Novo cronograma de implantação do e-social e outros assuntos de interesse. Novo cronograma de implantação do e-social INFORMA TRABALHISTA

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1 INFORMA TRABALHISTA Novo cronograma de implantação do e-social e outros assuntos de interesse. Novo cronograma de implantação do e-social julho de 2015 Para informações, entrar em contato com: NOTÍCIAS Esta seção divulga notícias de interesse para as relações trabalhistas. Dario Rabay D dario.rabay@souzacescon.com.br Aldo Martinez Neto D aldo.martinez@souzacescon.com.br PUBLICADO NOVO CRONOGRAMA DO E-SOCIAL Foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 25 de junho de 2015, a Resolução n. 1 do Comitê Diretivo do Sistema de Escrituração Fiscal Digital (e-social), que divulgou o novo cronograma do e-social, programa que busca a a unificação de todas as informações fiscais, previdenciárias e trabalhistas enviadas pelas empresas ao Governo Federal.

2 A implantação do e-social, caso não sofra nenhum adiamento, ocorrerá da seguinte forma: (i) Empregadores com faturamento no ano de 2014 acima de R$ ,00: deverão iniciar o uso do e-social a partir de setembro de 2016, exceto para prestação de informação referente à tabela de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monitoramento da saúde do trabalhador e condições ambientais do trabalho, que serão exigidas a partir de janeiro de (ii) Demais empregadores incluindo os empregadores com faturamento no ano de 2014 até R$ ,00, microempresas e empresas de pequeno porte, o microempreendedor individual com empregado, o empregador doméstico, o pequeno produtor rural e o segurado especial: deverão iniciar o uso do e-social a partir de janeiro de 2017, exceto para prestação de informação referente à tabela de ambientes de trabalho, comunicação de acidente de trabalho, monitoramento da saúde do trabalhador e condições ambientais do trabalho, que serão exigidas a partir de julho de A prestação das informações ao e-social substituirá, na forma e nos prazos divulgados, a entrega das informações que atualmente são prestadas separadamente à Previdência Social, à Receita Federal e ao Ministério do Trabalho e Emprego. Aquele que deixar de prestar as informações no prazo fixado ou que apresentar com incorreções ou omissões ficará sujeito às penalidades previstas na legislação dos órgãos gestores do e-social. MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO LANÇA APLICATIVO DE CELULAR PARA FLAGRAR IRREGULARIDADES TRABALHISTAS O Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou um aplicativo, denominado MPT Pardal, destinado a dispositivos móveis, com o objetivo de facilitar a produção de provas relacionadas a denúncias de violações aos direitos coletivos dos trabalhadores, com o objetivo de potencializar a atuação do MPT. As denúncias que envolvem direitos individuais dos trabalhadores, sem repercussão coletiva, não serão processadas, por não fazerem parte das atribuições do MPT. A atuação do MPT envolve questões trabalhistas com repercussão coletiva e social, a exemplo do combate a práticas como o trabalho análogo ao de escravo, o trabalho infantil, a discriminação de trabalhadores, o assédio moral coletivo em relações de trabalho e os riscos de acidentes de trabalho ou de adoecimento relacionado ao trabalho. O envio da denúncia através do MPT Pardal garante o sigilo solicitado pelo denunciante e a automática autuação de processo eletrônico de investigação no MPT. O MPT Pardal está disponível para a plataforma móvel Android e, em breve, será lançada versão para IOS e outros sistemas operacionais de dispositivos móveis. Informações detalhadas sobre o MPT Pardal estão disponíveis para consulta no endereço eletrônico O manual que estabelece as regras de preenchimento, de validação, leiautes, tabelas e instruções gerais para o envio de eventos que compõem o e-social foi divulgado em fevereiro de 2015 e está disponível para consulta no endereço eletrônico 2

3 ALTERAÇÕES DA LEGISLAÇÃO TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA Esta seção divulga as principais alterações na legislação trabalhista e previdenciária. PUBLICADA LEI QUE RESTRIGE ACESSSO A DIREITOS TRABALHISTAS Foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 17 de junho de 2015, a Lei n sancionando a Medida Provisória n. 665, que restringe o acesso a direitos trabalhistas como o seguro-desemprego e o abono salarial. Para ter direito à percepção do seguro-desemprego, o trabalhador dispensado sem justa causa terá que comprovar ter trabalhado pelo menos 12 meses nos últimos 18 meses imediatamente anteriores à data de dispensa. Na segunda solicitação do benefício o trabalhador deverá comprovar que trabalhou pelo menos 9 meses nos últimos 12 meses anteriores à data da dispensa e, na terceira solicitação, o trabalhador deverá comprovar que trabalhou nos últimos 6 meses anteriores à data da dispensa. A Lei n /2015 também alterou o período de percepção do benefício de 4 meses para um período variável de 3 a 5 meses, a depender do tempo de serviço e do número de solicitações de benefício. A Lei entrou em vigor na data da sua publicação. PUBLICADA LEI QUE ALTERA ACESSO A BENEFÍCIOS DA PREVIDÊNCIA Foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 18 de junho de 2015, a Lei n sancionando a Medida Provisória n. 664, que altera o acesso aos benefícios da previdência. A MP n. 664 havia alterado o período mínimo de afastamento necessário para o recebimento dos benefícios de aposentadoria por invalidez, auxílioacidente e auxílio-doença de 15 para 30 dias, bem como o período de responsabilidade das empresas pelo pagamento dos salários dos empregados em caso de afastamento para 30 dias. Entretanto, a Lei n /2015 manteve o período de afastamento mínimo de 15 dias previsto pela Lei n /1991 necessário para o recebimento do auxílioacidente e auxílio-doença. Assim, permanece a obrigatoriedade do empregador em remunerar apenas os 15 primeiros dias de afastamento, passando a ser obrigação do INSS a concessão do auxílio-doença ou do auxílio-acidente quando o segurado demonstrar os requisitos necessários à sua obtenção. A Lei n /2015 entrou em vigor na data de sua publicação. MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO PUBLICA PORTARIA SOBRE PRORROGAÇÃO DE JORNADA EM ATIVIDADE INSALUBRE Foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 29 de maio de 2015, a Portaria 702 do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) determinando os pré-requisitos necessários para ampliar a jornada de trabalho em atividades insalubres e define quais informações devem constar nas solicitações. A Portaria estabelece que, nas atividades insalubres, quaisquer prorrogações de jornada só poderão ser praticadas mediante autorização da chefia da unidade de segurança e saúde no trabalho da Superintendência Regional do Trabalho e Emprego correspondente. Os pedidos de autorização para prorrogação da jornada em atividade insalubre deverão apresentar (i) a identificação do empregador e do estabelecimento; (ii) as funções, setores e turnos que necessitam de prorrogação de jornada, com o número de empregados alcançados pela medida; (iii) a descrição 3

4 da jornada de trabalho ordinária e (iv) a relação dos agentes insalubres, com identificação da fonte, nível ou concentração e descrição das medidas de controle adotadas. O deferimento dos pedidos está condicionado (i) à inexistência de infrações relacionadas às normas regulamentadoras que possam comprometer a saúde ou a integridade física dos trabalhadores; (ii) à adoção das pausas durante o trabalho previstas em lei; (iii) ao cumprimento dos intervalos previstos na legislação e (iv) à anuência da representação da categoria profissional por meio de acordo ou convenção coletiva de trabalho. A Portaria entrou em vigor na data da sua publicação. CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA MUDANÇAS EM PENHORA E EXECUÇÃO DE DÍVIDAS TRABALHISTAS A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 11 de junho de 2015, o Projeto de Lei n /05 (PL) que altera as regras para penhora on line e desconsideração da personalidade jurídica em processos de natureza trabalhista. Pela proposta, a desconsideração da personalidade jurídica só poderá ocorrer nos casos de abuso de direito, desvio de finalidade, confusão patrimonial, excesso de poder, ocorrência de fato ou ato ilícito ou violação dos estatutos ou contrato social. A desconsideração da personalidade jurídica poderá ocorrer ainda nos casos de falência fraudulenta, estado de insolvência, encerramento ou inatividade da pessoa jurídica, provocados por má administração e desde que fique demonstrada a responsabilidade do sócio ou ex-sócio executado. o bloqueio ou a penhora de valor que exceda o valor da ação, o juiz da execução determinará o desbloqueio e a desconstituição da penhora no prazo de 48 horas. O PL será apreciado pelo Plenário da Câmara dos Deputados em data ainda não definida. A íntegra do PL pode ser verificada no website da Câmara dos Deputados ( CÂMARA DOS DEPUTADOS APROVA PROJETO DE LEI QUE ALTERA A CONTAGEM DE PRAZOS PARA APRESENTAÇÃO DE RECURSOS EM PROCESSOS TRABALHISTAS A Comissão de Constituição e Justiça e de Cidadania da Câmara dos Deputados aprovou, no dia 6 de junho de 2015, o Projeto de Lei n. 2113/07 (PL) que altera a contagem de prazos para apresentação de recursos na Justiça do Trabalho. O PL pretende incluir o parágrafo 3º ao artigo 893 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), para determinar que o prazo para interposição de recurso contra decisão judicial contar-se-á (i) da leitura da sentença, quando proferida em audiência; (ii) da intimação das partes, quando a sentença não for proferida em audiência e (iii) da intimação do dispositivo do acórdão. Com a inclusão do texto, a parte poderá recorrer da decisão judicial antes da publicação no Diário Oficial, sem o risco de que o recurso seja considerado fora do prazo. Como tramita em caráter conclusivo, o PL seguirá para análise do Senado. A íntegra do PL pode ser verificada no website da Câmara dos Deputados ( O PL determina também que a penhora só deverá ser feita no valor devido na ação, não podendo ser bloqueado bem ou valor acima desse montante. Sendo verificado 4

5 JURISPRUDÊNCIA TRABALHISTA E PREVIDENCIÁRIA Esta seção divulga julgados de interesse para as relações trabalhistas e previdenciárias. TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO ALTERA JURISPRUDÊNCIA SOBRE PRESCRIÇÃO DE FGTS E EQUIPARAÇÃO SALARIAL Foi publicada no Diário Oficial da União, no dia 9 de junho de 2015, a Resolução n. 198 do Tribunal Superior do Trabalho (TST), que altera a redação das Súmulas n. 6 e n. 362 do TST. A Súmula n. 362, que trata do prazo prescricional relativo ao FGTS, foi alterada em razão da decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a matéria, que passa a ter a seguinte redação: SÚMULA 362. FGTS. PRESCRIÇÃO. I Para os casos em que a ciência da lesão ocorreu a partir de , é quinquenal a prescrição do direito de reclamar contra o não-recolhimento de contribuição para o FGTS, observado o prazo de dois anos após o término do contrato; II Para os casos em que o prazo prescricional já estava em curso em , aplica-se o prazo prescricional que se consumar primeiro: trinta anos, contados do termo inicial, ou cinco anos, a partir de A alteração do inciso IV da Súmula n. 6, por sua vez, decorre da decisão recente do Pleno do TST que consolidou o entendimento de que, nos casos de equiparação salarial em cadeia, não é necessário que o trabalhador que pede o direito tenha diferença de tempo de serviço inferior a dois anos em relação ao colega apontado na primeira reclamação trabalhista que deu origem à cadeia de equiparação (E-ED- RR ). O inciso IV da Súmula n. 6 passou a ter a seguinte redação: SÚMULA 6. EQUIPARAÇÃO SALARIAL. ART. 461 DA CLT VI Presentes os pressupostos do art. 461 da CLT, é irrelevante a circunstância de que o desnível salarial tenha origem em decisão judicial que beneficiou o paradigma, exceto: a) se decorrente de vantagem pessoal ou de tese jurídica superada pela jurisprudência de Corte Superior; b) na hipótese de equiparação salarial em cadeia, suscitada em defesa, se o empregador produzir prova do alegado fato modificativo, impeditivo ou extintivo do direito à equiparação salarial em relação ao paradigma remoto, considerada irrelevante, para esse efeito, a existência de diferença de tempo de serviço na função superior a dois anos entre o reclamante e os empregados paradigmas componentes da cadeia equiparatória, à exceção do paradigma imediato. 7ª TURMA DO TRIBUNAL SUPERIOR DO TRABALHO AUTORIZA ACÚMULO DOS ADICIONAIS DE INSALUBRIDADE E DE PERICULOSIDADE A 7ª Turma do TST, em decisão unânime, afastou a aplicação do artigo 193, 2º da CLT, que obriga o trabalhador a optar entre o adicional de insalubridade e de periculosidade, por entender que as convenções 144 e 155 da Organização Internacional do Trabalho (OIT) garantem a acumulação dos adicionais (RR ). Em sua decisão, o Ministro Cláudio Brandão sustentou que a possibilidade de cumulação se justifica em virtude de os fatos geradores dos direitos serem diversos. Enquanto o adicional de insalubridade tutela a saúde do trabalhador, devido às condições nocivas presentes no meio ambiente de trabalho, o adicional de periculosidade visa proteger a vida do trabalhador, em razão da situação de perigo iminente. Para os Ministros do TST, outro fator que sustenta a inaplicabilidade da norma da CLT que exige que o trabalhador opte por um dos adicionais, foi a ratificação, pelo Brasil, das Convenções 148 e 155 5

6 da OIT que, de acordo com a jurisprudência do STF, possuem status de norma supralegal, sendo, portanto, hierarquicamente superiores à legislação trabalhista. A decisão reflete o entendimento apenas da 7ª Turma do TST e, portanto, ainda não representa entendimento majoritário do TST sobre o tema, que considera não ser possível a acumulação dos adicionais, devendo o empregado optar por aquele que lhe for mais favorável, conforme determina o artigo 193, parágrafo 2º da CLT. Este boletim apresenta um resumo de alterações legislativas ou decisões judiciais e administrativas no Brasil. Destina-se aos clientes e integrantes do Souza, Cescon, Barrieu & Flesch Advogados. Este boletim não tem por objetivo prover aconselhamento legal sobre as matérias aqui tratadas e não deve ser interpretado como tal. 6