Secretaria da Saúde de Pelotas UPA Nível III

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1 1 Porto Alegre, 10 de dezembro de Secretaria da Saúde de Pelotas UPA Nível III Relatório de Cálculo de Blindagens Sala de Raios X Convencional

2 2 Cálculo de Blindagens Índice: 1 - Identificação da Instituição Características do Equipamento de Raios X Convencional Classificação das áreas de serviço com os respectivos fatores de uso e de ocupação Descrição técnica das blindagens: tipo e espessura de blindagem de portas; tipo e espessura de blindagem de paredes Estimativa da carga de trabalho máxima semanal Memorial de cálculo de blindagens Planilha de cálculo de blindagem (Anexo 1)...07

3 3 1. IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO - Razão Social: Secretaria da Saúde de Pelotas UPA Nível III - CNPJ: / Endereço: Av. Bento Gonçalves, Bairro: Centro - Cidade: Pelotas - UF: RS - Telefone: CARACTERÍSTICAS DO EQUIPAMENTO DE RAIOS X CONVENCIONAL Marca: NI Modelo: NI Tensão máxima: 140 kvp Corrente máxima: 500 ma Tempo Máximo: 5,0 s 3. CLASSIFICAÇÃO DAS ÁREAS DO SERVIÇO A classificação das áreas do serviço com os respectivos fatores de uso e de ocupação das vizinhanças da Sala de Raios X Convencional são dadas na tabela 1. Tabela 1- Classificação das áreas de serviço com os respectivos fatores de uso e de ocupação. Local Fator de Uso (U) Fator de Ocupação (T) Classificação da Área Circulação NA 1 Livre Câmara Escura NA 1 Livre Farmácia Área de Distribuição NA 1 Livre Sala de Lavagem e Descontaminação 1/2 1 Livre Sala de Armazenamento e Distribuição 1/2 1 Livre Materiais Esterilizados Vestiário NA 1/4 Livre Comando NA 1 Controlada NA: Não se aplica. * Não há ocupação.

4 4 4. DESCRIÇÃO TÉCNICA DAS BLINDAGENS A descrição técnica das blindagens para as portas e paredes da Sala de Raios X Convencional, em termos de material e densidade é dada na tabela 2. A descrição em termos de tipo e espessuras é dada no memorial de cálculos de blindagens. Tabela 2 Descrição técnica das blindagens em termos de materiais e densidades. Material Densidade (g/cm 3 ) Chumbo 11,3 Barita (concreto baritado) 3,2 Concreto vibrado 2,3 Tijolo maciço 1,8 Gesso 0,84 Caso seja colocado blindagem adicional de chumbo, estas deverão ser fixadas desde o piso acabado até a altura mínima de 2,10 m, sendo que deverão ser sobrepostas as lâminas com no mínimo 1,0 cm para que não haja aberturas entre as lâminas. As lâminas de chumbo devem ficar cobertas, não ficando à vista. Se for colocada barita, esta deverá ser colocada com as especificações do fabricante, com o cuidado de colocar a barita uniformemente sobre as paredes. 5. ESTIMATIVA DE CARGA DE TRABALHO MÁXIMA SEMANAL A carga de trabalho semanal estimada máxima é baseada nas recomendações da Portaria nº. 453: 5.1- Equipamento de Raios X Convencional: 112 ma.min/semana.

5 5 6. MEMORIAL DE CÁLCULO DE BLINDAGENS As espessuras de blindagens indicadas nos cálculos apresentados no anexo 1, são espessuras mínimas, valores maiores poderão ser utilizados EQUIPAMENTO DE RAIOS X CONVENCINAL (ANEXO 1). 7. SINALIZAÇÕES E CONDIÇÕES DOS AMBIENTES a) Em cima de cada porta de acesso à sala deverá ter uma lapada vermelha, que deverá ser acesa quando o equipamento estiver disparando raios X. Abaixo de cada lâmpada vermelha, deverá ter os seguintes dizeres: Quando a luz vermelha estiver acesa, a entrada é proibida Na face exterior de cada porta deverá ser fixado um cartaz contendo o símbolo internacional de radiação acompanhado do seguinte dizer: Raios X {Símbolo} Entrada Restrita b) Deverá ser colocado um quadro em local visível com as seguintes orientações: Não é permitida a permanência de acompanhantes na sala durante o exame radiológico, salvo quando estritamente necessário e autorizado. c) Deverá se colocado dentro da sala um quadro em local visível com as seguintes orientações: Mulheres grávidas ou com suspeita de gravidez: favor informarem ao médio ou técnico antes do exame. Obs.: Os avisos de proteção radiológica a serem colocados na sala de exames e sala de espera, e o símbolo de radiação na porta de acesso será fornecido pela PhyMED.

6 6 8. EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL a) Deverá haver 02 (dois) aventais plumbíferos (0,25 mm de chumbo) dentro da sala b) Deverá haver 02 (dois) protetores de tireóide (0,25 mm de chumbo) dentro da sala. c) Deverá haver 01 (um) par de luvas plumbíferas (0,50 mm de chumbo) dentro da sala. d) Deverá haver 01 (um) óculos plumbífero (0,50 mm de chumbo) dentro da sala. e) Deverá haver 01 (um) protetor de gônodas feminino e 01 (um) masculino (0,50 mm de chumbo) dentro da sala. f) Deverá haver um suporte fixo para colocação dos aventais e protetores de tireóide dentro da sala.

7 7 Anexo 1 PLANILHA DE CÁLCULO DE BLINDAGENS 1-INTRODUÇÃO EQUIPAMENTO DE RAIOS X CONVENCIONAL Essa planilha apresenta a metodologia de cálculo de blindagens para o projeto e instalação de salas de Raios X Convencional. A planilha é baseada no NCRP Report 49 (Structural Shielding Design and Evaluation for Medical Use of X Rays and Gamma Rays of Energies up to 10 MeV) e na Portaria 453 da Secretaria de vigilância Sanitária do Ministério da Saúde. 2-JUSTIFICATIVA A construção de barreiras protetoras visa a atenuação da radiação ionizante produzida à níveis compatíveis com as práticas desenvolvidas no serviço e atende as exigências da Portaria 453/98/SVS/MS (DOU: ). 3- MATERIAIS E MÉTODOS Nessa planilha é apresentada a metodologia de cálculo, a descrição técnica das blindagens, os diferentes tipos de materiais de blindagem e a espessura e densidade desses materiais. 3.1 Parâmetros utilizados nos cálculos Os cálculos foram realizados considerando as áreas vizinhas à sala de Raios X Convencional como indicado na tabela 1. Para área livre P= 0,5 msv/ano (0,01 msv/semana) e área controlada P= 5 msv/ano (0,1 msv/semana). Os fatores de uso e ocupação são indicados na tabela 1. Equipamento de 140 kvp, corrente contínua no tubo de 3,3 ma (I= 3,3 ma), área de campo espalhado de 1505 cm 2 (F=1505 cm 2 ), razão de espalhamento da radiação incidente igual a 0,00156 (a=0,00156), carga de trabalho de 112 ma.min/semana e as distâncias variaram em função da localização da parede.

8 8 4 BLINDAGENS A seguir é apresentada a metodologia de cálculo de blindagens e os valores obtidos para as diversas paredes e portas. A identificação do local das BLINDAGENS pode ser vista no esquema representativo da página BLINDAGEM A - Identificação: Porta de Acesso / Parede Circulação Interna - Tipo de barreira: secundária. - Distâncias: do feixe primário à parede: d sec = 2,34 m Blx= P.(d sec ) 2.(60.I)/ (W.T) = 0,96801 x 10-1 (fuga) Kux= P.(d sca ) 2. (d sec ) / (a.w.t.f) = 0,83294 x10-1 msv/ma.min a 1m (espalhada) Chumbo (densidade de 11,3 g/cm 3 ) - 1,3 mm de espessura; Concreto (densidade de 2,3 g/cm³) 12,1 cm de espessura; Barita (densidade de 3,2 3 g/cm 3 ) 2,0 cm de espessura. A porta não deverá ter emendas, e deverá se ter o cuidado com a fechadura, pois a lâmina de chumbo tem que ser colocada dentro da fechadura. Utilizar para o marco da porta a mesma equivalência em chumbo. 4.2 BLINDAGEM B - Identificação: Parede entre a sala de raios-x convencional e a câmara escura. - Tipo de barreira: secundária; - Distâncias: do feixe secundário à parede: d sec = 1,13 m

9 9 Blx= P.(d sec ) 2.(60.I)/ (W.T) = 0,22574x10-1 (fuga) Kux= P.(d sca ) 2. (d sec ) / (a.w.t.f) = 0,19424 x 10-1 msv/ma.min a 1m (espalhada) Chumbo (densidade de 11,3 g/cm 3 ) 1,8 mm de espessura; Concreto (densidade de 2,3 g/cm³) 16,4 cm de espessura; Barita (densidade de 3,2 3 g/cm 3 ) 2,9 cm de espessura. 4.3 BLINDAGEM C - Identificação: Parede entre a sala de raios-x convencional e a farmácia. - Tipo de barreira: secundária. - Distâncias: do feixe primário à parede: d sec = 1,33 m Blx= P.(d sec ) 2.(60.I)/ (W.T) = x 10-1 (fuga) Kux= P.(d sca ) 2. (d sec ) / (a.w.t.f) = 0,59636 x 10-1 msv/ma.min a 1 m (espalhada) Chumbo (densidade de 11,3 g/cm 3 ) 1,4 mm de espessura; Concreto (densidade de 2,3 g/cm³) 13,1 cm de espessura; Barita (densidade de 3,2 3 g/cm 3 ) 2,2 cm de espessura. 4.4 BLINDAGEM D - Identificação: Parede entre a sala de raios-x convencional é a farmácia - Tipo de barreira: secundária. - Distâncias: do feixe primário à parede: d sec = 1,14m Blx= P.(d sec ) 2.(60.I)/ (W.T) = 0,22975 x 10-1 (fuga) Kux= P.(d sca ) 2. (d sec ) / (a.w.t.f) = 0,19769 x 10-1 msv/ma.min a 1 m (espalhada)

10 10 Chumbo (densidade de 11,3 g/cm 3 ) 1,8 mm de espessura; Concreto (densidade de 2,3 g/cm³) 16,3 cm de espessura; Barita (densidade de 3,2 3 g/cm 3 ) 2,9 cm de espessura. 4.5 BLINDAGEM E - Identificação: Parede entre a sala de raios-x convencional é a circulação - Tipo de barreira: secundária; - Distâncias: do feixe secundário à parede: d sec = 1,14 m Blx= P.(d sec ) 2.(60.I)/ (W.T) = 0,22975 x 10-1 (fuga) Kux= P.(d sca ) 2. (d sec ) / (a.w.t.f) = 0,19769 x 10-1 msv/ma.min a 1 m (espalhada) Chumbo (densidade de 11,3 g/cm 3 ) 1,8 mm de espessura; Concreto (densidade de 2,3 g/cm³) 16,3 cm de espessura; Barita (densidade de 3,2 3 g/cm 3 ) 2,9 cm de espessura. 4.6 BLINDAGEM F - Identificação: Parede entre a sala de raios-x convencional e a sala de lavagem e descontaminação de materiais. - Tipo de barreira: primária. - Distâncias: do feixe primário à parede: d sec = 1,12 m Blx= P.(d sec ) 2.(60.I)/ (W.T) = 0,22176 x 10-1 (fuga) Kux= P.(d sca ) 2. (d sec ) / (a.w.t.f) = 0,19082 x 10-1 msv/ma.min a 1 m (espalhada) Chumbo (densidade de 11,3 g/cm 3 ) 3,3 mm de espessura;

11 11 Concreto (densidade de 2,3 g/cm³) 28,9 cm de espessura; Barita (densidade de 3,2 3 g/cm 3 ) 5,6 cm de espessura; 4.7 BLINDAGEM G - Identificação: Parede entre a sala de raios-x convencional e a sala de armazenamento e distribuição de materiais esterilizados - Tipo de barreira: primária. - Distâncias: do feixe primário à parede: d sec = 1,12 m Blx= P.(d sec ) 2.(60.I)/ (W.T) = 0,22176 x 10-1 (fuga) Kux= P.(d sca ) 2. (d sec ) / (a.w.t.f) = 0,19082 x 10-1 msv/ma.min a 1 m (espalhada) Chumbo (densidade de 11,3 g/cm 3 ) 3,3 mm de espessura; Concreto (densidade de 2,3 g/cm³) 28,9 cm de espessura; Barita (densidade de 3,2 3 g/cm 3 ) 5,6 cm de espessura; 4.8 BLINDAGEM H - Identificação: Parede entre a sala de raios-x convencional e o vestiário. - Tipo de barreira: secundária. - Distâncias: do feixe primário à parede: d sec = 2,31 m Blx= P.(d sec ) 2.(60.I)/ (W.T) = 0,22176 x 10-1 (fuga) Kux= P.(d sca ) 2. (d sec ) / (a.w.t.f) = 0,19082 x 10-1 msv/ma.min a 1 m (espalhada) Chumbo (densidade de 11,3 g/cm 3 ) 0,8 mm de espessura; Concreto (densidade de 2,3 g/cm³) 8,2 cm de espessura; Barita (densidade de 3,2 3 g/cm 3 ) 1,2 cm de espessura;

12 BLINDAGEM I - Identificação: Parede entre a sala de raios-x convencional e o comando - Tipo de barreira: secundária. - Distâncias: do feixe primário à parede: d sec = 1,42 m Blx= P.(d sec ) 2.(60.I)/ (W.T) = 0,35647 x 10 0 (fuga) Kux= P.(d sca ) 2. (d sec ) / (a.w.t.f) = 0,30673 x 10 0 msv/ma.min a 1 m (espalhada) Chumbo (densidade de 11,3 g/cm 3 ) 0,8 mm de espessura; Concreto (densidade de 2,3 g/cm³) 8,4 cm de espessura; Barita (densidade de 3,2 3 g/cm 3 ) 1,2 cm de espessura; Para o visor usar equivalência em chumbo de 0,8 mm de espessura BLINDAGEM PARA O PISO E TETO Não há necessidade de colocação de blindagem no piso e teto da sala de raios X Convencional, pois não haverá ocupação abaixo da sala e o pé direito já proporciona a blindagem pretendida e recomendada.

13 13 5. PLANILHA DE CÁLCULO DE BLINDAGEM A tabela 3 fornece um resumo das espessuras de blindagem adicional. Tabela 3 Espessuras de blindagem. Ponto Tipo de Barreira Material de Blindagem Chumbo Concreto Barita A Porta de Acesso 1,27 mm * * A Parede Circulação 1,27 mm 12,1 cm 2,0 cm B Parede Câmara Escura 1,8 mm 16,4 cm 2,9 cm C Parede Farmácia 1,4 mm 13,1 cm 2,2 cm D Parede Farmácia 1,8 mm 16,3 cm 2,9 cm E Parede Circulação 1,8 mm 16,3 cm 2,9 cm F Parede Sala de Lavagem 3,3 mm 28,9 cm 5,6 cm G Parede Sala de Armazenamento 3,3 mm 28,9 cm 5,6 cm H Parede Vestiário 0,8 mm 8,2 cm 1,2 cm I Parede Comando 0,8 mm 8,4 cm 1,2 cm I* Visor Sala de Comando 0,8 mm * * Piso - N.N. N.N. N.N. Teto - N.N. N.N. N.N. N.N.: Não Necessária * Visor e equivalência em chumbo.

14 14 Obs: 1) A tabela acima apresenta diversos materiais utilizados como blindagem, na qual deverá ser escolhido o material com o melhor custo benefício para a Instituição. 2) As espessuras de blindagens indicadas nos cálculos apresentados são espessuras mínimas, valores maiores poderão ser utilizados. As blindagens deverão ser colocadas, no mínimo a uma altura de 2,10 m do piso acabado. Físico Marcus Vinicius Bortolotto Especialista em Física do Radiodiagnóstico ABFM - RX 264/919

15 15 # Esquema Representativo #