professor Rafael Hoffmann

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1 professor Rafael Hoffmann

2 Tipografia Rafael Hoffmann Formação: Técnico em Desenho Industrial (SATC) Bacharel em Publicidade e Propaganda (UNISUL) Especialista em Design Gráfico (UFSC) Mestre em Ciências da Linguagem (UNISUL) Profissional: Departamento de Comunicação SATC ( ) Freelancer Professor EDUTEC SATC (2006) Professor Faculdade SATC (2010)

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4 Usamos as letras do nosso alfabeto todos os dias, com rapidez e inconsciência, as tomamos como próprias, como o ar que respiramos. Não nos damos conta de que cada uma dessas letras está a nossa disposição, porque é resultado de um grande, trabalhoso e lento processo de evolução que começou com a antiga arte da escrita. Douglas McMurtrie, tipógrafo

5 Terminologia Tipologia: Processo de classificação ou estudo de um conjunto, qualquer que seja a natureza dos elementos que o compõem, para determinação das categorias em que se distribuem, segundo critérios definidos. [ NIEMEYER, 2000]

6 Terminologia Caligrafia: processo manual para obtenção de letras únicas, e partir de traçados contínuos a mão livre. [FARIAS, 2004] Luca Barcellona

7 Terminologia Le ering: processo manual para a obtenção de letras únicas a partir de desenhos. [FARIAS, 2004] Caetano Calomino

8 Terminologia Tipografia: Conjunto de práticas e processos envolvidos na criação e utilização de símbolos visíveis relacionados aos caracteres ortográficos (letras) e para-ortográficos (números, sinais de pontuação, etc.) para fins de reprodução. [FARIAS, 2004]

9 Alfabeto Romano Alfabeto romano derivou do alfabeto grego, que derivou do alfabeto fenício.

10 Alfabeto Romano Coluna de Trajano - Coluna de Trajano, em Roma; - gravada por volta de 144 d.c.; - introdução das serifas.

11 Alfabeto Romano Coluna de Trajano

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13 Alfabeto Romano Coluna de Trajano

14 Alfabeto Romano Papiro

15 Alfabeto Romano Tabuletas de cera

16 Alfabeto Romano Pergaminho

17 Alfabeto Romano Pergaminho

18 Alfabeto Romano Capitalis Quadrata - Capitalis Quadrata; - letras capitais romanas; - traços finos e grossos, quando escritas com pena de junco; - traços orgânicos.

19 Alfabeto Romano Capitalis Rústica - Versão condensada da Capitalis Quadrata; a.c. e 900 d.c., com auge entre os séculos IV e VI; - economizar espaço.

20 Alfabeto Romano Manuscrito romano

21 Alfabeto Romano Declínio do Império Romano

22 Alfabeto Romano Uncial (Sec. IV a VIII) - Origem celta; - forma arredondada e com pequenas serifas; - primeiras letras de caixa-baixa; - mais rápidas para escrever; - letras menores para economizar pergaminho; - livros menores, mais fáceis de transportar. Uncial, do latim uncia ou décima parte, referindo-se à medida de uma polegada.

23 Alfabeto Romano Reunificação do Império Império de Carlos Magno ( d.c.)

24 Alfabeto Romano Carolíngias - Desenvolvidas por decreto de Carlos Magno, no século VIII. - estilo padronizado de letras para ser utilizado pelo império; - letras carolíngias (durante o reino de Carlos Magno). - sem espaçamento entre as palavras.

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26 Letras Góticas Gótico textura - A partir do século XI; - angular, condensado e pesado; - traços verticais pesados.

27 Letras Góticas Gótico textura - Espacejamento uniforme; - textura.

28 Letras Góticas Gótico rotunda - Início do século XV; - mais aberta, redonda; - características carolíngeas; - modelo para os tipos móveis.

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30 Tipografia

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32 Caligrafia Princípios de caligrafia Caetano Thiago

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34 Caligrafia Princípios de caligrafia CONTRASTE POR TRANSLAÇÃO Produzido por uma pena de ponta quadrada ao variar a trajetória ou direção do traço, sem mudar a posição da pena. CONTRASTE POR EXPANSÃO Produzido por pena de ponta fina flexível ao variar a pressão, alterando a largura do traço.

35 Caligrafia Princípios de caligrafia A pena de ponta flexível produz traços finos ao subir e grossos ao descer, devido à expansão causada pela pressão. Namiki Falcon Resin Fountain Pen

36 Caligrafia Princípios de caligrafia A pena quadrada sofre pressão constante, de modo que o contraste é produzido devido à mudança de direção do traço, porém mantendo o mesmo ângulo da pena durante toda a trajetória: 30 nas romanas e 45 nas itálicas. Luca Barcellona - Legacy of Le ers

37 Caligrafia Princípios de caligrafia DUCTUS Sequência de movimentos e do percurso que o instrumento faz ao escrever.

38 Caligrafia Princípios de caligrafia VELOCIDADE DO TRAÇO Conceito relacionado à mudança na espessura do traço em relação à velocidade com a qual o instrumento é utilizado. Assim, quanto maior a velocidade, mais fino será o traço. Ao escrever mais rápido as letras sofrem mais deformações, mas tornam-se mais espontâneas e expressivas.

39 Caligrafia Princípios de caligrafia RITMO Refere-se à regularidade na qualidade dos traços e o resultante equilíbrio entre branco e preto, forma e espaço, que é o que dá beleza e harmonia ao conjunto. Baseia-se na construção com traços uniformes, contraste homogêneo e eixo de inclinação constante.

40 Caligrafia Princípios de caligrafia TENSÃO DAS CURVAS Refere-se à relação entre as curvas, os encontros entre traços ou a ligação entre eles e seu dinamismo (sem solavancos).

41 Caligrafia Princípios de caligrafia PROPORÇÕES, ALTURA E PESO Referem-se às proporções dos caracteres. Na caligrafia com pena quadrada, por exemplo, a altura-x é cinco vezes a largura da pena. As das ascendentes e descendentes, entre duas e três vezes. Se aumentarmos a altura, mas mantivermos a espessura da pena, teremos como resultado um tipo mais leve; se a reduzirmos, teremos um tipo mais pesado.

42 Caligrafia Princípios de caligrafia COERÊNCIA FORMAL Refere-se à relação harmoniosa entre todos os caracteres. Essa harmonia é obtida pela repetição de elementos ou partes comuns como terminais e serifas, bem como pelo tipo de contraste.

43 Caligrafia Princípios de caligrafia

44 Caligrafia Princípios de caligrafia A altura de uma letra é calculada em larguras de pena.

45 Caligrafia Princípios de caligrafia 1 - Linha da ascendente 2 - Altura de versal (caixa-alta) 3 - Altura-x 4 - Linha de base 5 - Linha da descendente

46 Caligrafia Princípios de caligrafia Cada escrita é desenhada com a pena em um ângulo em relação à linha horizontal.

47 Caligrafia Princípios de caligrafia Cada escrita é desenhada com a pena em um ângulo em relação à linha horizontal.

48 Caligrafia Princípios de caligrafia Cada escrita é desenhada com a pena em um ângulo em relação à linha horizontal.

49 Caligrafia Princípios de caligrafia SEQUÊNCIA DE TRAÇOS Sequência recomendada de traços para as letras de cada escrita. O uso de cores transparentes deixa claro quando um traço cruza ou se sobrepões a outro.

50 Caligrafia Da caligrafia ao tipo A caligrafia é utilizada como um meio para aprender e entender os princípios básicos da forma das letras. (...) O estudo da caligrafia permite compreender profundamente a estrutura, construção e qualidade estético-formal das letras, e também apreciar suas proporções, ritmo e espaços entre letras, palavras e linhas. Juan J. Arrausi, no livro Metodología en el diseño de la letra

51 Caligrafia Da caligrafia ao tipo

52 Caligrafia Da caligrafia ao tipo

53 Caligrafia Da caligrafia ao tipo A diagonal direita de algumas letras tende a ser desenhadas com maior espessura, mesmo em fontes modernas, porque o ângulo da pena de ponta quadrada (ou pincel chato), formava traços mais grossos ou finos dependendo do ângulo e da direção dos traços.

54 Caligrafia Da caligrafia ao tipo O bulbo na ponta do gancho da letra a minúscula é resultado de um instrumento de tinta comprimido contra o papel.

55 Caligrafia Dicas CalligraphyArt App

56 Caligrafia Dicas - Caetano Calomino - Thiago Reginato - Andrea Branco - Claudio Gil - Molly Jacques - Niels Shoe - Pokra Lampas - Gabriel Meave - Chaz Bojorquez - Barbara Calzolari

57 professor Rafael Hoffmann