COORDENAÇÃO DO FEDER E DO FUNDO DE COESÃO 2011

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1 COORDENAÇÃO DO FEDER E DO FUNDO DE COESÃO 2011

2 COORDENAÇÃO DO FEDER E DO FUNDO DE COESÃO 2011

3 ÍNDICE ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS NOTA INTRODUTÓRIA SUMÁRIO EXECUTIVO REGULAMENTAÇÃO Regulamentação Comunitária Regulamentação Nacional Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão Regulamentos Específicos Enquadramento dos Sistemas de Incentivos na Disciplina de Auxílios de Estado Revisão do Quadro Comunitário Temporário Relativo às Medidas de Auxílio Estatal ORIENTAÇÕES TÉCNICAS Normas, Circulares e Manuais de Procedimentos IFDR Outras Orientações Técnicas Comité de Coordenação dos Fundos ACOMPANHAMENTO Reprogramação dos Programas Operacionais FEDER e Fundo de Coesão Comissões de Acompanhamento dos Programas Operacionais FEDER e Fundo de Coesão Encontro Anual FEDER e Fundo de Coesão AVALIAÇÃO Avaliações Promovidas pelo IFDR Avaliação da Operacionalização Inicial dos Sistemas de Incentivos no Contexto da Agenda da Competitividade Avaliação Específica com Vista à Simplificação Administrativa no Âmbito do FEDER e do Fundo de Coesão Avaliações Promovidas pelas Autoridades de Gestão Avaliações Promovidas pelo Observatório do QREN Perspetivas para Redes de Avaliação - Comissão Europeia Rede de Avaliação da Direção-Geral da Política Regional Rede de Avaliação da Inovação nos Programas de Política de Coesão MONITORIZAÇÃO Monitorização Financeira Balanço dos Processos de Seleção/Admissibilidade de Candidaturas Aprovações Execução Cumprimento da Regra «n+3» em 2011 e Nível de Cumprimento para Monitorização Física Infraestruturas Educativas Equipamentos para a Coesão Local Proteção e Valorização do Ambiente Ajudas Diretas às Empresas Investigação e Desenvolvimento Ações Coletivas COMUNICAÇÃO FUNDO Canais de Comunicação Internet do IFDR Portal do IFDR Newsletter do IFDR Presença nas Redes Sociais Comemorações do Dia da Europa Ponto.Fundos Ações de Comunicação Campanhas ÍNDICE 3

4 ÍNDICE Ação em Rede Eventos e Ciclo de Exposições Publicações Materiais Promocionais Avaliação do Plano de Comunicação Conjunto FEDER, FC e POAT FEDER GRANDES PROJETOS Âmbito de Aplicação Lista Indicativa de Grandes Projetos Orientações e Procedimentos Instrução de Pedidos Notificações à Comissão Europeia Decisões da Comissão Europeia Modificações das Decisões Alterações Significativas SISTEMA DE GESTÃO E CONTROLO Entidades Envolvidas Descrição dos Sistemas de Gestão e Controlo CERTIFICAÇÃO DE DESPESA Certificações de Despesa Apresentadas por Programa Operacional Análise dos Pedidos de Certificação Tempos de Resposta Medidas Adotadas pela Autoridade de Certificação Controlos de Suporte à Certificação Previsão de Pedidos de Pagamento PAGAMENTOS COOPERAÇÃO TERRITORIAL EUROPEIA Indicadores de Gestão em Supervisão do Trabalho dos Revisores Oficiais de Contas Manual de Procedimentos de Validação de Despesa de Assistência Técnica em POCTE Orientações Técnicas e Atividades de Formação Acompanhamento da Gestão dos Programas Comissões de Acompanhamento em Outras Atividades de Gestão Monitorização da Execução Aprovações em Execução dos Programas até Atividades de Comunicação Relativas à CTE Agrupamentos Europeus de Cooperação Territorial EMPRÉSTIMO-QUADRO DO BEI Regulamentação Entidades Envolvidas Sistema de Informação Pedidos e Propostas de Financiamento Candidatados Pedidos e Propostas de Financiamento Aprovados Contratualização dos Financiamentos Reembolsáveis BOAS PRÁTICAS Documentos de Orientações Ações de Sensibilização e Disseminação Partilha de Conhecimentos Portal do IFDR FUTURO DA POLÍTICA DE COESÃO Principais Marcos da Discussão em Grupo de Alto Nível Sobre o Futuro da Política de Coesão e Task Force Condicionalidades Próximas Etapas ÍNDICE 4

5 ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS QUADRO 1 - Síntese das alterações aos Regulamentos da União em QUADRO 2 - Síntese das alterações ao Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão em QUADRO 3 - Regulamentos Específicos dos PO QREN Temáticos e Regionais do Continente dezembro de QUADRO 4 - Enquadramento na disciplina dos auxílios de Estado dos Sistemas de Incentivo em vigor nos PO FEDER, em 31 de dezembro de QUADRO 5 - Índice das normas IFDR publicadas em QUADRO 6 - Índice das circulares IFDR publicadas em QUADRO 7 - Manuais de procedimentos IFDR atualizados em QUADRO 8 - Orientações prestadas pelo IFDR QUADRO 9 - Comité de Coordenação dos Fundos - COCOF- Lista de documentos e notas de interpretação para o período de programação versões finais em QUADRO 10 - Reprogramação QREN 2011 Datas relevantes até à aprovação de novas Decisões por PO QUADRO 11 - Reprogramação QREN 2011 Síntese de movimentos entre Fundos (total e por ano) QUADRO 12 - Assuntos constantes das Agendas das reuniões das Comissões de Acompanhamento dos Programas Operacionais FEDER e Fundo de Coesão QUADRO 13 - Datas das Comissões de Acompanhamento de 2011 e respetivas Agendas QUADRO 14 - Observações formuladas pela Comissão Europeia na sequência dos Encontros Anuais (observações transversais) / Resposta das autoridades nacionais QUADRO 15 - Observações formuladas pela Comissão Europeia na sequência dos Encontros Anuais (encontros bilaterais) / Resposta das autoridades nacionais QUADRO 16 - Avaliação dos Sistemas de Incentivos - Cronograma GRÁFICO 1 - Processo de Seleção: abertura de concursos e Fundo a concurso, por ano QUADRO 17 - Principais indicadores relativos ao processo de seleção (concursos/ períodos de candidatura) no final do ano 2011, por Fundo QUADRO 18 - Principais indicadores na ótica do processo de seleção (concursos) a 31 de dezembro de 2011, por PO QUADRO 19 - Montantes atribuídos em operações aprovadas até 31 de dezembro de 2011, por Fundo GRÁFICO 2 - Taxas de compromisso por PO (média FEDER 87,9%) QUADRO 20 - Taxas de compromisso por Eixo Prioritário superiores a 100% GRÁFICO 3 - Evolução dos montantes aprovados por ano (%) GRÁFICO 4 - Evolução do diferencial entre montantes aprovados e executados, por ano QUADRO 21 - Distribuição percentual das operações aprovadas por NUTS II (FEDER e FC) FIGURA 1 - Distribuição dos financiamentos aprovados, em valor absoluto, no FEDER/FC por NUTS III ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS 5

6 ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS FIGURA 2 - Distribuição dos financiamentos aprovados, per capita, no FEDER/FC por NUTS III GRÁFICO 5 - Montante Fundo e n.º de operações aprovados por NUTS II QUADRO 22 - Montantes Fundo totais aprovados por NUTS II e por PO GRÁFICO 6 - Contributo de cada PO no Fundo aprovado, por NUTS II QUADRO 23 - Efeito spill-over no FEDER, por Tipologia de Intervenção GRÁFICO 7 - N.º de operações anuladas e rescindidas até GRÁFICO 8 - Contribuição comunitária aprovada de acordo com as principais tipologias de operação, por Fundo GRÁFICO 9 - Contributo de cada PO no Fundo aprovado por Tipologia de Operação (%) GRÁFICO 10 - Fundo aprovado acumulado por Tipologia de Operação (em %), em 2010 e GRÁFICO 11 - Fundo aprovado (M ) por NUTS II distribuído pelos principais temas prioritários QUADRO 24 - Principais indicadores relativos à Execução no final do ano 2011, por Fundo QUADRO 25 - Principais indicadores de monitorização financeira no final de 2011, por PO GRÁFICO 12 - Taxas de execução por PO dispersão face à média do conjunto de PO FEDER (%) GRÁFICO 13 - Montante Fundo executado e pago por ano nos PO FEDER/FC QUADRO 26 - Taxas de realização significativamente superiores à média FEDER e FC QUADRO 27 - Contributo relativo de cada NUTS II na aprovação e execução e respetivas taxas de realização FIGURA 3 - Distribuição dos financiamentos executados, em valor absoluto e per capita, no FEDER/FC, por NUTS III QUADRO 28 - Montante Fundo executado por NUTS II e PO GRÁFICO 14 - Contributo de cada PO no Fundo executado, por NUTS II GRÁFICO 15 - Contributo das principais categorias de Earmarking na execução global FEDER/FC QUADRO 29 - Cumprimento da regra «n+3» relativa a 2011 e 2012, com despesa certificada até ao final do ano GRÁFICO 16 - Posição relativa de Portugal na execução FEDER/FC da UE GRÁFICO 17 - Montante certificado por PO/Fundo e ano (2009, 2010 e 2011) face ao total de despesa validada (M ) FIGURA 4 - Estabelecimentos de ensino (n.º e %) QUADRO 30 - Estabelecimentos de ensino apoiados FIGURA 5 - Equipamentos sociais (n.º e %) QUADRO 31 - Equipamentos apoiados FIGURA 6 - Proteção e valorização do ambiente (n.º e %) ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS 6

7 ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS QUADRO 32 - Projetos de proteção e valorização do ambiente apoiados QUADRO 33 - Apoio a empresas no âmbito dos Sistemas de Incentivos (M ) GRÁFICO 18 - Investimento médio por PO (M ) QUADRO 34 - Empresas apoiadas pelos Sistemas de Incentivos GRÁFICO 19 - Investimento elegível em I&DT QUADRO 35 - Ações coletivas apoiadas QUADRO 36 - Indicadores do Portal do IFDR e canais associados: n.º de visitas QUADRO 37 - Indicadores do Portal do IFDR e canais associados: n.º de visualizações QUADRO 38 - Indicadores do Portal do IFDR e canais associados: publicação de notícias QUADRO 39 - Indicadores do Portal do IFDR: países de origem dos visitantes QUADRO 40 - Indicadores do Portal do IFDR: cidades portuguesas de origem dos visitantes QUADRO 41 - Portal do IFDR: visualizações das novas áreas de conteúdos QUADRO 42 - Indicadores de produção da Newsletter do IFDR QUADRO 43 - Notícias publicadas na Newsletter do IFDR GRÁFICO 20 - Estado da notificação dos grandes projetos a 31 de dezembro de 2011 (Fundo) QUADRO 44 - Lista indicativa dos grandes projetos a 31 de dezembro de FIGURA 7 - Modelo de gestão e controlo dos PO QUADRO 45 - Principais alterações ocorridas em 2011 quanto à Descrição dos Sistemas de Gestão e Controlo QUADRO 46 - Certificados e Declarações de Despesas e Pedidos de Pagamento por PO QUADRO 47 - Certificados e Declarações de Despesas e Pedidos de Pagamento - Mecanismo Top Up GRÁFICO 21 - Tempo médio de satisfação dos pedidos QUADRO 48 - Principais medidas adotadas na análise dos pedidos de certificação tratados em QUADRO 49 - Ações de controlo realizadas pela Autoridade de Certificação em QUADRO 50 - Previsão dos Pedidos de Pagamento em 2011, por PO QUADRO 51 - Execução das Previsões de Pedidos de Pagamento 2011 (cenário) QUADRO 52 - Previsão dos Pedidos de Pagamento em 2012, por PO QUADRO 53 - Fluxos financeiros em QUADRO 54 - Fluxos financeiros acumulados a 31 de dezembro de ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS 7

8 ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS GRÁFICO 22 - Reembolsos CE e pagamentos/transferências (QREN / FEDER) GRÁFICO 23 - Tempo médio de pagamentos às AG (2011) GRÁFICO 24 - Tempo médio e n.º pagamentos por mês GRÁFICO 25 - Tempo médio de transferências (2011) GRÁFICO 26 - Tempo médio e n.º transferências por mês QUADRO 55 - Indicadores de gestão em GRÁFICO 27 - Despesa validada por ano GRÁFICO 28 - Grau de satisfação dos participantes (%) QUADRO 56 - Comissões de Acompanhamento dos POCTE, em QUADRO 57 - Aprovações em POCTE QUADRO 58 - Participação portuguesa em POCTE GRÁFICO 29 - Aprovações por prioridade QUADRO 59 - Agrupamentos Europeus de Cooperação Territorial, em 31 de dezembro de QUADRO 60 - SI QREN EQ - descrição sumária de funcionalidades FIGURA 8 - SI QREN EQ: arquitetura aplicacional QUADRO 61 - Distribuição, por Programa Operacional, das propostas e pedidos de financiamento candidatados ao QREN EQ QUADRO 62 - Distribuição, por Programa Operacional, das propostas e pedidos de financiamento aprovados ao abrigo do QREN EQ QUADRO 63 - Contratos de financiamento reembolsável - Ponto de situação a 31 dezembro QUADRO 64 - Marcos da discussão Futuro da Política de Coesão QUADRO 65 - Grupo de Alto Nível: reuniões e temas abordados FIGURA 9 - Propostas legislativas para o futuro da Política de Coesão QUADRO 66 - Próximas etapas ÍNDICE DE QUADROS, FIGURAS E GRÁFICOS 8

9 GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS AECT - Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial AG - Autoridade de Gestão ou Autoridades de Gestão Algarve 21 - Programa Operacional Regional do Algarve ( ) AM - Associação de Municípios ANMP - Associação Nacional de Municípios Portugueses Ap. - Aprovado BEI - Banco Europeu de Investimento CA - Comissão de Acompanhamento CCDR - Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional CCS - Comissão de Coordenação e Supervisão do QREN EQ CDDPP - Certificados e Declarações de Despesas e Pedidos de Pagamento CE - Comissão Europeia CIM - Comunidade Intermunicipal CIM/AM - Comunidade Intermunicipal/Associação de Municípios CMC - Comissão Ministerial de Coordenação COCOF - Comité de Coordenação dos Fundos (Comissão Europeia) COM - Comissão Europeia COMPETE - Programa Operacional Temático Fatores de Competitividade ( ) +CONHECIMENTO - Sistema de Incentivos à Investigação, Desenvolvimento Tecnológico e Inovação da Região Autónoma da Madeira CT - Custo Total CTE - Cooperação Territorial Europeia DG - Direção-Geral DGTF - Direcção-Geral do Tesouro e Finanças DG REGIO - Direção-Geral da Política Regional da Comissão Europeia DIA - Declaração de Impacto Ambiental DSGC - Descrição dos Sistemas de Gestão e Controlo DR - Diário da República GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS 9

10 GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS DUERO-DOURO AECT - Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Duero-Douro EA - Espaço Atlântico EAT - Estrutura de Apoio Técnico EB - Ensino Básico EMPREENDINOV - Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo e Inovação da Região Autónoma da Madeira Empreende Jovem - Sistema de Incentivos ao Empreendedorismo (PROCONVERGÊNCIA) ENPI - Instrumento Europeu de Vizinhança para a Bacia do Mediterrâneo (CTE) ESPON - Programa de Cooperação Territorial Inter-Regional Rede Europeia de Observação do Desenvolvimento e da Coesão Territorial (CTE) Ex. - Executado FC - Fundo de Coesão FCT - Fundação para a Ciência e Tecnologia FDU - Fundos de Desenvolvimento Urbano FEADER - Fundo Europeu Agrícola de Desenvolvimento Rural FEAMP - Fundo Europeu para os Assuntos Marítimos e as Pescas ( ) FEDER - Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional FIAEA - Fundo de Investimento de Apoio ao Empreendedorismo dos Açores FINOVA - Fundo de Apoio ao Financiamento à Inovação FSE - Fundo Social Europeu GNP AECT - Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial Galiza-Norte de Portugal GPEARI - Gabinete de Planeamento, Estratégia, Avaliação e Relações Internacionais do Ministério das Finanças e da Administração Pública I&DT - Investigação e Desenvolvimento Tecnológico IFDR - Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional IGF - Inspeção-Geral de Finanças IGFSE - Instituto de Gestão do Fundo Social Europeu INALENTEJO - Programa Operacional Regional do Alentejo ( ) INE - Instituto Nacional de Estatística GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS 10

11 GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS INTERACT - Programa de Cooperação Territorial Inter-Regional relativo à partilha de experiências para promoção de boa governação (CTE) INTERREG III-A - Corresponde ao Programa de Cooperação Transfronteiriço INTERREG III-B - Corresponde aos Programas de Cooperação Transnacional INTERREG III-C - Corresponde aos Programas de Cooperação Inter-regional INTERREG IV C - Programa de Cooperação Territorial Inter-Regional Intervir+ - Programa Operacional de Valorização do Potencial Económico e Coesão Territorial da RAM ( ) Inv. - Investimento I.P. - Instituto Público IQ-Net - Rede de parceiros regionais e nacionais de programas apoiados por de Fundos Estruturais, gerida pelo European Policies Research Centre da Universidade de Strathclyde de Glasgow ISPA - Instrumento Estrutural de Pré-Adesão JESSICA - Joint European Support to Sustainable Investment in City Areas M - Milhões de Euros MAC - Programa de Cooperação Territorial Madeira, Açores e Canárias (CTE) Mais Centro - Programa Operacional Regional do Centro ( ) MED - Programa de Cooperação Territorial Espaço Mediterrâneo (CTE) MOF - Monitorização Operacional e Financeira NCTIC - Núcleo de Cooperação Territorial e Iniciativas Comunitárias (do IFDR) NUTS - Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos NUTS II - Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos de Nível II (7) NUTS III - Nomenclatura das Unidades Territoriais para Fins Estatísticos de Nível III (30) OET - Operações Específicas de Tesouro OI - Organismos Intermédios ON.2 - Programa Operacional Regional do Norte ( ) p.p. - Pontos Percentuais P.F - Pré-financiamento PIB - Produto Interno Bruto GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS 11

12 GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS PIDDAC - Programa de Investimentos e Despesas de Desenvolvimento da Administração Central PME - Pequena e Média Empresa PO - Programa Operacional POAT FEDER - Programa Operacional de Assistência Técnica FEDER ( ) POCTE - Programa de Cooperação Territorial Europeia POCTEA - Programa de Cooperação Territorial Espaço Atlântico POCTEP - Programa de Cooperação Transfronteiriço Portugal-Espanha POEA - Programa Operacional Espaço Atlântico POPH - Programa Operacional Temático para o Potencial Humano POR - Programa Operacional Regional PORLisboa - Programa Operacional Regional de Lisboa ( ) POVT - Programa Operacional Temático Valorização do Território ( ) PPI - Pedido de Pagamento Intermédio Pr. - Programado PROCONVERGÊNCIA - Programa Operacional dos Açores para a Convergência ( ) PROENERGIA - Sistema de Incentivos à Produção de Energia a Partir de Fontes Renováveis (PROCONVERGÊNCIA) PT - Portugal QCA II - Segundo Quadro Comunitário de Apoio ( ) QCA III - Terceiro Quadro Comunitário de Apoio ( ) QREN - Quadro de Referência Estratégico Nacional ( ) QREN EQ - Empréstimo-Quadro celebrado entre o Estado Português e o Banco Europeu de Investimento QUALIFICAR+ - Sistema de Incentivos à Qualificação Empresarial da Região Autónoma da Madeira R.A. - Região Autónoma RAA - Região Autónoma dos Açores RAM - Região Autónoma da Madeira RE - Regulamento Específico RGIC - Regulamento Geral de Isenção por Categoria (Auxílios de Estado) GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS 12

13 GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS ROC - Revisores Oficias de Contas SAESCTN - Sistema de Apoio a Entidades do Sistema Científico e Tecnológico Nacional SAFPRI - Sistema de Apoio ao Financiamento e Partilha de Risco da Inovação SAMA - Sistema de Apoio à Modernização Administrativa SCD - Sistema Contabilístico de Dívidas SCTN - Sistema Científico e Tecnológico Nacional SFC System for Fund Management in the European Comunity Sistema de Informação da Comissão Europeia SGC - Sistema de Gestão e Controlo SI - Sistema de Incentivos ou Sistema de Informação SI FEDER/FC - Sistema de Informação do QREN (no IFDR) SI I&DT - Sistema de Incentivos à Investigação e Desenvolvimento Tecnológico SI QREN - Sistema de Informação do QREN (no IFDR) SI QREN EQ - Sistema de Informação do QREN EQ SIAC - Sistema de Apoio a Ações Coletivas SIDER - Sistema de Incentivos para o Desenvolvimento Regional dos Açores SIEP - Sistema de Informação da Entidade Pagadora (IFDR) SIGA - Sistema de Informação de Gestão e Auditoria no IFDR designado a partir de 2009 por SI FEDER/FC SIGA AC - Sistema de Informação de Gestão e Auditoria - Autoridade de Certificação SIRE - Sistema de Incentivos à Revitalização Empresarial das Micro e Pequenas empresas da Região Autónoma da Madeira SIRIART - Sistema de Incentivos à Redução do Impacto Ambiental e Renovação das Frotas no Transporte Coletivo Regular de Passageiros (PROCONVERGÊNCIA) SPUR - Simulação do Plano de Utilização e Reembolso o âmbito do QREN EQ SUDOE - Programa Operacional de Cooperação Espaço do Sudoeste Europeu (CTE) TFUE - Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia TURISMO - Sistema de Incentivos à Promoção da Excelência Turística da Região Autónoma da Madeira UCF - Unidade de Coordenação Financeira do IFDR GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS 13

14 GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS UE - União Europeia URBACT - Programa de Cooperação Territorial Inter-Regional para melhorar a eficácia das políticas de desenvolvimento urbano integrado e sustentável na Europa, com vista à execução da Estratégia Europeia de Gotemburgo de Lisboa (CTE) USI - Unidade de Sistemas de Informação do IFDR ZASNET AECT - Agrupamento Europeu de Cooperação Territorial das Associações de Municípios da Terra Fria do Nordeste Transmontano, da Terra Quente Transmontana, do Douro Superior e as Diputaciones de Zamora, Salamanca e o Ayuntamiento de Zamora GLOSSÁRIO DE SIGLAS E ABREVIATURAS 14

15 NOTA INTRODUTÓRIA

16 NOTA INTRODUTÓRIA Constitui este relatório a quarta edição da publicação Coordenação Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional (FEDER) e Fundo de Coesão, através do qual se apresentam os resultados da ação em rede, promovida no âmbito destes fundos, coordenada pelo Instituto Financeiro para o Desenvolvimento Regional e desenvolvida em As pretendidas eficiência, eficácia e efetividade da ação pública tornaram-se exigências exponencialmente reclamadas no atual contexto económico e financeiro, fortemente restritivo. Cremos que o seu alcance só é realizável enquanto resultado de uma ação conjunta e estruturada em rede, num contínuo exercício de articulação da atuação das várias entidades na promoção das intervenções do FEDER e do Fundo de Coesão. O alcance dos objetivos de política de crescimento da economia portuguesa e promoção do emprego têm reclamado redobrados esforços das equipas envolvidas na gestão dos fundos. É esta ação em rede que, ao longo dos anos, enquanto coordenação do FEDER e Fundo de Coesão temos procurado dinamizar e amadurecer. São os resultados deste caminho, que em conjunto percorremos, que aqui testemunhamos. O Conselho Diretivo do IFDR NOTA INTRODUTÓRIA 16

17 SUMÁRIO EXECUTIVO

18 SUMÁRIO EXECUTIVO Apresentam-se neste Relatório, sumariamente, as principais alterações da regulamentação nacional e comunitária em resposta à crise económica e financeira, os principais resultados das atividades de Coordenação e Monitorização, Certificação e Pagamentos, Comunicação e Avaliação e, pela primeira vez, dá-se nota da implementação do Empréstimo-Quadro do BEI para financiamento da contrapartida pública nacional dos projetos aprovados no QREN e aborda-se a preparação do próximo período de programação da política de coesão. A necessidade de uma efetiva promoção da coordenação da intervenção dos Fundos resulta particularmente reforçada em momentos, como os que vivemos, em que a conjuntura económica exige maior planeamento e reclama respostas rápidas e concertadas sobretudo nos processos de gestão, tendentes à disponibilização de instrumentos que melhor contribuam para que, sem desvirtuamento da função de mecanismo de intervenção de natureza estruturante, possa a intervenção dos Fundos atenuar os efeitos da crise económica e financeira e impulsionar a economia portuguesa. O difícil contexto macroeconómico que Portugal enfrenta tem demarcado as condições de implementação do QREN, nomeadamente por via das restrições financeiras vividas pelos promotores dos projetos públicos e privados que enfrentam dificuldades na mobilização da contrapartida nacional. Neste contexto, merecem destaque as iniciativas desenvolvidas com vista à promoção do acesso ao crédito por parte das empresas, para executarem projetos cofinanciados no âmbito do QREN linhas QREN Invest e à mobilização do Empréstimo-Quadro do BEI, para assegurar a contrapartida nacional de entidades públicas. Em face destas condicionantes, considerou-se premente o desenvolvimento de um processo de reprogramação do QREN que, sem desvirtuar a sua matriz estratégica, permitisse reforçar o seu alinhamento com as estratégias europeias, designadamente a UE 2020, superar os constrangimentos com que se confronta a gestão operacional dos Programas Operacionais e estimular o ritmo de concretização das intervenções, garantindo a manutenção da fluidez dos fluxos de financiamento comunitário. O processo negocial marcou o ano de 2011, tendo sido desenvolvido de maio a outubro, culminando com as decisões da Comissão Europeia a serem adotadas em dezembro. Orientada para o reforço da Competitividade e o Emprego, a reprogramação dos Programas Operacionais constituiu uma resposta abrangente para a atual conjuntura de crise económica e financeira, que pretende assegurar a continuidade do impacto positivo dos fundos comunitários na economia nacional. O aumento do nível de participação dos fundos comunitários na realização dos Programas (aumento da taxa de cofinanciamento para 85% nos eixos dedicados a investimento público), o aumento dos recursos financeiros previstos para apoio ao investimento das empresas e a simplificação da estrutura dos Programas Operacionais foram as principais linhas de intervenção desenvolvidas nesta reprogramação do QREN. Simultaneamente, foi promovido o ajustamento dos montantes financeiros indicativos previstos para os grandes projetos de infraestruturas, em resultado de um calendário mais realista para a sua concretização, tendo sido reduzida a dotação prevista para os projetos previstos nas Redes Transeuropeias de Transportes. Em paralelo, com uma significativa simplificação da estrutura de Eixos Operacionais dos Programas Regionais do Continente, e de modo a acentuar a fronteira de elegibilidades entre Programas, designadamente entre o POVT e os PO Regionais do Continente, foram concentrados nos POR os investimentos de requalificação das escolas até ao 3.º ciclo e as Ações Inovadoras de Desenvolvimento Urbano. No Programa Operacional Valorização do Território procedeu-se à otimização da utilização do Fundo de Coesão, passando a ser elegível um maior leque de intervenções que antes se encontravam nos POR financiadas pelo FEDER. Assim, estão agora concentrados no PO VT Fundo de Coesão todos os investimentos relacionados com o Ciclo Urbano da Água, as ações materiais de Prevenção e Gestão de Riscos, os Sistemas Ferroviários Urbanos (Metros) e os sistemas ambientais de Tratamento de Resíduos. SUMÁRIO EXECUTIVO 18

19 Em termos de realizações, evidencia-se a importância deste instrumento. Se olharmos para as intervenções já aprovadas, até 31 de dezembro de 2011, os investimentos previstos rondam os 17 mil milhões de euros, a apoiar pelo FEDER e a 2,9 mil milhões de euros pelo Fundo de Coesão. No concreto, foram apoiadas quase 5 mil empresas em sistemas de incentivos e mais de 7 mil empresas beneficiaram de apoios de Instrumentos de Engenharia Financeira, em construção estão mais de 3 mil Km de Rede Viária, mais de 6,6 mil Km de Saneamento Básico em construção/reabilitação, 843 estabelecimentos de Ensino foram construídos ou renovados. Por sua vez, o montante de execução mostra que foram já investidos na economia portuguesa mais de 8 mil M, dos quais cerca de 7 mil M associados ao FEDER e 889 M ao Fundo de Coesão. A taxa de execução no final do ano 2011 (face aos valores programados para ) é para o FEDER de 38,2%, representando um incremento de 17 p.p., face ao ano anterior, e de 21% para o Fundo de Coesão, com um aumento, ainda que menos expressivo, de 11 p.p. na taxa de realização e de 5 p.p. na taxa de execução. À semelhança dos períodos de programação anteriores, manteve-se a importância da participação dos Programas Operacionais Temáticos em áreas tradicionalmente financiadas por Programas de âmbito setorial como o Apoio às Empresas, Acessibilidades, Proteção do Ambiente, infraestruturas de Educação e Prevenção de Riscos. Por sua vez, também a participação dos Programas Operacionais Regionais mantém-se mais significativa no apoio às infraestruturas de Saneamento Básico e Resíduos, e numa área de investimento em pleno crescimento no presente período de programação e que se refere à Reabilitação Urbana. Em resultado dos esforços desenvolvidos para suprir as dificuldades sentidas na disponibilização da contrapartida nacional para concretização dos projetos de investimento, refira-se o Empréstimo-Quadro celebrado entre a República portuguesa e o BEI, no qual mais de 1600 pedidos de financiamento foram aprovados, envolvendo cerca de 363 milhões de euros, dos quais 1420 envolvendo cerca de 218 milhões de euros relativos a contrapartida nacional inscrita em PIDDAC e os restantes em empréstimos reembolsáveis pelos beneficiários. O IFDR, na qualidade de Autoridade de Certificação do FEDER e do Fundo de Coesão, duplicou os níveis de despesa certificada passando de cerca 3 mil milhões de euros, em finais de 2010, para um pouco mais de 6 mil milhões, em finais de Estes números representam, em termos de pedidos de reembolso apresentados à Comissão Europeia, que passámos de 2 mil milhões de euros de Fundos, registados em 2010, para mais de 4 mil milhões de euros (cerca de 29% dos Fundos programados para o período 2007/2013). Ainda para favorecer a disponibilização da contrapartida nacional, foi ainda solicitado pelo IFDR, em dezembro, a aplicação do mecanismo de top up, ou seja o aumento, por decisão do Conselho da União Europeia (UE), em 10pp das taxas de financiamento aplicado aos reembolsos da despesa certificada para os PO das Regiões Autónomas, PO VT, PO Assistência Técnica e PO Algarve (os PO com taxas máximas de financiamento programado de 85%), durante o período em que Portugal beneficia de assistência financeira da UE para estabilização da situação económica e financeira e consolidação orçamental. Assim, os pedidos de reembolso de FEDER Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional e FC Fundo de Coesão, apresentados ao longo do mês de dezembro, elevaram-se a mais de 650 mil milhões de euros, permitindo desta forma um reforço de liquidez para efeitos de pagamento aos beneficiários dos financiamentos aprovados nos Programas Operacionais. Em resultado, no ano de 2011 receberam-se, a título de reembolsos, milhões de euros de FEDER e 74,5 milhões de euros Fundo de Coesão. A atestar o esforço nacional feito para manter a fluidez dos pagamentos aos beneficiários, foram por sua vez transferidos pelo IFDR para os beneficiários, Autoridades de Gestão das Regiões Autónomas e Organismos Intermédios, milhões de euros de FEDER e 196 milhões de euros de Fundo de Coesão. SUMÁRIO EXECUTIVO 19

20 Paralelamente, e porque a ação pública exige transparência e as políticas devem ser avaliadas pelos resultados que efetivamente alcançam, enquanto meio de divulgação da intervenção do FEDER e Fundo de Coesão destaca-se o lançamento em 2011 do Ponto.Fundos, painel de informação quinzenal, essencialmente suportado em gráficos, que procura proporcionar ao leitor, de forma instantânea, interativa e continuada uma visão de conjunto dos resultados da Monitorização Operacional e Financeira dos Programas. Ao mesmo tempo, ao longo do ano estiveram patentes ao público nas montras do edifício do IFDR três exposições: - uma alusiva aos 25 anos de aplicação dos fundos estruturais em Portugal: FEDER e Fundo de Coesão, com o título «25 Anos de Fundos Comunitários - A Construir o Futuro» desenvolvida numa parceria estabelecida com o INE; - uma segunda dedicada ao Novo Norte Novas Visões da Região Norte, em articulação com a AG do PO ON.2; e por fim 25 ANOS, 25 PROJETOS - A União Europeia Hoje nos Açores, mostra produzida em parceria com o PROCONVERGÊNCIA que revela imagens desta região no antes e no depois da intervenção dos Fundos. Por fim, com o objetivo de promover a capacitação institucional das equipas, o Ciclo de Formação IFDR, iniciado em 2008, prosseguiu com ações de formação ora dedicadas à Análise Custo Beneficio e à validação da despesa nos PO Cooperação Territorial Europeia para reforço das competências técnicas na gestão dos Programas Operacionais. SUMÁRIO EXECUTIVO 20

21 01 REGULAMENTAÇÃO

22 01. REGULAMENTAÇÃO As alterações introduzidas em 2011 à regulamentação da União Europeia e aos diplomas nacionais, que enquadram a implementação da Política de Coesão em Portugal, tiveram subjacentes os mesmos objetivos das alterações verificadas nos anos anteriores, ou seja, aumentar o ritmo de execução do QREN como forma de contrariar os efeitos da crise económica que vem afetando as economias europeias, em particular a portuguesa, sem, no entanto, deixar de se salvaguardar a coerência dos investimentos a concretizar com as prioridades estratégicas definidas para o atual período de programação. Assim, as alterações registadas mantêm o enfoque nos processos de simplificação, quer ao nível do acesso aos financiamentos no âmbito de novos instrumentos de apoio, como por exemplo na engenharia financeira, e na flexibilização dos pagamentos por parte da Comissão Europeia, quer ao nível dos procedimentos relativos às operações e beneficiários a apoiar. O processo de reprogramação técnica do QREN, iniciado em julho com a apresentação formal das primeiras propostas de alteração dos Programas Operacionais junto dos serviços da Comissão Europeia e concluído em dezembro com a aprovação das várias Decisões, ditou a necessidade de alteração da regulamentação nacional, nomeadamente no que diz respeito ao Regulamento Geral FEDER e Fundo de Coesão. De igual modo se deu início ao processo de revisão dos Regulamentos Específicos aplicáveis aos Programas Operacionais FEDER e Fundo de Coesão, muito embora a conclusão desse processo tenha ocorrido já em REGULAMENTAÇÃO COMUNITÁRIA A participação do IFDR no processo de revisão dos regulamentos da União concretiza-se na representação na delegação portuguesa ao nível das reuniões do Comité de Coordenação dos Fundos (COCOF), enquanto entidade responsável pela Coordenação Nacional do FEDER e do Fundo de Coesão. Em síntese, as alterações introduzidas na regulamentação da União procuraram clarificar algumas disposições relativas a modalidades de ajuda reembolsável em implementação nos vários Estados- Membros, bem como especificar algumas matérias relativas aos instrumentos de engenharia financeira, particularmente os direcionados para o apoio às empresas. Num cenário particularmente difícil de execução do atual período de programação, salienta-se também a alteração que ditou a possibilidade do aumento temporário dos pagamentos intermédios e dos pagamentos dos saldos finais, feitos ao abrigo dos Fundos Estruturais e do Fundo de Coesão, por parte da Comissão Europeia, correspondente a 10 p.p. acima da taxa de cofinanciamento aplicável a cada Eixo Prioritário dos Programas Operacionais. Trata-se da possibilidade de derrogação da disposição prevista no artigo 77.º do Regulamento (CE) n.º 1083/2006 do Conselho, de 11 de julho, a qual é aplicável aos Estados-Membros que enfrentam dificuldades na consolidação e estabilização das contas públicas, e que, como tal, beneficiam de assistência financeira no seio da União, devendo as autoridades nacionais apresentar, neste caso, um pedido específico. Ainda que temporária, esta medida permitirá antecipar a disponibilização dos Fundos pagos pela União e, consequentemente, ajudar na aceleração da execução ao nível dos vários Estados-Membros e regiões, constituindo mais uma iniciativa para fazer face aos efeitos da crise, muito embora se deva salientar que a dotação alocada aos Fundos em cada Programa Operacional não será aumentada por via do recurso a esta medida. Em 20/12/2011, ou seja no próprio dia em que o regulamento foi publicado, Portugal apresentou um pedido para beneficiar da citada derrogação, que foi aceite pelos serviços da Comissão Europeia, pelo que o último pedido de pagamento intermédio apresentado em dezembro de 2011 pelo IFDR para os Programas Operacionais POVT, Algarve 21, PROCONVERGÊNCIA, Intervir+ e POAT FEDER, beneficiou do acréscimo de 10 p.p. da comparticipação programada para cada Eixo e em relação aos acréscimos de despesa declarada desde 24/05/2011 (momento em que Portugal passou a beneficiar de ajuda financeira). As alterações da Regulamentação da União, sintetizadas no Quadro 1, consubstanciaram-se na publicação dos seguintes regulamentos: 01. REGULAMENTAÇÃO 22

23 REGULAMENTAÇÃO COMUNITÁRIA Regulamento (UE) n.º 1310/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro - altera o Regulamento Geral, Regulamento (CE) n.º 1083/2006 do Conselho, de 13 de julho, que estabelece as disposições gerais sobre o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, o Fundo Social Europeu e o Fundo de Coesão; Regulamento (UE) n.º 1311/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro - altera também o Regulamento Geral, Regulamento (CE) n.º 1083/2006; Regulamento de Execução (UE) n.º 1236/2011, da Comissão, de 29 de novembro - altera o Regulamento de Aplicação, Regulamento (CE) n.º 1828/2006 da Comissão, de 8 de dezembro. Q1 SÍNTESE DAS ALTERAÇÕES AOS REGULAMENTOS DA UNIÃO EM 2011 O Regulamento (UE) n.º 1310/2011 altera o Regulamento Geral nos artigos: Artigo 2.º Definições: introdução de duas novas definições subvenção reembolsável e linha de crédito ; Regulamento Geral Regulamento (CE) n.º 1083/2006, do Conselho, de 11 de julho, com as alterações introduzidas em 2009 pelo Regulamento (CE) n.º 284/2009, do Conselho, de 7 de abril, e em 2010 pelo Regulamento (UE) n.º 539/2010, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 16 de junho. Alterado em 2011 pelos Regulamentos (UE) n.º 1310/2011 e n.º 1311/2011, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 13 de dezembro. (Estabelece as disposições gerais sobre o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, o Fundo Social Europeu e o Fundo de Coesão) Artigo 67.º - Relatórios anuais e finais de execução: especificações quanto à informação a apresentar relativamente aos instrumentos de engenharia financeira. Por via deste Regulamento, são aditados os seguintes artigos e secções: Secção 3-A - Ajuda Reembolsável: introdução de uma nova secção; Artigo 43.º - A - Modalidades de ajuda reembolsável: especificações relativamente às duas novas modalidades introduzidas; Artigo 43.º - B - Reutilização de ajuda reembolsável: definição das disposições relativas à reutilização da ajuda reembolsável; Artigo 44.º - A - Não aplicação de determinadas disposições: clarificação da não aplicabilidade de algumas disposições aos instrumentos de engenharia financeira; Artigo 78.º - A - Obrigações de fornecer informações na declaração de despesas relativas aos instrumentos de engenharia financeira e aos adiantamentos pagos aos beneficiários no âmbito dos auxílios estatais: especificações nesta matéria. O Regulamento (UE) n.º 1311/2011 altera o Regulamento Geral no artigo: Participação do IFDR em sede de COCOF no âmbito da revisão do Regulamento Artigo 77.º - Regras comuns de cálculo dos pagamentos intermédios e dos pagamentos do saldo final: estabelece a a possibilidade do aumento temporário dos pagamentos intermédios e dos pagamentos do saldo final ao abrigo da derrogação prevista no artigo 53.º e mediante determinadas condições. Regulamento do Feder Regulamento (CE) n.º 1080/2006, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 5 de julho, com as alterações introduzidas em 2009 pelo Regulamento (CE) n.º 397/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 6 de maio e em 2010 pelo Regulamento (UE) n.º 437/2010 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 19 de maio (Relativo ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) Em 2011 não se registaram alterações no Regulamento relativo ao FEDER. Regulamento de Aplicação Regulamento (CE) n.º 1828/2006, da Comissão, de 8 de dezembro, com as alterações introduzidas em 2009 pelo Regulamento (CE) n.º 846/2009, da Comissão, de 1 de setembro e em 2010 pelo Regulamento (UE) n.º 832/2010, da Comissão, de 17 de setembro Alterado em 2011 pelo Regulamento de Execução (UE) n.º 1236/2001, da Comissão, de 29 de novembro (Prevê as normas de execução do Regulamento (CE) n.º 1083/2006 que estabelece as disposições gerais sobre o Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional, o Fundo Social Europeu e o Fundo de Coesão e do Regulamento (CE) n.º 1080/2006 do Parlamento Europeu e do Conselho relativo ao Fundo Europeu de Desenvolvimento Regional) Alteração do Regulamento de Aplicação em matéria de engenharia financeira: Artigo 45.º Disposições complementares aplicáveis a instrumentos de engenharia financeira destinados às empresas: alargamento do âmbito dos apoios às empresas (atividades potencialmente viáveis do ponto de vista económico e não apenas em empresas que se encontrem em fase de criação, arranque ou expansão). Participação do IFDR em sede de COCOF no âmbito da revisão do Regulamento 01. REGULAMENTAÇÃO 23