Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo PLANO DE CURSO
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- Geraldo Bergler Delgado
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1 Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo PLANO DE CURSO (De acordo com a Resolução CNE/CEB nº 4/99, atualizada pela Resolução CNE/CEB nº 1/05, e pela Resolução CNE/CEB nº 3/08) Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais Habilitação: TÉCNICO EM MECATRÔNICA SÃO PAULO 1
2 Curso Técnico de Mecatrônica SENAI-SP, 2008 Diretoria Técnica Coordenação Gerência de Educação Elaboração Gerência de Educação Escola SENAI Roberto Simonsen Escola SENAI Anchieta Escola SENAI "Armando de Arruda Pereira" Escola SENAI "Félix Guisard" Escola SENAI "Gaspar Ricardo Júnior" Escola SENAI "Roberto Mange" Escola SENAI "Antonio Adolpho Lobbe"
3 SUMÁRIO I. JUSTIFICATIVA E OBJETIVO... 5 a) Justificativa... 5 b) Objetivos... 7 II. REQUISITOS DE ACESSO... 8 III. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO... 8 a) Perfil do Técnico em Mecatrônica... 8 IV. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR a) Quadro de Organização Curricular b) Desenvolvimento Metodológico do Curso c) Ementa de Conteúdos Formativos d) Organização de Turmas e) Estágio Supervisionado V. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES VI. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO VII. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS VIII. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO IX. CERTIFICADOS E DIPLOMAS... 21
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5 I. JUSTIFICATIVA E OBJETIVO a) Justificativa Até os anos 50, o desenvolvimento tecnológico voltava-se para o aperfeiçoamento das máquinas e equipamentos de produção, tendo em vista a elevação da produtividade com ênfase na velocidade e precisão dos processos industriais. Alguns consideram esse período como a era do hardware. A segunda metade do século, denominada de era do software, testemunhou o florescimento dos microprocessadores, tornado possível graças ao extraordinário desenvolvimento da eletrônica e da ciência da computação. Mais, a partir da década de 70, a fusão sinérgica desses dois campos de conhecimento com o da mecânica faria surgir uma nova base tecnológica, a mecatrônica ou automação flexível, controlada por microcomputadores, a qual viria revolucionar os processos de produção. Então, e para responder a uma necessidade imposta pela evolução do mercado, foi possível passar de sistemas rígidos de produção automática, voltados para a produção de grandes lotes, para sistemas automatizados de produção flexível, que permitem a diversificação de produtos em série ou ciclos mais curtos de produção. A palavra mecatrônica foi primeiramente utilizada pelos japoneses, no mesmo sentido que ela tem hoje, ou seja, processos que envolvem conhecimentos multidisciplinares da mecânica, eletrônica e ciência da computação. Tal definição não está longe da veiculada pelo Comitê Assessor para Pesquisa e Desenvolvimento Industrial da Comunidade Européia (IRDACO), para quem a Mecatrônica constitui a integração sinérgica da tecnologia mecânica com a eletrônica e o controle inteligente por computador no projeto e manufatura de produtos e processos. No SENAI-SP, esta base de conhecimento tecnológico foi introduzida por volta de 1990, a partir do Termo de Cooperação Técnica assinado entre o governo brasileiro e o japonês, que vigorou até 1995, tendo como principal objetivo a transferência de tecnologia na área da automação da manufatura, por meio da implantação de um curso de nível pós-médio. A intenção era montar, na Escola SENAI Armando de Arruda Pereira, o Curso Técnico de Informática Industrial, denominação inteiramente adequada à legislação educacional vigente à época. Nos últimos anos, em decorrência da intensificação da automatização dos processos produtivos, o currículo do curso de Informática Industrial passou a incorporar as inovações tecnológicas relacionadas à automação da manufatura. Inicialmente, não foi necessário alterar a grade curricular, uma vez que ela refletia a legislação em vigor, que estabelecia componentes mínimos curriculares. Dessa forma, foi possível incorporar ao currículo pleno conteúdos específicos, quer sob a forma de novas disciplinas ou de aperfeiçoamento das já existentes. 5
6 Contudo, novo quadro legal e novas exigências emanadas dos setores produtivos sinalizam para o SENAI-SP a necessidade de um novo plano de curso para a formação em automação industrial, ou seja, o presente Plano de Curso da Mecatrônica. Trata-se de um novo plano, com denominação mais sintonizada com o conceito de uma nova base tecnológica, cuja importância pode ser medida pelo fato de significar uma verdadeira revolução nos processos de produção, alinhando-se a elevação da produtividade e competitividade à realização de trabalho mais criativo pelo homem. A demanda por esta formação ofertada pelo SENAI-SP tem sido bastante expressiva, conforme se pode observar no quadro abaixo, relativo aos dois últimos anos. Quadro 1: Processo Seletivo/Relação de candidatos por vaga Período Nº. de inscritos Relação Candidato/Vaga 2º Semestre/ ,9 1º Semestre/ ,3 2ºSemestre/ ,4 Com efeito, o quadro é bastante significativo em relação ao número de alunos inscritos por semestre, quer tomado em absoluto ou em números relativos, como se pode observar na relação de candidatos por vaga, a qual praticamente dobrou em um período de um ano. Revela também, de certa forma, a tendência verificada no mercado de trabalho de demanda por profissionais especializados em automação da manufatura. Na verdade, o crescimento da demanda por profissionais da automação da manufatura não é um fato isolado dentro do contexto da reestruturação produtiva. Ele se explica pela introdução das máquinas computadorizadas no processo de produção, a qual foi comprovada pelo SENAI-SP em pesquisa 1 realizada em Com efeito, a pesquisa revelou que 52% das empresas investigadas afirmaram utilizar maquinário computadorizado no processo produtivo, baseado nos sistemas de Desenho Assistido por Computador (CAD), Manufatura Auxiliada por Computador (CAM) e/ou Comando Numérico Computadorizado (CNC). Este universo pode ser ainda maior se se levar em conta que 60% da amostra manifestaram a intenção de intensificar a introdução dessas máquinas com vistas à integração da manufatura. Diante disso, não é demais afirmar que não se trata apenas de uma mudança de denominação. De fato, a mecatrônica constitui uma nova base de conhecimento tecnológico, a da microeletrônica, integradora de áreas notórias do saber, a qual 1 SENAI-SP. Reformulação do modelo de formação profissional: referenciais do mercado de trabalho. São Paulo: SENIA-SP,
7 repousa nos princípios da automação flexível e para qual se faz necessária uma nova habilitação, esta resultante de uma formação em que talvez mais que as competências do saber fazer importam as competências cognitivas e relacionais. Observa-se, pois, no processo produtivo uma tendência de, na busca da competitividade, os empresários fugirem apenas do já tradicional investimento no aperfeiçoamento e otimização dos equipamentos, cuja operação tem quase sempre requerido a habilidade manual do trabalhador, para apostarem na reestruturação propriamente dita ou substituição da base tecnológica. Trata-se assim de mudança de enfoque. Ou seja, a ênfase hoje não é somente a máquina, mas o cérebro que a controla, que faz uso de sua capacidade criadora para solucionar problemas, integrando tecnologias e adaptando a produção a seu entorno. Ou, dizendo em outras palavras, não se trata mais de formar o profissional para ser coadjuvante das máquinas no desempenho de tarefas repetitivas ou perigosas, mas de restituir ao indivíduo a capacidade de controlar todo processo produtivo, fazendo apelo a sua inteligência e habilidades múltiplas para com ele interagir. Dado este referencial, julga o SENAI de São Paulo ser de fundamental importância a estruturação de um curso técnico que prepare os trabalhadores de acordo com o perfil requerido pelo mercado. Assim, propõe-se, com base no reconhecimento das necessidades do mercado, a implantação do Curso Técnico de Mecatrônica. b) Objetivos O curso técnico de Mecatrônica tem por objetivo habilitar profissionais em automação dos processos de manufatura, integrando as tecnologias eletrônica, mecânica, de controle automático e computação, por meio do desenvolvimento de atividades de planejamento, instalação, operação, manutenção, visando à qualidade e produtividade desses processos. 7
8 II. REQUISITOS DE ACESSO A inscrição e a matrícula no Curso Técnico de Mecatrônica estão abertas a candidatos que comprovem estar cursando ou ter concluído o ensino médio. Dependendo das circunstâncias, outros requisitos como idade, experiência e aprovação em processo seletivo podem também ser exigidos. III. PERFIL PROFISSIONAL DE CONCLUSÃO a) Perfil do Técnico em Mecatrônica Eixo Tecnológico: Controle e Processos Industriais Área: Automação Segmento de Área: Mecatrônica Habilitação Profissional: Técnico em Mecatrônica Nível de Educação Profissional: Técnico Nível de Qualificação 2 : 3 Competências Profissionais Planeja, supervisiona, controla e realiza ações de montagem e de manutenção corretiva e preventiva de sistemas integrados eletroeletrônicos, eletropneumáticos, eletro-hidráulicos e mecânicos, destinados a equipamentos e processos de manufatura, atuando em laboratórios, salas de projeto, em oficinas ou a campo, testando o funcionamento, reparando ou substituindo componentes danificados, empregando conhecimentos técnicos e de gestão, ferramentas e aparelhos específicos, de acordo com normas técnicas, ambientais, de qualidade e segurança, procedimentos industriais e metas da empresa, podendo ainda programar e operar máquinas e sistemas automatizados de manufatura. Detecta avarias funcionais e estruturais em máquinas e equipamentos microprocessados, por meio de métodos de análise de falhas, de acordo com 2 O campo de trabalho requer, geralmente, a aplicação de técnicas que exigem grau médio-alto de especialização e cujo conteúdo exige atividade intelectual compatível. O trabalhador realiza funções e tarefas com considerável grau de autonomia e iniciativa, que podem abranger responsabilidades de controle de qualidade de seu trabalho ou de outros trabalhadores e ou coordenação de equipes de trabalho. Requer capacidades profissionais tanto específicas quanto transversais. 8
9 desenhos e diagramas, planejando a execução e a verificação das ações de reparo ou substituição, empregando técnicas e aparelhos de teste. Planeja a instalação, a manutenção e a melhoria de equipamentos e sistemas automatizados, participando de equipes multi-profissionais, empregando técnicas de representação gráfica com auxílio de computador, visando atualização tecnológica, considerando a relação custo-benefício por meio da elaboração de planilhas de custos. Desenvolve o desenho do produto utilizando recursos de computação gráfica, gerando programas de usinagem e enviando-os às máquinas de usinagem a comando numérico computadorizado, podendo elaborar procedimentos para sua fabricação. Controla a qualidade de produtos em processos de usinagem, empregando técnicas, instrumentos e aparelhos de medição, de acordo com normas e padrões de tolerâncias estabelecidos. Participa de programas de manutenção produtiva total, propondo rotinas que visam garantir a disponibilidade máxima dos equipamentos e sistemas automatizados, responsabilizando-se pela higiene, segurança e preservação do meio ambiente. Programa, opera e desenvolve algoritmos de controle para servomecanismos e sistemas automatizados, compondo lógicas seqüenciais e combinacionais. Realiza testes, ensaios, inspeções e experimentos referentes ao desempenho dos equipamentos, sistemas automatizados e de comunicação de dados, emitindo relatórios. Realiza atividades de implantação, suporte e manutenção de programas de qualidade e produtividade, utilizando técnicas de gestão da qualidade, administração da produção e sistemas flexíveis de manufatura. 9
10 IV. ORGANIZAÇÃO CURRICULAR a) Quadro de Organização Curricular LEGISLAÇÃO SEMESTRES CARGA HORÁRIA TOTAL UNIDADES CURRICULARES 3 1 º 2 º 3 º 4 º HORAS Desenho Técnico Metrologia Eletrônica Geral Linguagens de Programação Pneumática e Hidráulica Lei Federal n o 9394/96 e Lei Federal n o /2008 Decreto Federal n o 5154/04 Resolução CNE/CEB n o 4/99, Atualizada pela Resolução CNE/CEB nº 1/05, e pela Resolução CNE/CEB n o 3/08 Eletrônica Digital Processos de Usinagem Eletrônica de Potência Tecnologia das Máquinas Microcontrolador Controlador Programável Comando Numérico Computadorizado Tecnologia de Comunicação Desenho Assistido por Computador Sistema Flexível de Manufatura Robótica Sistemas da Qualidade Projetos Carga Horária Semestral Carga Horária Total 1500 Estágio Supervisionado 400 TOTAL GERAL Unidade Curricular é a unidade pedagógica que compõe o currículo, constituída por conhecimentos, independentemente em termos formativos e de avaliação durante o processo de aprendizagem. 10
11 b) Desenvolvimento Metodológico do Curso O perfil profissional do Técnico em Mecatrônica foi definido de acordo com as competências profissionais gerais da área da Indústria, estabelecidas pela legislação em vigor 4 até 08/07/2008. Atualmente, no currículo do curso foi inserido o disposto no Eixo Tecnológico Controle e Processos Industriais e na proposta mínima para o Técnico em Mecatrônica, de acordo com a legislação vigente, qual seja, o Catálogo Nacional de Cursos Técnicos de Nível Médio 5, Desse modo, o perfil do profissional deve ser alcançado por meio de desenvolvimento curricular baseado na utilização de métodos, técnicas e estratégias de ensino que levem o aluno a mobilizar conhecimentos, habilidades e atitudes na resolução de problemas. Além da aprendizagem de conhecimentos técnicos sobre mecatrônica com aplicação na indústria, o curso visa levar os alunos a proporem soluções para os problemas de configuração, programação e integração de máquinas e sistemas que estejam fundamentados numa visão global deste processo. Além disso, é importante considerar que os conhecimentos tecnológicos, desenvolvidos coletivamente por meio de estratégias diversificadas que facilitem sua apreensão, devem possibilitar aos alunos perceber a aplicabilidade dos conceitos internalizados, em situações reais e contextualizadas. Além disso, reitera-se que estes mesmos conhecimentos necessitam estar estreitamente relacionados a habilidades e atitudes, visando proporcionar-lhes as condições necessárias para a realização individual de operações, testes e ensaios específicos da área de Mecatrônica. Cabe ressaltar, também, que o uso de linguagem técnica, como base para a comunicação entre colegas e com os encarregados de área, o cuidado com os equipamentos e ferramentas, o trabalho em equipe e o respeito à higiene e segurança no trabalho devem estar presentes a toda atividade proposta aos alunos. Para isso, deve também ser considerada a importância do desenvolvimento de pesquisa, seja de campo, dadas pelas características dos processos utilizados em mecatrônica, seja bibliográfica, propiciadas pelo incentivo a leituras técnicas e pesquisas, incluindo-se o uso da internet, com largo uso de trabalho em equipe. Por meio dessa estratégia devem ser exercitados o desenvolvimento da iniciativa, tomada de decisão, criatividade, relacionamento, liderança e ética, contribuindo para o desenvolvimento de competências, apontadas no perfil profissional que foi estabelecido para os profissionais a serem formados neste curso. Desta forma, é a mobilização de conhecimentos técnicos e tecnológicos sobre mecatrônica, de habilidades e de atitudes que leva os alunos a ter condições de propor soluções para os problemas de instalação, reparo e manutenção, que estejam 4 Art. 5º da Resolução CNE/CEB nº 04/99. 5 Parecer CNE/CEB nº 11 de 12/06/2008 e a Resolução CNE/CEB. nº 3 de 09/07/
12 fundamentados numa visão global destes processos e na segurança de seus usuários e terceiros. Além disso, é necessário considerar que o desenvolvimento de uma base tecnológica sólida, aliada ao desenvolvimento de situações práticas, são os parâmetros que norteiam as propostas de solução de problemas, cuja culminância deve ser alcançada na unidade curricular Projetos. Assim, os processos de ensino e aprendizagem culminam com a elaboração de pelo menos um projeto final de curso, que deve representar a integração dos conhecimentos das três grandes áreas, sejam elas Eletroeletrônica, Mecânica, Tecnologia da Informação, e também as habilidades e atitudes, apontados no perfil profissional, num trabalho inspirado em necessidades reais. Para isso, o métodos de ensino utilizados, durante todo o curso, devem centrar sua ação no sujeito que aprende, deixando ao docente o papel de orientação e mediação. Além disso, visando ao desenvolvimento de visão sistêmica, estreitamente relacionada à capacidade de resolver problemas, os métodos e estratégias de ensino e aprendizagem devem prever a apresentação periódica de situações-problema típicas da rotina da mecatrônica, cuja solução envolva conhecimentos, habilidades e atitudes que caracterizam as diferentes unidades curriculares desenvolvidos. Algumas considerações devem ser feitas sobre as unidades curriculares que integram o curso: Desenho Técnico, Metrologia, Pneumática, Hidráulica e Processos de Usinagem compõem os fundamentos da área mecânica e constituem-se em pré-requisitos para a aprendizagem dos conteúdos das unidades curriculares Tecnologia das Máquinas, Comando Numérico Computadorizado, Desenho Assistido por Computador; Eletrônica Geral, Digital e de Potência, compõem os fundamentos da área eletroeletrônica e constituem-se em pré-requisitos para a aprendizagem dos conteúdos das unidades curriculares Microcontrolador e Controlador Programável; Linguagens de Programação compõe os fundamentos da área de tecnologia da informação e constitui-se em pré-requisito para a aprendizagem dos conteúdos das unidades curriculares Tecnologia de Comunicação e Controlador Programável; As unidades curriculares Sistemas Flexíveis de Manufatura, Robótica, Sistemas da Qualidade, além de complementar os conhecimentos, habilidades e atitudes trabalhados anteriormente, tem como função integrar as áreas Eletroeletrônica, Mecânica e Tecnologia da Informação, culminando na unidade Projetos. No entanto, o curso deve ser visto como um todo pelos docentes, especialmente nos momentos de planejamento do ensino, de modo que as finalidades de cada módulo sejam observadas, bem como das suas unidades curriculares sem, no entanto, acarretar uma fragmentação do currículo. Para tanto, a interdisciplinaridade deve-se fazer presente no desenvolvimento do curso, por meio de formas integradoras de 12
13 tratamento de estudos e atividades, orientados para o desenvolvimento das competências objetivadas. c) Ementa de Conteúdos Formativos DESENHO TÉCNICO Fundamentos do Desenho; Geometria Plana; Perspectiva Isométrica; Projeção Ortogonal; Cotagem; Cortes, Seções e Encurtamento; Escalas; Componentes Padronizados; Desenho de Conjuntos e de Detalhes. METROLOGIA Fundamentos de metrologia; Paquímetros; Micrômetro; Blocos-Padrão; Tolerância Dimensional; Relógio Apalpador e Relógio Comparador; Traçador de altura; Calibradores e Verificadores; Goniômetro e Mesa de Seno; Projetor de Perfil; Durômetro; Rugosidade Superficial; Tolerância Geométrica, de Forma e Posição. ELETRÔNICA GERAL Tensão elétrica contínua; Corrente Elétrica Contínua; Resistência Elétrica; Resistores; Fontes de Alimentação CC; Lei de Ohm; Potência Elétrica; Leis de Kirchoff para Tensão e Corrente; Características de Medidores Elétricos; Tensão e Corrente Alternada; Osciloscópio; Gerador de Funções; Problemas Comuns em Montagens Eletrônicas e suas Soluções; Capacitores; Eletromagnetismo; Indutores; Transformadores Monofásicos; Diodo Semicondutor; Retificação; Diodo Zener; Reguladores de Tensão Integrados; Transistor Bipolar; Sensores; Amplificadores Operacionais. LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO Introdução à informática; Sistema Operacional; Aplicativos; Programação Estruturada; Linguagem de Programação; Controle e aquisição de dados; Programação orientada ao objeto. PNEUMÁTICA E HIDRÁULICA Pneumática: Introdução à Pneumática; Ar Comprimido; Atuadores Pneumáticos; Válvulas Direcionais; Circuitos Básicos; Comandos Seqüenciais; Elementos Elétricos e Processamento de Sinais; Elementos de Conversão de Sinais; Comandos Eletropneumáticos Básicos; 13
14 Hidráulica: Características dos Sistemas Hidráulicos; Impactos ambientais do óleo hidráulico quando descartado de forma indiscriminada; Contaminação em sistemas hidráulicos; Grupo de Acionamento; Atuadores Hidráulicos; Válvulas Direcionais; Válvulas Pré Operadas; Válvulas de Retenção; Válvulas de Fluxo; Circuitos Hidráulicos; Válvula Reguladora de Pressão; Atuador Hidráulico Giratório; Acumulador Hidráulico; Elementos de Sinais Elétricos; Processamento de Sinais Elétricos; Eletroválvulas Hidráulicas Convencionais; Formular e montar circuitos eletrohidráulicos básicos; Válvulas Proporcionais. PROCESSOS DE USINAGEM Segurança no trabalho; Processos de fabricação; Classificação e Nomenclatura dos Processos de Usinagem; Ferramentas de Corte; Cálculos de Corte; Elaboração de Processos; Fluídos de Corte; Manutenção de Máquinas Operatrizes; Processos de Usinagem. ELETRÔNICA DE POTÊNCIA Tensão e corrente alternada trifásica; Transformador Trifásico; Motor Trifásico; Comandos Elétricos; Elementos de Chaveamento de Potência; Retificadores Trifásicos; Soft Start; Inversores de Frequência; Motor de Corrente Contínua; Controladores de Motor de Corrente Contínua; Servomotores e drive; Diagnóstico e correção de falhas. TECNOLOGIA DAS MÁQUINAS Mecânica Aplicada; Esforços solicitantes; Mancais; Transmissão de movimento; Elementos de máquina; Parafuso de transporte. ELETRÔNICA DIGITAL Sistemas de numeração; Caracterização da eletrônica digital; Funções lógicas e ferramentas de minimização; Circuitos combinacionais; Circuitos Sequenciais; Famílias lógicas; Conversores; Motor de Passo. TECNOLOGIA DE COMUNICAÇÃO Sistema de comunicação de dados; Transmissão digital de dados; Padrões de interface serial; Padrões de interface paralela; Protocolos de comunicação orientados a Bit e Byte; Introdução a rede de computadores; Arquitetura de redes; Sistemas operacionais de rede; Redes industriais. 14
15 CONTROLADOR PROGRAMÁVEL Controle Automático; Partes de um CLP; Características e modo de operação; Normalização; Programação; Tipos de linguagem; Tipos de controlador programável; Sistema supervisório. COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO Torno CNC; Operação de Torno CNC; Fresadora ou Centro de Usinagem CNC; Operação de Fresadora ou Centro de Usinagem CNC; Manufatura Auxiliada por Computador CAM. DESENHO ASSISTIDO POR COMPUTADOR Introdução ao editor gráfico; Configuração do ambiente; Coordenadas; Primitivas geométricas; Utilização de bibliotecas e símbolos; Manipulação de documentos e dados; Introdução ao modelamento tridimensional paramétrico. SISTEMA FLEXÍVEL DE MANUFATURA Introdução aos Sistemas Flexíveis de manufatura; Partes e Componentes de um Sistema Flexível de Manufatura; Programação de Sistema Flexível; Operação de Sistema Flexível de Manufatura; Acessórios especiais para máquinas ferramentas; Dimensionamento de um Sistema Flexível de Manufatura (Produção); Manutenção. ROBÓTICA Introdução; Estrutura e funcionamento; Segurança com robôs industriais; Operação e programação; Aplicação de Sensores; Visão robótica; Aplicações de robôs em sistemas automatizados; Manutenção Preventiva; Normas de Segurança. MICROCONTROLADOR Arquitetura Interna do Microcontrolador; Programação do Microcontrolador; Interfaceamento de Periféricos com Microcontroladores. SISTEMAS DA QUALIDADE Cultura da qualidade; Ferramentas de apoio à qualidade; Estrutura básica de um sistema de gestão da qualidade segundo as normas da família NBR ISO 9000; Qualidade total; Auditoria da qualidade; Ferramentas de apoio à produção; Código de defesa do consumidor; Gestão ambiental. 15
16 PROJETOS Projeto; Planejamento do projeto; Desenvolvimento do projeto; Apresentação do projeto. d) Organização de Turmas As turmas matriculadas iniciam o curso com um número mínimo de 24 e máximo de 40 alunos. e) Estágio Supervisionado O aluno deverá cumprir estágio supervisionado em empresa ou instituição que atue na mesma área ou em área afim à de sua formação profissional, em conformidade com as diretrizes emanadas da legislação em vigor, podendo ser cumprido concomitantemente à fase escolar ou posteriormente a esta. O estágio, que é obrigatório à obtenção do diploma de técnico, poderá ser cumprido, optativamente, por aluno matriculado nos módulos correspondentes a qualificações técnicas de nível médio. O estágio terá duração mínima de 400 horas e máxima correspondente à fase escolar, inclusive no caso de qualificação técnica de nível médio. E, segundo critérios definidos no Regulamento de estágio 6 da unidade escolar, será planejado, executado, acompanhado e avaliado para propiciar a complementação do processo de aprendizagem. O estágio somente poderá ser realizado em empresas ou instituições que tenham condições de proporcionar ao aluno experiência profissional em situação real de trabalho. Poderá haver dispensa total do cumprimento do estágio supervisionado para o aluno que comprovar exercício profissional correspondente ao perfil de técnico na área ou área afim à de sua formação. O tempo para a conclusão tanto da habilitação quanto das qualificações é de no máximo 5 anos a partir da data da matrícula no curso. 6 O Regulamento de Estágio encontra-se arquivado em cada uma das unidades escolares do SENAI de São Paulo, no qual deve conter o perfil profissional de conclusão, os critérios de avaliação e as atribuições da coordenação, dos docentes, da supervisão e dos estagiários. 16
17 V. CRITÉRIOS DE APROVEITAMENTO DE CONHECIMENTOS E EXPERIÊNCIAS ANTERIORES Em conformidade com o artigo 11 da Resolução CNE/CEB nº 4/99, a unidade escolar: poderá aproveitar conhecimentos e experiências anteriores, desde que diretamente relacionados com o perfil profissional de conclusão da respectiva qualificação ou habilitação profissional, adquiridos: I. no ensino médio; II. em qualificações profissionais e etapas ou módulos de nível técnico concluídos em outros cursos; III. em cursos de educação profissional de nível básico, mediante avaliação do aluno; IV. no trabalho ou por outros meios informais, mediante avaliação do aluno; V. e reconhecidos em processos formais de certificação profissional. A avaliação será feita por uma comissão de docentes do curso e especialistas em educação, especialmente designada pela direção, atendidas as diretrizes e procedimentos constantes na proposta pedagógica da unidade escolar. VI. CRITÉRIOS DE AVALIAÇÃO Os critérios de avaliação, promoção, recuperação e retenção de alunos são os definidos pelo Regimento Comum das Unidades Escolares SENAI, aprovado pelo Parecer CEE nº 528/98, e complementados na Proposta Pedagógica da unidade escolar. 17
18 VII. INSTALAÇÕES E EQUIPAMENTOS Salas de aulas convencionais Laboratórios de: Metrologia Processos de Usinagem Controladores Programáveis Hidráulica Pneumática Hardware Software Eletrônica Desenho e Manufatura Assistidos por Computador Comando Numérico Computadorizado Sistema Flexível de Manufatura Robótica Projetos Os laboratórios estão equipados como segue: LABORATÓRIO DE METROLOGIA Instrumentos de medição linear e angular, utilizando sistemas métrico e inglês; instrumento para medição de rugosidade superficial; instrumento para medição de dureza; instrumentos para medição por coordenadas 18
19 LABORATÓRIO DE HIDRÁULICA Bomba de pressão; Acionadores; atuadores; válvulas direcionais, pré-operadas, de retenção, de fluxo e reguladoras; painel para montagens; dutos e conexões; elementos de sinal elétrico; válvulas eletromagnéticas (solenóides); válvula proporcional; painel para montagens de circuitos. LABORATÓRIO DE PNEUMÁTICA Compressor de ar; unidade de conservação; válvulas direcionais, de bloqueio, de fluxo e de pressão; painel para montagens dutos e conexões; elementos de sinal elétrico, válvulas eletromagnéticas (solenóides); painel para montagens de circuitos. LABORATÓRIO DE PROCESSOS DE USINAGEM Máquinas convencionais de usinagem: tornos mecânicos, fresadoras, retificadoras, furadeiras, esmerilhadora; bancadas de ajustador, material de traçagem; ferramentas manuais; instrumentos de medição de leitura direta e indireta. LABORATÓRIO DE CONTROLADORES PROGRAMÁVEIS Conjuntos para estudos e ensaios de controladores programáveis; sistemas de transporte e manipulação de peças comandados por controladores programáveis; motores de corrente alternada e inversores para controle de velocidade e posição. LABORATÓRIO DE HARDWARE Microcomputadores PC equipados com software de programação para microcontroladores; Desenvolvimento de programas utilizando kits didáticos de microcontroladores; redes de comunicação. LABORATÓRIO DE SOFTWARE Microcomputadores pessoais equipados com programas de linguagem de programação, sistema operacional em ambiente gráfico, editor de textos, planilha eletrônica e banco de dados; gerenciadores de redes. LABORATÓRIO DE ELETRÔNICA Matriz de contatos ( protoboard ) para montagens e ensaios de circuitos eletrônicos analógicos e digitais; instrumentos de medição de tensão, corrente, resistência, freqüência e potência; osciloscópio, gerador de função; equipamento para estudo de eletrônica de potência e comandos elétricos. LABORATÓRIO DE DESENHO E MANUFATURA ASSISTIDOS POR COMPUTADOR Microcomputadores pessoais ligados em rede local equipados com programas para desenho e manufatura assistidos por computador; impressora e ou traçador gráfico. 19
20 LABORATÓRIO DE COMANDO NUMÉRICO COMPUTADORIZADO Máquinas de usinagem a comando numérico computadorizado: centro de usinagem, torno; microcomputadores pessoais ligados em rede local permitindo a manufatura auxiliada por computador; instrumentos e aparelhos de medição de leitura direta e indireta; software de programação e simulação de usinagem. LABORATÓRIO DE SISTEMA FLEXÍVEL DE MANUFATURA Sistema flexível de manufatura composto por: centro de usinagem, centro de torneamento e sistema automatizado para carga e descarga de peças; ambiente de informática com software de apoio à produção. LABORATÓRIO DE ROBÓTICA Conjunto de equipamentos gerenciados por Controlador Programável composto por sensores diversos e robô articulado, podendo constituir uma célula de manufatura com manipulação de peças e programação feita por software ou no próprio sistema. LABORATÓRIO DE PROJETOS Microcomputadores pessoais equipados com programas que permitem o desenvolvimento de soluções de automação da manufatura; motores, componentes eletrônicos, e materiais, ferramentas, instrumentos e ambientes que permitam a para realização de projetos mecatrônicos. A unidade escolar é dotada de Biblioteca com acervo bibliográfico adequado para o desenvolvimento do curso e faz parte do sistema de informação do SENAI. 20
21 VIII. PESSOAL DOCENTE E TÉCNICO O quadro de docentes para o Curso Técnico de Mecatrônica é composto, preferencialmente, por profissionais com nível superior, com formação e experiência profissional condizentes com os componentes curriculares que compõem a organização curricular do curso. Na ausência desses profissionais, a unidade escolar poderá contar, para a composição do quadro de docentes, com instrutores de prática profissional, que tenham formação técnica ou superior, preparados na própria escola. IX. CERTIFICADOS E DIPLOMAS O diploma de técnico é conferido ao concluinte da habilitação profissional de Técnico em Mecatrônica que comprove conclusão do estágio supervisionado e do ensino médio. O aluno que não comprovar a conclusão do ensino médio receberá uma declaração da qual deverá constar que o diploma de técnico só será fornecido após o atendimento às exigências da legislação vigente. O tempo para a conclusão da habilitação é de no máximo 5 anos a partir da data da matrícula no curso. 21
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23 CONTROLE DE REVISÕES REV. DATA NATUREZA DA ALTERAÇÃO 00 Nov/2000 Primeira emissão, de acordo com o Processo 15030, tomo Jun/2005 Reformulação da organização curricular, de acordo com o Protocolado 1642/ Ago/2008 Adequação ao Catálogo Nacional de Cursos Técnicos. Inclusão do quadro de organização curricular por semestre. Adequação à nova formatação do Plano de Curso.
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