O Governo da Justiça e a Constituição

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1 109 O Governo da Justiça e a Constituição Nuno Garoupa No recente ensaio O Governo da Justiça (Ensaios da Fundação Francisco Manuel dos Santos, 2011), defendi uma reforma muito profunda do governo da justiça com quatro pilares fundamentais: (i) A aproximação do modelo de governo da justiça às experiências escandinava ou holandesa, abandonando o actual modelo de conselhos judiciários. (ii) Reforma do Tribunal Constitucional: reduzir a composição actual de treze para nove ou mesmo sete juízes, todos eleitos pela Assembleia da República (actualmente dez juízes são escolhidos pela Assembleia da República e três juízes são cooptados); alterar significativamente o processo de eleição dos juízes pela Assembleia da República de forma a ter um sistema de audição parlamentar vinculativo, sério e relevante muito próximo do modelo norte- americano; mandatos vitalícios; idade mínima para poder ser eleito para o Tribunal Constitucional, por exemplo, cinquenta anos ou, alternativamente, vinte e cinco anos de experiência profissional. (iii) Reforma dos Tribunais Superiores: extinguir o Supremo Tribunal Administrativo e transformá -lo numa secção de contencioso administrativo no Supremo Tribunal de Justiça. (iv) Importar dois importantes mecanismos do direito brasileiro, o princípio da súmula vinculante e o mecanismo de repercussão geral. O primeiro mecanismo permite que o Supremo Tribunal seja mais eficiente na criação de doutrina vinculante. O segundo mecanismo capacita formalmente o Supremo Tribunal para controlar a sua própria carga de trabalho (uma vez que o Supremo Tribunal pode ser mais ou menos generoso na admissão do recurso com base na doutrina de repercussão geral, numa versão suave do writ of certiorari norte -americano) e concentrar -se nos lítigos que são relevantes. Ambos mecanismos ajudam a repor uma verticalização na hierarquia judiciária que assegura uma maior eficácia na justiça.

2 110 A Constituição Revista, um e-book da Fundação Francisco Manuel dos Santos A reforma da Constituição deveria pois reflectir estas quatro ideias que, sendo polémicas e pouco populares na ortodoxia jurídica reinante, me parecem fundamentais para superar o atraso estrutural e os estrangulamentos gravíssimos da justiça portuguesa. Em contrapartida, tal como expliquei no referido ensaio, mudanças na forma de nomeação do Procurador -Geral da República ou a proibição do sindicalismo judiciário são irrelevantes dado que estruturalmente nada alteram. Sendo consequente com a minha análise, a Constituição da República Portuguesa deveria sofrer alterações nos seguintes termos: Artigo 209.º Categorias de tribunais b) Eliminar. 2. Podem existir tribunais marítimos, tribunais administrativos e fiscais, tribunais arbitrais e julgados de paz. 4. Eliminar. Artigo 210.º Supremo Tribunal de Justiça e instâncias Novo. As decisões proferidas pelo Supremo Tribunal de Justiça produzirão eficácia contra todos e efeito vinculante relativamente aos demais tribunais e à administração pública. Novo. No recurso para o Supremo Tribunal de Justiça, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral da matéria de direito discutida no caso, nos termos da lei, para que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá -lo pela manifestação de dois terços dos seus membros. 4. ( ) 5. ( ) Artigo 212.º Tribunais administrativos e fiscais 1. Eliminar. 2. Eliminar. 3.Compete aos tribunais administrativos e fiscais o julgamento das acções e recursos contenciosos que tenham por objecto dirimir os litígios emergentes das relações jurídicas administrativas e fiscais. Artigo 215.º Magistratura dos tribunais judiciais 2. A lei determinará os requisitos e as regras de recrutamento dos juízes dos tribunais judiciais.

3 Tribunais 111 Novo. O Conselho Superior das Magistraturas é responsável pelo recrutamento dos juízes dos tribunais judiciais de primeira instância. Novo. A Assembleia da República é responsável pelo recrutamento dos juízes dos tribunais judiciais de segunda instância e do Supremo Tribunal de Justiça. Novo. O recrutamento dos juízes dos tribunais judiciais de segunda instância e do Supremo Tribunal de Justiça faz -se com prevalência do critério do mérito. 3. Eliminar. 4. Eliminar. Artigo 216.º Garantias e incompatibilidades 4. Os juízes em exercício não podem ser nomeados para comissões de serviço estranhas à actividade dos tribunais. 5. ( ) Artigo 217.º Nomeação, colocação, transferência e promoção de juízes 1. A nomeação, colocação, transferência e promoção dos juízes dos tribunais judiciais de primeira instância e o exercício da acção disciplinar competem ao Conselho Superior das Magistraturas, nos termos da lei. 2. A lei definirá as regras e determinará a competência para a colocação, transferência e promoção, bem como para o exercício da acção disciplinar em relação aos juízes dos restantes tribunais, com salvaguarda das garantias previstas na Constituição. Artigo 218.º Conselho Superior das Magistraturas 1. O Conselho Superior das Magistraturas é presidido pelo Presidente do Supremo Tribunal de Justiça e composto por dez vogais designados pela Assembleia da República. 2. Quatro vogais serão magistrados dos tribunais judiciais. 3. Quatro vogais serão magistrados do Ministério Público. 4. As regras sobre garantias dos juízes são aplicáveis a todos os vogais do Conselho Superior das Magistraturas. 5. A lei estabelecerá o estatuto e o regime de incompatibilidades dos seus vogais bem como as suas funções, nomeadamente em matéria de escolha dos juízes dos tribunais de primeira instância e dos agentes do Ministério Público, promoções, inspecções e regime disciplinar. Artigo 219.º Funções e estatuto do Ministério Público 4. ( )

4 112 A Constituição Revista, um e-book da Fundação Francisco Manuel dos Santos 5. A nomeação, colocação, transferência e promoção dos agentes do Ministério Público e o exercício da acção disciplinar competem ao Conselho Superior das Magistraturas. Artigo 220.º Procuradoria -Geral da República 2. A Procuradoria -Geral da República é presidida pelo Procurador -Geral da República. Artigo 222.º Composição e estatuto dos juízes do Tribunal Constitucional 1. O Tribunal Constitucional é composto por sete juízes designados pela Assembleia da República. 2. Podem ser juízes do Tribunal Constitucional os magistrados judiciais ou do Ministério Público, professores universitários, funcionários públicos ou juristas de mérito, todos com reconhecida competência jurídica e mais de vinte e cinco anos de profissão. 3. O mandato dos juízes do Tribunal Constitucional é vitalício. 4. O processo de designação dos juízes pela Assembleia da República estará sujeito a uma audição parlamentar individual e vinculativa. 4. O Presidente do Tribunal Constitucional é eleito pelos respectivos juízes. 5. Os juízes do Tribunal Constitucional gozam das garantias de independência, inamovibilidade, imparcialidade e irresponsabilidade e estão sujeitos às incompatibilidades dos juízes dos restantes tribunais. 6. A lei estabelecerá as imunidades e as demais regras relativas ao estatuto dos juízes do Tribunal Constitucional. Artigo 280.º Fiscalização concreta da constitucionalidade e da legalidade 4. ( ) 5. ( ) 6. ( ) Novo. No recurso para o Tribunal Constitucional, o recorrente deverá demonstrar a repercussão geral das questões constitucionais discutidas no caso, nos termos da lei, para que o Tribunal examine a admissão do recurso, somente podendo recusá -lo pela manifestação de dois terços dos seus membros. Estas alterações não garantem um melhor funcionamento da justiça, mas são condição necessária. Elas são um primeiro passo na estratégia reformista e um sinal de um paradigma novo para a justiça. O actual desenho institucional é deficiente, inadequado e incapaz de resolver os problemas estruturais. Uma mudança meramente cirúrgica como é preconizada pelos principais responsáveis

5 Tribunais 113 políticos não soluciona absolutamente nada, apenas aumenta a confusão generalizada que prevalece entre os operadores judiciários e nega uma justiça eficaz aos portugueses. Nuno Garoupa Nasceu em Lisboa em Licenciou-se em Economia na Universidade Nova de Lisboa em Obteve o mestrado em Economia no Queen Mary College em 1994 e em Direito (LLM) na Universidade de Londres em Fez o doutoramento em Economia na Universidade de York em 1998 e agregação em Microeconomia na Universidade Nova de Lisboa em É professor catedrático de Direito na Universidade de Illinois. A sua área de investigação é Direito e Economia (Law and Economics) e Direito Comparado. Autor de mais de cinquenta artigos publicados nas melhores revistas académicas da especialidade, incluindo o Journal of Legal Studies; Journal of Law and Economics; Journal of Law, Economics and Organization; American Law and Economics Review; Journal of Empirical Legal Studies; Oxford Journal of Legal Studies; American Journal of Comparative Law; Journal of Law and Society; International Journal of Law, Policy and Family; Berkeley Journal of International Law; Columbia Journal of Transnational Law; European Business Organization Law Review; Maastricht Journal of European and Comparative Law; European Economic Review; Economic Journal, entre outros. Foi vice-presidente da European Association of Law and Economics ( ), membro do Board da International Society for New Institutional Economics ( ), e editor da Review of Law and Economics ( ). Desde 2009 é membro do Board da Latin American and Caribbean Law and Economics Association.

6 Este artigo é parte integrante de A Constituição Revista, um e-book da Fundação Francisco Manuel dos Santos Título: A Constituição Revista Conselho Editorial: José A Tavares Miguel Poiares Maduro Nuno Garoupa Pedro Magalhães Revisão: Beatriz Luiz Gomes Design: Inês Sena Produção: Guidesign ISBN: As opiniões expressas neste e-book são da exclusiva responsabilidade dos seus autores e não vinculam a Fundação Francisco Manuel dos Santos. A autorização para reprodução total ou parcial do texto deve ser solicitada aos autores e editor. Fundação Francisco Manuel dos Santos Abril 2011 Rua Tierno Galvan, Torre 3, 9. o J Lisboa Portugal Telefone: ffms@ffms.pt

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