Editores Colaborativos (Keepers)
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- Carlos Eduardo Farinha Fortunato
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1 Agenda Editores Colaborativos (Keepers) Cleidson de Souza Dep. Informática Universidade Federal do Pará Definição Exemplos Exemplos de Artefatos e Sistemas Formas de Interação Editores Síncronos GROVE e dopt Editores Assíncronos Definição Keepers relacionam-se a aplicações onde a interação do grupo diz respeito a acessos a um objeto compartilhado. Frequentemente, o objetivo central é a construção de um único artefato. Exemplos: Sistemas para revisão de documentos: uma única pessoa escreve um documento e repassa para outros revisarem o mesmo. Editores concorrentes: onde mais de um usuário pode acessar o mesmo documento ao mesmo tempo. Definição Um keeper deve proporcionar: Controle de acesso aos documentos: quem pode acessar o documento? Controle de alterações de cada usuário; Controle de versões do artefato; Controle de concorrência (acesso simultâneo ao documento): o que acontece com 2 alterações contraditórias? Propagação da concorrência; etc.
2 Exemplos Word for Windows, editor de texto, com revisões e comentários; Co-Word ABCDE [Souza, 1998]: Editor de Diagramas Cooperativo Baseado em GROVE: editor de textos síncrono sem nenhum mecanismo de lock. QuestMap, Xnetwork e ICARO: editores de diagramas; SEPIA: editor de hiper-textos; PREP Forma de Interação Síncronos: permitem que um grupo de pessoas edite o artefato ao mesmo tempo; Assíncronos: neste caso, somente um usuário pode editar o artefato a cada momento; Semi-síncrono: as duas estratégias podem ser utilizadas. Assim, o keeper deve fornecer apoio às duas formas de interação, além de permitir uma suave transição entre elas. Interação Síncrona Normalmente, o documento é dividido em segmentos lógicos e o editor gerencia a sincronização e a consistência do documento; Deve-se utilizar um protocolo para manter a consistência do documento. Isto é necessário, uma vez que a edição simultânea do documento por vários usuários pode ser conflitante. Existem, basicamente, três abordagens para resolver este problema: Forma de Interação Síncrona Um mecanismo de locking explícito, onde o usuário precisa travar o objeto antes de editá-lo; Um mecanismo de locking implicíto, onde o sistema trava automaticamente o objeto que o usuário está editando; e Sem mecanismos de locking. Neste caso, o controle da consistência do documento é feito através de um algoritmo para ordenação dos eventos de edição.
3 GROVE GROVE [Ellis91] é um editor de textos síncrono projetado para ser utilizado por um grupo de usuários para a edição de outline (tabela de conteúdo). Não utiliza mecanismo de locking: cada usuário pode ver e editar livremente qualquer parte do documento. Dois usuários podem editar a mesma palavra de um documento ao mesmo tempo. GROVE Ele utiliza uma arquitetura que possui uma instância do editor e uma cópia replicada do documento na estação de cada usuário. O controle de concorrência é obtido através da adoção de uma técnica de transformação de operações, que permite a resolução automática de conflitos. O algoritmo que implementa esta técnica é chamado dopt. GROVE e o dopt Quando um usuário realiza alguma operação, ela é executada imediatamente na sua cópia local. Após a execução local, ela é distribuída para outras cópias, de acordo com um vetor de estados que controla e indica as operações mais recentemente processadas em cada réplica do documento. Cada instância do GROVE mantém um vetor de estados para sua réplica. GROVE e o dopt Antes de realizar a operação que chegou de outra instância, uma comparação é feita entre os dois vetores de estado: se eles forem iguais, a operação se realiza, caso contrário, ocorre uma transformação automática dos dados para ficarem consistentes, antes da operação ser processada.
4 GROVE e o dopt GROVE e o dopt XYZ XYZ Algumas Observações: Del(2) XZ Ins(A,1) AXYZ T E M Quando cruzamentos são detectados, então as operações devem ser transformadas. Um mecanismo de prioridade é necessário em certos casos: Ex: Ins(A,1) e Ins(B,1)? AXZ Del(2) --> Del(3) AXZ P O Este algoritmo é diferentes dos utilizados em Banco de Dados, pois certas operações podem ser descartadas, o que não ocorre em BD. Ex: del(2) e del(2). GROVE Interação Assíncrona Apesar da total liberdade deste modelo, os autores relatam um aumento de eficiência do processo de escrita cooperativa e relatam que os conflitos são surpreendentemente infreqüentes. Segundo seus autores, isto ocorre porque após um determinado período de aprendizado do editor, os próprios usuários se encarregam de estabelecer protocolos sociais para a cooperação. Neste caso, a cooperação entre os usuários é possível através de mecanismos que permitam a coleta de informações sobre as atividades executadas por outros usuários. Este tipo de informação ajuda a coordenação das atividades dos usuários, evitando o trabalho redundante ou conflitante. Assim, um usuário terá, a sua disposição, informações sobre as operações que foram efetuadas pelos outros usuário desde a última vez em que ele acessou o documento.
5 Interação Assíncrona O controle de alterações pode ser facilmente implementado através de timestamps, ou seja, o registro do momento de criação e/ou alteração dos objetos. Um outro mecanismo que pode ser utilizado são anotações. As anotações são uma forma de comunicar idéias, sugerir modificações, levantar questões, etc, sobre um documento. As anotações servem como um mecanismo de comunicação entre os usuários. Um usuário faz a leitura do documento e insere suas anotações junto a trechos do mesmo que serão lidas posteriormente por outros usuários. A comunicação entre os usuários pode ser feita utilizando-se anotações de diversas formas: (i) para apresentar idéias ou opiniões, (ii) para propor alterações e (iii) para levantar questões. As anotações também podem ser usadas como registro das argumentações ocorridas durante o desenvolvimento do documento.
6 As anotações geralmente são de dois tipos: comentários, que podem ser textuais ou vocais e estão associados a trechos do documento; e substituições, que correspondem a sugestões de alterações. Isto é, comentários são texto sobre o texto original. Geralmente, eles descrevem opiniões ou idéias de seus autores sobre os elementos anotados. Ex: ``Este parágrafo não está claro'. Substituições são segmentos de texto que podem substituir o texto original. Elas são extremamente importantes em qualquer editor que apóie anotações, pois os usuários ficam insatisfeitos se não podem propor alterações no documento: `` (os revisores) querem ter a possibilidade de reescrever peças de texto e não simplesmente inserir anotações (...)''. [NKCM90] Ao se inserir uma anotação, deve-se registrar o autor da mesma. No entanto, é interessante também permitir anotações anônimas, o que permite que problemas como, inibição, pressões sociais ou hierárquicas, entre outros, sejam resolvidos. Neurwith [NKCM90] também afirma que, em muitos casos, a reescrita é muito mais eficiente que a tentativa de diagnosticar as deficiências do texto original.
7 estão associadas a determinados trechos de documentos, como por exemplo, linhas, parágrafos, seções, etc, dependendo da implementação do editor. Por exemplo, o PREP [NKCM90] associa anotações à paragráfos, enquanto que o SHADOW associa anotações a trechos de texto. Alguns Sistemas: Texto: PREP, ForComments e SHADOW Diagramas: XNetwork e ABCDE ABCDE É um editor de diagramas UML cooperativo baseado em anotações. As anotações são associadas a elementos semânticos da notação UML, isto é, uma anotação pode ser feita sobre classes, relacionamentos, métodos, etc. Uma coluna de anotações é usada para a apresentação das anotações de maneira nãointrusiva. No momento em que uma anotação é visualizada, os elementos que foram anotados são indicados através da modificação de suas cores. ABCDE Filtros para apresentação de anotações são utilizados aliados à coluna de anotações, permitindo que o usuário possa explorar seletivamente as anotações que foram inseridas. Por exemplo: filtros de autoria apresentam anotações feitas por um determinado usuário; filtros temporais apresentam anotações feitas após uma determinada data, etc.
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