Influência do envelhecimento térmico de longo prazo em baixas temperaturas sobre as propriedades de corrosão do aço inoxidável duplex 2205

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1 Influência do envelhecimento térmico de longo prazo em baixas temperaturas sobre as propriedades de corrosão do aço inoxidável duplex 2205 Influence of long-term low-temperature aging on the corrosion properties of duplex stainless steel Carlos Alberto Della Rovere* (1), Fabrício Simão dos Santos (1), Rodrigo da Silva (1), Sebastião Elias Kuri (1) (1) Departamento de Engenharia de Materiais, Universidade Federal de São Carlos Rodovia Washington Luis, Km São Carlos, SP, Brazil Resumo A influência do envelhecimento térmico de longo prazo (até 7000 h) a 300 e 400 C sobre as propriedades mecânicas e de corrosão do aço inoxidável duplex 2205 foi investigada através de análises de microscopia de força atômica após ataque eletrolítico, ensaios eletroquímicos de reativação potenciocinética de ciclo duplo (DL-EPR) e medidas de microdureza. Foi observado que a corrosão seletiva entre as fases ferrítica e austenítica se reverte com o envelhecimento térmico a 400 C. Os resultados dos ensaios de DL-EPR indicaram que o grau de empobrecimento de Cr (I r /I a ) aumenta substancialmente com o aumento do tempo de envelhecimento em 400 C e o processo de recuperação de zonas empobrecidas em Cr (healing) não foi observado mesmo depois de 7000 h de envelhecimento. A dureza da ferrita aumenta substancialmente durante o envelhecimento a 400 ºC devido à precipitação de fases terciárias, mas isso não ocorre a 300 ºC por até 7000 h. Observou-se uma boa correlação entre os resultados eletroquímicos e as medidas de dureza. Palavras-chave: aço inoxidável; envelhecimento térmico; decomposição espinodal; corrosão seletiva; DL-EPR Abstract An investigation was made of the influence of long-term aging (up to 7000 h) at low temperatures (300 and 400 C) on the corrosion and mechanical properties of a 2205 duplex stainless steel (DSS), based on atomic force microscopy analysis after electrolytic etching, modified double loop electrochemical potentiokinetic reactivation (DL-EPR) tests and microhardness tests. The selective corrosion behavior of austenite and ferrite phases was found to reverse in response to aging treatment at 400 C for 7000 h. The degree of Cr depletion (I r /I a ) increased considerably with the increase in aging time at 400 C and no self-healing process was observed even after aging for 7000 h. A significant hardening of ferrite phase occurs with aging times at 400ºC due to tertiary phase precipitation, but this does not occur at 300 C for up 7000 h. A good correlation was observed between the electrochemical results and the microhardness of ferrite phase. Keywords: stainless steel; thermal aging; spinodal decomposition; selective corrosion; DL-EPR

2 1.Introdução Os aços inoxidáveis duplex são amplamente utilizados como material estrutural nas indústrias química, petroquímica, de alimentos e de geração de energia por causa da interessante combinação de excelentes propriedades mecânicas e alta resistência à corrosão (intergranular, sob tensão e à corrosão-fadiga). Além disso, a resistência à corrosão localizada destas ligas é superior a dos aços inoxidáveis austeníticos 316L e 317L em quase todos os meios corrosivos e sua resistência mecânica é pelo menos duas vezes maior do que a da grade austenítica, permitindo menor espessura de parede, peso e custos [Sedriks, 1996; Olsson, 2007]. A alta resistência à corrosão dos aços inoxidáveis duplex é proveniente do seu elevado teor de Cr associado à adições substanciais de Mo e N, que aumentam a estabilidade do seu filme passivo e têm um efeito benéfico sobre a resistência à corrosão localizada, especialmente na corrosão por pites e frestas em ambientes industriais e marinhos. Além disso, é sabido que os aços inoxidáveis duplex exibem propriedades ótimas quando sua microestrutura é composta de quantidades aproximadamente iguais de ferrita (α) e austenita (γ) e não há outras fases terciárias presentes [Olsson, 1995; Muthupandia, 2003]. Entretanto, quando os aços inoxidáveis dúplex são submetidos à faixa de temperatura de ºC, ficam sujeitos à precipitação de diversas fases, tais como carbonetos e nitretos de Cr, fases intermetálicas (i.e., fase sigma (σ) e chi (χ)) e a fase rica em Cr, denotada por α. A precipitação destas fases terciárias pode ocorrer durante processos de soldagem, tratamentos termomecânicos ou em condições de serviço, prejudicando seriamente as propriedades mecânicas e a resistência à corrosão dos aços inoxidáveis duplex [Sedriks, 1996; Olsson, 2007]. Existem muitas investigações já publicadas sobre os efeitos da precipitação de fase em temperaturas elevadas sobre as propriedades mecânicas e de corrosão dos aços inoxidáveis duplex [Magnobosco, 2005; Deng, 2009]. Entretanto, pouca informação está disponível sobre o efeito do envelhecimento térmico em baixas temperaturas ( ºC), particularmente na resistência à corrosão destes aços. Além disso, os poucos trabalhos disponíveis na literatura estão relacionados com envelhecimento térmico relativamente curto (<1000 h) [Iacoviello, 2005; Park, 2002; Tavares, 2005]. Contudo, as alterações microestruturais nos aços inoxidáveis duplex sofrendo decomposição espinodal continuam a se desenvolver mesmo depois de milhares de horas de envelhecimento [Pareige, 2011]. O efeito prejudicial do tratamento de envelhecimento em longo prazo nesta faixa de temperatura (i.e., 400 ºC) sobre a resistência à corrosão dos aços inoxidáveis duplex é atribuído principalmente à decomposição espinodal da fase ferrita em uma fase rica em Fe ( ) e outra rica em cromo ( ), e/ou à precipitação da fase G, que é rica em Ni, Mo, Mn e Si [Auger, 1990; Iacoviello, 2005; Park, 2002; Tavares, 2005]. A formação destas partículas nanométricas enriquecidas em Cr dentro dos grãos de ferrita leva ao empobrecimento de Cr na matriz adjacente e afeta negativamente a resistência à corrosão dos aços inoxidáveis duplex. Auger e colaboradores [Auger, 1990] estudaram a variação da concentração de Cr na fase ferrítica decomposta espinodalmente de um aço inoxidável duplex fundido por meio de microscopia de campo iônico e sonda atômica (atom probe and field ion microscopy APFIM) e observaram concentrações de Cr tão altas quanto 60 65% na fase α' de amostras envelhecidas a 400 ºC por h. Além disso, estas reações de precipitação promovem endurecimento e fragilização da fase ferrítica presente no aço inoxidável duplex [Weng, 2004]. Outro ponto de grande interesse tecnológico, que ainda não está claro, é a ocorrência da recuperação das zonas empobrecidas em Cr (healing) no envelhecimento em baixas temperaturas. Enquanto Tavares e colaboradores [Tavares, 2005], que realizaram ensaios de reativação potenciocinética de ciclo duplo (DL-EPR), relataram que amostras do aço inoxidável duplex 2205 recuperam suas zonas empobrecidas em Cr após envelhecimento a 475 ºC por 1000 h e a 500 ºC por 500 h, Lo et al. [Lo, 2012] não observaram nenhum processo de recuperação em um aço inoxidável duplex 7MoPLUS, mesmo após envelhecimento por h na faixa de temperatura de ºC. Por outro lado, May et al. [May, 2010] relataram que a taxa de corrosão do aço inoxidável duplex 2205 diminui em solução de FeCl 3 1,7 M após envelhecimento térmico em 300 e

3 400 ºC por 7000 horas, atribuindo este fato à ocorrência da recuperação das zonas empobrecidas em Cr. No entanto, esses autores não realizaram ensaios de DL-EPR para quantificar o grau de empobrecimento de Cr nas amostras. Essas considerações ressaltam que mais trabalhos são necessários para esclarecer essa diferença de pontos de vista. Face ao exposto acima, o objetivo deste estudo é investigar a influência do envelhecimento térmico de longo prazo (até 7000 h) a 300 e 400 ºC sobre a resistência à corrosão e a dureza de um aço inoxidável duplex 2205 com base no comportamento de corrosão seletiva após ataque eletrolítico, ensaios de DL-EPR e ensaios de microdureza. 2. Material e Métodos O material estudado foi um aço inoxidável duplex A tabela 1 apresenta a composição química do material. Tabela 1 Composição química (% em peso) do aço inoxidável duplex. Elemento Cr Ni Mo Mn Si P S C N Teor (%) 22,6 5,38 2,58 1,57 0,35 0,013 0,008 0,024 0,13 O material foi solubilizado a 1050ºC por 1 hora e resfriado em banho de óleo. Em seguida, amostras do material solubilizado foram usinadas e submetidas a tratamentos de envelhecimento térmico a 300 e 400ºC por 3000, 5000 e 7000 horas. A caracterização microestrutural das amostras foi feita por meio de ataque com reagente de Beraha (90 ml H 2 O + 10 ml HCl 37% + 0,8 g de metabissulfito de potássio), seguido de observação em microscópio ótico (MO) e microscópio eletrônico de varredura (MEV/EDS). Para obter valores de dureza das fases ferrita e austenita e correlacioná-los com o envelhecimento, foram realizados ensaios de microdureza Vickers com carga de 25 g e tempo de carregamento de 15 segundos. O comportamento de corrosão seletiva das fases austenita e ferrita das amostras foi analisado por microscopia de força atômica (AFM). Antes das análises por AFM, as amostras foram polidas em suspensão de alumina 1,0 µm e atacadas eletroliticamente em solução de ácido oxálico 10% (m/v) a 1 A/cm 2 por cerca de 20 segundos. Para quantificar o grau de empobrecimento de Cr nas amostras, um ensaio de DL-EPR modificado (como proposto por Shultze et al. [Schultze,1997]) foi realizado em uma solução de H 2 SO 4 0,5 M + 0,001M TA (tioacetamida) a 60 ºC. Na realização dos ensaios de DL-EPR foi utilizada uma célula eletroquímica convencional de três eletrodos, com eletrodo auxiliar de platina e eletrodo de referência de calomelano saturado (ECS). Foram feitas 3 medidas para cada amostra e as medidas foram programadas para iniciarem após 10 minutos de imersão. Foi utilizada uma velocidade de varredura de 1,67 mv/s, partindo-se de -500 mv ECS até 300 mv ECS. Em 300 mv ECS reverteu-se a varredura de potenciais para o sentido catódico, terminando a varredura em mv ECS. Através desse ensaio foram obtidos valores máximos de densidade de corrente na etapa de ativação (I a ) e na de reativação (I r ). O grau de empobrecimento de Cr foi medido através do quociente entre os dois máximos de densidade de corrente (I r /I a ). As microestruturas resultantes após o ensaio foram observadas por MO e MEV. 3. Resultados e Discussão A Figura 1 mostra uma micrografia ótica típica da amostra solubilizada do aço inoxidável duplex Observa-se uma microestrutura formada por austenita (fase clara) dispersa numa matriz de ferrita (fase escura). Além disso, nota-se que a austenita está alongada na direção de laminação, devido à deformação a quente da estrutura bifásica do aço. Deve ser mencionado que as imagens por MO e MEV não apresentaram nenhuma alteração microestrutural do aço em resposta aos tratamentos térmicos de envelhecimento. Uma vez que as fases resultantes de transformações em baixas temperaturas, como e G, são muito finas (da ordem de alguns nm), é muito difícil

4 observá-las por meio de MO ou MEV. Da mesma forma, Iacoviello, Casari e Gialanella [Iacoviello, 2005], analisando aços inoxidáveis dúplex de composições similares ao aço deste trabalho, não observaram alterações microestruturais após envelhecimento a 475ºC por MO e MEV. Figura 1 Micrografia ótica típica do aço inoxidável dúplex 2205 solubilizado. Fase escura: ferrita; fase clara: austenita. A fração volumétrica de ferrita na amostra solubilizada, obtida por microscopia ótica quantitativa, foi de 56,2 ± 4.0. Como Kawaguchi et al. [Kawaguchi, 1997] observaram em um aço inoxidável duplex CF8M, após envelhecimentos no intervalo de ºC por até h, não houve variação significativa da fração volumétrica de ferrita com os tratamentos térmicos de envelhecimento. A Tabela 2 mostra a composição química dos principais elementos de liga na ferrita e na austenita da amostra solubilizada, obtida por EDS. Nota-se que Cr, Mo e Si estão presentes em maiores concentrações dentro da ferrita, pois são elementos ferritizantes, enquanto os elementos austenitizantes Ni e Mn aparecem em maiores teores na austenita. As amostras envelhecidas não apresentaram variações significativas na composição química da ferrita e da austenita, quando analisadas por EDS. Tabela 2 Composição química (% em peso) nas fases ferrita e austenita para o aço inoxidável duplex solubilizado, obtida por EDS. Elemento Fe Cr Ni Mo Mn Si Ferrita 64,28 25,31 4,21 4,06 1,70 0,46 Austenita 67,43 21,28 6,74 2,22 1,90 0,43 A Figura 2 apresenta os resultados de microdureza da ferrita e austenita em função do tratamento térmico de envelhecimento. Nota-se que não há nenhuma mudança significativa nos valores de microdureza das fases com o envelhecimento a 300 ºC, embora ocorra um ligeiro aumento na dureza da ferrita no intervalo de 5000 a 7000 horas. Por outro lado, há um significativo endurecimento da ferrita com o envelhecimento a 400 ºC, mas a dureza da austenita permanece essencialmente inalterada, indicando que a austenita não é afetada pelo envelhecimento. Estes resultados estão em boa concordância com os estudos de Weng et al. [Weng, 2004], que também revelaram que as alterações microestruturais acarretadas pelo envelhecimento a baixas temperaturas ocorreram principalmente na ferrita e estão relacionadas com a formação de fases terciárias, como e G. A diminuição da dureza da ferrita a partir de 5000 horas a 400 ºC pode ser atribuída ao engrossamento e/ou perda de coerência dos precipitados [Tavares, 2005].

5 Figura 2 Dureza Vickers da ferrita e da austenita em função do tempo de envelhecimento a 300 e 400 ºC. A Figura 3 apresenta imagens topográficas, obtidas por AFM, das amostras atacadas com ácido oxálico, nas condições solubilizada e envelhecida a 400 ºC por 7000 h. Observa-se que o comportamento de corrosão seletiva das fases austenita e ferrita se reverte com o tratamento térmico de envelhecimento. Na amostra solubilizada, pode-se observar que ocorreu uma dissolução preferencial da austenita, que é representada pelas regiões mais baixas e escuras na Figura 3 (a). Além disso, é possível observar maclas na austenita. Por outro lado, nota-se uma maior dissolução da ferrita na amostra envelhecida a 400 ºC por 7000 h, que é representada pelas regiões mais baixas e escuras na Figura 3 (b), contrário ao observado nas imagens da amostra solubilizada [Figura 3 (a)]. Essa diferença no comportamento de corrosão seletiva das amostras solubilizada e envelhecida pode ser atribuída à evolução microestrutural que ocorre com o envelhecimento. Durante o ataque eletrolítico em solução de ácido oxálico (usando uma densidade de corrente de 1 A/cm 2 ), o potencial de eletrodo do aço é deslocado para potenciais elevados e, nesta condição oxidante, a austenita dissolve-se preferencialmente na amostra solubilizada, fato que está em boa concordância com estudos anteriores [Symniotis, 1990; Yi, 1996]. Muitos pesquisadores [Park, 2002; Symniotis, 1990; Yi, 1996] observaram a dissolução seletiva da ferrita ou da austenita, dependendo do potencial eletroquímico aplicado e da composição da solução a qual o aço foi submetido. Uma dissolução mais pronunciada da ferrita supostamente ocorre em soluções de ácidos redutores, como ácido clorídrico, em potenciais próximos ao potencial de corrosão, enquanto uma dissolução mais pronunciada da austenita ocorre em potenciais eletroquímicos mais elevados ou em soluções mais oxidantes (i.e., ácido nítrico concentrado). Esta dissolução preferencial da austenita em soluções oxidantes parece ser devido ao menor teor de Cr nesta fase. Por outro lado, a dissolução preferencial da ferrita na amostra envelhecida parece estar diretamente associada ao grande número de regiões empobrecidas em Cr, formadas em torno dos precipitados α ou mesmo pelo o surgimento de muitas células microgalvânicas (durante a evolução da decomposição espinodal), que são formadas entre precipitados rico em Cr (α`) e a fase vizinha rica em Fe (α) na matriz ferrítica durante o envelhecimento [Park, 2002; Yi, 1996]. (a) (b)

6 Figura 3 Imagens topográficas do aço inoxidável duplex 2205 atacado com ácido oxálico (60 m 60 m 1 m): (a) amostra solubilizada fase mais clara: ferrita; fase mais escura: austenita (com maclas); (b) amostra envelhecida a 400 ºC por 7000 h fase mais escura: ferrita; fase mais clara: austenita. A Figura 4 (a) mostra as curvas típicas de DL-EPR obtidas em solução de H 2 SO 4 0,5 M + 0,001M TA (tioacetamida) a 60 ºC para as amostras solubilizada e envelhecida a 400 ºC por 7000 h. Observa-se que a curva da amostra solubilizada não apresentou pico de densidade de corrente de reativação (I r ), enquanto um grande pico de densidade de corrente de reativação foi observado na amostra envelhecida a 400 ºC por 7000 h. Geralmente, o pico observado na varredura catódica é atribuído ao ataque preferencial de regiões empobrecidas em Cr (ao redor de carbonetos de Cr, fase σ, α', G e outras fases ricas em Cr) em um aço inoxidável duplex [Deng, 2010; Iacoviello, 2005; Park, 2002; Tavares, 2005]. Também deve ser mencionado que a magnitude do pico na varredura anódica foi praticamente independente do grau de empobrecimento de Cr, o que é consistente com resultados publicados anteriormente [Deng, 2010; Park, 2002]. Por outro lado, o pico de densidade de corrente de reativação aumentou significativamente com o grau de empobrecimento de Cr. Também deve ser mencionado que nenhuma das amostras envelhecidas a 300 ºC apresentou o pico de corrente de reativação, mas o valor deste pico de corrente aumentou com o tempo de envelhecimento a 400 ºC, atingindo valores tão elevados quanto 6,4 ma/cm 2 na amostra envelhecida a 400 ºC por 7000 h. A ausência do pico de corrente de reativação nas amostras envelhecidas a 300 ºC por até 7000 h corrobora com os resultados de dureza ilustrado na Figura 2. A Figura 4 (b) ilustra a variação do grau de empobrecimento de Cr (I r /I a ) nas amostras de aço inoxidável duplex 2205 em função do tratamento térmico de envelhecimento. Nota-se que os valores de I r /I a aumentam significativamente com o aumento do tempo de envelhecimento a 400 ºC, fato que pode ser atribuído à presença de regiões ricas em Fe e pobres em Cr que se formam como resultado da decomposição espinodal. Nesta figura, simplesmente para comparação, também foram plotados os resultados experimentais obtidos por Park e Kwon [Park, 2002] para um aço inoxidável duplex 25Cr 7Ni 0,25N 3Mo envelhecido a 475 ºC por até 300 h. Observa-se que a 475 ºC o grau de empobrecimento de Cr na fase ferrítica aumenta mais rapidamente com o tempo de envelhecimento do que a 400 ºC. Isto pode ser explicado por dois fatores: (1) a decomposição espinodal ocorre em temperaturas abaixo de aproximadamente 500 ºC, com cinética máxima ao redor de 475 ºC; e (2) pela composição química da liga, ou seja, quanto maior o teor de Cr mais rapidamente ocorre a formação de α' [Sedriks, 1996]. Além disso, deve-se ressaltar que não houve diminuição do valor de I r /I a durante o envelhecimento a 400 ºC por até 7000 h, o que sugere que a recuperação das zonas empobrecidas em Cr (healing) não ocorreu (e que as regiões empobrecidas em Cr continuaram a se desenvolver) no aço inoxidável duplex 2205 durante o tempo de envelhecimento térmico estudado. Estes resultados diferem daqueles relatados por Tavares e colaboradores [Tavares, 2005], que observaram a recuperação das zonas empobrecidas em Cr em um aço inoxidável duplex 2205 a 475 ºC e 550 ºC depois de apenas algumas centenas de horas de envelhecimento térmico. Por outro lado, nossos resultados são consistentes com outros estudos [Pareige, 2011; Kuwano, 2006; Sheck, 1997; Lo, 2012]. Pareige et al. [Pareige, 2011] estudaram a evolução da decomposição espinodal a 350 ºC em um aço CF3M usando uma sonda atômica 3D, e verificaram que a concentração de equilíbrio do Cr nas fases envolvidas nesta transformação não havia sido alcançada mesmo depois de h. Seus resultados também sugerem que o aço inoxidável duplex ainda estava nas "fases iniciais" do envelhecimento térmico a 350 ºC, mesmo depois de um tempo tão longo de envelhecimento (aproximadamente 20 anos). Usando espectroscopia Mössbauer, Kuwano e Imanasu [Kuwano, 2006] determinaram a concentração de Cr das fases α' e α em um aço CF3M envelhecido a 400 ºC por até h. Os autores verificaram que a decomposição espinodal não cessa antes de h, o que indica que a segregação dos átomos de Cr e Fe continua ocorrendo durante todo este período de tempo. Usando espalhamento de raios-x a baixo ângulo (SAXS), Shek e colaboradores [Sheck, 1997] encontraram que a decomposição espinodal da ferrita em regiões ricas em Cr e ricas em Fe

7 continua evoluindo mesmo depois de h de envelhecimento térmico a 500 ºC em um aço inoxidável duplex. Recentemente, Lo et al. [Lo, 2012] investigaram a resistência à corrosão de um aço inoxidável duplex 7MoPLUS submetido a envelhecimento de longo prazo (até h) na faixa de temperatura da decomposição espinodal, através de ensaios de DL-EPR. A recuperação das zonas empobrecidas em Cr (healing) também não foi observada mesmo após h de envelhecimento. Além disso, considerando que a fase α' se forma através da decomposição espinodal (que envolve uphill diffusion) e não pelo processo de nucleação e crescimento, esses autores não acham que a difusão (back-diffusion) do Cr da fase α' para a fase α seja um mecanismo plausível [Lo, 2012]. (a) (b) Figura 4 (a) Curvas de DL-EPR do aço inoxidável duplex 2205 obtidas a partir das amostras solubilizada e envelhecida a 400 ºC por 7000 h e (b) efeito do tratamento térmico de envelhecimento sobre o grau de empobrecimento de Cr (I r /I a ). A Figura 5 apresenta as micrografias ópticas do aspecto superficial das amostras solubilizada e envelhecida a 400 ºC por 7000 h após o teste DL-EPR. Nota-se que a ferrita é fortemente atacada na amostra envelhecida, enquanto nenhum ataque significativo a esta fase é observado na amostra solubilizada. A Figura 5 (c) mostra uma imagem de MEV com maior detalhe do ataque seletivo da ferrita na amostra envelhecida após o teste DL-EPR. Observa-se que tanto o interior quanto os contornos de grão da ferrita, bem como os contornos de fase, são intensamente corroídos, enquanto a austenita não apresenta nenhuma dissolução significativa. Isto está em bom acordo com a literatura [Auger, 1990], que indica que a austenita não sofre nenhuma modificação em resposta ao envelhecimento térmico em baixas temperaturas, mas a ferrita se decompõe espinodalmente. (a) (b) (c) Figura 5 Aspecto superficial do aço inoxidável duplex 2205 após o ensaio de DL-EPR: (a) imagem de MO da amostra solubilizada e imagem de (b) MO e (c) MEV da amostra envelhecida a 400 ºC por 7000 h.

8 4. Conclusão 1. O envelhecimento térmico do aço inoxidável duplex 2205 a 400 ºC promove o endurecimento da ferrita devido à precipitação de fases terciárias, mas isso não ocorre a 300 ºC por até 7000 h. 2. O comportamento de corrosão seletiva do aço inoxidável duplex 2205 se altera da austenita para a ferrita em resposta ao envelhecimento a 400 ºC por 7000 h. 3. O grau de empobrecimento em Cr no aço inoxidável duplex 2205 aumenta substancialmente com o tempo de envelhecimento em 400 ºC, e o processo de recuperação das zonas empobrecidas em Cr (healing) não ocorre mesmo após 7000 h. 5. Referências Bibliográficas AUGER, P. et al. Atom probe and transmission electron microscopy study of aging of cast duplex stainless steels. Materials Science and Technology, v. 6, p , DENG, B. Application of the modified electrochemical potentiodynamic reactivation method to detect susceptibility to intergranular corrosion of a newly developed lean duplex stainless steel LDX2101. Corrosion Science v.52, p , DENG, B. et al. Evaluation of localized corrosion in duplex stainless steel aged at 850 C with critical pitting temperature measurement. Electrochimica Acta, v.54, p , IACOVIELLO, F. ; CASARI, F.; GIALANELLA, S. Effect of 475 C embrittlement on duplex stainless steels localized corrosion resistance. Corrosion Science, v. 47, p , KAWAGUCHI, S. et al. Microstructural changes and fracture behavior of CF8M duplex stainless steels after long-term aging. Nuclear Engineering and Design, v. 174, n. 3, p , KUWANO, H.; IMAMASU, H. Determination of the chromium concentration of phase decomposition products in an aged duplex stainless steel. Hyperfine Interactions, v. 168, p , LO, K. H. et al. Corrosion resistance of duplex stainless steel subjected to long-term annealing in the spinodal decomposition temperature range, Corrosion Science, v.55, p , MAGNABOSCO, R.; ALONSO-FALLEIROS, N. Pit Morphology and its Relation to Microstructure of 850 C Aged Duplex Stainless Steel. Corrosion, v. 61, n. 2, p , MAGNABOSCO, R.; ALONSO-FALLEIROS, N. Sigma phase formation and polarization response of UNS S31803 in sulfuric acid. Corrosion, v. 61, n. 8, p , MAY, J. E. et al. Effect of Thermal Aging Conditions on the Corrosion Properties and Hardness of a Duplex Stainless Steel. Materials Research, v. 13, p , MUTHUPANDIA, V. et al. Effect of weld metal chemistry and heat input on the structure and properties of duplex stainless steel welds. Materials Science and Engineering. A, v. 358, p. 9-16, OLSSON, J.; SNIS, M. Duplex A new generation of stainless steels for desalination plants. Desalination, v. 205 p , 2007.

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