniana S/A foi constituída em fevereiro de 1997 pela Caixa de Previdência dos Funcionários do Banco do Brasil (PREVI), pelo grupo espanhol Iberdrola Energia S.A. e pelo BB Banco de Investimentos (subsidiária do Banco do Brasil), com o objetivo de concentrar os investimentos de seus sócios nos segmentos de energia elétrica (geração, distribuição e comercialização) e utilities, com foco na Região Nordeste. Em 2004, a Guaraniana passou a denominar-se Neoenergia S/A. O grupo controla as distribuidoras COELBA, CELPE e COSERN, que, juntas, respondem por 58% da energia distribuída no Nordeste e por 7% de toda a energia distribuída no país. A COELCE é controlada pelo Grupo Investiluz S/A, que detém 56,59% do capital da distribuidora, constituído pela empresa espanhola Endesa Espanha (37,55%), pela CERJ Companhia de Eletricidade do Estado do Rio de Janeiro (36,43%) e pelas chilenas Enersis (15,61%) e Chilectra (10,41%). A análise do desempenho da COELBA, da CELPE, da COSERN e da COELCE, na área de responsabilidade social, sob o ângulo dos Indicadores de Hopkins, constitui objeto do presente estudo. 8

9 2.3 Tratamento e análise dos dados Utilizou-se a análise de conteúdo, partindo-se das categorias de análise estabelecidas no Modelo de Hopkins, elencadas no Quadro 3 e identificadas nas demonstrações contábeis e nos websites das empresas estudadas. A partir da identificação de informações associadas às categorias elencadas, procedeu-se a uma análise descritiva de seu conteúdo, condensada no Quadro 4, indicando-se com SIM ou NÃO a existência ou a ausência de informações sobre os indicadores nas demonstrações e websites consultados. 3. Análise dos indicadores de Responsabilidade Social da COELBA, da CELPE, da COSERN e da COELCE As quatro empresas estudadas publicam, além das demonstrações contábeis de divulgação legalmente obrigatória, os seguintes documentos não obrigatórios: Demonstração do Valor Adicionado, Demonstração dos Fluxos de Caixa e Balanço Social. A seguir, apresenta-se uma análise do que se constatou acerca das empresas pesquisadas quanto aos indicadores de RSC desenvolvidos estabelecidos no Modelo de Hopkins. Nível I Princípios de responsabilidade social Legitimidade As distribuidoras COELBA, CELPE e COSERN possuem código de ética. A COELBA e a COSERN possuem um comitê de ética que se reúne periodicamente e faz cumprir as exigências do código, além de disponibilizá-lo via Internet. A CELPE realizou trabalhos com o intuito de disseminar esse código, por meio da atuação do comitê de ética, da inserção do tema Ética nos eventos promovidos pela companhia e da utilização de ferramentas de controle dos índices de adesão, internalização e descumprimento do código. A COELCE não possui código de ética, razão pela qual não formaliza seus princípios de Responsabilidade Social perante os funcionários. Responsabilidade pública Os registros sobre eventuais litígios envolvendo violações das leis estão assinalados nas notas explicativas às Demonstrações Contábeis. No caso específico das empresas do Grupo Neoenergia, são feitas provisões específicas para respaldar as decisões relacionadas às ações ajuizadas na área trabalhista, compreendendo questionamentos de pagamento de horas extras, periculosidade e enquadramento salarial; na área cível, oriundas do Plano Cruzado, de 1996; e na fiscal, atinentes a INSS, COFINS e PIS. A COELCE faz provisões para todos os processos judiciais. A companhia é ré em ações ajuizadas na área trabalhista, compreendendo questionamentos de pagamento de horas extras, periculosidade e demissão sem justa causa; na área cível, que, em grande parte, associam a empresa a pleitos de danos morais e materiais; e na área fiscal, atinentes a IRPJ e CSLL, COFINS, PIS e PASEP. No tocante a contribuições para inovações, observa-se que as quatro empresas investiram na melhoria e manutenção dos padrões de qualidade operacional e na capacidade de fornecimento de energia. A COELBA e a COELCE divulgaram o total investido em P&D. Com relação a investimentos em capacitação e desenvolvimento profissional, as empresas pesquisadas comentaram os respectivos aportes de recursos implementados. Relativamente ao número líquido de empregados, pôde-se constatar que houve incremento na quantidade de empregados da COELBA e da COSERN, e que a CELPE e COELCE promoveram redução do quadro de pessoal. O debate que gravita em torno do assunto refere-se, em geral, à empregabilidade de pessoas não qualificadas, em empresas que exploram atividades compatíveis. De outro lado, criar empregos nem sempre significa gerar riqueza e bem-estar social. Nas empresas sob comento, a situação torna-se crucial, visto que, 9

10 na prática, quase não houve elevação do número líquido de empregos. Nas citadas empresas destaca-se um elevado número de empregados terceirizados em Arbitrariedades dos executivos Não se detectou qualquer informação sobre eventuais problemas de desvio de conduta por parte dos executivos das empresas estudadas. Nível II Processos de capacidade de resposta social Neste bloco há dois indicadores relevantes relacionados à percepção do ambiente e ao gerenciamento dos stakeholders. Relativamente ao primeiro, esse mecanismo de análise procura entender as questões sociais relevantes para a empresa, enquanto o indicador de gerenciamento das partes interessadas procura aferir as ações propriamente ditas como parte integrante da elaboração de políticas sociais. Das empresas pesquisadas, apenas a CELPE investiu significativamente em programas ambientais, sendo inexpressivas as cifras despendidas pelas outras três distribuidoras. Em contrapartida, investimentos mais expressivos no setor social externo (educação, cultura, saúde e saneamento, doações, contribuições, tributos, esporte, combate à fome e segurança alimentar) foram realizados pela COELBA, pela CELPE e pela COELCE, enquanto a COSERN investiu bem menos. As três empresas do Grupo Neoenergia demonstram estar alinhadas aos anseios sociais das áreas onde atuam, planejando suas ações com enfoque na comunidade. Para planejar, coordenar e acompanhar essas ações, as empresas reportadas, cada uma delas criou o seu Grupo de Responsabilidade Social, formado por gerentes e empregados, os quais se reúnem periodicamente e em ocasiões especiais, quando há necessidade de levantar informações, tabular dados, acompanhar e atender às solicitações provenientes de entidades, instituições e pesquisadores. Esse grupo é internamente responsável pela definição das políticas de Responsabilidade Social e avaliação das ações orientadas às diretrizes e estratégias da empresa. Daí o reconhecimento público de entidades de expressão nacional, como a ABRADEE, a Associação Brasileira dos Fabricantes de Brinquedos (ABRINQ), o Ibase e o Instituto ETHOS, pelo envolvimento das empresas distribuidoras de energia do Grupo Neoenergia. Nível III Resultados/ações de responsabilidade social Efeitos nos stakeholders internos Proprietários/Acionistas e Executivos Os efeitos, nos proprietários/acionistas e nos executivos, dos resultados das ações de Responsabilidade Social, pelos ângulos enfocados no modelo (lucratividade/valor, irresponsabilidade administrativa ou atividades ilegais, bem-estar da comunidade, filantropia corporativa, código de ética) são vagamente evidenciados pelas distribuidoras COELBA, CELPE e COSERN, enquanto a COELCE nem comenta sobre o assunto. As informações atinentes à lucratividade e valor das empresas são facilmente identificadas nas suas demonstrações financeiras. Quanto a informações sobre ações filantrópicas direcionadas à educação, cultura, esporte e saúde, as quatro distribuidoras alocaram recursos para fazer frente ao patrocínio desses programas sociais; entretanto, não se constata qualquer menção quanto aos efeitos nos proprietários/acionistas e nos executivos. Funcionários As quatro empresas demonstraram preocupação quanto ao exercício da cidadania organizacional. Nas empresas COELBA, CELPE e COSERN, muitas das ações visando ao bem-estar dos empregados são implementadas de forma compartilhada com os trabalhadores, como por exemplo, a discussão de aspectos relacionados a padrões de segurança e de 10

11 salubridade e o acompanhamento do perfil de saúde dos colaboradores. A COELBA emprega pessoas com idade acima de 45 anos. A COSERN mantém em seu quadro de colaboradores 27 pessoas portadoras de deficiência física. A CELPE, por exemplo, obteve 89% de aprovação pelos respondentes na pesquisa de clima organizacional, realizada em A COELCE registra 518 empregados com idade acima de 45 anos, 48 portadores de deficiências ou necessidades especiais, e obteve em 2005 o índice de satisfação laboral correspondente a 84%, superando os 75% alcançados em Nas distribuidoras COELBA, CELPE e COSERN, todos os empregados têm direito ao plano de previdência privada e a participação nos lucros. Outras informações constantes do Modelo de Hopkins quanto aos efeitos, nos funcionários, das relações entre o sindicato e a empresa; dos pagamentos, subsídios e benefícios; das demissões; das políticas para mulheres e minorias, não necessariamente são detalhadas, podendo ser encontradas, ainda que vagamente, no Balanço Social do IBASE publicado pelas quatro empresas. Efeitos nos stakeholders externos Clientes/Consumidores Dois importantes balizadores norteiam o grau de satisfação dos clientes-consumidores de energia elétrica: o Índice de Duração Equivalente de Interrupção por Unidade Consumidora (DEC) e o Índice de Freqüência de Interrupção por Unidade (FEC). As empresas pesquisadas têm investido significativamente no sentido de elevar a qualidade dos serviços operacionais. Em 2005, as quatro empresas investiram em programas de elevação da qualidade dos serviços ao consumidor. Em resposta, obtiveram redução nos índices DEC e FEC. No caso das empresas do Grupo Neoenergia, essa evolução se evidencia mais significativa ainda se comparada com os anos das respectivas privatizações (1997 para a COELBA e COSERN e 2000 para a CELPE). Visando oferecer mais comodidade aos usuários-consumidores, as quatro empresas investiram em programas direcionados ao atendimento do cliente, quer por telefone via 0800 (chamada gratuita), quer pela Internet (agência online), quer por meio de terminais de autoatendimento, além de manter pontos de atendimento personalizado em bairros das cidades onde atuam. A COELCE é a única empresa do Ceará que possui pontos de atendimento em todos os municípios do Estado, onde foram implantadas conexões online de atendimento e instaladas máquinas de auto-atendimento em algumas agências. Informações específicas sobre recalls de produtos, litígios, controvérsias públicas sobre produtos e serviços, propaganda enganosa, não são explicitadas nos websites e nas demonstrações contábeis das empresas estudadas. Meio ambiente As empresas do Grupo Neoenergia desenvolvem programas de preservação ambiental, ofertando as seguintes facilidades: informações à população sobre geração e distribuição de energia; sensibilização sobre o uso eficiente da energia; implantação de programa de coleta seletiva de lixo; implantação de programas de coleta de sobras de fios e cabos de cobre e alumínio nas atividades de construção de linhas de rede, visando à limpeza de área e o reaproveitamento de sobras de material; permanente participação em comitês, reuniões comunitárias, reuniões com a Administração Pública e encontros comemorativos e de conscientização para discutir questões ambientais. A COELCE desenvolve programas de preservação ambiental, compreendendo programas de educação ambiental, de gerenciamento de resíduos, manejo da vegetação, programa de pesquisa e desenvolvimento tecnológico industrial e programas de eficiência energética. A empresa aprovou sua política ambiental em 21/12/2005, dando início ao processo de adequação de suas ações para obtenção da Certificação ISO14001 em

12 Em razão da natureza da atividade das empresas em estudo, não foram encontradas informações sobre poluição, lixo tóxico, reciclagem e uso de produtos reciclados, uso de etiqueta ecológica nos produtos, propostos no Modelo de Hopkins. Comunidade As distribuidoras COELBA, CELPE e COSERN têm envolvimento direto com as comunidades onde atuam, por meio de projetos específicos, a saber: casa de menor trabalhador; desenvolvimento de cooperativas; programa de voluntariado; desenvolvimento da cultura e do esporte, através de patrocínios diretos; programas educativos visando ao consumo racional da energia elétrica; programa de inclusão digital; treinamento em conselhos comunitários sobre o uso eficiente de energia; ações sociais em parceria com entidades beneficentes, como Instituto dos Cegos, Instituto do Câncer, além de creches e escolas públicas do ensino fundamental. As empresas também organizam e incentivam seus empregados a participar de programas de trabalho voluntário. A COELCE também trabalha projetos em parceria com as comunidades onde atua, por meio de projetos específicos, a saber: Programa Coelce nas Escolas Módulo I, Programa Luzes do Saber, Programa Luz para Todos, artes cênicas, visuais e audiovisual. As empresas não fazem menção a controvérsias ou litígios com a comunidade. Fornecedores As distribuidoras COELBA, CELPE e COSERN não disponibilizam informações sobre seus relacionamentos comerciais, formais ou informais com os fornecedores, exceto programa de palestras destinadas a empreiteiros e prestadores de serviços, abordando aspectos relacionados a planejamento tributário, código de ética e política de preservação ambiental. Na seleção dos fornecedores, são exigidos os mesmos padrões éticos e de responsabilidade social e ambiental adotados pelas companhias. A COELCE não comenta sobre seu relacionamento com os fornecedores. As empresas não fazem menção a efeitos dos respectivos códigos de ética sobre o comportamento dos fornecedores, nem a existência ou exigência de código de ética dos fornecedores ou litígios/penalidades e controvérsias públicas envolvendo fornecedores. Efeitos institucionais externos As empresas sob análise demonstram ter forte influência política nas comunidades e regiões onde atuam, em razão do bem indispensável e essencialidade dos serviços que oferecem aos consumidores, o que as instrumentaliza para intervir em várias esferas do poder da vida social. O contato direto com entidades governamentais enseja, de um lado, elevado grau de responsabilidade no campo técnico-institucional, e, de outro, maior grau de envolvimento com programas de interesse da coletividade, alguns deles de inspiração dos próprios governos estaduais e municipais. Ficou evidenciado que, além de contribuintes de elevados impostos, as empresas mantêm permanentes programas assistenciais a setores sociais onde desenvolvem sua missão. As empresas não fazem menção a efeitos institucionais externos dos respectivos códigos de ética, de litígios genéricos, processos por ações classistas, nem a melhorias nas políticas e na legislação em decorrência de suas pressões, elementos esses previstos no Modelo de Hopkins. 4. Considerações finais Nas empresas pesquisadas, os indicadores dos níveis I e II são em geral obtidos nos balanços sociais, nos relatórios da administração das empresas pesquisadas ou nos respectivos websites. Não há, entretanto, informações pormenorizadas quanto a códigos de ética. Com relação às informações sobre litígios diversos (áreas trabalhista, tributária, etc), as os dados são genéricos, limitando-se a informar valores provisionados e alocados para fazer face aos resultados das decisões judiciais de ações em curso. Não ficou evidenciada a realização de 12

13 auditoria social em nenhuma das empresas investigadas, nem de um relatórios prestando contas sobre ética. Relativamente ao nível III do modelo, referente a Resultados/Ações de Responsabilidade Social, alguns dos elementos relacionados aos indicadores de Hopkins estão evidenciados nas demonstrações financeiras, conforme explicitado no tópico anterior. Outros elementos elencados no modelo não cabiam ou não foram explicitados. Com relação ao Nível III, a maioria das informações identificadas tratava de aspectos positivos, omitindo referências aos aspectos negativos elencados no modelo, como litígios, por exemplo. Percebe-se que o modelo é pertinente à análise das ações de Responsabilidade Social e que cada empresa deve fazer adaptações tendo em vista seu ramo de atividade; bem como reflexões devem ser feitas no sentido de que as empresas não devem efetivamente provocar efeitos negativos em seus stakeholders, mas que, em caso de sua ocorrência, devem evidenciá-los, como previsto no Modelo de Hopkins. O Quadro 4, a seguir, faz um resumo da análise das ações de Responsabilidade Social das empresas COELBA, CELPE, COSERN e COELCE, segundo os indicadores estabelecidos no Modelo de Hopkins. Nível I Princípios de Responsabilidade Social Elemento Indicador COELBA CELPE COSERN COELCE Legitimidade Código de ética SIM SIM SIM NÃO Responsabilidade Pública Arbitrariedade dos executivos Litígios envolvendo violação das leis pela empresa Penalidades em conseqüência de atividades ilegais Contribuição para inovações Criação de empregos diretos Criação de empregos indiretos SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO Código de ética SIM SIM SIM NÃO Executivos condenados por atividades ilegais NÃO NÃO NÃO NÃO Nível II Processos de Capacidade de Resposta Social Elemento Indicador COELBA CELPE COSERN COELCE Percepção do ambiente Stakeholders Mecanismo para examinar questões sociais relevantes para a empresa Corpo analítico para as questões sociais, como parte integrante da elaboração de políticas Existência de auditoria social Relatório de prestação de contas sobre ética SIM SIM SIM NÃO SIM SIM SIM NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO NÃO Administração de questões Políticas com base na análise de questões sociais SIM SIM SIM NÃO 13

14 Nível III Resultados/Ações de Responsabilidade Social Elemento Indicador COELBA CELPE COSERN COELCE Efeito nos stakeholders internos Proprietários/Acionistas NÃO NÃO NÃO NÃO Executivos NÃO NÃO NÃO NÃO Funcionários SIM SIM SIM SIM Efeito nos stakeholders externos Efeito institucional externo Clientes/Consumidores SIM SIM SIM SIM Meio Ambiente SIM SIM SIM SIM Comunidade SIM SIM SIM SIM Fornecedores SIM SIM SIM NÃO Organização como instituição social SIM SIM SIM SIM Quadro 4 Resumo da análise das ações de RSC da Coelba, da Celpe, da Cosern e da Coelce, segundo os indicadores do Modelo de Hopkins. Fonte: elaborado pelos autores. Os modelos analíticos de verificação da aplicabilidade de práticas de responsabilidade, como o Modelo de Hopkins, são instrumentos importantes para subsidiar a análise do grau de envolvimento das empresas que pretendem alinhar-se com as exigências dos novos tempos empresariais. Identificaram-se nas demonstrações e websites das empresas estudadas ações de responsabilidade nos três níveis e nos nove elementos elencados no Modelo de Hopkins. No caso específico em estudo, constatou-se que as empresas estão imbuídas do propósito de seguir as boas práticas empresariais, não só pelo ângulo da filantropia, mas também do ponto de vista operacional, visando oferecer bons serviços, com crescente elevação do padrão técnico, aos seus clientes-consumidores. Os prêmios que as quatro empresas receberam de organizações de elevada credibilidade pública são atestados que as qualificam como empresas socialmente responsáveis. A COELBA, a CELPE, a COSERN e a COELCE, por meio de divulgação de indicadores sociais junto à sociedade, prestam contas de seus negócios e de suas ações, confirmando-se, desse modo, os pressupostos levantados para este trabalho. Referências bibliográficas ASHLEY, Patrícia Almeida (Coord.). Ética e responsabilidade social nos negócios. São Paulo: Saraiva, BANCO NACIONAL DE DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL BNDES. Histórico das privatizações. Disponível em: < Acesso em: 24 abr BORENSTEIN, Carlos Raul. A dinâmica do sistema de poder nas organizações do setor elétrico brasileiro: o caso da eletrosul. Tese (Doutorado). Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção. Florianópolis (SC): Universidade Federal de Santa Catarina, BROOKSON, Stephen. Como entender a contabilidade. Tradução Anna Quirino. São Paulo: Publifolha, BRYSON, John M. What to do when stakeholders matter: a guide to stakeholder identification and analysis techniques. In: The National Public Management Research Conference. Washington (DC): Georgetown University Public Policy Institute, out BUSINESS FOR SOCIAL RESPONSIBILITY IINSTITUTE BSRI. Providing competitive advantage, corporate social responsibility can help a company. Disponível em: < Acesso em: 06 set

15 COCHRAN, Philip L.; WOOD, Robert A. Corporate social responsibility and financial performance. Academy of Management Journal, 1984, v. 27, n. 1, p DRUCKER, Peter F. La gerencia, tareas, responsabilidades y practica. Buenos Aires: El Ateneo, HOPKINS, Michael. Difining indicators to assess socially responsible enterprises. Kidlington: Futures, INSTITUTO ETHOS. Guia de elaboração de relatório e balanço anual de responsabilidade social empresarial. São Paulo: Instituto Ethos, LODI, João Bosco.Governança corporativa: o governo da empresa e o conselho de administração. Rio de Janeiro: Campus, LOURENÇO, Alex Guimarães; SCHRÖDER, Débora de Souza. Vale investir em responsabilidade empresarial? Stakeholders, ganhos e perdas. Rio de Janeiro. Dissertação (Mestrado). Faculdade de Engenharia de Produção da Universidade do Rio de Janeiro, MACHADO FILHO, Cláudio Antônio Pinheiro. Responsabilidade social corporativa e a criação de valor para as organizações: um estudo multicasos. Tese (Doutorado). Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade da Universidade de São Paulo/USP, OLIVEIRA, Marcelle Colares et al. Responsabilidade social corporativa e negócios internacionais: um estudo das empresas baianas. In: XVII CONGRESSO DA SOCIEDADE LATINO-AMERICANA DE ESTRATÉGIA SLADE, 2004, Itapema, Santa Catarina, Brasil. Anais... Santa Catarina: SLADE, QUEIROZ, Adele. A utilização de indicadores de responsabilidade social das empresas. Dissertação (Mestrado em Administração de Empresas). São Paulo: Fundação Getúlio Vargas, Escola de Administração de Empresas, RAPPAPORT, Alfred. Gerando valor para o acionista: um guia para administradores e investidores. Tradução: Alexandre L.G. Alcântara. São Paulo: Atlas, SEN, A. On ethics and economics. Oxford, Blackwell: ZYLBERSZTAJN, Decio. A organização ética: um ensaio sobre as relações entre ambiente econômico e o comportamento das organizações. Working Paper. Texto base de aula de erudição para obtenção do título de professor titular. São Paulo. Faculdade de Economia, Administração e Contabilidade/USP,

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