PROJETO PARQUE TECNOLÓGICO DE BELO HORIZONTE

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1 PROJETO PARQUE TECNOLÓGICO DE BELO HORIZONTE Trabalho elaborado pelos Professores Clélio Campolina Diniz e Mauro Borges Lemos, discutido e aprovado pela Comissão Especial, nomeada pelo Reitor, composta pelos professores: Paulo Sérgio Lacerda Beirão (Presidente) Alan Claudius Queiroz Barboza Clélio Campolina Diniz José Maciel Rodrigues Júnior Mauro Borges Lemos Ronaldo Tadêu Pena

2 Belo Horizonte 2001

3 Índice 1. Introdução * 2. Concepção: o que é um parque tecnológico * 3. Atribuições * 4. Parque tecnológico como política de desenvolvimento regional * 4.1. Fundamentos teóricos * 4.2. Adequação locacional * 5. Estrutura institucional e organizacional * 5.1. Arranjo Institucional * 5.2. O papel da universidade * 5.3. O requisito de proximidade geográfica universidade-parque * 5.4. O parque como empreendimento privado de interesse público * 5.5. Foco ou especializações do parque * 5.6. Fases de desenvolvimento de um parque * 6. O Parque Tecnológico de Belo Horizonte * 6.1. A Região Metropolitana de Belo Horizonte no contexto nacional * 6.2. Missão do parque * 6.3. O papel da UFMG * 6.4. Premissas para a transferência de tecnologia gerada pela pesquisa universitária * 6.5. Forma de gestão * 6.6. Modelo institucional e forma de participação da UFMG * 6.7. Cronograma de criação do parque *

4 7. Bibliografia * 1. Introdução Os parques tecnológicos surgiram de forma espontânea ou não oficialmente programada. A experiência pioneira e de maior sucesso foi a articulação entre o conhecimento científico e a pesquisa desenvolvida na Universidade de Stanford, na California, e o esforço de adaptação desse conhecimento à geração de novas tecnologias, iniciada a partir do final da década de Essas iniciativas deram origem a vários empreendimentos de sucesso, especialmente nos segmentos da micro-eletrônica e seus desdobramentos, das quais nasceu o chamado "vale do silício". O entendimento de que a articulação entre a pesquisa acadêmico-universitária e as iniciativas empresariais potencializavam o desenvolvimento tecnológico indicaram a criação de sistemas institucionais planejados para tal fim, nascendo a idéia dos parques tecnológicos, os quais foram generalizados a partir da década de 1960 (Monck et al. 1988; Smilor et al. 1988). O formato institucional e os objetivos variaram no tempo e segundo as especificidades nacionais, dando origem a diferentes denominações, sendo as mais conhecidas: cidade científica, cidade tecnológica, parque científico, parque de pesquisa, parque tecnológico, incubadoras. Alguns países ingressaram de forma entusiasta nessas iniciativas, como foi o caso japonês de criação oficial de vinte e cinco tecnópolis, em 1971, e da criação de algumas cidades científicas (Tsukuba, no Japão, Taedok, na Coréia do Sul, Akademgorodok, na União Soviética, entre outros). Como qualquer experiência generalizada de forma acrítica, houve sucessos e fracassos (Castells e Hall, 1994). No final da década de 1980 já se contabilizava a existência de mais de 100 parques e incubadoras nos Estados Unidos, 60 no Reino Unido e um grande número nos demais países da Europa (Monck et al. 1988; Smilor et al. 1988) Mais recentemente, o reforço da tese central do papel da inovação no desenvolvimento nacional e local reforçou o esforço de criação de suporte institucional através de distintas formas dos chamados "sistemas regionais de inovação", especialmente na Europa, com vistas a potencializar o desenvolvimento regional e aproveitar os incentivos e financiamentos da União Européia. A América Latina assimilou as experiências internacionais, ingressando na era dos parques tecnológicos e das incubadoras. No Brasil, dados da ANPROTEC indicam a existência de 7

5 parques tecnológicos em funcionamento ou implantação, além de um grande número de incubadoras de empresas de base tecnológica. Nesse sentido, o Projeto Parque Tecnológico de Belo Horizonte é uma iniciativa da Universidade Federal de Minas Gerais UFMG, que através de uma comissão especial nomeada pelo Magnífico Reitor elaborou a presente proposta a ser submetida ao Conselho Universitário. Uma vez aprovada no âmbito da universidade, será posteriormente encaminhada à apreciação dos parceiros estratégicos deste empreendimento, a Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, o Governo do Estado de Minas Gerais, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais, o Serviço Brasileiro de Apoio à Pequena e Média Empresa (SEBRAE-MG) e demais entidades empresariais e instituições de pesquisa do estado. 2. Concepção: o que é um parque tecnológico Um parque tecnológico pode ser definido como uma organização urbana em uma área geográfica construída e delimitada voltada para empreendimentos em atividades do conhecimento, ou seja, compreendem atividades de pesquisa e desenvolvimento P&D para a produção de bens e serviços baseados na ciência (Courson, 1997: 78). Em termos organizacionais é constituído por uma associação, num mesmo lugar ou próximo a ele, de quatro tipos de instituições: universidades, laboratórios de pesquisa, empresas de alta tecnologia e prestadoras de serviços correlatos. A existência do parque ganha substância com o estabelecimento de interações entre estas organizações objetivando explorar sinergias potenciais nas atividades de P&D (Ibid.). Nesta perspectiva, o parque surge como espaço privilegiado para o desenvolvimento de um milieu de inovação, que funciona como um indutor à concentração espacial de empresas de base tecnológica em uma cidade, região ou estado (Goldstein e Luger, 1991). Em última instância, será a vantagem competitiva tecnológica da localidade, ao invés da qualidade científica, que constitui o objetivo fim de um projeto de parque tecnológico (Castells e Hall, 1994: 84). Do ponto de vista da natureza do investimento uma diferença importante em relação aos distritos industriais tradicionais é que os investimentos devem ser necessariamente investimentos inovativos, no sentido originalmente definido por Schumpeter (1939), isto é, investimentos direcionados para pesquisa, desenvolvimento e introdução de novos produtos. Os critérios de seleção são de conteúdo tecnológico, no sentido de que as empresas a serem instaladas devem produzir bens e serviços baseados em princípios do conhecimento científico. São, portanto, produtoras de tecnologia. As experiências internacionais de criação de parques mostram perfis diferenciados de investimentos inovativos, variando de parques com investimentos exclusivamente direcionados para atividades estritas de P&D, como o Parque Científico de Barcelona (ES), passando por aqueles que combinam investimentos em atividades de P&D e produção industrial, como o Research Triangle Park da Carolina do Norte (EUA) e o Cambridge Science Park (GB), até parques com forte predominância de investimentos para produção estritamente industrial, como o Sophia-Antipolis Parc no Côte d Azur (FR) e o Hsinchu Science-based Industrial Park em Taiwan. Do ponto de vista territorial o parque deve ser entendido como uma iniciativa de criação de uma área planificada urbana de desenvolvimento local, em contraste com fenômenos espontâneos,

6 como o exemplo do Vale do Silício na Califórnia, onde atividades de alta tecnologia têm se concentrado espacialmente mas fora de uma organização formal (Hauser, 1997: 88; Goldstein e Luger, 1991: 5). O parque é fruto, portanto, de uma cooperação para o planejamento urbano entre instituições chave, em particular a universidade, a municipalidade, o poder estatal (em geral governos estaduais) e as empresas, que resulta em uma nova organização formal de propósito específico que abriga atividades de P&D. 3. Atribuições Com base na concepção acima, um parque possui em geral as seguintes atribuições, que variam de importância em função do perfil diferenciado dos parques: 1. contribuir para o desenvolvimento do sistema local de ciência e tecnologia, tendo a inovação como o objetivo central do esforço de P&D ; 2. gerar localmente novos conhecimentos passíveis de serem transformados em novos produtos e processos, através do estímulo à criação de ligações entre agentes inovativos na troca de conhecimentos específicos e do desenvolvimento de conexões locais de redes mundiais de informações; 3. facilitar o surgimento de novas empresas provenientes de instituições locais estabelecidas, como universidades e empresas de base tecnológica (spin-offs); 4. criar ambiente favorável para o desenvolvimento de empresas inovadoras baseadas em novos conhecimentos, gerados especialmente através de redes locais de informações; 5. melhorar a competitividade mundial de empresas locais estabelecidas; 6. criar novos mercados de produtos e serviços especializados; 7. criar postos de trabalho especializados contribuindo para aumentar o efeito multiplicador da renda local. 4. Parque tecnológico como política de desenvolvimento regional 4.1. Fundamentos teóricos A sustentação teórica sobre a validade de criação de parques tecnológicos fundamenta-se em grande parte na teoria dos pólos de crescimento, originalmente formulada por François Perroux. Segundo Perroux (1961), o crescimento econômico pode ser induzido pela ação deliberada do planejamento econômico estatal, que pode direcionar investimentos produtivos para promover mudanças estruturais na economia de uma região. Tomando as formulações de Perroux (1961) e Hirschman (1958), entendemos que existem três tipos básicos de crescimento econômico induzido : (1) expansão das firmas existentes e constituição de novos empreendimentos através de encadeamentos inter-industriais para frente e trás, em que a complementaridade produtiva entre fornecedores e usuários induz investimentos seqüenciais entre indústrias na cadeia de produção, a partir de um investimento inicial da indústria motriz ou chave; (2) constituição de novos empreendimentos na mesma indústria ou indústrias correlatas à medida que o efeito polarizador da indústria motriz gera economias de localização e aglomeração; (3) expansão das firmas existentes

7 e constituição de novos empreendimentos no setor de serviços através do crescimento indireto e induzido de atividades residenciais, que ofertam bens e serviços consumidos localmente e são sustentadas pelo efeito multiplicador da renda urbana daquela localidade. No caso dos parques tecnológicos o segundo e terceiro tipos de crescimento induzido seriam particularmente relevantes. Os parques podem ser visualizados como centros de crescimento que induzem o desenvolvimento de economias de localização e aglomeração, cumprindo um papel semelhante ao da indústria motriz (Goldstein e Luger, 1991: 16). Estas economias são vantagens pecuniárias e tecnológicas que surgiriam de menores custos de implantação de novos empreendimentos e expansão de atividades existentes, uma vez que ocorra uma significativa concentração espacial de atividades de P&D. Isto possibilita a constituição de um mercado de trabalho local altamente especializado, cooperação científica e tecnológica através de atividades cruzadas de P&D e aprendizado, via troca de conhecimento tácito e informações. A expansão dos serviços residenciais, por sua vez, seria um resultado positivo do crescimento do parque entendido como o crescimento da indústria de alta tecnologia, particularmente de serviços mais especializados e sofisticados. A proximidade geográfica de um parque com universidades e institutos de pesquisas já existentes potencializaria significativamente os efeitos multiplicadores da concentração de atividades de P&D dentro do parque. Assim, a aglomeração de empresas estabelecidas no parque, universidades, institutos de pesquisa e da rede de informações desenvolvida com a troca de conhecimento entre estes agentes inovativos seria fonte de indução à localização de novas atividades de P&D e ao surgimento de spin-offs de empresas de P&D e departamentos da universidade (Ibid.: 24-25). A relevância do parque como mecanismo de indução aos encadeamentos produtivos, o primeiro tipo de crescimento induzido, vai depender da estrutura industrial da região em que o parque está localizado. Regiões que possuem uma estrutura industrial com forte integração produtiva e relativamente sofisticada tecnologicamente tendem a ter mais oportunidades para exploração dos encadeamentos para trás e para frente, a partir da concentração de atividades de P&D do parque. Os impactos potenciais seriam a localização de atividades industriais no entorno que poderiam se beneficiar de encadeamentos para trás com as empresas P&D do parque, com efeito posterior de indução à localização de serviços modernos ligados à produção. Um impacto locacional particular seria o impacto intra-firma de encadeamento para frente sobre a localização do complemento manufatureiro e outras funções de negócios de empresas com atividades de P&D já estabelecidas no parque. Este conjunto de atividades e infra-estrutura de conhecimento poderia gerar um efeito generalizado de economias de urbanização (oferta de serviços de negócios, ambiente de negócios e de inovação favoráveis, mão-de-obra altamente qualificada de tecnólogos, mestres e doutores, qualidade de vida urbana) que favoreceriam o desenvolvimento de novas atividades de alto valor agregado na região e o aumento da produtividade das firmas locais já estabelecidas via transferência de tecnologia. As deseconomias de urbanização (em especial encarecimento do solo urbano e maior custo de acessibilidade), por sua vez, tenderiam a expulsar da região atividades tecnologicamente mais tradicionais, com eventual perda de empregos menos qualificados. Com base nas considerações acima, poderíamos dizer que teoricamente a melhor localização do parque seria em centros urbanos regionais em desenvolvimento onde haveria as maiores oportunidades para a exploração de economias de aglomeração, ao mesmo tempo que possuem um piso de escala de aglomeração e densidade urbana (infra-estrutura física e de conhecimento) para a geração de retornos externos crescentes de escala. Em contraposição, a localização de

8 parques em centros urbanos já desenvolvidos teria um efeito marginal sobre a economia da região, pois a escala de aglomeração seria tão elevada que haveria pouco espaço para a exploração de economias externas. O lado perverso desta lógica seria a localização de parques em centros urbanos subdesenvolvidos, que teriam uma escala aglomerativa abaixo do nível crítico, insuficiente para gerar externalidades positivas, o que tornaria a iniciativa tecnologicamente pouco promissora e economicamente inviável. Conceitualmente podemos considerar a escala de aglomeração mínima ou piso necessário à geração de retornos externos crescentes como o pré-requisito de capital social básico para a realização do empreendimento parque tecnológico. A partir deste capital social básico teríamos alguns fatores críticos para a criação de um parque: (1) suporte das autoridades locais, regionais ou nacionais; (2) presença de instituições de pesquisa e treinamento, em particular de uma universidade com forte tradição de pesquisa (research university) em oposição a universidade voltada para o ensino (doctoral-granting university); (3) sistema de incentivos creditícios e tributários; (4) disponibilidade de terras propícias a empreendimentos tecnológicos; (5) boa infraestrutura física (transporte, telecomunicações, energia, etc.); (6) qualidade ambiental e boa imagem urbanística da localidade (Castells e Hall, 1994: 110). No entanto, a existência destes fatores por si só não garantem o sucesso do empreendimento. As condições para o sucesso envolveriam aspectos críticos de desenvolvimento inter-institucional da relação entre os principais atores: (1) criação de interações e ligações sinérgicas entre os atores e indivíduos das instituições, especialmente entre as grandes empresas e as instituições de pesquisa (universidade e centros de pesquisa), considerada a mais difícil e o maior desafio deste arranjo institucional; (2) a presença ativa de pequenas e médias empresas para fazer as interações e ligações intermediárias entre a universidade e as grandes empresas, devendo ser o ponto crítico no entroncamento da rede de informações de P&D do parque; (3) a participação do setor público no desenvolvimento do parque e não apenas na fase inicial de sua criação; (4) a participação decisiva dos empresários na liderança das iniciativas do parque, sendo que quanto maior o papel das firmas privadas no desenvolvimento do parque maiores serão as chances do parque se tornar um centro gerador do crescimento endógeno auto-sustentável e de inovação (Ibid.: 111) Adequação locacional Nos países desenvolvidos os parques têm servido como política de desenvolvimento regional em áreas industriais deprimidas ou estagnadas ou ainda regiões industrialmente subdesenvolvidas, sendo um dos instrumentos de indução à reconversão produtiva para atividades dinâmicas, de maior conteúdo tecnológico. No caso dos países periféricos de industrialização recente, como o Brasil, a instalação de parques dificilmente (não) teria sucesso em áreas muito atrasadas ou estagnadas. Isto porque a infraestrutura física e de conhecimento, o capital social básico, é precária e de escala insuficiente para deflagrar um processo de desenvolvimento local a partir da instalação de um parque. Neste sentido, o parque seria como uma ilha num deserto sem capacidade de integração de seu entorno e, portanto, de desencadear complementaridade e efeito multiplicador regional. Da mesma forma o sucesso tecnológico e econômico nas áreas mais desenvolvidas em capital social básico é indiferente à presença de parques tecnológicos formais, como a RMSP e seu entorno industrial, como Campinas e São José dos Campos, pois já são naturalmente áreas de atração por excelência das atividades de alta tecnologia do país. São, portanto, nas áreas intermediárias, com

9 capital social básico suficiente e industrialmente emergentes, que os parques podem se constituir em instrumentos efetivos de política de desenvolvimento regional objetivando a progressão industrial local em direção a atividades intensivas em tecnologia. Certamente a cidade de Belo Horizonte, como centro urbano de um entorno industrial relativamente diversificado e em expansão, se enquadra nesta categoria intermediária. Atualmente existem no Brasil 7 parques tecnológicos em fase de implantação, além de um grande número de incubadoras: Parque de Campina Grande (PB), Parque Tecnológico de São Carlos (SP), Parque Tecnológico da Universidade de Brasília (DF), Tecnoparque de Curitiba (PR), Parque Tecnológico ALFA/Florianópolis (SC), Parque Tecnológico da Ilha do Fundão/Rio de Janeiro (RJ), Projeto Porto Alegre Tecnópole (RS). A escassa literatura existente sobre estas experiências (Paladino e Medeiros, 1997 e Guedes e Formica, 1997) mostra que nenhum deles ultrapassou a fase inicial de implantação, chamada de incubação (Goldstein e Luger, 1991). Em que pese que algumas destas experiências possuam quase 10 anos, como a de Campina Grande, enfrentam grandes dificuldades para se consolidarem como um verdadeiro centro de crescimento, no sentido anteriormente analisado. A maioria é de implantação mais recente e até momento, ainda não ultrapassou a decisão formal de criação e elaboração do projeto do empreendimento na área escolhida (como Curitiba, Porto Alegre, Brasília e Florianópolis) ou possui uma área construída limitada ao edifício de administração do parque onde em geral funciona a incubadora de empresas (Campina Grande, São Carlos e Rio). Em síntese, os fatores críticos para a criação de um parque ainda não foram superados nas experiências brasileiras, variando em cada experiência as razões para os obstáculos encontrados. 5. Estrutura institucional e organizacional 5.1. Arranjo Institucional Como regra geral o arranjo institucional de um parque é composto por uma parceria entre entidades públicas e privadas em que a universidade, por um lado, e as empresas privadas, por outro, têm um papel chave, dado a importância estratégica destes agentes neste tipo de empreendimento. Além da participação direta da universidade, institutos de pesquisas e centros tecnológicos, no âmbito do setor público os poderes municipal e estadual entram também como parceiros do empreendimento, através de incentivos fiscais, oferta de infra-estrutura física, como edificações e zoneamento urbano, e alavancagem de capital inicial (seed money). No âmbito privado, a presença do setor empresarial e suas entidades representativas é decisiva, pois não é aceitável um parque sem empreendedores. O coração do parque é constituído pelas pequenas empresas emergentes de base tecnológica, que podem surgir como: empresas incubadas, recém criadas, localizadas em edificações com infra-estrutura laboratorial e serviços de uso comum, nas chamadas incubadoras (fora ou dentro do parque); empresas recém estabelecidas pós incubação (que podem residir como inquilinos em edificações do parque chamadas "berçário") e empresas estabelecidas já consolidadas com venda regular de produtos no mercado (em alguns parques as menores podem comprar um conjunto de salas em edificações chamadas "contenedores"). Um segundo tipo de empresas também consideradas estratégicas na criação de um parque são as chamadas empresas âncora constituídas por corporações de grande porte, que trazem credibilidade para o empreendimento: uma instituição bancária que será o agente financeiro dos investidores e elaborador/operador do project finance do empreendimento; um eventual grupo hoteleiro e empresas de serviços fornecedoras de serviços especializados do

10 parque; grandes e médias empresas de base tecnológica com departamentos de P&D dentro do parque e possibilidades de estabelecer intercâmbio de conhecimento com outros parceiros do parque (departamentos de universidades, centros de pesquisas e empresas emergentes) O papel da universidade A experiência dos 116 parques americanos registrados no final da década de 1980 mostra que 60% deles possuíam a participação direta da universidade em seu desenvolvimento, seja como proprietária, membro do conselho de administração ou participante de operação (Goldstein e Luger, 1991: 158). Por sua vez, as empresas recém criadas nestes parques com participação direta da universidade tinham uma probabilidade de sobrevivência de 50%, em contraste com a probabilidade de 10% das recém criadas em parques onde a universidade não estava presente (Ibid.: 20). Adicionalmente, as regiões com parques vinculados diretamente à universidade têm possibilidade de crescer mais rápido do que as outras que não possuem este vínculo (Ibid.: 162). Esta é uma forte evidência do papel central exercido pelas universidades neste tipo de iniciativa, em particular quando o foco do empreendimento são as atividades de P&D em detrimento das atividades eminentemente manufatureiras. Os objetivos específicos da universidade no empreendimento de um parque seriam: (1) aumentar a capacidade de treinamento técnico da universidade através de pesquisa em cooperação, estreitando suas ligações com a sociedade e suas demandas; (2) aumentar a transferência tecnológica através da ligação entre pesquisa básica e aplicada da universidade e o desenvolvimento de produtos e processos das empresas, encorajando o empreendedorismo e aumento da autonomia tecnológica da região e do país; (3) geração de receitas próprias da universidade através do atração de financiamentos a fundo perdido para as pesquisas da universidade, comercialização das pesquisas realizadas e eventuais ganhos com aluguel, leasing ou venda de terrenos; (4) contribuir para o aumento da produtividade da economia regional; (5) contribuir para a diversificação da estrutura econômica da região, estímulo a novas atividades de negócio e expansão de oportunidades de empregos para trabalho qualificado. A universidade contribui significativamente para o sucesso dos parques à medida em que gera fortes economias de localização através de facilidades de laboratórios especializados, consultoria qualificada às empresas e oferta de trabalho qualificado. Em regiões onde as fontes de economias externas são mais limitadas este papel é ainda mais significativo O requisito de proximidade geográfica universidade-parque A idéia fundamental de criação de um parque é propiciar um ambiente local de cooperação de conhecimento entre a universidade/institutos de pesquisa e as empresas de base tecnológica. A estratégia de longo prazo é desenvolver a região como pólo de geração tecnológica. Para isto, a proximidade geográfica é crucial haja vista que o aprendizado cooperativo pressupõe criação de conhecimento tácito que surge a partir do contato face a face (face to face contact), muitas vezes através de relações informais. É mais provável que a construção de credibilidade entre indivíduos de diferentes instituições, comunidades de conhecimento e crenças (comunidade científica na universidade e comunidade de tecnólogos nas empresas) ocorra, por exemplo, mais facilmente numa mesa de bar do que numa sala de reuniões, como relatado na experiência de Hsinchu em Taiwan (Castells e Hall, 1994: 108). Isto antes de prejudicar pode até fortalecer a proximidade

11 organizacional já existente das instituições parceiras em redes de conhecimento externas à localidade (como rede de pesquisa entre acadêmicos e de troca de conhecimentos relevantes entre empresas). A localização ideal de um parque, portanto, é sua contiguidade geográfica com uma universidade, principalmente se esta tiver várias atividades de excelência na pós-graduação e em pesquisa O parque como empreendimento privado de interesse público Do ponto de vista do setor privado, o parque deve ser encarado como um empreendimento que tenha como objetivo a viabilização de novas empresas e a busca de lucro. Nesta perspectiva, como qualquer negócio, envolve risco e incerteza com perspectiva de ganhos futuros. Tratando-se de um empreendimento baseado em investimentos que buscam a inovação de produtos e processos, o risco envolvido é bem mais elevado pois existem grandes incertezas quanto à viabilidade tecnológica e o sucesso comercial do produto a ser desenvolvido, bem como a capacidade de interação dos atores em criar um verdadeiro sistema ou milieu de inovação. A incerteza da inovação aumenta em ambientes periféricos, como no Brasil, em função da escala insuficiente de aglomeração espacial de atividades de conhecimento. Neste sentido, o investimento inovativo se beneficia de economias externas tecnológicas relativamente pequenas, inibindo sua própria realização. Do ponto de vista do setor público governamental, o objetivo é mitigar estas incertezas para reduzir o risco e estimular os investimentos privados em tecnologia, que podem gerar significativas externalidades positivas para o desenvolvimento econômico local e nacional. Do ponto de vista da Universidade, o objetivo primeiro é potencializar a integração entre o desenvolvimento científico e tecnológico e a criação de empresas de base tecnológica, que realimentem o esforço de pesquisa, reduza a dependência tecnológica nacional e gere externalidades e sinergia econômicas. Nessa perspectiva, não existe um risco econômico direto para a Universidade mas apenas um risco indireto ou custo de oportunidade, decorrente do esforço institucional e do uso de recursos humanos, laboratoriais e físicos Foco ou especializações do parque A experiência internacional, principalmente dos países ibéricos, tem mostrado que os parques não temáticos é a alternativa mais favorável para o sucesso do empreendimento, possibilitando um crescimento mais rápido do parque e efeitos multiplicadores de mais curto prazo. A trajetória tecnológica de um parque é pouco previsível e muitas vezes a trajetória mais provável, em que a maioria aposta, não resulta na de maior sucesso. Neste sentido não seria estratégico privilegiar uma área específica de conhecimento em detrimento de outras. A forma de interação dos pesquisadores da universidade e centros de pesquisa com as empresas pode ser um importante fator na definição das fortalezas tecnológicas do parque. Um aspecto não menos importante é a tradição de empresas tecnológicas estabelecidas na região. As oportunidades tecnológicas para os novos empreendimentos podem surgir dos efeitos de transbordamento desta aglomeração inicial, favorecendo determinada trajetória. É o processo resultante entre esta oferta de conhecimento potencial (da universidade) e a demanda efetiva por determinadas tecnologias (pelas empresas) que vai determinar as trajetórias predominantes no futuro. No caso do parque com terreno de propriedade da universidade, deve ser analisado a área efetivamente disponível para eventual venda, já excluído a área das edificações coletivas e de administração do parque.

12 Por fim, a parte comercial (hotel, centro de convenções, agências de comércio exterior e turismo) pode ser vital para o sucesso de determinados parques, como de áreas metropolitanas em fase de modernização de sua rede urbana, como Belo Horizonte, onde pode haver fortes sinergias entre desenvolvimento tecnológico e oferta de serviços modernos e de negócios Fases de desenvolvimento de um parque O desenvolvimento de um parque pode ser dividido em 3 fases, em que pese as dificuldades em estabelecer claramente seus limites e o tempo de duração de cada uma: incubação, consolidação e maturação (Goldstein e Luger, 1991). A maioria das experiências mostra que a fase de incubação dura entre 24 e 36 meses, envolvendo a concepção da idéia, estudo de viabilidade (como a capacidade de recrutamento das organizações de P&D e viabilidade financeira), criação de uma estrutura provisória de governança, constituição legal do parque e anúncio formal de sua criação, estudos detalhados de planejamento (plano de negócios e projeto imobiliário e urbanístico), alavancagem de fundos (seed money), estrutura definitiva de governança, criação de infra-estrutura básica e início da ocupação do terreno por edificações de uso coletivo e empreendedores (através de aluguel, leasing ou compra do terreno), instalação de empresas âncora. Em geral esta fase é considerada concluída quando a primeira organização de P&D é estabelecida no parque. A fase de consolidação é a mais longa, chegando a durar até 8 anos, e a que apresenta a mais alta taxa de mortalidade deste tipo de empreendimento. É o período em que a ocupação da área pelos empreendedores torna-se decisiva para sua viabilidade enquanto espaço de concentração de P&D. Neste sentido, o marketing e esforço de recrutamento tende a ser o foco da atividade de gerenciamento do parque. É também o início da arrecadação de receitas tributárias municipal e estadual e da geração do efeito multiplicador da renda regional. O sucesso desta fase pode ser medido pelo número de empregos criados, rendimentos auferidos diretamente pelas atividades de P&D faturamento das empresas. Finalmente, a fase de maturação pode ser medida quando a taxa de ocupação do parque garante sua sustentabilidade enquanto empreendimento e sua capacidade de transbordamento se manifesta em termos de encadeamentos para trás e para frente com instituições de pesquisa e negócios fora do parque. Assim, é perceptível seu efeito sobre o crescimento e a estrutura econômica regional, a multiplicação de novas empresas e a maior aglomeração industrial local. 6. O Parque Tecnológico de Belo Horizonte 6.1. A Região Metropolitana de Belo Horizonte no contexto nacional Dimensão econômica, populacional e crescimento do emprego A histórica concentração econômica e populacional nas áreas metropolitanas do Rio de Janeiro e São Paulo passaram a apresentar deseconomias de urbanização à medida em que essas concentrações provocaram o aumento generalizado dos custos (Diniz, 1993). Ao mesmo tempo, as metrópoles de segundo nível e as cidades médias passaram a atrair investimentos, em função das economias de aglomeração criadas com o desenvolvimento da infra-estrutura e com a oferta de serviços propiciada pelo seus crescimentos demográficos e econômicos (Andrade e Serra, 1998). Em 1960 Belo Horizonte era a quinta região metropolitana do país, em termos econômicos e

13 populacionais (Porto Alegre era a terceira e Recife a quarta), subindo para a terceira posição na década de 1970 (Tabela 1) Esse crescimento diferenciado entre as metrópoles brasileiras deve ser qualificado pelo tamanho populacional e da base econômica (Tabelas 2 e 3) e pelas mudanças estruturais, cujo reflexo pode ser visto pela dimensão e composição do emprego. Tomados os dados de emprego apurados pelas RAIS, para o período e, consideradas as onze metrópoles constantes da tabela 1, excluídos São Paulo e Rio de Janeiro, os melhores desempenhos em termos de geração absoluta de emprego foram para Brasília, Curitiba e Belo Horizonte. No entanto, quando se considera a composição e o crescimento do emprego destacam-se as áreas metropolitanas Belo Horizonte, Campinas e Curitiba, indicando uma estrutura econômica mais integrada. O processo de desconcentração industrial das metrópoles primazes, São Paulo e Rio de Janeiro, e as vantagens locacionais das três metrópoles mencionadas (Belo Horizonte, Curitiba e Campinas) indicam que estas apresentam perspectivas de continuarem seu crescimento nos próximos anos. Isto pode ser visualizado pela localização de algumas cadeias produtivas, a exemplo do setor automotivo, com grande capacidade de gerar efeitos inter-industriais, e expansão sistêmica. Assim, pode-se argumentar que estas metrópoles continuarão crescendo, do ponto de vista demográfico e econômico, no curto e médio prazos, reconfigurando a rede metropolitana brasileira, sem negar a importância das metrópoles primazes ( São Paulo e Rio de Janeiro) ou de outras capitais brasileiras. Entre estas, apenas Belo Horizonte teve ganho no emprego industrial no período, confirmando seu melhor desempenho, como indicam o crescimento absoluto dos PIB metropolitanos no período de 55% para Belo Horizonte, 47% para Curitiba e 41% para Campinas, contra 34% para São Paulo e 11% para o Rio de Janeiro. RMs Tabela 1 Estimativa de PIB e PIB per capita segundo as principais RMs brasileiras (em R$ bilhões de 1996) PIB (em R$ bilhões) PIB (em % do Brasil) São Paulo 155,2 22, Rio de Janeiro* 77,2 9, Belo Horizonte 26,3 3, Porto Alegre 20,6 3, Brasília 18,0 2, Curitiba 17,9 2, Salvador 15,7 2, Recife* 15,2 2, Fortaleza* 12,6 1, Belém* 9,7 1, Brasil 691, PIB per capita (em R$)

14 Fonte: Lemos e Diniz (2000) *Rio, Recife, Fortaleza e Belém, re-estimativa da pesquisa, com base na renda média das pessoas ocupadas: Recife e Belém tiveram redução (em relação à estimativa de Andrade e Serra) e Rio e Fortaleza aumento Fonte: Dados do PIB (Andrade e Serra), população e renda média das pessoas ocupadas (FIBGE) Tabela 2 Emprego: Regiões Metropolitanas e Microrregiões de Campinas, Brasília, Goiânia e Manaus em Especificações Emprego Total Emprego Ind. Transf. Emprego Serviços Var Var Var. São Paulo Rio de Janeiro Belo Horizonte Porto Alegre Salvador Recife Curitiba Brasília Fortaleza Campinas Goiânia Belém Manaus Fonte: Ministério do Trabalho, Rais 1986 e 1997 Tabela 3 População em 1996 e Taxas Médias Anuais de Crescimento: Regiões Metropolitanas e Microrregiões Geográficas de Campinas, Brasília, Goiânia e Manaus Especificações População em 1996 Taxa Média Anual de Crescimento (%) Em mil habitantes 1970 's 1980 's 1990 's São Paulo ,5 1,9 1,4 2,8 Rio de Janeiro ,4 1,0 0,8 1,5 Belo Horizonte ,6 2,5 2,1 3,2 Porto alegre ,8 2,7 1,2 2,8 Recife ,7 1,9 1,1 2,0 Salvador ,4 3,2 1,6 3,4 Fortaleza ,3 3,5 2,3 3,6 Curitiba ,5 3,0 3,4 4,0

15 Campinas ,6 3,5 2,2 4,4 Brasília ,2 2,8 2,6 4,8 Belém ,3 2,9 2,4 3,3 Goiânia ,2 3,6 3,2 4,5 Manaus ,0 1,8 2,7 3,2 Brasil ,5 1,9 1,4 2,0 Fonte: População IBGE / Contagem Populacional Taxas: Cálculos do autor Potencialidades e vantagens locacionais da RMBH Em termos regionais, a região metropolitana de Belo Horizonte constitui um importante e expressivo polo econômico nacional, estendendo sua influência direta para a área central do estado de Minas Gerais. Em termos estritos, esta mesoregião constitui o núcleo primeiro e principal da economia do estado, configurando uma região plenamente integrada e dinâmica, a qual responde por mais de 50% do PIB de Minas Gerais. Desde os anos 70 esta região vem crescendo não apenas acima da média nacional, mas também acima da maioria das regiões metropolitanas. A proximidade às cidades de São Paulo e Rio de Janeiro, que chegou a constituir uma desvantagem locacional em passado mais remoto, se transformou em vantagens para a região metropolitana de Belo Horizonte na atual etapa do desenvolvimento brasileiro. A dimensão populacional, a oferta de serviços modernos, a diversificação industrial, a complementaridade entre as estruturas industriais da região central de Minas Gerais e a indústria paulista, a duplicação da rodovia Fernão Dias, o crescimento do corredor industrial entre a região central e o sul de Minas Gerais, a proximidade aos grandes mercados nacionais transformaram a região metropolitana de Belo Horizonte em uma importante alternativa locacional para investimentos industriais e de serviços. Não possui as desvantagens decorrentes das deseconomias de aglomeração das metrópoles do Rio de Janeiro e São Paulo e possui, por outro lado, importantes economias de aglomeração propiciadas pela escala demográfica e econômica alcançada pela região metropolitana de Belo Horizonte, bem como pela base da infra-estrutura física, especialmente sistema de transportes, e social, refletida pelo mercado de trabalho profissional, pela base acadêmico-universitária e pela oferta de serviços urbanos modernos. Entre as vantagens de Belo Horizonte, algumas podem ser mencionadas. Uma delas é o compartilhamento de serviços mais sofisticados com São Paulo e Rio de Janeiro nos dois sentidos, vale dizer, como consumidores destes serviços e como produtores para um mercado mais amplo. Uma segunda vantagem é o compartilhamento das relações interindustriais do complexo paulista, viabilizando a expansão industrial mais diversificada nestas duas regiões. Terceiro, haveria a possibilidade da venda sistemática de serviços normais (projetos de engenharia civil, consultorias diversas e outros) tendo como base o menor custo das remunerações, real e nominal, prevalecentes em Belo Horizonte. Quarto, indústrias relativamente exigentes em escala e custo de transporte podem optar, em função do menor custo urbano, pela localização na região de Belo horizonte, optando pelo abastecimento de Rio e São Paulo. Quinto, a infra-estrutura criada pelas bases exportadoras minero-metalúrgica ajuda na viabilização da região. Sexto, temos a centralidade de Belo Horizonte, como ponto de passagem para parte do Centro-Oeste, Norte e

16 Nordeste do Brasil. Neste sentido, localizações industriais, comerciais ou mesmo de alguns serviços que combinem escala relevante com custo de transporte mediano, o que configuraria uma área de mercado ideal para regiões centrais, poderiam optar por Belo Horizonte, ao invés de se fixarem conservadoramente no Rio e São Paulo ou avançarem para macropólos geograficamente desfocados. Sétimo e o mais importante, a atuação dos fatores desaglomerativos no Rio e São Paulo, refletindo-se em aumento de seu custo urbano, com consequências tanto no custo de vida e na qualidade de vida comparativamente a Belo Horizonte, acabam gerando um fator locacional decisivo para estas duas regiões, especialmente quando combinados a todos os fatores acima assinalados. Por último, como consequência e fator cumulativo de todos estes pontos, à medida que esta região metropolitana cresce, vão desenvolvendo economias externas, isto é, ganhos aglomerativos, os quais aumentam em muito suas possibilidades locacionais Missão do parque O objetivo geral seria contribuir para o desenvolvimento tecnológico da cidade de Belo Horizonte e seu entorno de tal forma a consolidar sua posição como terceira região metropolitana em termos econômicos, tecnológicos e centro de serviços do país O principal objetivo específico seria o de estreitar os laços da universidade e centros de pesquisa com o setor produtivo empresarial através do desenvolvimento de um sistema local de inovação, em que se estabeleça um esforço institucional de articulação entre a pesquisa básica e aplicada da universidade, o desenvolvimento de produtos e processos em parceria com as empresas tecnológicas, buscando inovações e gerando benefícios para a sociedade. A proposta do parque de Belo Horizonte seria basear esta articulação universidade/empresa em dois focos: (1) apoiar o surgimento e desenvolvimento de pequenas empresas inovadoras em tecnologias de ponta em setores já reconhecidos, tais como biotecnologia, tecnologia biomédica, tecnologias da informação e comunicação, novos materiais ou em novas frentes que a pesquisa científica e tecnológica venham a abrir, criando vantagens para as novas "janelas de oportunidade" que venham surgir; (2) abrigar laboratórios de P&D de empresas inovadoras em tecnologias de ponta de médio e grande portes, podendo excepcionalmente estender a jusante suas operações para atividades manufatureiras; (3) abrigar empresas de serviços voltadas para as demandas do parque, incluindo infra-estrutura hoteleira, centro de convenções, centro de feiras e centro de negócios. Ou seja, não se trata de um simples distrito industrial de alta tecnologia. A estratégia é criar economias tecnológicas de aglomeração através da concentração espacial de atividades de P&D no âmbito interno do parque, com possibilidade de efeitos de transbordamento no âmbito externo, ou seja, para o entorno do parque O papel da UFMG A UFMG cumpre um papel central na criação de um parque tecnológico em Belo Horizonte, dada sua dimensão e qualidade na formação de alunos de graduação e pós-graduação e capacidade de pesquisa científica. Um eventual parque na cidade não poderia prescindir da UFMG nem esta poderia se omitir num arranjo institucional de criação de um parque. Mais do que isto, cabe à universidade um papel de liderança em qualquer iniciativa desta natureza. Não se deve perder de vista, por outro lado, que este tipo de empreendimento é de interesse público mas de natureza privada, com presença do empresariado como elemento chave nas decisões de investir e na

17 gestão do empreendimento. É salutar e necessário que a liderança do processo seja compartilhada entre os grandes parceiros, incluindo aí os Governos municipal e estadual. O maior benefício deste tipo de empreendimento para a universidade seria a possibilidade de transformação de conhecimentos científicos gerados internamente em produtos tecnológicos, ampliando o vínculo universidade-empresa, que no longo prazo poderia gerar efeitos positivos para o desenvolvimento econômico da RMBH e melhoria de renda para sociedade local. De forma recíproca, a presença do parque poderia estimular e alavancar a pesquisa científica e tecnológica dentro da UFMG. Além de servir como fonte direta de financiamento à pesquisa aos docentes/pesquisadores dos departamentos, este estreitamento entre a produção científica e tecnológica local poderia se constituir em fator de atração de financiamentos originados de projetos especiais de agências de fomento, como os novos fundos de fomento à P&D das agências reguladoras sob a intermediação do MCT, e de empresas privadas à exemplo do que ocorre nos países desenvolvidos. Por fim, a criação de um ambiente inovativo na cidade poderia ser um fator realimentador das atividades de ensino, pesquisa e extensão na região metropolitana de Belo Horizonte, como por exemplo o esperado aumento de demanda por cursos de treinamento de pessoal em nível de pós-graduação lato senso e mestrados profissionalizantes Premissas para a transferência de tecnologia gerada pela pesquisa universitária As premissas para a transferência de tecnologia a partir da universidade seriam (Lalkaka e Bishop, 1997: 77): (1) a emergência de novos empresários abrindo empresas nas incubadoras; (2) o crescimento de empresas incubadas como arrendatários de uma instalação multi-usuário; (3) que a universidade esteja disposta a comercializar o resultado de suas pesquisas, através de empreendimentos de alunos, ex-alunos, pesquisadores, ou de sua transferência para terceiros; (4) que as empresas possam ser desenvolvidas próximas à universidade na mesma localidade; (5) que sejam definidas um planejamento de metas factíveis da incubadora; (6) que os empresários inovadores locais estejam dispostos a participar do empreendimento; (7) existência de uma ampla gama de serviços de apoio (financeiros, fornecedores/clientes, gerenciamento e comercialização de bens e serviços tecnológicos) Forma de gestão A experiência internacional mostra que a maioria dos parques tem gestão privada (direção executiva) supervisionada por um conselho de administração composto predominantemente por instituições públicas (universidades, centros de pesquisa, municipalidade e governo estadual). Neste caso, nas estratégias de longo prazo do parque estariam contemplados os interesses do desenvolvimento regional, de forma sustentável e socialmente mais igualitária, ao mesmo tempo que a forma privada de gestão traria racionalidade econômica para a tomada de decisões do empreendimento Modelo institucional e forma de participação da UFMG O modelo mais comum de organização institucional de parques tecnológicos é o estabelecimento de uma fundação privada sem fins lucrativos. No caso brasileiro os formatos de organização social (OS) ou fundação pública de direito privado, ou seja uma entidade pessoa jurídica com propósito

18 específico, poderia ser uma boa solução para garantir autonomia administrativa em relação ao setor público sem perder a referência de um empreendimento privado de interesse público. A constituição de seu capital inicial poderia ser através do sistema de cota parte, com participação no Conselho de Administração, reservada à universidade poder para impedir o desvirtuamento do empreendimento No caso do parque ser construído em terreno de propriedade da UFMG, a cessão do terreno à entidade organizadora do empreendimento representaria a cota parte da universidade no capital inicial do empreendimento. Deveria ser realizado um estudo técnico de uso e ocupação do solo, sob a responsabilidade da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte. Só a partir daí a universidade deveria ter uma posição definitiva sobre o formato de cessão do terreno, que poderia estar delimitado a área para as edificações de uso coletivo e a área de uso individual das empresas previamente selecionadas. A forma de uso dos lotes do terreno poderia ser mista, através de aluguel e leasing da maior parte da área de uso coletivo e individual 6.7. Cronograma de criação do parque Este cronograma atende às necessidades imediatas de desenvolvimento do projeto inicial e contempla a primeira parte da fase de incubação até o anúncio formal de criação do parque, proposto para o período de junho/julho. Período Ações principais Fevereiro/março Março/Abril Elaboração final do documento de concepção da idéia do parque a ser submetido ao Magnífico Reitor 1. Apresentação da proposta da Comissão Especial aos parceiros estratégicos para apreciação e apresentação de sugestões; 2. Oficializar o interesse da universidade sediar o parque em terreno próprio e definir as atribuições iniciais de cada um; 3. Definir discussão da proposta no âmbito interno da universidade e deliberação do Conselho Universitário Maio/Agosto Estudo de viabilidade, incluindo: 1. Forma de organização e gestão, 2. Concepção urbanística, 3. Volume e possíveis fontes de financiamento, 4. Esforço de recrutamento das organizações de P&D, 5. Viabilidade financeira do projeto Setembro 7. Bibliografia 1. Criação de uma estrutura provisória de governança; 2. Constituição legal do parque; 3. Anúncio formal de sua criação

19 ANDRADE, T. A. e SERRA, R. V. O Recente Desempenho das Cidades Médias no Crescimento Populacional Urbano Brasileiro. IPEA, Texto para Discussão no. 554, Brasília, CASTELLS, M. e HALL, P.. Technopoles of the world: the making of twenty-first century industrial complexes. London: Routledge, COURSON, J. de. Espaço urbano e parques tecnológicos europeus. In Parques tecnológicos e meio urbano, G.G. Paladino e L.A. Medeiros (eds.). Brasília: Anprotec, DINIZ, C. C. "Desenvolvimento Poligonal no Brasil: nem desconcentração nem contínua polarização" in: Revista Nova Economia, v.3. n.1., Belo Horizonte, DINIZ, C. C. e CROCCO, M. A. "Reestruturação econômica e impacto regional: o novo mapa da indústria brasileira" in: Revista Nova Economia. Belo Horizonte, v.6.n.1,julho 1996 DOSI, G., FREEMAN, C., NELSON, R., SILVERBERG, N. e SOETE, L. (eds.). Technical change and economic theory, London e New York: Pinter Publishers, GUEDES, M. e BERMÚDEZ, L.A. Parques tecnológicos e incubadoras de empresas em países em desenvolvimento: lições do Brasil. In A economia dos parques tecnológicos, M. Guedes e P. Formica (eds.). Rio de Janeiro: Anprotec, GUEDES, M. e FORMICA, P. (eds.). A economia dos parques tecnológicos. Rio de Janeiro: Anprotec, GUEDES, M. e HERMES, M.H.. Parque tecnológico da Ilha do Fundão. In Parques tecnológicos e meio urbano, G.G. Paladino e L.A. Medeiros (eds.). Brasília: Anprotec, HAUSER, G. Parques tecnológicos e meio urbano. In Parques tecnológicos e meio urbano, G.G. Paladino e L.A. Medeiros (eds.). Brasília: Anprotec, HIRSCHMAN, A. The strategy of economic developoment: New Haven, Yale University, LALKAKA, R. e BISHOP, J.L. Parques tecnológicos e incubadoras de empresas: o potencial de sinergia. In A economia dos parques tecnológicos, M. Guedes e P. Formica (eds.). Rio de Janeiro: Anprotec, LEMOS, M.B. e DINIZ, C.C. Vantagens comparativas da área metropolitana de Belo Horizonte no contexto nacional, in Revista Econômica do Nordeste, vol. 31, pg , LUGER, M.I. e GOLDSTEIN, H.A.. Technology in the garden: research parks and regional economic development. Chapel Hill: The University of Carolina Press, MONCK, C.S.P. et al. Sicence parks and the growth of high technology firms, New York, Croom Helm, 1988

20 MORAES, J.L.V. e RECH, C.A.A. Projeto Porto Alegre Tecnópole. In Parques tecnológicos e meio urbano, G.G. Paladino e L.A. Medeiros (eds.). Brasília: Anprotec, 997. OSORIO, H.H.G., SCHOENAU, O., MORO, R.R. Tecnoparque de Curitiba. In Parques tecnológicos e meio urbano, G.G. Paladino e L.A. Medeiros (eds.). Brasília: Anprotec, PALADINO, G.G. e MEDEIROS, L.A. (eds.). Parques tecnológicos e meio urbano. Brasília: Anprotec, PERROUX, F.. L economie du XX siècle. Paris: Presses Universitaires de France, REBELLO, A.A.H. Projeto Brasília Tecnópole. In Parques tecnológicos e meio urbano, G.G. Paladino e L.A. Medeiros (eds.). Brasília: Anprotec, SCHNEIDER, M. O parque tecnológico Alfa e o meio urbano. In Parques tecnológicos e meio urbano, G.G. Paladino e L.A. Medeiros (eds.). Brasília: Anprotec, SCHUMPETER, J., (1939). Business cycles: a theoretical, historical and statistical analysis of the capitalist process. Philadelphia: Porcupine, SMILOR, R.W. et al (ed) Creating the technopolis: linking, technology commercialization and economic development, Cambridge, Ballinger, 1988.

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