Relatório de Gestão. Aon Re Bertoldi - Corretagem de Resseguros, SA. Exercício findo em 31 de Dezembro de 2011

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1 Relatório e Contas 2011

2 Relatório de Gestão Aon Re Bertoldi - Corretagem de Resseguros, SA Exercício findo em 31 de Dezembro de 2011

3 AON RE BERTOLDI CORRETAGEM DE RESSEGUROS, S.A. EXERCÍCIO DE 2011 RELATÓRIO DE GESTÃO A sociedade Aon Re Bertoldi Corretagem de Resseguros, S.A. tem por objecto a corretagem de resseguros, consultadoria de seguros e, por último, a aquisição de participações no capital de outras sociedades, desde que previamente autorizadas pelo Instituto de Investimento Estrangeiro. GOVERNO SOCIETÁRIO O capital social da sociedade no montante de euros, representado por acções de valor nominal de 5 Euros, encontra-se integralmente subscrito e realizado, sendo subscrito em 85% pela sociedade Aon Portugal Corretores de Seguros, S.A. e em 15% por Andrea Bertoldi. As acções são nominativas, sendo representadas por títulos de uma, cinco, dez, cinquenta e cem acções. Os accionistas gozam direito de preferência na alienação onerosa das acções mesmo a favor de outros accionistas. A administração da Sociedade é exercida por um Conselho de Administração, composto por um número ímpar de membros, de três a nove, eleitos pela Assembleia Geral, que designará também o respectivo presidente, por um período de quatro anos podendo ser reeleitos uma ou mais vezes. O Conselho de Administração reunirá, pelo menos, duas vezes em cada exercício. Compete ao Conselho de Administração, dentro dos limites da lei e dos estatutos da sociedade, deliberar sobre qualquer assunto de administração da sociedade e, nomeadamente, sobre: a) Relatório e contas anuais; b) Aquisição, alienação e oneração de bens imóveis; c) Abertura ou encerramento de estabelecimentos; d) Modificações importantes na organização da Empresa; e) Mudança da sede social e aumento de capital; e f) Aquisição ou alienação de participações sociais de outras sociedades, nos termos legais. A sociedade obriga-se: pela assinatura da maioria dos administradores; pela assinatura conjunta de dois administradores nos quais tenham sido delegados poderes; pela assinatura conjunta de um administrador no qual tenham sido delegados poderes nos termos do artigo anterior e de um procurador com poderes bastantes. Porém, para actos de mero expediente basta a assinatura de um administrador, de um administrador delegado ou de um procurador. As alterações de estatutos ou aumento de capital devem ser objecto de proposta do Conselho de Administração para aprovação da Assembleia Geral. Relatório de Gestão 2011 Pág. 2

4 Não são aplicáveis acordos significativos de que a sociedade seja parte e que entrem em vigor, sejam alterados ou cessem em caso de mudança de controlo da sociedade. Também não é aplicável à sociedade acordos entre a sociedade e os titulares do órgão de administração ou trabalhadores que prevejam indemnizações em caso de pedido de demissão do trabalhador, despedimento sem justa causa ou cessação da relação de trabalho. ECONOMIA PORTUGUESA A economia portuguesa em 2011 voltou a apresentar uma contracção da actividade económica, a qual não tem precedente. Tal situação é traduzida numa queda significativa da procura interna, tanto pública como privada, num quadro de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos básicos. A forte contracção da procura interna é acompanhada por um crescimento significativo das exportações, o qual não é, no entanto, suficiente para compensar o impacto do ajustamento dos níveis de procura por parte dos agentes residentes, num quadro de desalavancagem do sector privado e consolidação orçamental. No quadro da crise da dívida soberana na área do euro, o Estado português viu-se obrigado a solicitar assistência financeira junto do Fundo Monetário Internacional e da União Europeia. Este pedido deu lugar à formalização de um Programa de Assistência Económica e Financeira (PAEF), em que o Governo de Portugal se comprometeu a adoptar medidas de ajustamento dos desequilíbrios macroeconómicos e de carácter estrutural. Estas medidas visam assegurar condições indispensáveis ao aumento do potencial de crescimento da economia portuguesa e permitir um padrão de crescimento sustentável face ao novo quadro de funcionamento dos mercados financeiros internacionais, mas têm um inevitável efeito contracionista no curto prazo. Em Portugal, o Produto Interno Bruto (PIB) diminuiu 1,6% em volume em 2011, após o aumento de 1,4% observado no ano anterior. Quebras no consumo das famílias e do investimento foram as que mais pesaram. Em sentido contrário, temos o contributo da procura externa líquida que aumentou para 4,6% (0,5% em 2010), em resultado da diminuição das Importações de Bens e Serviços, enquanto as Exportações de Bens e Serviços, embora desacelerando, continuaram a aumentar. Em termos de taxa de desemprego, regista-se um aumento progressivo da mesma, a qual apresenta no final de Dezembro de 2011, níveis nunca vistos, na ordem dos 14%. A taxa de inflação média anual em Portugal, fixou-se em 3,7% em 2011 contra os 1,4% registados em No quadro de previsões para 2012, prevê-se um decréscimo desta taxa para a ordem dos 3,2pp. Após algumas oscilações verificadas ao longo de 2011, as taxas de juro directoras do Banco Central Europeu, apresentaram no final de Dezembro valores equivalentes a 2010: 1% para refinanciamento, 1,75% para cedência de liquidez e 0,25% para depósito. Relatório de Gestão 2011 Pág. 3

5 ACTIVIDADE ECONÓMICO-FINANCEIRA DO EXERCÍCIO A Aon Re Bertoldi, no final do exercício de 2011, apresentou um resultado líquido positivo de EUR ,09. Comparativamente com o ano anterior, a empresa regista um incremento do seu Resultado Líquido do Exercício de 4%. Tal situação, é justificada essencialmente pelo crescimento dos serviços prestados, ou seja, das comissões de corretagem de resseguro facturadas durante o ano, as quais apresentam uma variação positiva de 10% face ao ano transacto. Em contrapartida, os gastos operacionais também registaram um aumento significativo de 21%, quando comparados com o ano anterior. A subida dos gastos operacionais, ficou-se a dever, essencialmente, aos gastos com os Órgãos Sociais da Empresa, cujo aumento de vencimento e atribuição de incentivos se encontrava estabelecido através de Contrato de Trabalho. O quadro que se segue pretende demonstrar a evolução dos resultados da Empresa durante os dois últimos anos: Resultados A.11-A.10 A.11/A.10 Resultado Bruto % Resultado Operacional (antes de gastos de financiamento e impostos) % Resultados antes de Impostos % Resultado Líquido do Exercício % Pela análise do quadro apresentado, verifica-se uma recuperação da actividade da Empresa face ao ano anterior, a qual apresentou em 2010 uma variação negativa do seu resultado bruto e resultado líquido na ordem dos (13%) e (25%), respectivamente. De acordo com o acima exposto, esta melhoria dos indicadores económico-financeiros deve-se, na totalidade, ao crescimento do volume de negócios da Empresa. Relatório de Gestão 2011 Pág. 4

6 PERSPECTIVA DE EVOLUÇÃO O ano de 2011 representou no mundo do resseguro internacional um ano particularmente duro em que a solidez de vários resseguradores foi posta à prova. Inundações na Austrália, um sismo na Nova Zelândia rapidamente seguido de outro sismo intenso no Japão que também originou um tsunami, vários furacões nos Estados Unidos, cheias históricas na Tailândia sendo que estes foram os eventos mais significativos. As últimas estimativas para os danos económicos relativos a estes eventos rondam os 335 mil milhões de Euros (contra 150 mil milhões de euros em 2009), sendo que a indústria seguradora cobre cerca de 25% desse valor (20% em 2009). Estima-se que os resseguradores principais tenham perdido cerca de 11% dos seus fundos próprios. Para termos uma noção da dimensão dos danos segurados que afectaram 2011, trata-se do segundo ano mais gravoso depois de 2005 (ano em que ocorreram três furacões históricos, Katrina, Wilma e Rita avaliados na sua globalidade em 70 mil milhões euros, para além de outros eventos catastróficos). Apesar destes dados negativos, a indústria resseguradora resistiu de forma sólida o que confirma a suficiente capitalização, solvência e maturidade deste mercado. Em Portugal não se registaram catástrofes naturais mas sim uma série de sinistros de média dimensão, nomeadamente no ramo de incêndio, que degradaram os resultados de resseguro de várias companhias de seguros, particularmente no ramo de incêndio, habitualmente o mais importante em termos de volume de resseguro cedido. Estes factos eventos mundiais de grandes dimensões e sinistros médios portugueses deveriam levar-nos a esperar uma reacção nos preços em alta para o resseguro o que, na realidade, não se verificou. A campanha de renovação dos contratos de resseguro 2011/2012 fez-se por isso sem grandes sobressaltos, para além de alguns ajustes pontuais no que se refere aos termos económicos. Uma evolução interessante de notar é a clara sofisticação na tomada de decisão na compra de resseguro por parte de alguns operadores no mercado. Com efeito, várias seguradoras hoje em dia já tomam as suas decisões de resseguro apoiando-se em instrumentos analíticos com forte componente actuarial. Este género de tomada de decisão, pela sua complexidade e tecnicidade, carece de apoio de terceiros e a AON Benfield tem contribuído e continuará a contribuir um papel relevante neste campo através das suas equipas analytics. Tudo indica que esta tendência irá continuar e o facto de Solvência II estar a aproximar-se rapidamente também contribui para este tipo de decisões. Tal como em 2011, as taxas de crescimento esperadas para o próximo exercício antecipam-se confortáveis, entre 5 a 10%, bem acima das taxas de crescimento subjacente à nossa indústria de base. Relatório de Gestão 2011 Pág. 5

7 PROPOSTA DE APLICAÇÃO DE RESULTADOS O Conselho de Administração propõe que o resultado positivo líquido apurado no exercício no montante de euros seja aplicado da seguinte forma: - Transferência do montante total de euros para a conta de Resultados transitados, tendo em consideração de que as Reservas Legais constituídas já são superiores a 20% do capital social da Empresa. CONSIDERAÇÕES FINAIS O Conselho de Administração pretende distribuir a quantia de euros do resultado do exercício de 2011 pelos empregados, estando já esta distribuição afecta ao resultado líquido do exercício. O Conselho de Administração agradece o esforço e incondicional empenho de todos os colaboradores ao longo do ano de A Administração Relatório de Gestão 2011 Pág. 6

8 AON RE BERTOLDI - CORRETAGEM DE RESSEGUROS, S.A. NIF: =2>2!"" #$%#& '(# ) *+,- )+-. # & '(# - ) *+,- )+* "" ""###'/"&0"# +,+** +,)+11 ""#20 # ).,+1 +*+)1. #&0/"# #3456# * 1+,) /"&# &#&"5" +1* 2&%&037##5& 8"# *.+1*+.,1 *+,*+,*,+,)+11,+-+- &60&,+,)-+,,+-)+)- 299:99; 2&3&63"73" 2&3&6"&6&0 + + #"&#6'&# -+*.* -+*.* #/6&0#"& #&0# +,+1- +),+1) #/6&06(</00%"(.).+1..*+. &60&3&63"73" +1+-*, +*.+.. 9&## 9&##"" ""#20 # 1,1+,-1 +,+,1- ""###'/"&0"# +.--+,*1 +.,)+11 #&0/"# #3456# * )1+),) +*- /"&# &#&3&'&" 1+)* ,+-.* *+*-+1 &603&## +-.,+-.* *+*-+1 &60&3&63"73"03&##,+,)-+,,+-)+)- Conselho de Administração Técnico Oficial de Contas

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11 AON RE BERTOLDI - CORRETAGEM DE RESSEGUROS, S.A. NIF: ?A=2= UNIDADE MONETÁRIA (EUR) 2 =2>2 A6/%#0&%&0&#&0&0#3"& &#BJ00" 9&'&B #&$" 0"#.+*.- +)* 9&'&B #&3##&6 *1+--1 )+., 2&%&'"&0&36&#3"&@E#.*,+*,,+,, 9&'&B G"5B 0B3##5"" 0B --+1, +, /"#"5B #G3&'&B # +,+1 +)**+))- A6/%#0&%&0&#&0&0#3"& &# ))+.) +-)+, A6/%#0&%&0&#&0&0#0 #B 9&'&B #"#3& #&K #$%#& '(# ) +11 )+1 5B #3" #0K H/"#" 0B ##B6&"#. * * A6/%#0&%&0&#&0&0#0 #B +.11 )+1) ;&"&@!0&%&#/#</&6 #L )) &%&#/#</&6 # (0%"( *+,*+,* +)+.-- 2&%&#/#</&6 # $B0%"( *.+1*+.,1 *+,*+,* Técnico Oficial de Contas Conselho de Administração

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13 Aon Re Bertoldi Corretagem de Resseguros, S.A. Anexo às demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011 (Montantes expressos em euros) 1 NOTA INTRODUTÓRIA A Aon Re Bertoldi Corretagem de Resseguros, S.A. (adiante designada por Sociedade ou Empresa ), com sede na Av. da Liberdade, 249 2º, em Lisboa, matriculada na Conservatória do Registo Comercial de Lisboa sob o nº e constituída em 17 de Outubro de 1994, tem como actividade a mediação de resseguros. A Sociedade é detida em 85% pela Aon Portugal Corretores de Seguros, S.A., fazendo assim parte integrante do Grupo Aon, o qual é detido mundialmente pela empresa-mãe - Aon Corporation, Chicago, Estados Unidos da América. No final de 2006, a accionista Aon Portugal Corretores de Seguros, S.A. procedeu à venda de 35% do capital social da empresa ao accionista Andrea Bertoldi. Em contrapartida, este último, passou o novo negócio da carteira que detinha na empresa Bertoldi & Filhos, Lda para a Aon Re. Tal facto, permitiu à empresa reiniciar a sua actividade no mercado de resseguros em Portugal. As demonstrações financeiras anexas são apresentadas em euros e foram aprovadas pelo Conselho de Administração, na reunião de 6 de Janeiro de Contudo, as mesmas estão ainda sujeitas a aprovação pela Assembleia Geral de Accionistas, nos termos da legislação comercial em vigor em Portugal. O Conselho de Administração entende que estas demonstrações financeiras reflectem de forma verdadeira e apropriada as operações da Sociedade, bem como a sua posição e desempenho financeiros e fluxos de caixa. 2 REFERENCIAL CONTABILÍSTICO DE PREPARAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no quadro das disposições em vigor em Portugal, em conformidade com o Decreto-Lei nº 158/2009, de 13 de Julho, e de acordo com a estrutura conceptual, normas contabilísticas e de relato financeiro e normas interpretativas aplicáveis ao exercício findo em 31 de Dezembro de Adopção pela primeira vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro ( NCRF ) A Sociedade adoptou as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro ( NCRF ) pela primeira vez em 2010, aplicando, para o efeito, a NCRF 3 Adopção pela Primeira Vez das Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro (NCRF).

14 3 PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS As principais políticas contabilísticas adoptadas na preparação das demonstrações financeiras anexas são as seguintes: 3.1 Bases de apresentação As demonstrações financeiras anexas foram preparadas no pressuposto da continuidade das operações, a partir dos livros e registos contabilísticos da Sociedade, de acordo com as Normas Contabilísticas e de Relato Financeiro. 3.2 Activos fixos tangíveis Os activos fixos tangíveis encontram-se registados ao custo de aquisição, o qual inclui o custo de compra, quaisquer custos directamente atribuíveis às actividades necessárias para colocar os activos na localização e condição necessárias para operarem da forma pretendida. Os activos fixos tangíveis são registados ao custo de aquisição, deduzido de amortizações acumuladas e eventuais perdas por imparidade acumuladas. As amortizações são calculadas, após o momento em que o bem se encontra em condições de ser utilizado, de acordo com o método das quotas constantes, em conformidade com o período de vida útil estimado para cada grupo de bens. As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Classe de Bens Anos Equipamento Administrativo 3 e 5 As vidas úteis e método de amortização dos vários bens são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido prospectivamente na demonstração dos resultados. O gasto com amortizações é reconhecido na demonstração de resultados na rubrica Gastos/reversões de depreciação e amortização. As despesas de manutenção e reparação (dispêndios subsequentes) que não são susceptíveis de gerar benefícios económicos futuros adicionais são registadas como gastos no período em que são incorridas. O ganho (ou a perda) resultante da alienação ou abate de um activo fixo tangível é determinado como a diferença entre o justo valor do montante recebido na transacção ou a receber e a quantia líquida de amortizações acumuladas, escriturada do activo e é reconhecido em resultados no período em que ocorre o abate ou a alienação. 3.3 Locações As locações são classificadas como financeiras sempre que os seus termos transferem substancialmente todos os riscos e benefícios associados à propriedade do bem para o locatário. 2 / 20

15 As restantes locações são classificadas como operacionais. A classificação das locações é feita em função da substância e não da forma do contrato. Os activos adquiridos mediante contratos de locação financeira, bem como as correspondentes responsabilidades, são registados no início da locação pelo menor de entre o justo valor dos activos e o valor presente dos pagamentos mínimos da locação. Os pagamentos de locações financeiras são repartidos entre encargos financeiros e redução da responsabilidade, de modo a ser obtida uma taxa de juro constante sobre o saldo pendente da responsabilidade. Os pagamentos de locações operacionais são reconhecidos como gasto numa base linear durante o período da locação. Os incentivos recebidos são registados como uma responsabilidade, sendo o montante agregado dos mesmos reconhecido como uma redução do gasto com a locação, igualmente numa base linear. As rendas contingentes são reconhecidas como gastos do exercício em que são incorridas. 3.4 Activos intangíveis Os activos intangíveis são registados ao custo deduzido de amortizações e perdas por imparidade acumuladas. As amortizações de activos intangíveis são reconhecidas numa base linear durante a vida útil estimada dos activos intangíveis. As taxas de amortização utilizadas correspondem aos seguintes períodos de vida útil estimada: Classe de Bens Anos Programas de Computador 3 As vidas úteis e método de amortização dos vários activos intangíveis são revistos anualmente. O efeito de alguma alteração a estas estimativas é reconhecido na demonstração dos resultados prospectivamente. 3.5 Imparidade de activos fixos tangíveis e intangíveis Em cada data de relato é efectuada uma revisão das quantias escrituradas dos activos fixos tangíveis e intangíveis da Empresa com vista a determinar se existe algum indicador de que os mesmos possam estar em imparidade. Se existir algum indicador, é estimada a quantia recuperável dos respectivos activos (ou da unidade geradora de caixa) a fim de determinar a extensão da perda por imparidade (se for o caso). A quantia recuperável do activo (ou da unidade geradora de caixa) consiste no maior de entre (i) o justo valor deduzido de custos para vender e (ii) o valor de uso. Na determinação do valor de uso, os fluxos de caixa futuros estimados são descontados usando uma taxa de desconto que reflicta as expectativas do mercado quanto ao valor temporal do dinheiro e quanto aos riscos específicos do activo (ou da unidade geradora de caixa) relativamente aos quais as estimativas de fluxos de caixa futuros não tenham sido ajustadas. Sempre que a quantia escriturada do activo (ou da unidade geradora de caixa) for superior à sua quantia recuperável, é reconhecida uma perda por imparidade. A perda por imparidade é registada de imediato na demonstração dos resultados na rubrica de Perdas por imparidade, salvo se tal perda compensar um excedente de revalorização registado no capital próprio. Neste último caso, tal perda será tratada como um decréscimo daquela revalorização. 3/20

16 A reversão de perdas por imparidade reconhecidas em exercícios anteriores é registada quando existem evidências de que as perdas por imparidade reconhecidas anteriormente já não existem ou diminuíram. A reversão das perdas por imparidade é reconhecida na demonstração dos resultados na rubrica de Reversões de perdas por imparidade. A reversão da perda por imparidade é efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (líquida de amortizações) caso a perda por imparidade anterior não tivesse sido registada. 3.6 Activos e passivos financeiros Os activos e os passivos financeiros são reconhecidos no balanço quando a Empresa se torna parte das correspondentes disposições contratuais, sendo utilizado para o efeito o previsto na NCRF 27 Instrumentos financeiros. Os activos e os passivos financeiros são assim mensurados de acordo com o critério do custo ou custo amortizado. (i) Ao custo ou custo amortizado São mensurados ao custo ou custo amortizado os activos e os passivos financeiros que apresentem as seguintes características: Sejam à vista ou tenham uma maturidade definida; Tenham associado um retorno fixo ou determinável; e Não sejam um instrumento financeiro derivado ou não incorporem um instrumento financeiro derivado. O custo amortizado é determinado através do método do juro efectivo. O juro efectivo é calculado através da taxa que desconta exactamente os pagamentos ou recebimentos futuros estimados durante a vida esperada do instrumento financeiro na quantia líquida escriturada do activo ou passivo financeiro (taxa de juro efectiva). Nesta categoria incluem-se, consequentemente, os seguintes activos e passivos financeiros: a) Clientes e outras dívidas de terceiros Os saldos de clientes e de outras dívidas de terceiros são registados ao custo amortizado deduzido de eventuais perdas por imparidade. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. b) Caixa e depósitos bancários Os montantes incluídos na rubrica de Caixa e depósitos bancários correspondem aos valores de caixa, depósitos bancários e depósitos a prazo e outras aplicações de tesouraria vencíveis a menos de três meses e para os quais o risco de alteração de valor é insignificante. Estes activos são mensurados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes activos financeiros não difere do seu valor nominal. c) Fornecedores e outras dívidas a terceiros Os saldos de fornecedores e de outras dívidas a terceiros são registados ao custo amortizado. Usualmente, o custo amortizado destes passivos financeiros não difere do seu valor nominal. 4 / 20

17 (ii) Imparidade de activos financeiros Os activos financeiros incluídos na categoria ao custo ou custo amortizado são sujeitos a testes de imparidade em cada data de relato. Tais activos financeiros encontram-se em imparidade quando existe uma evidência objectiva de que, em resultado de um ou mais acontecimentos ocorridos após o seu reconhecimento inicial, os seus fluxos de caixa futuros estimados são afectados. Para os activos financeiros mensurados ao custo amortizado, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e o valor presente na data de relato dos novos fluxos de caixa futuros estimados descontados à respectiva taxa de juro efectiva original. Para os activos financeiros mensurados ao custo, a perda por imparidade a reconhecer corresponde à diferença entre a quantia escriturada do activo e a melhor estimativa do justo valor do activo na data de relato. As perdas por imparidade são registadas em resultados na rubrica Perdas por imparidade no período em que são determinadas. Subsequentemente, se o montante da perda por imparidade diminui e tal diminuição pode ser objectivamente relacionada com um acontecimento que teve lugar após o reconhecimento da perda, esta deve ser revertida por resultados. A reversão deve ser efectuada até ao limite da quantia que estaria reconhecida (custo amortizado) caso a perda não tivesse sido inicialmente registada. A reversão de perdas por imparidade é registada em resultados na rubrica Reversões de perdas por imparidade. Não é permitida a reversão de perdas por imparidade registada em investimentos em instrumentos de capital próprio (mensurados ao custo). (iii) Desreconhecimento de activos e passivos financeiros A Empresa desreconhece activos financeiros apenas quando os direitos contratuais aos seus fluxos de caixa expiram por cobrança, ou quando transfere para outra entidade o controlo desses activos financeiros e todos os riscos e benefícios significativos associados à posse dos mesmos. A Empresa desreconhece passivos financeiros apenas quando a correspondente obrigação seja liquidada, cancelada ou expire. 3.7 Rédito O rédito é mensurado pelo justo valor da contraprestação recebida ou a receber. O rédito reconhecido está deduzido do montante de notas de débito e não inclui impostos liquidados relacionados com a prestação de serviços. O rédito proveniente da prestação de serviços é reconhecido com base no período de vigência dos contratos que lhes estão subjacentes, desde que todas as seguintes condições sejam satisfeitas: O montante do rédito pode ser mensurado com fiabilidade; É provável que benefícios económicos futuros associados à transacção fluam para a Empresa; Os custos incorridos ou a incorrer com a transacção podem ser mensurados com fiabilidade; e A fase de acabamento da transacção/serviço pode ser mensurada com fiabilidade. O rédito de juros é reconhecido utilizando o método do juro efectivo, desde que seja provável que benefícios económicos fluam para a Empresa e o seu montante possa ser mensurado com fiabilidade. 5/20

18 3.8 Juízos de valor críticos e principais fontes de incerteza associadas a estimativas Na preparação das demonstrações financeiras anexas foram efectuados juízos de valor e estimativas e utilizados diversos pressupostos que afectam as quantias relatadas de activos e passivos, assim como as quantias relatadas de rendimentos e gastos do exercício. As estimativas e os pressupostos subjacentes foram determinados por referência à data de relato com base no melhor conhecimento existente à data de aprovação das demonstrações financeiras dos eventos e transacções em curso, assim como na experiência de eventos passados e/ou correntes. Contudo, poderão ocorrer situações em períodos subsequentes que, não sendo previsíveis à data de aprovação das demonstrações financeiras, não foram consideradas nessas estimativas. As alterações às estimativas que ocorram posteriormente à data das demonstrações financeiras serão corrigidas de forma prospectiva. Por este motivo e dado o grau de incerteza associado, os resultados reais das transacções em questão poderão diferir das correspondentes estimativas. Os principais juízos de valor e estimativas efectuadas na preparação das demonstrações financeiras anexas foram os seguintes: a) Vidas úteis dos activos fixos tangíveis e intangíveis Estimaram-se vidas úteis para os activos fixos tangíveis e intangíveis equivalentes às taxas máximas permitidas para efeitos fiscais, considerando que estas se ajustavam ao tipo de activos existentes na Empresa. 3.9 Imposto sobre o rendimento O imposto sobre o rendimento do exercício registado na demonstração dos resultados corresponde ao imposto corrente, não se tendo registado movimentos que dessem lugar ao reconhecimento de impostos diferidos. Os impostos correntes são registados em resultados. O imposto corrente a pagar é calculado com base no lucro tributável da empresa. O lucro tributável difere do resultado contabilístico, uma vez que exclui diversos gastos e rendimentos que nunca serão dedutíveis ou tributáveis Transacções e saldos em moeda estrangeira As transacções em moeda estrangeira (moeda diferente da moeda funcional da Empresa) são registadas às taxas de câmbio das datas das transacções. Em cada data de relato, as quantias escrituradas dos itens monetários denominados em moeda estrangeira são actualizadas às taxas de câmbio dessa data. Os itens não monetários registados ao justo valor denominado em moeda estrangeira são actualizados às taxas de câmbio das datas em que os respectivos justos valores foram determinados. As quantias escrituradas dos itens não monetários registados ao custo histórico denominados em moeda estrangeira não são actualizadas. As diferenças de câmbio apuradas na data de recebimento ou pagamento das transacções em moeda estrangeira e as resultantes das actualizações atrás referidas são registadas na demonstração dos resultados do período em que são geradas. 6 / 20

19 3.11 Especialização de exercícios A Empresa regista os seus rendimentos e gastos de acordo com o princípio da especialização de exercícios, pelo qual os rendimentos e gastos são reconhecidos à medida que são gerados, independentemente do momento do respectivo recebimento ou pagamento. As diferenças entre os montantes recebidos e pagos e os correspondentes rendimentos e gastos gerados são registadas como activos ou passivos Acontecimentos subsequentes Os acontecimentos após a data do balanço que proporcionam informação adicional sobre condições que existiam à data do balanço ( adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que dão origem a ajustamentos) são reflectidos nas demonstrações financeiras. Os eventos após a data do balanço que proporcionam informação sobre condições ocorridas após a data do balanço ( non adjusting events ou acontecimentos após a data do balanço que não dão origem a ajustamentos) são divulgados nas demonstrações financeiras, se forem considerados materiais. 4 FLUXOS DE CAIXA Para efeitos da demonstração dos fluxos de caixa, caixa e seus equivalentes inclui numerário e depósitos bancários imediatamente mobilizáveis (de prazo inferior ou igual a três meses). Caixa e seus equivalentes em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 detalham-se conforme se seguem: 31 Dez Dez 2010 Numerário Depósitos bancários imediatamente mobilizáveis ALTERAÇÕES DE POLÍTICAS CONTABILÍSTICAS E CORRECÇÕES DE ERROS Adopção inicial de novas normas ou de normas revistas A Empresa não adoptou normas e interpretações novas ou revistas no exercício findo em 31 de Dezembro de /20

20 6 ACTIVOS FIXOS TANGÍVEIS Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o movimento ocorrido na quantia escriturada dos activos fixos tangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade acumuladas, foram os seguintes: Activos Edíficios e outras construções Equipamento administrativo Total Saldo Inicial Aquisições Abates - (1.756) (1.756) Saldo Final Amortizações Acumuladas e Perdas por Imparidade 31 de Dezembro de 2011 Saldo Inicial - (5.517) (5.517) Amortizações do Exercício - (2.976) (2.976) Abates Saldo Final - (6.737) (6.737) Activos Líquidos Activos Edíficios e outras construções Equipamento administrativo Total Saldo Inicial Aquisições Abates (993) (8.967) (9.960) Saldo Final Amortizações Acumuladas e Perdas por Imparidade 31 de Dezembro de 2010 Saldo Inicial (993) (11.389) (12.382) Amortizações do Exercício - (3.095) (3.095) Abates Saldo Final - (5.517) (5.517) Activos Líquidos Durante o ano de 2011, a Empresa procedeu à aquisição de dois portáteis, os quais foram registados na rubrica de Equipamento administrativo ; Os computadores fixos e monitores que se encontravam registadas na rubrica de Equipamento administrativo totalmente amortizados e cujo ano de aquisição respeitava a 2008, foram abatidos durante o exercício de 2011, por já não constarem do inventário de imobilizado da Empresa; e 8 / 20

21 As amortizações do exercício, no montante de Euros (3.095 Euros em 2010), foram registadas na rubrica de Gastos/reversões de depreciação e de amortização (Nota 18). 7 LOCAÇÕES Locações operacionais Em 31 de Dezembro de 2011, a Empresa é locatária de um contrato de locação operacional relacionado com uma viatura automóvel, o qual se encontra denominado em euros. O contrato em vigor em 2010 teve o seu término em 2011, e por conseguinte, foi negociado com um novo locador, o contrato de uma nova viatura. Os pagamentos mínimos das locações operacionais em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são detalhados conforme se segue: Pagamentos mínimos não canceláveis 31 Dez Dez 2010 Até 1 ano Entre 1 ano e 5 anos O gasto relacionado com locações operacionais reconhecido nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhado conforme se segue: Gasto do exercício 31 Dez Dez 2010 Pagamentos mínimos /20

22 8 ACTIVOS INTANGÍVEIS Durante os exercícios findos 31 de Dezembro de 2011 e 2010 o movimento ocorrido no montante dos activos intangíveis, bem como nas respectivas amortizações acumuladas e perdas por imparidade, foram os seguintes: 31 de Dezembro de 2011 Activos Programas de Computador Outros Activos Intangíveis Total Saldo Inicial Abates (13.157) - (13.157) Saldo Final Amortizações Acumuladas e Perdas por Imparidade Saldo Inicial (13.390) - (13.390) Amortizações do Exercício (116) - (116) Abates Saldo Final (349) - (349) Activos Líquidos de Dezembro de 2010 Activos Programas de Computador Outros Activos Intangíveis Total Saldo Inicial Abates (3.850) (9.352) (13.202) Saldo Final Amortizações Acumuladas e Perdas por Imparidade Saldo Inicial (12.738) (9.352) (22.090) Amortizações do Exercício (4.502) - (4.502) Transferências Saldo Final (13.390) - (13.390) Activos Líquidos O software que se encontrava totalmente amortizado e o qual se referia a uma aplicação descontinuada, foi abatido durante o exercício de 2011; e As amortizações do exercício, no montante de 116 Euros (4.502 Euros em 2010), foram registadas na rubrica de Gastos/reversões de depreciação e de amortização (Nota 18). 10 / 20

23 9 IMPOSTO SOBRE O RENDIMENTO De acordo com a legislação em vigor, as declarações fiscais estão sujeitas a revisão e correcção por parte das autoridades fiscais durante um período de quatro anos (cinco anos para a Segurança Social), excepto quando tenham havido prejuízos fiscais, tenham sido concedidos benefícios fiscais, ou estejam em curso inspecções, reclamações ou impugnações, casos estes em que, dependendo das circunstâncias, os prazos são alargados ou suspensos. Deste modo, as declarações fiscais da Empresa dos anos de 2008 a 2011 poderão vir ainda ser sujeitas a revisão. A Empresa encontra-se sujeita a Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas (IRC) à taxa de 12,5% até à colecta de Euros e à taxa normal de 25% a partir de Euros, acrescidas de Derrama à taxa de 1,5% sobre a matéria colectável. A Administração da Empresa entende que as eventuais correcções resultantes de revisões/inspecções por parte das autoridades fiscais àquelas declarações de impostos não terão um efeito significativo nas demonstrações financeiras em 31 de Dezembro de 2011.Os gastos com impostos sobre o rendimento em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhado conforme se seguem: 31 Dez Dez 2010 Imposto corrente e ajustamentos Imposto corrente do exercício Dez Dez 2010 Resultado líquido do exercício Gasto com Impostos sobre o Rendimento apurado Diferenças permanentes Acréscimos e deduções (2.104) Gasto com Impostos sobre o Rendimento apurado à taxa de 12,5% Gasto com Impostos sobre o Rendimento apurado à taxa de 26,5% Tributações Autónomas Gasto com Impostos sobre o Rendimento /20

24 10 ACTIVOS FINANCEIROS Categorias de activos financeiros As categorias de activos financeiros em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 são detalhadas conforme se segue: 31 Dez Dez 2010 Disponibilidades: Caixa Depósitos à ordem Activos financeiros ao custo amortizado: Terceiros - resseguradores Terceiros - cedentes Estado e Outros Entes Públicos Activos financeiros ao custo: Outras contas a receber Os saldos a receber de resseguradores, estão relacionados com comissões de corretagem de resseguro a receber ou com sinistros a receber e a serem transferidos para as cedentes; e Os saldos a receber das cedentes, referem-se a prémios de resseguro a receber, derivados dos resseguros colocados através da Aon Re Bertoldi e que serão transferidos para os resseguradores. Durante os exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 não foram registadas quaisquer perdas por imparidade relativamente ao valor de realização dos activos financeiros acima apresentados. 11 INSTRUMENTOS DE CAPITAL PRÓPRIO Capital social Em 31 de Dezembro de 2011 o capital da Empresa, totalmente subscrito e realizado no montante de Euros, era composto por acções com o valor nominal de 5 Euros, cada. Reserva legal De acordo com a legislação comercial em vigor, pelo menos 5% do resultado líquido anual se positivo, tem de ser destinado ao reforço da reserva legal até que esta represente 20% do capital. Esta reserva não é distribuível a não ser em caso de liquidação da Empresa, mas pode ser utilizada para absorver prejuízos depois de esgotadas as outras reservas, ou incorporada no capital. 12 / 20

25 Em 31 de Dezembro de 2011, a reserva legal ascendia a Euros, representando assim 28% do capital realizado. 12 PASSIVOS FINANCEIROS Outros passivos financeiros Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica de Outros passivos financeiros apresentava a seguinte composição: 31 Dez Dez 2010 Outros passivos financeiros: Terceiros - cedentes Terceiros - resseguradores Estado e Outros Entes Públicos Outras contas a pagar Os saldos a pagar a resseguradores, estão relacionados com prémios de corretagem de resseguro a receber ou já recebidos, de cedentes derivados dos resseguros colocados através da Aon Re Bertoldi; e Os saldos a pagar a cedentes, referem-se a sinistros ocorridos e pendentes de pagamento. 13 OUTRAS CONTAS A PAGAR Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a rubrica Outras contas a pagar apresentava a seguinte composição: 31 Dez Dez 2010 Outras contas a pagar: Credores por acréscimos de gastos Saldos intercompanhias - Aon Service Corporation e Aon Limited Plano pensões Devedores e credores diversos A rubrica de Credores por acréscimos de gastos engloba, essencialmente, as remunerações a pagar a empregados relativas a férias e subsídio de férias do respectivo ano e a pagar no ano seguinte, assim como, os acréscimos de honorários de auditoria, gratificações ao pessoal e gastos com seguro E&O ( Errors and Omissions ). O saldo entre partes relacionadas refere-se a alocações de gastos do Grupo Aon Analytics Recharge. 13/20

26 14 ESTADO E OUTROS ENTES PÚBLICOS Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 as rubricas de Estado e outros entes públicos apresentavam a seguinte composição: Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Colectivas 31 Dez Dez 2010 Passivo Activo Passivo Estimativa de Imposto Imposto sobre o Rendimento das Pessoas Singulares Imposto sobre o Valor Acrescentado Contribuições para a Segurança Social Outros impostos RÉDITO O rédito reconhecido pela Empresa em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhado conforme se segue: Prestações de serviços Juros obtidos Outros rendimentos e ganhos O montante incluído na rubrica de Prestação de serviços diz respeito às comissões de corretagem de resseguro registadas pela Empresa e decompõem-se nos seguintes tipos de negócio: Comissões resseguro obrigatório Comissões resseguro facultativo / 20

27 16 FORNECIMENTOS E SERVIÇOS EXTERNOS A rubrica de Fornecimentos e serviços externos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhada conforme se segue: 31 Dez Dez 2010 Trabalhos especializados Rendas e alugueres Deslocações e estadas Conservação e reparação Comunicação Despesas de representação Seguros Limpeza, higiene e conforto Energia e fluidos Outros serviços especializados Materiais Vigilância e segurança Contencioso e notariado Publicidade e propaganda Outros serviços diversos A rubrica de Trabalhos especializados, engloba essencialmente os custos relacionados com auditoria (Nota 22) e Alocações do Grupo Internacional Aon que representam, aproximadamente, 73% desta rubrica e referem-se a alocações de apoio técnico relativas ao negócio de corretagem; e A rubrica de Rendas e alugueres engloba as rendas do escritório e as rendas de ALD de uma viatura automóvel (Nota 7). 17 GASTOS COM O PESSOAL A rubrica de Gastos com o pessoal nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é detalhada conforme se segue: 31 Dez Dez 2010 Remunerações dos órgãos sociais Remunerações do pessoal Encargos sobre remunerações Seguros acidentes trabalho e doença Fundo de pensões - contribuições definidas (Nota 23) Formação profissional Outros gastos com o pessoal As remunerações aos Órgãos Sociais e ao Pessoal englobam os montantes relativos a vencimento, férias, subsídio de férias e de Natal, subsídio de refeição e a gratificações extraordinárias; 15/20

28 As gratificações extraordinárias estão associadas à performance global da empresa, tendo sido deliberada a atribuição de gratificações ao pessoal no montante de euros. 18 AMORTIZAÇÕES A decomposição da rubrica de Gastos/reversões de depreciação e de amortização nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é conforme se segue: 31 Dez Dez 2010 Activos Fixos Tangíveis (Nota 6) Activos Intangíveis (Nota 8) OUTROS RENDIMENTOS E GANHOS A decomposição da rubrica de Outros rendimentos e ganhos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é conforme se segue: 31 Dez Dez 2010 Outros OUTROS GASTOS E PERDAS A decomposição da rubrica de Outros gastos e perdas nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é conforme se segue: 31 Dez Dez 2010 Impostos Diferências de câmbio Donativos Outros / 20

29 21 JUROS E RENDIMENTOS SIMILARES OBTIDOS A decomposição da rubrica de Juros e rendimentos similares obtidos nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 é conforme se segue: 31 Dez Dez 2010 Juros obtidos Os juros obtidos, em ambos os exercícios, correspondem à remuneração obtida com a conta de depósitos à ordem que a Empresa possui junto do Bank Mendes Gans, b.v. (BMG) na Holanda, a qual funciona como conta Cash-pooling do Grupo Aon. 22 PARTES RELACIONADAS A Empresa é detida em 85% pela Aon Portugal Corretores de Seguros, S.A., com sede na Av. da Liberdade, 249 2º, sendo esta a sua principal accionista e a qual procede à consolidação das demonstrações financeiras através do método de equivalência patrimonial, dado que a consolidação integral de contas é efectuada a nível da casa-mãe Aon Service Corporation, Chicago, Estados Unidos da América. As remunerações do pessoal chave de gestão da Empresa nos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foram conforme se segue: Remuneração 31 Dez Dez 2010 Benefícios de curto prazo dos empregados Benefícios pós-emprego No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 foram efectuadas as seguintes transacções com partes relacionadas: ANO 2011 Serviços Obtidos Empresa-mãe Pessoal chave da gestão Outras partes relacionadas /20

30 ANO 2010 Serviços obtidos Serviços prestados Empresa-mãe Pessoal chave da gestão Outras partes relacionadas Em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a Empresa apresentava os seguintes saldos com partes relacionadas: ANO 2011 Contas a pagar correntes Pessoal chave da gestão Outras partes relacionadas ANO 2010 Contas a pagar correntes Empresa-mãe Outras partes relacionadas No decurso dos exercícios findos em 31 de Dezembro de 2011 e 2010 a Empresa incorreu em gastos com partes relacionadas o montante de e Euros, respectivamente, relativos a aluguer de escritório, alocações de gastos do Reino Unido e dos Estados Unidos da América e a Telecomunicações e Seguro Automóvel debitados pela Aon Portugal Corretores (Empresa-Mãe). O saldo a pagar a outras partes relacionadas em 2011, refere-se às alocações de Analytic Recharges efectuadas pelas empresas do Grupo. No que respeita a termos e condições de pagamento, o prazo médio de pagamentos ( PMP ) e o prazo médio de recebimentos ( PMR ) deverá ser de 30 dias, excepto em situações pontuais em que ambas as entidades definam um período diferente. Para as transacções relativas ao negócio (pagamentos de prémios), o prazo é normalmente de 90 dias. 18 / 20

31 23 BENEFÍCIOS DOS EMPREGADOS Benefícios pós-emprego planos de contribuição definida Durante o exercício findo em 31 de Dezembro de 2011, a Empresa assumiu o compromisso de efectuar mensalmente contribuições pecuniárias no montante de 536 Euros para um fundo de pensões que abrange todos os colaboradores. A única obrigação da Empresa consiste na realização das referidas contribuições. A contribuição mensal apresenta a seguinte composição: Remuneração 31 Dez 2011 Administradores 342 Outros participantes no fundo O gasto total reconhecido com as referidas contribuições no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 ascendeu a Euros (Nota 17). 24 PRESTAÇÃO DO SERVIÇO DE MEDIAÇÃO DE RESSEGUROS Remunerações Relacionadas com Contratos de Resseguro As remunerações auferidas no âmbito da corretagem de resseguro, durante o exercício de 2011, respeitam na sua totalidade a comissões de corretagem e foram todas recebidas através de transferência bancária. A política contabilística aplicada encontra-se descrita na Nota 3.7. CE Fundo de Pensões Remunerações Ramo Vida % Ramos não Vida % Para entrega a empresas de seguros Transferências de Valores Entregues por empresas de seguros % % 0 0 Transacções Financeiras Resseguradoras/Cedentes Durante o exercício de 2011, a Empresa não registou recebimentos de fundos com vista a serem transferidos para as empresas de resseguros para pagamentos de prémios relativamente aos quais não lhe foram outorgados poderes de cobrança (nº3, alínea a) do Artigo 4º da Norma Regulamentar nº 15/2009-R, do Instituto de Seguros de Portugal - ISP. Não foram confiados pelas empresas de resseguro, durante o ano de 2011, fundos com vista a serem transferidos para as empresas de seguros cedentes que não lhe hajam outorgado poderes de quitação das quantias recebidas (nº3, alínea b) do Artigo 4º da Norma Regulamentar nº 15/2009-R, do Instituto de Seguros de Portugal - ISP. 19/20

32 25 DIVULGAÇÕES EXIGIDAS POR DIPLOMAS LEGAIS Honorários facturados pelo Revisor Oficial de Contas Os honorários totais facturados no exercício findo em 31 de Dezembro de 2011 pelo Revisor Oficial de Contas relacionados com a Revisão Legal das Contas anuais ascenderam a Euros. 26 ACONTECIMENTOS APÓS A DATA DO BALANÇO No âmbito de decisões estratégicas definidas pela casa-mãe internacional, a Aon Corporation irá mudar a sua sede de Chicago para Londres, durante o segundo trimestre de 2012, alterando a sua denominação social para Aon Global Limited. Durante o decorrer do primeiro semestre do ano, está também previsto, o exercício da opção de compra de 15% das acções da Aon Re Bertoldi, por parte da Aon Portugal Corretores de Seguros, S.A., passando esta a deter 100% do capital daquela sociedade. Rute Cruz (Técnico Oficial de Contas) 20 / 20