A Visão Empresarial da Arbitragem: Como a Administração de Conflitos pode Melhorar os Resultados Econômicos e Não-Econômicos do Negócio?

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A Visão Empresarial da Arbitragem: Como a Administração de Conflitos pode Melhorar os Resultados Econômicos e Não-Econômicos do Negócio?"

Transcrição

1 Doutrina Nacional A Visão Empresarial da Arbitragem: Como a Administração de Conflitos pode Melhorar os Resultados Econômicos e Não-Econômicos do Negócio? Flávia Bittar Neves Advogada, Secretária-Geral da CAMARB Câmara de Arbitragem Empresarial Brasil, Especializada em Direito Arbitral pela Università degli Studi di Milano (Milão, Itália), Pós-Graduada em Gestão de Negócios pela Fundação Dom Cabral, Membro do Comitê Brasileiro de Arbitragem. SUMÁRIO: Introdução; I A pesquisa da American Arbitration Association (AAA); II A prestação jurisdicional do Poder Judiciário brasileiro e a eficácia da solução dos conflitos empresariais; III Evolução do uso da arbitragem e sua importância para o desenvolvimento econômico nacional. INTRODUÇÃO O uso da arbitragem apresenta-se, atualmente, como uma realidade no cenário nacional, observando-se um considerável desenvolvimento da cultura arbitral no Brasil. Muitas são as vantagens da arbitragem percebidas pelos operadores do Direito, mas ainda há poucas informações sobre a visão dos empresários a respeito dos benefícios práticos dessa forma extrajudicial de solução de conflitos. De fato, os custos dos litígios que envolvem a empresa influenciam a otimização dos recursos e do retorno financeiro dos negócios empresariais, comprometendo não somente os resultados econômicos, mas também a imagem institucional da organização. Tem se verificado que o uso dos métodos extrajudiciais de solução de conflitos contribui para a manutenção do relacionamento comercial entre as partes envolvidas na lide, gerando alto nível de satisfação entre os empresários e seus stakeholders, tais como parceiros comerciais, fornecedores e clientes. Nesse sentido, o objetivo deste trabalho é apresentar o diagnóstico de uma pesquisa realizada nos Estados Unidos pela American Arbitration Association (AAA) que demonstra de forma clara e objetiva a visão empresarial da arbitragem, fazendo um paralelo com a realidade do Poder Judiciário nacional e com desenvolvimento do juízo arbitral no Brasil, a fim de incentivar o setor produtivo brasileiro a pensar na arbitragem como uma verdadeira estratégia empresarial e não apenas como uma ferramenta de

2 solução de controvérsias.

3 RBAr Nº 9 Jan-Mar/2006 DOUTRINA NACIONAL 31 I A PESQUISA DA AMERICAN ARBITRATION ASSOCIATION (AAA) 1 No ano de 2003, a American Arbitration Association (AAA) instituição especializada em administração extrajudicial de conflitos promoveu uma pesquisa no meio empresarial norte-americano a fim de analisar as atitudes e experiências relacionadas à prática dos métodos extrajudiciais de solução de controvérsias, conhecidos pela sigla ADRs (Alternative Dispute Resolution), que será utilizada no decorrer deste trabalho. O estudo examinou como esses métodos são empregados por uma ampla amostra de empresas de médio e grande porte, incluindo algumas das maiores empresas classificadas pela revista Fortune. No âmbito da pesquisa, adotou-se a expressão dispute-wisesm 2 para identificar e caracterizar as empresas, segundo a maior ou menor propensão ao uso das ADRs (especialmente a arbitragem e a mediação). A adoção dessa expressão, de forma analógica, visa a associar as empresas ao gerenciamento inteligente dos conflitos em que são envolvidas, a partir de uma classificação em três níveis: Most dispute-wise SM empresas que usam freqüentemente as ADRs; Moderate dispute-wise SM empresas que fazem uso eventual das ADRs; e ADRs. Least dispute-wise SM empresas que raramente resolvem conflitos através das A partir dessa classificação, os pesquisadores consideram que, quanto maior a freqüência do uso das ADRs, maior o grau de inteligência e eficiência da empresa quanto à forma escolhida para gerenciar a solução dos conflitos que a envolvem. Além de atualizar dados relativos à tendência ao uso das ADRs pelas empresas, o estudo realizado pela AAA enfocou duas questões específicas:

4 32 RBAr Nº 9 Jan-Mar/2006 DOUTRINA NACIONAL É possível identificar as empresas que adotam as ADRs para solucionar conflitos? Quais seriam suas características? Existe alguma relação entre o mecanismo usado pelas empresas para solucionar seus conflitos e a produção de resultados comerciais positivos (de natureza econômica e não-econômica)? O estudo identificou alguns aspectos que caracterizam departamentos jurídicos das empresas que adotam o gerenciamento inteligente de conflitos ( dispute-wise managementsm ) pelo uso das ADRs. Constatou-se, ainda, que há, efetivamente, uma considerável quantidade de benefícios específicos associados à forma adotada pela empresa para solucionar as controvérsias, traçando-se um paralelo entre tais formas e benefícios. Por mais de meio século, tem-se verificado um crescimento contínuo da aceitação e da confiança nos métodos alternativos de solução de conflitos (principalmente no que se refere à arbitragem e à mediação), promovendo-se uma importante mudança de paradigmas e evolução cultural a respeito dos métodos utilizados para resolver controvérsias empresariais. Essa evolução cultural é conseqüência do desenvolvimento da sensibilidade dos executivos com relação à importância de se preservar relacionamentos comerciais, aliada à crescente determinação de manter a organização longe de demorados e dispendiosos litígios judiciais, em se tratando de disputas empresariais de praticamente todos os tipos. Segundo a pesquisa, o aumento do uso das ADRs tem sido impulsionado pelo crescimento do número de litígios comerciais nos Estados Unidos, que apresenta um custo aproximado de $ 200 a $ 300 bilhões de dólares anualmente. As evidências sugerem que, de fato, pode-se atribuir um real valor econômico à rapidez e ao fácil acesso à justiça privada, proporcionados pelos meios extrajudiciais de solução de conflitos. Os empresários têm reconhecido que o sucesso das soluções de disputas pode ser medido não apenas pelo fato de se sair vencedor ou vencido no processo litigioso, mas principalmente pelo grau de eficiência da empresa em administrar os impactos econômicos e não-econômicos dos conflitos em que a organização é envolvida em relação ao próprio negócio. Além disso, o uso das ADRs aparece como uma característica positiva de departamentos jurídicos considerados dispute-wisesm (gerenciados com inteligência), o

5 que, associado a outras práticas de gerenciamento de riscos, contribui com a imagem da empresa no mercado, que passa a ser reconhecida como uma organização administrada com eficiência. A pesquisa constatou que uma característica típica das empresas que usam as ADRs é a tendência em realizar uma visão global do conjunto de conflitos que envolvem a organização, direcionando a solução de cada um deles segundo propósitos de minimização de riscos, custos, tempo despendido e preservação de relacionamentos comerciais.

6 RBAr Nº 9 Jan-Mar/2006 DOUTRINA NACIONAL 33 Até mesmo em situações nas quais uma decisão judicial favorável é provável devido aos precedentes jurisprudenciais, vencer a demanda não é necessariamente considerado como principal objetivo das empresas consideradas dispute-wisesm (que promovem o gerenciamento inteligente dos conflitos por meio do uso das ADRs). Assim é que, na visão dos empresários norte-americanos pesquisados, sempre que o uso das ADRs puder proporcionar menos riscos e despesas e contribuir para a manutenção do bom relacionamento da empresa com consumidores, fornecedores e parceiros comerciais, a solução judicial lenta, desgastante e não especializada deve ser evitada. Conforme os dados coletados, as empresas foram subdivididas em três níveis de comportamento, considerando a forma pela qual o departamento jurídico lida com a solução das controvérsias: 1) 35% foram consideradas most dispute-wisesm (muito inteligentes no gerenciamento dos conflitos usam freqüentemente as ADRs); 2) 32% foram classificadas como moderate dispute-wisesm (relativamente inteligentes no gerenciamento dos conflitos fazem uso eventual das ADRs); 3) 33% foram classificadas como least dispute-wisesm (pouco inteligentes no gerenciamento dos conflitos raramente usam as ADRs). A pesquisa demonstrou claramente que o gerenciamento inteligente de disputas pelas empresas que usam as ADRs associa-se à apresentação de resultados comerciais positivos. Com efeito, as empresas classificadas como most dispute-wisesm apresentam o seguinte perfil: a) Sólido relacionamento comercial com stakeholders (consumidores, fornecedores, empregados e sócios), descrevendo-o como excelente ou muito bom, seguindo a tendência de modernização das organizações do século XXI; b) Apreciam e valorizam a especialidade, imparcialidade e rapidez dos meios alternativos de solução de conflitos; c) Apresentam departamentos jurídicos com baixo orçamento e administram seus custos internos com alto grau de eficiência (enquanto empresas que pouco usam as ADRs apresentam altos custos com departamento jurídico). A partir dos dados coletados na pesquisa, foram apresentadas as seguintes conclusões:

7 1. Os principais benefícios associados ao gerenciamento inteligente de conflitos ( dispute-wisesm conflict management ) por meio do uso das ADRs referem-se a: redução de custos com serviços jurídicos (internos e externos), melhora dos relacionamentos comerciais da empresa com seus stakeholders, economia de tempo e melhor utilização dos recursos financeiros da empresa. Constatou-se que nas empresas que usam freqüentemente as ADRs (most dispute-wisesm ), mesmo onde há maior número de advogados internos contratados, o dispêndio com o departamento jurídico é menor em comparação ao das empresas que raramente usam as ADRs (least dispute-wisesm ). Daí a conclusão de que o uso das ADRs pelas empresas é fator contributivo para a gestão mais eficiente de seus departamentos jurídicos.

8 34 RBAr Nº 9 Jan-Mar/2006 DOUTRINA NACIONAL 2. Dentre os fatores que levam as empresas a usar a arbitragem, 87% das empresas entrevistadas declararam adotá-la por haver previsão expressa neste sentido no contrato, o que demonstra a aceitação do juízo arbitral entre os partícipes dos dois lados das negociações comerciais. Outros motivos que incentivam o uso da arbitragem incluem a economia de tempo (73%), economia de recursos financeiros (71%) e o procedimento mais satisfatório (66%). A construção e a preservação dos relacionamentos comerciais da empresa com seus stakeholders é um importante objetivo alcançado pelo gerenciamento inteligente de conflitos por meio do uso das ADRs, cujo resultado é freqüentemente observado. De fato, a pesquisa constatou que as empresas classificadas como most dispute-wisesm são mais propensas a declarar seu relacionamento com os consumidores, parceiros comerciais, fornecedores, funcionários e demais stakeholders como excelente ou muito boa. A percepção de que o uso da arbitragem reduz os custos gerais com o processo legal foi uniforme dentre os três grupos de empresas entrevistadas: uma média de 58% expressou acreditar que a solução arbitral reduz o custo da demanda, tendo em vista a relação custo-benefício proporcionada pela celeridade e especialidade do julgamento. 3. A arbitragem e a mediação são utilizadas com maior freqüência para a solução de problemas comerciais e trabalhistas, cujas relações jurídicas são regidas por contratos que prevêem o uso de tais mecanismos para resolver as futuras controvérsias. Verificou-se, também, a incidência do uso das ADRs em disputas relacionadas à indenização por perdas e danos pessoais, construção civil, propriedade intelectual, responsabilidade pelo fato do produto e litígios imobiliários, por pelo menos 20% das empresas entrevistadas. 4. As grandes empresas entrevistadas (que integram a lista da revista Fortune) apresentam maior uso das ADRs em comparação às empresas de médio porte, confirmando a tendência de maior aceitação das formas extrajudiciais de conflitos por empresas de grande porte. Uma vez apresentada a visão do setor empresarial norte-americano sobre os benefícios gerados pelo uso das ADRs, apresenta-se, a seguir, o cenário que o empresário brasileiro encontra atualmente ao buscar a solução judicial de suas controvérsias. A partir dessas informações, é possível traçar um paralelo entre as

9 vantagens dos métodos extrajudiciais de solução de conflitos e os problemas enfrentados no âmbito do Poder Judiciário nacional, permitindo que empresários e operadores do Direito tenham condições de escolher, conscientemente, a solução mais conveniente para resolver os litígios.

10 RBAr Nº 9 Jan-Mar/2006 DOUTRINA NACIONAL 35 II A PRESTAÇÃO JURISDICIONAL DO PODER JUDICIÁRIO BRASILEIRO E A EFICÁCIA DA SOLUÇÃO DOS CONFLITOS EMPRESARIAIS É preciso observar que a atual realidade do Poder Judiciário brasileiro é fator que deve ser considerado pelas empresas ao tomar decisões sobre a forma de solucionar suas controvérsias. A morosidade, o formalismo e a burocracia, típicos do processo judicial, às vezes prejudicam a eficácia da prestação jurisdicional. Não são raras as vezes em que, após uma longa e dispendiosa batalha jurídica, quando há o proferimento da sentença judicial definitiva (da qual não caiba mais recursos), a prestação jurisdicional não produz os efeitos inicialmente desejados. Isso acontece, por exemplo, quando se perde ou se deteriora o bem que constituía objeto do conflito ou quando não mais existam bens penhoráveis do devedor para garantir o pagamento da condenação após a solução do conflito. Além disso, uma empresa que leva anos na justiça para solucionar uma controvérsia pode perder ou mesmo paralisar a produtividade de seu parque industrial e ter seu patrimônio desvalorizado pelo decurso do tempo, o que se traduz na perda de rentabilidade da organização. Ademais, por terem conhecimento eminentemente jurídico, ao se deparar com questões técnicas e complexas, os magistrados, muitas vezes, fundamentam suas decisões no entendimento de um perito por eles designado, sem que as partes concorram com a sua indicação, o que gera, para os litigantes, certa insegurança jurídica. Na arbitragem, ocorre justamente o contrário: o julgamento é proferido por profissionais especializados na matéria objeto do conflito, indicados pelas próprias partes ou pela instituição arbitral por elas escolhida. As dificuldades em solucionar controvérsias pela via judicial no Brasil vêm ocupando espaço e ganhando a atenção da mídia. Em reportagem de capa da Revista Exame, de (p. 20/27), foi informado que, em média, uma causa leva 12 anos até ser resolvida na Justiça brasileira. Segundo a reportagem o dinheiro envolvido, seja ele medido em milhões ou em bilhões, é o custo imediato e palpável das ações. Os riscos de uma briga nos tribunais, porém, vão muito além das perdas financeiras. Envolvem reputação, imagem de marca e não raro a própria sobrevivência do negócio. As causas dos conflitos podem variar, mas o desfecho costuma ser quase sempre o mesmo. Feitas as contas, não há grandes

11 ganhadores. No curto e no médio prazos, todos perdem principalmente no que diz respeito à capacidade de se concentrar naquilo que realmente importa: o negócio em si. Atualmente, conforme informações do Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, cerca de dois milhões de processos, impetrados entre janeiro de 2002 e abril de 2004, emperram o serviço do Poder Judiciário e, a cada dia, mais 800 ações chegam ao tribunal 3.

12 36 RBAr Nº 9 Jan-Mar/2006 DOUTRINA NACIONAL As conclusões da enquete feita pela Revista Consultor Jurídico durante o II Encontro Nacional de Juízes Estaduais em São Paulo, realizado em outubro passado 4, demonstram a visão dos próprios membros do Poder Judiciário sobre essa questão: Para 69,8% dos juízes entrevistados, o prazo ideal para a solução definitiva de um processo na justiça deveria ser de um ano ou menos; Para 50% dos entrevistados, o sistema recursal é responsável por cerca de 2/3 do tempo do processo na justiça; A maior parte dos entrevistados deu nota 2 (na escala de 1 a 10) para a agilidade nas decisões. Durante o II Encontro dos Magistrados Paulistas, também foi detalhada uma pesquisa realizada pelo IBOPE, encomendada pela Associação dos Magistrados Brasileiros, que identificou que os principais pontos negativos do sistema judiciário dizem respeito à morosidade, incluindo a lentidão dos processos e a burocracia. A pesquisa do IBOPE concluiu, também, que a imagem negativa do Poder Judiciário se deve basicamente a três aspectos: os escândalos envolvendo juízes federais e altas cifras; experiências pessoais de lentidão, burocracia e mau atendimento no trâmite de processos judiciais; e percepção de parcialidade nos julgamentos que favorecem aos mais ricos. O Presidente do Superior Tribunal de Justiça, Ministro Edson Vidigal, disse ter pena de quem vai depender, no Brasil, de ter os seus direitos reconhecidos por uma decisão judicial. Para o Ministro, essa Justiça que está sendo feita é uma Justiça muito injusta 5. Em entrevista à Revista Isto É, de , o Ministro Edson Vidigal, perguntado sobre os desafios do Poder Judiciário no Brasil, afirmou que o maior deles é justamente a morosidade, causa de todos os males que levam o Judiciário ao descrédito. Os reflexos negativos dos problemas do Poder Judiciário brasileiro nas atividades empresariais e a necessidade de incentivo às formas extrajudiciais de solução de controvérsias são evidenciados por magistrados que se manifestam publicamente a esse respeito. Nas palavras do Juiz de Direito no Estado de São Paulo, Edson Ferreira da Silva, no fundo, a raiz do problema é de natureza econômica. O problema está em que o Judiciário não tem estrutura compatível para responder com agilidade, eficiência, e

13 efetividade à demanda forense. Medidas de saneamento devem ser encetadas, como o incentivo a formas alternativas de solução de conflitos 6.

14 RBAr Nº 9 Jan-Mar/2006 DOUTRINA NACIONAL 37 Para o Desembargador aposentado e ex-presidente do Tribunal de Justiça do Estado de São Paulo, Márcio Martins Bonilha, a morosidade processual na definição das lides, com graves repercussões de toda espécie, particularmente, na esfera da atividade empresarial, nos ajustes contratuais, afetando a segurança jurídica e a estabilidade da vida mercantil, com perniciosos reflexos nas relações internacionais [...] coloca em evidência a relevância da Justiça Arbitral e a importância do instituto da arbitragem, como meio e fórmula alternativa para a solução de litígios 7. Essas e outras recentes declarações dos próprios membros do Poder Judiciário permitem concluir que o sistema estatal convencional de solução de conflitos está mesmo comprometido, devido aos problemas que, há décadas, o acometem. III EVOLUÇÃO DO USO DA ARBITRAGEM E SUA IMPORTÂNCIA PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO NACIONAL A arbitragem, como forma extrajudicial de solução de controvérsias, não se presta a resolver os problemas do Poder Judiciário brasileiro, por maior que seja a sua utilização no País. Entretanto, conforme demonstrado no decorrer deste trabalho, o uso da arbitragem pode, efetivamente, solucionar os problemas enfrentados pelas empresas ao buscar a prestação jurisdicional. A partir da edição da Lei de Arbitragem, em 1996, e da declaração de sua constitucionalidade pelo Supremo Tribunal Federal, em 2001, os obstáculos jurídicos que até então impediam o desenvolvimento do instituto da arbitragem no Brasil foram superados, incentivando a sua difusão no País. De acordo com informações do Conselho Nacional das Instituições de Mediação e Arbitragem (Conima), entre 1999 e 2004 a utilização da arbitragem em disputas cíveis e comerciais apresentou um crescimento de 60% 8. Desde 2002, cresceu 22% a participação de empresas brasileiras em contratos internacionais que lançam mão da arbitragem como alternativa a demandas judiciais. Também a representação da América Latina tem apresentado crescimento, mas em ritmo ainda mais acelerado, de 50% ao ano.

15 38 RBAr Nº 9 Jan-Mar/2006 DOUTRINA NACIONAL Segundo o Presidente da Corte de Arbitragem da Câmara Internacional de Comércio de Paris (CCI), Robert Briner, de janeiro a agosto deste ano, 21 empresas brasileiras já se apresentaram como parte em procedimentos arbitrais da Corte, enquanto em todo o ano passado o total de casos envolvendo o Brasil foi de Entretanto, ainda há muito desconhecimento e certa resistência por parte dos operadores jurídicos e do empresariado nacional, que não se sentem totalmente confortáveis para deixar de submeter seus conflitos ao julgamento do Poder Judiciário, reflexo de uma cultura de Estado autoritário e intervencionista a que a sociedade brasileira se acostumou. De fato, o setor produtivo nacional deve ser sensibilizado e melhor informado a respeito das vantagens que o uso das formas extrajudiciais de solução de conflitos pode gerar no âmbito das relações empresariais, a fim de que se possa desenvolver e manter relacionamentos comerciais sólidos e duráveis, dotados de transparência e segurança jurídica, seguindo a tendência mundial que se verifica no setor produtivo internacional. Nas palavras do Ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sálvio de Figueiredo Teixeira, a realidade social pujante em que vivemos não se contenta mais com o modelo individualista das soluções judiciais de antanho 10. No Brasil, o reconhecimento pelo próprio Estado da importância da arbitragem para o desenvolvimento econômico do País verificou-se com a aprovação da lei federal que regulamenta as Parcerias Público Privadas (PPPs) pelo Congresso Nacional, que contém autorização expressa para o uso da arbitragem nos contratos entre os investidores privados e a Administração Pública, a exemplo das legislações estaduais de Minas Gerais e São Paulo. Nos termos da lei federal, a arbitragem deverá ser realizada no Brasil e na língua portuguesa. A previsão do uso da arbitragem na lei federal das PPPs oferece maior garantia ao investidor privado, nacional ou estrangeiro, que costuma atribuir à morosidade do Poder Judiciário um fator adicional de risco do negócio. Com o uso da arbitragem, ao surgirem conflitos entre o Estado e o investidor privado, poderão ambos eleger árbitros de sua confiança que sejam especialistas na matéria objeto do projeto de parceria, conferindo especialidade ao julgamento, o que não é possível na solução judicial dos conflitos. Ademais, com a Reforma do Judiciário (Emenda Constitucional nº 45) resolveu-se a controvérsia a respeito da possibilidade dos órgãos e das empresas ligados ao Poder

16 Público submeterem-se à arbitragem (sempre que se estiver diante de atos de jure gestione, ou seja, quando o Estado pratica atos de natureza privada permanecendo em pé de igualdade com os particulares contratantes). Com efeito, a restrição ao uso da arbitragem no setor público presente na Proposta de Emenda Constitucional nº 29 (PEC 29) foi suprimida na votação final do Senado, podendo-se dizer que, com isso, acabou-se por constitucionalizar o uso da arbitragem, tanto na esfera privada quanto na pública 11. Nas palavras de Selma Ferreira Lemes 12, a presença da arbitragem na Constituição é fruto do amadurecimento da sociedade 13.

17 RBAr Nº 9 Jan-Mar/2006 DOUTRINA NACIONAL 39 Outro fator que permite considerar o cenário favorável para o uso da arbitragem no Brasil é o posicionamento do Poder Judiciário, expresso por meio da jurisprudência que tem referendado o juízo arbitral no País. A importância do apoio do Poder Judiciário ao desenvolvimento da arbitragem foi tema do IV Congresso do Comitê Brasileiro de Arbitragem, realizado em setembro passado na cidade de Curitiba. Nessa ocasião, em palestra proferia por Eduardo Grebler 14, foi apresentada uma pesquisa realizada pelo especialista sobre o controle judicial da sentença arbitral pelos tribunais de apelação brasileiros, em que se constatou, efetivamente, que os tribunais tendem a preservar as decisões arbitrais proferidas no Brasil. Conforme a pesquisa realizada com base na jurisprudência disponibilizada nos sites dos tribunais de segunda instância, dos tribunais regionais federais e do Superior Tribunal de Justiça, no período de 1998 a 2004 das quatorze decisões arbitrais submetidas ao controle estatal apenas uma foi anulada 15. A consolidação do uso da arbitragem no Brasil coloca o País em situação favorável à atração de novos investimentos e ao conseqüente e tão desejado desenvolvimento econômico, por transmitir maior segurança jurídica aos contratantes, especialmente aos investidores privados. A partir dessa demonstração prática dos reais benefícios verificados pelas empresas norte-americanas usuárias das ADRs e do atual cenário positivo do ordenamento jurídico brasileiro em relação ao juízo arbitral, espera-se que os agentes econômicos e advogados nacionais sintam-se mais encorajados a realizar a quebra de paradigmas e a evolução cultural necessária à consolidação do uso da arbitragem e de outras formas extrajudiciais de solução de conflitos no Brasil.

ASPECTOS GERAIS DA ARBITRAGEM

ASPECTOS GERAIS DA ARBITRAGEM ASPECTOS GERAIS DA ARBITRAGEM Flávia Bittar Neves 1 A arbitragem é uma instituição que tem servido à humanidade, encontrando antecedentes em Roma e na Grécia antigas, constando do ordenamento jurídico

Leia mais

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA

ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA ACORDO PARA A PROMOÇÃO E A PROTEÇÃO RECÍPROCA DE INVESTIMENTOS ENTRE O GOVERNO DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O GOVERNO DA REPÚBLICA DA CORÉIA O Governo da República Federativa do Brasil e o Governo

Leia mais

Relatório de Pesquisa. Março 2013

Relatório de Pesquisa. Março 2013 Relatório de Pesquisa SONDAGEM CONJUNTURAL DO VAREJO BRASILEIRO Março 2013 SONDAGEM CONJUNTURAL DO VAREJO BRASILEIRO Pesquisa realizada pela CNDL e SPC Brasil. Foram ouvidos em todo o país 615 varejistas.

Leia mais

A criação de um novo Código de Processo Civil e a busca pela celeridade e efetividade na prestação da justiça

A criação de um novo Código de Processo Civil e a busca pela celeridade e efetividade na prestação da justiça A criação de um novo Código de Processo Civil e a busca pela celeridade e efetividade na prestação da justiça Thalisson de Albuquerque Campos* O Presidente do Senado Federal José Sarney instituiu, através

Leia mais

ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB.

ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB. ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL Resumo Executivo PARA BAIXAR A AVALIAÇÃO COMPLETA: WWW.IADB.ORG/EVALUATION ANÁLISE DOS RESULTADOS DOS PROGRAMAS DE APOIO ÀS PMEs NO BRASIL

Leia mais

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004

Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Resultados da Pesquisa IDIS de Investimento Social na Comunidade 2004 Por Zilda Knoploch, presidente da Enfoque Pesquisa de Marketing Este material foi elaborado pela Enfoque Pesquisa de Marketing, empresa

Leia mais

Planejamento do CBN 2008. Política Nacional de Normalização. Processo de produção de normas. Antecedentes. Objetivo. Propor a

Planejamento do CBN 2008. Política Nacional de Normalização. Processo de produção de normas. Antecedentes. Objetivo. Propor a Objetivo Planejamento do CBN 2008 Propor a Política Nacional de Normalização. Processo de produção de normas Antecedentes Normas nacionais devem ser: necessárias e demandadas utilizadas acordadas o mais

Leia mais

Breve Nota sobre o Desafio da Gestão de Pessoas no Poder Judiciário

Breve Nota sobre o Desafio da Gestão de Pessoas no Poder Judiciário Breve Nota sobre o Desafio da Gestão de Pessoas no Poder Judiciário Agostinho Teixeira de Almeida Filho Desembargador do TJ/RJ. Mestre em Poder Judiciário pela Fundação Getúlio Vargas-RJ. O direito administrativo

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO

CÓDIGO DE ÉTICA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO CÓDIGO DE ÉTICA DA AGÊNCIA DE FOMENTO DE GOIÁS S/A GOIÁSFOMENTO 0 ÍNDICE 1 - INTRODUÇÃO... 2 2 - ABRANGÊNCIA... 2 3 - PRINCÍPIOS GERAIS... 2 4 - INTEGRIDADE PROFISSIONAL E PESSOAL... 3 5 - RELAÇÕES COM

Leia mais

Pesquisa de opinião Profissional de comunicação e sustentabilidade

Pesquisa de opinião Profissional de comunicação e sustentabilidade Pesquisa de opinião Profissional de comunicação e sustentabilidade O Instituto ABERJE de Pesquisas (DATABERJE) realizou uma pesquisa de opinião sobre sustentabilidade com mulheres da área de comunicação,

Leia mais

Inovação aberta na indústria de software: Avaliação do perfil de inovação de empresas

Inovação aberta na indústria de software: Avaliação do perfil de inovação de empresas : Avaliação do perfil de inovação de empresas Prof. Paulo Henrique S. Bermejo, Dr. Prof. André Luiz Zambalde, Dr. Adriano Olímpio Tonelli, MSc. Pamela A. Santos Priscila Rosa LabGTI Laboratório de Governança

Leia mais

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil

A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil A Influência da Crise Econômica Global no Setor Florestal do Brasil 1. INTRODUÇÃO Ivan Tomaselli e Sofia Hirakuri (1) A crise financeira e econômica mundial de 28 e 29 foi principalmente um resultado da

Leia mais

Percepção do setor: O que está provocando as ações a respeito das mudanças climáticas nas maiores companhias do mundo?

Percepção do setor: O que está provocando as ações a respeito das mudanças climáticas nas maiores companhias do mundo? Percepção do setor: O que está provocando as ações a respeito das mudanças climáticas nas maiores companhias do mundo? As empresas enfrentam cada vez mais riscos climáticos e choques políticos. Como as

Leia mais

ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR

ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR ANEXO 1 PROJETO BÁSICO PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO PARA O DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E ORGANIZACIONAL DE ENTIDADES CIVIS DE DEFESA DO CONSUMIDOR I - OBJETIVO GERAL Realização de Módulos do programa de capacitação

Leia mais

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE

LISTA DE VERIFICAÇAO DO SISTEMA DE GESTAO DA QUALIDADE Questionamento a alta direção: 1. Quais os objetivos e metas da organização? 2. quais os principais Produtos e/ou serviços da organização? 3. Qual o escopo da certificação? 4. qual é a Visão e Missão?

Leia mais

Connections with Leading Thinkers

Connections with Leading Thinkers Instituto de Alta Performance Connections with Leading Thinkers A economista Fernanda de Negri discute os méritos e deficiências das políticas de inovação brasileiras. Fernanda De Negri é diretora de Estudos

Leia mais

Monteiro, Guimarães e Artese é um Escritório de Advocacia composto de profissionais capacitados para atuar nas mais diversas áreas do Direito. Instalado na capital do Estado de São Paulo, o Escritório

Leia mais

Programa de Compliance

Programa de Compliance Programa de Compliance O que é compliance? Origem: to comply, tradução aproximada: conformidade Em poucas palavras significa observar determinadas normas ou comportar-se de forma a não perturbar a ordem

Leia mais

3 Qualidade de Software

3 Qualidade de Software 3 Qualidade de Software Este capítulo tem como objetivo esclarecer conceitos relacionados à qualidade de software; conceitos estes muito importantes para o entendimento do presente trabalho, cujo objetivo

Leia mais

NOTA DA SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL - Perguntas e Respostas sobre o processo de concessão Viernes 30 de Septiembre de 2011 17:32

NOTA DA SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL - Perguntas e Respostas sobre o processo de concessão Viernes 30 de Septiembre de 2011 17:32 There are no translations available. PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA SECRETARIA DE AVIAÇÃO CIVIL Perguntas e Respostas sobre o processo de concessão A concessão Por que o governo resolveu fazer a concessão? Nos

Leia mais

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente

Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Política monetária e senhoriagem: depósitos compulsórios na economia brasileira recente Roberto Meurer * RESUMO - Neste artigo se analisa a utilização dos depósitos compulsórios sobre depósitos à vista

Leia mais

Desempenho de Operações. EAD 0763 Aula 2 Livro Texto Cap.2 Leonardo Gomes

Desempenho de Operações. EAD 0763 Aula 2 Livro Texto Cap.2 Leonardo Gomes Desempenho de Operações EAD 0763 Aula 2 Livro Texto Cap.2 Leonardo Gomes Agenda da aula 1 Desempenho de operações 2 Estudo de caso Capítulo 2- Desempenho de Operações Desempenho de operações Como avaliar

Leia mais

PROTOCOLO SOBRE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DE INVESTIMENTOS PROVENIENTES DE ESTADOS NÃO PARTES DO MERCOSUL

PROTOCOLO SOBRE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DE INVESTIMENTOS PROVENIENTES DE ESTADOS NÃO PARTES DO MERCOSUL MERCOSUL\CMC\DEC Nº 11/94 PROTOCOLO SOBRE PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DE INVESTIMENTOS PROVENIENTES DE ESTADOS NÃO PARTES DO MERCOSUL TENDO EM VISTA: O Art.10 do Tratado de Assunção, a Resolução Nº 39/94 do Grupo

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA DA HABITÁGUA

CÓDIGO DE ÉTICA DA HABITÁGUA CÓDIGO DE ÉTICA DA HABITÁGUA ÍNDICE PREÂMBULO... 3 CÓDIGO DE ÉTICA... 5 Secção I: PARTE GERAL............................................... 6 Secção II: PRINCÍPIOS... 8 Secção III: DEVERES CORPORATIVOS...

Leia mais

Regulação em Projetos Transnacionais de Infraestrutura Aspectos Econômicos. Arthur Barrionuevo FGV - Escolas de Administração e Direito

Regulação em Projetos Transnacionais de Infraestrutura Aspectos Econômicos. Arthur Barrionuevo FGV - Escolas de Administração e Direito Regulação em Projetos Transnacionais de Infraestrutura Aspectos Econômicos Arthur Barrionuevo FGV - Escolas de Administração e Direito Introdução Infraestrutura Características da Infraestrutura Projetos

Leia mais

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA Como é sabido existe um consenso de que é necessário imprimir qualidade nas ações realizadas pela administração pública. Para alcançar esse objetivo, pressupõe-se

Leia mais

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009 Alexandre A. Tombini Diretor de Normas e Organização do Sistema

Leia mais

ADMINISTRADOR LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES

ADMINISTRADOR LEIA ATENTAMENTE AS INSTRUÇÕES MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE GOIÁS PRÓ-REITORIA DE DESENVOLVIMENTO INSTITUCIONAL E RECURSOS HUMANOS CONCURSO PÚBLICO PARA PROVIMENTO DOS CARGOS DO QUADRO DE PESSOAL TÉCNICO-ADMINISTRATIVO

Leia mais

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP Planejamento - 7 Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos 1 O que é risco? Evento que representa uma ameaça ou uma oportunidade em potencial Plano de gerenciamento do risco Especifica

Leia mais

Uma conceituação estratégica de "Terceiro Setor"

Uma conceituação estratégica de Terceiro Setor Uma conceituação estratégica de "Terceiro Setor" Antonio Luiz de Paula e Silva Qual é a tarefa das organizações do chamado "Terceiro Setor"? O "Terceiro Setor" está cumprindo seu papel? Que tipo de perguntas

Leia mais

Análise econômica e suporte para as decisões empresariais

Análise econômica e suporte para as decisões empresariais Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais Número 01/2008 Cenário Moveleiro Número 01/2008 1 Cenário Moveleiro Análise econômica e suporte para as decisões empresariais

Leia mais

RESPONSABILIDADE CIVIL. VEÍCULO SOB A GUARDA DO EMPREGADOR EM SEU ESTACIONAMENTO.

RESPONSABILIDADE CIVIL. VEÍCULO SOB A GUARDA DO EMPREGADOR EM SEU ESTACIONAMENTO. RESPONSABILIDADE CIVIL. VEÍCULO SOB A GUARDA DO EMPREGADOR EM SEU ESTACIONAMENTO. Primeiramente, vale ressaltar, que muito tem se discutido acerca da responsabilidade civil de quem mantém estacionamento

Leia mais

ANEXO I MATRIZ DE INDICADORES E METAS

ANEXO I MATRIZ DE INDICADORES E METAS ANEXO I MATRIZ DE INDICADORES E S 31 MATRIZ DE INDICADORES e S Indicador 1 - Visão Visão: Ser reconhecido como um dos 10 Regionais mais céleres e eficientes na prestação jurisdicional, sendo considerado

Leia mais

Título do Case: Diversidades que renovam, transformando novas realidades

Título do Case: Diversidades que renovam, transformando novas realidades Título do Case: Diversidades que renovam, transformando novas realidades Categoria: Práticas Internas. Temática: Pessoas. Resumo: A motivação dos funcionários é importante para incentivar o trabalho e

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo. Apelação nº 0198645-79.2011.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 4/9. fls. 4

TRIBUNAL DE JUSTIÇA PODER JUDICIÁRIO São Paulo. Apelação nº 0198645-79.2011.8.26.0100 - São Paulo - VOTO Nº 4/9. fls. 4 fls. 4 da cláusula porque realizado somente por ocasião da apelação, No recurso a autora passou a dizer que o pedido de indenização por danos morais é motivado pela privação da coisa, enquanto na inicial

Leia mais

Consultoria tributária

Consultoria tributária Direito Tributário Cientes das complexidades trazidas pela legislação tributária nacional e diante da necessidade trazida por seus clientes, o Vernalha Guimarães & Pereira Advogados Associados (VG&P) estruturou

Leia mais

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS

COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS COMISSÃO DE DIREITOS HUMANOS E MINORIAS PROJETO DE LEI N o 844, DE 2011 Dá nova redação aos art. 33, 34 e 35 da Lei nº 9.474, de 1997, que Define mecanismos para a implementação do Estatuto dos Refugiados

Leia mais

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos,

Economia. Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Economia Comércio Internacional Taxa de Câmbio, Mercado de Divisas e Balança de Pagamentos, Comércio Internacional Objetivos Apresentar o papel da taxa de câmbio na alteração da economia. Iniciar nas noções

Leia mais

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui

CURSO. Master in Business Economics 1. vire aqui CURSO MASTER In Business Economics Master in Business Economics 1 vire aqui DISCIPLINAs O aluno poderá solicitar a dispensa das disciplinas básicas: Matemática Básica, Estatística Aplicada e Contabilidade.

Leia mais

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas

número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas número 3 maio de 2005 A Valorização do Real e as Negociações Coletivas A valorização do real e as negociações coletivas As negociações coletivas em empresas ou setores fortemente vinculados ao mercado

Leia mais

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010

Concurso Público para Cargos Técnico-Administrativos em Educação UNIFEI 13/06/2010 Questão 21 Conhecimentos Específicos - Auditor No que diz respeito às Demonstrações Contábeis Aplicadas ao Setor Público, a Demonstração Contábil cuja apresentação é obrigatória apenas pelas empresas estatais

Leia mais

Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos.

Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos. Módulo 9 A Avaliação de Desempenho faz parte do subsistema de aplicação de recursos humanos. 9.1 Explicações iniciais A avaliação é algo que faz parte de nossas vidas, mesmo antes de nascermos, se não

Leia mais

O QUE É ATIVO INTANGÍVEL?

O QUE É ATIVO INTANGÍVEL? O QUE É ATIVO INTANGÍVEL?! Quais as características do Ativo Intangível?! O problema da mensuração dos Ativos Intangíveis.! O problema da duração dos Ativos Intangíveis. Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br)

Leia mais

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA COMPRAS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMPRADORES E FORNECEDORES FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIFESP

MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA COMPRAS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMPRADORES E FORNECEDORES FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIFESP MANUAL DE NORMAS E PROCEDIMENTOS PARA COMPRAS E CONTRATAÇÃO DE SERVIÇOS COMPRADORES E FORNECEDORES FUNDAÇÃO DE APOIO À UNIFESP 2015 ÍNDICE 1. Introdução... 2 2. Dos Objetivos Específicos... 2 3. Dos Envolvidos

Leia mais

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil

Apresentação. Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil Apresentação Cultura, Poder e Decisão na Empresa Familiar no Brasil 2 No Brasil, no final da década de 1990, as questões colocadas pela globalização, tais como o desemprego, a falta de qualificação de

Leia mais

4. Pronunciamento Técnico CPC 05 Divulgação de Partes Relacionadas

4. Pronunciamento Técnico CPC 05 Divulgação de Partes Relacionadas TÍTULO : PLANO CONTÁBIL DAS INSTITUIÇÕES DO SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL - COSIF 1 4. Pronunciamento Técnico CPC 05 Divulgação de Partes Relacionadas 1. Aplicação 1 - As instituições financeiras, as demais

Leia mais

R E S O L U Ç Ã O. Artigo 2º - O currículo, ora alterado, será implantado no início do ano letivo de 2001, para os matriculados na 5ª série.

R E S O L U Ç Ã O. Artigo 2º - O currículo, ora alterado, será implantado no início do ano letivo de 2001, para os matriculados na 5ª série. RESOLUÇÃO CONSEPE 54/00 ALTERA O CURRÍCULO DO CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS, REGIME SERIADO ANUAL, TURNO NOTURNO, DO CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS, JURÍDICAS E ADMINISTRATIVAS, DO CÂMPUS DE BRAGANÇA PAULISTA.

Leia mais

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza

LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza LOGÍSTICA Professor: Dr. Edwin B. Mitacc Meza edwin@engenharia-puro.com.br www.engenharia-puro.com.br/edwin Introdução A A logística sempre existiu e está presente no dia a dia de todos nós, nas mais diversas

Leia mais

Divisão de Atos Internacionais

Divisão de Atos Internacionais Divisão de Atos Internacionais Âmbito de AplicaçãoConvenção Interamericana Sobre Obrigação Alimentar (Adotada no Plenário da Quarta Conferência Especializada Interamericana sobre Direito Internacional

Leia mais

Porque estudar Gestão de Projetos?

Porque estudar Gestão de Projetos? Versão 2000 - Última Revisão 07/08/2006 Porque estudar Gestão de Projetos? Segundo o Standish Group, entidade americana de consultoria empresarial, através de um estudo chamado "Chaos Report", para projetos

Leia mais

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE

POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE POLÍTICA NACIONAL DO MEIO AMBIENTE Com a edição da Lei nº 6.938/81 o país passou a ter formalmente uma Política Nacional do Meio Ambiente, uma espécie de marco legal para todas as políticas públicas de

Leia mais

A influência da Tecnologia da Informação e Telecomunicação na Contabilidade - A Era do Contador Digital

A influência da Tecnologia da Informação e Telecomunicação na Contabilidade - A Era do Contador Digital A influência da Tecnologia da Informação e Telecomunicação na Contabilidade - A Era do Contador Digital Núcleo Interdisciplinar de Estudos Independentes Brayan Christian B. de Oliveira Abril 2012 Introdução

Leia mais

5 CONCLUSÃO. 5.1. Resumo

5 CONCLUSÃO. 5.1. Resumo 70 5 CONCLUSÃO 5.1. Resumo Conforme visto no capítulo anterior, por meio das análises dos resultados da pesquisa de campo, realizadas no software SPSS 17.0 versão Windows, foram obtidas as funções de utilidade;

Leia mais

DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE) Bom-dia, Excelentíssimo. Senhor Ministro-Presidente, bom-dia aos demais integrantes

DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE) Bom-dia, Excelentíssimo. Senhor Ministro-Presidente, bom-dia aos demais integrantes O SR. FRANCISCO BATISTA JÚNIOR (PRESIDENTE DO CONSELHO NACIONAL DE SAÚDE) Bom-dia, Excelentíssimo Senhor Ministro-Presidente, bom-dia aos demais integrantes da nossa Mesa que, neste momento, estão dividindo

Leia mais

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3;

Gráfico 1 Jovens matriculados no ProJovem Urbano - Edição 2012. Fatia 3; COMO ESTUDAR SE NÃO TENHO COM QUEM DEIXAR MEUS FILHOS? UM ESTUDO SOBRE AS SALAS DE ACOLHIMENTO DO PROJOVEM URBANO Rosilaine Gonçalves da Fonseca Ferreira UNIRIO Direcionado ao atendimento de parcela significativa

Leia mais

São Paulo Rio de Janeiro Brasília Curitiba Porto Alegre Recife Belo Horizonte. Londres Lisboa Shanghai Miami Buenos Aires

São Paulo Rio de Janeiro Brasília Curitiba Porto Alegre Recife Belo Horizonte. Londres Lisboa Shanghai Miami Buenos Aires São Paulo Rio de Janeiro Brasília Curitiba Porto Alegre Recife Belo Horizonte Londres Lisboa Shanghai Miami Buenos Aires A Recuperação de Empresas e a Falência no Brasil Mirella da Costa Andreola Diretora

Leia mais

www.santanabertolami.com.br

www.santanabertolami.com.br www.santanabertolami.com.br Apresentação O Escritório tem como objetivo prestar serviços jurídicos de alto nível a clientes nacionais e estrangeiros. Fundado em 2005, o Escritório busca a combinação equilibrada

Leia mais

DESEMBARGADOR SÉRGIO ANTÔNIO DE RESENDE PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS

DESEMBARGADOR SÉRGIO ANTÔNIO DE RESENDE PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS DISCURSO DESEMBARGADOR SÉRGIO ANTÔNIO DE RESENDE PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DE MINAS GERAIS ABERTURA DO 79º ENCONTRO NACIONAL DO COLÉGIO PERMANENTE DE PRESIDENTES DE TRIBUNAIS DE JUSTIÇA DO BRASIL

Leia mais

1. O Contexto do SBTVD

1. O Contexto do SBTVD CT 020/06 Rio de Janeiro, 27 de janeiro de 2006 Excelentíssimo Senhor Ministro Hélio Costa MD Ministro de Estado das Comunicações Referência: Considerações sobre o Sistema Brasileiro de Televisão Digital

Leia mais

FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013

FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013 FORMAÇÃO DE JOGADORES NO FUTEBOL BRASILEIRO PRECISAMOS MELHORAR O PROCESSO? OUTUBRO / 2013 Recentemente, escrevi uma crônica cujo texto apresentava algumas possíveis causas para que o processo de formação

Leia mais

NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES

NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES NOTA CEMEC 07/2015 FATORES DA DECISÃO DE INVESTIR DAS EMPRESAS NÃO FINANCEIRAS UM MODELO SIMPLES Setembro de 2015 O CEMEC não se responsabiliza pelo uso dessas informações para tomada de decisões de compra

Leia mais

Investimentos de Family Office

Investimentos de Family Office http://www.switzerland-family-office.com/br/servicos-do-family-office/investimentos/ Investimentos de Family Office Embora seja simplificar demais dizer que a atividade principal de um family office seja

Leia mais

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT 2014

AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT 2014 AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT Março 2015 AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES CANAL INERNET AT AVALIAÇÃO DA SATISFAÇÃO DOS UTILIZADORES DO CANAL INTERNET AT Autoridade

Leia mais

Política de Associação

Política de Associação Política de Associação Constam a seguir as orientações e os termos que definem a relação entre os associados e a Rede Brasileira de Monitoramento e Avaliação. 1. Informações Gerais A Rede Brasileira de

Leia mais

CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA

CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA CAPÍTULO 25 COERÊNCIA REGULATÓRIA Artigo 25.1: Definições Para efeito deste Capítulo: medida regulatória coberta significa a medida regulatória determinada por cada Parte a ser objeto deste Capítulo nos

Leia mais

7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas

7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas 7 perguntas para fazer a qualquer fornecedor de automação de força de vendas 1. O fornecedor é totalmente focado no desenvolvimento de soluções móveis? Por que devo perguntar isso? Buscando diversificar

Leia mais

www.fundep.br/programacaptar, juntamente com este regulamento.

www.fundep.br/programacaptar, juntamente com este regulamento. PROGRAMA DE CAPTAÇÃO DE RECURSOS FUNDEP REGULAMENTO PARA CADASTRAMENTO DE PROJETOS UFMG A Fundep//Gerência de Articulação de Parcerias convida a comunidade acadêmica da UFMG a cadastrar propostas de acordo

Leia mais

SUPERINTENDÊNCIA DE SUPRIMENTO DE MATERIAL E SERVIÇOS GSS CÓDIGO DE RELACIONAMENTO COM OS FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS

SUPERINTENDÊNCIA DE SUPRIMENTO DE MATERIAL E SERVIÇOS GSS CÓDIGO DE RELACIONAMENTO COM OS FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS CÓDIGO DE RELACIONAMENTO COM OS FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS ELETRONORTE SUPERINTENDÊNCIA DE SUPRIMENTO DE MATERIAL E SERVIÇOS GSS CÓDIGO DE RELACIONAMENTO COM OS FORNECEDORES DE BENS E SERVIÇOS 1 2

Leia mais

Sumário Executivo de Medida Provisória

Sumário Executivo de Medida Provisória Sumário Executivo de Medida Provisória Medida Provisória nº 701, de 2015. Publicação: D.O.U. de 9 de dezembro de 2015. Ementa: Altera a Lei nº 6.704, de 26 de outubro de 1979, para dispor sobre o Seguro

Leia mais

1ª edição / 2013 CARTA DE HEREDIA 10 ANOS

1ª edição / 2013 CARTA DE HEREDIA 10 ANOS 1ª edição / 2013 CARTA DE HEREDIA 10 ANOS Associação Teixeira de Freitas Carta de Heredia. 10 anos A ASSOCIAÇÃO TEIXEIRA DE FREITAS, que congrega os ex-alunos da Faculdade de Direito da Universidade Federal

Leia mais

Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo

Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo Estratégias adotadas pelas empresas para motivar seus funcionários e suas conseqüências no ambiente produtivo Camila Lopes Ferreir a (UTFPR) camila@pg.cefetpr.br Dr. Luiz Alberto Pilatti (UTFPR) lapilatti@pg.cefetpr.br

Leia mais

Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1

Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1 Produtividade no Brasil: desempenho e determinantes 1 Fernanda De Negri Luiz Ricardo Cavalcante No período entre o início da década de 2000 e a eclosão da crise financeira internacional, em 2008, o Brasil

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO INTRODUÇÃO

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA DO TRABALHO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA 8ª REGIÃO INTRODUÇÃO Assegurar o acesso à justiça, de forma efetiva, na composição dos conflitos decorrentes das relações de trabalho. Missão Institucional do TRT da 8ª Região. INTRODUÇÃO Prática adotada pelo Tribunal Regional

Leia mais

ACORDO ECONÔMICO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O REINO DA ESPANHA, INTEGRANTE DO TRATADO GERAL DE COOPERAÇÃO E AMIZADE BRASIL-ESPANHA

ACORDO ECONÔMICO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O REINO DA ESPANHA, INTEGRANTE DO TRATADO GERAL DE COOPERAÇÃO E AMIZADE BRASIL-ESPANHA ACORDO ECONÔMICO ENTRE A REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL E O REINO DA ESPANHA, INTEGRANTE DO TRATADO GERAL DE COOPERAÇÃO E AMIZADE BRASIL-ESPANHA A República Federativa do Brasil e O Reino da Espanha, (doravante

Leia mais

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA

REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA REGULAMENTO DO NÚCLEO DE PRÁTICA JURÍDICA CAPÍTULO I DA FINALIDADE Art. 1º. O Núcleo de Prática Jurídica do Curso de Direito da Faculdade Dom Bosco de Porto Alegre, tem por finalidade promover e coordenar

Leia mais

P&D Marketing/Vendas Produção Financeiro/Controladoria RH e área Corporativa Outros

P&D Marketing/Vendas Produção Financeiro/Controladoria RH e área Corporativa Outros Favor indicar sua função na empresa: 37% 23% N=30 7% 13% 7% 13% P&D Marketing/Vendas Produção Financeiro/Controladoria RH e área Corporativa Outros Outros: Agrônomo Agrícola Gestão da Qualidade e Meio

Leia mais

NORMA ISO 14004. Sistemas de Gestão Ambiental, Diretrizes Gerais, Princípios, Sistema e Técnicas de Apoio

NORMA ISO 14004. Sistemas de Gestão Ambiental, Diretrizes Gerais, Princípios, Sistema e Técnicas de Apoio Página 1 NORMA ISO 14004 Sistemas de Gestão Ambiental, Diretrizes Gerais, Princípios, Sistema e Técnicas de Apoio (votação 10/02/96. Rev.1) 0. INTRODUÇÃO 0.1 Resumo geral 0.2 Benefícios de se ter um Sistema

Leia mais

Brasil e Alemanha: Cooperação e Desenvolvimento

Brasil e Alemanha: Cooperação e Desenvolvimento Brasil e : Cooperação e Análise Jéssica Silva Fernandes 01 de Julho de 2010 Brasil e : Cooperação e Análise Jéssica Silva Fernandes 01 de Julho de 2010 e Brasil vivem atualmente uma relação bilateral em

Leia mais

Sumário. 14.1 Case 1 Exportação...69 14.2 Case 2 Importação...75

Sumário. 14.1 Case 1 Exportação...69 14.2 Case 2 Importação...75 Sumário Prefácio...IX Apresentação...XI Capítulo 1 O Comércio internacional no pós-guerra...1 Capítulo 2 O Departamento de comércio exterior...5 Capítulo 3 Métodos de comércio exterior...7 Capítulo 4 Agentes

Leia mais

Metadados. 1. Introdução. 2. O que são Metadados? 3. O Valor dos Metadados

Metadados. 1. Introdução. 2. O que são Metadados? 3. O Valor dos Metadados 1. Introdução O governo é um dos maiores detentores de recursos da informação. Consequentemente, tem sido o responsável por assegurar que tais recursos estejam agregando valor para os cidadãos, as empresas,

Leia mais

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Dezembro 2013

Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Dezembro 2013 Texto para Coluna do NRE-POLI na Revista Construção e Mercado Pini Dezembro 2013 PROPOSTA DE ESTRUTURA PARA O GERENCIAMENTO DE PROJETOS DE REVITALIZAÇÃO URBANA Núcleo de Real Estate, Mestrado, Mariana

Leia mais

CÓDIGO DE ÉTICA. Capítulo I - Princípios gerais. Seção I - Conceitos

CÓDIGO DE ÉTICA. Capítulo I - Princípios gerais. Seção I - Conceitos CÓDIGO DE ÉTICA Capítulo I - Princípios gerais Seção I - Conceitos Art. 1º - Este Código compreende normas de conduta e normas técnicas de caráter obrigatório para as empresas de alimentação, associadas

Leia mais

DECLARAÇÃO DO INVESTIDOR

DECLARAÇÃO DO INVESTIDOR DECLARAÇÃO DO INVESTIDOR Eu, [nome completo do adquirente], [qualificação completa, incluindo nacionalidade, profissão e número de documento de identidade oficial e endereço], na qualidade de investidor

Leia mais

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago. 2003 117 GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo* Como deve ser estruturada a política social de um país? A resposta a essa pergunta independe do grau de desenvolvimento do país, da porcentagem

Leia mais