Análise da logística de beneficiamento de castanha, borracha e frutas: o caso Cooperacre

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1 110 ISSN: Análise da logística de beneficiamento de castanha, borracha e frutas: o caso Cooperacre CASTRO, M. J. 1*, CARVALHO, M. S. 1, ORMOND, K. X. O. 1, FARIAS, A. P. A 1, MACEDO, D.M. 1 Resumo: A temática Cooperativismo é muito estudada e vamos encontrar várias pesquisas sobre o assunto, porém a maioria delas não trata sobre o processo produtivo das mesmas. Dessa forma, neste segmento, muitos não percebem a importância da gestão da cadeia logística e de seu funcionamento como um processo que requer cuidados, por isso muitas cooperativas chegam a estado de falência por estarem em desvantagem no mercado competitivo. O presente estudo tem como objetivo descrever o processo produtivo da cadeia produtiva dos principais produtos beneficiados e comercializados pela Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre- COOPERACRE, castanha in natura e beneficiada, borracha in natura e processamento de polpa de frutas, buscando ainda identificar os membros que dela participam bem como os pontos críticos. Dessa forma, buscou-se conhecer todo o processo de produção e beneficiamento, pois desde a aquisição da matéria- prima, a logística atua de forma integrada tendo como principal elo a armazenagem e estocagem da produção procurando sempre seguir padrões de manuseio, transporte da embalagem para o estoque e higiene dos produtos que são beneficiados Palavras-chave: Cooperacre, Logística, Armazenagem e estocagem. Abstract: The theme is very Cooperatives studied and we find several studies on the subject, but most of them is not on the same production process. Thus, in this segment, many do not realize the importance of supply chain management and its operation as a process that requires care, so many cooperatives even bankrupt because they are at a disadvantage in the competitive market. This study aims to describe the production process of the suppl y chain of major products processed and marketed by Central Cooperative Marketing Extractive Acre-Cooperacre, raw nuts and processed rubber fresh and processing fruit pulp, still seeking identify members who participate as well as hotspots. Thus, we sought to know the whole process of production and processing, as from the acquisition of raw 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Acre * Maria Jose de Castro, maria.castro@ifac.edu.br

2 111 materials, logistics operates seamlessly link with the main storage and storage of production looking always follow standards for handling, transport packing for the stock and hygiene products are benefited. Keywords: Cooperacre, Logistics, Warehousing and storage 1. Introdução As empresas, devido ao aumento da competitividade no mercado, estão procurando estabelecer padrões de relacionamentos mais cooperativos com seus fornecedores, buscando atuar através de uma cadeia logística integrada gerando, assim, redução de custos para a manutenção de um bom nível de serviço ao consumidor. E para o cooperativismo que é uma atividade econômica que tem por finalidade a produção agrícola ou industrial ou a circulação de bens ou de serviços seguida de normas e princípios que visam desenvolver e gerar melhores condições socioeconômicas para os cooperados, essa realidade não é diferente. No caso, enfatizamos que o gerenciamento das atividades logísticas é fundamental para todos os segmentos empresariais, produtivos ou não. E é neste contexto que se insere a logística que nos últimos anos tem ganhado uma nova dimensão, deixando de ser apenas transporte e distribuição e passando a integrar todos os processos ao longo da cadeia de valores, do fornecedor até o cliente final, dando início então à gestão a cadeia de suprimentos. (FERRANTE, 2009). O presente estudo tem como objetivo descrever o processo produtivo da cadeia produtiva dos principais produtos beneficiados e comercializados pela Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre- COOPERACRE, castanha in natura e beneficiada, borracha in natura e processamento de polpa de frutas, buscando ainda identificar os membros que dela participam bem como os pontos críticos. Para o Estado do Acre, a Cooperacre exerce um papel fundamental, pois garante a compra de toda a produção dos produtores/extrativistas que são associados à cooperativa, da qual eles garantem o sustento de suas famílias, uma vez que desde os tempos antigos, essa é uma das atividades que sempre teve sua importância para o acriano. Nesse contexto, a pesquisa se justifica pela importância que a cadeia produtiva do segmento representa para o estado e região, tendo em vista que faz parte dos arranjos produtivos locais e vem se estruturando no estado devido à impulsão da

3 112 agroecologia como foco de desenvolvimento sustentável definido pelas políticas estaduais. Além de ser um segmento que movimenta grandes quantidades de suprimentos, desde a extração das matérias-primas até a entrega dos produtos finais aos consumidores, envolvendo dessa forma intensas operações logísticas de transporte, armazenagem, importação e exportação de produtos. Materiais e Métodos Esta pesquisa caracteriza-se como de natureza exploratória e descritiva. Na pesquisa exploratória porque buscou conhecer nos referenciais bibliográficos nacionais e internacionais a temática sobre gestão da cadeia de suprimentos voltada para o cooperativismo, fato esse que se tornou um desafio dada a carência de trabalhos nessa área. Segundo Gil (2008), as pesquisas exploratórias têm como principal finalidade de desenvolver, esclarecer e modificar conceitos e ideias, tendo em vista a formulação de problemas posteriores. mais precisos ou hipóteses pesquisáveis para estudos A pesquisa também pode ser classificada como de natureza descritiva, pois em relação aos procedimentos de pesquisa, adotou-se o estudo de caso, que, segundo Yin (2010), esse método de investigação compreende um estudo exaustivo de um ou poucos objetos, permitindo assim um amplo e detalhado conhecimento do objeto de estudo. A coleta de dados deu-se deu através do estudo de caso que teve o intuito de detalhar o objeto pesquisado e cumprir o objetivo da pesquisa que é descrever produtivo e a cadeia produtiva dos principais produtos beneficiados e comercializados o processo pela Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre- COOPERACRE, castanha in natura e beneficiada, a borracha in natura e processamento de polpa de frutas, buscando ainda identificar os membros que dela participam bem como os pontos críticos. A pesquisa contou ainda, com visitas técnicas à empresa onde se utilizou da técnica da entrevista com questões abertas e semiestruturadas respondidas pelo gerente comercial da Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estado do Acre- COOPERACRE. A entrevista foi

4 113 guiada por um roteiro específico (desenvolvido pelos autores) para identificar e responder às questões descrição do produtivo e da cadeia produtiva dos principais produtos beneficiados e comercializados, identificando também as condições de armazenagem e estocagem dos produtos desde a sua origem até o momento da venda. Fundamentação teórica 3.1 A logística e sua importância para as organizações As empresas têm utilizado a logística como fator estratégico para melhoria da eficiência do atendimento às necessidades de seus clientes colocando em evidência o quanto o conceito logístico vem sendo desenvolvido e sua aplicabilidade expandida, principalmente quando se trata de setores altamente qualificados que visam aumento de produção com custos reduzidos o que agrega valor de lugar, de tempo, de qualidade e de informação à cadeia produtiva (NOVAES, 2007, p.35). Atualmente, a logística pode ser considerada como um macroprocesso que envolve desde abastecimento (aquisição de matéria-prima e materiais necessários à produção); planta (produção); e distribuição de produtos acabados e até mesmo tudo que envolve a logística reversa que são os chamados serviços de pós venda, pós consumo de uma empresa. Nesse sentido, segundo Christopher (2011, p.3), a logística é em essência uma orientação e uma estrutura de planejamento que visam criar um único plano para o fluxo de produtos e informações por meio de um negócio. Há ainda outra definição de acordo com a definição do Council of Supply Chain Professionals norte-americano, relatando que logística é o processo de planejar, implementar e controlar de maneira eficiente o fluxo e a armazenagem de produtos, bem como serviços e informações associadas, cobrindo desde o ponto de origem até o ponto de consumo, com o objetivo de atender aos requisitos do consumidor. Segundo Novaes (2007), o processo logístico compõe-se de alguns elementos básicos o que exige excelência tanto na qualidade do produto quanto na excelência do processo, ou seja, colocar o produto certo no lugar certo, na hora certa e com custos reduzidos, conforme evidenciado na figura abaixo: Figura 1. Elementos básicos da Logística. Fonte: NOVAES (2007).

5 114 Nesse contexto, a cadeia de suprimentos segundo o que enfatiza Chopra e Meindl (2003) apud Dalé et al (2010) consiste em todas as partes envolvidas, direta ou indiretamente, em atender as requisições dos clientes, e que a mesma inclui, além dos fabricantes e fornecedores, transportadoras, empresas de armazenagem, varejistas e consumidores. Dessa forma, a gestão da cadeia de suprimentos pode ser vista como um conjunto de métodos utilizados com objetivo de melhorar a integração e gestão dentro de uma organização, que envolve: distribuição, transporte, armazenagem, estoques, custos logísticos e outros, visando otimização na produção e garantindo ao cliente final o produto certo, na hora certa e nas condições desejadas, tendo os custos, ao longo da cadeia, gerenciados de forma eficiente, contribuindo para um desempenho ótimo da empresa como um todo. É importante ressaltar que a cadeia de suprimentos é parte do conceito de logística integrada atuante dentro de uma organização a qual procura estabelecer valores para adequação de uma visão sistêmica quanto ao processo produtivo, o que acarretará melhoria dos resultados ao longo da cadeia logística. 3.2 A importância da gestão de custos logísticos O custo está diretamente ligado à produção de bens ou serviços que uma empresa adquire, tais como: matéria-prima, componentes e outros insumos necessários à produção e etc. Ainda neste contexto, é válido ressaltar que sempre haverá diferenças significativas na rentabilidade entre clientes, pois clientes diferentes compram diferentes quantidades de produtos também diferentes, porém o custo para se atender a esses clientes normalmente varia bastante.

6 115 Alguns autores afirmam que o custo é um dos principais determinantes para o sucesso competitivo, pois estes permit em determinar os padrões de custo de produção ou produto/mercadoria. Assim o Instituto dos Coordenadores Gerenciais IMA (1992) define custos logísticos como: Custos de planejar, implementar e controlar todo o inventário de entrada (inbound), em processo e de saída (outbound), desde o ponto de origem até o ponto de consumo. Desta forma, deve se considerar como custos logísticos aqueles que são gerados durante todo o fluxo de materiais e bens, o que engloba desde o ponto de fabricação até a entrega ao cliente. Existem três pontos fundamentais que são necessários para o gerenciamento eficiente dos custos logísticos. São eles: Suprimentos - É importante que a empresa escolha bem seus fornecedores e determine o tamanho do lote de compra. Dessa forma, seus produtos serão adquiridos de forma mais racional, diminuindo seus custos. Apoio à Produção - A distribuição do lucro ou despesa deve ser proporcionalment e dividida entre as partes interessadas para que não ocorram casos de supertaxar os produtos que mais vendem e sobretaxar aqueles que menos vendem. Distribuição Física - É essencial ter o controle de custos abrangendo desde a saída das mercadorias até a sua entrega final. Dessa forma, é possível identificar os clientes de acordo com o seu nível de serviço, possibilitando um embasament o sobre a rentabilidade de seus clientes para a área comercial. Além desses pontos fundamentais supracitados, existem ainda quatro elementos básicos que formam os custos logísticos, que são os custos com armazenagem, estocagem, processament o de pedidos e por fim os custos com transporte que são considerados um dos maiores custos logísticos tendo como grande relevância o preço final do produto. Assim, é possível observar que tamanha é a necessidade de aprimorar a gestão de custos logísticos, principalmente no Brasil, pois só assim os empresários passariam a ter uma ampla visibilidade referente a cada componente de custo, bem como análise de custo logístico total, o que provocaria um novo desafio para os sistemas

7 116 de informações contábil-gerenciais com contexto da competitividade e sobrevivência das empresas nos mercado. Resultados e Discussões 4.1 A Indústria de beneficiamento Cooperacre A Cooperativa Central de Comercialização Extrativista do Estadodo Acre COOPERACRE foi fundada em dezembro de 2001, é uma Central que congrega 25 pessoas jurídicas (associações e cooperativas extrativistas) espalhadas em mais de 10 municípios do Estado do Acre, representando mais de famílias extrativistas nas regionais do Alto Acre, Baixo Acre e Purus. Possui duas usinas de beneficiamento de castanha uma em Brasiléia e outra em Xapuri - administradas pela matriz que fica em Rio Branco/AC e uma agroindústria para processamento de polpa de frutas. Nas três filiais, a cooperativa possui, em média, 200 funcionários cuja seleção é feita através de currículo e entrevista pessoal, passando em seguida por um período de teste até a contratação final. Os principais objetivos da Cooperacre estão ligados à viabilização do sistema de cooperativismo em rede, permitir o acesso direto aos mercados mais promissores, melhorar o nível tecnológico da produção em toda a rede de associados, modernizar os modelos de gestão e administração das cooperativas e associações, e por fim, valorizar a floresta com atividades extrativistas de baixo impacto ambiental buscando alternativas de uso dos recursos naturais que respeitem valores éticos ambientais. No seu aspecto de gestão se destaca como uma Organização social, de gestão participativa e assistência ao cooperado. 4.2 Aquisições dos insumos para produção A cooperativa em questão trabalha com o beneficiamento de castanha, processamento da polpa de frutas e venda de borracha in natura. Toda a matéria- prima é fornecida pelos associados que são os produtores das comunidades cadastrados pela Cooperacre. Assim, é garantida a aquisição de toda a safra para posterior beneficiamento e comercialização da produção. O preço pago é decidido em

8 117 assembleia geral, após os administradores consultarem os preços oferecidos pelos concorrentes. O recurso da compra é repassado para a associação antecipadamente, após uma estimativa de produção. Por ano, geralmente é comprado em média 500 mil latas de castanha, 450 toneladas de borracha e 50 toneladas de frutas. A Cooperacre possui certificação orgânica ECOCERT BRASIL, que realiza a certificação voltada para o mercado interno, pois é acreditada para suas atividades internacionais segundo o guia ISO 65, que assegura aos produtores brasileiros certificados pela ECOCERT BRASIL acesso aos principais mercados mundiais de produtos orgânicos. Um certificado que traz em sua embalagem um selo que garante ao consumidor que alguns cuidados foram tomados de acordo com a legislação de orgânicos no Brasil. Além disso, a todo o resíduo da cooperativa é dado um destino final adequado. Neste caso, temos como exemplo a venda da castanha podre ao RECA (Reflorestament o Econômico Consorciado Adensado) que, após extração de óleo que contém uma substância chamada safrol (ajuda a fixar o cheiro de perfumes e hidratantes na pele), é repassada para a empresa NATURA. Já a casca da castanha serve como lenha para caldeiras, para enfeitar jardins, além de ser utilizada também em ramais de difícil acesso. Ainda tem o reaproveitamento do pó da castanha que é vendido para adubo orgânico. 4.3 Produtos e o processo produtivo Os principais produtos que fazem parte do fluxo de produção da rede Cooperacre são: a borracha, o processamento da polpa de frutas e o beneficiamento da castanha que representa o produto de maior representatividade no processo produtivo e de vendas Borracha A produção da borracha (que a Cooperacre apenas comercializa) é obtida diretamente do seringueiro que extrai o látex da seringueira por meio da sangria (remoção de um pequeno volume de casca) conforme figura 2. Este processo que permite o escoamento da seiva líquida densa e viscosa, é colhido em pequenas canecas afixadas na extremidade inferior do corte, que endurece lentamente, em contato com o

9 118 ar. Após três ou quatro horas da sangria, o látex é retirado das canecas e acondicionado, adicionando amônia, numa proporção de 0,05% como estabilizadora, evitando a coagulação precoce. Neste caso, é mais vantajosa a venda da borracha assim que ela é estocada, pois quanto mais tempo passar armazenada ocorrerá a perda de líquido deixando-a mais leve e consequentemente mais barata em relação à quantidade comprada, uma vez que o preço para venda varia de acordo com sua pesagem. Figura 2. Imagens da extração do látex e da borracha in natura pronta para ser comercializada. Fonte: elaborada pelos autores. O período de maior produção da borracha varia de maio a novembro e é a cooperativa quem fica responsável pelo transporte da produção da filial até a matriz. Sua destinação final vai principalmente para São Paulo-SP e Espírito Santo-ES e geralmente são transportadas em toneladas por empresas terceirizadas Processamento de polpa de frutas

10 119 Outro fluxo de produção importante para a cooperativa é o processamento de polpa de frutas que, com apoio e incentivo do poder público e estadual, foi reativado há dois anos dobrando sua capacidade e ampliando o beneficiamento de 40 para 80 toneladas do produto por mês. O processamento da polpa de frutas é feito por intermédio da agroindústria instalada no Polo Agro florestal Geraldo Mesquita que tem a capacidade de receber uma tonelada de frutas por hora, além de abrigar as que estiverem em processo de maturação. Máquinas de pré-lavagem fazem a higiene inicial das frutas que são levadas automaticamente para tanques de borbulhamento passando pelo processo de sanitização, através do qual a fruta recebe um banho de cloro que atua sobre os micro- organismos. Cortinas de isolamento entre uma sala e outra garantem padrão de sanidade para evitar a contaminação dos alimentos. Alguns funcionários capacitados para tal função são designados para operar alguns dos poucos equipamentos que necessitam de intervenção humana. O restante do procedimento é realizado por processamento automático de fluxo constante. As polpas processadas são: açaí, cajá, maracujá, goiaba, acerola, cupuaçu, manga, graviola e abacaxi. Elas são armazenadas e congeladas na própria matriz até que seja entregue aos clientes/consumidores finais. Em se tratando de frutas o manejo do produto requer cuidados especiais de modo a agregar valor e qualidade ao produto acabado e para que não haja contaminação do produto, a cooperativa procura manter padrões de higiene em todas as fases de processamento procurando estabelecer a saída dos produtos respeitando o prazo de validade. Neste caso, é utilizada a técnica do PEPS que consiste no método de armazenagem em que o produto primeiro a estar disponível em estoque é o primeiro a sair. Tabela 1. Tabela de venda de polpa de frutas. Rio Branco, junho/2013. MEDIDA SABORES 400g R$ 3,10 Abacaxi DA R$ 1 kg MEDI 7,30 R$ 3,20 Açaí R$ 5,50 R$ 2,70 Cupuaçu R$ 5,70 R$ 3,50 Maracujá R$ 6,00

11 120 Fonte: Adaptada pelos autores com base nos dados coletados na pesquisa Beneficiamento da castanha Em relação ao processo de beneficiamento da castanha são seguidos alguns passos para o seu processamento. Primeiro a castanha in natura é transportada de caminhão até o armazém onde fica estocada até a iniciação do ciclo de beneficiamento. Em seguida é feito o processo de secagem, classificação e auto lavagem que segue por uma esteira para outra máquina onde será realizado o descasque. Depois é levada para uma câmara fria e em seguida para uma estufa que receberá um choque térmico fazendo com que a casca se desprenda da castanha. Após esse processo quente a castanha fica em repouso por volta de 4 a 5 horas. Caso a casca não se desprenda o processo de choque térmico é repetido. O próximo passo é a seleção verde ou inspeção I, nesse processo parte do trabalho passa ser manual sendo feito principalmente pelas mulheres (por acreditarem que tenham maior sensibilidade nas mãos) que ficam sentadas ao redor de uma esteira por onde passam as castanhas. A partir daí, há uma seleção para fazer a retirada das que estão podres e imaturas e caso alguma passar despercebida, esta será retirada na inspeção final. Após isso, a castanha segue para desidratação, resfriamento, inspeção final, embalagem e estoque até a sua distribuição ao atacado ou varejo. Ao analisar o fluxo de produção de toda cadeia produtiva da Cooperacre, fica evidente a sua preocupação quanto à qualidade dos produtos finais, para que estes estejam de acordo com os requisitos pré-estabelecidos tanto pela cooperativa quanto pelos consumidores/compradores seja no atacado ou varejo. Assim, a cooperativa fica apta a fazer parte da competitividade de mercado, principalmente local. Abaixo segue o fluxo produtivo do principal produto beneficiado pela Cooperacre que é a castanha. Figura 3. Fluxo simplificado do processo de beneficiamento da castanha-cooperacre.

12 Armazenagem e estocagem dos produtos Da castanha O armazenamento da castanha in natura é feito em galpões construídos em madeira, assegurando a qualidade do produto. Esses galpões são localizados na cooperativa central (Rio Branco) para receber a produção de Sena Madureira, Plácido de Castro, Porto Acre, Vila Nova Califórnia e Extrema; na filial (Brasiléia) para receber produção dos seringais adjacentes; e na filial (Xapuri) para receber produção do município de Capixaba e dos seringais adjacentes. Os armazéns têm, em média, uma capacidade de armazenagem de 80 a 100 mil latas aproximadamente. A castanha chega como lata de 18 litros que corresponde a 18 kg, no armazém é transformada em quilo e para seu ensacamento em sacos de fibra é utilizado um medidor chamado equitolitro, uma espécie de carrinho com capacidade de 5 latas, cada saco comporta 6 latas. O galpão é abastecido em média com 500 mil kg de castanha. A média de estocagem é 300 mil latas de acordo com o mercado. A armazenagem da castanha, principalmente da in natura, tem que ser em temperatura ambiente, em local arejado, protegido da luz, umidade e calor excessivo. A estocagem da castanha após o seu beneficiamento fica entre 3 a 4 mil caixas com 20 kg e ficam armazenadas de acordo com os lotes de fabricação obedecendo à validade dos produtos na hora da saída. Todo o controle de estoque (entrada e saída) é monitorado por planilhas no EXCEL a qual é alimentada de acordo com os dados repassados pelas indústrias de beneficiamento (entrada) e dados repassados pelo setor

13 122 de vendas (saída). O estoque mínimo que a cooperativa trabalha mensalmente é de caixas de castanha equivalente a kg de castanha beneficiada. Figura 4. beneficiada. Imagens referentes à armazenagem da Castanha in natura e Da borracha No caso do armazenamento da borracha o que é levado em consideração é o período que ela fica estocada, pois quanto maior o tempo em que ela permanecer no armazém mais ela vai eliminando o seu líquido e, consequentemente, diminuindo seu valor para venda. Por isso, o setor de vendas tem que estar constantemente atento quanto à entrada e saída de produção para que não ocorram prejuízos significativos para cooperativa em questão. O galpão da borracha é localizado na cooperativa central sendo esse o ponto de partida para comercialização para fora do Estado Da polpa de frutas Quanto ao armazenamento da polpa de frutas,o produto permaneça armazenado com temperatura que varia de -10º a 18º C, tendo validade por um ano, o que manterá a qualidade do produto e a fidelização de seus clientes. Com relação aos estoques, geralmente mantêm-se estoques mínimos do produto para que, no período de entressafras, a polpa possa ser oferecida ao consumidor com a mesma qualidade. A

14 123 cooperativa procura manter polpa congelada pelo menor tempo possível para preservação das características originais mantendo-as mais próximas dos frutos in natura. A polpa após ser beneficiada é armazenada em câmara frias construídas na cooperativa central e na própria agroindústria também localizada em Rio Branco. Em seguida, o produto é lançado no mercado de acordo com as normas da Vigilância Sanitária. Por isso, são utilizadas embalagens a vácuo reduzindo o ar e inibindo o crescimento de bactérias e fungos ao redor do produto, aumentando a vida útil desse produto basicamente em 3 a 5 vezes do seu tempo normal de vida enquanto refrigerado. 4.5 Custos logísticos na atividade da Cooperacre Em todo o processo produtivo da cooperativa há custos logísticos desde a aquisição da matéria- prima ate o produto acabado que chega até o consumidor final. Por isso, a cooperativa trabalha com uma margem de lucro de 30% para suprir os imprevistos. Os custos logísticos estão relacionados a todo o processo de produção da cooperativa que vai desde a aquisição de matéria- prima, transporte, o gerenciamento do estoque e armazenagem, processamento de pedidos, até os custos com as embalagens e, principalmente com a logomarca dos produtos que são fornecidos por meio de licitação. Entre todos os serviços de logística comparados a outras empresas, o transporte é o mais complexo, pois quando o caminhão vai buscar o produto geralmente ele vai vazio e, dependendo do acesso às comunidades mais distantes, este pode demorar de três a quatro dias para transportar a matéria-prima até a indústria de beneficiamento. No procedimento da compra, a cooperativa faz uma reunião com os representantes das associações da cooperativa e antecipa o pagamento, depois a cooperativa se encarrega de buscar o produto com frota própria. Na cooperativa, o carro chefe obedece a seguinte ordem: castanha, borracha e por último as frutas. A castanha é comprada em lata que corresponde a de 18 litros e na cooperativa é transformada em quilo. O preço pago pela aquisição da castanha depende do mercado e da época, houve um ano que a variação foi de 23 a 25 reais a lata. Sua classificação varia

15 124 em três tipos: Pequena, Media e Larje e o preço pelo qual é vendido, é de acordo com o tamanho da embalagem que pode ser de 200 g, 500 g ou 1 kg, conforme demonstrado na tabela 2. Tabela 2. Valor de venda da castanha beneficiada em Rio Branco, junho/2013. CLASSIFICAÇÃO EMBALAGEM 200 g EMBALAGEM 500 g EMBALAGEM 1 kg Média R$ 7,00 R$ 12,00 R$ 26,00 Larje R$ 8,00 R$ 14,50 R$ 28,00 Fonte: Adaptada pelos autores com base nos dados coletados na pesquisa. Com relação à borracha destacamos que ela é comprada em quilo, a cooperativa paga um valor médio de R$ 5,00/kg, considerando aí um valor tributário de R$1,80/Kg tendo também o incentivo do governo que paga uma parte que é o subsidio estadual, podendo chegar a um preço de até R$ 3,90/kg e, então, a Cooperativa repassa aos cooperados produtores o valor de R$ 5,00/Kg. Com relação ao transporte, a carga e descarga de uma carreta corresponde a R$ 0,03 centavos o kg sendo que a borracha é vendida no mínimo de uma tonelada (uma carreta). A quantidade de vendas varia de 30 a 32 toneladas de borracha e dependendo do período, essa média pode aumentar ou diminuir. 5. Considerações finais A gestão adequada da cadeia de suprimentos é a principal responsável pelos resultados desenvolvidos e alcançados dentro da cooperativa utilizando todo o seu conjunto de métodos usados para uma melhor gestão de todos os parâmetros desde a matéria-prima até o consumidor final. Através da pesquisa realizada na COOPERACRE, foi possível observar que a cooperativa tem se preocupado não somente com os seus resultados alcançados, mas também com os meios que alavancam sua produção, deixando claro que o consumidor/cliente final é a parte mais important e de seu processo produtivo. Por isso, se faz necessário que haja uma interação com toda a cadeia logística, principalmente a de suprimentos e de custos logísticos, para que se

16 125 obtenha melhoria de desempenho em todo o processo interno e externo deixando de ser apenas uma eficiência localizada. Hoje os clientes estão requerendo cada vez mais melhoria no nível de serviço, porém nã o está disposto a pagar custos altos por isso, o que acaba gerando grandes desafios no mundo empresarial. A Cooperacre procura manter sua essência cooperativa, ou seja, os cooperados são informados por meio de uma assembleia geral que é realizada uma vez por ano e que tem o objetivo de informar os acontecimentos ocorridos nos negócios. Assim, analisam relatórios e tomam decisões coletivas assumindo a responsabilidade sobre sucessos e erros. Além disso, a Cooperacre é uma cooperativa de produtores rurais que há alguns anos vem contribuindo para o fortalecimento das cadeias produtivas da borracha e da castanha e recentemente do processamento de polpa de frutas no Acre somando, significativamente, na composição da renda das famílias extrativistas. Para o segmento pesquisado é importante destacar o papel da logística que atua em todo o processo de produção, desde a aquisição da matéria- prima, tendo como principal função integrar os elos da armazenagem e estocagem da produção procurando sempre seguir padrões de manuseio, transporte da embalagem para o estoque e higiene dos produtos que são beneficiados. Referências bibliográficas ABRANTES, J.Associativismo e Cooperativismo: como a união de pequenos empreendedores pode gerar emprego e renda no Brasil. Rio de Janeiro: Interciência, CHISTOPHER, M. Logística e Gerenciamento na cadeia de suprimentos. Tradução e revisão técnica: James Richard Hunter. São Paulo: Cengage Learning, DALÉ, L.B.C.,HANSEN, P.B.,ROLDAN, L. B.Análise da Incorporação da Sustentabilidade em Cadeias de Suprimentos Industriais do RS. Anais. SIMPOI FGV- EAESP: XIII SIMPOI Simpósio de Administração da Produção, Logística e Operações Internacionais, 2010.

17 126 FARIA A. C.; COSTA, M. F. G. Gestão de Custos Logísticos 1ºEd.- 4º reimpr. São Paulo: Atlas, FERRANTE, J. C. Logística e a Gestão da Cadeia de Suprimentos. Publicado: julho de 2009 Revista Embanews. Acessado em 07/07/2012. NASCENTE, A. S., NETO, C.R. O agronegócio da fruticultura na Amazônia: um estudo exploratório. Porto Velho: Embrapa Rondônia, NOVAES, A. G. Logística e Gerenciamento da Cadeia de Distribuição. Rio de Janeiro: Elsevier, VEY, I.BALBIN, A. Composição dos Custos Logísticos. Disponível em < acessado em YIN, R. K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman, 2010.

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