Pº C.P.51/2005 DSJ-CT-

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Pº C.P.51/2005 DSJ-CT-"

Transcrição

1 Pº C.P.51/2005 DSJ-CT- Registo de propriedade horizontal antes de concluída a construção do prédio Existência da coisa objecto da propriedade horizontal - Conjunto imobiliário a executar por fases - Conclusão parcial Registo parcialmente definitivo Simultânea definitividade e provisoriedade por natureza do registo Caducidade parcial Autonomização do terreno correspondente às fases não executadas Loteamento urbano. A ) Consulta PARECER 1 A situação registral que está na base da presente consulta é a seguinte: a) Descrição (01504/191001, da freguesia de ): Foi aberta na dependência do averbamento da sua desanexação do prédio descrito sob o nº 01500/270901, como terreno para construção urbana, tendo sido posteriormente actualizada( conclusão dos edifícios Sul e Norte, mantendo-se o Nascente em construção); b) Inscrições G-1, G-2 e G-3: São transcrições das inscrições, com os mesmos números, existentes sobre o prédio mãe, as quais, por sua vez, já eram transcrição de outras, respeitantes a descrições anexadas. Da sua soma resulta o registo de aquisição a favor de, Lda ; c) Inscrição F-1( lavrada oficiosamente, na dependência da desanexação referida em a)): Ónus de não fraccionamento, pelo prazo de 10 anos, a contar de 19 de Outubro de 2001; d) Inscrição F-2 : Constituição de propriedade horizontal em conjunto imobiliário, por fases( 1ª fase: edifício Sul, com as fracções A a AE ; 2ª fase: edifício Norte, com as fracções AF a AW ; e 3ª fase: edifício Nascente, com as fracções AX a CF ). Foi inicialmente( Ap. 78/ ) lavrada provisoriamente por natureza( art.º 92º, nº 1, b) do C.R.P.) quanto às 2ª e 3ª fases, e veio a ser convertida em definitiva quanto à 2ª fase, em face da conclusão do edifício Norte, mantendo, assim, a referida provisoriedade, apenas quanto à 3ª fase, tendo sido renovada pelo Av.2(Ap.15/ ). 2 Tentando encontrar resposta para questões concretas que lhe foram colocadas pela titular inscrita (1), a qual, após conclusão da primeira e segunda fases, estará desinteressada em construir a terceira fase (pelo menos com o mesmo projecto de construção), a consulente colocou em confronto duas interpretações da lei, no sentido de tentar apurar a quem pertence a titularidade do direito de propriedade do solo correspondente à terceira fase, por entender que da resposta a tal questão dependerão as que houverem que ser dadas àquelas outras questões. A saber: (1) Enquadra-se assim a consulta no âmbito da assessoría jurídica que a consulente entende poder e dever prestar. As questões são as seguintes: 1º:Se não construir a terceira fase, ficarão os condóminos das primeira e segunda fases com algum direito ao restante terreno? 2º Se requerer à Câmara Municipal alteração do projecto de construção, será necessário o consentimento dos referidos condóminos? 3º Será possível efectuar um destaque, se não for possível a alteração do projecto? 4º Deverá deixar caducar o projecto e pedir um novo? I

2 a) O direito de propriedade do solo é compropriedade dos condóminos das duas fases concluídas( art.ºs 1420º, 1421º e 1438º-A do C.C.). Para a consulente, este entendimento apoiar-se-ia numa aplicação literal da lei civil, no sentido de que não deve haver distinção pelo facto de se tratar de execução por fases. Daquela compropriedade decorreria a necessidade da intervenção dos condóminos na alteração do título constitutivo da propriedade horizontal, na alteração do projecto de construção ou outro documento camarário, continuando o instituidor a ter o direito de edificar e transmitir as novas fracções autónomas; b) Os condóminos das duas primeiras fases não são comproprietários do solo da terceira, pelo facto de a execução por fases afastar a aplicação do dito art.º 1421º. O solo integrar-se-ia no direito de propriedade do instituidor do regime e passaria a ser compropriedade dos condóminos à medida da conclusão. Num 1º momento(conclusão da 1ª fase) teríamos o respectivo solo compropriedade dos condóminos dessa fase; num segundo momento(conclusão da 2ª fase), o solo da 1ª passaria a ser comum também aos condóminos da 2ª fase e o solo desta passaria a ser compropriedade dos condóminos de ambas; e, num terceiro momento( conclusão da 3ª fase), o solo das 1ª e 2ª passaria a ser comum também aos condóminos da 3ª e o solo desta passaria a ser compropriedade dos condóminos de todas as fases. O instituidor poderia desistir da terceira fase, sem qualquer consentimento dos condóminos, devendo fazer expurgar do prédio submetido ao instituto da propriedade horizontal a parte correspondente, mediante escritura de alteração, instruída com certidões camarárias que comprovem o não início da terceira fase e a verificação dos requisitos que permitam a sua desanexação, à luz da legislação do loteamento urbano. Na dependência do registo da alteração da propriedade horizontal teríamos: desanexação da parcela expurgada, actualização da descrição do prédio mãe e inutilização das descrições das fracções autónomas subordinadas correspondentes à terceira fase. A consulente adere a esta interpretação. B) Apreciação 1 - No sentido de tentar condensar a matéria da consulta, digamos que ela se traduz em saber, no caso de constituição de propriedade horizontal em conjunto imobiliário, na base de autorização de execução faseada (2), qual o alcance da atribuição de autonomia ao resultado dessa execução faseada. Dá-se como adquirido que a prática registral da consulente assenta na existência duma autonomização e na consideração de que ela é necessária e suficiente ao registo definitivo por fases. Na sua essência, a questão tem a ver com aquela que, para a lei, é a característica fundamental deste direito real(art.ºs 1420º do C.C.), e que é a incindibilidade do conjunto formado pela propriedade exclusiva das fracções autónomas e pela compropriedade das partes comuns, conjugada com o facto de a mesma lei(art.º 1421º, nº 1, a)) considerar o solo imperativamente comum. (2) No Proc. C.P.41/98 DSJ-CT( nota 21), ainda não publicado, foi admitida a possibilidade de constituição de um único regime de propriedade horizontal sobre a totalidade de conjunto imobiliário executado por fases, bem como a conversão parcial de inscrição de tal facto(lavrada provisoriamente por natureza art.º 92º, nº 1, b) do C.R.P.). A qualificação levada a efeito pela consulente( cfr. situação registral referida no texto ponto 1, d)), teve por base o mesmo entendimento. II

3 Aquela característica é de facto fundamental e por causa dela diversas naturezas têm sido atribuídas pela doutrina a tal direito, entre as quais se encontram, como mais frequentes, a de forma especial de direito de propriedade ou propriedade especial, a de direito real complexo e a de direito real de gozo típico (3). Esta divergência doutrinal é já ilustrativa de que, mesmo sem fases, nos encontramos num terreno onde não são expectáveis soluções conceitualmente pacíficas. A dificuldade em perceber o alcance da autonomia está, neste caso de execução faseada, no facto de ela se mostrar como mero instrumento da necessária autonomização das fracções autónomas correspondentes e da natureza definitiva do registo dos factos a estas respeitantes. Às fases não corresponde qualquer suporte descritivo e não são, em si mesmas, objecto de relações jurídicas. Descrevem-se as fracções autónomas do regime único, com referência à unidade predial, deixando o efeito real do seu fraccionamento/autonomização de estar pendente da conditio iuris conclusão da construção. Estamos perante um único regime, dinâmico e aberto à verificação ou não da efectiva execução faseada 2- O estatuto real do condomínio, quer o prédio seja formado por um edifício quer por vários (4), resulta da conjugação dos concretos efeitos reais produzidos pelo título constitutivo, com o conteúdo que, de acordo com o mesmo título e com as disposições legais aplicáveis(imperativa ou supletivamente), couber a cada um e ao conjunto de todos os direitos direitos horizontais Cfr. art.ºs 1417º, 1418º, 1420º e 1421º do C.C.. No comum das situações( um único edifício já concluído), os efeitos reais( autonomização das diversas fracções autónomas, extinção do direito de propriedade anterior e constituição dos direitos de propriedade horizontal relativos (3) Ver, quanto a esta divergência doutrinal, Carvalho Fernandes, Da natureza jurídica do direito de propriedade horizontal, in Cadernos de Direito Privado, nº 15 Julho/Setembro 2006 (4)Havendo pluralidade, costuma a doutrina distinguir entre grupo de edifícios e conjunto imobiliário, nomeadamente para a abordagem da questão da (in)admissibilidade da sua sujeição ao regime da propriedade horizontal, concretamente quanto à interpretação dos art.ºs 1414º( antes e depois do D.L. 267/94, de 25 de Outubro) e 1438-A do C.C.(introduzido pelo diploma legal antes referido). Cfr. doutrina referida no processo que consta mencionado na nota (2). Após a entrada em vigor do dito art.º 1438º-A acentuou-se a controvérsia acerca daquela questão centrada na (im)possibilidade de pluralidade de regimes -, sendo (também) sinal da mesma o facto de no dito processo terem havido alguns votos discordantes. Diga-se, a título ilustrativo da dita controvérsia, que já depois da sua homologação, se pronunciaram - contrariando, de forma implícita ou explícita, o entendimento nele defendido no sentido da unidade de regime Mouteira Guerreiro, in O prédio o loteamento, a propriedade horizontal e problemas conexos Jornadas de Direito dos Registos Ano Universidade do Minho, Fernanda Paula Oliveira e Sandra Passinhas, in Revista CEDOUA nº 9, Ano V 1.02, págs 45 a 77 e Fernanda Paula Oliveira e Dulce Lopes, in Implicações Notariais e Registrais das Normas Urbanísticas, 2004, págs 58 a 65. III

4 àquelas fracções)e o estatuto real resultante dos mesmos não ficam dependentes da verificação de qualquer acontecimento futuro e incerto (5). Respeitando o título a edifício não concluído, a eficácia dos efeitos e do novo estatuto real fica totalmente suspensa da conclusão da construção, admitindo a lei que se antecipe a oponibilidade do facto a momento anterior à construção, ao prever expressamente o registo provisório por natureza(art.º 92º, nº 1, b) do C.R.P..).A suspensão deixa de existir num mesmo momento quanto a todos os efeitos. 3- A matéria objecto de consulta enquadra-se na hipótese anterior, mas num caso em que o título respeita a conjunto imobiliário a executar por fases, concretamente com um único regime (5), com base em projecto de construção aprovado para o conjunto, com vista a tal unidade de regime. É ajustado considerar-se, parece-nos, que à autorização de tal execução faseada está subjacente, como é óbvio, que uma ou mais fases podem não vir a ser concluídas, mas sobretudo, que até à conclusão ou após consumada a inconclusão, a(s) fase(s) concluída(s) possuem suficiente autonomia para que o regime de propriedade horizontal seja já eficaz, no primeiro caso, e perdure no segundo. Dito ao contrário: se só a conclusão total permitisse a produção dos efeitos relativos ao concreto estatuto real de condomínio, a autorização faseada sob tal regime não teria sido dada e o facto não teria sido titulado. É certo que, no comum da situações, não é sequer necessário parar para pensar em autonomização das fases, pois quase tudo acaba por acontecer como no caso de execução não faseada, vindo o registo de constituição de regime a ser efectuado, ou logo ab initio todo como definitivo, ou ab initio todo provisório por natureza(al. b) do nº 1), com posterior conversão total(num único momento) e com as relações jurídicas a terem por objecto as fracções autónomas da construção totalmente concluída. Ou seja, não chega a tirar-se partido da dita autonomização, não se dando uso a quaisquer efeitos produzidos pela conclusão faseada. Mas, fora do comum, haverá outras situações em que esteja presente interesse que, perante pedido de registo efectuado em sua conformidade, imponham ao Conservador a consideração de alguma autonomia de fases(s), por forma a colocar-se-lhe uma qualificação com ela coerente, parcialmente definitiva e parcialmente provisória por natureza? Em caso afirmativo, qual o alcance dessa autonomia, quer em relação ao que está concluído quer em relação ao que está inconcluso? À primeira pergunta a consulente respondeu afirmativamente(cfr. qualificação subjacente à situação registral) e na dúvida da resposta a dar à segunda é que está a justificação e o âmbito da presente consulta. (5) Excepção feita ao que, no caso de constituição por negócio unilateral, tiver que ser considerado dependente da existência da pluralidade de condóminos(cfr. a conditio iuris do artº 1414º do C.C.) Cfr. Pires de Lima e Antunes Varela, in Código Civil Anotado, Vol.III, 2ª edição, págs. 406 e 407. Vamos dar como assente que no caso concreto da consulta esta condição se verificou e que, portanto, no que viermos a dizer, essa verificação estará sempre pressuposta. IV

5 O entendimento de que não há que esperar pela conclusão integral do conjunto imobiliário para poder efectuar-se o registo como definitivo, embora apenas parcialmente( inicialmente ou por via de conversão parcial), implica uma aplicação não literal da alínea b) do nº 1 do art.º 92º que só a ponderação do interesse na fluidez do comércio jurídico imobiliário permitirá alcançar. Foi assumindo deliberada e expressamente a preocupação pela protecção do interesse fluidez e partindo de uma interpretação actualista do vocábulo prédio da alínea b) do nº 1 do art.º 92º, para vocábulos edifício ou fase do conjunto,perante a introdução ao Código Civil do art.º 1438º-A - que no local referido na nota (2) este Conselho admitiu a possibilidade de um tal registo parcialmente definitivo. A matéria objecto da presente consulta não demanda uma reapreciação da questão, até porque a consulente não se questiona( e, assim, também não nos questiona) sobre a bondade do entendimento que fundou a sua qualificação, o qual originou o resultado publicitado. 4- Encontrada coerência em tal prática registral - com o sentido e alcance da autorização de execução faseada há que extrair, desde logo, as consequências que dela decorrem lógica e automaticamente, no mesmo plano da prática registral. A primeira é a de que, não sendo efectuada a conversão dentro do respectivo prazo de validade, se dá a caducidade parcial do registo, a impor que se proceda adequadamente( anotação de caducidade parcial e anotação de inutilização das descrições subordinadas sobre as quais não deva continuar em vigor qualquer inscrição Cfr. art.ºs 11º, nº 4, 92º, nº 3 e 87º, nº 2, a) do C.R.P. ), não sendo legítimo que o registador levante obstáculo à qualificação favorável dos pedidos de registo relativos às fracções autónomas da(s) fases(s) concluída(s), fundado na situação registral existente e que o mesmo permitiu. A segunda, é a de que o Registo terá que encontrar forma de acolher a dinâmica do regime, no caso em que ele se tenha consolidado e consumado na construção totalmente concluída, em conformidade com o estatuto real constante do titulo, o que, parece-nos, deverá ser feito por meio de inscrição de ampliação (cfr. art.º 100º, nº 2 do C.R.P.), com correspondente actualização da descrição. 5- Caracterizámos supra a autonomização das fases como simples instrumento e dissemos que tal caracterização se enquadra numa unidade de regime, aberto e dinâmico, que se vai ajustando às alterações de configuração que o objecto vai sofrendo, ou em resultado da execução faseada consumada ou enquanto a execução não acontece totalmente (porque não se quer concluir(ou não pode) ou porque se quer concluir de forma diferente do projectado). Também apontámos a necessidade de uma prática registral coerente até ao fim com o facto de se terem dado por existentes tal autonomia e tal regime. Mas a razão de ser da presente consulta não está na situação mais provável( e que poderá vir até a dar-se) de a inscrição de constituição de propriedade horizontal vir a ser totalmente convertida, nem está, no essencial, na outra, em que venha a caducar parcialmente a inscrição, por não se ter pedido oportunamente a sua renovação, mas em que a execução projectada vem a mostra-se concluída. No fundamental, a justificação da consulta está em situações, hipotéticas, em que a dinâmica do regime ou não chega a consumar-se de acordo com a execução total da construção ou se pretende que o seja de forma V

6 diferente, porque, por exemplo, não há interesse em concluir ou se pretende concluir mas em prédio autonomizado ou se pretende concluir após alteração do projecto inicial. Em todas estas situações, confrontamo-nos com uma modificação do estatuto real. Considerar que existe suficiente autonomia, de tal forma que ainda que mais nada venha a concluir-se, estão reunidas as condições para que o regime sobreviva tendo por objecto o que existe - e por esse facto se lavra logo como definitivo quanto a essa parte - significa antecipar a solução para a própria inconclusão, que passa pela modificação do estatuto e não pela resolução do regime na totalidade. E a dúvida( que é pertinente e tem que ser encarada sem ilusões de que possa vir a conseguir-se uma resposta conceitualmente rigorosa, harmoniosa e pacífica, pois estamos no âmbito de um estatuto real aberto, em que a utilização do instrumento da autonomização faseada surge como uma solução de recurso, visando o interesse celeridade( depressa e bem... )), está em saber do acordo de quem é que depende a titulação extra-judicial de tal modificação de estatuto(cfr. art.º 1419º do C.C.). 6- Ora, para saber quem pode modificar o regime, temos que tentar perceber quais os efeitos reais que a autonomia e regime - com as características que lhes apontámos- produziram no solo. Para aquela pergunta formulou a consulente duas respostas alternativas. A primeira, considerando que com a conclusão da 1ª fase todo o solo do prédio ficou compropriedade dos respectivos condóminos. Com a conclusão da 2ª fase aumentou o número de comproprietários, o qual voltaria a aumentar com a conclusão da 3ª( conclusão total). Até à conclusão da 3ª fase, o instituidor continua com o direito de construir e, se o exercer, passará, enquanto(na qualidade de) proprietário das novas fracções autónomas, a comproprietário de todo o solo. Não exercendo tal direito e havendo vontade de alterar o estatuto real maxime quanto à que tiver a ver com a inconclusão - é necessária a intervenção dos comproprietários, os condóminos das 1ª e 2ª fases. A segunda, defendida pela consulente - com o argumento de que, no âmbito do art.º 1438º-A, a execução faseada afasta a aplicação do disposto no art.º 1421º, ao contrário do que ditaria uma interpretação literal da lei seguida naquela primeira solução -, considerando que o solo da 3ª fase é propriedade do instituidor(registo de aquisição no prédio-mãe) e só passará a ser compropriedade com a conclusão. 7- Há, desde logo, que destacar e ter presentes três aspectos de natureza substantiva: a) Em primeiro lugar que, apesar de o regime se assumir, segundo defendemos, como aberto e dinâmico, estamos perante um único regime e que a resposta não pode contrariar tal unidade ; b) em segundo lugar que está completamente afastada pela disciplina legal do instituto da propriedade horizontal a possibilidade de, em qualquer caso, o seu regime comportar ou implicar uma divisão fundiária, o que significa que se manterá sempre uma unidade predial; c) e, em terceiro lugar, parece-nos não ser de aceitar uma interpretação do art.º 1421º, nº 1, a) do C. C. no sentido de que a imperatividade da compropriedade do solo para todos os condóminos é afastada pela autonomização resultante da execução faseada. VI

7 Em face do que até aqui foi dito, entendemos que a primeira das soluções apontadas pela consulente - de que a modificação do estatuto real depende do acordo dos condóminos das 1ª e 2ª fases e do instituidor do regime que, como refere a consulente, tem o direito de edificar e transmitir as novas fracções - é a mais coerente com o direito substantivo É o alcance da execução faseada a manifestar-se. Se o acontecimento futuro e incerto não se der, o regime poderá sobreviver com a parte já construída, único e sobre o todo, mediante modificação do estatuto real, aumentando o valor relativo, expresso em permilagens, a que corresponderá um aumento das fracções indivisas no solo comum. É óbvio, parece-nos, que o instituidor continua a ser titular do ius aedificandi, não já por causa (6) do seu direito de propriedade como aconteceu quando construiu a 1ª fase -, mas enquanto instituidor de um regime de propriedade horizontal de execução faseada, em relação ao qual apenas estão concluídas as duas primeiras fases. Pode dizer-se que ele assume a posição de comproprietário do solo apesar de a eficácia da existência das fracções autónomas da 3ª fase estar pendente da conclusão - conjuntamente com os condóminos das fases já concluídas, por ser titular do direito de construir que, exercido, lhe dará a posição de condómino daquelas correspondentes fracções. Impõe-se-nos, assim, que consideremos que a validade da modificação do estatuto real do condomínio, se efectuada extra-judicialmente (7), depende do acordo dos condóminos das fracções autónomas das 1ª e 2ª fases e do instituidor do regime, titular do ius aedificandi relativo à 3ª fase. 8- Por último, uma breve referência ao caso de se pretender que da modificação do estatuto real resulte não só titulada a certeza quanto à não verificação da conclusão(cfr. art.º 275º, nº 1 do C.C.) com alteração do número das fracções autónomas e seus valores relativos expressos em percentagens ou permilagens mas também a autonomização(destaque) da área correspondente à 3ª fase, se for possível. É claro que haverá neste caso que assegurar que a autonomização não é efectuada em violação da legislação relativa ao loteamento para construção urbana e que as declarações constantes da escritura de modificação do estatuto real do condomínio hão-de valer, não só como título da separação entre a compropriedade e a propriedade exclusiva das fracções autónomas mas também, se for o caso, como título para que o direito de propriedade se concretize na esfera jurídica do instituidor. Quanto ao último aspecto referido, importará não esquecer a caracterização que supra fizemos da autonomização resultante de autorização de execução faseada e do correspondente regime aberto e dinâmico, pois ela poderá, também aqui, vir a exigir/impor soluções conceitualmente menos rigorosas. (6) Utilizamos esta expressão em vez de por inerência, porque a utilização desta última poderia significar uma opção, na discussão doutrinária acerca do conteúdo urbanístico da propriedade do solo, pelo entendimento deste direito como componente do direito de propriedade privada Cfr., a propósito de tal discussão doutrinária, Fernando Alves Correia, in Manual de Direito do Urbanismo, Vol. I, 3ª Edição, pág.s 667 a 711. (7) Quanto à possibilidade de modificação judicial( conjugação do disposto nos art.ºs 1417º e 1419º do C.C.), veja-se o Proc. nº R.P. 82/2000 DSJ-CT, publicado no B.R.N. nº 2/2001( 2º caderno), notas de rodapé 10 e 11, onde é referida jurisprudência pertinente. VII

8 A posição deste Conselho vai expressa nas seguintes Conclusões I- Constituído o regime de propriedade horizontal antes de concluída a construção do prédio(cfr. art.º 92º, nº 1, b) do C.R.P., que prevê o registo provisório por natureza), a eficácia do pretendido estatuto real fica suspensa da conclusão da construção, que funciona como conditio iuris da existência da coisa objecto de tal regime(cfr. art.ºs 270º e 408º do C.C.). II Respeitando o título constitutivo a conjunto imobiliário a executar por fases( concretamente com um regime único, com base em projecto de construção aprovado para o conjunto, com vista a tal unidade ) está subjacente à autorização de tal execução faseada que uma ou mais fases podem não vir a ser concluídas e que, apesar disso, até à conclusão ou após consumada a inconclusão, a(s) fase(s) concluída(s) possuem suficiente autonomia para que o regime de propriedade horizontal seja logo eficaz,no primeiro caso, e possa perdurar,no segundo. III Mostra-se coerente com a atribuição daquele alcance à autorização da execução faseada - no caso de conclusão parcial - a qualificação do registo como definitivo quanto a essa parte e como provisório por natureza quanto à(s) restante(s), ficando subjacente, neste caso à qualificação, a possibilidade de caducidade parcial da inscrição. IV Extra- judicial ou judicialmente, consoante haja ou não acordo de todos os condóminos e do instituidor, poderá ser modificado o estatuto real do condomínio(cfr. art.ºs 1417º e 1419º do C.C.), adequando-o - quer quanto ao objecto quer quanto ao conteúdo à pretendida desconexão do terreno correspondente à(s) fases(s) não executadas, desde que então sejam observadas as normas imperativas sobre loteamento urbano. Este parecer foi homologado pelo Exmo. Senhor Director-Geral em VIII

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT

P.º R. P. 301/04 DSJ-CT P.º R. P. 301/04 DSJ-CT - Registo de hipoteca legal por dívidas à Segurança Social sobre bens dos gerentes da sociedade devedora. Documentos instrutórios : certidão comprovativa da dívida e cópia autenticada

Leia mais

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT-

P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- P.º R. P. 22/2009 SJC-CT- Averbamento de rectificação da descrição quanto à área, fundado em erro de medição. Enquadramento do respectivo pedido na previsão legal do artigo 28.º-C do CRP ou no processo

Leia mais

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos.

DELIBERAÇÃO. Do despacho de recusa foi interposto recurso hierárquico, cujos termos aqui se dão por integralmente reproduzidos. Pº R.P. 16/2008 SJC-CT- Registo de hipoteca legal nos termos do artº 195º do CPPT Título Suficiência Despacho do Chefe de Serviço de Finanças competente que a requerimento do executado autorize a substituição

Leia mais

Pº R.P.135 136 /2009 SJC-CT-

Pº R.P.135 136 /2009 SJC-CT- Pº R.P.135 e 136 /2009 SJC-CT- (Im)possibilidade legal de incluir a cláusula de reversão dos bens doados em contrato de partilha em vida. DELIBERAçÃO Relatório 1. Os presentes recursos hierárquicos vêm

Leia mais

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos:

2- Com o devido respeito, esta é uma falsa questão. Senão vejamos: Pº CP 3/06 DSJ-CT: Desjudicialização - Processo especial de justificação - Acção declarativa comum para reconhecimento do direito de propriedade - Competência material dos julgados de paz CONSULTA: Parecer

Leia mais

PARECER N.º 1/CITE/2003

PARECER N.º 1/CITE/2003 PARECER N.º 1/CITE/2003 Assunto: Direito ao gozo da licença por maternidade, no caso de nascimento de nado-morto e morte de nado-vivo Processo n.º 56/2002 I - OBJECTO 1.1. Em 22 de Novembro de 2002, a

Leia mais

P.º 110.SJC.GCS/2010

P.º 110.SJC.GCS/2010 PARECER: DESPACHO: P.º 110.SJC.GCS/2010 ASSUNTO: Disposição transitória do artigo 6.º do Decreto-Lei n.º 20/2008, de 31 de Janeiro. 1. O Senhor Chefe do Gabinete de Sua Excelência, o Secretário de Estado

Leia mais

Prática Processual Civil II 7 Julho de 2006. Considere a hipótese seguinte e responda às questões colocadas:

Prática Processual Civil II 7 Julho de 2006. Considere a hipótese seguinte e responda às questões colocadas: Prática Processual Civil II 7 Julho de 2006 Considere a hipótese seguinte e responda às questões colocadas: Numa acção executiva baseada em sentença proferida em 20/01/2006 (que julgou a acção totalmente

Leia mais

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação

A posição deste Conselho vai expressa na seguinte. Deliberação P.º n.º C.P. 72/2010 SJC-CT Pedidos de registo dependentes formulados por via electrónica. Apresentação em diferentes Conservatórias. Inversão da ordem de anotação no Diário. Artigo 75.º, n.º 4 do Código

Leia mais

2- Está prevista formação para os avaliadores externos?

2- Está prevista formação para os avaliadores externos? ADD algumas questões O Conselho das Escolas na sequência da reunião hoje ocorrida com o Senhor Diretor Geral da Administração Escolar e dois Assessores dos Senhores Secretários de Estado, sobre a operacionalização

Leia mais

Pº R.P.16/2005 DSJ-CT Usufruto Alienação conjunta, gratuita ou onerosa, por nu proprietário e usufrutuário Eficácia real Efeitos tabulares.

Pº R.P.16/2005 DSJ-CT Usufruto Alienação conjunta, gratuita ou onerosa, por nu proprietário e usufrutuário Eficácia real Efeitos tabulares. Pº R.P.16/2005 DSJ-CT Usufruto Alienação conjunta, gratuita ou onerosa, por nu proprietário e usufrutuário Eficácia real Efeitos tabulares. PARECER Registo a qualificar: Aquisição da fracção autónoma U1

Leia mais

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO

REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO REGULAMENTO DAS PROVAS ORAIS DE AVALIAÇÃO E AGREGAÇÃO APROVADO PELO CONSELHO DISTRITAL DE LISBOA DA ORDEM DOS ADVOGADOS NO ÂMBITO DO REGULAMENTO N.º 52-A/2005 DO CONSELHO GERAL A formação e avaliação têm

Leia mais

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo

REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo REGIMENTO DA CÂMARA MUNICIPAL DE VILA FRANCA DO CAMPO (1) Preâmbulo O Regimento da Câmara Municipal De Vila Franca do Campo foi elaborado de acordo com a alínea a) do número 1 do Artº 64º da Lei n.º 169/99,

Leia mais

- 1 - P.º n.º R.P. 22/2012 SJC-CT Registo de ação. Recusa. PARECER

- 1 - P.º n.º R.P. 22/2012 SJC-CT Registo de ação. Recusa. PARECER P.º n.º R.P. 22/2012 SJC-CT Registo de ação. Recusa. PARECER 1. Em ação de execução específica intentada contra C, Lda - titular inscrita do prédio descrito sob o nº da freguesia de, concelho de - J e

Leia mais

PARECER N.º 104/CITE/2014

PARECER N.º 104/CITE/2014 PARECER N.º 104/CITE/2014 Assunto: Parecer relativo a queixa sobre a recusa de autorização de trabalho em regime de horário flexível, pedido pela trabalhadora com responsabilidades familiares ao Laboratório,

Leia mais

Comentários à Consulta Pública da CMVM nº 3/2009 sobre Análise Financeira e Certificação da Qualificação Profissional na Intermediação Financeira

Comentários à Consulta Pública da CMVM nº 3/2009 sobre Análise Financeira e Certificação da Qualificação Profissional na Intermediação Financeira Comentários à Consulta Pública da CMVM nº 3/2009 sobre Análise Financeira e Certificação da Qualificação Profissional na Intermediação Financeira I. Art.º 8º (Registo) Na redacção ora proposta para a alínea

Leia mais

As modalidades de contrato de trabalho admissíveis na administração local são: Contrato de trabalho com termo resolutivo: certo ou incerto;

As modalidades de contrato de trabalho admissíveis na administração local são: Contrato de trabalho com termo resolutivo: certo ou incerto; 10. PESSOAL A Lei n.º 12-A/2008, de 27 de Fevereiro, veio estabelecer os regimes de vinculação, de carreiras e de remunerações dos trabalhadores que exercem funções públicas. A relação jurídica de emprego

Leia mais

Pº C.Co.36/2012 SJC-CT

Pº C.Co.36/2012 SJC-CT Pº C.Co.36/2012 SJC-CT Consulente: Registo Nacional de Pessoas Coletivas. Sumário: Publicação das alterações de estatutos das fundações com natureza de Instituições Particulares de Solidariedade Social(IPSS)

Leia mais

REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL. Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho

REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL. Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho (Não dispensa a consulta do Diário da República) REGULAMENTO DO REGISTO COMERCIAL Portaria 657-A/2006, de 29 de Junho CAPÍTULO I Suporte e processo de registo SECÇÃO I Suportes de registo Artigo 1.º Instrumentos

Leia mais

1. Sobre um determinado prédio pertencente ao município consulente foi

1. Sobre um determinado prédio pertencente ao município consulente foi Pº C.P.59/2013 STJ-CC Consulente: Município de.. Sumário: propriedade horizontal em direito de superfície Extinção do direito de superfície causada pela reunião do direito de propriedade do solo e dos

Leia mais

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação?

Índice. Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Índice Como aceder ao serviço de Certificação PME? Como efectuar uma operação de renovação da certificação? Como efectuar uma operação de confirmação de estimativas? Como aceder ao Serviço de Certificação

Leia mais

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO

SUBSÍDIO DE DESEMPREGO SUBSÍDIO DE DESEMPREGO Recentemente foi publicado o Decreto-Lei n.º 220/2006 de 3 de Novembro, o qual alterou o quadro legal de reparação da eventualidade do desemprego dos trabalhadores por conta de outrem.

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0715/09 Data do Acordão: 18-11-2009 Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Tribunal: Relator: Descritores: Sumário: 2 SECÇÃO JORGE LINO PENHORA GARANTIA REAL REGISTO TERCEIRO

Leia mais

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras)

- REGIMENTO - CAPITULO I (Disposições gerais) Artigo 1.º (Normas reguladoras) - REGIMENTO - Considerando que, a Lei 159/99, de 14 de Setembro estabelece no seu artigo 19.º, n.º 2, alínea b), a competência dos órgãos municipais para criar os conselhos locais de educação; Considerando

Leia mais

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO

CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO CÓDIGOS REGIME JURÍDICO DO CONTRATO DE LOCAÇÃO FINANCEIRA TERMOS DE DISPONIBILIZAÇÃO E DE UTILIZAÇÃO A selecção dos textos legislativos disponibilizados no sitio Home Page Jurídica (www.euricosantos.pt)

Leia mais

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto:

FICHA DOUTRINÁRIA. Diploma: CIVA. Artigo: alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º. Assunto: FICHA DOUTRINÁRIA Diploma: Artigo: Assunto: CIVA alínea c) do n.º 1 do artigo 18.º Operações imobiliárias - Aplicação do modelo contratual de "Office Centre" Processo: nº 3778, despacho do SDG dos Impostos,

Leia mais

Modelos artigo 15ºA da Portaria 331-B/2009

Modelos artigo 15ºA da Portaria 331-B/2009 Modelos artigo 15ºA da Portaria 331-B/2009 Implementação de actos específicos para cumprimento do disposto no artigo 15ºA da Portaria 331-B/2009 de 30 de Março. Proposta de modelos para SISAAE/GPESE e

Leia mais

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril]

Recomendação n.º 8 /B/2004 [art.º 20.º, n.º 1, alínea b), da Lei n.º 9/91, de 9 de Abril] Número: 8/B/2004 Data: 17-06-2004 Entidade visada: Ministra da Justiça Assunto: Código das Custas Judiciais Prazo de validade dos cheques. Decreto n.º 12 487, de 14 de Outubro de 1926 Prazo de reclamação

Leia mais

RESERVA LEGAL E O REGISTRO IMÓVEIS

RESERVA LEGAL E O REGISTRO IMÓVEIS A RESERVA LEGAL E O REGISTRO DE IMÓVEIS Já escrevemos em outras ocasiões que nos imóveis rurais, a reserva legal não pode ser considerada apenas em percentual, para a sua averbação na matrícula do imóvel.

Leia mais

Assunto: Acção de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Comproprietário.

Assunto: Acção de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Comproprietário. Processo n.º 14/2012. Recurso jurisdicional em matéria cível. Recorrente: B. Recorrido: A. Assunto: Acção de divisão de coisa comum. Direito de preferência. Comproprietário. Coisa. Venda. Dação em cumprimento.

Leia mais

PARECER N.º 103/CITE/2010

PARECER N.º 103/CITE/2010 PARECER N.º 103/CITE/2010 Assunto: Parecer prévio ao despedimento de trabalhadora lactante, por facto imputável à trabalhadora, nos termos do n.º 1 e da alínea a) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho,

Leia mais

JUSTIFICAÇÃO- RECURSO CONTENCIOSO - DECISÃO JUDICIAL. Tribunal Judicial da Comarca de Setúbal

JUSTIFICAÇÃO- RECURSO CONTENCIOSO - DECISÃO JUDICIAL. Tribunal Judicial da Comarca de Setúbal JUSTIFICAÇÃO- RECURSO CONTENCIOSO - DECISÃO JUDICIAL I RELATÓRIO Tribunal Judicial da Comarca de Setúbal Maria ( ) interpôs recurso da decisão proferida pelo Conservador da 1.ª Conservatória do Registo

Leia mais

Departamento Jurídico Sector Jurídico e de Contencioso

Departamento Jurídico Sector Jurídico e de Contencioso Pº 782.DJ.SJC.GCS/2011 ASSUNTO: PEDIDO DE REUNIÃO CONSULTA DE REGISTOS PARA FINS INVESTIGAÇÃO. SUMÁRIO: 1- De um registo em suporte papel que foi informatizado pode o conservador autorizar a emissão de

Leia mais

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Regime jurídico que regulamenta a compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção Actualmente em Macau, designa-se geralmente por compra e venda de fracções autónomas de edifícios em construção

Leia mais

Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda

Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda Colóquio anual sobre Direito do Trabalho Outubro/2009 Despedimento para a Reestruturação (da empresa) Intervenção em mesa redonda Quero começar por agradecer ao Supremo Tribunal de Justiça, por intermédio

Leia mais

Legislação e tributação comercial

Legislação e tributação comercial 6. CRÉDITO TRIBUTÁRIO 6.1 Conceito Na terminologia adotada pelo CTN, crédito tributário e obrigação tributária não se confundem. O crédito decorre da obrigação e tem a mesma natureza desta (CTN, 139).

Leia mais

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 27/2011. Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar

SINDICATO DOS MÉDICOS DA ZONA SUL PARECER N.º 27/2011. Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar 1 PARECER N.º 27/2011 Referência: SM/53/2011.LS.0808 (CJ) Médico(a): Local de Trabalho: Assunto: Legislação: Cartas de Condução. Avaliação Médica. Carreira Especial Médica. Medicina Geral e Familiar Lei

Leia mais

PARECER N.º 40/CITE/2012

PARECER N.º 40/CITE/2012 PARECER N.º 40/CITE/2012 Assunto: Parecer prévio ao despedimento de trabalhadora puérpera, por extinção do posto de trabalho, nos termos do n.º 1 e da alínea c) do n.º 3 do artigo 63.º do Código do Trabalho,

Leia mais

PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO DIREITO

PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO DIREITO PROGRAMA DE INTRODUÇÃO AO DIREITO 12ª Classe 2º CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO Área de Ciências Económico-Jurídicas Ficha Técnica TÍTULO: Programa de Introdução ao Direito - 12ª Classe EDITORA: INIDE IMPRESSÃO:

Leia mais

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

C N INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2. Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO C N C C o m i s s ã o d e N o r m a l i z a ç ã o C o n t a b i l í s t i c a INTERPRETAÇÃO TÉCNICA Nº 2 Assunto: RESERVA FISCAL PARA INVESTIMENTO Cumprimento das obrigações contabilísticas I. QUESTÃO

Leia mais

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc

Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc Ficha Informativa 3 Março 2015 Ordem dos Advogados Largo São Domingos 14-1º, 1169-060 Lisboa Tel.: 218823550 Fax: 218862403 odc@cg.oa.pt www.oa.pt/odc SERVIÇOS PÚBLICOS ESSENCIAIS Quais são os serviços

Leia mais

REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO

REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO Instituto de Ciências Sociais REGIMENTO DO CONSELHO DO INSTITUTO O Conselho do Instituto, em reunião de 21 de Julho de 2010 deliberou aprovar o presente regulamento de funcionamento. Capítulo I (Natureza

Leia mais

No âmbito deste procedimento, foram recebidas respostas da Tele2 e da PTC (em anexo ao presente relatório):

No âmbito deste procedimento, foram recebidas respostas da Tele2 e da PTC (em anexo ao presente relatório): http://www.anacom.pt/template31.jsp?categoryid=246205 RELATÓRIO DA AUDIÊNCIA PRÉVIA A QUE FOI SUBMETIDO O PROJECTO DE DECISÃO RELATIVO À RESOLUÇÃO DE UM LITÍGIO ENTRE A TELE2 E A PT COMUNICAÇÕES QUANTO

Leia mais

OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS

OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS OBSERVATÓRIO DOS DIREITOS HUMANOS RELATÓRIO Novembro 2011 Direito à protecção da Saúde I Apresentação do caso O Observatório dos Direitos Humanos recebeu uma denúncia efectuada por N., alegando para o

Leia mais

GUIA COMPRA DE CASA. Comprar casa, nova ou usada, é sempre uma tarefa complexa.

GUIA COMPRA DE CASA. Comprar casa, nova ou usada, é sempre uma tarefa complexa. GUIA COMPRA DE CASA Comprar casa, nova ou usada, é sempre uma tarefa complexa. O BPI sintetizou algumas informações que o ajudarão a tomar a melhor decisão. 1 - Quais os custos a considerar na escolha

Leia mais

REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO

REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO REGULAMENTO DE SÓCIOS (Artigo 4º dos Estatutos) ADMISSÃO DE SÓCIO EFECTIVO Artigo 1º (Disposições estatutárias) 1. Poderão filiar-se na Associação como sócios efectivos quaisquer empresas, singulares ou

Leia mais

Programa de Formação para Profissionais

Programa de Formação para Profissionais Programa de Formação para Profissionais 1 O ACESSO À INFORMAÇÃO DE SAÚDE DIREITOS, PROCEDIMENTOS E GARANTIAS Sérgio Pratas smpratas@gmail.com Maio e Junho 2015 2 Programa: 1. O acesso à informação de saúde

Leia mais

www.pwc.pt Auditoria nos termos do Regulamento da Qualidade de Serviço Relatório resumo EDP Serviço Universal, S.A.

www.pwc.pt Auditoria nos termos do Regulamento da Qualidade de Serviço Relatório resumo EDP Serviço Universal, S.A. www.pwc.pt Auditoria nos termos do Regulamento da Qualidade de Serviço Relatório resumo EDP Serviço Universal, S.A. Janeiro 2014 Enquadramento A promoção da melhoria contínua da qualidade de serviço no

Leia mais

CÂMARA MUNICIPAL DE ALCOBAÇA REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS

CÂMARA MUNICIPAL DE ALCOBAÇA REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE APOIOS Artigo 1º (OBJECTO E ÂMBITO) O presente regulamento tem por objecto a definição das regras aplicáveis à atribuição de apoios pela Câmara Municipal no exercício

Leia mais

MEDIDAS DE CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL ADICIONAIS (PENSÕES, AJUDAS DE CUSTO E SUBSÍDIOS DE TRANSPORTE) Introdução

MEDIDAS DE CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL ADICIONAIS (PENSÕES, AJUDAS DE CUSTO E SUBSÍDIOS DE TRANSPORTE) Introdução MEDIDAS DE CONSOLIDAÇÃO ORÇAMENTAL ADICIONAIS (PENSÕES, AJUDAS DE CUSTO E SUBSÍDIOS DE TRANSPORTE) Introdução No âmbito da estratégia de consolidação orçamental adoptada pelo Governo, foi também publicado,

Leia mais

COMO MINIMIZAR AS DÍVIDAS DE UM IMÓVEL ARREMATADO

COMO MINIMIZAR AS DÍVIDAS DE UM IMÓVEL ARREMATADO PROLEILOES.COM COMO MINIMIZAR AS DÍVIDAS DE UM IMÓVEL ARREMATADO PROCESSOS QUE PODEM FAZER COM QUE VOCÊ CONSIGA QUITAR DÍVIDAS PENDENTES DE UM ÍMOVEL ARREMATADO EM LEILÃO, PAGANDO MENOS QUE O SEU VALOR

Leia mais

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE LOUSA ACTA N.º 01/2007

ASSEMBLEIA DE FREGUESIA DE LOUSA ACTA N.º 01/2007 1/8 ACTA N.º 01/2007 Aos dezanove dias do mês de Abril de dois mil e sete, pelas vinte horas e trinta minutos reuniu, em Sessão Ordinária, a Assembleia de Freguesia de Lousa, no salão anexo à Junta de

Leia mais

BREVE NOTA SOBRE A CITAÇÃO EDITAL E EDITAIS DE VENDA PROCESSOS POSTERIORES A 31/03/2010 V1.0 15/06/2010

BREVE NOTA SOBRE A CITAÇÃO EDITAL E EDITAIS DE VENDA PROCESSOS POSTERIORES A 31/03/2010 V1.0 15/06/2010 ARMANDO A OLIVEIRA SOLICITADOR BREVE NOTA SOBRE A CITAÇÃO EDITAL E EDITAIS DE VENDA PROCESSOS POSTERIORES A 31/03/2010 V1.0 15/06/2010 2111@solicitador.net 1. Resumo Breve nota sobre o novo regime de publicidade

Leia mais

NOVO REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS

NOVO REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS NOVO REGIME DE INSTALAÇÃO E FUNCIONAMENTO DE EMPREENDIMENTOS TURÍSTICOS No passado dia 7 de Março foi publicado o Decreto-Lei nº 39/2008, que entrará em vigor no próximo dia 6 de Abril de 2008 e que veio

Leia mais

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872

DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 DIRECTRIZ DE REVISÃO/AUDITORIA 872 Revista em Março de 2009 Entidades Municipais, Intermunicipais e Metropolitanas ÍNDICE Parágrafos INTRODUÇÃO 1 8 OBJECTIVO 9 FUNÇÕES EQUIVALENTES AO COMPROMISSO DO REVISOR

Leia mais

AUTORIZAÇÃO Nº ICP - 008/TVC

AUTORIZAÇÃO Nº ICP - 008/TVC AUTORIZAÇÃO Nº ICP - 008/TVC Por despacho do Secretário de Estado da Habitação de 12 de Maio de 1994, proferido nos termos do nº 2 do artigo 4º do Decreto-Lei nº 292/91, de 13 de Agosto, foi autorizada

Leia mais

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA PROVA ESCRITA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - TURMA A

FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA PROVA ESCRITA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - TURMA A FACULDADE DE DIREITO DA UNIVERSIDADE DE LISBOA PROVA ESCRITA DE DIREITO PROCESSUAL CIVIL I - TURMA A REGENTE: PROF. DOUTOR MIGUEL TEIXEIRA DE SOUSA 27-02-2015 DURAÇÃO DA PROVA: 2H00 Alice, domiciliada

Leia mais

Procedimentos legais de justificação das faltas por doença novo regime

Procedimentos legais de justificação das faltas por doença novo regime Procedimentos legais de justificação das faltas por doença novo regime 1 O DL nº181/2007, de 9 de Maio, veio alterar, designadamente, os artºs 30º, e 31º, ambos do DL nº 100/99 regime jurídico das faltas,

Leia mais

1. Legislação Aplicável

1. Legislação Aplicável VAI COMPRAR CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! Compra e venda é o contrato pelo qual se transmite a propriedade de uma coisa ou outro direito, mediante um preço Art.º 874.º do Código Civil 1. Legislação

Leia mais

REGIME FISCAL DOS RENDIMENTOS OBTIDOS PELOS ÁRBITROS

REGIME FISCAL DOS RENDIMENTOS OBTIDOS PELOS ÁRBITROS REGIME FISCAL DOS RENDIMENTOS OBTIDOS PELOS ÁRBITROS 1. Qual é a natureza das importâncias atribuídas aos árbitros pela Federação Portuguesa de Futebol? As importâncias em causa são consideradas rendimentos

Leia mais

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo

Acórdão do Supremo Tribunal Administrativo Acórdãos STA Processo: 0347/13 Data do Acordão: 03-07-2013 Tribunal: 2 SECÇÃO Relator: FERNANDA MAÇÃS Descritores: GRADUAÇÃO DE CRÉDITOS Sumário: Nº Convencional: JSTA000P16033 Nº do Documento: SA2201307030347

Leia mais

COMPANHIA DE SEGUROS TRANQUILIDADE, S.A. PROVEDOR DO CLIENTE

COMPANHIA DE SEGUROS TRANQUILIDADE, S.A. PROVEDOR DO CLIENTE CAPÍTULO I - PRINCÍPIO GERAIS Artigo 1º - Objeto 1. O presente documento tem por objetivo definir o estatuto do Provedor do Cliente da Companhia de Seguros Tranquilidade, S.A. e estabelecer um conjunto

Leia mais

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS

ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Mantido pelo acórdão nº 34/10, de 17/12/10, proferido no recurso nº 14/10 Não transitado em julgado ACÓRDÃO Nº 22 /2010 8.JUN/1ª S/SS Processo nº 187/2010 I OS FACTOS 1. O Município de Gondomar remeteu,

Leia mais

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial.

No Site do Instituto de Registos e Notariado (www.irn.mj.pt) poderão obter se os Contactos dos Serviços de Registo Predial. VAI PERMUTAR A SUA CASA? PRESTE ATENÇÃO AO SEGUINTE! As normas da compra e venda são aplicáveis aos outros contratos onerosos pelos quais se alienam bens ou se estabeleçam encargos sobre eles, na medida

Leia mais

Avaliação do Desempenho dos Médicos.

Avaliação do Desempenho dos Médicos. ORDEM DE SERVIÇO Nº. 24/13 De: 12.11.2013 ASSUNTO: Regulamento de Funcionamento do Conselho Coordenador de Avaliação do Desempenho dos Médicos. Vem o Conselho de Administração, por este meio, informar

Leia mais

e) as garagens e lotes em causa são as que a seguir se identificam e vão graficamente representados na planta que se junta como ANEXO I:

e) as garagens e lotes em causa são as que a seguir se identificam e vão graficamente representados na planta que se junta como ANEXO I: Considerando que: a) no âmbito do processo de construção do denominado Empreendimento Habitacional dos 48 Fogos da Lagoa, foi elaborado e aprovado o loteamento de 45 parcelas de terreno destinadas a acomodar

Leia mais

Circular nº 24/2015. Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. 17 de Junho 2015. Caros Associados,

Circular nº 24/2015. Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. 17 de Junho 2015. Caros Associados, Circular nº 24/2015 17 de Junho 2015 Assunto: Lei nº. 41/2015, de 3 de Junho. Caros Associados, 1. Foi publicado no Diário da República, 1ª. Série, nº. 107, de 3 de Junho de 2015, a Lei nº. 41/2015, de

Leia mais

INSTITUTO GEOGRÁFICO PORTUGUÊS

INSTITUTO GEOGRÁFICO PORTUGUÊS MINISTÉRIO DO AMBIENTE, DO ORDENAMENTO DO TERRITÓRIO E DO DESENVOLVIMENTO REGIONAL INSTITUTO GEOGRÁFICO PORTUGUÊS CONDIÇÕES E DOCUMENTAÇÃO PARA REQUERER CONCESSÃO / RENOVAÇÃO DE ALVARÁ PARA O EXERCÍCIO

Leia mais

Recurso jurisdicional em matéria administrativa. Assunto: Apensação de recurso contencioso. Suspensão da eficácia do acto.

Recurso jurisdicional em matéria administrativa. Assunto: Apensação de recurso contencioso. Suspensão da eficácia do acto. Processo n.º 4/2016. Recurso jurisdicional em matéria administrativa. Recorrente: A Recorrido: Chefe do Executivo. Assunto: Apensação de recurso contencioso. Suspensão da eficácia do acto. Prejuízo de

Leia mais

REGIME EXTRAORDINÁRIO DE PROTECÇÃO DE DEVEDORES DE CRÉDITO À HABITAÇÃO EM SITUAÇÃO ECONÓMICA MUITO DIFÍCIL

REGIME EXTRAORDINÁRIO DE PROTECÇÃO DE DEVEDORES DE CRÉDITO À HABITAÇÃO EM SITUAÇÃO ECONÓMICA MUITO DIFÍCIL NOTA INFORMATIVA REGIME EXTRAORDINÁRIO DE PROTECÇÃO DE DEVEDORES DE CRÉDITO À HABITAÇÃO EM SITUAÇÃO ECONÓMICA MUITO DIFÍCIL Fruto da forte pressão social que se foi fazendo junto do Governo e de várias

Leia mais

Decreto-Lei n.º 45942 Convenção para a cobrança de alimentos no estrangeiro, concluída em Nova Iorque em 20 de Junho de 1956

Decreto-Lei n.º 45942 Convenção para a cobrança de alimentos no estrangeiro, concluída em Nova Iorque em 20 de Junho de 1956 Decreto-Lei n.º 45942 Convenção para a cobrança de alimentos no estrangeiro, concluída em Nova Iorque em 20 de Junho de 1956 Usando da faculdade conferida pela 2.ª parte do n.º 2.º do artigo 109.º da Constituição,

Leia mais

INDAGAR E REFLECTIR PARA MELHORAR. Elisabete Paula Coelho Cardoso Escola de Engenharia - Universidade do Minho elisabete@dsi.uminho.

INDAGAR E REFLECTIR PARA MELHORAR. Elisabete Paula Coelho Cardoso Escola de Engenharia - Universidade do Minho elisabete@dsi.uminho. INDAGAR E REFLECTIR PARA MELHORAR Elisabete Paula Coelho Cardoso Escola de Engenharia - Universidade do Minho elisabete@dsi.uminho.pt Este trabalho tem como objectivo descrever uma experiência pedagógica

Leia mais

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES

S. R. TRIBUNAL DA RELAÇÃO DE GUIMARÃES PROCº 3718/12.1TBBCL.G1 I - RELATÓRIO Visam os presentes autos a resolução do conflito de competência entre os Senhores Juizes do 2º e 3º Juízos Cíveis do Tribunal Judicial de Barcelos que, por despachos

Leia mais

PROJECTO CÓDIGO CIVL

PROJECTO CÓDIGO CIVL PROJECTO CÓDIGO CIVL APRESENTAÇÃO PÚBLICA Novembru 2008 MINISTÉRIO DA JUSTIÇA Direcção Nacional de Assessoria Jurídica e Legislação PROJECTO DE CÓDIGO CIVIL LIVRO I - PARTE GERAL LIVRO II DIREITO DAS OBRIGAÇÕES

Leia mais

PARECER N.º 256/CITE/2014

PARECER N.º 256/CITE/2014 PARECER N.º 256/CITE/2014 Assunto: Parecer sobre queixa relativa a pedido de autorização de trabalho em regime de horário flexível de trabalhadora com responsabilidades familiares nos termos do n.º 5 do

Leia mais

MUNICIPIO DE REDONDO NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS

MUNICIPIO DE REDONDO NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS NORMAS DE ALIENAÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL DE REDONDO - 2ª FASE CAPÍTULO I DISPOSIÇÕES GERAIS Artigo 1.º Âmbito de aplicação O presente documento tem por objetivo o estabelecimento das regras e condições

Leia mais

REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS

REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS REGULAMENTO MUNICIPAL DE TRANSPORTE PÚBLICO DE ALUGUER EM VEÍCULOS AUTOMÓVEIS LIGEIROS DE PASSAGEIROS Nota Justificativa A Lei n.º 18/97, de 11 de Junho, concedeu ao Governo autorização para legislar no

Leia mais

Nós Servimos ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE INTER-LIONS. Distrito Múltiplo 115 de Lions Clubes ESTATUTOS

Nós Servimos ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE INTER-LIONS. Distrito Múltiplo 115 de Lions Clubes ESTATUTOS Nós Servimos ASSOCIAÇÃO DE SOLIDARIEDADE INTER-LIONS Distrito Múltiplo 115 de Lions Clubes ESTATUTOS Associação de Solidariedade Inter - Lions ESTATUTOS Capítulo I Disposições Gerais Artigo 1.º Denominação,

Leia mais

Decreto-Lei n.º 193/73, de 30 de Abril - Revogado. Reestruturação do Fundo de Fomento do Desporto (FFD)

Decreto-Lei n.º 193/73, de 30 de Abril - Revogado. Reestruturação do Fundo de Fomento do Desporto (FFD) Decreto-Lei n.º 193/73, de 30 de Abril - Revogado Reestruturação do Fundo de Fomento do Desporto (FFD) Artigo 1.º...2 Artigo 2.º...3 Artigo 3.º...3 Artigo 4.º...3 Artigo 5.º...3 Artigo 6.º...4 Artigo 7.º...4

Leia mais

ESCOLA DE CONDUÇÃO INVICTA (Fases do Processo de Contra-Ordenações)

ESCOLA DE CONDUÇÃO INVICTA (Fases do Processo de Contra-Ordenações) FASES DO PROCESSO DE CONTRA ORDENAÇÕES Auto de Notícia Menciona os factos constitutivos da infracção, o dia, a hora, o local e as circunstâncias desta. É levantado pelo agente de autoridade. Notificação

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO A JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº200870580000930/PR RELATORA : Juíza Ana Beatriz Vieira da Luz Palumbo RECORRENTE : INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL INSS RECORRIDO : DIRCÉLIA PEREIRA 200870580000930

Leia mais

Junta de Freguesia de Ançã

Junta de Freguesia de Ançã REGULAMENTO DE ATRIBUIÇÃO DE SUBSÍDIOS ÀS ACTIVIDADES DAS ASSOCIAÇÕES DESPORTIVAS, RECREATIVAS E CULTURAIS DA FREGUESIA DE ANÇÃ A importância do associativismo para o desenvolvimento harmonioso da freguesia

Leia mais

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho

MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA. Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho MINISTÉRIO DA ADMINISTRAÇÃO INTERNA Decreto-Lei n.º 128/2006 de 5 de Julho O n.º 1 do artigo 117.º do Código da Estrada, aprovado pelo Decreto-Lei n.º 114/94, de 3 de Maio, na última redacção que lhe foi

Leia mais

Ministérios das Finanças e dos Negócios Estrangeiros

Ministérios das Finanças e dos Negócios Estrangeiros Ministérios das Finanças e dos Negócios Estrangeiros Portaria n.º /2010 Contratação temporária para o Ensino Português no Estrangeiro Nos termos do artigo 32.º do Decreto-Lei n.º 165/2006, de 11 de Agosto,

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 3.405, DE 1997 (apensados os de nºs 2.204/1999, 3.503/2008 e 5.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI Nº 3.405, DE 1997 (apensados os de nºs 2.204/1999, 3.503/2008 e 5. Autor: Dep. Celso Russomanno Relator: Dep. Ricardo Tripoli COMPLEMENTAÇÃO DE VOTO EM SEPARADO Li, com bastante atenção, o bem elaborado voto do Relator, Dep. RICARDO TRÍPOLI, que buscou dar ao tema tratado

Leia mais

DIRETIVA n.º 3/2014. Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público

DIRETIVA n.º 3/2014. Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público DIRETIVA n.º 3/2014 Novo Regime Jurídico do Processo de Inventário. A intervenção do Ministério Público A entrada em vigor do Regime Jurídico do Processo de Inventário, aprovado pela Lei n.º 23/2013, de

Leia mais

Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE. Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários. Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo

Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE. Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários. Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo Regulamento n.º 1 /2007 BANCO DE CABO VERDE Auditoria Geral do Mercado de Valores Mobiliários Auditores dos Organismos de Investimento Colectivo Com a criação dos Organismos de Investimento Colectivo (OIC),

Leia mais

A comunicação prévia no RJUE. Fernanda Paula Oliveira

A comunicação prévia no RJUE. Fernanda Paula Oliveira A comunicação prévia no RJUE Fernanda Paula Oliveira Considerações Preliminares Os instrumentos jurídico administrativos As concessões: ato jurídico que atribui ao particular a faculdade de exercer uma

Leia mais

Ética no exercício da Profissão

Ética no exercício da Profissão Titulo: Ética no exercício da Profissão Caros Colegas, minhas Senhoras e meus Senhores, Dr. António Marques Dias ROC nº 562 A nossa Ordem tem como lema: Integridade. Independência. Competência. Embora

Leia mais

Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na. Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão,

Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na. Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito do Tribunal do Judicial de Vila Nova de Famalicão 4º Juízo Cível Processo nº 1300/12.2TJVNF Insolvência de Isabel Cristina de Almeida Pereira V/Referência:

Leia mais

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL LIGEIRA

MUNICÍPIO DE CONDEIXA-A-NOVA REGULAMENTO MUNICIPAL DE ATRIBUIÇÃO DE LOTES DA ZONA INDUSTRIAL LIGEIRA NOTA JUSTIFICATIVA 1º-O presente Regulamento, tem como principal objectivo compilar as alterações a que a versão inicial foi sujeita e expurgá-lo de algumas dificuldades de leitura e interpretação que

Leia mais

NCE UNEMAT 2005 NÍVEL SUPERIOR

NCE UNEMAT 2005 NÍVEL SUPERIOR NCE UNEMAT 2005 NÍVEL SUPERIOR TEXTO URGÊNCIA Ao constatar que, de 40 pessoas que costumam dormir nas praias de Copacabana e Ipanema, 35 vieram de fora da cidade, a Secretaria municipal de Assistência

Leia mais

Só em circunstâncias muito excepcionais pode o advogado ser autorizado a revelar factos sujeitos a sigilo profissional.

Só em circunstâncias muito excepcionais pode o advogado ser autorizado a revelar factos sujeitos a sigilo profissional. - Dispensa de sigilo profissional n.º 88/SP/2010-P Através de comunicação escrita, registada com o n.º ( ), recebida a 15.04.2010 pela Secretaria do Conselho Distrital do Porto da Ordem dos Advogados,

Leia mais

NOTA INFORMATIVA. 3. Como se constata, as modificações introduzidas reconduzem-se aos seguintes aspectos:

NOTA INFORMATIVA. 3. Como se constata, as modificações introduzidas reconduzem-se aos seguintes aspectos: NOTA INFORMATIVA Face às notícias que tem vindo a ser publicadas na imprensa, relacionadas com alegadas dificuldades na obtenção da isenção de Imposto sobre Veículos (ISV) pelas pessoas portadores de deficiência,

Leia mais