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1 urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbaa ISSN: Potifícia Uiversidade Católica do Paraá Brasil Hoppe, Stefa; Assis Shikida, Pery Fracisco; Silva, Josemar Raimudo da ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA DESTILARIA PARA PRODUÇÃO DE ÁLCOOL CARBURANTE A PARTIR DA MANDIOCA urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbaa, vol. 1, úm. 2, julio-diciembre, 2009, pp Potifícia Uiversidade Católica do Paraá Paraá, Brasil Dispoível em: Como citar este artigo Número completo Mais artigos Home da revista o Redalyc Sistema de Iformação Cietífica Rede de Revistas Cietíficas da América Latia, Caribe, Espaha e Portugal Projeto acadêmico sem fis lucrativos desevolvido o âmbito da iiciativa Acesso Aberto

2 ISSN urbe. Revista Brasileira de Gestão Urbaa, Curitiba, v. 1,. 2, p , jul./dez Liceciado sob uma Liceça Creative Commos ANÁLISE ECONÔMICO-FINANCEIRA DA IMPLANTAÇÃO DE UMA DESTILARIA PARA PRODUÇÃO DE ÁLCOOL CARBURANTE A PARTIR DA MANDIOCA TÍTULO Ecoomic ad fiacial aalysis of distillery for alcohol from cassava establishig Stefa Hoppe [a], Pery Fracisco Assis Shikida [b], Josemar Raimudo da Silva [c] [a] Liceciado em Geografia pela Uiversidade do Oeste de Sata Cataria (UNOESC), Especialista pela Faculdade Assis Gurgacz (FAG). Mestrado em Desevolvimeto Regioal e Agroegócio pela Uiversidade Estadual do Oeste do Paraá (UNIOESTE), Toledo, PR - Brasil, stehopp@yahoo.com.br [b] Professor Associado do Curso de Ciêcias Ecoômicas e do Programa de Mestrado em Desevolvimeto Regioal e Agroegócio da Uiversidade Estadual do Oeste do Paraá (UNIOESTE), Bolsista de Produtividade em Pesquisa do CNPq, Toledo, PR - Brasil, pfashiki@uioeste.br [c] Professor Colaborador da Uiversidade Estadual do Oeste do Paraá (UNIOESTE), Toledo, PR - Brasil, josemar@uioeste.br Resumo Este artigo objetivou avaliar a viabilidade ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria a partir das istalações de uma fecularia o muicípio de São Miguel do Oeste, Sata Cataria. Como corolário, os ivestimetos produziram idicadores que apotam iviabilidade ecoômico-fiaceira para este projeto. Para tal resultado, cosideraram-se duas simulações, uma aalisado desde o iício do projeto até a implatação de uma destilaria e a outra simulação tedo como pressuposto a implatação da destilaria a partir da fecularia já existete. Cosiderou-se que, diate do perfil da fecularia aalisada, a implatação de uma destilaria tora-se iviável ecoomicamete. Palavras-chave: Madioca. Destilaria. Álcool carburate. Viabilidade ecoômico-fiaceira. Abstract This article aimed to evaluate the ecoomic ad fiacial viability of establishig a distillery from a cassava plat i Sa Miguel do Oeste, Sata Cataria State. As a corollary, the ivestmets demostrated uviable ecoomic ad fiacial idicators for this project. For this result two simulatios were cosidered, oe aalyzig a iitial project with the implemetatio of a distillery plat ad the other implemetig the distillery from the existig plat. The coclusios were that from the plat profile aalysis, the implemetatio of a distillery is ot a viable ecoomic alterative. Keywords: Cassava. Distillery. Alcohol fuel. Ecoomic ad fiacial viability.

3 246 HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R. INTRODUÇÃO A madioca é um produto geuiamete brasileiro. Ela é produzida em todos os Estados do País, com custos de produção relativamete baixos em relação às outras culturas agrícolas, além de ser uma cultura com poucos riscos e com baixos ivestimetos (ABAM, 2007). No ao 1980, a produção mudial de madioca foi de 122,1 milhões de toeladas. Na época, o Brasil era o maior produtor mudial, com produção de 24,6 milhões de toeladas, represetado 20,1% de participação. Após 22 aos ( ), a produção o mudo aumetou em 51,0% e o Brasil passou a ser o segudo maior produtor, com 22,99 milhões de toeladas produzidas. No ao 2002, a produção mudial de madioca foi de 184,8 milhões de toeladas, cultivadas em 17,3 milhões de hectares. O cotiete mais produtivo foi o africao, detedo 54,5% da produção mudial, sedo a Nigéria a maior produtora, com 18,7%. O cotiete asiático produziu 27,2% da quatidade produzida o mudo, com destaque de produção para os países da Idoésia e da Tailâdia, com 9,1% cada. Já a América do Sul produziu 17,2% do total mudial, com a participação do Brasil de 12% (CAMARGO FILHO; ALVES, 2004). Segudo o Istituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE, 2003), a produção da madioca esteve icluída etre os ove primeiros produtos agrícolas do país em áreas cultivadas. Os pricipais Estados produtores de raízes frescas foram Pará (17,80%), Bahia (15,80%), Paraá (15,79%), Rio Grade do Sul (5,60%), Marahão (4,98%) e São Paulo (4,63%); Estados que, em cojuto, foram resposáveis por 64,6% da produção o país. Nesse mesmo ao, o valor da produção agropecuária o Brasil foi de R$ 118,56 bilhões e a madioca respodeu por R$ 3,28 bilhões. No ao 2004, a estimativa do Istituto Paraaese de Desevolvimeto Ecoômico e Social (IPARDES, 2006), para produção acioal da cultura da madioca foi de toeladas de raízes, uma área platada de hectares, com redimeto médio de 13,6 toeladas por hectare. Nesse ao, de acordo com a Compahia Nacioal de Abastecimeto (CONAB, 2007), os pricipais Estados produtores foram Pará (18,7%), Bahia (17,5%) e Paraá (12,4%), as regiões com melhores redimetos o platio foram o Sul e o Sudeste, com 18,8 toeladas por hectare e 17,1 toeladas por hectare, respectivamete. A estimativa de produção acioal de madioca para o ao 2007, segudo o IBGE (2007), foi de toeladas. Deste total, aproximadamete 40% são voltados para a produção de fariha, 30% para alimeto de mesa, outros 10% para amido e o restate para ração aimal. A estimativa de produção para o Sul do Brasil é de toeladas. Para o Estado de Sata Cataria, a estimativa correspode a toeladas, sedo que o icremeto a produção catariese em relação à safra de 2006 girou em toro de 0,86%. A problemática ecotrada por muitos produtores e processadores do produto está em ecotrar alterativas ecoomicamete viáveis para diversificar o emprego da matéria-prima da madioca. Uma das alterativas discutidas a atualidade são os ivestimetos em destilarias para a produção de álcool a partir deste produto. Diate de tal perspectiva, o objetivo deste artigo é aalisar a viabilidade ecoômicofiaceira da implatação de uma destilaria para a produção de álcool carburate, cujo isumo seja a madioca. A aálise foi realizada por meio de estudo de caso a Fecularia São Miguel, o muicípio de São Miguel do Oeste, Sata Cataria. A fecularia estudada foi implatada o ao 2001, o Oeste de Sata Cataria. O total de moagem de madioca a Fecularia São Miguel atigiu, o ao de 2007, aproximadamete toeladas, represetado 1,40% da produção do Estado. A produção tem sido direcioada para um úico produto, a fécula, atededo a um úmero reduzido de compradores. Assim, a produção do álcool cumpriria com o papel de difereciar e de agregar valor à produção. Diate disso, este artigo está estruturado em quatro partes, além da presete itrodução. A parte seguite traz um cotexto geral da cadeia produtiva da madioca. Em seguida, são apresetados os procedimetos metodológicos e o levatameto dos dados. Na terceira parte são apresetados os resultados a partir do estudo de caso e a verificação da viabilidade ecoômico-fiaceira da implatação da destilaria. Cocomitatemete à apresetação dos resultados, faz-se a discussão deles. As cosiderações fiais sumarizam este trabalho. A CADEIA PRODUTIVA DA MANDIOCA A madioca, também cohecida por aipim e macaxeira, é uma plata origiária da América do Sul. Sua cultura foi levada para os países africaos

4 Aálise ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria para produção de álcool carburate a partir da madioca 247 e asiáticos e atualmete é produzida por mais de 80 países do mudo. Cohecida comumete como alimeto de pobre, ela desempeha elevada importâcia social e ecoômica, costituido-se em fote de reda e de eergia para cerca de 700 milhões de pessoas, pricipalmete para aquelas de baixa reda dos países em desevolvimeto (GUSMÃO; MENDES NETO; SILVA, 2006). As variedades de madioca são classificadas em masa e brava. A masa, também deomiada de madioca de mesa ou macaxeira, tem como destio os mercados e as feiras livres para cosumo humao i atura. Já a madioca brava é destiada às idústrias de trasformação e seus derivados são: fariha, fécula (polvilho doce ou azedo), álcool, etre outros (GUSMÃO et al., 2006). De acordo com Camargo Filho e Alves (2004), a maior quatidade de madioca é direcioada à idústria para produção de fariha e outros derivados, equato o mercado de raiz para cosumo humao i atura e aimal é meor e regioal. Neste setido, os autores destacam que as cadeias produtivas de madioca para idústria e para mesa são difereciadas, ou seja, de um lado existem uidades para processameto de raiz em várias regiões do país, tedo como produto pricipal a fariha e a fécula, já de outro lado a cadeia da madioca para mesa equivale a cerca de 15% do total de raiz cosumida para alimetação humaa ou aimal. Ao estudar uma cadeia produtiva buscase eteder as estruturas e as fuções de um determiado agroegócio, pois: [ ] a cadeia produtiva evolve desde a fabricação de isumos, a produção as fazedas, a sua trasformação até o seu cosumo. Esta cadeia icorpora todos os serviços de apoio, desde a pesquisa e assistêcia técica, processameto, trasporte, comercialização, crédito, exportação, serviços portuários, dealers, bolsas, idustrialização, até o cosumo fial. O valor agregado do complexo agroidustrial passa, obrigatoriamete, por 5 mercados: o de suprimeto; o de produção propriamete dito; o do processameto; o de distribuição; e o do cosumidor fial (CALDAS et al., 1998, p. 16). A cadeia produtiva da madioca para idústria pode, porém, ser resumida em três elos: 1) Os forecedores: os pricipais forecedores são os produtores rurais que cultivam a madioca. Outros forecedores são os produtores de máquias e equipametos, os vededores de leha de eucalipto, e os forecedores de implemetos agrícolas; 2) A idústria: composta por fabricates de farihas, de féculas e de produtos derivados, formada por diferetes portes de empresas, sedo a maioria delas pequeas. Segudo Almeida e Ledo (2004), do total da madioca produzida o Brasil, 20% são destiados às fecularias e 80% às fariheiras; 3) Empresas distribuidoras: podem ser as próprias fariheiras e fecularias ou os distribuidores autôomos (IPARDES, 2006). De acordo com o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequeas Empresas (SEBRAE, 2003) a idústria de isumos, ecotrada ates da porteira, que se caracteriza pelo forecimeto de equipametos, de máquias, de corretivos e de fertilizates através das empresas de revedas, ão tem grade destaque esta cadeia produtiva pela pouca utilização desses isumos e baixo ível tecológico a lavoura de madioca. O cosumidor também ão tem grade destaque, pois a produção fial destia-se mais para as idústrias de trasformação do que ecessariamete para o cosumidor fial. Atualmete, uma das dificuldades efretadas pelo setor está relacioada à grade oscilação do preço da matéria-prima. Como cosequêcia, muitas fariheiras têm operado iformalmete, chegado a parar suas atividades por algus meses, equato as fecularias procuram reduzir sua produção para equilibrar suas operações com a diamicidade do mercado (IPARDES, 2006). Diate de tais dificuldades, o setor vem buscado alterativas de diversificação da produção e uma das discussões presetes a atualidade refere-se à trasformação da madioca em álcool. A madioca e a produção do álcool carburate A produção de álcool carburate a partir da madioca ão se costitui como uma ovidade o Brasil. As experiêcias de produção o país foram iiciadas em 1932, com a costrução de uma destilaria de álcool de madioca o muicípio de Diviópolis,

5 248 HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R. Mias Gerais. Nesse período, ou seja, etre 1932 e 1942, fabricava-se álcool com destilação de litros diários, atigido a produtividade de 198 litros por toelada de madioca (CAMARGO, 1986). Além da destilaria de Diviópolis, outras cico destilarias chegaram a ser costruídas e etraram em atividade, porém, com a cocorrêcia da caa-de-açúcar praticamete todas fecharam. A úica que cotiuou em fucioameto foi a Coraci, localizada o muicípio de São Pedro do Turvo, Estado de São Paulo. No etato, essa destilaria redirecioou sua produção para outros produtos, tais como perfumes, remédios e bebidas, por causa da qualidade do álcool refiado. Os locais das istalações destas destilarias iviabilizaram os empreedimetos idustriais aquele período, por serem regiões ão tradicioais, ou istaladas em polos madioqueiros que já beiravam o fim do ciclo (ABAM, 2007). Atualmete, volta-se a discutir a produção de álcool a partir do isumo madioca por questões mudiais de preservação ambietal e rumos da política eergética dada o país (PAULILLO; MELLO; VIAN, 2006). Diate de tal perspectiva, far-se-á o estudo de viabilidade ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria cuja matéria-prima é a madioca. A tedêcia de demada do álcool combustível os próximos aos é alta. [...] é muito provável que a assiatura do Protocolo de Kyoto (que exige a redução das emissões de gases de efeito estufa etre 2008 e 2012) e a majoração do preço mudial do petróleo devam impulsioar o cosumo do álcool em vários países as próximas décadas. No Brasil, os automóveis flex fluel estão diamizado a demada de álcool o país, dado maior poder de escolha e seguraça ao cosumidor (PAULILLO et al., 2007). PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS Este artigo utiliza o método de estudo de caso, realizado em uma fecularia localizada o muicípio de São Miguel do Oeste, em Sata Cataria. A fecularia tem, em seu programa admiistrativo, a preocupação com a diversificação da produção da fécula, visado à implatação de uma destilaria. Um estudo de caso caracteriza-se pela aálise profuda de um ou de mais objetos de estudo. Deste modo, este método possibilita a geeralização desse mesmo caso, represetativo de outro(s) caso(s) aálogo(s), ou seja, a partir de um ou de algus casos, busca-se uma visão geral do problema (GIL, 2000). Neste trabalho, houve levatameto bibliográfico e coleta de dados secudários para reforçar os objetivos deste estudo. Para a realização do estudo de caso de viabilidade ecoômicofiaceira foram coletadas iformações por itermédio de pesquisa de campo a Fecularia São Miguel (SC). Os dados com os valores atualizados dos equipametos ecessários e obras civis para a implatação de uma destilaria foram obtidos a fábrica de máquias para fecularia EBS, localizada em Quatro Potes, Paraá. Outros dados referetes a preços e demais iformações foram obtidos com a ABAM e empresa Cereálcool, localizada em São Pedro do Turvo, São Paulo. Os valores referidos estão especificados as tabelas deste trabalho, apresetadas os resultados da pesquisa. O presete trabalho fará duas simulações para a implatação de uma destilaria. A primeira se desiga a verificar a viabilidade ecoômicofiaceira de implatar uma destilaria com capacidade de moer toeladas de madioca por ao, ou seja, implatar uma destilaria com a mesma capacidade de processameto da Fecularia São Miguel, mas em uma área própria. A seguda simulação versará em verificar a viabilidade ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria usado a estrutura física da fecularia estudada. Cumpre dizer que os ivestimetos em capital fixo foram depreciados pelo método liear e o valor residual foi cosiderado ulo. O método de depreciação cosidera o valor atual do ativo, a vida útil estimada e o valor residual. Assim, a carga de depreciação foi dividida costatemete ao logo dos aos (NOGUEIRA, 1999). A perda do valor do bem por desgaste ão é um desembolso, mas um custo, podedo ser abatida das receitas, dimiuido o lucro tributável (CASAROTTO FILHO; KOPITTKE, 2000). Métodos de aálise de viabilidade ecoômica No processo de avaliação de um projeto de ivestimeto elabora-se uma aálise fiaceira fazedo o cálculo do volume de ivestimetos ecessários para a istalação da destilaria mediate a etrada das receitas e das despesas que ocorrem ao logo de um determiado tempo. Esperam saber a existêcia do retoro atrativo para motivar sua implatação.

6 Aálise ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria para produção de álcool carburate a partir da madioca 249 A aálise foi desevolvida para um horizote de 15 aos. Foram calculados também os ivestimetos ecessários para a implatação da destilaria, bem como seu retoro fiaceiro e o tempo ecessário para ressarcir esses custos. A taxa de descoto utilizada para os cálculos de viabilidade foi a taxa de juros (Selic), de 11,25% a.a., baseada a média aual de Os idicadores utilizados para aalisar a viabilidade ecoômico-fiaceira para a implatação da destilaria de etaol são: a) o Valor Presete Líquido (VPL), ídice que permite obter a viabilidade ecoômico-fiaceira da implatação de um projeto o logo prazo, ou seja, pode ser etedido como o excesso de gaho que o projeto apreseta, diate da melhor oportuidade de ivestimeto (BUARQUE, 1984); b) a Taxa Itera de Retoro (TIR), defiida como [ ] a taxa de juros que aula o valor presete das receitas líquidas resultates do projeto, quado comparados com o valor presete dos desembolsos [ ] (MARIM, 1980, p. 43); c) a Taxa de Retabilidade (TR), taxa que represeta uma porcetagem de retabilidade sobre o capital iicial ivestido um determiado período de tempo; e d) o Período de Recuperação Ecoômica de Capital (payback), etedido como o tempo ecessário para o ivestimeto recuperar o capital ivestido (NOGUEIRA, 1999). A Taxa Míima de Atratividade (TMA) é a taxa utilizada para a avaliação da atratividade do ivestimeto, que pode ser defiida pelo custo de capital da empresa. Neste trabalho explicitam-se as fórmulas dos idicadores citados, porém, para maiores esclarecimetos sobre esses idicadores, ver Clemete (1998); Marim (1980); Holada (1975); Nogueira (1999) e Buarque (1984). Os cálculos foram realizados com auxílio da plailha eletrôica Excel. Complemetarmete, também foi calculado o idicador ROIA, um idicador de valor mais efetivo (SOUZA; CLEMENTE, 2008). A seguir são expostas as expressões algébricas do VPL, TMA, TIR, TR, payback, IBC (Ídice de Beefício-Custo) e ROIA. a) Valor presete líquido (VPL) VPL = I0 + Ode: i= 0 ( Cf ) (1 + j) (1) VPL = Soma algébrica de todos os valores líquidos descotados para o mometo presete; - I 0 = Fluxos de saída iicial ou ivestimeto iicial; C f = Fluxos de líquido de caixa do projeto/ivestimeto; j = Taxa de descoto (juros) cosiderado para atualizar o fluxo de caixa; i = Número de períodos ou horizote do ivestimeto ou empreedimeto. b) Taxa míima de atratividade (TMA) O valor da taxa j para ser usada o processo de descapitalização do fluxo de caixa é cohecida como Taxa de Míima de Atratividade (TMA). c) Taxa itera de retoro (TIR) ( Cf ) TIR = I 0 + = 0 (2) (1 + j) i= 0 Ode: TIR = A taxa que iguala o VPL a zero. d) Taxa de retabilidade (TR) TR (%) VPL = I 0 + i= 0 (1 + Cf i ) (3) Ode: VPL = Valor presete líquido; I 0 = Fluxos de saída iicial ou ivestimeto iicial; C f = Fluxos de líquido de caixa do projeto/ivestimeto; j = Taxa de descoto (juros) cosiderado para atualizar o fluxo de caixa; i = Número de períodos ou horizote do ivestimeto ou empreedimeto. e) Período de recuperação do capital (PRC) ou período de payback descotado k ( RL) PRC ou PBK = 0 (1 + j) i= 0 (4)

7 250 HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R. ILouIBC Ode: RL = Retoro ou Beefício Líquido esperado pela etrada de caixa (fluxos operacioais líquidos); I 0 = Fluxos de saída iicial ou ivestimeto iicial; j = Taxa de descoto (juros) cosiderado para atualizar o fluxo de caixa; = Número de períodos. f) Ídice de lucratividade (IL) ou Ídice beefício-custo (IBC) I RL j i = 0 (1 + ) = (5) 0 Ode: RL = Retoro ou Beefício Líquido esperado pela etrada de caixa (fluxos operacioais líquidos); k = Período de recuperação do capital; j = Taxa de descoto (juros) cosiderado para atualizar o fluxo de caixa; i = Número de períodos. g) Retoro adicioal sobre o ivestimeto iicial (ROIA) É uma das melhores estimativas da retabilidade para um projeto de ivestimeto em termos auais, pois represeta percetualmete a riqueza gerada pelo projeto além da TMA. Dessa forma, o ROIA é o aálogo percetual do coceito de Valor Ecoômico Agregado (EVA), derivado assim da taxa equivalete ao IBC para cada período do projeto. RESULTADOS E DISCUSSÕES A Fecularia A Fecularia São Miguel, localizada o muicípio de São Miguel do Oeste, em Sata Cataria, foi fudada em A estrutura produtiva da fecularia tem como pricipal isumo a madioca. A empresa, de porte médio, é uma sociedade aôima composta por 10 sócios e está istalada em uma área de m 2 do total de 20 hectares. Os ivestimetos relativos à fecularia foram realizados com capital próprio e por lihas específicas de crédito do Baco Nacioal de Desevolvimeto Ecoômico e Social (BNDES). Desde que a empresa foi implatada ão houve mudaça o quadro de cotratação de fucioários. No total, são dez trabalhado durate todo o ao, além de acrescetar outros dez fucioários o período de maior produção, quado a fecularia trabalha em dois turos. Desses 20 fucioários, 17 são do sexo masculio e 3 do sexo femiio. A empresa ão terceiriza mão-de-obra. Ao iiciar as operações, a fecularia ão cotava com mão-de-obra qualificada. A carêcia de qualificação específica o desempeho da fução ão tem sido empecilho para o bom adameto da fecularia, uma vez que as fuções estão relacioadas às características operacioais das idústrias do setor, ão exigido mão-de-obra com cohecimeto especializado. A empresa cota com todo o processo de produção desde a etrada da madioca, icluido pesagem em balaça própria até a fécula embalada, colocado o mercado sua própria marca e obtedo recohecimeto por parte dos cosumidores. Com relação aos forecedores do isumo, estes são produtores locais e dos Estados vizihos do Paraá e do Rio Grade do Sul. Esses produtores de madioca são pequeos proprietários rurais e sua produção represeta o total de madioca processada a empresa. O pricipal problema origia-se a oferta isuficiete, que ocorre tato os períodos de safra, os meses de abril, maio, setembro e outubro, quato o período de etressafra, dos meses de ovembro a março, deixado parte da empresa ociosa. A fecularia tem capacidade de moer aualmete toeladas, o etato, o ao 2007, o total moído a fecularia foi de toeladas de madioca, represetado 50% da capacidade de moagem da empresa. Assim, este estudo compatibiliza o tamaho do projeto com o estudo de mercado (demada esperada) que a Fecularia São Miguel prevê, ou seja, uma demada de litros de álcool carburate essa fase iicial. A madioca processada a empresa ão é a variedade cosiderada brava, mas uma variedade específica para a produção de fécula. Tratase de uma variedade deomiada de madioca vermelha, desevolvida pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (EMBRAPA). Esta variedade ão serve, porém, para o cosumo humao por causa de maior acidez cotida a raiz. Diate desse ceário, o presete estudo de caso fez duas simulações para a implatação de uma destilaria. A primeira simulação cosiderou a implatação de uma destilaria desde o iício do projeto; já a seguda simulação cosiderou a implatação da destilaria a partir da fecularia existete. A discrimiação dos ivestimetos para a implatação da destilaria desde seu iício está especificada a Tabela 1.

8 Aálise ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria para produção de álcool carburate a partir da madioca 251 Fote: Dados da pesquisa. TABELA 1 - Discrimiação dos custos para a implatação de uma destilaria Ivestimeto Iicial Quatidade Valor Uit. (R$) Valor Total (R$) Equipametos Rampa de descarga de raízes lateral 1 u , ,00 Alimetação automática de raízes 1 u , ,00 Correia trasportadora 1 u , ,00 Lavador de raízes 1 u , ,00 Rosca simples para casquiha 1 u 8.445, ,00 Motobomba EBS semissubmersa, em ferro 1 u 8.705, ,00 fudido Correia de ispeção 1 u , ,00 Triturador de raízes 7 facas 1 u , ,00 Rosca elevadora 1 u , ,00 Alimetador dosador 1 u , ,00 Desitegrador (cevadeira) 200 to 1 u , ,00 Bomba positiva 5 CV 1 u , ,00 Taque 4 u , ,00 Bomba helicoidal 2 u , ,00 Cojuto de cozimeto cotíuo 1 u , ,00 Trocador de calor tubular 1 u , ,00 Taque de sacarificação/fermetação 14 u , ,00 Bomba cetrífuga 12 u 6.211, ,00 Trocador de calor tipo casco tubo 1 u , ,00 Taque em aço carboo 12 m 3 4 pç , ,00 Cojuto completo para destilação álcool 1 u , ,00 Taque de armazeameto 4 u , ,00 Taque de armazeameto de álcool de 2ª 1 u , ,00 Taque de armazeameto de óleo fúsel 1 u , ,00 Torre de refrigeração 6 u , ,00 Caldeira 5 to/vapor 1 u , ,00 Balaça rodoviária 80 to 1 u , ,00 Equipametos para laboratórios (básicos) 1 u , ,00 Caixa d água litros 2 u , ,00 Dala 10 metros (correia para sacos de fécula) 1 u , ,00 Total subvalor dos equipametos ,00 Motagem da destilaria Motagem dos equipametos 1 u , ,00 Sistema elétrico dos equipametos 1 u , ,00 Terraplaagem 1 u , ,00 Costrução lagoas de tratameto 6 u , ,00 Projeto de rebaixameto de eergia 1 u , ,00 Trasformador de eergia 500 KWA 1 u , ,00 Poço artesiao 2 u , ,00 Terreo m m 2 1 u , ,00 Costrução civil 1 u , ,00 Projeto tratameto de efluetes 1 u 6.500, ,00 Total subvalor da motagem da destilaria ,00 Taxas, Impostos e Liceciameto 5.000,00 Total Geral ,00

9 252 HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R. Quato aos custos de produção, cada toelada de madioca produz 172 litros de álcool carburate. Cada litro de álcool tem um custo de produção de R$ 0,85, cotabilizados este valor a mauteção dos equipametos, os impostos, a eergia elétrica, a folha de pagameto dos fucioários, a leha, a alfa-amialase, o amilogluco, os isumos em geral e a matéria-prima madioca. Como a Fecularia São Miguel a capacidade total de moagem de madioca é de toeladas por ao, a produção de álcool poderia chegar a litros de álcool carburate. A depreciação das máquias e dos equipametos para um período de 15 aos também foi cosiderada a discrimiação dos custos de produção da destilaria. Os valores estão especificados a Tabela 2. TABELA 2 - Discrimiação dos custos de produção da destilaria Custo de produção Quatidade Custo uitário (R$) Despesa total (R$) Álcool carburate L 0, ,00 Depreciação aual ,07 Total Geral ,07 Fote: Dados da pesquisa. Como receita foi cosiderada a veda do álcool carburate, a veda da vihaça e a veda do bagaço da madioca. O preço do álcool carburate cosiderado este trabalho foi o preço médio pago, cujo levatameto estatístico é feito pelo Cetro de Estudos Avaçados em Ecoomia Aplicada (CEPEA) o ao Os valores estão especificados a Tabela 3. TABELA 3 - Discrimiação das receitas da destilaria Receitas Ecoomias Quatidade Valor Uitário (R$) Valor Aual (R$) Álcool carburate L 0, ,00 Vihaça kg 8, ,00 Veda do bagaço da madioca to 20, ,00 Total Geral ,00 Fote: Dados da pesquisa. A partir dos custos para a implatação da destilaria, dos custos de produção e das receitas obtiveram-se os fluxos de caixa da destilaria para um período de 15 aos. Na aálise de viabilidade ecoômico-fiaceira, cosiderado uma TMA de 11,25%, obteve-se um VPL altamete egativo o valor de R$ ,88, TIR de ,77%, TR de -138,7%, payback egativo para o período cosiderado, sedo tato o IBC como o ROIA também egativos.

10 Aálise ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria para produção de álcool carburate a partir da madioca 253 Implatação da destilaria a partir da fecularia A iteção deste item é mostrar se é viável ou ão a Fecularia São Miguel deixar de ser uma fecularia para se trasformar em uma destilaria. A lógica que deve ficar clara este aspecto é que a substituição da codição de fecularia para destilaria implica o direcioameto da produção alcooleira para fis carburetes, podedo esta uidade produtiva obter beesses que uma fecularia ão teria o mercado de agroeergia. Primeiramete se calculou os ivestimetos ecessários para a compra de máquias e de equipametos para a destilaria, sedo descosiderados os valores das máquias e dos equipametos que servem tato para a fecularia como para a destilaria. Em seguida, cotabilizaram-se os gastos ecessários para a motagem da destilaria e foram descosiderados os que já foram realizados. Para fazer uma aálise geral, também foram levatados os custos das máquias e dos equipametos de uma fecularia, descosiderado os que podem ser utilizados a destilaria, sedo feita a depreciação de sete aos, e os valores pelos quais poderiam ser vedidos a atualidade. Os gastos em máquias e em equipametos que ão serão ecessários para a implatação da destilaria são os 11 primeiros ites especificados a Tabela 1, tais como: rampa de descarga de raízes lateral (R$ ,00); alimetação automática de raízes (R$ ,00); correia trasportadora (R$ ,00); lavador de raízes (R$ ,00); rosca simples para casquiha (R$ 8.445,00); motobomba EBS semisubmersa, em ferro fudido (R$ 8.705,00); correia de ispeção (R$ ,00); triturador de raízes 7 facas (R$ ,00); rosca elevadora (R$ ,00); alimetador dosador (R$ ,00); desitegrador (cevadeira) 200 to (R$ ,00). Jutos, esses equipametos somam R$ O restate dos gastos em máquias e em equipametos ecessários para a implatação da destilaria está especificado a Tabela 1, a partir do décimo primeiro item. Jutos eles somam R$ ,00, sedo este o valor ecessário para compras com as máquias e com os equipametos para implatar a destilaria. Quato aos gastos com a motagem da destilaria, ão serão ecessários os gastos com terraplaagem (R$ ,00); com costrução das lagoas de tratameto (R$ ,00); com projeto de rebaixameto de eergia (R$ ,00); com trasformador de eergia 500 KWA (R$ ,00); com poço artesiao (R$ ,00); com terreo m 2 (R$ ,00); com costrução civil (R$ ,00); com projeto de tratameto de efluetes (R$ 6.500,00). Jutos, esses ites somam R$ ,00. Já os gastos ecessários para a motagem da destilaria são a motagem dos equipametos (R$ ,00) e o sistema elétrico dos equipametos (R$ ,00), somado R$ ,00, sedo este o gasto ecessário com a motagem dos equipametos para implatar a destilaria esta fecularia. Cosiderado a veda das máquias e dos equipametos da fecularia que ão serão úteis, poder-se-ia obter a soma de R$ ,00, mas, com a depreciação aual de R$ ,00 e cosiderado os sete aos da implatação (2001), as máquias e os equipametos podem ser vedidos a um valor de R$ ,00, valores especificados a Tabela 4 a seguir. Além dos gastos citados, existem aida os gastos com os impostos e liceciameto que somam R$ 5.000,00.

11 254 HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R. TABELA 4 - Máquias e equipametos de uma fecularia e os valores da depreciação Ivestimeto Iicial Qt. Valor Valor Total Depreciação Uit. (R$) (R$) Equipametos Aos Dep. Aual Motobomba iox auto esc. EBS 1 u 5.699, , ,93 Rosca horizotal iox 1 u 8.593, , ,87 Peeira rotativa extratora 3 u , , ,00 Motobomba iox auto esc. EBS 05 CV 3 u 5.699, , ,80 Motobomba iox auto esc. EBS 7,5 CV 2 u 6.190, , ,33 Peeira rotativa extratora GL-800 GL3 1 u , , ,33 Taque iox litros 1 u 9.830, , ,33 Motobomba iox cetrífuga pequea 1 u 6.811, , ,07 Cetrífuga primária EBS CT-40 1 u , , ,67 Taque itermediário das cetrífugas 1 u 5.690, , ,33 Motobomba iox cetrífuga pequea EBS 1 u 5.813, , ,53 Cetrífuga secudária ref. EBS CT-25 1 u , , ,33 Coletor iox para cetrífuga CT-25 1 u 5.690, , ,33 Motobomba iox auto esc. EBS 3 CV 3 u 3.655, , ,00 Taque agitador litros 1 u , , ,67 Filtro a vácuo x mm 1 u , , ,87 Correia trasportadora saitária 1 u 7.950, , ,00 Esfarelador 1 u 4.700, , ,33 Cojuto trocador calor 1 u , , ,00 Secador de amido tipo flach drier 1 u , , ,53 Coletor para fécula seca 40 to 1 u , , ,87 Fudo fluidizado 1 u , , ,67 Rosca do silo 1 u , , ,80 Classificador de amido seco 5 to/h 1 u , , ,80 Esacadeira EBS VR u , , ,00 Rosca para esaque de bagaço 1 u 9.630, , ,00 Silo para bagaço 1 u , , ,33 Rosca para bagaço 1 u , , ,53 Rosca simples para casquiha 1 u 6.530, , ,33 Coletor iox para rosca de casquiha 1 u 4.160, , ,33 Motobomba EBS auto esq. Iox 10 CV 1 u 6.899, , ,93 Bomba pressão para auto lavagem GLS 1 u 2.625, , ,00 Motobomba de recalque de iox 5 CV 1 u 5.699, , ,93 Coes reserva para GLs 1 u , , ,67 Caldeira 04 to/vapor 1 u , , ,33 Balaça rodoviária 80 to 1 u , , ,00 Equipametos para laboratórios (básicos) 1 u , , ,00 Balaça para sacos de fécula 1 u 3.000, , ,00 Caixa d água litros 1 u , , ,20 Dala 10 metros 1 u , , ,00 Total subvalor dos equipametos , ,00 Fote: Dados da pesquisa.

12 Aálise ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria para produção de álcool carburate a partir da madioca 255 Diate das cosiderações expostas, os gastos ecessários para a implatação da destilaria a partir da fecularia existete seriam R$ ,00. Quato aos custos de produção, a Fecularia São Miguel a moagem de madioca o ao de 2007 foi toeladas. Assim, a produção de álcool poderia chegar a litros de álcool carburate. Como o custo de produção por litro é de R$ 0,85, a despesa total chegaria a R$ ,00. Já o valor da depreciação foi calculado dos equipametos que serão adquiridos. Os valores estão especificados a Tabela 5. TABELA 5 - Discrimiação dos custos de produção da destilaria Custo de produção Quatidade Custo uitário (R$) Despesa total (R$) Álcool carburate L 0, ,00 Depreciação ,33 Total Geral ,33 Fote: Dados da pesquisa. Como receita, foi cosiderada a veda do álcool carburate, a veda da vihaça e a veda do bagaço da madioca. Valores especificados a Tabela 6. Fote: Dados da pesquisa. TABELA 6 - Discrimiação das receitas da destilaria Receitas Ecoomias Quatidade Valor Uitário (R$) Valor Aual (R$) Álcool carburate L 0, ,00 Vihaça kg 8, ,00 Veda do bagaço da madioca to 20, ,00 Total Geral ,00 A partir dos custos para a implatação da destilaria, dos custos de produção e das receitas obtiveram-se os fluxos de caixa para um período de 15 aos. Na aálise de viabilidade ecoômico-fiaceira, cosiderado uma TMA de 11,25%, obteve-se VPL egativo o valor de R$ ,95, TIR egativa de 1.145,85%, TR de -161,9%, payback também egativo para o período cosiderado, sedo tato o IBC como o ROIA também egativos. Diate dos resultados obtidos, percebese que a seguda simulação, apesar da obteção egativa do VPL, da TMA, da TIR, da TR e do payback, o resultado aida é meos expressivo que a primeira simulação ode o resultado para a VPL foi egativo em R$ ,88, repre- setado quase o dobro da seguda simulação. Cabe ressaltar que mesmo sedo a seguda simulação mais vatajosa em relação à primeira, é preciso cosiderar que ambas apresetaram iviabilidades em seus projetos. Diate desses resultados, a pricipal idagação que surge é por que a viabilidade ecoômico-fiaceira ão existe? Por que a implatação de uma destilaria diate do perfil da fecularia ecotrado ão é viável? Existem algumas explicações bem visíveis para esta idagação. A primeira dessas explicações está o fato de que a totalidade da matéria-prima (madioca) é comprada, o que ecarece cosideravelmete a produção do litro de álcool. Além da compra da matéria-prima, outro

13 256 HOPPE, S.; SHIKIDA, P. F. A.; SILVA, J. R. fato que ajuda a ecarecer a produção é a compra da leha, ou seja, se a empresa tivesse áreas com platação de madeira para a utilização a fecularia, bem como tivesse produção total (ou, pelo meos, parcial) da madioca, o desempeho da empresa poderia ser outro. Outros fatores gerais que comprometem a cadeia produtiva da madioca para a produção de álcool estão relacioados à falta de iteresses políticos e goverametais para com o setor. Faltam icetivos fiscais para dimiuição dos custos de implatação da destilaria, além da falta de iteresses em icetivos para as pesquisas, tato o desevolvimeto de ovas tecologias de jusate a motate, ou vice-versa, como o aperfeiçoameto geético da madioca para melhorar a qualidade da produção, bem como pesquisas para aumetar a produtividade por alqueire, saado, em parte, a oscilação da produção. Ademais, a competitividade do álcool advido da caa-de-açúcar é deveras expressiva (PAULILLO et al., 2007). CONCLUSÕES O objetivo deste artigo foi aalisar a viabilidade ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria com a fialidade de produzir álcool carburate a partir da madioca. Para o desevolvimeto da aálise foi realizado um estudo de caso a Fecularia São Miguel, localizada o muicípio de São Miguel do Oeste, em Sata Cataria. Os resultados apresetados as variações de receita e de custos das duas simulações de implatação das destilarias, de acordo com a aálise de viabilidade ecoômico-fiaceira, e por meio de idicadores de retabilidade, mostram que os ivestimetos ão se ecotram viáveis fiaceiramete em ehuma das simulações. Remotado aos resultados do item 3.1 (A Fecularia), costatou-se a aálise de viabilidade ecoômico-fiaceira um VPL de -R$ ,88, TIR de ,77%, TR de -138,7% e payback egativo para o período cosiderado. A partir dos custos para a implatação da destilaria (item 3.2), obteve-se VPL de -R$ ,95, TIR de ,85%, TR de -161,9%, com IBC e ROIA também egativos. Ademais, como a empresa ão tem capacidade própria de produzir a madioca e a leha, o ecarecimeto da produção tora-se um dos motivos da iviabilidade da implatação da destilaria. Outro fator destacado é o iadequado tratameto da cadeia produtiva, com baixa produtividade por hectare. A falta de iteresses políticos e goverametais deixa toda a cadeia produtiva com carêcia de pesquisas e de iovações tecológicas em geral. Por último, mas ão meos importate, a viabilidade ecoômico-fiaceira estudada para a implatação de uma destilaria de álcool de madioca é um assuto polêmico, que surgiu com a discussão de ovas fotes eergéticas reováveis o Brasil. Isso evidecia a ecessidade de outros estudos para perscrutar aspectos relacioados à matriz eergética brasileira. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE PRODU- TORES DE AMIDO DE MANDIOCA ABAM. Álcool de madioca? Por quê? Dispoível em: < Acesso em: 15 dez ALMEIDA, C. O.; LEDO, C. A. S. Um caso mais que perverso das elasticidades. Iforme GEPEC, Toledo, v. 8,. 2, p , BUARQUE, C. Avaliação ecoômica de projetos. Rio de Jaeiro: Campus, CALDAS, R. A. et al. Agroegócio brasileiro: ciêcia, tecologia e competitividade. 3. ed. Brasília: CNPq, CAMARGO FILHO, W. P.; ALVES, H. S. Produção e mercado de madioca: a aálise de preços ao produtor. Iformações Ecoômicas, São Paulo, v. 34,. 9, p , CAMARGO, C. E. D. Madioca. I: CAMARGO, C. E. D. (Org.). Maual Brasil agrícola: pricipais produtos. São Paulo: Ícoe, p CASAROTTO FILHO, N.; KOPITTKE B. H. Aálise de ivestimetos. São Paulo: Atlas, 2000.

14 Aálise ecoômico-fiaceira da implatação de uma destilaria para produção de álcool carburate a partir da madioca 257 CLEMENTE, A. (Org.). Projetos empresariais e públicos. São Paulo: Atlas, COMPANHIA NACIONAL DE ABASTECI- MENTO CONAB. Cetral de iformações agropecuárias: idicadores agropecuários. Dispoível em: < coabweb>. Acesso em: 15 dez GIL, A. C. Técicas de pesquisa em ecoomia e elaboração de moografias. São Paulo: Atlas, GUSMÃO, L. L.; MENDES NETO, J. A.; SIL- VA, M. N. Avaliação participativa de sete variedades de macaxeira em São Luís MA. Revista da FZVA, Uruguaiaa, v. 13,. 2, p. 1-9, HOLANDA, N. Plaejameto e projetos: uma itrodução às técicas de plaejameto e de elaboração de projetos. 3. ed. Rio de Jaeiro: Apec, INSTITUTO BRASILEIRO DE GEOGRA- FIA E ESTATÍSTICA IBGE. Produção agrícola Dispoível em: < Acesso em: 16 dez Produção agrícola Dispoível em: < Acesso em: 15 dez INSTITUTO PARANAENSE DE DESEN- VOLVIMENTO ECONÔMICO E SOCIAL IPARDES. Arrajo produtivo local da madioca da região de Paraavaí-Loada: ota técica. Curitiba: IPARDES, MARIM, W. C. Aálise de alterativas de ivestimeto: uma abordagem fiaceira. 2. ed. São Paulo: Atlas, NOGUEIRA, E. Aálise de ivestimetos. I: BATALHA, M. (Coord.). Gestão agroidustrial. São Paulo: Atlas, p PAULILLO, L. F.; MELLO, F. O. T.; VIAN, C. E. F. Aálise da competitividade das cadeias de agroeergia o Brasil. I: BUAINAIN, A. M.; BATALHA, M. O. (Coord.). Aálise da competitividade das cadeias agroidustriais brasileiras. São Carlos: DEP-UFSCAR/IE- Uicamp, p (Projeto MAPA/IICA). PAULILLO, L. F. et al. Álcool combustível e biodiesel o Brasil: quo vadis? Revista de Ecoomia e Sociologia Rural, Brasília, v. 45,. 3, p , SERVIÇO BRASILEIRO DE APOIO ÀS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS SEBRAE. Diagóstico da cadeia produtiva agroidustrial da madioca: Mato Grosso. Cuiabá: SEBRAE/UNIVAG, SOUZA, A.; CLEMENTE, A. Matemática fiaceira: fudametos, coceitos, aplicações. São Paulo: Atlas, Recebido: 01/12/2008 Received: 12/01/2008 Aprovado: 04/08/2009 Approved: 08/04/2009 Revisado: 21/12/2009 Reviewed: 12/21/2009

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