Teleconferência dos Resultados - 3º Trimestre de 2005 GERDAU S.A. CONSOLIDADO
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1 Teleconferência dos Resultados - 3º Trimestre de 2005 GERDAU S.A. CONSOLIDADO 08 de novembro de 2005 Osvaldo B. Schirmer Vice-Presidente Executivo e Diretor de Relações com Investidores Boa tarde Senhoras e Senhores. Bem-vindos à nossa teleconferência do 3º trimestre de Todas as informações apresentadas pelo Grupo já estão disponíveis no nosso site, na CVM e na Bolsa de Valores. DESTAQUES O terceiro trimestre apresentou um lucro líquido consolidado de R$ 812 milhões, com margem líquida de 16%. O lucro operacional foi de R$ 1 bilhão. A receita líquida de vendas foi de R$ 5 bilhões, gerando um EBITDA de R$ 1,1 bilhão, margem EBITDA de 22%. As vendas consolidadas foram de 3,4 milhões de toneladas. Em 30 de novembro, a Gerdau S.A. pagará um total de R$ 199 milhões em dividendos ou R$ 0,45 por ação, enquanto a Metalúrgica Gerdau pagará R$ 93 milhões equivalentes a R$ 0,75 por ação.
2 Setor Siderúrgico - 3º Trimestre de 2005 Mundo Produção mundial de aço bruto alcançou 272,5 milhões de toneladas no trimestre, redução de 1,7% comparado ao 2T2005. No ritmo dos primeiros nove meses, a produção do ano de 2005 deve ultrapassar 1 bilhão de toneladas. Brasil Produção brasileira de aço bruto totalizou 7,7 milhões de toneladas no 3T2005, uma redução de 3,5% em relação ao 2T2005. As vendas de produtos de aços longos (inclui blocos e tarugos) no mercado interno realizadas no 3T2005 apresentaram um aumento de 3,9% em relação ao trimestre anterior, alcançando 1,6 milhão de toneladas. Exportações de produtos de aços longos - inclui lingotes, blocos e tarugos - totalizaram 876 mil toneladas no 3T2005. América do Norte Vendas de produtos de aços longos aumentaram em relação ao trimestre anterior. Segmento de fio-máquina ainda fraco, mas com indicação de redução nas importações. Fonte: IBS e IISI 02 A produção mundial de aço no trimestre foi 1,7% menor do que no segundo, com 272 milhões de toneladas. Se calcularmos o ano com base nos primeiros nove meses, teremos um ritmo acima do bilhão de toneladas em Desse total, projeções de especialistas indicam que a China deve contribuir com algo em torno de 340 milhões de toneladas, 25% mais do que em 2004, quando produziu 270 milhões de toneladas. O interessante é que a China continua a consumir mais do que produz. Na América do Norte, a entrada do outono sinalizou o aumento nos preços da sucata e de insumos que sazonalmente se elevam, tais como eletricidade e gás natural. A expectativa é de que, com a demanda forte no país, os eventuais aumentos na sucata poderão ser repassados aos preços, o que deve ajudar a manter os elevados spreads que a indústria de longos vem mantendo. No mercado doméstico brasileiro, a produção de aço bruto caiu 3,5% no terceiro trimestre contra o segundo. Nas vendas de aços longos, entretanto, percebe-se a retomada do crescimento com um aumento de quase 4% no período. Repetiu-se no trimestre a melhora no desempenho do setor de construção civil em relação ao da indústria. É importante lembrar que o nível de estoques de aços longos na rede de distribuidores encontra-se normalizado em patamares históricos, permitindo um melhor equilíbrio entre oferta e demanda futuras. No que diz respeito a preços, em reais, a indústria não praticou variações dos principais produtos, que continuam nos mesmos níveis dos trimestres anteriores.
3 Vendas Físicas Gerdau Consolidado Em mil toneladas TOTAL Am. do Sul Am. do Norte Brasil Exportação Brasil Doméstico 1T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 03 Na Gerdau, as vendas consolidadas no 3º trimestre se mantiveram em linha com as vendas do 2º trimestre no patamar de 3,4 milhões de toneladas. No Brasil, a Gerdau apresentou uma ligeira queda no comparativo dos dois últimos trimestres devido, em parte, à redução nas exportações. É importante destacar que, embora não tenham compensado plenamente a redução nas exportações, houve aumento nas vendas domésticas, que estão crescendo e deverão contribuir para melhorar as margens. A América do Norte viu as vendas aumentarem 7,5%, como resultado da melhor utilização da capacidade instalada e pela recomposição de estoques nos distribuidores. O Chile foi o único a apresentar declínio nas vendas no trimestre, resultado do maior fluxo de importações. O conjunto das vendas das unidades da América do Sul apresentou queda de 4%. O volume de vendas, nos nove meses, cresceu 7,7% no consolidado em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo 10,2 milhões de toneladas, explicado, em parte, pela incorporação, em novembro de 2004, das novas unidades produtoras na América do Norte. No mesmo período, tanto as unidades da América do Norte quanto as da América do Sul aumentaram as vendas em 21%. As vendas físicas das unidades no exterior, somadas às exportações das unidades no Brasil, representaram 73% do volume consolidado do terceiro trimestre de 2005.
4 Custos e Preços Receita Líquida e Custos das Vendas por Tonelada Em US$/ton Brasil Receita Líquida Custos das Vendas 1T03 2T03 3T03 4T03 1T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 América do Sul América do Norte T032T03 3T03 4T03 1T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 1T03 2T03 3T03 4T031T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 Receita Líquida Custos das Vendas Receita Líquida Custos das Vendas 04 As exportações, com o câmbio e preços em dólares desfavoráveis, continuam a contribuir para a manutenção do nível de atividade, embora adicionem menores resultados. Confirmando-se a retomada da demanda doméstica, pode haver uma recuperação de margens. A tendência de queda no custo de metálicos, no terceiro trimestre, permitiu a manutenção das margens. Para o quarto trimestre espera-se a manutenção das margens e aumento dos volumes, quando comparado aos do terceiro trimestre.
5 Evolução das Margens Margem Bruta 52% 43,6% 42% 37,2% 31% 21% 34,1% 30,3% 10% 0% 2,9% 16,1% 1T03 2T03 3T03 4T03 1T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 Margem EBITDA 52% Margem Líquida 40% 42% 31% 35,8% 32,1% 30,3% 25% 18,6% 27,6% 21% 10% 0% 24,6% 3,6% 14,4% 1T03 2T03 3T03 4T03 1T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 10% -5% 10,7% 16,7% 4,9% -1,5% 1T03 2T03 3T03 4T03 1T04 2T04 3T04 4T04 1T05 2T05 3T05 Brasil América do Norte América do Sul 05 A margem bruta consolidada manteve-se em 27% no 3º trimestre deste ano, principalmente em função da relativa estabilidade nos custos das vendas em relação ao 2º trimestre. O EBITDA do trimestre alcançou R$ 1,1 bilhão (R$ 1,3 bilhão no 2º trimestre); a margem EBITDA consolidada ficou em 23% contra 24% do segundo trimestre. O lucro líquido do 3º trimestre foi de R$ 812 milhões, 9% menor que o do 2º trimestre, e a margem líquida foi de 16%, no terceiro trimestre, contra a mesma do segundo.
6 Destaques Título de Dívida sem Vencimento (Bônus Perpétuo) US$ 600 milhões emitidos Juros de 8,875% ao ano, com pagamentos trimestrais Resgatáveis a partir de 22/09/2010 Classificação de risco: Ba1 (Moody s), BB- (S&P) e BB- (Fitch) Aquisição do controle da Diaco (Colômbia) Aquisição de 57,1% do capital social Investimentos de US$ 75,2 milhões Aquisição do controle da Sipar (Argentina) Aquisição de 35,98% das ações de emissão da Sipar Aceros S.A. Participação atual representa 74,44% do capital social da Sipar Desembolso de US$ 40,5 milhões em três anos 06 A Gerdau S.A. concluiu, em 22 de setembro, a colocação de sua primeira emissão de Bônus Perpétuo, num total de US$ 600 milhões. Os juros são de 8,875% ao ano, a serem pagos trimestralmente a partir de 22 de dezembro de A Gerdau S.A. poderá resgatar esses títulos em 22 de setembro de 2010 ou, a partir desta mesma data, a cada pagamento de juros. Esta operação recebeu uma classificação de risco de Ba1 (estável) da Moody s Investor Service, Inc. A distribuição geográfica desses títulos foi de 46% Ásia, 32% Europa, 20% EUA e 2% Brasil. A maioria dos compradores desses títulos foram Private Banking (gestores de patrimônio individual) e pessoas físicas. No final do 3º trimestre, a Gerdau concluiu a operação para aquisição da participação de 57,1% na Diaco S.A., maior produtora de vergalhões da Colômbia. Para obter esta participação, foram investidos US$ 75 milhões. A Gerdau firmou, em setembro, um acordo para a aquisição de 36% das ações de emissão da Sipar Aceros S.A., laminadora de aços longos localizada na Província de Santa Fé, Argentina. Esta participação, somada aos 38,5% já em poder da Gerdau, representam 74,4% do capital social da Sipar Aceros S.A. e o desembolso será de US$ 40,5 milhões ao longo dos próximos três anos.
7 Demonstração de Resultados Em R$ milhões 3T2005 2T2005 3T2004 RECEITA BRUTA Receita Líquida Lucro Bruto Desp. c/ Vendas, Gerais e Adm. (433) (354) (376) Resultado Financeiro Líquido Outros Result. Operacionais (8) Equivalência Patrimonial (105) (245) (280) Lucro Operacional Resultado não-operacional (6) 305 (20) Provisão p/ IR e Contr. Social (186) (391) (263) Outros (6) (6) (9) Lucro Líquido Embora tenham sido mantidos os volumes de vendas no terceiro trimestre, a receita líquida consolidada de vendas foi 6,3% inferior à do segundo trimestre. Isto se deve ao efeito do câmbio nas receitas geradas no exterior e nas exportações, quando consolidadas em reais. As operações no Brasil contribuíram com R$ 2,4 bilhões para a receita líquida do trimestre, 47,5% do valor total; os negócios na América do Norte, com uma receita de R$ 2,4 bilhões, contribuíram com 47,6%, e as unidades na América do Sul com R$ 252 milhões, com os restantes 4,9%. As empresas no exterior e as exportações da Gerdau do Brasil, somadas, contribuíram com 64% para a receita líquida consolidada do 3º trimestre deste ano. As despesas gerais e administrativas (R$ 305,3 milhões) elevaram-se em 34% no trimestre, conseqüência do aumento dos custos dos incentivos de longo prazo dos colaboradores da Gerdau Ameristeel. Embora tenha havido um crescimento pontual das despesas no trimestre, em nove meses a participação dos gastos gerais e administrativos sobre a receita líquida de vendas manteve-se estável em torno de 5%. O resultado financeiro do trimestre foi positivo em R$ 190 milhões, conseqüência do rendimento das aplicações financeiras e do impacto favorável da valorização do real frente ao dólar norte-americano sobre a dívida em moeda estrangeira contratada pelas empresas Gerdau no Brasil. As receitas com variações cambiais e monetárias, incluídas no resultado financeiro, totalizaram R$ 169 milhões no trimestre.
8 Endividamento Em R$ milhões Set.05 Jun.05 DÍVIDA BRUTA % CURTO PRAZO % Moeda Nacional 237 3% 206 Moeda Estrangeira 336 5% 473 Empresas no Exterior % 628 CUSTO DA DÍVIDA (ao ano) Brasil Moeda Nacional 16,5% Brasil Moeda Estr. VC+5,8% Empresas no Exterior 7,3% PRAZO MÉDIO DA DÍVIDA 9,1 anos LONGO PRAZO % Moeda Nacional % Moeda Estrangeira % Empresas no Exterior % APLIC. FINANCEIRAS % Moeda Nacional % Moeda Estrangeira % DÍVIDA LÍQUIDA Dos principais indicadores que servem para monitorar o endividamento das empresas Gerdau, a relação dívida bruta/ EBITDA era de apenas 1,4 vezes. Esse mesmo EBITDA, comparado às despesas financeiras líquidas e excluídas as variações monetárias e cambiais, propicia um índice de cobertura de juros de 23,3 vezes. Em 30 de setembro, as disponibilidades de caixa e as aplicações financeiras somavam R$ 4,7 bilhões, dos quais R$ 1,7 bilhão (35%) estavam indexados a moedas estrangeiras, principalmente dólar americano. A emissão de bônus perpétuos está alinhada à estratégia de alongamento do perfil da dívida e contribuiu substancialmente para alcançar este objetivo. O prazo médio da dívida mais que dobrou com esta emissão, passando de 4 anos para 9 anos. Em 3 de novembro, a Standard & Poor s anunciou a reclassificação de risco para moeda estrangeira de algumas empresas da América Latina, da Ásia e da Região do Pacífico. Para a Gerdau, particularmente, a classificação de BB- (estável) passou para BB+ (estável), o que significa um avanço de dois níveis na escala de classificação de risco desta Agência de Rating e apenas um nível abaixo de investment grade.
9 Perspectivas Brasil Economia com crescimento em recuperação Estabilização dos custos de sucata, gusa e ligas Aumento nos custos de minério de ferro e carvão Preços sem alterações no mercado interno, em reais Preços de exportação com ligeira recuperação Estoques de aços longos normalizados América do Norte Economia com crescimento consistente Preços de sucata voláteis Regularização dos níveis de estoques Spread metálico estável América do Sul Economias em crescimento moderado Estabilização dos custos de produção Manutenção dos volumes de entrega Preços estáveis 09 A perspectiva geral dos mercados internacionais para aços longos é positiva, dado o equilíbrio atual entre oferta e demanda e níveis de estoques. A disciplina operacional é outro fator que tem contribuído para manter as condições estáveis. No Brasil, há indícios de que o pior já passou e que o país está em ritmo de recuperação econômica. O Brasil e a Gerdau viram as exportações se reduzirem essencialmente em função do real forte frente ao dólar norte-americano. Da perspectiva do mercado doméstico, o fim do ciclo de alta das taxas de juros parece ter chegado e a economia começa a sentir confiança. A construção civil, que já deu mostras de recuperação, poderá ter um papel importante no crescimento econômico. Recentemente os EUA anunciaram um PIB acima da expectativa o que reafirma a percepção de que a economia está firme. A recente aprovação de orçamento para infra-estrutura de transporte da ordem de US$ 280 bilhões a serem investidos nos próximos quatro anos deverá sustentar a demanda por produtos siderúrgicos naquele país. A aparente força da economia norte-americana deve permitir que as usinas siderúrgicas possam repassar aos preços os eventuais aumentos nos seus insumos, em particular a sucata. No médio prazo, as incertezas relativas a taxa de juros continuam sendo um fator de risco. As operações na América do Sul continuam a contar com cenários econômicos de crescimento e não devem apresentar surpresas no que resta do ano de Tanto a operação da Argentina quanto a da Colômbia, a partir do quarto trimestre do ano, passarão a ter os seus resultados consolidados. As contas patrimoniais, entretanto, já foram integralmente consolidadas no trimestre.
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